55
1 Aos vinte e um dias do mês de Dezembro do ano 2012, pelas vinte e uma horas e trinta minutos, no Salão Nobre do Edifício Sede do Município realizou-se a primeira reunião da Sessão Ordinária da Assembleia Municipal, com a seguinte Ordem de Trabalhos: 1 Grandes Opções do Plano e Orçamento para 2013; 2 Mapa de Pessoal do Município para o ano de 2013; 3 Despesas de representação dos Dirigentes Municipais; 4 Alteração da Estrutura Orgânica decorrente da aplicação da Lei nº 49/2012, de 29 de Agosto; 5 Alteração ao Regulamento Municipal da Edificação e da Urbanização do Município da Moita; 6 Alteração do Regulamento de Taxas do Município da Moita; 7 Alteração ao Regulamento das Feiras e Mercados Tradicionais e Venda Ambulante do Concelho da Moita; 8 Alteração ao Regulamento de Licenciamentos Diversos do Município da Moita; 9 Regulamento dos Horários de Funcionamento dos Estabelecimentos de Venda ao Pú- blico e de Prestação de Serviços no Município da Moita; 10 Regulamento de Hortas Urbanas do Município da Moita; 11 Atos da Câmara. Abertos os trabalhos foram verificadas as seguintes substituições, presentes ao plenário da Assembleia Municipal: Hélder Luís Branco Fernandes é substituído por José António Soares Pereira; ACTA N.º 08.12 Reunião de 21.12.12 Reunião de 28.12.12 X Mandato

ACTA N.º 08.12 Reunião de 21.12.12 Reunião de 28.12.12 X ... · representatividade dos jovens, pois não podiam pertencer ao conselho as associações de jovens que não pertencessem

  • Upload
    others

  • View
    2

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: ACTA N.º 08.12 Reunião de 21.12.12 Reunião de 28.12.12 X ... · representatividade dos jovens, pois não podiam pertencer ao conselho as associações de jovens que não pertencessem

1

Aos vinte e um dias do mês de Dezembro do ano 2012, pelas vinte e uma horas e trinta

minutos, no Salão Nobre do Edifício Sede do Município realizou-se a primeira reunião da

Sessão Ordinária da Assembleia Municipal, com a seguinte Ordem de Trabalhos:

1 – Grandes Opções do Plano e Orçamento para 2013;

2 – Mapa de Pessoal do Município para o ano de 2013;

3 – Despesas de representação dos Dirigentes Municipais;

4 – Alteração da Estrutura Orgânica decorrente da aplicação da Lei nº 49/2012, de 29 de

Agosto;

5 – Alteração ao Regulamento Municipal da Edificação e da Urbanização do Município

da Moita;

6 – Alteração do Regulamento de Taxas do Município da Moita;

7 – Alteração ao Regulamento das Feiras e Mercados Tradicionais e Venda Ambulante

do Concelho da Moita;

8 – Alteração ao Regulamento de Licenciamentos Diversos do Município da Moita;

9 – Regulamento dos Horários de Funcionamento dos Estabelecimentos de Venda ao Pú-

blico e de Prestação de Serviços no Município da Moita;

10 – Regulamento de Hortas Urbanas do Município da Moita;

11 – Atos da Câmara.

Abertos os trabalhos foram verificadas as seguintes substituições, presentes ao plenário

da Assembleia Municipal:

Hélder Luís Branco Fernandes é substituído por José António Soares Pereira;

ACTA N.º 08.12

Reunião de 21.12.12

Reunião de 28.12.12

X Mandato

Page 2: ACTA N.º 08.12 Reunião de 21.12.12 Reunião de 28.12.12 X ... · representatividade dos jovens, pois não podiam pertencer ao conselho as associações de jovens que não pertencessem

2

Andrea da Conceição Martins Plácido Corte Real é substituída por Maria Cristina da Silva

Martins;

Vicente José Rosado Merendas é substituído por Mónica Alexandra da Silva Vilhena Ribeiro;

José Manuel Jesus dos Santos é substituído por Leonel Borges Pais Esteves;

António Manuel Fernandes da Costa é substituído por Fabrício António Sousa Pereira;

Presidente da Junta de Freguesia da Moita é substituído pela substituta legal Maria Orlanda

Barros;

Presidente da Junta de Freguesia de Alhos Vedros foi substituída pela substituta legal, Zélia

Almeida Boavida.

Foi verificada a identidade dos membros substitutos.

Na reunião estiveram presentes os seguintes Membros do Executivo da Câmara:

Sr. Presidente da Câmara João Manuel de Jesus Lobo e os Srs. Vereadores Rui Manuel

Marques Garcia, Vivina Maria Semedo Nunes, Vítor Manuel Rodrigues Cabral, Joaquim

Inácio Raminhos Cabaça, Carlos Alberto Picanço dos Santos, Miguel Francisco Amoêdo

Canudo.

PERIODO DE INTERVENÇÃO DO PÚBLICO

Márcia Santos

Enquanto deputada municipal, pelo Partido Socialista, na Assembleia Municipal de Junho

apresentou uma proposta de recomendação que foi aprovada pelo Órgão para que fosse criado

o Conselho Municipal da Juventude, vindo solicitar informação sobre o processo, pois a

Juventude Socialista, que terá assento no referido conselho, ainda não recebeu qualquer

informação.

Vereadora Vivina Nunes

Fazendo um histórico do que foi a implementação dos Conselhos Municipais da Juventude, a

primeira Lei saída em 2009 trouxe a todos os municípios grandes dúvidas na sua

implementação, tendo em conta que punha em causa a autonomia dos municípios e a

representatividade dos jovens, pois não podiam pertencer ao conselho as associações de

jovens que não pertencessem ao RNAJ, as próprias Associações de Estudantes teriam que

pertencer ao RNAJ nessa primeira versão da Lei, o que punha de fora a representatividade de

todos os jovens do concelho que trabalhassem a nível informal e que não fossem associados

no RNAJ. Houve grande contestação à legislação, a própria ANMP mandou-a para o provedor

de justiça porque teve dúvidas quanto à sua constitucionalidade tendo surgido um grupo de

trabalho da Assembleia da República que fez alterações à Lei, tendo sido enviado para todos

Page 3: ACTA N.º 08.12 Reunião de 21.12.12 Reunião de 28.12.12 X ... · representatividade dos jovens, pois não podiam pertencer ao conselho as associações de jovens que não pertencessem

3

os municípios o pedido de parecer, tendo a Câmara Municipal da Moita emitido o parecer de

não estar de acordo com o articulado da Lei pelas razões apontadas anteriormente. É

publicada uma segunda versão da Lei em Fevereiro de 2012 com algumas alterações, como

por exemplo o caracter não vinculativo dos pareceres do conselho e de que as associações de

estudantes não terem que ser associadas no RNAJ. De qualquer forma esta legislação traz

grandes dúvidas a nós e à maior parte dos municípios, cerca de 80% dos municípios ainda não

têm instalado o CMJ, pelas dificuldades que se encontram na mesma e se encontram no

terreno, porque a falta de representatividade dos jovens e acaba por ser uma estrutura muito

partidarizada, por exemplo no nosso concelho não temos nenhuma associação de jovens

inscrita no RNAJ, ficaria o CMJ com nove elementos. É possível que todos os jovens

participem, mas depois não têm direito a voto. A ANMP continua a dizer, na base de um

parecer jurídico, que esta lei continua a pôr em causa a autonomia dos municípios, porque

remete para os conselhos de juventude toda a política de juventude, quando a Câmara é que

tem que definir essas políticas. Da auscultação feita à península de Setúbal, à Área

Metropolitana de Lisboa e ao distrito de Setúbal, que são 22 municípios, nenhum tem

instalado o CMJ com o rigor definido na legislação. Existem muitas estruturas de jovens no

município mas que têm regulamento próprio.

No início do ano iremos contatar com todos os jovens, reunir com eles para saber que

estrutura é que querem implementar. Continuamos a acatar o que a ANMP diz que esta

legislação não está de acordo com aquilo que são os princípios da autonomia do Poder Local e

devemos continuar a fazer trabalho com os jovens e ouvi-los, é isso que tem sido feito.

Luís Chula

Nesta temática do Conselho Municipal da Juventude levantam-se sérias dúvidas dos motivos

invocados pela Câmara Municipal para não aplicação da Lei. A lei é a lei e é para cumprir. Ao

juntar outras organizações juvenis ao CMJ para além daqueles que têm direito a voto, está

bem, é saudável porque qualquer município que seja deve chegar-se a toda a juventude,

porque para além de a juventude ter ideias, que por vezes nos parecem um pouco avançadas,

também em jovens também as tivemos e, se calhar, é por causa disso que hoje estamos aqui.

Mas que se cumpra a Lei, que se juntem todos os grupos de jovens que estiverem

organizados, mas não se deverá fazer grupos de jovens à pressa para se ter determinada

proporcionalidade no conselho municipal, daí que se cumpra todas as leis que a Câmara é

obrigada a cumprir, tal como todo o cidadão é obrigado a cumprir. Se há pareceres negativos

da ANMP, é de opinião que a Câmara Municipal não tem que acatar tudo aquilo que a ANMP

diz, embora perceba que é um órgão que tem de consultar quando tem dúvidas.

João Faim

Decerto que as leis são para se cumprir, mas não é com leis como esta, que não define a

participação da juventude, mas sim a partidarização desta, que se mobiliza a participação da

juventude no concelho da Moita.

António Chora

Devido ao facto desta última intervenção que refere que a Lei é absurda e dá a entender que

não é para se cumprir, gostaria de saber se pode fazer o mesmo com o seu IRS.

Page 4: ACTA N.º 08.12 Reunião de 21.12.12 Reunião de 28.12.12 X ... · representatividade dos jovens, pois não podiam pertencer ao conselho as associações de jovens que não pertencessem

4

PERÍODO ANTERIOR À ORDEM DO DIA

- Ata nº 05 de 21.09. 12

Após ter sido colocada à discussão e não havendo intervenções, foi a mesma submetida a

votação, tendo sido aprovada por maioria com 3 abstenções.

- Ata nº 06 de 04.10. 12

Após ter sido colocada à discussão e não havendo intervenções, foi a mesma submetida à

votação, tendo sido aprovada por maioria com 1 abstenção.

- Ata nº 07 de 23.11. 12

Devido ao facto de ter havido uma solicitação por parte de um membro da Assembleia

Municipal de correção do texto, foi estabelecido consenso e aceite pela mesa da Assembleia

Municipal, que esta ata fosse apresentada e votada com as respetivas correções no início da

segunda reunião desta sessão.

Presidente da Junta de Freguesia do Vale da Amoreira, Jorge Silva

Em nome da CDU apresenta a seguinte Moção:

CONTRA A EXTINÇÃO DE FREGUESIAS

“O Poder Local Democrático, expressão e conquista de Abril, é parte integrante do regime

democrático. Poder Local Democrático que viu consagrado na Constituição da República os

seus princípios essenciais, quer quanto à sua relação com o poder central – descentralização

administrativa, autonomia financeira e de gestão, reconhecimento de património e finanças

próprias, poder regulamentar – quer quanto à sua dimensão democrática – plural e colegial,

com uma larga participação popular, representativa dos interesses e aspirações das

populações;

A afirmação do Poder Local Democrático e as profundas transformações sociais operadas

pela intervenção na melhoria das condições de vida da população e na superação de enormes

carências, são inseparáveis das características profundamente democráticas e da sua dinâmica

popular;

As freguesias constituem-se como um dos pilares de democracia pelo número de cidadãos que

chamam a intervir, na gestão da causa pública, pelas oportunidades de participação efetiva dos

cidadãos em geral nas decisões que lhe interessam, pela forma aberta e transparente da sua

ação e ainda pelas realizações concretas que promovem e que têm contribuído para a melhoria

das condições de vida das populações.

O argumento da economia de custos é falso, dado que o impacto da despesa pública associada

às Freguesias no Orçamento de Estado é reduzido (0,98%) e as freguesias em nada contribuí -

Page 5: ACTA N.º 08.12 Reunião de 21.12.12 Reunião de 28.12.12 X ... · representatividade dos jovens, pois não podiam pertencer ao conselho as associações de jovens que não pertencessem

5

ram para a divida pública. Muito pelo contrário, potenciam recursos e fazem mais barato do

que qualquer outro órgão ou organismo do estado. Acabar com as freguesias é servir pior o

povo!

As inúmeras tomadas de posição a nível nacional e local em defesa das Freguesias e contra a

sua extinção/fusão (Lei 22/2012): - (XIII Congresso da ANAFRE 2 e 3 de Dezembro de 2011,

Portimão, I Encontro de Autarcas de Freguesias 10 de Março de 2012, Palácio dos

Congressos, Lisboa, Manifestação em Defesa das Freguesias 31 de Março de 2012, Lisboa, II

Encontro de Autarcas de Freguesias 15 de Setembro de 2012, Matosinhos, várias

manifestações, a constituição de dezenas de movimentos cívicos em defesa das freguesias,

abaixo assinados e petições entregues aos órgãos institucionais, moções e outros) provam que

os portugueses refutam a extinção de freguesias;

PSD e CDS entenderam extinguir freguesias, sem olhar às realidades, sem olhar às

necessidades das pessoas, sem olhar aos serviços de proximidade, sem olhar aos trabalhadores

das autarquias.

Nenhum eleito foi mandatado para extinguir a sua, ou outras freguesias, antes pelo contrário,

só foi eleito porque prometeu defender a sua freguesia melhor do que outros!

Assim e considerando que as 6 Assembleias de Freguesia do Concelho de Moita se

pronunciaram contra a extinção da sua freguesia;

Face ao exposto, a Assembleia Municipal da Moita, reunida na Sessão Ordinária de 21 de

Dezembro delibera:

1. Rejeitar, liminarmente participar em qualquer processo que conduza à eliminação ou

fusão de Freguesias;

2. Solicitar à Assembleia da República, Senhor Presidente da República e Governo, a

revogação de toda e qualquer lei que vise a extinção de freguesias;

3. Exigir respeito pela democracia e pela vontade popular e repudiar o comportamento de

todos os eleitos e forças políticas que contribuíram para o enfraquecimento da

democracia ao extinguirem as freguesias de Gaio-Rosário, Sarilhos Pequenos, Vale da

Amoreia e Baixa da Banheira que tanto contribuíram para a melhoria da qualidade de

vida da população do concelho da Moita.”

Filomena Ventura

Em relação à moção apresentada pela CDU, em nome do Partido Socialista propõe uma

alteração, no ponto 1, acrescentar na parte final do texto “freguesias no concelho”;

relativamente ao ponto 2 acrescentar na parte final do texto “ freguesias do concelho”.

Fundamentando estas propostas acham que a Assembleia Municipal é efetivamente da Moita,

participámos nalguns dos eventos e das lutas aqui mencionadas, mas também temos

conhecimento que em alguns municípios deste país, eles próprios propuseram, ouvindo as

populações e as alterações das suas freguesias.

Presidente da Junta de Freguesia da Baixa da Banheira, Nuno Cavaco

Esta é uma moção que na nossa opinião espelha o sentimento das populações, hoje quando se

soube que a lei foi aprovada e que foram extintas muitas freguesias neste país, havia pessoas

Page 6: ACTA N.º 08.12 Reunião de 21.12.12 Reunião de 28.12.12 X ... · representatividade dos jovens, pois não podiam pertencer ao conselho as associações de jovens que não pertencessem

6

angustiadas, autarcas desesperados porque consideram que as populações vão ser muito

prejudicadas, há um estado de espírito muito mau neste momento no país. A lei não foi

debatida, foi imposta, foi feita contra a vontade das pessoas e não há concelhos que aceitaram

isto muito bem, assim no programa televisivo “prós e contras” veio um autarca do norte do

país dizer que no concelho dele foi tudo muito bem debatido, isso não foi bem assim e até

houve presidentes de juntas que apresentaram queixas em tribunal porque foram ameaçados

dentro das estruturas partidárias. Mesmo em Lisboa há um processo a decorrer contra a

extinção de freguesias promovidas pelo Partido Socialista, que também não teve em conta a

participação das freguesias nem das Assembleias de Freguesia, então não é verdade que seja

aceite por quem quer que seja e vai dar exemplos. Em Lisboa o PS propõe extinção de

freguesias geridas pela CDU, foi apresentada à Assembleia Municipal e à Assembleia da

República, não tendo passado pelas freguesias. Em Almada a única freguesia que não é

extinta é a da Costa da Caparica, a única freguesia que é gerida pelo PSD no distrito. Isto são

aberrações e varrimentos políticos que não podemos aceitar. Embora haja alguns sítios em

que as coisas foram discutidas como é o caso da Amadora, onde todas as forças políticas

menos a CDU estiveram de acordo com a proposta apresentada em Assembleia Municipal, na

maior parte do resto do país não houve discussão.

Recorda uma entrevista de um responsável do Partido Socialista da Moita, colocando a

hipótese da reforma poder ser feita de uma outra forma, para extinguir a freguesia da Moita, a

extinção da freguesia da Moita foi proposta pelo senhor Manuel Borges. Como defende a

continuação da freguesia da Moita e como presidente de junta sente-se magoado em ler coisas

destas.

Nós somos a favor de uma reforma administrativa, mas feita com pés e cabeça e que respeite

a Constituição da República e essa reforma administrativa deve assentar em estudos e

pareceres, na consulta das populações, na consulta das autarquias. A CDU não vai aceitar as

propostas apresentadas pelo PS porque não é verdade que esta lei fosse bem discutida, pois

não há situações pacíficas nem vai haver, ainda há pouco tempo soube que a sede dum partido

foi apedrejada no norte do país por militantes desse mesmo partido. As populações estão

mesmo revoltadas e teme pela segurança de algumas pessoas. Falando em nome dos

presidentes de juntas, nós aqui no concelho da Moita soubemos unir esforços e defender o que

é defensável, porque sem as freguesias a extinguir, o concelho vai ficar muito mais pobre, as

pessoas ficarão com menos serviços, as pessoas ficarão mais afastadas dos órgãos de decisão,

vamos ter uma qualidade de vida pior e vamos andar para trás muitos anos.

Os partidos da maioria argumentam que o mapa autárquico tem 200 anos, o que não é

verdade, as freguesias são de Abril, os municípios são de Abril porque antigamente não havia

este regime, os presidentes de junta não eram mais que regedores e os autarcas da Câmara

eram indicados pelo governo e estavam lá para cumprirem as ordens do governo. Após o 25

de Abril de 1974 é que houve democracia nas nossas terras, portanto o mapa autárquico é

novo, não está desajustado e o que as freguesias precisam é ver consagrado em lei o

entendimento que tiveram com os municípios relativamente às competências, os municípios

estão a ver esvaziadas das suas competências e de meios por leis aprovadas pelo governo,

devemos dizer não e voltar a insistir porque a lei não vai passar porque não vai ser

implementada.

Manuel Borges

Diz que estando aqui na sala os dois órgãos locais de comunicação social, não está a ver em

que órgão de comunicação social deu uma entrevista, admite que o jornal “O Rio” em papel

Page 7: ACTA N.º 08.12 Reunião de 21.12.12 Reunião de 28.12.12 X ... · representatividade dos jovens, pois não podiam pertencer ao conselho as associações de jovens que não pertencessem

7

lhe pediu uma posição do partido, que foi discutida no interior do partido, mas não se lembra

de ter dito o que o Nuno Cavaco aqui disse, não sendo isso não sabe onde é que foi buscar que

a sua pessoa era contra a Freguesia da Moita. Admite que em conversa em vários locais que

não defende a freguesia da Moita da mesma forma que defende a de Sarilhos Pequenos, a do

Gaio e outras, se ouviram isso, só com base em escutas, numa entrevista não está a ver, mas

fica à espera que seja apresentada prova que numa entrevista disse que era contra a Junta de

Freguesia da Moita.

Carromeu Gomes

Diz que era capaz de votar a favor de todos os parágrafos desta moção com a exceção dos

últimos três pontos, porque nesses pontos a CDU revela o que é sistemático, que é recusar-se

à discussão. Tem uma posição sobre esta matéria que já é conhecida na Assembleia Municipal

e não é a sua que está aqui, mas acha tão má a posição desta moção que é não mexer em nada,

tal como a lei que hoje foi aprovada escandalosamente na Assembleia da República. A CDU

também não fica muito bem nisto, apesar de tudo prefere não mexer em nada porque é melhor

do que mexer mal, dá esse benefício, mas é não querer em participar em qualquer ponto da

nossa vida coletiva ao recusar-se sistematicamente na discussão da revisão administrativa do

país. Não vale a pena vir com argumentos como os da economia, porque a própria

constituição de 1976, que regulamentou esta questão também não deu nenhuma competência

às freguesias, porque a origem das freguesias tem uma origem diferente da dos municípios. A

origem dos municípios nasce nos forais medievais e não na constituição de 1976, tem uma

história muito longa, os municípios fazem parte da organização administrativa desde sempre,

os municípios em Portugal são mais antigos do que o próprio país, as freguesias não, não se

pode pôr tudo no mesmo saco e nunca foram estrutura administrativa, a não ser no século XX.

A origem das freguesias é das antigas paróquias eclesiásticas, uma organização religiosa que

evoluiu durante o século XX, de tipo de desconcentração do poder central e há freguesias que

ainda têm o pelourinho que é o símbolo do poder municipal, por isso vai votar contra esta

moção.

Presidente da Junta de Freguesia da Baixa da Banheira, Nuno Cavaco

Diz que fará chegar uma digitalização duma entrevista que o senhor Manuel Borges deu ao

jornal “O Rio” e não se recorda que tenha pedido a extinção da Junta de Freguesia da Moita e

pede-lhe desculpa por isso, mas o que ele dizia era isto, temos que ver nos sítios onde à

delegação municipal e Junta de Freguesia, ou há Câmara a mais ou há freguesia a menos e daí

depreende que é a favor da extinção da sua freguesia e da extinção da freguesia do Vale da

Amoreira, é que não podemos querer uma coisa e outra, porque quem inventou isto foi o

Partido Socialista e que pôs no programa eleitoral de 2005, que foi distribuído por todo o

concelho da Moita. Não venham dizer que foi a troika que exigiu a extinção de freguesias,

porque a troika disse-nos na ANAFRE que foi o PS que o exigiu, o tal senhor Junqueiro, isto

está provado. Percebe a posição de Carromeu Gomes, ele sempre defendeu isto, diz que as

freguesias não têm competências e Tita Maurício também o diz, então o que é que as Juntas

de Freguesias fazem? Sabem o que fazemos todos os dias? Lemos cartas a pessoas que não

sabem ler, atende-se pessoas que recebem uma carta do senhorio e não sabem que fazer em

relação à lei dos despejos, estamos lá todos os dias vamos aos locais e os vereadores que têm

pelouro sabem-no perfeitamente porque muitas vezes partilham connosco. Estragou-se a pru -

Page 8: ACTA N.º 08.12 Reunião de 21.12.12 Reunião de 28.12.12 X ... · representatividade dos jovens, pois não podiam pertencer ao conselho as associações de jovens que não pertencessem

8

mada da água das pessoas, elas não têm água, vamos ver se entre a Junta e a Câmara se é

comprada uma peça e fazemos isso, porque se calhar a Câmara não o fazia sozinha, ou

quando se arranja uma escola e gasta menos dinheiro que a Câmara, porque o presidente da

Junta também vai carregar tijolos, ou falamos com os pais para irem pintar as escolas. Não faz

qualquer sentido acabar com as Juntas de Freguesia sejam elas quais forem por vontade de

dois ou três iluminados, se calhar há freguesias que não fazem sentido, agora não se pode

dizer uma coisa e fazer outra, não se pode dizer que há freguesia a mais ou há Câmara a

menos e o senhor Manuel Borges deve uma explicação. Na minha freguesia as pessoas estão

desesperadas porque nós trabalhamos e agora vão criar uma freguesia monstruosa que tem

mais pessoas que o resto do concelho.

Luís Morgado

Quando os membros do PS apresentaram a proposta de acrescentar as palavras no concelho

aceitou e aceita perfeitamente porque esta é a Assembleia Municipal da Moita que sobre este

tema já votou várias vezes. Mesmo no quadro do Partido Socialista, conhecendo posições

diferentes dos seus membros, a verdade é que em todo este processo não se pode hoje aqui

reduzir e desfragmentar. Em concreto aprovaram-se nesta Assembleia Municipal documentos

no sentido de não se extinguirem freguesias, logo são extremamente ingratos todas as

intervenções que o amigo presidente da Junta de Freguesia da Baixa da Banheira fez. Como

foi parte integrante das lutas de todo este processo, o trazer novamente este assunto a esta

Assembleia para si tem sentido, o que já não tem sentido é a outra parte, na verdade existem

posições dos membros do PS contraditórias, mas os membros desta Assembleia não podem

ser tratados como tivessem sido secretários de estado, deputados ou até ministros. Se pode

acusar de corruptos alguns deputados ou ministros, não pode acusar na mesma medida

pessoas que conhece desde a infância. A prática de procurar envenenar não ajuda nem alarga

o processo democrático. Ninguém lhe pode tocar nesta luta das freguesias porque até agora

tem ido a todas, só não irá amanhã à manifestação por razões familiares, tem ido a todas e

infelizmente tem encontrado muito pouca gente desta assembleia nestas ações. Afirma que

aprova das duas maneiras, com e sem as alterações aqui apresentadas.

Manuel Borges

Lamenta de ter que vir falar uma segunda vez sobre um assunto pois não estava a pensar

intervir, mas de facto o que se passou aqui hoje e que o envolveu é demasiado grave. Dizer

que é contra a Junta de Freguesia da Moita, quando disse que onde existem delegações

municipais há Câmara Municipal a mais ou freguesia a menos é o oposto, não é a mesma

coisa e querer envolvê-lo nessa situação é má fé do Nuno Cavaco, o que deveria ter evitado

pelo respeito que nós devemos todos uns pelos outros e conhece-o mal e só o conheci como

empregado da Câmara. Afirma que nunca esteve dependente de cargos políticos, nunca

ganhou dinheiro daí. De facto disse que onde existem delegações municipais ou há Câmara a

mais ou há Junta a menos, porque se as Câmaras tivessem delegado nas Juntas aquilo que as

delegações municipais fazem, não seriam necessárias duas estruturas no mesmo local.

A posição do Partido Socialista que procurou colocar, quando lhe pediram opinião é contra a

duplicação de estruturas, fez eco da posição do PS com a qual concorda.

Page 9: ACTA N.º 08.12 Reunião de 21.12.12 Reunião de 28.12.12 X ... · representatividade dos jovens, pois não podiam pertencer ao conselho as associações de jovens que não pertencessem

9

Luís Chula

Pede a atenção para todos os documentos que foram aprovados nesta Assembleia Municipal a

propósito da Lei nº 22 de 2012 e se forem ler todos os posicionamentos do Partido Socialista

aí encontrarão resposta para o que estamos aqui a propor hoje, com a alteração destes pontos

da moção.

Submetida a moção à votação, foi a mesma aprovada por maioria com 22 votos a favor, sendo

18 da CDU, 3 do BE, 1 do PS; 4 votos contra, sendo 1 do PS, 2 do PSD, 1 do CDS/PP; 7

abstenções do PS.

Declaração de voto de Luís Chula

O partido socialista ao abster-se nesta votação após ter sugerido à CDU que introduzisse no

ponto 1 e no ponto 2, para que os pontos em questão se referissem em exclusivo ao concelho,

decidiu abster-se porque é conhecido e está nas atas todo o posicionamento que o PS aqui tem

apresentado e tem tido na matéria da extinção das freguesias quer no concelho, quer inclusivé

de outros, daí que em relação a esta matéria o nosso sentido de voto foi a abstenção, na

medida em que estamos de acordo com a restante proposta da CDU.

PERÍODO DA ORDEM DO DIA

1 – Grandes Opções do Plano e Orçamento para 2013

“Em conformidade com o estabelecido na alínea c) do n.º2 do artigo 64.º da Lei n.º 169/99, de

18 de Setembro, na redacção da Lei n.º 5-A/2002, de 11.01, foram elaborados os documentos

previsionais para o ano de 2013, Grandes Opções do Plano e Orçamento, pelo que se

submetem a apreciação e votação da Câmara Municipal, para posterior aprovação pela

Assembleia Municipal.”

Presidente da Câmara Municipal da Moita, João Lobo

Estas grandes opções do plano e orçamento para 2013, na situação que nós estamos a

atravessar, têm uma redução de dois milhões de euros na sua totalidade mas que refletem

todas as situações de influência da crise em termos sociais, em termos estruturais e financeiros

do município e a continuidade das várias políticas que têm vindo a ser desenvolvidas pelo

Poder Central. Lembra que em relação à lei de finanças locais que foi aprovada em 2007, que

essas transferências neste momento estão em valores iguais a 2005, oito anos depois, é

portanto a continuidade do retrocesso da nossa condição para servir a população. De 2010

para cá, durante três anos, face à lei das finanças locais houve um retrocesso de 32%. No

âmbito laboral as fortes medidas restritivas que se tem vindo a sentir, para além da lei dos

compromissos dos pagamentos em atraso, uma lei que coloca em causa a atividade municipal

Page 10: ACTA N.º 08.12 Reunião de 21.12.12 Reunião de 28.12.12 X ... · representatividade dos jovens, pois não podiam pertencer ao conselho as associações de jovens que não pertencessem

10

e coloca em causa a projeção e a intenção de desenvolvimento de alguns projetos. Também de

referir que este plano de atividades e orçamento também ao nível laboral continua a refletir

aquilo que são as implicações do agravamento brutal relativamente aos trabalhadores que são

motivo que baste à sua desmotivação para a esperança de um amanhã melhor, o

escalonamento das remunerações, a proibição de remunerações e progressões na carreira, a

redução de 2% do pessoal por força do Orçamento de Estado, que este ano conseguimos essa

meta imposta através das aposentações dos trabalhadores.

Mantiveram-se os valores do OGE com valores iguais a 2005, aumentando os encargos e os

custos, como é exemplo o aumento do valor de 400 mil euros que a Câmara tem que entregar

à Caixa Nacional de Aposentações, então enquanto na administração central o dinheiro sai por

um lado e entra pelo outro, na administração local o dinheiro entra por um lado e sai para a

administração central, há um aumento de 33,3% que a entidade empregadora tem que entregar

ao Estado para a Caixa Nacional de Aposentações.

De referir a não solução de compromissos assumidos pelo Governo do pavilhão da Escola

Secundária da Baixa da Banheira, a não construção do plano urbanístico de requalificação das

zonas A B, D e E no Vale da Amoreira e outras ações enquadradas no plano dos “bairros

críticos” na candidatura “Vale construir o futuro”, ficaram totalmente bloqueadas em relação

ao seu desenvolvimento por causa da desistência do IHRU das suas responsabilidades.

No orçamento embora existam algumas reduções de transferências, as verbas para o protocolo

de transferências de competências para as Juntas de Freguesia são mantidas tal como as do

ano passado, as transferências para os serviços sociais dos trabalhadores da Câmara mantem-

se tal como no ano passado, o mesmo relativamente às transferências para os Bombeiros

Voluntários da Moita.

Todavia, ao nível da educação continuamos a manter a nossa perspetiva da escola pública e a

desenvolver todos os esforços para a construção de uma sala de aula relativamente ao plano

de desenvolvimento das construções escolares, mas porque não há financiamentos e sem

verbas próprias, não existe a possibilidade da ampliação da escola básica do 1º ciclo, nº 2 de

Alhos Vedros.

Relativamente à cultura mantemos a totalidade de todos os projetos, porque entendemos que

são atividades estruturantes da atividade municipal do serviço educativo. A nossa relação com

a zona ribeirinha irá apostar em manter e dar continuidade aos projetos que estão em

desenvolvimento. Irá ser feita a expansão a Alhos Vedros do centro de documentação da

diversidade iniciado no Vale da Amoreira, um registo vídeo e áudio daquilo que são as

diferenças culturais das diferentes culturas que constitui este nosso município. Ao nível da

leitura pública continuaremos os projetos biblioteca viva e serviço de apoio às bibliotecas

escolares entre outros. Sobre a juventude, o apoio à população jovem estimulando a sua

atividade autónoma, como por exemplo “apresenta o teu projecto”, “o jovem com vida” e a

quinzena da juventude. Ao nível do desporto continuaremos a apostar o que são para nós

projetos estruturantes, entre os quais a escola a nadar e o “atletismoita” e o movimento sénior.

Ao nível do movimento associativo continuaremos o programa municipal para o

associativismo, com a redução de algumas transferências para o movimento associativo, mas

mantendo um esforço forte ao apoio logístico. Ao nível da ação social iremos manter a nossa

atividade de concertação e de articulação com as diferentes entidades da rede social que

cruzam tarefas, cruzam atividades e que conseguem resolver muitas situações. Continuaremos

a manutenção do desenvolvimento forte à proteção de crianças e jovens em risco do concelho

da Moita porque cada vez há mais problemas a este nível, também no nosso concelho. Ao

nível da população sénior, o programa vivências, ainda anteontem houve a festa de Natal no

Page 11: ACTA N.º 08.12 Reunião de 21.12.12 Reunião de 28.12.12 X ... · representatividade dos jovens, pois não podiam pertencer ao conselho as associações de jovens que não pertencessem

11

fórum José Manuel Figueiredo, a universidade sénior e continuaremos a manutenção dos

nossos fogos da habitação social, mas também reivindicaremos do IHRU a reabilitação e a

distribuição de fogos às populações.

Ao nível do território e do meio ambiente, a implementação do nosso programa com mais de

uma dezena de anos, o programa municipal de percursos pedonais e cicláveis,

desenvolveremos o programa municipal de reabilitação urbana, em que já temos o

levantamento todo feito e caracterização de todos os edifícios nas freguesias da Moita e de

Alhos Vedros e pretende-se avançar neste ano com trabalhos de estudos no sentido de

reabilitação desses núcleos antigos. Estão diversos estudos urbanísticos em desenvolvimento e

continuaremos o nosso trabalho de cooperação com as restantes entidades.

Continuamos a insistir com a REFER que pretende que recebamos o trabalho feito mas que

ainda está muita coisa em falta e com as Estradas de Portugal para o desenvolvimento dos

nossos projetos para o concelho, tais como a CREME e a entrada no concelho da Moita do

IC32 e agora A33. Relativamente às relações institucionais de referir a nossa participação nas

diferentes instituições, pertencemos à ANMP e pagamos as nossas quotas, pertencemos à

Associação de Municípios da Região de Setúbal de pleno direito e naturalmente também

pagamos as nossas quotas, fazemos parte da S-energia e naturalmente temos as quotas em dia,

fazemos parte da Associação Municipal de abastecimento de água em alta, com uma

responsabilidade acrescida porque o presidente da Câmara da Moita é o presidente do

Conselho Diretivo e na defesa da água pública, com a AMARSUL e com a SIMARSUL dos

quais somos acionistas minoritários e continuaremos a defender que o ciclo dos sólidos

urbanos e líquidos urbanos sejam serviços públicos não privatizáveis. Também pertencemos à

Região Metropolitana de Lisboa e à Assembleia Distrital conforme o que é definido na Lei.

Relativamente à comunidade escolar, continuaremos com os vários projetos tais como a

agricultura biológica, a compostagem, as mãos à horta entre outros.

Vamos procurar melhorar a recolha dos óleos usados, vamos trabalhar com a S-energia para

implementar sistemas tendo em vista a poupança ao nível da iluminação pública e eficiência

energética ao nível dos edifícios e no que diz respeito à proteção civil com os bombeiros

voluntários da Moita e na atualização do Plano Municipal de Emergência que está na sua fase

final e que se prevê que no segundo trimestre de 2013 fique pronta a sua atualização para ser

submetido à autoridade nacional que tem essa competência.

Ao nível das atividades económicas continuámos a campanha de sensibilização e

acompanhamento das empresas que vai estar disponível no primeiro trimestre, o diretório

empresarial que vai ficar em todos os edifícios e delegações municipais e na página da

Internet como uma forma de divulgação, comunicação e conhecimento das empresas e da sua

atividade no município. Também ao nível do licenciamento a introdução de alterações

legislativas causam problemas ao funcionamento das receitas. Vamos continuar nos mercados

municipais a animação de espaços com artesãos e de dar alguma dinâmica e também com o

projeto “os sabores de cá” para dar desenvolvimento às atividades económicas de gastronomia

do concelho. Ao nível da comunicação e do acesso dos munícipes já temos os sistemas online

do sistema de águas ao nível do urbanismo e iremos avançar com o sistema de gestão

documental bem como o sistema de gestão da qualidade.

Em termos dos recursos humanos vamos manter todos os serviços que temos, continuando

com a sua qualidade, reafirmando ao nível da higiene e segurança dos trabalhadores, a boa

gestão dos bares e refeitórios com piques muito fortes de utilização e também ao nível da

medicina no trabalho e no desenvolvimento das condições de trabalho dos nossos

trabalhadores.

Page 12: ACTA N.º 08.12 Reunião de 21.12.12 Reunião de 28.12.12 X ... · representatividade dos jovens, pois não podiam pertencer ao conselho as associações de jovens que não pertencessem

12

Em relação ao orçamento ele apresenta uma redução de cerca de 2 milhões de euros, com um

corte da receita mais significativa nas receitas de capital, agora as transferências para o

município são de 80% para as receitas correntes e 20% para as receitas de capital, sendo o

valor relativamente ao ano passado de 105 mil euros. De referir que ao nível das receitas

próprias, relembra que o orçamento de acordo com o POCAL é sempre feito tendo em conta

os últimos 24 meses, tendo presente as receitas do município nos últimos 24 meses e depois

dividido por dois dará a receita dos 12 meses previsível para 2013 e depois fazemos a

distribuição do que tem sido o comportamento das receitas deste ano. As receitas no que diz

respeito aos impostos diretos revelaram uma perda significativa, daí existir uma quebra

significativa para a estimativa de 2012, em particular destaque para o IMT, menos 444 mil

euros, prevendo-se que as contas do IMI venha a reequilibrar esta quebra. Em termos de

despesas do pessoal, temos previsto o que consta no OGE para 2013, relativamente ao

pagamento de um dos subsídios em duodécimos e da retirada do outro subsídio para

trabalhadores com mais de mil euros e retirada parcial entre os trabalhadores com

vencimentos entre os seiscentos e os mil euros. É de referir a manutenção da despesa no apoio

a área educativa, pelo direito a todas as crianças terem acesso à refeição escolar.

É de referir os encargos fortes com o aumento do IVA que se aplica quer às refeições

escolares, quer à iluminação pública, o que tem uma grande incidência no aumento da despesa

tal como já aconteceu no ano de 2012.

Luís Chula

O primeiro ponto que gostaria de saber é qual a razão que no orçamento de 2013 não haja

qualquer verba conducente à construção do arquivo municipal. Gostaria também de saber

porque motivo as atividades culturais têm uma redução substancial este ano, as atividades

desportivas mantêm-se com um ligeiro acréscimo de mil euros este ano em relação ao ano

passado. A verdade é que, no que respeita à programação e desenvolvimento cultural, este

orçamento tem uma dotação inferior em 17 792 euros, no que respeita há conservação do

património e a cultura tem uma redução de 4 mil euros. Gostaria ainda de saber no âmbito da

receita na rúbrica de bens e serviços, no texto que acompanha o orçamento informa que há um

aumento de 16,2% relativo à venda de bens e serviços de água e saneamento, pergunta se está

estimado um maior consumo ou se vão aumentar as taxas em 16,2%.

Gostaria ainda de saber porque é que na estrutura da receita corrente em 2012 e em anos

anteriores, esta receita foi dividida pela natureza de cada um dos itens, que é o caso do IMI,

do IMT, da derrama, etc. e porque é que este ano não apresenta esse detalhe.

Finalmente gostaria de ser informado, em termos do boletim municipal, porque é que há um

aumento de onze mil euros em relação ao ano passado, considerando que se trata de um ano

muito especial.

João Faim

Dirige uma pergunta à Câmara Municipal na sequência da intervenção anterior e gostaria de

saber qual é a percentagem do orçamento municipal para a cultura, recorda que reivindicamos

no âmbito nacional o valor de 1% para a cultura, o atual orçamento de estado do atual

governo é de 0,3 %, situação que em governos anteriores, nomeadamente o do Partido

Socialista, o valor de 1% nunca foi atingido.

Page 13: ACTA N.º 08.12 Reunião de 21.12.12 Reunião de 28.12.12 X ... · representatividade dos jovens, pois não podiam pertencer ao conselho as associações de jovens que não pertencessem

13

Jorge Beja

Diz que é o terceiro ano que intervém sobre o orçamento e custa-lhe ser repetitivo. Diz que

nasceu na Moita, gosta da Moita e nunca diz mal da sua terra. Diz que o que está em causa

são as coisas que se deveriam fazer na sua terra e que não se fazem. Sabe que há desculpa

justificada dos cortes orçamentais há uns anos a esta parte e que esteve a compilar o que há de

bom na sua terra feito pela Câmara de há muitos anos a esta parte. Quer dar os parabéns à

Câmara Municipal daquilo que tem feito bem, o aumento dos jardins-de-infância junto às

escolas do primeiro ciclo. As refeições escolares também são de elogiar, mas não é mais que

as outras Câmaras fazem.

É por causa destes orçamentos que temos o parque desportivo que temos e não conhece

nenhum concelho em Portugal que tenha um parque desportivo tão pobre como o nosso,

mesmo em concelhos muito mais pequenos e muito mais pobres que o nosso. Na área

económica é uma desgraça. É por causa destes orçamentos que há alguns anos a esta parte,

que não se vê nenhum projeto estruturante para o concelho. Espera que os projetos das

ciclovias se concretizem, espera que não siga o exemplo da piscina da Moita. Diz sentir-se

envergonhado de mostrar os campos de ténis da Moita a quem quer que fosse e é por causa

destes orçamentos, entre muitas outras coisas, que temos à entrada da Baixa da Banheira uma

placa a dizer “cuidado estrada com mau piso” e questiona certamente como muitos moradores

no concelho, se a estrada está com mau piso há um ano, porque é que não fazem nada e, é por

causa destes orçamentos, que não se faz nada na Moita e nem estas pequenas coisas já se

conseguem fazer. Tal como o presidente disse que há constrangimentos orçamentais, e só há

dinheiro para tapar os buracos. Portanto este orçamento não tem uma ideia, não tem nada de

novo, é gerir o quotidiano.

Edgar Cantante

Após a intervenção do presidente, ficou com algumas dúvidas, na sequência da Assembleia

Municipal anterior, foi dito que não ia haver aumento do IMI, ainda não se tinham elementos,

mas os valores iriam manter-se. Na altura todas as instituições políticas e neste caso o Poder

Local tinha que ser coerente na teoria e na prática e aquilo que se escrevia nos programas era

uma coisa e aquilo que se praticava era outra. Ou não percebeu bem, mas foi afirmado que iria

haver uma redução de IMT de 400 mil euros mas esse valor ia ser compensado pelo IMI,

gostaria que o senhor presidente da Câmara esclarecesse esta minha questão.

Presidente da Junta de Freguesia da Baixa da Banheira, Nuno Cavaco

Em primeiro lugar dar os parabéns à Câmara Municipal em ouvir, reunir e não só na altura do

orçamento em várias fases do ano com empresários e com a população ouvindo o sentimento

que existe. Também tem que ser falado o que se passa no país, porque a Câmara Municipal da

Moita sente na pele o que se passa neste país. Louva também a relação muito saudável entre a

Câmara Municipal e as Juntas de Freguesias do concelho, noutros concelhos não existe esta

relação saudável, pois temos um concelho aqui ao lado que as Juntas de Freguesia são tratadas

de formas diferentes por terem cores políticas diferentes.

Pediu também a palavra para esclarecer o amigo Jorge Beja, que considera bastante, pois é

uma pessoa interessada, mas pode ter algum desconhecimento de algumas matérias. Sobre a

estrada na Baixa da Banheira que é um grande problema, lembrar que não está pronta porque

em 2006 foi lançado um concurso público onde havia parceria entre a Câmara e o governo do

PS da altura e o governo não cumpriu o que acordou, com a obra já em andamento e aquilo

Page 14: ACTA N.º 08.12 Reunião de 21.12.12 Reunião de 28.12.12 X ... · representatividade dos jovens, pois não podiam pertencer ao conselho as associações de jovens que não pertencessem

14

não foi feito. Concorda com o Jorge Beja, pois o governo não cumpre o que é acordado com

os municípios, deixando os municípios em maus lençóis e as empresas que ganharam os

concursos, realmente é uma vergonha.

Falando em equipamentos desportivos, há coisas bem piores que os campos de ténis da Moita,

na Baixa da Banheira existe um complexo desportivo que ia levando um clube à falência, que

se chama parque desportivo do União Banheirense, que foi levado a ser feito por gente do

Partido Socialista e foi levado até à última assinatura, para não ser assinado e que está parado

há muito tempo. Vai dar a boa notícia, a comunidade da Baixa da Banheira vai tentar fazer

aquela obra pelas suas próprias mãos, mas na verdade estão ali enterrados milhares de euros

porque o clube foi enganado e foi levado à última fase da candidatura, para não receber nada

do Poder Central, sendo que a Câmara Municipal apoiou. É verdade que há carências, mas

também se recorda do pavilhão multiusos que estava no programa de revitalização da vila da

Baixa da Banheira que foi assinado na coletividade Chinquilho por três ministros do Partido

Socialista e que também não foi cumprido, já parece uma história sempre com o mesmo fim.

Concorda com o método de fazer o orçamento desta maneira, percebe as limitações da

Câmara Municipal e pensa que a maior parte das pessoas que vivem no concelho da Moita

percebem.

Queria louvar a abertura do posto de atendimento da segurança social da Baixa da Banheira

que foi mais uma vez boicotado pelo governo do Partido Socialista durante três anos, chegou

a ter as luzes acesas durante seis meses, em que a sua pessoa como Presidente da Junta, pediu

reuniões durante três anos com a segurança social e a membros do governo e nunca lhe

responderam, estando a representar a população da Baixa da Banheira. No atual governo a

primeira reunião que pediu à atual diretora da segurança social, que por acaso é militante do

CDS, foi logo atendido, falámos com as pessoas, trabalhámos em conjunto e aquilo está

aberto, pois é assim que se trabalha e a população ficou a ganhar. Houve um respeito por parte

da segurança social quando anteriormente não houve e fica triste com a situação, com coisas

fáceis de resolver como ficou provado.

É um bom orçamento, dentro do possível, e não sabe como é que se consegue ainda fazer

tanta coisa e não sabe como é que se consegue ter os trabalhadores motivados, porque muitas

coisas são feitas com o trabalho dos trabalhadores da Câmara que estão a ser tão maltratados

pelo Poder Central. É um orçamento que merece ser aprovado, merece ser fiscalizado, mas

tem que se perceber que não se faz mais é porque não se pode.

Carromeu Gomes

Afirma que a CDU arranjou num outro incendiário e que é por fases, o comportamento do

membro da Assembleia Municipal, Nuno Cavaco, não fez outra coisa senão tentar incendiar.

Recebeu todos os documentos por CD mas diz que não pode consultá-los porque não pode

utilizar o seu PC. Sugere ao Presidente da Assembleia Municipal que quando como nesta

sessão, exista tanta documentação, que a Assembleia se realizasse numa sala onde se possam

ligar os computadores.

Quando se chega a esta altura, primeiro deve aprovar-se as grandes opções do plano e depois

o orçamento, ou seja, primeiro as ideias, o que se quer e depois os meios financeiros para os

poder aplicar, o orçamento não é mais que um instrumento das nossas ideias, faz todo o

sentido que seja assim e a lei também o indica. No entanto estamos num tempo que o

orçamento é o mais importante do que aquilo que há a fazer, pela primeira vez na sua história

não se lembra de colocar a questão financeira à frente das ideias, apetece primeiro discutir o

Page 15: ACTA N.º 08.12 Reunião de 21.12.12 Reunião de 28.12.12 X ... · representatividade dos jovens, pois não podiam pertencer ao conselho as associações de jovens que não pertencessem

15

orçamento e depois as grandes opções do plano. Quer saber quanto é que se vai receber e

quanto é aquilo que se vai gastar e em função daquilo que houver é aquilo que se pode fazer,

pois na conjuntura em que se vive, fazia todo o sentido que assim fosse, compreende que não

deve ser assim e é preciso que as coisas estejam muito mal para pensar assim. Não vai

reivindicar obras e até hoje devíamos de votar esta matéria num sentido convergente, a

Assembleia Municipal está a fazer mal estas discussões, porque o que se abate sobre nós é

tanto, como cidadãos, como munícipes, como empregados, a todos os níveis, que pensa que é

a altura de adquirirmos uma postura de resistência, mais resistentes do que pró-ativos em

relação a qualquer coisa.

Acabámos de ter uma forma evasiva na discussão das freguesias e a nossa postura de evasão

não nos leva a lado nenhum, como somos um concelho pequeno, os danos da aplicação da lei

das freguesias vai ser é limitado, não nos dá aqui muito problema, até porque algumas das

freguesias que foram extintas também foram criadas recentemente e não têm 200 ou 300 anos

de história como em outros concelhos. Mas preparem-se que vem aí um dossiê muito mais

explosivo que é o dos municípios e os meus amigos desta assembleia não estão em condições

de discutir isso, porque a postura que se vê é evadir-se das questões e, este município, é uma

das primeiras vítimas dessa reorganização municipal. Não é desunindo que se deve fazer, o

que a CDU sistematicamente faz, é unindo porque é uma questão de identidade e a CDU

nunca fez nada para juntar os munícipes a favor de um projeto municipal, faz a favor de uma

identidade partidária qualquer, mas nunca a favor de uma identidade municipal.

O Luís Chula e o Jorge Beja falaram de alguns equipamentos que fariam falta neste concelho

e a propósito do Arquivo Municipal, é mais fácil extinguir um concelho que nem arquivo tem,

que nem sequer soube tratar da sua memória, se não tem memória talvez não valha a pena

existir, alguém pensará. Durante muitos anos houve projetos aonde os arquivos municipais

tinham uma percentagem substancial a fundo perdido e a Câmara Municipal da Moita não

aproveitou e devia tê-lo feito, agora chegamos a uma situação em que não há dinheiro e não

temos um arquivo municipal e um sítio onde guardar as memórias do município, não há

museu e não guardou nada e como não havia espaço para aqui ficar foram levadas para o

Arquivo Distrital de Setúbal. Isto foi feito ao longo das décadas e hoje que precisamos de nos

agarrar mais do que nunca à identidade e, se este governo se mantiver em funções, julga que

será a próxima pedrada que vamos levar.

Manuel Borges

Felizmente vivemos hoje em democracia, o que permite a apresentação das ideias que cada

um defende sem consequências de maior. Nas ditaduras é que todos têm de perder a sua

identidade e perder a sua consciência para se identificarem com aqueles que forçam uma ideia

única. A discussão de ideias e a não imposição de um pensamento único é das maiores

conquistas de Abril, princípios pelos quais sempre me bati e continuo a bater.

Discutimos hoje a última proposta de Grandes Opções do Plano e Orçamento do presente

mandato, apresentado pela maioria que suporta a governação da Câmara e que a governa há

mais de 3 décadas.

Não se trata de um mero documento contabilístico para ver se as contas batem certo, que

batem, nem para saber se está bem ou mal redigido, porque sobre esses aspeto, não há

referências a fazer. Quanto muito, dir-se-ia que, fala muito, mas resultados, nem vê-los. É de

políticas que o documento trata e é com base nessas políticas que o Partido Socialista da

Moita o vai abordar.

Page 16: ACTA N.º 08.12 Reunião de 21.12.12 Reunião de 28.12.12 X ... · representatividade dos jovens, pois não podiam pertencer ao conselho as associações de jovens que não pertencessem

16

O PCP há mais de três décadas que gere o município da Moita sendo que, quaisquer que

sejam os aspetos sobre os quais se analise o concelho, os resultados obtidos não são sequer

suficientes. Não vou tão longe como um meu camarada que diz que a Moita, localidade, é a

única do país que está pior que no 25 de Abril de 1974, nessa data tinha um Pavilhão

Gimnodesportivo e uma piscina e hoje apenas tem um Pavilhão Gimnodesportivo. Ainda

assim, para verificarmos que não estamos muito longe dessa realidade, basta considerarmos o

documento “Contributos para o Estudo do Desporto Federado no concelho da Moita”,

redigido pela Divisão de Desporto da Câmara Municipal da Moita nos inícios do século para

ficarmos a saber que, e cito, “a maior conclusão que podemos retirar deste estudo é que o

concelho da Moita está bastante deficitário na prática desportiva federada, nomeadamente na

prática das modalidades coletivas de pavilhão (voleibol, basquetebol, andebol, etc.) e nos

desportos Náuticos. Além deste facto, constatamos desequilíbrios na relação do desporto de

formação e desporto de competição e no desporto feminino e desporto masculino.” (fim de

citação) Poderíamos pensar que esta realidade, detetada nos serviços da Câmara teria sido

minimamente trabalhada para que fosse alterada. Nada disso. Mantém-se. E será que o

orçamento que hoje discutimos minimamente tenta alterar esta situação? Não, de todo.

Embora considerando os dias difíceis porque passamos, nada obstaria que em algumas áreas

sentíssemos que a população sairia beneficiada, mas neste orçamento, nada disso se vê.

Também é verdade que quem tão pouco viu em tempo de vacas gordas, não pode esperar dos

mesmos ver o que seja em tempo de vacas magras.

Este orçamento e os seus anteriores, pelo menos, os mais recentes, nada fizeram para inverter

os problemas estruturantes que afetam o concelho e os seus habitantes. Ano após ano, foi

dado como um dado adquirido que os habitantes deste concelho, naturalmente, trabalhariam

noutros concelhos e até do outro lado do rio. Ano após ano, nada foi feito para que esta

situação minimamente se alterasse e cada vez mais, tudo ia no sentido de gerir o movimento

pendular da população do concelho para outros concelhos. Assim foi e assim será, fruto dos

orçamentos aprovados ao longo de muitos anos e também do orçamento hoje aqui

apresentado. Nada que dê um sinal de facilitar a instalação de mais emprego no concelho,

nem hoje, nem no passado. Por isso, este concelho foi dos poucos da Área Metropolitana de

Lisboa que diminuiu a sua população na passagem dos censos do início do século para os

censos de 2011. Nada se deu à população do concelho, claro que a população do concelho

busca outras paragens, razão pela qual os nossos concelhos vizinhos, todos eles, cresceram em

população no mesmo espaço de tempo.

Quem entra na Baixa da Banheira, no cruzamento junto ao campo de futebol do Vinhense, dá

com uma indicação de que o piso se encontra em mau estado há vários meses, talvez há mais

de um ano. Piso em mau estado. Não é só nessa artéria, o mesmo acontece na estrada que liga

o Carvalhinho aos Quatro Marcos ou na estrada que liga o Rosário a Sarilhos Pequenos,

situação que poderia ser, sem muito esforço, alargada para outros exemplos. Não direi que o

presente orçamento não contemple algumas verbas para resolver esses problemas rodoviários,

vamos esperar para ver, o que se estranha é que o anterior orçamento não tivesse verbas para

que esses problemas não fizessem já parte da história.

Analisando o Orçamento apresentado, está o mesmo dependente das verbas transferidas do

poder central e dos impostos que os habitantes do concelho pagam. Face a esta realidade, já

aqui me responderam, de onde queria que as verbas viessem? É verdade, já então estranhei a

resposta. É que não fica bem ao poder, neste caso local, esperar sentado que as verbas venham

do poder central, mesmo que na defesa do orçamento se diga sempre que são escassas e que

olhem para os habitantes do concelho como se fossem uma vaca leiteira a dar os euros que a

Page 17: ACTA N.º 08.12 Reunião de 21.12.12 Reunião de 28.12.12 X ... · representatividade dos jovens, pois não podiam pertencer ao conselho as associações de jovens que não pertencessem

17

gestão da Câmara precisa. E veja-se o leite de que agora não se abdicou, leia-se, taxa de IMI,

que embora o partido que suporta a Câmara esteja contra o “brutal aumento do IMI”, na

prática, quando se tomam decisões a nível local, mantém-se o brutal aumento do IMI para os

habitantes do concelho. Contrariamente a outros concelhos, este não soube e não sabe ou não

quer procurar outras fontes que permitissem que o orçamento do concelho tivesse valores

mais elevados. O que, se sucedesse ao longo de anos, não nos tornaria tão dependentes do

poder central e nos permitiria ser mais audazes nas propostas a presentar, com benefícios para

toda a população do concelho. Outros concelhos conseguiram-no, este não.

Para finalizar, é evidente que não podemos dizer que o Orçamento é mau para todos. Para os

habitantes do concelho é mau porque o concelho está cada vez mais dependente dos empregos

que ainda se mantém noutros concelhos, porque não permite aumentar a prática desportiva e

era tão fácil promover essa prática, caso fosse essa uma preocupação de quem gere a Câmara,

porque o concelho está cada vez mais degradado, porque está cada vez menos limpo.

Pelo exposto, o Partido Socialista votará contra esta proposta de Grandes Opções do Plano e

respetivo Orçamento.

Jorge Beja

Agradece a Nuno Cavaco que o elucidou de algumas coisas que não sabia, mas acha estranho

a situação da estrada na Baixa da Banheira e para referir também que com o dinheiro dos

outros é sempre fácil governar, se fizer uma casa amanhã na expectativa que lhe vai sair o

euro milhões, claro que não custa nada e depois a mania da perseguição que temos aqui na

Moita, na perspetiva do que disse Nuno Cavaco, é que só o concelho da Moita tem estes

problemas com o governo central, porque em Palmela, no Seixal e no Barreiro, com ou sem

apoio do poder central, as obras fazem-se e aqui não se fazem.

José Pereira

Pelo que foi dito aqui lembra que há uma piscina em Alhos Vedros que também é concelho da

Moita, dar a nota que os equipamentos referidos pelos membros do PS são necessários e se

fosse possível a sua concretização, mas como os membros do PS bem disseram, valorizam

também dentro da área social, nos jardim-de-infância e às refeições escolares a Câmara deu

resposta, então pergunta quais são as prioridades e dentro das dificuldades e dentro das

prioridades, se é melhor dar resposta nestas áreas ou se é melhor concretizar os equipamentos

referidos. Relativamente aos equipamentos desportivos, lembra-se que estudou na Escola

Secundária da Baixa da Banheira, tem 44 anos e há quantos anos se reivindica a construção do

pavilhão gimnodesportivo dessa escola, passou por muitos governos e nunca foi concretizado,

um equipamento da responsabilidade do Ministério da Educação e os jovens continuam a

praticar educação física à mercê das condições climatéricas.

Estamos num ano de dificuldades, estamos perante um orçamento que foi aprovado pelo atual

governo que para o próximo ano tem severos cortes nas comparticipações sociais do estado e

pergunta se as autarquias não tiverem esta capacidade de continuarem a responder, como será

o orçamento das autarquias em 2014, e por muito que nos custe teremos que esquecer o

equipamento desportivo e esquecer muitas dessas coisas, mas teremos que responder à

necessidade da resposta social, infelizmente as autarquias têm que se substituir àquilo que era

a responsabilidade central do governo.

Page 18: ACTA N.º 08.12 Reunião de 21.12.12 Reunião de 28.12.12 X ... · representatividade dos jovens, pois não podiam pertencer ao conselho as associações de jovens que não pertencessem

18

João Faim

Refere que em nome da CDU vai ler a posição desta relativamente ao plano e o orçamento

para o próximo ano:

As Grandes Opções do Plano e Orçamento da Câmara Municipal da Moita para o ano de

2013, são condicionadas pela grave crise económica e social que se abate sobre o nosso país,

e pela legislação aprovada pelos partidos da troika nacional (PSD, CDS e PS), lesiva da

autonomia financeira e da ação das autarquias locais.

O Pacto de Agressão assinado por PS, PSD e CDS tem servido no essencial para retirar

direitos sociais e poder de compra aos trabalhadores e, para afundar a economia do país.

Outro aspeto desta política é, a violação da autonomia do Poder Local, visando a restrição da

sua capacidade de ação e revelando um preocupante tique antidemocrático de desrespeito

pelas opções e decisões dos legítimos representantes autárquicos das populações.

Destas medidas destacam-se as competências impostas às autarquias locais, sem que existam

as devidas compensações financeiras e o crescente subfinanciamento às autarquias, que

advém da Lei das Finanças Locais, em vigor desde 2007, representando sucessivas reduções

nas transferências do Orçamento do Estado, sobrecarregando ainda mais as finanças da

autarquia, contribuindo deste modo para a sua asfixia e perda de autonomia local.

São também instrumentos implacáveis desta política de direita, as designadas Lei dos

Compromissos e a Lei dos Dirigentes, que são verdadeiros atentados à autonomia

administrativa, técnica e financeira dos municípios, sendo verdadeiros garrotes à atividade

municipal, remetendo-a respetivamente à gestão de tesouraria e a um papel secundário da

administração pública, retirando massa crítica e dirigente às autarquias.

Apesar disso o documento do Orçamento e GOP do Município da Moita para 2013 assegura a

prestação do serviço público municipal e mantém os compromissos assumidos pela CDU em

áreas como a educação, a promoção da cultura e do desporto para todos, o apoio à atividade

juvenil e ao associativismo, o ambiente e o desenvolvimento económico.

Na área da educação, o Município da Moita dará continuidade ao programa de requalificação

e modernização do parque escolar e à manutenção de programas de apoio aos alunos

carenciados, através da comparticipação dos transportes, do apoio à aquisição de livros e

material didático e do fornecimento de refeições. Em relação à cultura, será dada continuidade

aos projetos já existentes e iniciar-se-á o programa comemorativo dos 500 anos do Foral de

Alhos Vedros. Nas áreas do desporto e movimento associativo, serão mantidas no essencial as

atividades e programas municipais.

Mantendo uma postura de valorização territorial, a Câmara Municipal aprofundará estudos e

projetos já iniciados como o Programa Municipal de Percursos Pedonais e Cicláveis e os

projetos de reabilitação urbana.

Na área do ambiente, será dada continuidade a iniciativas sobre agricultura biológica e

compostagem, que abrangem a maior parte da comunidade escolar do concelho, estando

previsto o aumento da rede de oleões e a implementação e requalificação das hortas urbanas.

Em 2013, a Câmara Municipal da Moita, em conjunto com diversos parceiros, continuará a

definir e desenvolver intervenções de combate à pobreza e promoção do bem-estar das

famílias no quadro das respostas sociais existentes ou criando novas que se ajustem às

necessidades permanentes da população e que sejam encontradas através do desenvolvimento

do trabalho comunitário e em parceria, nomeadamente através da Rede Social.

Page 19: ACTA N.º 08.12 Reunião de 21.12.12 Reunião de 28.12.12 X ... · representatividade dos jovens, pois não podiam pertencer ao conselho as associações de jovens que não pertencessem

19

Num ano em que se prevê, uma ainda maior quebra económica, a Câmara Municipal

continuará o seu papel ativo na dinamização e promoção do tecido empresarial local.

Ao nível dos mercados municipais, serão dinamizadas iniciativas como a Feira de

Antiguidades e Velharias e a Feira de Artes e Talentos, estando igualmente previsto o

lançamento da iniciativa “Sabores de Cá” com vista a promover a gastronomia tradicional e

local, bem como as atividades económicas.

As Grandes Opções do Plano e Orçamento da Câmara Municipal da Moita para 2013, em face

das muitas adversidades e imposições, são documentos de resistência e de não desistência de

quem, com a população do Concelho, assumiu um projeto autárquico de desenvolvimento do

Concelho e que com coragem não abdica dos seus compromissos. É por isso que os eleitos da

CDU os votam favoravelmente.

Presidente da Junta de Freguesia da Baixa da Banheira, Nuno Cavaco

Afirma que assistimos há pouco a um exercício muito grave do que é a liberdade de

expressão, sente-se ofendido pelo estilo trauliteiro e mata cavalos que foi utilizado, os termos

“vaca leiteira” e “ à espera sentados numa cadeira”, a Constituição da República Portuguesa

goste-se ou não dela, define que os recursos do Estado são para ser partilhados pelos órgãos

que são autónomos e soberanos, perante esses termos pergunta se a sua pessoa é que vem

incendiar o debate, pediria um pouco de respeito.

Quanto ao que disse Jorge Beja diz que fica muito triste, então acha que contratos assinados e

protocolos assinados são para rasgar, acha que se lança um concurso que tem trabalhadores

para fazer uma obra e o governo não cumpre e ainda há uma defesa qualquer, pensa que

quando o governo não cumpre em obras que são defesa da nossa população temos que estar

todos unidos e reivindicar aquilo a que têm direito, reivindicar da Câmara, mas também do

Governo. Ao não o fazermos estamos a dar razão a quem nos faz isso e quando acontece

sucessivamente é esquisito, mas não é só à Moita, pois conhece outras situações noutros

concelhos. Lembra-se quanto tempo esteve para abrir o Lar S. José Operário, lembra-se

também o arrastamento da abertura da Unidade de Cuidados Continuados, lembra-se do posto

de atendimento da Segurança Social na Baixa da Banheira onde o Partido Socialista devia

estar contente e que não o refere em documento nenhum, diz que isto está tudo na mesma

desde o 25 e Abril, mas não está, temos um posto de atendimento, não o podemos agradecer

ao PS, mas temo-lo com muito esforço e temos muitas mais coisas. Por exemplo, nós

reivindicamos um Centro de Saúde na Baixa da Banheira, temos agora uma direção que é

muito disponível e já viu no local que há necessidade e continua na mesma, mas pelo menos

discute connosco e com a população e dá abertura para a sua resolução. Agora haver uma

necessidade, ser competência do Poder Central, este comprometer-se e a seguir não cumprir,

nós temos o dever de lhes dizer que estão a prejudicar a Câmara e a população do concelho.

Existem algumas pessoas que dizem ser livres, que não respeitam a orientação partidária, mas

depois defendem o governo contra a população do concelho da Moita. Diz não ser livre, faz

parte de um coletivo que discute e até quando o Grupo Parlamentar do PCP apresenta coisas

sobre a Moita até discute consigo, a nossa opinião influencia e até se mudam coisas. Acha

sinceramente que não é bom ser livre dessa maneira, porque assim nunca existem

responsabilidades, podem fazer aquilo que querem e geralmente não se defende aquilo que se

deve defender.

Page 20: ACTA N.º 08.12 Reunião de 21.12.12 Reunião de 28.12.12 X ... · representatividade dos jovens, pois não podiam pertencer ao conselho as associações de jovens que não pertencessem

20

Vice-presidente da Câmara Municipal, Rui Garcia

As conceções que aqui foram feitas sobre o estado português foram de uma pobreza extrema,

porque olhar para o governo como dono dos recursos do estado português, olhar para a

distribuição prevista constitucionalmente e prevista na lei das autarquias locais, que a

distribuição de recursos pelos diversos níveis desse mesmo estado, pensar que isso é uma

dádiva que alguns fazem o favor de nos dar, é uma conceção que é de uma pobreza

intelectualmente indigente.

As questões concretas que aqui são colocadas, sobre a cultura, nas condições que nós

vivemos, com as reduções sucessivas dos orçamentos, incluindo o orçamento municipal,

apontar como redução da cultura de cerca de vinte mil euros, num orçamento de cerca de dois

milhões, isto é revelador da aposta forte que nós continuamos a conseguir fazer em termos de

manter os serviços da cultura que o nosso concelho há anos vem oferecendo à sua população

de uma forma que o distingue positivamente de muitos outros, nós não temos nada a aprender

com ninguém sobre a prática de atividades culturais, porque fazemo-lo a todos os níveis

porque a cultura não se mede só pelos espetáculos, é o que se faz todos os dias quando se

ensina teatro e música nas escolas, é aquilo que se faz todos os dias com uma rede de

bibliotecas, uma em cada freguesia, é o que se faz todos os dias no investimento na cultura.

Só em termos de ações das grandes opções do plano, o orçamento para a cultura ronda os 5%

e isto não conta com os encargos do pessoal adstrito às atividades culturais e as despesas de

funcionamento dos equipamentos. Há uma afirmação que entende qual é o sentido, mas é uma

afirmação incorreta, pois dizer-se que o concelho não tem arquivo é incorreto e é impensável,

nos anos que o orador foi vereador teve oportunidade de visitar o arquivo. Existe um arquivo,

não há é um edifício novo que todos desejávamos, mas ele está lá, está o arquivo histórico,

está tudo devidamente guardado, está tudo devidamente tratado, mas há de facto um desejo, e

temos trabalhado para isso, de termos um edifício de arquivo municipal. Tivemos uma

candidatura aprovada há cinco anos, mas em condições que acabaram por impossibilitar o seu

aproveitamento, porque um investimento que estava orçado em um milhão e quatrocentos mil

euros a comparticipação era de cerca de trezentos mil, não houve condições financeiras para a

concretização desse projeto.

Em termos de desporto é curioso e é recorrente acusar o concelho daquilo que o país é, não há

prática expressiva de algumas modalidades, então não se sabe em que país estamos, onde é

que há uma prática expressiva nas modalidades de pavilhão, ela é muito reduzida e limitada às

grandes cidades e parte de um problema de base, ao contrário do que acontece nos países

europeus onde o desporto começa nas escolas, no desporto escolar que em Portugal é

inexistente. De qualquer maneira nós temos o pavilhão da escola José Afonso em Alhos

Vedros e o pavilhão municipal da Moita com muita prática desportiva, que incide no futebol

de sala, mas tem também basquetebol, ginástica, ténis de mesa e outras atividades desportivas,

para além do desporto de rua que tem tradição no nosso concelho, que tem dado atletas de

grande qualidade e que continuamos a incentivar, numa prática que nos distingue de outros

concelhos, pois o Atletismoita é um caso de estudo no país pela atividade e envolvimento

deste projeto.

Presidente da Câmara Municipal, João Lobo

Quanto à estrada na Baixa da Banheira, avenida 1ºde Maio, foi assinado na Baixa da

Banheira, no clube União Banheirense, pela então ministra Elisa Ferreira um acordo no

âmbito do PROQUAL que denominámos operação de revitalização urbana da vila da Baixa

Page 21: ACTA N.º 08.12 Reunião de 21.12.12 Reunião de 28.12.12 X ... · representatividade dos jovens, pois não podiam pertencer ao conselho as associações de jovens que não pertencessem

21

da Banheira, para complementar a intervenção que tinha sido iniciada no Vale da Amoreira,

mas dos 29,8 mil milhões de euros só chegou 10,5 e disseram-nos que não havia mais nada e

no acordo foi assinado o compromisso! Mas ficaram para traz mais obras, como o campo

desportivo das Fontainhas, o jardim-de-infância do Vale da Amoreira e outras tais como os

arranjos exteriores da mesma freguesia. Nessa altura foi o governo do PS, agora o atual

governo do PSD e CDS disse-nos que a iniciativa dos bairros críticos acabou, não há mais

verbas, assim como no programa Vale Construir o Futuro. As intervenções que lá foram feitas

o ano passado foram da responsabilidade da Câmara Municipal da Moita, quando as

responsabilidades eram do Poder Central, do IHRU e do IGAP.

Dizem que não há uma ideia, pois há uma ideia muito forte, é a resistência e a garantia do

serviço público, nos tempos que estamos a percorrer este é um plano de atividades e

orçamento de resistência e de manutenção do serviço público. De resistência às privatizações

e de manter um serviço público de qualidade nas áreas dos serviços básicos e principalmente

nas áreas da educação e das franjas da nossa vida, infância e terceira idade. Há aqui neste

orçamento a possibilidade de se fazer duas intervenções de asfaltamento em vias urbanas,

conforme as receitas assim o permitam, mesmo que tenhamos provisão, com a lei dos

compromissos e não tivermos tesouraria não podemos avançar com qualquer pagamento ou

compromisso, o que como sabem qualquer procedimento da administração pública leva no

mínimo seis meses, partindo do princípio que teríamos tesouraria para tal, portanto é um

plano de atividades e orçamento de resistência e de manutenção. Há um corte de dois milhões,

mas na realidade é de três milhões, porque há um milhão que tem a ver com a assunção de

responsabilidades com a falta de intervenção da FADESA na Quinta da Fonte da Prata e tem a

ver com as garantias bancarias que fomos buscar para o parque urbano e para a escola que não

ficaram em condições, se não fosse isso o orçamento ainda tinha menos um milhão.

Quanto ao aumento de 16% na venda de bens e serviços tem a ver que o orçamento de 2012,

foi feito com base nos cálculos dos 24 meses anteriores, houve uma evolução na venda de

serviços que se refletiram em 2012, portanto o cálculo dos 24 meses anteriores deu esse valor,

não há aumentos de taxas a não ser aqueles que estão aí na proposta do plano correspondente

abaixo da inflação que é de 2.1. É verdade que não vem o quadro da introdução a subdivisão

do IMI, mas na página 50 está lá escrito e está lá prevista uma receita de IMI cerca de 7

milhões seiscentos e sessenta e nove euros, entre outros números. Reafirmamos que não

temos condições de saber como se vai comportar o IMI no ano de 2013, por força das

circunstâncias apontadas temos até no orçamento uma previsão do IMI mais baixa que em

2012.

Manuel Borges

Vem dizer que lamenta que a expressão da vaca leiteira tenha levantado tantos maus

entendimentos, o que não deixava de ser sob o ponto de vista simbólico e quando dizia que

não fica bem ao poder local esperar sentado que as verbas venham do poder central não lhe

parece assim nada tão atentatório, mesmo que na defesa do orçamento se diga que as verbas

são sempre escassas e que olhem para os habitantes do concelho como se fossem uma vaca

leiteira para dar os euros que a gestão da Câmara precisa, o que disse é simbólico e veja-se o

leite que agora não se abdicou, leia-se taxa de IMI, dizer que isto é atentatório, atenta se

calhar da parte de quem o diz.

Page 22: ACTA N.º 08.12 Reunião de 21.12.12 Reunião de 28.12.12 X ... · representatividade dos jovens, pois não podiam pertencer ao conselho as associações de jovens que não pertencessem

22

Manuel Madeira

Foi feita a acusação de pirómanos nesta sala, que tem subjacente a preocupação de isolar

quem manifesta opiniões diferentes, de não respeitar ou conviverem mal com a liberdade de

expressão que nós felizmente conseguimos construir a partir de 25 de Abril de 1974. Uma

segunda intervenção que o deixou extremamente preocupado é a das vacas gordas e depois

dos considerandos que foram apresentados pelos seus camaradas o energúmeno que se

atreveu a vir falar dessa forma e manter essa posição é preocupante, a ideia de vacas gordas

relativamente ao estado, lembra um discurso fascistóide porque reflete uma centralização do

poder em que o governo central tinha ao seu dispor e na altura os presidentes de Câmara iam à

praça do comércio de mão estendida e se fosse da simpatia do senhor ministro, trazer alguns

tostões para a sua terra. Essa realidade da centralização da riqueza e da distribuição,

profundamente injusta, pelas várias regiões do país a partir de 25 de Abril de 1974

obviamente que mudou, portanto não estamos à espera de vacas gordas para governar as

regiões, é por direito próprio que nós participamos na riqueza do estado. Este orçamento é o

possível porque ele não se pode desassociar da realidade do país, essa devido às políticas de

direita em que o Partido Socialista nestes últimos 37 anos tem responsabilidade repartidas

com o PSD e o CDS e, agora estes últimos partidos, devido à sua ideologia neoliberal,

conduziram os portugueses a um empobrecimento profundo, na Europa a 27 nós ocupamos o

19º lugar em termos de riqueza por habitante, segundo o Eurostat temos 77% da média do

poder de compra, este valor representa um recuo de 3% que é a maior queda desde 1996, o

que quer dizer que iguala o mínimo atingido em termos de poder de compra em 2004, redução

que representa o empobrecimento da população, das regiões e o reflexo que tem no orçamento

que hoje é aqui apresentado. Esse empobrecimento tem-se refletido na diminuição da procura

interna, consequentemente no encerramento de empresas, ainda esta semana na estrada

nacional na Baixa da Banheira houve empresas que encerraram as suas portas, no

despedimento de trabalhadores, o abaixamento das receitas que eram obtidas através do IRS e

da Segurança Social e no agravamento das despesas do estado, no aumento das despesas

socias que cada vez mais nos está a empobrecer e cada vez mais dificulta a ação dos

municípios e diminui a capacidade por parte dos orçamentos que os municípios apresentam e

têm ao seu dispor e reflete um ataque à natureza do estado e é um ajuste de contas com Abril,

é um ajuste de contas com as conquistas da revolução que contribuíram para a melhoria das

condições de vida dos portugueses e como os municípios e as freguesias têm uma

responsabilidade muito grande nessa melhoria das condições de vida, é isso que querem

liquidar e afastar as populações do poder de decisão, da discussão dos seus problemas.

António Chora

Diz que depois de ouvir uma verborreia queria que lhe dissessem quem é que falou em vacas

gordas, porque isso só foi um pretexto, parece-lhe que falaram em vacas loucas, vacas gordas

não ouviu falar.

Presidente da Assembleia Municipal, Joaquim Gonçalves

Visto que está a pedir esclarecimento, foi referido aqui pelo mesmo orador as expressões

“vacas gordas” e “vaca leiteira”, sendo o último termo muito conhecido em Marketing

relativamente à venda de produtos e naturalmente na Moita pela sua grande produção de leite.

Submetida a proposta à votação foi a mesma aprovada por maioria com 18 votos a favor da

CDU; 12 votos contra, sendo 9 do PS, 2 do PSD, 1 do CDS/PP; 3 abstenções do BE.

Page 23: ACTA N.º 08.12 Reunião de 21.12.12 Reunião de 28.12.12 X ... · representatividade dos jovens, pois não podiam pertencer ao conselho as associações de jovens que não pertencessem

23

Declaração de voto de António Chora

As grandes opções do plano e o orçamento para 2013, são mais do que no ano anterior,

reflexos da crise do euro e no “austeritarismo” governamental que conduz Portugal para a

miséria social, políticas atrás das quais mais uma vez se esconde mostrando com isso a sua

falta de motivação e dinâmica. O documento apresentado pelo executivo, é uma continuidade

da política reinante no concelho há vários anos, que agora com a crise da especulação

imobiliária se reflete nas receitas, logo na qualidade de vida das pessoas que aqui vivem, de

referir que as despesas correntes continuam a ensombrar este orçamento tal como o elevado

nível de endividamento do município, prevendo-se um gasto na ordem dos dois milhões e

vinte e sete mil euros ano em juros e amortizações, ou seja, durante o ano de 2013 todos os

dias o executivo CDU entrega aos bancos, em pagamento de dívidas contraídas no passado,

sete mil cento e noventa e sete euros. Verifica-se que o executivo CDU continua a alimentar

uma expetativa orçamental de venda de terrenos que, sucessivamente, têm falhado com

consequências no investimento ou agravamento da dívida. Continuamos a entender, face ao

agravamento da situação económica e social no país e no concelho, ser necessário a autarquia

implementar um programa de ajuda social direta aos cidadão mais desfavorecidos, mas o que

faz é aumentar todas as taxas existentes e manter o IMI no escalão imediatamente ao valor

mais alto permitido por lei. Depois da exposição do executivo CDU às grandes opções do

plano e orçamento para 2013 entendemos que este continua a ser, tal como dissemos no ano

passado, um plano e orçamento tapa buracos, pois pouco mais do que isso irá ser feito neste

concelho no próximo ano, por essas razões o Bloco de Esquerda absteve-se no plano e

orçamento para 2013.

Declaração de voto de Jorge Beja

Os eleitos do Partido Socialista na Assembleia Municipal consideram que este é mais um mau

orçamento, pior que os anteriores: cada ano que passa é assim, escudando-se com os cortes na

transferência de verbas do Poder Central, que efetivamente também existem, mas que não

podem justificar tudo para tão pobre e tão pouco ambicioso Plano de Atividades e Orçamento.

O orçamento apresentado não reflete uma verdadeira política social e solidária, os mais

desfavorecidos, os desempregados, os idosos com baixas pensões, toda uma parte importante

da população, não têm uma solidariedade efetiva da Câmara. Em relação ao único imposto da

responsabilidade política da Câmara Municipal da Moita, pela maioria CDU do executivo, o

IMI manteve os 0,4 dizendo desconhecer o impacto na sua população, porém revela, no

documento apresentado, expetativas no aumento da receita deste imposto. À semelhança com

o que se passou em 2012 e anos anteriores, as Grandes Opções do Plano para 2013 estão em

linha com o modelo de desenvolvimento há mais de 37 anos mas tristemente agravadas ano

após ano, sempre com a nossa discordância, o documento apresentado reflecte, uma vez mais,

a total ausência de medida estruturante no sentido de relançamento da economia local e de

implementação da tão reclamada dinâmica e competitividade para o concelho. A maioria

CDU do executivo não optou pelas melhores políticas ao longo destes 37 anos e o estado do

concelho, bem como os indicadores económicos e sociais da região refletem uma política de

um rumo errado. Os eleitos do Partido Socialista da Assembleia Municipal votam contra as

Grandes Opções do Plano e Orçamento para 2013 apresentadas pela maioria CDU do

executivo: este documento não reflete o que queremos para este nosso concelho. Não era isto

o que queríamos para o nosso concelho, não é este o rumo que queremos para o nosso

concelho.

Page 24: ACTA N.º 08.12 Reunião de 21.12.12 Reunião de 28.12.12 X ... · representatividade dos jovens, pois não podiam pertencer ao conselho as associações de jovens que não pertencessem

24

Declaração de voto de Luís Morgado

A sua abstenção no plano e orçamento acresce às declarações de António Chora, pelo facto de

sua situação de independente, nunca votaria contra um orçamento destes pela situação em que

o país se encontra, como o concelho está e porque as contas estão certas, ao abster-se até

relativo a outras questões que ultrapassam o orçamento, a metodologia de o elaborar, pois

chegou à Assembleia Municipal sem ninguém desta ter intervindo como membros eleitos. A

metodologia devia ser alterada não é a primeira vez que o refiro aqui, não contribui para o

conhecimento nem com uma intervenção credível e especializada, talvez ganhássemos todos e

evitava-se estas tentações desgraçadas, pela natureza das intervenções que se verificaram na

discussão do orçamento, enveredou-se aqui por caminhos de autêntico populismo eleiçoeiro.

2 – Mapa de Pessoal do Município para o ano de 2013

“O actual modelo de gestão na administração pública consagra que, a cada ano de

planeamento e execução orçamental, se promova a definição de objectivos, a planificação das

actividades e a elaboração de mapas de pessoal que compreendam a totalidade dos postos de

trabalho necessários ao desenvolvimento das actividades e competências dos serviços.

A Lei nº12-A/2008, de 27 de Fevereiro, estabelece no âmbito da gestão de recursos humanos

a criação de mapas de pessoal, constituídos por postos de trabalho, os quais, em face das

atribuições e competências dos serviços municipais e dos recursos financeiros disponíveis,

têm vindo por imperativos legais objectivos a serem diminuídos a cada ano, designadamente

em cumprimento dos dois últimos Orçamentos de Estado.

No estrito cumprimento das atribuições e competências do Município e, consequentemente,

no funcionamento dos serviços e na manutenção do serviço público, o mapa de pessoal agora

proposto enquadra a política municipal de recursos humanos, alicerçada numa gestão

previsional de efectivos que atende aos constrangimentos legais e financeiros, mas garante os

postos de trabalho existentes e ocupados pelos trabalhadores municipais.

Neste sentido e em articulação directa com a proposta de orçamento municipal para 2013, o

mapa de pessoal considera:

- As atribuições, competências e actividades dos serviços, tendo por referência o Regulamento

Internos dos Serviços Municipais, bem como os trabalhadores afectos e ocupantes dos postos

de trabalho que se destinam a cumprir ou executar aquelas;

- A indicação dos postos de trabalho existentes, preenchidos ou ocupados por trabalhadores

contratados em regime de contrato de trabalho em funções públicas por tempo indeterminado

e de apenas dois trabalhadores contratados a termo resolutivo certo;

- A extinção do Gabinete de Planeamento Auditoria e Qualidade, enquanto equipa

multidisciplinar, com integração dos respectivos trabalhadores em postos de trabalho para

funções inerentes às respectivas carreiras, no Departamento de Administração e Finanças;

- Os cargos dirigentes previstos e providos nos termos legais atinentes;

O presente instrumento de gestão dos recursos humanos que se propõe contêm assim um total

geral de 823 postos de trabalho, apresentando uma redução global de 16 postos de trabalho

por comparação ao mapa de pessoal de 2012;

Page 25: ACTA N.º 08.12 Reunião de 21.12.12 Reunião de 28.12.12 X ... · representatividade dos jovens, pois não podiam pertencer ao conselho as associações de jovens que não pertencessem

25

Assim e conforme resume mapa anexo, dos 823 postos de trabalho, 802 estão ocupados, 13

encontram-se cativos/vagos, são criados 2 lugares e 6 postos de trabalho são mantidos,

embora igualmente vagos, em virtude dos procedimentos concursais estarem suspensos, de

acordo com o n.º 11, do art.º 24º da Lei nº55-A/2010, de 31 de Dezembro.

Nestes termos, submeto a presente à aprovação deste Órgão com remessa à Assembleia

Municipal para deliberação final.”

Vice-presidente da Câmara Municipal, Rui Garcia O mapa de pessoal que vos está proposto, que não prevê qualquer alteração relevante do

quadro do pessoal ao serviço do município, reflete apenas a atualização decorrente aquilo que

aconteceu este ano, a saída em termos líquidos de dezassete trabalhadores e a proposta de

criação de dois lugares, não constituem de facto um aumento do pessoal, uma vez que se trata

de dois lugares para permitir transformar contratos temporários em contratos definitivos. O

que vai acontecer ao longo do ano de 2013, vamos ver o que o orçamento de estado vai dizer,

a redução que ocorreu em 2012, de 2% conforme a lei, decorreu das saídas normais de

pessoas através de aposentação ou de outras, demissão ou falecimento e no futuro não

prevemos qualquer outra alteração. Dizer ainda que a redução de pessoal ao serviço do

município vem ocorrendo há sete anos e começa a ter consequências, a impossibilidade de

repor as saídas de pessoal em determinados sectores, pode trazer situações complicadas para

determinados serviços e é mais uma estratégia de dificultar a intervenção das autarquias e

dificultar a prestação de serviços públicos à população, e depois virão os teóricos que afinal

os serviços públicos são maus, existem maus gestores e o melhor é entregar os serviços aos

privados e é esse o caminho que querem que nós sigamos e é um caminho que vão contar com

a nossa resistência.

Tita Maurício

Em relação a este ponto da ordem de trabalhos, pergunta qual a ligação que tem com o ponto

número 4 da ordem de trabalhos, é que a lei que altera a orgânica da Câmara e a que reduz os

quadros de pessoal, quando leu a ordem de trabalhos teve a dúvida se iria votar o quadro de

pessoal e a seguir alterar através da alteração da lei orgânica e queria saber como se faz essa

ligação para compreender para poder votar.

Edgar Cantante

Relativamente ao que disse o vice-presidente da Câmara é uma constatação que cada vez mais

ouvimos dizer que os serviços públicos prestam maus serviços, que há muito pessoal e

independentemente de poder concordar ou discordar com essa informação, pensa que é

importante neste momento mostrar aos olhos da população que isso não funciona assim,

demonstrar isso na prática é que neste momento é importante. Tem ouvido dizer que em

determinados serviços há muito pessoal e noutros há falta e vai dar um exemplo concreto, que

é por exemplo os parques em Alhos Vedros e na Baixa da Banheira, os bancos estão com

pinturas completamente estragadas e em alguns casos os bancos já não têm pés. É evidente

que os trabalhadores têm a sua função, o motorista, o escriturário, o enfermeiro, mas isto não

acontece nas empresas privadas e ao não querermos aceitar esta discussão a bem do poder

democrático e a bem do serviço público, vermos a melhor forma, senão não conduz a nenhu -

Page 26: ACTA N.º 08.12 Reunião de 21.12.12 Reunião de 28.12.12 X ... · representatividade dos jovens, pois não podiam pertencer ao conselho as associações de jovens que não pertencessem

26

ma situação. Em extremo diz que vai contar um caso que presenciou, foi aberto um roço por

causa das águas, o motorista não podia fazer nada estava a ver e dos quatro que estavam

presentes, um estava a trabalhar. Toda a gente viu e comentou e enquanto as Câmaras que se

dizem a favor dos trabalhadores não encararem este assunto de frente, do seu ponto de vista

estão a agir mal porque podem estar a dar passos no sentido de negar o que defendemos.

Vice-presidente da Câmara Municipal, Rui Garcia

Relativamente à primeira questão iremos discutir mais em detalhe, a questão da

reestruturação, como a própria lei, a reestruturação fica suspensa no tempo é como que uma

reestruturação virtual, uma vez que vai decorrendo à medida que as chefias acabem as suas

comissões de serviço e no nosso caso salvo duas ou três exceções, todas as outras chefias vão

acabar em 2014, portanto não tem impacto ao nível do mapa de pessoal.

A segunda questão que foi colocada, “nem oito, nem oitenta”, existe já alguma polivalência,

embora esta expressão deva ser usada com muita cautela, como existe em qualquer lado, por

exemplo o varredor não cumpre só essa função, porque é cantoneiro de limpeza, pode andar

no camião, pode andar na varredora mecânica, pode andar na varredura manual, pode fazer

uma série de coisas, mas há especializações que têm e devem ser respeitadas, o canalizador é

canalizador, o motorista é para ser motorista, terá que em alguns casos respeitar as profissões.

No setor privado fazer das pessoas faz tudo, isso não é exemplo para ninguém, não é aceitável

que isso aconteça, não é sequer racional segundo o ponto de vista da gestão e da

produtividade, porque um faz tudo não é bom a fazer nada, as pessoas têm que ter tarefas

próprias, têm que ter objetivos definidos e isso faz parte de respeitar os direitos dos

trabalhadores e faz parte de aumentar a produtividade dos serviços.

José Pereira

Faz uma pequena comparação pois pergunta dos quatro trabalhadores que estavam a ver

quanto é que auferem por mês e a comparação que isso tem com os que foram nomeados pelo

atual governo para ganhar três mil e quinhentos euros por mês.

Submetida a proposta à votação foi a mesma aprovada por maioria com 20 votos a favor,

sendo 18 da CDU, 1 do BE, 1 do CDS/PP; 10 abstenções sendo 9 do PS, 1 do PSD.

3 – Despesas de representação dos Dirigentes Municipais

“A Lei n.º 49/2012, de 29 de agosto, aprovou o estatuto do pessoal dirigente dos serviços e

organismos da administração central, regional e local do Estado, adaptando à administração

local a Lei n.º 2/2044, de 15 de janeiro, na redação que lhe foi dada pela Lei nº64/2011, de 22

de dezembro.

Prevê o nº1 do art. 24º da nova Lei nº49/2012, que, aos titulares de cargos dirigentes, designa-

damente aos de cargos de direção superior de 1º grau e aos cargos de direção intermédia de 1º

Page 27: ACTA N.º 08.12 Reunião de 21.12.12 Reunião de 28.12.12 X ... · representatividade dos jovens, pois não podiam pertencer ao conselho as associações de jovens que não pertencessem

27

e 2º graus, podem ser abonadas despesas de representação no montante fixado para o pessoal

dirigente da administração central, através do despacho conjunto a que se refere o nº 2 do art.

31º da Lei nº2/2004, de 15 de janeiro, na redação que lhe foi dada pela Lei nº64/2011, de 22

de dezembro, sendo-lhes igualmente aplicáveis as correspondentes atualizações anuais.

Nos termos do nº2 do mesmo artº 24º, a atribuição de despesas de representação é competên-

cia da Assembleia Municipal, sob proposta da Câmara Municipal.

A verba respectiva encontra-se devidamente prevista no orçamento municipal para o corrente

ano.

Assim proponho que a Câmara Municipal delibere submeter à Assembleia Municipal a

presente proposta de atribuição de abono para despesas de representação aos titulares dos

cargos dirigentes da Câmara Municipal, de montante igual ao fixado para o pessoal dirigente

da administração central, com as correspondentes atualizações anuais, com efeitos à data de

entrada em vigor da referida Lei, 1 de setembro do ano em curso.”

Presidente da Câmara Municipal, João Lobo

A lei da reestruturação dos municípios diz a determinado passo, que alterando a lei anterior

que compete à Assembleia Municipal sob proposta da Câmara Municipal aprovar a atribuição

de abono de despesas de representação aos titulares de cargos dirigentes. Aos dirigentes que

foram nomeados foi aplicada a lei da altura da sua nomeação. Havendo esta alteração à lei, a

proposta da Câmara é que se mantenha aquilo que já vinha acontecendo com os dirigentes que

estão nomeados, as despesas de representação respetivas na altura em que foram nomeados de

acordo com a legislação, estando previsto em orçamento para este ano e com as atualizações

anuais que forem efetuadas e segundo aquilo que está fixado para o pessoal da administração

central.

Tita Maurício

Pergunta se há ou não uma alteração da estrutura remuneratória, o que estava e o que passa a

estar, e pedia para que fosse confirmado que essa remuneração será na base do que está fixado

para a administração central.

Presidente da Câmara Municipal, João Lobo

Diz que não há alteração porque a estrutura remuneratória é aquela que tem vindo nos

orçamentos do estado, a referência é a mesma, o que há é a lei que vem alterar a anterior que

era competência da Câmara a atribuição de despesas de representação e passou a ser da

Assembleia Municipal sob proposta da Câmara Municipal.

Submetida a proposta à votação foi a mesma aprovada por maioria com 28 votos a favor,

sendo 18 da CDU, 8 do PS, 1 do BE, 1 do CDS/PP; 2 abstenções, sendo 1 do PS, 1 do PSD.

Page 28: ACTA N.º 08.12 Reunião de 21.12.12 Reunião de 28.12.12 X ... · representatividade dos jovens, pois não podiam pertencer ao conselho as associações de jovens que não pertencessem

28

Declaração de voto de Luís Morgado

Votou favoravelmente, mas diz não justificar este poder da Assembleia Municipal nos moldes

em que está, acha caricato, por outro lado também votou a favor porque nunca iria votar

contra os proventos dos representantes do povo.

4 – Alteração da Estrutura Orgânica decorrente da aplicação da Lei nº 49/2012, de 29 de

Agosto

“A Lei n.º 49/2012, de 29 de Agosto adapta à administração local a Lei nº2/2004, de 15/01, na

redacção da Lei nº64/2011, de 22/12, que aprova o estatuto do pessoal dirigente dos serviços e

organismos da administração central, regional e local do Estado, estabelecendo novas regras,

contingentando nomeadamente o número de cargos em função de variáveis que define. Os

municípios estão obrigados a aprovar a adequação das suas estruturas orgânicas aprovadas

nos termos do Decreto – Lei n.º 305/2009, de 23 de outubro, às regras e critérios previstos na

presente lei, até 31 de dezembro de 2012.

Uma lei que vai regular, de facto, é a organização dos serviços municipais da pior forma, não

permite que se atenda às funções a garantir, às necessidades de enquadramento do trabalho,

aos objectivos, características e condições especificas de cada município, estabelece

densidades em função, não do numero de trabalhadores a enquadrar e dos recursos

disponíveis, mas, em função do número de habitantes.

Uma adequação que não se traduzirá numa significativa redução dos encargos financeiros,

mas que se refletirá sobremaneira nas condições efetivas em que o serviço público é prestado,

configurando uma relação custo/benefício desvantajosa para a população.

A determinação do número de lugares de pessoal dirigente a prover resulta de uma relação

determinada com a população do município. O artigo 3.º da Lei n.º 49/2012, de 29 de agosto,

define “população” como o total da população residente e da população em movimento

pendular; “população residente” como a população residente no território do município, de

acordo com os dados do último recenseamento geral da população e “população em

movimento pendular” como a população em movimento pendular em deslocação para o

território do município, de acordo com os dados do último recenseamento geral da população.

Apesar de terem sido publicados alguns dados definitivos do recenseamento geral da

população de 2011, não se encontram ainda publicados os dados referentes à “população em

movimento pendular”, não sendo portanto possível, a partir do Censo de 2011, calcular a

“população” do concelho da Moita, nos termos definidos no referido artigo.

Pelos resultados do recenseamento da população de 2011, a população residente do concelho

da Moita ascende 66.029 habitantes, considerando o intervalo do movimento pendular de

2001 que é de 5,2% a 9,1% e com base na média deste a população em movimento pendular

do concelho da Moita é superior a 70.000 habitantes.

Pela aplicação dos artigos 7.º, 8.º e 9.º conjugada com o artigo 21.º poderão ser providos 3

cargos de Director de Departamento, 11 cargos de Chefe de Divisão e 3 cargos de direcção in-

Page 29: ACTA N.º 08.12 Reunião de 21.12.12 Reunião de 28.12.12 X ... · representatividade dos jovens, pois não podiam pertencer ao conselho as associações de jovens que não pertencessem

29

termédia de 3.º grau ou inferior, admitindo-se outras combinações decorrentes da aplicação

dos números 2 e 3 do artigo 21.º, perfazendo em qualquer caso um total de 17 cargos

dirigentes.

De acordo com o artigo 4.º do Decreto-Lei n.º 305/2009, de 23 de Outubro que estabelece o

regime jurídico da organização dos serviços das autarquias locais, a estrutura interna da

administração autárquica consiste na disposição e organização das unidades e subunidades

orgânicas dos respetivos serviços, considerando “unidades orgânicas as lideradas por pessoal

dirigente e “subunidades orgânicas” as lideradas por pessoal com funções de coordenação

(coordenador técnico ou encarregado).

A aplicação da Lei n.º 49/2012, de 29 de agosto, determina a conformação da estrutura dos

serviços municipais àquela, tendo como consequência o ajustamento da atual estrutura nuclear

e flexível, impondo alterações significativas à estrutura de organização e funcionamento dos

serviços do Município da Moita.

Assim, nos termos dos artigos 4.º, 5.º, 7.º a 10º, 21º, 24º e 25º da Lei n.º 49/2012, de 29 de

agosto e do Decreto-Lei n.º 305/2009, de 23 de outubro, proponho que a Câmara Municipal

aprove e delibere propor à Assembleia Municipal:

1 - A organização dos serviços municipais passará a obedecer ao modelo de estrutura

hierarquizada, em resultado do qual o Município da Moita passará a estruturar-se em torno

das seguintes unidades orgânicas nucleares:

Departamento de Administração e Recursos Humanos – a quem compete:

a) Assegurar a gestão integrada dos serviços na sua dependência, promovendo a

concretização dos objectivos definidos, programando, coordenando e controlando o

desenvolvimento das acções relativas à atividade do Departamento, garantindo a

articulação com os demais serviços municipais;

b) Coordenar o projeto de plano de atividades e orçamento do Departamento e das

respetivas alterações ou revisões;

c) Coordenar os relatórios de atividades do Departamento;

d) Coordenar a elaboração de propostas de instruções, circulares normativas, posturas e

regulamentos necessários ao exercício das atividades do Departamento;

e) Coordenar a circulação da informação interna de apoio à gestão no âmbito do

Departamento;

f) Zelar pela conservação e manutenção dos equipamentos e instalações municipais

adstritas ao Departamento;

g) Coordenar o expediente e as informações necessárias para resolução da Câmara

Municipal ou decisão dos respetivos membros no âmbito do Departamento;

h) Coordenar os processos administrativos sujeitos à fiscalização do Tribunal de Contas;

i) Coordenar a organização e a elaboração dos documentos previsionais, proceder ao

controlo da sua execução, propondo as respetivas alterações e revisões;

Page 30: ACTA N.º 08.12 Reunião de 21.12.12 Reunião de 28.12.12 X ... · representatividade dos jovens, pois não podiam pertencer ao conselho as associações de jovens que não pertencessem

30

j) Coordenar a organização e a elaboração dos documentos de prestação de contas;

k) Assegurar a gestão integrada dos recursos financeiros, mantendo atualizado o Plano de

Tesouraria municipal assim como o conhecimento da capacidade de endividamento;

l) Assegurar os procedimentos de contratação pública destinados à aquisição de bens e

serviços;

m) Proceder à gestão centralizada do património municipal, em estreita articulação com

os outros Departamentos;

n) Coordenar os processos de concessão de autorizações e licenças não especificadas a

cargo do Departamento;

o) Cooperar no estudo de necessidades e no lançamento de projetos municipais

enquadrados funcionalmente no Departamento;

p) Cooperar na realização de estudos estatísticos, relatórios e outros de interesse

municipal que relevem a atividade do Departamento;

q) Coordenar a gestão dos recursos humanos do Município;

r) Coordenar de forma integrada as atividades de formação profissional, higiene e

segurança no trabalho, saúde ocupacional e ação social;

s) Coordenar ou promover a realização de estudos, instrumentos e indicadores de gestão

que permitam a definição de uma política de recursos humanos;

t) Coordenar a elaboração do mapa de pessoal e do balanço social do Município;

u) Coordenar, em articulação com os serviços municipais, na gestão previsional de

efetivos;

v) Coordenar a gestão dos equipamentos sociais destinados aos trabalhadores;

w) Coordenar ações específicas que visem assegurar o direito à informação e o

conhecimento dos direitos e deveres dos trabalhadores;

x) Cooperar na apreciação de propostas e na emissão de pareceres sobre regras de

gestão, orientações relativas a métodos de trabalho, meios tecnológicos ou outros que

interfiram nas atividades desenvolvidas no Departamento;

y) Garantir o cumprimento do processo de avaliação do desempenho dos trabalhadores;

z) Cooperar com os serviços municipais nos processos de inquérito e disciplinar.

Departamento de Obras e Serviços Urbanos – a quem compete:

a) Assegurar a gestão integrada dos serviços na sua dependência, promovendo a

concretização dos objetivos definidos, programando, coordenando e controlando o

desenvolvimento das ações relativas à atividade do Departamento, garantindo a

articulação com os demais serviços municipais;

Page 31: ACTA N.º 08.12 Reunião de 21.12.12 Reunião de 28.12.12 X ... · representatividade dos jovens, pois não podiam pertencer ao conselho as associações de jovens que não pertencessem

31

b) Coordenar a elaboração do plano de atividades e orçamento do Departamento;

c) Coordenar a elaboração dos relatórios de atividades do Departamento;

d) Coordenar a elaboração de propostas de instruções, circulares normativas, posturas e

regulamentos necessários ao exercício das atividades do Departamento;

e) Coordenar e apoiar a elaboração de projetos de infraestruturas e equipamentos de

promoção municipal;

f) Promover todos os procedimentos relativos ao lançamento de empreitadas e à sua

adjudicação;

g) Garantir a execução de obras de interesse municipal, nos domínios das infraestruturas,

do espaço público e dos equipamentos coletivos, através dos meios técnicos e

logísticos do Município, bem como garantir a direção e fiscalização de obras;

h) Assegurar a conservação e manutenção dos equipamentos e de instalações municipais;

i) Colaborar na fiscalização das atividades dos operadores públicos ou privados que

intervenham ou ocupem espaço público, com vista à gestão criteriosa do subsolo, de

forma a minimizar o impacto negativo das referidas atividades;

j) Elaborar ou participar na elaboração de estudos na área das infra-estruturas, visando a

melhoria da eficiência e redução de custos;

k) Fornecer à câmara elementos relativos ao funcionamento dos serviços na sua

dependência directa, tendo em vista a elaboração ou revisão de planos anuais;

l) Coordenar a atividade do Departamento no que se refere às recepções provisórias e

definitivas de obras municipais ou promovidas no âmbito de loteamentos privados;

m) Promover o estudo sistemático e integrado da problemática do ambiente no Município,

nas suas diversas vertentes, propondo as medidas adequadas para salvaguardar e

melhorar as condições gerais existentes, com especial atenção à incidência na saúde

pública;

n) Conceber, promover e apoiar ações de educação e sensibilização ambiental;

o) Assegurar a gestão dos sistemas municipais de abastecimento de água, de saneamento

de águas residuais e de recolha de resíduos sólidos urbanos;

p) Assegurar a conservação e manutenção das infraestruturas de abastecimento e

saneamento municipais;

q) Assegurar a promoção e a valorização dos espaços verdes;

r) Contribuir para o controlo da poluição hídrica, dos solos, sonora e atmosférica;

Departamento de Assuntos Sociais e Cultura – a quem compete:

a) Assegurar a gestão integrada dos serviços na sua dependência, promovendo a concre-

tização dos objectivos definidos, programando, coordenando e controlando o desen -

Page 32: ACTA N.º 08.12 Reunião de 21.12.12 Reunião de 28.12.12 X ... · representatividade dos jovens, pois não podiam pertencer ao conselho as associações de jovens que não pertencessem

32

volvimento das ações relativas à atividade do Departamento, garantindo a articulação

com os demais serviços municipais;

b) Coordenar os relatórios de atividades do Departamento;

c) Coordenar a elaboração de propostas de instruções, circulares normativas, posturas e

regulamentos necessários ao exercício das atividades do Departamento;

d) Zelar pela conservação e manutenção dos equipamentos e instalações municipais

adstritas ao Departamento;

e) Coordenar e programar as novas construções e grandes obras de manutenção dos

edifícios do ensino pré-escolar e 1º Ciclo do Ensino Básico e dos equipamentos

desportivos e culturais a levar a cabo pela Autarquia;

f) Coordenar as propostas de implementação de instalações e equipamentos para a

prática desportiva e cultural de interesse municipal e para sectores de infância,

juventude, idosos e deficientes, quando promovidas pelo Município;

g) Coordenar a rentabilização pública do património cultural;

h) Coordenar os programas nas áreas da cultura, bibliotecas, património, desporto,

movimento associativo, juventude, educação, ação social e habitação social;

i) Coordenar e articular com as restantes unidades orgânicas a implementação do

Programa de Intervenção Municipal para o Associativismo;

j) Coordenar e assegurar o apoio técnico ao movimento associativo, em articulação com

as demais unidades orgânicas, designadamente nas áreas da gestão associativa,

jurídica, de infraestruturas, de elaboração de candidaturas e da formação associativa e

profissional;

k) Propor, coordenar e monitorizar o programa de apoios financeiros anuais ao

movimento associativo cultural, recreativo, desportivo e social, implementando

progressivamente a contratualização dos apoios através de protocolos ou contratos

programa de desenvolvimento associativo;

l) Desenvolver projectos próprios, de fruição cultural ou de formação, que facilitem e

promovam o acesso às expressões artísticas e culturais contemporâneas, experimentais

ou minoritárias, prosseguindo sempre a perspectiva de inclusão dos jovens na

organização das atividades e a ocupação saudável dos tempos livres;

m) Desenvolver ou cooperar em programas para a prevenção, na população jovem, dos

comportamentos ditos desviantes, trabalhando em parceria com a comunidade;

n) Promover e assegurar a implementação de uma política de leitura pública e de

desenvolvimento da literacia da informação;

o) Promover uma política editorial assente na edição e no apoio à edição de publicações

de interesse relevante nas áreas da cultura;

p) Cooperar nos programas de informação e formação nas áreas da cultura, desporto,

juventude, educação, ação social;

Page 33: ACTA N.º 08.12 Reunião de 21.12.12 Reunião de 28.12.12 X ... · representatividade dos jovens, pois não podiam pertencer ao conselho as associações de jovens que não pertencessem

33

q) Cooperar com os serviços municipais ou outras entidades públicas ou privadas na

programação de ações;

r) Cooperar com os serviços municipais, organizando atividades culturais e desportivas,

nomeadamente em feiras e festas;

s) Cooperar com os serviços municipais, através de pareceres sobre aspectos que

impliquem modificação, reconstrução ou destruição do património histórico na área do

Município.

O número máximo de unidades orgânicas flexíveis do Município é fixado em 14, sendo 11 o

número máximo de unidades orgânicas flexíveis dirigidas por titulares de cargo de direção

intermédia de 2.º grau, e 3 o número máximo de unidades orgânicas flexíveis dirigidas por

titulares de cargo de direção intermédia de 3.º grau.

Dentro dos limites previstos no número anterior, é autorizada a criação de 5 unidades flexíveis

não integradas em Departamentos.

Manter-se-á o número máximo de subunidades orgânicas do Município.

2 - Os titulares dos cargos de direção intermédia de 3º grau são recrutados, por procedimento

concursal, nos termos da lei, de entre trabalhadores com relação jurídica de emprego público

por tempo indeterminado, licenciados, dotados de competência técnica e aptidão para o

exercício de funções e direção, coordenação e controlo, que reúnam 3 anos de experiencia

profissional em funções, cargos, carreiras e categorias para cujo exercício ou provimento seja

exigível uma licenciatura.

3 - As áreas de recrutamento para os titulares de cargos de direção intermédia de 3.º grau

serão, para a área que integre como determinante a vertente jurídica as ciências jurídicas, para

a área que integre como determinante a vertente de auditoria as ciências económicas e

financeiras e administração pública e autárquica, para a área que integre como determinante a

vertente da comunicação social as ciências da comunicação e relações públicas

4 - Compete aos titulares dos cargos de direção intermédia de 3.º grau:

a) Orientar, controlar e avaliar a atuação e eficiência da unidade funcional que

coordenam;

b) Gerir os equipamentos e meios materiais bem como recursos, técnicos e humanos

afectos à unidade funcional;

c) Garantir a qualidade técnica da prestação dos serviços na sua dependência, a boa

execução dos programas e atividades tendo em vista a prossecução dos resultados a

alcançar.

5 - O cargo de direção intermédia de 3.º grau será remunerado pela 6.ª posição da Tabela

Remuneratória da Função Pública;

Page 34: ACTA N.º 08.12 Reunião de 21.12.12 Reunião de 28.12.12 X ... · representatividade dos jovens, pois não podiam pertencer ao conselho as associações de jovens que não pertencessem

34

6 – Manter-se-ão até ao final do respetivo período as comissões de serviço dos dirigentes dos

serviços municipais, em funções a 30 de agosto transato, sobre as quais não haja incidido

despacho de cessação em data anterior, conforme lista anexa à presente proposta e que dela

faz parte integrante, ficando suspenso, nos termos do número 7 do artigo 25.º da lei 49/2012,

de 29 de agosto, os efeitos da adequação orgânica decorrente da deliberação da proposta

constante no ponto 1.

7- Ao abrigo do disposto no nº4 do artigo 25º da Lei nº 49/2012, de 29 de agosto, fica

autorizada a renovação de duas comissões de serviço.”

Presidente da Câmara Municipal, João Lobo

Esta lei vai regular a estrutura orgânica das Câmaras Municipais, obriga a fazer uma alteração

à estrutura que entretanto tinha sido aprovada em 2010, obriga a fazê-lo sem critérios que

tenham presentes as realidades do município, dos serviços, é como está a acontecer nas outras

legislações que têm vindo a sair, “é assim e mais nada”. A lei obriga a fazer uma

reestruturação que vai pôr em causa o funcionamento da Câmara Municipal. Nós

aceitaríamos, que nos tempos que correm, aceitar que a legislação pretendesse ajustar a

estrutura à realidade actual, mas não desta forma. Nós temos vinte e seis dirigentes nomeados

numa estrutura de trinta e um e a lei define com critérios baseados na população efetiva, a que

está em mobilidade pendular entre outros e vai limitar a ter dezassete dirigentes, cria o espaço

de dirigentes de terceiro grau, os quais não podem ser remunerados com despesas de

representação que poderemos ter três, depois os dirigentes de 2º grau, correspondentes a

chefes de divisão e os dirigentes de 1º grau, correspondentes aos atuais chefes de

departamento, tendo uma estrutura hierarquizada em pirâmide. Isso fará que só possamos ter

três departamentos, tendo que extinguir departamentos e juntar departamentos. São extintos os

departamentos de recursos humanos e de gestão urbanística, são juntos dois departamentos

que é o departamento de serviços urbanos com o de obras municipais, cumprindo assim o

mínimo exigível da lei, ficando assim com o departamento de administração e de recursos

humanos, o departamento de obras e serviços urbanos, o departamento de serviços sociais e

cultura. Para além disso e de acordo coma lei temos em termos de unidades flexíveis, “ vulgo

divisões” catorze, em que serão onze o número máximo, dirigida por cargos de direção de 2º

grau e três dirigidos por cargos de direção intermédia de terceiro grau e dentro dos limites

previstos, o que pretendemos é a autorização da assembleia para ter a criação do máximo de

cinco unidades flexíveis não integradas.

A lei também diz que compete à Assembleia Municipal, sob proposta da Câmara, definir

donde serão recrutados os dirigentes de direção intermédia de terceiro grau, ou seja a área

jurídica, a área de auditoria, de comunicação social, entre outras. Há coisas caricatas que estão

definidas porque entendemos que são situações de gestão corrente, tal como a definição e a

designação dos júris dos concursos para órgãos dirigentes que terá de vir para a provação da

Assembleia Municipal.

Para os dirigentes de terceiro grau compete à Assembleia Municipal definir os parâmetros

remuneratórios e porque são dirigentes equiparados a chefe de divisão, o que se propõe é que

sejam remunerados pela maior posição, porque se assim não fosse poderíamos correr o risco

de o dirigente que está em comissão de serviço poderia eventualmente ter menos remuneração

que um técnico superior que tivesse a dirigir. Propomos manter todas as atuais comissões de

serviço até ao seu final conforme a tabela que vem anexa e só existem dois dirigentes que vão

Page 35: ACTA N.º 08.12 Reunião de 21.12.12 Reunião de 28.12.12 X ... · representatividade dos jovens, pois não podiam pertencer ao conselho as associações de jovens que não pertencessem

35

cessar a sua comissão de serviço durante a execução deste mandato, os outros acabam a

comissão já no próximo mandato e a autorização para renovação de duas comissões de

serviço que poderão ser utilizadas ou não, pois a perspetiva é ir ao máximo do que a lei

permite onde se pode renovar no máximo duas comissões de serviço. Todavia no caso do

município da Moita, ao contrário do que acontece noutros municípios, o que se trata aqui com

esta lei de dirigentes é estar a aprovar uma alteração de estrutura orgânica para o mandato que

vem.

Foi dito pelo senhor secretário de estado que esta lei iria reduzir custos, o que aconteceria

quando os dirigentes que estão em comissão de serviço são da administração central. No

município da Moita somente cinco pessoas não são funcionários da Câmara Municipal, o que

significa, reduzindo dirigentes as pessoas por cá continuam. Há então ligeiras diferenças em

termos remuneratórios, mas na maior parte dos casos por serem de topo de carreira, não

existem grandes reduções de custos com pessoal.

Presidente da Junta de Freguesia da Baixa da Banheira, Nuno Cavaco

Gostaria de ouvir os membros do PSD e CDS dar a sua opinião, pois foi feita uma lei que nem

sequer cumpre os objetivos para que foi criada e estranha a apatia da Assembleia Municipal.

Tita Maurício

Diz não gostar de comportamentos “mini-max”, isto é, de fazer o mínimo daquilo que deve

ser feito e explorar ao máximo os buracos da lei, para ficar tudo tal e qual como está. Há um

objetivo na lei que está fixado e o senhor presidente da Câmara foi perfeitamente claro, fazer

o mínimo que nos mandam e explorar ao máximo a lei, mantendo ao máximo as unidades

flexíveis, para que no fundo tudo mude e para que tudo fique na mesma. O problema é que

ficando tudo na mesma ficamos todos mal, pois continuamos a olhar para o orçamento e

vemos dois milhões de euros afetos à unidade administrativa para arranjar estradas e depois

temos 40 mil euros para poder trabalhar na obra do arranjo de estradas, ou seja temos uma

estrutura enorme. Existe um resistir ao máximo de criar mecanismos de funcionamento eficaz

para que tudo vá ficar na mesma e por isso irá votar contra.

Presidente da Câmara Municipal, João Lobo

No meio deste “mini-max” acha que há uma minimização da realidade. A estrutura para fazer

estradas é o departamento de obras municipais e equipamento mecânico que faz toda a

manutenção de todos os equipamentos e no departamento de cultura e de educação não está lá

o gasto da montagem e manutenção de palcos, de colocação de baias, de recuperação de

passeios, de obras da parte de equipamento mecânico, etc. e isso está na dotação do

departamento de obras municipais do qual foi feita referência.

De facto devíamos analisar a estrutura da Câmara e adaptá-la à realidade, agora desta forma e

mais uma vez estão a fazer-se as coisas sem ter em conta a características e as especificidades

de cada município. Por exemplo, o presidente da Câmara de Vila Real disse que não tinha

problemas, porque tem as empresas municipais de cultura e de desporto, os parques e jardins

estão entregues aos privados e não o afeta tal como outras Câmaras Municipais aqui

próximas, que nem sequer têm jardineiros, mas a nossa postura não é nem tem sido essa, não

temos nenhuma empresa municipal, são os nossos trabalhadores que cortam a relva e varrem

Page 36: ACTA N.º 08.12 Reunião de 21.12.12 Reunião de 28.12.12 X ... · representatividade dos jovens, pois não podiam pertencer ao conselho as associações de jovens que não pertencessem

36

as ruas, não está nada entregue a privados e isto o que vai fazer é diminuir a capacidade da

estrutura e da organização como mais um ponto de uma estratégia global tendo em vista a

privatização dos serviços públicos. Há quem concorde mas nós discordamos frontalmente, é o

cerco ao 25 de Abril e às suas conquistas e nós resistiremos até à última pinga de sangue.

Submetida à votação a proposta da Câmara Municipal, foi a mesma aprovada por maioria com

19 votos a favor, sendo 18 da CDU, 1 do BE; 1 voto contra do CDS/PP; 10 abstenções sendo

9 do PS, 1 do PSD.

Foram encerrados os trabalhos da primeira reunião da sessão ordinária de Dezembro pela uma

hora e quinze minutos.

REUNIÃO REALIZADA NO DIA 28/12/12

Realizou-se pelas 21.30 horas do dia 28 de Dezembro de 2012, no Edifício Sede do

Município, a segunda reunião da Sessão Ordinária da Assembleia Municipal de Dezembro, a

fim de serem deliberados os restantes pontos da Ordem do Dia.

Verificação de ausências ao plenário da Assembleia Municipal:

- Verificou-se as ausências de António Manuel Fernandes da Costa e do Presidente da Junta

de Freguesia do Vale da Amoreira, Jorge Manuel Marques da Silva.

Substituições verificadas e presentes ao plenário da Assembleia Municipal:

- José Manuel Jesus dos Santos é substituído nesta reunião por José António Soares Pereira;

- Hélder Luís Branco Fernandes é substituído nesta reunião por Leonel Borges Paes Esteves;

- Adriano Manuel Soares Encarnação é substituído nesta reunião por Mónica Alexandra da

Silva Vilhena Ribeiro;

- Andrea da Conceição Martins Plácido é substituída nesta reunião por Maria Cristina da Silva

Martins;

- Luís Fernando Marta Ribeiro Chula é substituído nesta reunião por Fabrício António de

Sousa Pereira;

- Presidente da Junta de Freguesia de Gaio-Rosário é substituído nesta reunião pela substituta

legal, Custódia Lúcia Marques Paiva.

Page 37: ACTA N.º 08.12 Reunião de 21.12.12 Reunião de 28.12.12 X ... · representatividade dos jovens, pois não podiam pertencer ao conselho as associações de jovens que não pertencessem

37

Estiveram presentes os seguintes Membros do Executivo Camarário:

Sr. Presidente da Câmara João Manuel de Jesus Lobo e os Srs. Vereadores Rui Manuel

Marques Garcia, Vivina Maria Semedo Nunes, Vítor Manuel Rodrigues Cabral, Joaquim

Inácio Raminhos Cabaça, Carlos Alberto Picanço dos Santos, Miguel Francisco Amoêdo

Canudo.

Em virtude de o 1º Secretário Adriano Encarnação ter solicitado a sua substituição para esta

reunião foi sugerido pela Mesa da Assembleia que o membro da Assembleia Municipal

Eduardo Jorge Meruje Teixeira fizesse parte da composição da mesma. Não havendo objeções

por parte da Assembleia o Sr. Deputado Eduardo Jorge Meruje Teixeira ocupou o lugar como

2º secretário.

Não houve intervenção do público

- Ata nº 07 de 23.11. 12

Tal como foi decidido na anterior reunião foi submetida à discussão a ata nº 07 de 23.11.12,

não havendo intervenções foi a mesma submetida à votação, tendo sido aprovada por maioria

com 25 votos a favor, sendo 14 da CDU, 6 do PS, 2 do PSD, 2 do BE, 1 do CDS/PP; 4

abstenções, sendo 3 da CDU e 1 do BE.

PERÍODO DA ORDEM DO DIA

5 – Alteração ao Regulamento Municipal da Edificação e da Urbanização do Município

“O Regime Jurídico da Urbanização e Edificação publicado pelo Decreto-Lei n.º 555/99, de

16 de dezembro, com as devidas alterações, prevê no seu artigo 3.º que os municípios

aprovem regulamentos municipais de urbanização e de edificação, bem como regulamentos

relativos ao lançamento e liquidação de taxas que, nos termos da lei, sejam devidas pela

realização de operações urbanísticas.

O Regulamento de Urbanização e Edificação do Município da Moita atualmente em vigor, foi

aprovado mediante deliberação da Assembleia Municipal da Moita, tomada na 2.ª sessão

extraordinária realizada em 11 de dezembro de 2009.

Em 2011, com a iniciativa “Licenciamento Zero”, destinada a reduzir encargos

administrativos sobre os cidadãos e as empresas, por via da eliminação de licenças,

autorizações, vistorias e condicionamentos prévios, pretendeu-se desmaterializar

procedimentos administrativos e modernizar a forma de relacionamento da Administração

com os cidadãos e empresas.

Page 38: ACTA N.º 08.12 Reunião de 21.12.12 Reunião de 28.12.12 X ... · representatividade dos jovens, pois não podiam pertencer ao conselho as associações de jovens que não pertencessem

38

Foi assim publicado o Decreto-Lei n.º 48/2011 de 1 de abril que cria um regime simplificado

para a instalação e modificação de estabelecimentos de restauração e bebidas, de comércio de

bens, de prestação de serviços ou de armazenagem. Este diploma vem consagrar um regime

simplificado dos procedimentos especiais de operações urbanísticas aplicável aos

estabelecimentos onde se realize qualquer atividade económica.

Em agosto de 2012, foi publicado o Decreto-Lei n.º 169/2012, de 1 de agosto, que veio

aprovar o Sistema da Indústria Responsável (SIR), consagrando um conjunto de medidas que

vêm proporcionar claros avanços e melhoramentos no desenvolvimento sustentável e sólido

da economia nacional.

Por outro lado, a prática administrativa subjacente à aplicação do presente Regulamento

revelou algumas lacunas de regulamentação, bem como desadequações que importa

esclarecer e retificar.

Assim, e atendendo às diretrizes postuladas pelos diplomas supra identificados, que

constituíram a base das presentes alterações, procedeu-se à elaboração do projeto de

Regulamento, tendo o mesmo sido publicado através do Aviso n.º 13651/2012, no Diário da

República, n.º 198, 2.ª série, em 12 de outubro de 2012, em Edital datado de 04 de outubro de

2012, afixado nos locais públicos do costume, e publicitado no Boletim Municipal, no jornal

Diário da Região no dia 11 de outubro de 2012 e no sítio da Internet da Câmara Municipal da

Moita em www.cm-moita.pt. para apreciação pública, pelo período de 30 dias, para recolha de

sugestões aos interessados, em cumprimento do artigo 118.º do Código de Procedimento

Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 442/91, de 15 de novembro, republicado pelo

Decreto-Lei n.º 6/96, de 31 de janeiro, e alterado pelo Decreto-Lei n.º 18/2008, de 29 de

janeiro.

O período de apreciação pública terminou sem que tenham sido apresentados quaisquer

contributos por entidades externas. Regista-se no entanto, após ponderação das sugestões

apresentadas pelos serviços municipais, uma modificação ao disposto no artigo 12.º da

presente alteração ao regulamento, com a epígrafe “Entrada em vigor e produção de efeitos”,

de forma a clarificar as disposições transitórias, modificação esta que foi vertida na Alteração

ao Regulamento de Urbanização e Edificação do Município da Moita que ora se submete.

Nestes termos, propõe-se que a Câmara Municipal da Moita, ao abrigo do disposto na alínea

a), do n.º 6, do artigo 64.º da Lei n.º 169/99, de 18 de setembro, alterada e republicada pela

Lei n.º 5-A/2002, de 11 de janeiro, e posteriormente alterada pela Lei n.º 67/2007, de 31 de

dezembro, da Lei n.º 53-E/2006, de 29 de dezembro, do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 555/99,

de 16 de dezembro, na redação atual, delibere submeter à Assembleia Municipal da Moita

para efeitos de aprovação, nos termos do disposto no artigo 241.º da Constituição da

República Portuguesa, na alínea o), do n.º 1, do artigo 13.º da Lei n.º 159/99, de 14 de

setembro e na alínea a), do n.º 2, do artigo 53.º da Lei n.º 169/99, de 18 de setembro, a

alteração ao Regulamento de Urbanização e Edificação do Município da Moita, em anexo à

presente proposta e que dela faz parte integrante.”

Presidente da Câmara Municipal, João Lobo

Na generalidade os regulamentos apresentados resultam de alterações à legislação que

entretanto veio surgindo, excetuando o regulamento do ponto dez da ordem de trabalhos. É

Page 39: ACTA N.º 08.12 Reunião de 21.12.12 Reunião de 28.12.12 X ... · representatividade dos jovens, pois não podiam pertencer ao conselho as associações de jovens que não pertencessem

39

portanto uma adaptação e há um fator comum que é a questão do licenciamento zero e a

questão do sistema de indústria responsável.

Este regulamento entrou em vigor em 2010 sendo as alterações apresentadas, tanto do

licenciamento zero, como do sistema de indústria responsável feito através do balcão do

empreendedor, ou seja criando mecanismos em que os cidadãos possam fazer os pedidos

através da internet e do balcão do empreendedor, o que introduz uma série de procedimentos

ao nível dos serviços municipais. Aproveitou-se para também fazer alguns ajustes no âmbito

da terminologia e a única alteração significativa prende-se com a legalização de construções.

Para a legalização da construção que já existia era exigido o alvará de construção civil, o

seguro de obra, seguro de acidentes e o livro de obra e então através do regulamento o que se

pretende é simplificar, dispensando tudo isso com o termo de responsabilidade dos técnicos e

com os ajustes da arquitetura que entretanto tinham existido, tornam-se os procedimentos

mais fáceis porque não faz sentido alvará de construção civil para uma construção que já está

feita, tal como um determinado numero de documentos para esse mesmo fim. Também uma

importante alteração prende-se com os edifícios para restauração ou bebidas em que

atualmente o nosso regulamento prevê que haja um termo de responsabilidade e projeto do

técnico que é substituído neste regulamento por um relatório de entidade credenciada para as

questões de avaliação acústica, que principalmente nos estabelecimentos de bebidas, esta

medida pode contribuir para uma melhoria do ambiente e das relações com a vizinhança.

Edgar Cantante

Relativamente a este regulamento quer fazer uma recomendação, no artigo 59º, nº 1, quando

se diz que depende da autorização por causa da questão de isolamentos e insonorização dos

restaurantes e de bebidas alcoólicas e lembrando-se do munícipe Arantes que colocou essa

questão nesta Assembleia porque vive por cima de um talho e por isso sugere que seja

acrescentado de forma a abranger estas situações porque um talho por vezes faz muito barulho

para partir a carne, as máquinas, etc.

Outra sugestão é a delimitação das zonas antigas, nomeadamente no caso de Alhos Vedros em

que não percebe porque essa delimitação não vai até à zona da estação do caminho-de-ferro,

pois apanhava o poço mouro e a zona do cemitério, o que seria mais correto segundo o seu

ponto de vista e seria uma garantia de preservar o terreno que é propriedade da Câmara

Municipal que serve para as festas e de estacionamento definitivamente como espaço público.

Presidente da Câmara Municipal, João Lobo

Do ponto de vista formal cabe à Assembleia aprovar e até alterar os regulamentos, essa

questão dos talhos não foram aqui contemplados porque o que veio foi dos estabelecimentos

de restauração e essencialmente de bebidas. Depende da Assembleia e depois introduzirmos

no mecanismo, até porque o regulamento em questão sob o ponto de vista formal já foi a

discussão pública, mas poderemos introduzir “com um voto de confiança da assembleia”,

colocar em alguma alínea esse item.

Quanto à segunda questão apresentada não há nenhuma alteração no regulamento sobre isso e

o regulamento existente coloca aquilo que está definido no Plano Diretor Municipal como

núcleos antigos, o que apresentou já é uma coisa diferente da atualização. Aquela zona tinha

um plano de urbanização que foi deitado abaixo e para a Câmara Municipal atual vai ser de

Page 40: ACTA N.º 08.12 Reunião de 21.12.12 Reunião de 28.12.12 X ... · representatividade dos jovens, pois não podiam pertencer ao conselho as associações de jovens que não pertencessem

40

não fazer ali nada nesse espaço, todavia no âmbito do “plano diretor” estão definidos os

conceitos de grandes planos de urbanização que abrangem as grandes áreas urbanas e nesses

planos de urbanização vão ser definidos mais amiúde nessas áreas e nesse contexto seria uma

questão a colocar, a avaliar e a ponderar esse terreno que referiu como salvaguarda de

continuar a ser um terreno público.

Carromeu Gomes Supõe que no anterior mapa do centro histórico de Alhos Vedros estava a igreja, não tem a

certeza se está e que não se perdia nada em estar até porque é o monumento mais histórico de

Alhos Vedros e é o mais relevante, até porque os elementos mais importantes da história de

Alhos Vedros estão dentro da igreja e acha que tem todo o sentido que estivesse.

Presidente da Câmara Municipal da Moita, João Lobo

O núcleo antigo circunda o terreno da igreja, sendo a igreja património classificado não havia

razão de não pertencer ao centro histórico, o terreno que está em causa é o da antiga rua do

mercado, com o tempo poderemos alterar e ajustar, é regra que em termos do plano diretor,

nos primeiros três anos da sua vigência não se pode alterar, em relação aos núcleos antigos é

uma questão que regista e irá avaliar e comparar.

Submetida à votação, foi a proposta da Câmara aprovada por maioria com 29 votos a favor,

sendo 17 da CDU, 8 do PS, 3 do BE, 1 do CDS/PP e 2 abstenções do PSD.

6 – Alteração do Regulamento de Taxas do Município da Moita

“O Regulamento de Taxas do Município da Moita foi aprovado pela Assembleia Municipal

em 11 de dezembro de 2009.

Foi entretanto publicado o Decreto-Lei n.º 48/2011, de 01 de abril, com o objetivo de reduzir

encargos administrativos sobre os cidadãos e empresas e de simplificar e acelerar

procedimentos, dando-se assim cumprimento às obrigações decorrentes da Diretiva n.º

2006/123/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 12 de dezembro, transposta para a

ordem jurídica interna pelo Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 de julho.

Com vista a cumprir o objetivo apontado, o diploma define um modelo que se processará

basicamente “on-line”, via eletrónica, através de um Balcão Único Eletrónico, designado de

«Balcão do empreendedor», criado pela Portaria n.º 131/2011, de 04 de abril.

Em agosto de 2012 foi publicado o Decreto-Lei n.º 204/2012, de 29 de agosto, que veio

adaptar o regime da instalação e funcionamento dos recintos de espetáculos e de

divertimentos públicos, regulado no Decreto-Lei n.º 309/2002 de 16 de dezembro, e alterar

aspetos dos regimes de atividades de serviços constantes do Decreto-Lei n.º 310/2002, de 18

de dezembro.

Page 41: ACTA N.º 08.12 Reunião de 21.12.12 Reunião de 28.12.12 X ... · representatividade dos jovens, pois não podiam pertencer ao conselho as associações de jovens que não pertencessem

41

Importa pois proceder às alterações do Regulamento de Taxas do Município da Moita

decorrentes do regime criado pelo Decreto-Lei n.º 48/2011, pelo Decreto-Lei n.º 110/2012, de

21 de maio e pelo Decreto-Lei n.º 204/2012.

A presente alteração foi sujeita a audiência dos interessados, nos termos do artigo 117.º do

Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 442/91, de 15 de

novembro, republicado pelo Decreto-Lei n.º 6/96, de 31 de janeiro, e alterado pelo Decreto-

Lei n.º 18/2008, de 29 de janeiro, e submetida a apreciação pública nos termos e para os

efeitos do artigo 118.º do Código do Procedimento Administrativo, durante o período de 30

dias para recolha de sugestões, através do Aviso n.º 13955/2012, publicado na 2.ª série do

Diário da República de 18 de outubro de 2012, de Edital datado de 03 de outubro de 2012,

afixado nos locais públicos do costume e publicitado no jornal Diário da Região no dia 11 de

outubro de 2012 e no sítio na Internet da Câmara Municipal da Moita em www.cm-moita.pt.

Neste âmbito, foram ouvidas as seguintes entidades representativas dos interesses afetados:

Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (DECO), Sindicato dos Trabalhadores

do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal, Associação Portuguesa de Empresas de

Distribuição (APED), Junta de Freguesia de Alhos Vedros, Junta de Freguesia de Baixa da

Banheira, Junta de Freguesia de Gaio-Rosário, Junta de Freguesia de Moita, Junta de Freguesia

de Sarilhos Pequenos e Junta de Freguesia de Vale da Amoreira, Polícia de Segurança Pública,

Guarda Nacional Republicana, Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal

(AHRESP), Associação de Comércio e Serviços do Barreiro e Moita, Associação Portuguesa

de Hotelaria, Restauração e Turismo (APHORT), Câmara de Comércio e Indústria (AEP),

Associação Portuguesa de Centros Comerciais, Federação Nacional das Associações de

Feirantes, Associação de Feirantes do Distrito de Lisboa, Associação para o Desenvolvimento

das Atividades em Portugal de Circos, Divertimentos e Espetáculos, Associação Portuguesa de

Empresas de Diversões (APED), Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) e

Associação Portuguesa Agências de Leilões (APAL).

Participaram, mediante a apresentação de contributos, as seguintes entidades: Associação

Portuguesa de Empresas de Diversões, Polícia de Segurança Pública e Junta de Freguesia de

Sarilhos Pequenos e Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor.

Na sequência dos contributos prestados e após a sua análise fizeram-se as seguintes

alterações:

1. No n.º 2, do artigo 10.º, substitui-se “Os valores resultantes da atualização efetuada nos

termos do número anterior serão arredondados, por excesso, para o cêntimo imediatamente

superior.”, por “Os valores resultantes da atualização efetuada nos termos do número

anterior serão arredondados por excesso, para a unidade de cêntimo imediatamente

superior quando o valor da terceira casa decimal for igual ou superior a cinco e por defeito

nos restantes casos.”

2. Na parte final do n.º 1, do artigo 39.º, aditou-se “(…) restituindo nesse caso a taxa

correspondente ao período não utilizado.”.

Regista-se ainda, após ponderação das sugestões apresentadas pelos serviços municipais, a

alteração ao n.º 2, do artigo 12.º da alteração ao Regulamento de Taxas do Município da

Moita, com a epígrafe “Entrada em vigor e produção de efeitos”, de forma a clarificar a

entrada em vigor e produção de efeitos.

Page 42: ACTA N.º 08.12 Reunião de 21.12.12 Reunião de 28.12.12 X ... · representatividade dos jovens, pois não podiam pertencer ao conselho as associações de jovens que não pertencessem

42

Estas alterações foram vertidas na alteração ao Regulamento de Taxas do Município da Moita

que ora se submete.

Assim, propõe-se que:

A Câmara Municipal da Moita, ao abrigo da alínea a), do n.º 6 do artigo 64.º da Lei n.º

169/99, de 18 de setembro, alterada e republicada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de janeiro, e

posteriormente alterada pela Lei n.º 67/2007, de 31 de dezembro, delibere submeter à

Assembleia Municipal da Moita para efeitos de aprovação, nos termos do artigo 241.º da

Constituição da República Portuguesa, das alíneas a), e), e h), do n.º 2 do artigo 53.º da Lei n.º

169/99, de 18 de setembro, na redação que lhe foi conferida pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de

janeiro, dos artigos 114.º a 119.º do Código do Procedimento Administrativo, do n.º 1, do

artigo 8.º, da Lei n.º 53-E/2006, de 29 de dezembro, alterada pela Lei n.º 64-A/2008, de 31 de

dezembro, e pela Lei n.º 117/2009, de 29 de dezembro, dos artigos 15.º e 10.º da Lei n.º

2/2007, de 15 de janeiro, alterada pela Lei n.º 22-A/2007, de 29 de junho, pela Lei n.º 67-

A/2007, de 31 de dezembro, pela Lei n.º 3-B/2010, de 28 de abril e pela Lei n.º 55-A/2010, de

31 de dezembro, do Decreto-Lei n.º 48/2011, de 01 de abril, do Decreto-Lei n.º 204/2012, de

29 de agosto, da Portaria n.º 131/2011 de 4 de abril e da Portaria n.º 239/2011 de 21 de junho,

a alteração ao Regulamento de Taxas do Município da Moita, em anexo à presente proposta e

que dela faz parte integrante.”

Vereadora Vivina Nunes

As propostas de alteração têm a ver essencialmente com o licenciamento zero e alguns

licenciamentos em recintos de espetáculos e divertimentos públicos. Estas alterações visam

sobretudo a desmaterialização dos regimes de licenciamentos, elimina alguns, simplifica

outros, existe a criação de algumas novas taxas para ajustamento a uma aplicabilidade da lei.

Todo este regulamento vai no sentido da criação do balcão único como já foi dito pelo

senhor presidente da Câmara.

Não tendo havido intervenções, foi a proposta da Câmara Municipal submetida à votação,

tendo sido aprovada por maioria com 19 votos a favor, sendo 17 da CDU, 1 do PS, 1 do

CDS/PP; 12 abstenções sendo 7 do PS, 2 do PSD, 3 do BE.

7 – Alteração ao Regulamento das Feiras e Mercados Tradicionais e Venda Ambulante

do Concelho da Moita

“O Regulamento das Feiras e Mercados Tradicionais e Venda Ambulante do Concelho da

Moita (doravante designado por R.F.M.T.V.A.) foi aprovado por deliberação da Assembleia

Municipal de 27 de abril de 2007.

Decorrente de alterações de diplomas legais aplicáveis e da experiência da aplicação prática

do regulamento, existiu a necessidade de se proceder à alteração do R.F.M.T.V.A.

Page 43: ACTA N.º 08.12 Reunião de 21.12.12 Reunião de 28.12.12 X ... · representatividade dos jovens, pois não podiam pertencer ao conselho as associações de jovens que não pertencessem

43

Em 3 de outubro de 2012, ao abrigo da alínea d) do n.º 7 do artigo 64.º da Lei n.º 169/99, de 18

de setembro, alterada e republicada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de janeiro, a Câmara

Municipal aprovou submeter o projeto de alteração ao R.F.M.T.V.A. a parecer das entidades

representativas dos interesses em causa, nos termos do n.º 3 do artigo 21.º do Decreto-Lei n.º

42/2008, de 10 de Março, a audiência de interessados, nos termos do artigo 117.º do Código de

Procedimento Administrativo (CPA), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 442/91, de 15 de

novembro, republicado pelo Decreto-Lei n.º 6/96, de 31 de janeiro e alterado pelo Decreto-Lei

n.º 18/2008, de 29 de janeiro, e a apreciação pública, nos termos do artigo 118.º do mesmo

diploma, pelo prazo de 30 (trinta) dias.

Neste âmbito, foram notificadas as seguintes entidades representativas dos interesses em

causa: Federação Nacional das Associações de Feirantes, Associação de Feirantes do Distrito

de Lisboa, Associação para o Desenvolvimento das Atividades em Portugal de Circos,

Divertimentos e Espetáculos, Associação Portuguesa de Empresas de Diversões, Associação

Portuguesa para a Defesa do Consumidor – DECO, ASAE – Autoridade de Segurança

Alimentar e Económica, PSP - Polícia de Segurança Pública, GNR – Guarda Nacional

Republicana, Junta de Freguesia de Alhos Vedros, Junta de Freguesia de Baixa da Banheira,

Junta de Freguesia de Gaio-Rosário, Junta de Freguesia de Moita, Junta de Freguesia de

Sarilhos Pequenos e Junta de Freguesia de Vale da Amoreira.

Participaram, mediante a apresentação de contributos, as seguintes entidades externas:

Associação para o Desenvolvimento das Atividades em Portugal de Circos, Divertimentos e

Espetáculos, Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor – DECO, Associação

Portuguesa de Empresas de Diversões, ASAE – Autoridade de Segurança Alimentar e

Económica e PSP - Polícia de Segurança Pública.

Na sequência dos contributos prestados e após a sua análise foi aditado ao n.º 5 do artigo 8.º e

ao n.º 7 do artigo 17.º a “página da Câmara Municipal na internet em www.cm-moita.pt”.

Assim, propõe-se que:

A Câmara Municipal da Moita, ao abrigo da alínea a), do n.º 6 do artigo 64.º da Lei n.º

169/99, de 18 de setembro, alterada e republicada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de janeiro, e

posteriormente alterada pela Lei n.º 67/2007, de 31 de dezembro, delibere submeter à

Assembleia Municipal da Moita para efeitos de aprovação, ao abrigo do disposto no artigo

241.º da Constituição da República Portuguesa, na alínea e), do artigo 16.º da Lei n.º 159/99,

de 14 de setembro, na alínea a), do n.º 2, do artigo 53.º da Lei n.º 169/99, de 18 de setembro,

nos artigos 114.º a 119.º do Código do Procedimento Administrativo (CPA), aprovado pelo

Decreto-Lei n.º 442/91, de 15 de novembro, republicado pelo Decreto-Lei n.º 6/96, de 31 de

janeiro e alterado pelo Decreto-Lei n.º 18/2008, de 29 de janeiro, na alínea a), do artigo 41.º

do Decreto-Lei n.º 48/2011, de 01 de abril, na alínea d), do n.º 2, do artigo 1.º do Decreto-Lei

n.º 122/79, de 08 de maio, e no Decreto-Lei n.º 42/2008, de 10 de março, a Alteração ao

Regulamento das Feiras e Mercados Tradicionais e Venda Ambulante do Concelho da Moita,

em anexo à presente proposta e que dela faz parte integrante.

Anexo: Alteração ao Regulamento das Feiras e Mercados Tradicionais e Venda Ambulante do

Concelho da Moita.”

Page 44: ACTA N.º 08.12 Reunião de 21.12.12 Reunião de 28.12.12 X ... · representatividade dos jovens, pois não podiam pertencer ao conselho as associações de jovens que não pertencessem

44

Vereador Miguel Canudo Esta alteração tem a ver com a mudança de algumas linguagens que tiveram de ser acertadas e

manteve no essencial todo o antigo formulário, como foi dito as alterações tiveram a ver com

o licenciamento zero e com algumas alterações que a experiência determinou. Foram pedidos

pareceres a todos os interessados e todas as organizações se pronunciaram de acordo com as

suas competências e deram o seu parecer favorável.

Não tendo havido intervenções, foi colocada a proposta da Câmara Municipal à votação,

tendo sido aprovada por unanimidade.

8 - Alteração ao Regulamento de Licenciamentos Diversos do Município da Moita

“O Regulamento de Licenciamentos Diversos do Município da Moita foi aprovado mediante

deliberação da Assembleia Municipal em 5 de dezembro de 2003.

Decorrente da publicação de diplomas legais, nomeadamente o Decreto-Lei n.º 48/2011 de 1

de abril e o Decreto-Lei n.º 204/2012, de 29 de agosto, existiu a necessidade de se proceder à

alteração do regulamento em epígrafe.

Em 3 de outubro de 2012, ao abrigo da alínea d) do n.º7 do artigo 64.º da Lei n.º 169/99, de

18 de setembro, alterada e republicada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de janeiro, a Câmara

Municipal aprovou submeter o projeto a audiência de interessados, nos termos do artigo 117.º

do Código do Procedimento Administrativo (CPA), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 442/91, de

15 de novembro, republicado pelo Decreto-Lei n.º 6/96, de 31 de janeiro e alterado pelo

Decreto-Lei n.º 18/2008, de 29 de janeiro e a apreciação pública, nos termos do artigo 118.º

do mesmo diploma, pelo prazo de 30 (trinta) dias.

Neste âmbito, foram ouvidas as seguintes entidades representativas dos interesses afetados:

APAL – Associação Portuguesa de Agências de Leilões, Associação Portuguesa de Empresas

de Diversões, PSP - Polícia de Segurança Pública, GNR – Guarda Nacional Republicana,

Junta de Freguesia de Alhos Vedros, Junta de Freguesia de Baixa da Banheira, Junta de

Freguesia de Gaio-Rosário, Junta de Freguesia de Moita, Junta de Freguesia de Sarilhos

Pequenos e Junta de Freguesia de Vale da Amoreira.

Participaram, mediante a apresentação de contributos, as seguintes entidades externas:

Associação Portuguesa de Empresas de Diversões, PSP - Polícia de Segurança Pública e Junta

de Freguesia de Moita.

Na sequência dos contributos prestados e após a sua análise foi corrigido o n.º 1 do artigo

47.º- A, no concernente à idade de interdição da prática de jogos (de 6 para 16 anos) e

eliminada a alínea h) do n.º 3 do artigo 60.º- A.

Assim, propõe-se que:

Page 45: ACTA N.º 08.12 Reunião de 21.12.12 Reunião de 28.12.12 X ... · representatividade dos jovens, pois não podiam pertencer ao conselho as associações de jovens que não pertencessem

45

A Câmara Municipal da Moita, ao abrigo da alínea a), do n.º6 do artigo 64.º da Lei n.º 169/99,

de 18 de setembro, alterada e republicada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de janeiro, e

posteriormente alterada pela Lei n.º 67/2007, de 31 de dezembro, delibere submeter à

Assembleia Municipal da Moita para efeitos de aprovação, nos termos do artigo 241.º da

Constituição da República Portuguesa, da alínea a) do n.º 2 do artigo 53.º da Lei n.º 169/99,

de 18 de setembro, na redacção que lhe foi conferida pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de janeiro,

dos artigos 114º a 119º do Código do Procedimento Administrativo, nas alíneas g) e h) do

artigo 41.º do Decreto-Lei n.º 48/2011, de 1 de abril, no Decreto-Lei n.º204/2012, de 29 de

agosto, da Portaria n.º 131/2011, de 4 de abril e da Portaria n.º 239/2011, de 21 de junho, o

Regulamento de Licenciamento Diversos do Município da Moita, em anexo à presente

proposta e que dela faz parte integrante.

Anexo: Alteração ao Regulamento de Licenciamentos Diversos do Município da Moita

Vereador Miguel Canudo

Esta proposta também teve alteração de acordo com o licenciamento zero, mas no

fundamental manteve o formulário que tinha e teve em conta as várias atividades no nosso

concelho e também todas as entidades se pronunciaram, tendo na APEP que representa os

estabelecimentos comerciais com áreas superiores a dois mil metros quadrados colocado

algumas questões, mas a Câmara Municipal manteve a sua postura e não alterou os horários.

Não tendo havido intervenções, foi colocada a proposta da Câmara Municipal à votação,

tendo sido aprovada por unanimidade.

9 – Regulamento dos Horários de Funcionamento dos Estabelecimentos de Venda ao

Público e de Prestação de Serviços no Município da Moita

“O Regulamento dos Horários de Funcionamento dos Estabelecimentos Comerciais e

Prestação de Serviços no Município da Moita foi aprovado mediante deliberação da

Assembleia Municipal em 25 de fevereiro de 2000.

Decorrente da publicação de diplomas legais, nomeadamente o Decreto-Lei n.º 111/2010 de

15 de outubro que procedeu à terceira alteração ao Decreto-Lei n.º 48/96 de 15 de maio e

revogou a Portaria n.º 153/96 de 15 de maio e do Decreto-Lei n.º 48/2011 de 1 de abril,

existiu a necessidade de se proceder à elaboração do regulamento em epígrafe.

Em 3 de outubro de 2012, ao abrigo da alínea d) do n.º 7 do artigo 64.º da Lei n.º 169/99, de 18

de setembro, alterada e republicada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de janeiro, a Câmara

Municipal aprovou submeter o projeto a audiência de interessados, nos termos do artigo 117.º

do Código de Procedimento Administrativo (CPA), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 442/91, de

15 de novembro, republicado pelo Decreto-Lei n.º 6/96, de 31 de janeiro e alterado pelo

Decreto-Lei n.º 18/2008, de 29 de janeiro, e a apreciação pública, nos termos do artigo 118.º

do mesmo diploma, pelo prazo de 30 (trinta) dias.

Page 46: ACTA N.º 08.12 Reunião de 21.12.12 Reunião de 28.12.12 X ... · representatividade dos jovens, pois não podiam pertencer ao conselho as associações de jovens que não pertencessem

46

Neste âmbito, foram ouvidas as seguintes entidades representativas dos interesses afetados:

Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor – DECO, Sindicato dos Trabalhadores

do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal, APED – Associação Portuguesa de Empresas

de Distribuição, AHRESP – Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal,

Associação de Comércio e Serviços do Barreiro e Moita, APHORT – Associação Portuguesa

de Hotelaria, Restauração e Turismo, AEP – Câmara de Comércio e Indústria, Associação

Portuguesa de Centros Comerciais, PSP - Polícia de Segurança Pública, GNR – Guarda

Nacional Republicana, Junta de Freguesia de Alhos Vedros, Junta de Freguesia de Baixa da

Banheira, Junta de Freguesia de Gaio-Rosário, Junta de Freguesia de Moita, Junta de Freguesia

de Sarilhos Pequenos e Junta de Freguesia de Vale da Amoreira.

Participaram no inquérito público, mediante a apresentação de contributos, as seguintes

entidades externas: Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor – DECO, APED –

Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição e PSP - Polícia de Segurança Pública.

Na sequência dos contributos prestados e após a sua análise foi eliminado o artigo 8.º e

procedeu-se à correção da numeração do articulado.

Regista-se ainda, após ponderação das sugestões apresentadas pelos serviços municipais, a

alteração aos números 1 e 4 do artigo 25.º, com a epígrafe “regime transitório”, de forma a

clarificar as disposições transitórias.

Estas alterações foram vertidas no Regulamento dos Horários de Funcionamento dos

Estabelecimentos de Venda ao Público e de Prestação de Serviços no Município da Moita que

ora se submete.

Assim, propõe-se que:

A Câmara Municipal da Moita, ao abrigo da alínea a), do n.º 6 do artigo 64.º da Lei n.º

169/99, de 18 de setembro, alterada e republicada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de janeiro, e

posteriormente alterada pela Lei n.º 67/2007, de 31 de dezembro, delibere submeter à

Assembleia Municipal da Moita para efeitos de aprovação, nos termos do artigo 241.º da

Constituição da República Portuguesa, da alínea a) e e) do n.º 2 do artigo 53.º da Lei n.º

169/99, de 18 de setembro, na redação que lhe foi conferida pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de

janeiro, dos artigos 114.º a 119.º do Código do Procedimento Administrativo, da Lei das

Finanças Locais, aprovada pela Lei n.º 2/2007, de 15 de janeiro, retificada pela Declaração de

Retificação n.º 14/2007 de 12 de fevereiro de 2007 e alterada pelas Leis n.º 22-A/2007 de 29

de junho, 67-A/2007 de 31 de dezembro, 3-B/2010 de 28 de abril e 55-A/2010 de 31 de

dezembro, da alínea b) do n.º 1 do artigo 6.º e n.º 1 do artigo 8.º da Lei n.º 53-E/2006, de 29

de dezembro, com as alterações que lhe foram dadas pelas Leis n.º 64-A/2008 de 31 de

dezembro e 117/2009, de 29 de dezembro, do Decreto-Lei n.º 48/96, de 15 de maio, com as

alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 126/96 de 10 de agosto, pelo Decreto-lei n.º

216/96 de 20 de novembro, pelo Decreto-Lei n.º 111/2010 de 15 de outubro, pelo Decreto-lei

n.º 48/2011, de 1 de abril, da Portaria n.º 154/96, de 15 de maio, da Portaria n.º 131/2011 de 4

de abril e da Portaria n.º 239/2011 de 21 de junho, o Regulamento dos Horários de

Funcionamento dos Estabelecimentos de Venda ao Público e de Prestação de Serviços no

Município da Moita, em anexo à presente proposta e que dela faz parte integrante.

Anexo: Regulamento dos Horários de Funcionamento dos Estabelecimentos de Venda ao

Público e de Prestação de Serviços no Município da Moita.”

Page 47: ACTA N.º 08.12 Reunião de 21.12.12 Reunião de 28.12.12 X ... · representatividade dos jovens, pois não podiam pertencer ao conselho as associações de jovens que não pertencessem

47

Vereador Miguel Canudo

Esta alteração ao regulamento tem a mesma explicação dos anteriores e não tem nada que

mereça menção especial.

Não tendo havido intervenções, foi colocada a proposta da Câmara Municipal à votação,

tendo sido aprovada por unanimidade.

10 – Regulamento de Hortas Urbanas do Município da Moita

“São cada vez mais reconhecidas, as múltiplas funções do espaço rural e da agricultura, ao

nível da requalificação ambiental e paisagística.

A atividade agrícola de subsistência, materializada sob a forma de hortas urbanas, assume

grande importância no desenvolvimento sustentável e na promoção da qualidade de vida das

populações.

A prática da agricultura constitui um importante contributo para a economia familiar, assume

um importante papel na valorização do património cultural de origem rural e na fomentação

do espírito comunitário, proporcionando às populações urbanas a ocupação de tempos livres

de forma saudável, em contacto com o mundo rural e com o meio ambiente em geral.

Deste modo é fundamental, promover junto das zonas urbanas, espaços de agricultura

tendencialmente biológica como forma de garantir a sustentabilidade ambiental dos espaços,

bem como permitir, nomeadamente, a produção de espécies hortícolas mais saudáveis.

A necessidade de reestruturar hortas de génese espontânea existentes, para que não se

mantenham sem planeamento e sem regras de agricultura sustentáveis, apela à sua

reconversão, proporcionando mais salubridade e melhor integração paisagística.

Com o objetivo de promover a qualidade de vida das populações através de um complemento

de subsistência alimentar, aliada à promoção de hábitos alimentares saudáveis e de práticas

agrícolas sustentáveis, foi criado o Programa Municipal de Hortas Urbanas do Município da

Moita, que se rege pelas normas do presente regulamento.

Este regulamento vem substituir a anterior Postura dos Hortejos Municipais aprovada pela

Assembleia Municipal em 1 de outubro de 1982, procedendo à sua revogação.

O projeto de Regulamento das Hortas Urbanas do Município da Moita foi submetido a

apreciação pública nos termos e para os efeitos do artigo 118.º do Código do Procedimento

Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 442/91, de 15 de novembro, republicado pelo

Decreto-Lei n.º 6/96, de 31 de janeiro, e alterado pelo Decreto-Lei n.º 18/2008, de 29 de

janeiro, durante o prazo de 30 dias úteis para recolha de sugestões, através do Aviso n.º

13649/2012, publicado na 2.ª série do Diário da República n.º 198, de 12 de outubro de 2012,

de Edital datado de 03 de outubro de 2012 afixado nos locais públicos do costume, e

publicitado no Boletim Municipal, no jornal Diário da Região no dia 11 de outubro de 2012 e

no sítio da Internet da Câmara Municipal da Moita em www.cm-moita.pt.

Page 48: ACTA N.º 08.12 Reunião de 21.12.12 Reunião de 28.12.12 X ... · representatividade dos jovens, pois não podiam pertencer ao conselho as associações de jovens que não pertencessem

48

O período de apreciação pública terminou sem que tenham sido apresentados quaisquer

contributos por particulares e por entidades externas.

Regista-se no entanto, após ponderação das sugestões apresentadas pelos serviços

municipais, o acolhimento das seguintes alterações:

1 - No artigo 7.º substituiu-se “(…) do jornal da Moita (…)” por “(…) a publicar em

jornal regional editado na área do Município (…)”, porque não existe aquele jornal;

2 - No artigo 14.º, n.º 2, aditou-se a alínea l) com a seguinte redação “Informar o

Município da Moita das alterações às condições de admissibilidade constantes do n.º 2, do

artigo 6.º deste regulamento.”, por se considerar relevante a obtenção desta informação;

3 - No artigo 16.º subtraiu-se a parte final do n.º 4 e imediatamente a seguir é aditado um

número com a seguinte redação “Quando se verifique uma alteração das condições de

admissibilidade do utilizador, constantes do n.º 2, do artigo 6.º do presente regulamento, pode

o Município da Moita, mediante prévia apreciação casuística, a todo o tempo, revogar a

licença.”;

4 - No artigo 16.º é, ainda, aditado um novo número na sequência do anteriormente

aditado, cujo conteúdo é idêntico à parte final subtraída do n.º 4, na redação constante do

projeto de regulamento, aplicável aos dois números anteriores com a seguinte redação “Nas

situações previstas nos números 4 e 5 não há lugar a qualquer indemnização, seja a que título

for, devendo nestas circunstâncias, o utilizador abandonar a parcela no prazo máximo de 10

dias úteis.”;

5 - O aditamento de dois números ao artigo 16.º, a que foram atribuídos os números 4 e 5,

motivou a renumeração dos números subsequentes aos aditados.

Estas alterações foram vertidas no Regulamento das Hortas do Município da Moita que ora se

submete.

Assim, propõe-se que:

A Câmara Municipal da Moita, ao abrigo da alínea a), do n.º 6, da alínea f) do n.º 2, e da

alínea b) do n.º 7 do artigo 64.º da Lei n.º 169/99, de 18 de setembro, alterada e republicada

pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de janeiro, e posteriormente alterada pela Lei n.º 67/2007, de 31

de dezembro, delibere submeter à Assembleia Municipal da Moita para efeitos de aprovação,

ao abrigo do disposto no artigo 241.º da Constituição da República Portuguesa, na alínea l),

do n.º 1, do artigo 13.º e na alínea i), do n.º 1, do artigo 28.º da Lei n.º 159/99 de 14 de

setembro e na alínea a), do n.º 2, do artigo 53.º da Lei n.º 169/99, de 18 de setembro, o

Regulamento das Hortas Urbanas do Município da Moita, em anexo à presente proposta e que

dela faz parte integrante.”

Vereador Carlos Santos A Câmara Municipal em 1982 tinha uma postura dos hortejos, que foi uma postura que não

foi aplicada porque não foi necessário, entretanto em 2002 houve umas notas avulsas sobre

essa postura mas que nunca foram à Câmara nem à Assembleia Municipal. Nos últimos cinco

ou seis anos, nos diversos programas dirigidos ao Vale da Amoreira, a questão que foi coloca-

Page 49: ACTA N.º 08.12 Reunião de 21.12.12 Reunião de 28.12.12 X ... · representatividade dos jovens, pois não podiam pertencer ao conselho as associações de jovens que não pertencessem

49

da foi que em algumas hortas que existiam perto do CAVA, começou-se a aprofundar

algumas normas dessas hortas e generalizou-se para todo o concelho tentando-se melhorar a

postura já mencionada, fazendo-se uma formatação do que fazer, quando houvesse hortas

novas ou antigas, urbanas, no concelho da Moita. Esta proposta resulta deste enquadramento,

não é dirigida a todo o concelho, naturalmente considera situações que já estão no terreno, no

Vale da Amoreira e na Quinta da Fonte da Prata, o que interessa é que sejam normalizadas

para os proprietários dos terrenos, neste caso o município da Moita. O regulamento tem uma

particularidade, versa essencialmente a forma de atribuir aqueles espaços e isso é uma

competência, enquanto regulamento, da Assembleia Municipal, mas dá competências à

Câmara para em cada espaço estudar o melhor ordenamento, as melhores acessibilidades, as

melhores apresentações como os aspetos das vedações. Pretende-se que as pessoas que já

ocupam espaços não saiam de lá, a não ser por iniciativa própria, o ordenamento leva o seu

tempo, porque tem uma base social complicada, existem levantamentos feitos pela Câmara

das pessoas que ocupam as hortas, de onde são, etc. e esses aspetos têm que ser aferidos para

o futuro ordenamento.

Foram feitas reuniões específicas com as Juntas de Freguesia e com a associação dos cabo-

verdianos e estes fizeram uma reunião mais geral com os utilizadores das hortas para tentar

melhor resolver as questões de segurança e sanitárias, não tendo havido grandes problemas a

registar.

Outro aspeto discutido na Câmara é que neste regulamento estivesse vertida a questão do

abastecimento de água, mas decidimos que esse aspeto não tem que estar com muita precisão

no regulamento porque existem casos muito diferentes, há situações que passa por fazer um

poço coletivo, porque há por ali poços ilegais e tudo terá que ser conjugado, há situações de

charcos e terá que se fazer um encaminhamento tendo em vista que todos venham a beneficiar

dessa solução. A rega não pode ser feita com a água de esgotos. Existem então várias soluções

que têm que ser trabalhadas com cada local, por isso não podemos assumir aqui que a

responsabilidade do fornecimento de água que é da Câmara Municipal, a água para consumo

humano não deve ser utilizada nas hortas, portanto a questão da água vai estar depois de todo

o processo de ordenamento concluído.

No âmbito da discussão pública não houve grande intervenção, mas na discussão interna

com os técnicos foi definida a regularização do que existe, mas temos que organizar os

processos de renovação e dos novos utilizadores.

Tita Maurício

É para referir algumas dúvidas quanto aos critérios que são apresentados e aplicados para a

atribuição das parcelas, nomeadamente o critério do rendimento do agregado familiar que se

candidata ao terreno. Se o critério fosse de hierarquização das propostas, isto é, que em

primeiro lugar ficariam as pessoas com os rendimentos mais baixos e as pessoas que têm

rendimentos mais altos seriam excluídas por uma razão óbvia de não haver terrenos até

concordava, mas excluir à partida por causa do rendimento, principalmente tendo em atenção

que no nosso país algum do rendimento de algumas profissões liberais é escondido e de outro

tipo de profissões onde nos perguntam se queremos recibo ou não, sabendo que o país nesse

aspeto fiscal é um pouco desigual e obscuro, faria mais sentido que se criasse um esquema de

hierarquização das propostas, até porque é preferível um solo cultivado a outro não cultivado

e lembrando os reformados que não têm rendimento mínimo e que não precisam da comida

para sobreviver, mas que seriam também um polo de aprendizagem para a família.

Comparando quem precisa e quem não precisa é óbvio que se deve dar prioridade a quem

precisa, mas a exclusão à partida não lhe parece bem e sugeria à Câmara que o critério fosse

alterado.

Page 50: ACTA N.º 08.12 Reunião de 21.12.12 Reunião de 28.12.12 X ... · representatividade dos jovens, pois não podiam pertencer ao conselho as associações de jovens que não pertencessem

50

António Chora Tem uma grande preocupação em relação à qualidade da água, porque nas hortas que estão

entre o cemitério e o campo municipal, toda a gente tem um poço, quem não tem um poço e

tem medo de utilizar aquela água, o que faz é ir à urbanização mais acima, onde os terrenos

são da Câmara e ainda não foram vendidos e vai abastecer dezenas de garrafões de água,

acontece todos os dias, sendo que algumas pessoas levam a água para casa e também para a

horta. Deve arranjar-se um sistema de abastecimento de água porque a saúde pública pode

estar em risco, pois as pessoas não só cultivam para comer, como cultivam para vender, com

água tirada daqueles poços, na parte mais baixa do cemitério, com todas as implicações que

isso possa vir a ter, pensa que o regulamento de água é urgente para tratar esta questão.

O vereador já explicou, mas pensa que deve regulamentar as coisas, devem ficar todas por

igual. Por exemplo na Alemanha, perto da cidade onde a empresa de automóveis onde

trabalha tem a sua sede, há uma enorme mancha de hortas urbanas. Na Alemanha isso existe

em todo o lado porque no final da guerra as pessoas foram centradas nas cidades mas deram-

lhes um terreno no campo para irem utilizando. Têm algumas regras, por exemplo as casas

são quase todas iguais para as ferramentas, ninguém pode permanecer nas hortas depois do

sol-posto, há canalizações, há arruamentos, postos de contentores para recolha de lixos, pensa

que devemos tentar caminhar por aí. O que existe neste momento no Vale da Amoreira é

preocupante. Se o regulamento não incluir a questão da água, pode a longo prazo estar em

risco a saúde pública.

Filomena Ventura

Diz em nome do grupo do Partido Socialista que este regulamento é bem-vindo porque

regulamenta uma coisa que existe de uma forma não disciplinada, mas este fica aquém do que

o Partido Socialista gostaria de ver plasmado, porque quando olhamos para os objetivos e

muito bem, um deles diz que é para promover práticas agrícolas sustentáveis, o que concorda

porque se integra na filosofia das hortas urbanas e no desenvolvimento durável. No artigo

seguinte define uma horta urbana como um espaço com uma produção tendencialmente

biológica e o respeito pelos ecossistemas naturais o que também concorda. Este regulamento

corresponde às necessidades das pessoas devido à crise que vamos atravessando, mas fica

aquém do que gostavam de ver clarificado, pois não clarifica onde se vão situar as novas

hortas urbanas e depois existe a questão que tem a ver com a qualidade da água, porque senão,

não é respeitado o ecossistema natural e essencialmente uma agricultura biológica. Por outro

lado também gostariam de ver qual a qualidade dos solos onde as novas hortas se vão

implementar. Todas estas lacunas que o senhor vereador assumiu que serão integradas, ou

não, posteriormente, para nós era essencial que fizessem parte deste regulamento, porque tem

a ver com todos os estudos feitos, essencialmente no norte do país, para serem fabricadas

também pelos reformados e para cumprir os objetivos de uma agricultura sustentável e o

respeito pelos ecossistemas.

José Pereira

Lembrar que este assunto das hortas urbanas não é novo no concelho da Moita, em tempos de

crise elas voltam a aparecer e cada vez são mais necessárias. Lembra que há mais de 30 anos,

por exemplo os terrenos entre a Baixa da Banheira e Alhos Vedros, entre a atual Ambrocar e a

antiga corticeira Ibérica eram hortas urbanas. Um grupo de ex-operários da corticeira Ibérica e

Page 51: ACTA N.º 08.12 Reunião de 21.12.12 Reunião de 28.12.12 X ... · representatividade dos jovens, pois não podiam pertencer ao conselho as associações de jovens que não pertencessem

51

outros de Alhos Vedros e Baixa da Banheira, na denominada quinta do Olho Azul, decidiram

arrendar aqueles terrenos, pagar uma pequena parcela, sendo a situação da água aqui

levantada ultrapassada. Naquela altura era impensável pedir à Câmara que fossem ali

colocados pontos de água para abastecer aquelas hortas. A solução encontrada foi um charco

central com águas pluviais e algumas importantes nascentes e poços distanciados entre si que

apanhassem toda a rede freática por forma a abastecer todos aqueles terrenos. Os mesmos

foram durante décadas para subsistência de famílias da população de Alhos Vedros e Baixa da

Banheira. Não percebe porque é que não se podem aproveitar algumas redes freáticas para

abastecimento das pequenas hortas agora em análise, não vê qual é o problema, dentro dos

recursos existentes, não fazendo a alimentação com esgotos, mas fazendo poços para seu

abastecimento.

Presidente da Junta de Freguesia da Baixa da Banheira, Nuno Cavaco

A questão de irmos mais longe num regulamento destes é complicado, principalmente quando

dizemos que deve haver análises aos solos. Para além de serem caras, são complicadas porque

cada vez mais obedecem a parâmetros cada vez mais finos, não sendo viável pôr isso no

regulamento para cumprir. A questão da água já é diferente, embora também seja complicada.

No concelho existem várias ideias e não vê mal em que o documento seja aprovado e depois

haja um período de acompanhamento para tentarmos perceber como isto se faz e depois

melhorar. Existem pessoas na Baixa da Banheira com conhecimentos nesta matéria que estão

interessadas nesta discussão, disse.

Concorda com a intervenção de António Chora sobre o que se passa na Alemanha e acha que

teremos que ir por esse caminho. A questão da água é muito mais complicada, no sistema

político existente onde há uma luta pela posse da água. É complicado hoje em dia licenciar

um poço e convinha estudarmos bem o assunto, por isso percebe porque é que a Câmara não

vai ao pormenor de colocar isso no regulamento.

Vereador Carlos Santos

Relativamente à questão colocada por Tita Maurício dizer que nós, nas condições de

admissibilidade, nº1 do artigo 6º, diz que quem lá está continua a estar, no números 2 e 3 é

para situações novas, que até podemos fazer como na Alemanha e dá prioridades, tem que

residir na área do concelho, não ser proprietário, etc. e o conceito é exatamente ao que se

aplicou para a tarifa social dos utilizadores de água. Depois disso diz, havendo espaço e mais

candidatos depois são os outros, artigo 11º.

Relativamente às questões de sustentabilidade, se conseguirmos aplicar este regulamento

relativamente às situações existentes será um caso de sucesso em Portugal, porque para fazer

cumprir isto é preciso ferramentas, muitas delas imateriais, porque é necessária muita

conversa e esclarecimento, aqui é que está a dificuldade porque é muito complicado ir lá para

conversar com as pessoas. Numa zona do Vale da Amoreira há 65 parcelas e 58 utilizadores,

temos todo esse levantamento feito, dessa diferença, pergunta-se quem são os outros, mas eles

existem, estão ilegais no país. Como é que nós os retiramos? É preciso muita conversa com as

pessoas e temos que ter em consideração que podem já lá não estar porque são pessoas “muito

volantes”. Na Vinha das Pedras, no nosso levantamento, existem pessoas que estão lá há mais

de 20 anos e há um que mora fora do concelho, o que fazer? Portanto este é um processo

moroso.

Page 52: ACTA N.º 08.12 Reunião de 21.12.12 Reunião de 28.12.12 X ... · representatividade dos jovens, pois não podiam pertencer ao conselho as associações de jovens que não pertencessem

52

Relativamente ao conceito de agricultura sustentável, o que está pessoalmente de acordo, o

que foi possível aqui colocar está vertido no documento nos direitos e deveres dos

utilizadores.

Relativamente à questão da água, nós não podemos avançar repentinamente porque os

serviços encaram com pessoas, algumas delas de difícil trato. De facto, quando for ordenado o

espaço a questão da água tem que estar garantida com as diversas soluções que na discussão

foram referidas, não irá ser atribuída uma licença de utilização se essa situação não estiver

ordenada.

Em relação aos novos espaços, implica estudo e planeamento e implica a população vizinha

para saber se eles querem lá uma horta, por exemplo surgiu como possibilidade o terreno por

trás do tribunal, mas para isso terá que se auscultar a população.

Tita Maurício

Diz que após ter ouvido a explicação do vereador ficou ainda mais preocupado. Há uma

fixação e há uma regulamentação de direitos e deveres dos procedimentos dos concursos,

quando nós preenchemos as condições previstas no artigo 6º, que depois são excecionadas

pelo artigo 11º, e concorda com o que foi dito, que havendo uma alteração do rendimento

daqueles que têm uma concessão da horta deveriam comunicar, o que está no regulamento, ou

que a Câmara o soubesse age em conformidade. Como existe o caso de renovação automática

que depende só exclusivamente daquele que é titular e que tem direito a cultivar, embora por

qualquer razão específica a Câmara o possa fazer, o que significa que as pessoas que têm um

grau de rendimento superior só podem ir quando o concurso está deserto, o que significa que

de repente as pessoas que estão fora do critério que foi definido no artigo 6º, ficam excluídas

de poderem utilizar as hortas.

Sobre a água concorda com tudo o que foi dito e inclusivamente com a resposta que foi dada

pelo senhor vereador, mas do que leu do regulamento não encontrou competência da Câmara

Municipal para essa matéria, acredita que existam boas vontades, mas onde está a

competência da Câmara vertida em regulamento para determinar o uso da água? Seria

importante ver essa situação.

Edgar Cantante

Diz estar preocupado com a questão que a seu ver é decisiva. Em relação aquela horta junto

ao cemitério, da qual se disse que existe perigo de contaminação através da decomposição dos

corpos, considera que é importante a Câmara Municipal em conjunto com alguma entidade

mandar analisar aquele solo, porque o que está em causa é uma questão de saúde pública, terá

que se saber se há ou não contaminação dos solos.

Luís Morgado

Diz ter uma grande simpatia por esta iniciativa porque recorda na época de oitenta quando

outra crise pesou e ainda não havia banco alimentar a ligação ao mar e à terra tocava a muita

gente das gerações dessa altura. Sucedeu em todo o lado hortas urbanas e a pesca, esse foi o

grande banco alimentar. Na Moita junto ao campo de futebol havia muitas hortas, já há mais

tempo junto ao tribunal também existiram hortas, o que agora tem dúvidas que possam vir a

existir. Acontece que perante este regulamento, quer lembrar ao senhor vereador que o socia -

Page 53: ACTA N.º 08.12 Reunião de 21.12.12 Reunião de 28.12.12 X ... · representatividade dos jovens, pois não podiam pertencer ao conselho as associações de jovens que não pertencessem

53

lismo é de facto uma coisa difícil, arrumar o que está vai ser muito complicado. Percebe esse

esforço e partir daí para a frente, transformar isto numa grande iniciativa. Para si é uma

excelente iniciativa fazer novamente a ligação à terra, a ligação ao rio, a ligação ao trabalho, à

agricultura. É uma necessidade das pessoas, é importante para as pessoas saberem e para que

não apareçam as crianças muito admiradas de uma galinha ter penas. Este regulamento tem

como primeira pretensão consagrar o que existe e depois o caminho faz-se caminhando. Está

em condições de aprovar este regulamento. Em relação à água percebe a sua complexidade no

entretanto as pessoas em determinado espaço terão que se organizar.

Vereador Carlos Santos

Reafirma que estamos a iniciar um processo para que se consiga implementar e levará todas

as alterações que a prática o entender e não o que a não aplicação desde a idade dos hortejos

transmitiu e ainda tendo em conta a realidade daquelas pessoas. Relativamente à questão da

renovação colocada por Tita Maurício informou que uma das alterações que foi feita depois

do inquérito público é que o utente deve informar o município das alterações da sua

admissibilidade de candidatura. No artigo 14 nº 2, foi acrescentada uma alínea i). As

alterações podem ser uma iniciativa do hortelão e outra pelos serviços que será casuística.

Não sabe quem contou a história de que as hortas que estão junto ao cemitério podem trazer

problemas, não sabe de quem foi a competência que tenha dito uma coisa dessas. Está um

depósito de água perto do cemitério, está ali há anos e nunca houve problemas, então não

façamos disso uma questão central, quanto muito pode ser uma preocupação a questão central,

volta a dizer, o ordenamento do espaço.

É evidente que a Câmara não vai licenciar qualquer horta sem que a questão da água esteja

garantida, seja qual for a solução, naturalmente que não se deve utilizar a rede pública para

uma horta porque afeta a pressão e os consumos. Quanto à questão da água, decorre das

competências gerais da Câmara Municipal.

Submetida a proposta da Câmara à votação, foi a mesma aprovada por maioria com 22 votos a

favor, sendo 17 da CDU, 2 do PSD, 3 do BE; 9 abstenções sendo 8 do PS e 1 do CDS/PP.

11 – Atos da Câmara

Presidente da Câmara Municipal, João Lobo

Diz que como o documento relatório de atividades da Câmara Municipal foi distribuído ficará

a aguardar as intervenções dos membros da Assembleia Municipal.

António Chora Começaram a cortar umas palmeiras no parque Zeca Afonso porque tinham uma doença, mas

o pior é que quando as arrancaram destruíram uns metros de calçada que não foi reposta e o

problema é que quanto mais tempo se leva a reconstruir maior é o buraco aberto. Deixa este

apelo porque por um lado é bom o trabalho sanitário e de segurança que se faz, por outro lado

é mau que não se repare a calçada que é destruída.

Page 54: ACTA N.º 08.12 Reunião de 21.12.12 Reunião de 28.12.12 X ... · representatividade dos jovens, pois não podiam pertencer ao conselho as associações de jovens que não pertencessem

54

Filomena Ventura

A sua pergunta consta na correspondência recebida na Assembleia Municipal e distribuída por

todos os seus elementos com o número de registo de entrada 263 de 2012. Deu entrada um

pedido que fez na Assembleia Municipal ordinária de Setembro a pedir informações sobre os

técnicos que trabalham no fórum José Manuel Figueiredo a partir de 2005, não quer aqui que

lhe respondam, mas quer que lhe digam se está muito atrasada a recolha dessas informações.

Manuel Madeira

Quem desce a ponte em direção à rotunda que está ao lado da escola D. João I, saindo na

primeira saída, ao lado direito há um caminho de terra batida e há aí um amontoar de alcatrão

feito por empresas que fazem o asfaltamento das ruas, isso não devia ser permitido e deviam

ser tomadas medidas e gostava de saber qual o encaminhamento que irão dar a essa situação.

José Pereira

Coloca uma preocupação em relação aos resguardos de contentores de lixos no concelho e

principalmente durante o período de inverno em dias de mais ventania, vêm parar ao meio das

vias e onde haja menos iluminação poderão causar acidentes. Esta situação seria fácil de

ultrapassar, bastaria só colocar dois tubos em frente dos contentores com uma corrente,

situação pouco dispendiosa e que evitaria possíveis acidentes.

Edgar Cantante

Volta a falar na questão dos esgotos, o bairro das Morçoas tem um problema crónico de difícil

resolução, mas nas últimas semanas passou por três sítios em Alhos Vedros onde as tampas

dos passeios estão a verter águas lixiviantes ou esgotos para a rua, nomeadamente na zona a

seguir à creche o Charlot, na rua 5 de Outubro e na rua Humberto Delgado em frente onde era

o consultório do Dr. Neves. Os serviços só atuam quando há um telefonema dos munícipes,

mas pensa que com uma certa regularidade devia haver uma fiscalização dos serviços e

tomarem a iniciativa, principalmente naqueles sítios que são mais críticos.

Os bancos de jardim do parque das salinas em Alhos Vedros, o que também acontece com o

parque da zona ribeirinha da Baixa da Banheira, são equipamentos que requerem manutenção

e até existem bancos já com pés apodrecidos. Faz o apelo para que os serviços da Câmara

atuem nestes casos, porque são investimentos que foram caros e que não se podem deixar

degradar.

João Faim

Diz que é de justiça dar um destaque à qualidade e o detalhe que é feito o relatório da

atividade municipal porque permite a cada membro da Assembleia Municipal ter uma

informação pormenorizada do muito que a Câmara Municipal faz e daquilo que os seus

trabalhadores desenvolvem e há muito que é feito e que não aparece no relatório porque este

tem que ser apresentado de uma forma resumida. Quem tem acompanhado estes relatórios de

atividades sabe que estes são evolutivos e têm vindo sistematicamente a melhorar, tendo um

nível e uma qualidade assinalável.

Page 55: ACTA N.º 08.12 Reunião de 21.12.12 Reunião de 28.12.12 X ... · representatividade dos jovens, pois não podiam pertencer ao conselho as associações de jovens que não pertencessem

55

Volta a colocar a mesma pergunta que fez em Setembro ou ainda antes, relativamente a uma

viatura abandonada junto ao tribunal da Moita. Foi informado que o problema seria

brevemente solucionado com a remoção dessa viatura, pergunta quem é que tem que remover

e o que a Câmara já fez para o efeito.

Presidente da Câmara Municipal, João Lobo

A maioria das questões levantadas são alertas e questões que foram por si registadas e

também sugestões. Quanto à questão da carrinha que está junto ao tribunal o conhecimento

que há é que ela continua à guarda do tribunal num processo judicial que ainda não está

resolvido. A Câmara Municipal não pode removê-la, há quatro anos estava inteira, já foi

incendiada e nada podemos fazer, iremos novamente insistir e perguntar ao tribunal, mas

pelos vistos está à má guarda e está totalmente degradada o que sob o ponto de vista urbano

é degradante.

Não havendo mais intervenções, foi lida a acta em minuta a qual, foi submetida à votação

tendo sido aprovada por unanimidade, para efeitos de aplicação imediata.

Não havendo mais nada a tratar, foi encerrada a sessão eram vinte e quatro horas e dez

minutos do dia vinte e nove de Dezembro de 2012.

O Presidente,

O 1.º Secretário

A 2.ª Secretária