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Acúmulos intracelulares Erica Louro da Fonseca Patologia Geral Curso de Nutrição 07/2010

Acúmulos intracelulares Erica Louro da Fonseca

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Patologia Geral Curso de Nutrição. Acúmulos intracelulares Erica Louro da Fonseca. 07/2010. Onde as substâncias se acumulam?. Constituintes celulares normais - carboidratos, água, lipídios e proteínas Substâncias anormais (minerais e toxinas) Pigmentos. No citoplasma - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: Acúmulos intracelulares Erica Louro da Fonseca

Acúmulos intracelularesErica Louro da Fonseca

Patologia Geral

Curso de Nutrição

07/2010

Page 2: Acúmulos intracelulares Erica Louro da Fonseca

Onde as substâncias se acumulam?

No citoplasma

No interior de organelas (lisossomos)

No núcleo

• Constituintes celulares normais - carboidratos, água, lipídios e proteínas

• Substâncias anormais (minerais e toxinas)

• Pigmentos

Quais substâncias se acumulam?

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1. Substância produzida em taxa normal ou aumentada – remoção inadequada.

Ex.: fígado gorduroso (esteatose hepática)

2. Substância endógena se acumula em consequência de defeitos adquiridos ou genéticos no seu dobramento, empacotamento, transporte e secreção.

Três principais vias de acúmulo intracelular:

Defeito hereditário em uma enzima, resultando em degradação deficiente

Ex.: Ex.: deficiência de alfa-1-antitripsina (enfisema pulmonar),doenças de armazenamento

3. Substância exógena anormal se deposita e acumula porque a célula não possui maquinaria enzimática para degradá-la ou capacidade de transportá-la.

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Três principais vias de acúmulo

intracelular:

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Degeneração Gordurosa= Esteatose

É o acúmulo anormal reversível de lipídios no citoplasma de células parenquimatosas .Principalmente : de túbulos renais,

hepatócitos, e fibras do miocárdio

Na degeneração gordurosa, o lipídio predominante é o triglicerídio..

Tanto uma dieta rica em gordura (excesso de gordura no fígado), quanto pobre em proteína (são as proteínas que carregam a gordura do fígado para os tecidos) podem gerar uma degeneração gordurosa.

Muitas agressões são capazes de produzir uma esteatose:1)Entrada excessiva de ácidos graxos livresJejum prolongado2)Produção de ácidos graxos a partir do excesso de Acetil-CoA3)Agentes tóxicos (Etanol), envenenamento por CCl4 (irreversível)

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Metabolismo de ácidos graxos

Ácidos graxos livres

Ácidos graxos

Triglicerídios

Lipoproteínas

Acúmulo de lpds na circulação

Apoproteína

Alfa-glicero-fosfato

AcetatoOxidação a corpos

cetônicos, CO2

Fosfolipídios

Ésteres de colesterol

FÍGADO

CCl4, Desnutrição proteica

-

Hepatotoxinas, anóxia

-

A inanição aumenta a mobilização dos ácidos graxos a partir dos estoques periféricos.

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- Colesterol e Ésteres de colesterol:Seu metabolismo é rigidamente regulado para garantir a síntese normal de membranas.

Na aterosclerose: células musculares lisas e macrófagos estão preenchidos com vacúolos lipídicos de colesterol e ésteres de colesterol (placas ateroscleróticas).

Xantomas: são massas formadas por macrófagos que acumulam colesterol intracelular no tecido conjuntivo subepitelial da pele e tendões nas síndromes hiperlipidêmicas.

Page 8: Acúmulos intracelulares Erica Louro da Fonseca

- Proteínas: ocorrem porque os excessos:

- são apresentados às células ou

- porque sintetizam quantidades excessivas.

Exemplos:

Nas síndromes nefróticas (grande extravasamento de ptns através do filtro glomerular), ocorre uma reabsorção muito maior de proteínas – vesículas de pinocitose – gotas hialinas róseas.

Acúmulo de imunoglobulinas recém sintetizadas (no REG de plasmócitos), formando os corpúsculos de Russel (redondos e eosinofílicos).

No cérebro de Alzheimer – agregado de inclusões proteicas + neurofilamentos + microtúbulos ( rompimento do citoesqueleto neuronal).

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- Glicogênio: acúmulos associados a anormalidades no metabolismo da glicose ou do glicogênio, o qual se acumula:

No epitélio dos túbulos renais

Nos miócitos cardíacos

Nas células beta das ilhotas de Langerhans

Exemplo:

Nas glicogenoses (doenças do armazenamento de glicogênio) há acúmulo maciço com lesão e morte celular.

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• Pigmentos: são substâncias coloridas exógenas e endógenas.

Exógenos – mais comum é o C (derivado do carvão que polui o ar)

Qndo inalado, o C é fagocitado pelos macrófagos alveolares e transportado através de canais linfáticos para os linfonodos regionais traqueobrônquicos.

Agregados escurecem os linfonodos e o parênquima pulmonar = ANTRACOSE. Acúmulos maiores geram o ENFISEMA pulmonar e PNEUMOCONICOSE (c/ reação fibroblástica)

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Endógenos – são: lipofucsina, melanina e derivados de hemoglobina.

Lipofucsina: “pigmento do desgaste” – material intracelular granular, castanho-amarelado, que se acumula em uma variedade de tecidos (coração, fígado e cérebro) em consequência de envelhecimento ou atrofia (atrofia marrom).

Lpds polinsaturados lipofucsina (lpd + ptn)das memb. H2O2

(radicais livres)

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Melanina: pigmento preto-acastanhado, produzido nos melanócitos da epiderme, e atua como protetor contra a radiação UV.

A coloração da pele é composta pelo pigmento carotenóideo, melanina, oxihemoglobina e carboxihemoglobina.

A síntese de melanina se dá por células denominadas melanócitos contendo melanossomas situados entre a derme e a epiderme. Os melanossomas migram para as vilosidades destes melanócitos unindo-se aos queratinócitos – Objetivo: proteção da pele contra radiações UVA e UVB por exemplo.

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Distúrbios: Focais    - Excesso: sardas, cloasmas (escurecimento das mamas e face em mulheres grávidas por alterações hormonais);    - Falta: vitiligo (etiologia desconhecida) e doença de Albright (manchas café-com-leite).

Distúrbios Generalizados: síndrome de Cushing (excesso) e albinismo (falta).

(...) Sardas – melanina acumulada em queratinócitos adjacentes aos melanócitos e em macrófagos da derme.

Hemossiderina: são grânulos de ferritina; pigmento granular derivado da hemoglobina, amarelo a castanho-dourado, que se acumula em tecidos onde há excesso de ferro, local ou sistêmico. Esse acúmulo é quase sempre patológico, entretanto, são normais nos fagócitos da medula óssea e fígado (intensa degradação de eritrócitos).

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Onde?Presente em hemorragias grosseiras (aumento do ferro local); equimoses (onde o sangue passa de azul-avermelhado para azul-esverdeado – onde temos biliverdina transformada em bilirrubina – e amarelo dourado) – ferritina e hemossiderina;

Hemossiderose = depósito de hemossiderina (em transfusões sanguíneas, ferro alimentar ou anemias hemolíticas)

Hemocromatose =depósito excessivo de hemossiderina, indicando lesão hepática e pancreática ou fibrose hepática,diabetes mellitus e insuficiência cardíaca.

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• Déficit de ferro: má absorção (uso de antiácidos por exemplo altera o pH); diarréias agudas (pacientes HIV positivos); SPLUE (alergia ao glúten: causando déficit nutricional importante).

Radicais Livres: formas de radicais encontrados

Superóxido

Hidroxila

Peróxido de Hidrogênio (Catalase)

Radical Singlet

    Patogenia: os radicais livres quebram as insaturações da cadeia carbônica – há lipoperoxidação da membrana plasmática – alteração da permeabilidade – processo necrótico + esteatose.

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Bilirrubina: provém da hemoglobina não contendo o ferro como adjuvante. Seu excesso causa a conhecida icterícia. O esquema abaixo mostra o metabolismo da hemoglobina esquematizando a síntese do HEME e sua degradação. Lembrar que os acúmulos desse composto levam a situações muito graves como icterícias neonatais (normais por imaturidade hepática) e também situações extremas como Kernicterus onde a bilirrubina é muito elevada (>20mg/dL) sendo acumulada nos tecidos nervosos. Devemos ainda observar que esse metabolismo todo elaborado, com diversos precursores, favorece a eliminação de precursores lipossolúveis por via renal na forma de urobilina e por via fecal na forma de estercobilina.

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• Icterícia:     - Pré-hepática: há predomínio da bilirrubina indireta        - Anemias Hemolíticas        - Deficiências de carreadores na membrana canalicular do hepatócito        - Deficiência da enzima glicuronil transferase.

•     - Intra-hepática: há predomínio da bilirrubina direta        - Hepatites        - Colestases (cálculos obstrutivos na drenagem da bilirrubina – refluxos são observados).

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Calcificação Patológica

- Considera-se acúmulos de ferro, cálcio e magnésio: acúmulos podem ser locais, em tecido morrendo o que classificamos como calcificação distrófica. - Depósito de sais de cálcio em tecidos vitais = calcificação metastática (hipercalcemias).

a) Calcificação Distrófica: observada em áreas de necrose de coagulação, gomosa, caseosa e liquefativa. Ocorrem geralmente em ateromas e ateroscleroses, em válvulas cardíacas envelhecidas.São grânulos brancos, palpáveis.Há formação de minerais de fosfato de cálcio, cristalino.

b) Calcificação Metastática: ocorre em tecidos normais sempre que houver hipercalcemia        - aumento do PTH        - destruição do tecido ósseo        - distúrbios relacionados à vitamina D        - insuficiência renal- Ocorre em vasos e mucosas.- Há perda de ácidos pelos tecidos favorecendo a calcificação.- Nefrocalcinose e déficit respiratório podem ser observados.