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ACUPUNTURA

Acupuntura

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Descrição da terapia e métodos de ação básicos

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  • AcupunturA

  • SECRETARIA DOS COLABORADORESCOMISSO ASSESSORA DE ACUPUNTURA

    SO PAULO2013

    AcupunturA

  • Expediente

    B83a Brasil. Conselho Regional de Farmcia do Estado de So Paulo. Acupuntura. / Conselho Regional de Farmcia do Estado de So Paulo. So Paulo: Conselho Regional de Farmcia do Estado de So Paulo, 2013. 44 p.; 22,5 cm. - - ISBN 978-85-63931-40-5

    1. Farmcia. 2. Educao Continuada em Farmcia. 3. Terapias Complementares. 4. Legislao Sanitria. 5. Acu-puntura. 6. Medicina Tradicional Chinesa. I. Secretaria dos Colaboradores. II. Comisso Assessora de Acupuntura. III. Ttulo.

    CDD-615.892

    Publicao do Conselho Regional de Farmcia do Estado de So Paulo - Setembro/2013

    Comisso Assessora de Acupuntura

    Jos Trezza NettoCoordenadorAntonio Yoshinobo IwasakiMarcos Marinho Bernadini Vice-coordenadores

    ORGANIZAO

    Pedro Eduardo MenegassopresidenteRaquel C. D. Rizzivice-presidenteMarcos Machado Ferreiradiretor-tesoureiroPriscila N. C. Dejustesecretria-geral

    DIRETORIA

    Jos Trezza Netto Antonio Yoshinobo IwasakiCarlos Alberto Kalil NevesRaimundo Renato Nunes Guimares Terezinha de Jesus Diniz

    COMISSO TCNICA

    Allan Arajo Zaarour

    REvISO ORTOGRfICASandra Esher

    DIAGRAMAO

    Fiori e Fiori Edies Grficas

    IMPRESSO3.000 exemplares

    TIRAGEM

  • COMISSO ASSESSORA DE ACUPUNTURA 5

    SUMRIO

    Palavra da Diretoria ............................................................................................07

    Apresentao .....................................................................................................08

    Introduo .........................................................................................................09

    O Servio ..........................................................................................................11

    O Profissional (Perfil e Atribuies) .....................................................................13

    Atribuies do farmacutico acupunturista ..................................................13

    Locais/reas de Atuao do farmacutico acupunturista ..............................14

    A Comisso Assessora de Acupuntura ................................................................15

    Histria da Acupuntura no Brasil .........................................................................17

    Aspectos Legais da Acupuntura no Brasil .............................................................21

    Tcnicas Complementares Acupuntura ............................................................23

    Moxabusto...............................................................................................23

    Sangria ......................................................................................................23

    Ventosaterapia ...........................................................................................23

    Eletroacupuntura .......................................................................................24

    Laserterapia ...............................................................................................24

    Auriculoterapia ..........................................................................................24

  • COMISSO ASSESSORA DE ACUPUNTURA6

    Colorpuntura ............................................................................................24

    Magnetoterapia..........................................................................................24

    Biossegurana ....................................................................................................25

    Alguns cuidados recomendados durante a prtica da Acupuntura ................25

    O ambiente de Trabalho ............................................................................26

    Contraindicaes na Prtica da Acupuntura ................................................26

    Acidentes e reaes indesejveis ................................................................27

    Danos em rgos e sistemas ......................................................................30

    Resduos ....................................................................................................32

    Medidas de Precauo ...............................................................................33

    Voc sabia que... ...............................................................................................37

    Sites interessantes ..............................................................................................39

    Referncias Bibliogrficas ....................................................................................40

    Endereos e Telefones .......................................................................................43

  • COMISSO ASSESSORA DE ACUPUNTURA 7

    PALAvRA DA DIRETORIA

    A elaborao deste material representa a concretizao de um projeto idealizado pela Diretoria do CRF-SP com o intuito de oferecer informaes sobre as vrias reas de atu-ao do profissional farmacutico, em linguagem acessvel e com diagramao moderna.

    As Cartilhas so desenvolvidas por profissionais que atuam nas respectivas reas abrangidas pelas Comisses Assessoras do Conselho Regional de Farmcia do Estado de So Paulo (CRF-SP), a saber: Acupuntura, Anlises Clnicas e Toxicolgicas, Dis-tribuio e Transporte, Educao Farmacutica, Farmcia, Farmcia Clnica, Farmcia Hospitalar, Homeopatia, Indstria, Pesquisa Clnica, Plantas Medicinais e Fitoterpicos, Regulao e Mercado, Resduos e Gesto Ambiental e Sade Pblica.

    Nessas Cartilhas so apresentadas: As reas de atuao; O papel e as atribuies dos profissionais farmacuticos que nelas atuam; As atividades que podem ser desenvolvidas; As Boas Prticas; O histrico da respectiva Comisso Assessora.Cada exemplar traz relaes das principais normas que regulamentam o segmento

    abordado e de sites teis para o exerccio profissional. Se as Cartilhas forem colocadas juntas, podemos dizer que temos um roteiro geral e detalhado de praticamente todo o mbito farmacutico.

    Por conta disso, tais publicaes so ferramentas de orientao indispensvel para toda a categoria farmacutica, tanto para aqueles que esto iniciando sua vida profis-sional, como para quem decide mudar de rea.

    Aqui lhes apresentamos a Cartilha da rea de Acupuntura.Boa leitura!

  • COMISSO ASSESSORA DE ACUPUNTURA8

    APRESENTAO da integrao entre os conhecimentos da Medicina Ocidental e da Medicina Tra-

    dicional Chinesa que vir o caminho do meio, sabedoria nica para o bem-estar fsico e espiritual do paciente.

    Jos Trezza Netto

    O Conselho Regional de Farmcia do Estado de So Paulo (CRF-SP) e a Comisso Assessora de Acupuntura elaboraram esta Cartilha com a finalidade de reconhecer e difundir a prtica da Acupuntura entre os farmacuticos e conscientizar o farmacutico acupunturista de suas atribuies e responsabilidades, para, com isso, divulgar na classe acadmica este novo mbito profissional e esta terapia.

    Esta Cartilha foi publicada pela primeira vez em 2010. Devido ao seu sucesso, cujo alcance no se restringiu somente aos profissionais e estudantes do Estado de So Paulo, o CRF-SP tomou a iniciativa de inscrever este rico material tcnico na Agncia Brasileira do ISBN International Standard Book Number, vinculada Fundao Biblioteca Nacio-nal. O ISBN um sistema internacional que identifica numericamente os livros segundo ttulo, autor, pas e editora, o que faz dele uma publicao nica no universo literrio. Esperamos que a Cartilha de Acupuntura contribua para o fortalecimento da categoria nesse segmento.

  • COMISSO ASSESSORA DE ACUPUNTURA 9

    INTRODUO A Acupuntura uma prtica milenar exercida h mais de 5.000 anos na China

    - idealizada dentro do contexto global da filosofia chinesa embasada no Taosmo (tradio espiritual que prope o retorno do homem a um estado de conscincia e vida plena, Tao) e das concepes filosficas e fisiolgicas que norteiam a Medicina Tradicional Chinesa. Tanto a Acupuntura quanto as tcnicas complementares a ela, como moxabusto, ventosaterapia, sangria, auriculoterapia, massoterapia e muitas outras, fazem parte da antiga Medicina Tradicional Chinesa.

    Na Acupuntura, a concepo dos Canais de Energia (Meridianos) e dos Pontos de Acupuntura, o diagnstico energtico e o tratamento baseiam-se nos conceitos do Yin e do Yang; dos Cinco Elementos; do Qi (Energia); do Xue (Sangue) e da Teoria dos Zang Fu (rgos/Vsceras).

    A Acupuntura rene conhecimentos tcnicos, tericos e empricos e consiste, tradicionalmente, na estimulao de pontos de energia especficos no corpo mediante a insero de agulhas.

    O ser humano considerado como um complexo de energia vital (Qi) e vrios sistemas no organismo regulam o fluxo dessa energia atravs de muitos pontos de controle. Os pontos de Acupuntura, estimulados corretamente, provocam a restaurao do equilbrio alterado no decorrer da enfermidade ou do desequilbrio energtico, fazendo com que o prprio corpo recupere seu equilbrio orgnico funcional e promova a sua autocura.

    A Acupuntura vem destacando-se por oferecer um tratamento rpido e eficaz, sem efeitos colaterais e praticamente indolor, alm de tornar-se famosa por tratar a dor. Hoje, isso explicado de forma cientfica pelas aes dos peptdeos endgenos - que recebem a denominao genrica de endorfinas e encefalinas - liberados com as aplicaes das agulhas. O tratamento dos desequilbrios mentais e emocionais justificado pela alterao bioqumica de neurotransmissores, como a serotonina, entre

  • COMISSO ASSESSORA DE ACUPUNTURA10

    outros. Assim, a Acupuntura possui a finalidade de restaurar, promover e equilibrar as funes energticas dos tecidos e rgos, melhorando a circulao sangunea, aumentando a imunidade, e trazendo bem-estar fsico e mental.

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    O SERvIO

    O Conselho Federal de Farmcia (CFF) reconheceu o exerccio profissio-nal da Acupuntura como especialidade farmacutica, por meio da Resoluo do CFF n 353/2000, criando uma grande oportunidade para atuao do farmacutico neste campo profissional, alm de facultar novos caminhos com relao pesquisa cientfica, clnica, experimental e desenvolvimento desta cincia milenar em universidades pblicas e/ou privadas, institutos de pesquisa e atividades referentes.

    O marco regulatrio para o farmacutico acupunturista deu-se em novembro de 2009, por ocasio da publicao da Resoluo do CFF n 516/2009 que define os aspectos tcnicos do exerccio da Acupuntura na Medicina Tradicio-nal Chinesa como especialidade do farmacutico. A Comisso de Acupuntura do CRF-SP esteve frente dessa resoluo, que consolida definitivamente a acupuntura como rea de atuao do farmacutico.

    A Organizao Mundial de Sade (OMS) considera que a Acupuntura pode ser praticada por diferentes profissionais habilitados, formando uma equipe multidisciplinar, que a sade um direito humano fundamental e que os cui-dados primrios de sade seriam compostos tambm por prticas no conven-cionais e mtodos teraputicos. A regulamentao e fiscalizao do exerccio da atividade do profissional so de mbito e competncia de seu respectivo Conselho Regional.

    A Acupuntura uma das tcnicas consideradas modelo pela OMS por ser eficiente, utilizar instrumentos de baixo custo operacional, dispensar ou reduzir o uso de medicamentos e exames de custo elevado.

  • COMISSO ASSESSORA DE ACUPUNTURA12

    A Acupuntura teve sua eficcia comprovada por meio de inmeros traba-lhos cientficos, publicados e indexados nas bases de dados cientficos, com referncia a diversos quadros nosolgicos, envolvendo o sistema respiratrio, oftalmolgico, gastrointestinal, neurolgico, msculoesqueltico, genitourinrio, entre outros sistemas.

    A OMS reconhece que a Acupuntura atua de forma eficaz em diversas patologias, como: tendinites, depresso, cefaleias, enxaquecas, gastrites, dis-menorreia, tenso pr-menstrual (TPM), lombalgia, cervicalgia, sinusite, rinite, asma, ansiedade, estresse, impotncia, insnia, artrite, artrose, fibromialgia, Mal de Parkinson, sequelas de acidente vascular cerebral, etc.

  • COMISSO ASSESSORA DE ACUPUNTURA 13

    O PROfISSIONAL (PERfIL e ATRIBUIES)

    Em 1997, a Organizao Mundial de Sade (OMS) publicou um documento denominado The role of the pharmacist in the health care system O papel do farmacutico no sistema de ateno sade em que se destacaram 7 qualidades que o farmacutico deve apresentar. Foi, ento, chamado de farmacutico 7 estrelas.

    Este profissional 7 estrelas deve ser:

    Prestador de servios farmacuticos em uma equipe de sade; Capaz de tomar decises; Comunicador; Lder; Gerente; Atualizado permanentemente; Educador.

    Atribuies do Farmacutico Acupunturista

    No exerccio das atividades da Acupuntura, o farmacutico informar previamente ao paciente todos os procedimentos a que ser submetido, seus embasamentos filosficos, cientficos e tcnicos, e prestar assistncia, buscando a promoo e recu-perao da sade. Seguem abaixo algumas atribuies do farmacutico acupunturista:

    Prognosticar disfunes: anamnese - avaliar sinais e sintomas; planejar procedimen-tos; preparar o paciente; efetuar assepsia do local; selecionar pontos de acupuntura; aplicar agulhas; moxabusto e outros; tonificar e/ou sedar energia; corrigir desequi-lbrios energticos para normalizao do organismo.

  • COMISSO ASSESSORA DE ACUPUNTURA14

    Administrar Clnica: agendar consultas; cadastrar clientes; estabelecer contato; controlar estoque; treinar pessoal; administrar finanas; providenciar manuteno da clnica; divulgar servios.

    Trabalhar com Biossegurana: higienizar mos e local de trabalho; usar Equipamen-to de Proteo Individual (EPI) quando necessrio; descartar material com prazo de validade vencido; acondicionar materiais perfurocortantes para descarte; acondicionar lixo comum em recipientes adequados.

    Comunicar-se: ouvir o paciente; explicar tcnicas e procedimentos; informar ao paciente sua condio; orientar o paciente sobre medidas preventivas; indicao assis-tida de fitoterpicos; registrar informaes tcnicas; produzir relatrios; ministrar aulas.

    Competncias pessoais: agir com bom senso; trabalhar com tica; cuidar da higiene e aparncia pessoais; desenvolver percepo tctil e/ou visual; aprimorar pacincia; utilizar recursos complementares (fitoterapia, floral, massagens, etc.); atualizar-se profissionalmente.

    Locais/reas de Atuao do Farmacutico Acupunturista

    Hospitais do Sistema nico de Sade (SUS) Clnicas de Fisioterapia Clnicas de Acupuntura Consultrio Prprio Magistrio

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    A COMISSO ASSESSORA DE ACUPUNTURA

    A Comisso Assessora de Acupuntura teve incio em 2009 por parte de pro-fissionais que atuavam na rea de Acupuntura e que sentiram a necessidade da implantao de um grupo de apoio e discusso.

    Esta Comisso integra a estrutura organizacional do CRF-SP, regida pela De-liberao 04/2007. Tem carter aberto e constituda por farmacuticos que voluntariamente participam de suas reunies e discutem temas relativos rea de Acupuntura. A Comisso assessora o Plenrio e a Diretoria do CRF-SP em assuntos que exijam conhecimentos especficos da respectiva rea de atuao do farmacutico e tambm funciona como frum de debates para troca de informaes.

    Os temas discutidos nas reunies so de vital importncia para apontar e ampliar os caminhos da classe profissional, j que os profissionais participantes apresentam uma multiplicidade de vivncias e experincias profissionais, bem como as dificul-dades cotidianas deste exerccio.

    As reunies ordinrias acontecem uma vez por ms de acordo com uma agenda de reunies, sendo que o Coordenador e Vice-Coordenadores renem-se bimes-tralmente com a Diretoria do CRF-SP. Os participantes da Comisso so classificados em quatro categorias: membros, colaboradores, estudantes e convidados.

    Objetivos

    Desenvolver discusses sobre o mbito profissional, a pesquisa, o aperfeioamento e a proposio de normas e procedimentos para o Farmacutico Acupunturista, e demais assuntos referentes;

  • COMISSO ASSESSORA DE ACUPUNTURA16

    Divulgar entre os acadmicos e profissionais farmacuticos esta recente conquista da atuao na Acupuntura;

    Padronizar o exerccio da Acupuntura entre os farmacuticos atuantes na rea;

    Sugerir cursos e seminrios a serem oferecidos pelo CRF-SP;

    Propor campanhas de tica e valorizao do farmacutico no mbito da Acupuntura.

  • COMISSO ASSESSORA DE ACUPUNTURA 17

    HISTRIA DA ACUPUNTURA NO BRASIL

    Antes de 1500: Registros histricos comprovam que os ndios brasileiros j prati-cavam tcnicas rudimentares muito semelhantes Acupuntura, antes da chegada de Pedro lvares Cabral, atravs da insero de espinhos no corpo.

    1812: Os Imigrantes chineses aportaram no Rio de Janeiro para cultivar a lavoura de ch e trouxeram tambm a Medicina Tradicional Chinesa.

    1908: Os primeiros imigrantes japoneses introduziram sua Acupuntura no Brasil, vindos no navio Kassato Maru.

    1958: Frederico Spaeth comeou a ensinar Acupuntura aos mdicos brasileiros e fundou a Sociedade Brasileira de Acupuntura e Medicina Oriental.

    1961: Fundao do Instituto Brasileiro de Acupuntura (IBRA), primeira clnica insti-tucional de Acupuntura do Brasil.

    1963: A imigrao oficial dos coreanos para o Brasil teve seu incio em 1963, tra-zendo na bagagem um tipo de Acupuntura diferenciada.

    1977: O Ministrio do Trabalho, em convnio com a Organizao Internacional do Trabalho (OIT) e a Organizao das Naes Unidas para a Educao, a Cincia e a Cultura (UNESCO), definiu a profisso acupunturista sob o cdigo n 0-79.15 na Classificao Brasileira de Ocupaes (CBO), por meio do Projeto BRA/70/550.

    1980: Acontece o 1 Curso de Auriculoterapia no Brasil.

    1986: O Conselho Federal de Biomedicina (CFBM) passou a habilitar os seus pro-fissionais.

  • COMISSO ASSESSORA DE ACUPUNTURA18

    1989: Foi aprovado pelo Ministrio do Trabalho o Sindicato de Profissionais de Acupuntura, Moxabusto, Do-In e Quiroprtica do Estado de So Paulo.

    1989: I Simpsio Brasileiro de Acupuntura Cientfica, realizado na Faculdade de Medicina da USP.

    1992: A Universidade de Mogi das Cruzes comeou a ministrar o primeiro curso de Acupuntura do pas em nvel de Ps-Graduao para todos os profissionais da rea de sade.

    1995: O Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) aprovou a prtica de Terapias Naturais por profissionais de Enfermagem.

    1999: Aprovado pela Assemblia Legislativa do Estado de So Paulo a Lei n 10.410/99, que institui a data 23 de maro como DIA DO ACUPUNTURISTA.

    2000: O CFF reconheceu a Acupuntura como especialidade farmacutica com a publicao da Resoluo n 353 de 23 de agosto de 2000:

    Resolues do CFF

    CONSELHO FEDERAL DE FARMCIA Resoluo n 353/2000

    Ementa: Dispe sobre o exerccio de acupuntura pelo profissional farmacutico.RESOLVE: Art. 1 - O profissional farmacutico, no exerccio de suas atividades profissionais, poder exercer a tcnica de acupuntura, desde que apresente ao respectivo Conselho Regional de Farmcia, ttulo, diploma, ou certificado de concluso de curso de especializao expedido por universidade ou enti-dade de acupuntura de reconhecida idoneidade cientfica.Art. 2 - Aps homologada a averbao no Conselho Regional de Farmcia de qualificao em Acupuntura, poder o farmacutico divulgar esta especializao nos meios permitidos.

  • COMISSO ASSESSORA DE ACUPUNTURA 19

    Art 3 conhecido o prazo de 180 (cento e oitenta) dias, a contar da publicao, aos farmacuticos que j possuam habilitao na rea de acupuntura, para regularizarem-se nos Conselhos Regionais de Farmcia, nos termos desta Resoluo. Art 4 Esta Resoluo entra em vigor na data de sua publicao.

    Jaldo de Souza Santos Presidente CFF

    (DOU 15/09/2000)

    2009: O CFF definiu os aspectos tcnicos do exerccio da Acupuntura na Medicina Tradicional Chinesa como especialidade do farmacutico com a publicao da Resoluo n 516 de 26 de no-vembro de 2009:

    CONSELHO FEDERAL DE FARMCIA Resoluo n 516/2009

    Ementa: Define os aspectos tcnicos do exerccio da Acupuntura na Medicina Tradicional Chinesa como especialidade do farmacutico.

    RESOLVE: Art. 1 - O farmacutico, no exerccio de suas atividades profissionais no mbito da tcnica de acupuntura na Medicina Tradicional Chinesa, dever realiz-la em espao especfico e adequado sua atividade, que poder ser denominada de Consultrio ou Sala de Acupuntura e, como parte de equipe multiprofissional de sade em hospitais, em unidades bsicas de sade, em clnicas, em entidades similares, seguir tcnicas especficas padronizadas e recomendadas pela OMS e pela prtica da Medicina Tradicional Chinesa, desde que apresente ao respectivo Conselho Regional de Farmcia, ttulo, diploma, ou certificado de concluso de curso em nvel de ps-graduao lato sensu ou estricto sensu expedido por universidade, faculdade, instituio de ensino superior ou entidade de acupuntura reconhecida pelo CFF.

    Art. 2 - O ttulo de especialista em Acupuntura ser expedido ao farmacutico que for aprovado e homologado pelo CFF, conforme os termos da Resoluo n 444, de 27 de abril de 2006, ou outra que vier a substitu-la.

  • COMISSO ASSESSORA DE ACUPUNTURA20

    Art 3 O Consultrio ou Sala de Acupuntura, espao fsico independente, privativo, localizado em hospitais, clnicas pblicas ou privadas, bem como unidades bsicas de sade, postos de sade muni-cipais e/ou estaduais, centros de referncias ou outros equivalentes, obedecer critrios de higiene e desinfeco j estabelecidos pela Resoluo de Diretoria Colegiada (RDC) n 50, de 21 de fevereiro de 2002, da Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria (Anvisa).

    Art 4 O farmacutico, no exerccio das atividades da Acupuntura na Medicina Tradicional Chinesa, informar previamente ao paciente sobre todos os procedimentos a que ser submetido, seus em-basamentos filosficos, cientficos e tcnicos.

    Art. 5 - O farmacutico, no exerccio de suas atividades da Acupuntura na Medicina Tradicional Chi-nesa, manter sob sigilo tico a ficha de atendimento do paciente, contendo as informaes bsicas e a evoluo do tratamento.

    Art. 6 - O farmacutico acupunturista est capacitado para chefiar e orientar pesquisas cientficas, clnicas e experimentais sobre acupuntura em universidades pblicas e ou privadas, institutos de pesquisas e assemelhados.

    Art 7 O farmacutico poder exercer, alm da Acupuntura, outras atividades em especialidades farmacuticas, porm em espao fsico especfico, obedecida a legislao pertinente.

    Art 8 Consideram-se, para fins desta Resoluo, os conceitos das tcnicas teraputicas em Medicina Tradicional Chinesa e a bibliografia recomendada contidas no anexo.

    Art 9 Esta resoluo entra em vigor na data da sua publicao, revogando-se as disposies em contrrio.

    Jaldo de Souza Santos Presidente CFF

    (DOU 08/12/2009)

  • COMISSO ASSESSORA DE ACUPUNTURA 21

    ASPECTOS LEGAIS DA ACUPUNTURA NO BRASIL A preocupao com os aspectos legais da Acupuntura no pas teve incio em 1984

    com a criao do Projeto de Lei 3838 da Cmara dos Deputados Federais. Desde ento, os Conselhos Federais, preocupados com tal prtica pelos seus pares, iniciaram regula-mentaes prprias: o COFFITO (fisioterapia e terapia ocupacional) em 1985, o CFBM (biomedicina) em 1986, o COFEN (enfermagem) e o CFM (medicina) em 1995, o CFF (farmcia) em 2000, o CFFa (fonoaudiologia) em 2001 e o CFP (psicologia) em 2002.

    Est em tramitao o Projeto de Lei 1549/03, que disciplina o exerccio profissional da Acupuntura, defendendo a prtica multiprofissional, baseado em leis existentes como a 3181/99, do Estado do Rio de Janeiro.

    Legislaes que regulamentam a profisso

    1986: 8 Conferncia Nacional de Sade - Prticas Integrativas e Complementares no sistema de sade que fixaram normas e diretrizes para o atendimento em home-opatia, acupuntura e fitoterapia.

    1995: Instituio do Grupo Assessor Tcnico-Cientfico em Medicinas No-Con-vencionais, por meio da Portaria n 2543/GM, de 14 de dezembro de 1995, editada pela ento Secretaria Nacional de Vigilncia Sanitria do Ministrio da Sade.

    1996: 10 Conferncia Nacional de Sade - aprova a incorporao ao SUS, em todo o Pas, de prticas de sade como a fitoterapia, acupuntura e homeopatia, con-templando as terapias alternativas e prticas populares.

    2000: 11 Conferncia Nacional de Sade - recomenda incorporar na ateno bsica: Rede PSF e PACS prticas no convencionais de teraputica como acupuntura e homeopatia.

  • COMISSO ASSESSORA DE ACUPUNTURA22

    2003:12 Conferncia Nacional de Sade - delibera pela efetiva incluso da MNPC no SUS (Atual Prticas Integrativas e Complementares).

    2004: 2 Conferncia Nacional de Cincia, Tecnologia e Inovaes em Sade MNPC (Atual Prticas Integrativas e Complementares) - includa como nicho estra-tgico de pesquisa dentro da Agenda Nacional de Prioridades em Pesquisas.

    2006: Edio n 84 de 04/05/2006: Ministrio da Sade - Gabinete do Ministro: PORTARIA N 971, de 3 de maio de 2006: Aprova a Poltica Nacional de Prticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no SUS.

  • COMISSO ASSESSORA DE ACUPUNTURA 23

    TCNICAS COMPLEMENTARES ACUPUNTURA Moxabusto:

    uma terapia que combina fitoterapia e termoterapia. Entende-se por isso o aque-cimento de reas ou pontos de acupuntura por meio da queima da erva de artemsia com a finalidade de aquecer o Qi e o Xue nos canais de energia. Sua natureza Yang puro, portanto fortifica o Yang enfraquecido, percorre os doze canais de energia, regula o Qi e o Xue, expele o frio e a umidade. indicada nas afeces pelo frio.

    A moxabusto classificada em:

    Direta: com ou sem artemsia; Indireta: sobre fatias de gengibre, alho, sal, adesiva, etc.; Com basto: artemsia pura ou artemsia mais combinao de ervas; Em caixa de madeira; Sobre o cabo da agulha; Moxa eltrica.

    Sangria:

    A microvenopuno, ou puno de pequenos vasos sanguneos superficiais com lancetas ou agulhas para drenar o calor do corpo, ativa o Xue e remove a estagnao de Qi e Xue. Com isso, desbloqueia os canais de energia e reduz as inflamaes, aliviando as dores. Geralmente, mais indicada nas sndromes de excesso.

    Ventosaterapia:

    um mtodo teraputico que consiste em utilizar ventosas, aplicando-as na pele. Produz uma presso negativa que tem o objetivo de drenar e promover o descon-gestionamento de Qi e Xue nos canais de energia. As ventosas podem ser de vidro, de plstico e bambu. A associao da ventosa com a sangria muito utilizada para potencializar os efeitos da sangria superficial.

  • COMISSO ASSESSORA DE ACUPUNTURA24

    Eletroacupuntura:

    uma combinao da acupuntura clssica e da eletroterapia, de modo que, aps a insero das agulhas e obtida a sensao de Qi, por elas se faz passar uma corrente eltrica. Produz uma estimulao mais potente, regular e contnua do que a manual. Possui uma ao analgsica mais rpida com um menor nmero de agulhas e promove tanto analgesia quanto anestesia.

    Laserterapia:

    Consiste na aplicao de Laser de baixa potncia nos pontos de acupuntura e nos canais de energia, sendo uma forma alternativa de estimular os pontos. A tcnica realizada com aparelhos constitudos para esse fim.

    Auriculoterapia:

    Consiste em perfurar com agulhas os pontos auriculares ou estimul-los com outros mtodos. Esta tcnica de fcil manejo e o efeito obtido com rapidez, pois utiliza as propriedades reflexas do pavilho auricular.

    Colorpuntura:

    A aplicao de luzes coloridas feita por meio de uma caneta com foco piramidal de quartzo intercambivel com as diversas cores, nos pontos de acupuntura na pele, sem perfur-la e sem perigo de contgio.

    Magnetoterapia:

    Uso de m levando em considerao sua polaridade, aplicado sobre pontos de acupuntura.

  • COMISSO ASSESSORA DE ACUPUNTURA 25

    BIOSSEGURANAA Biossegurana envolve no apenas o acidente, mas todos os fatores que levam

    sua ocorrncia, visando ao homem e seu bem-estar. Tem como objetivos reconhecer, avaliar e controlar os riscos presentes no ambiente de trabalho.

    Pode-se definir Biossegurana como: O conjunto de aes voltadas para a pre-veno, minimizao ou eliminao de riscos inerentes s atividades de pesquisa, produo, ensino, desenvolvimento tecnolgico e prestao de servios, riscos que podem comprometer a sade do homem, dos animais, do meio ambiente ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos.

    As grandes causas de acidentes esto relacionadas a: Instruo inadequada; Superviso ineficiente; Mau uso do EPI; No observao de normas existentes; Prticas inadequadas; Planejamento falho de trabalho; Jornada excessiva de trabalho.

    Para boas prticas de atendimento a pacientes, deve-se conhecer as normas e os procedimentos de segurana para minimizar os riscos de acidentes.

    Alguns cuidados recomendados durante a prtica da Acupuntura:

    Na introduo das agulhas, nunca tocar na lmina das mesmas, o que pode ser evitado com a utilizao do tubo guia ou mandril. Nos casos de agulhas longas chinesas, deve-se utilizar luvas e gaze estril;

    Na retirada das agulhas, ter ateno para evitar acidentes. As agulhas devero ser descar-tadas em recipiente adequado;

  • COMISSO ASSESSORA DE ACUPUNTURA26

    Evitar a prtica da acupuntura em pacientes com estmago vazio e em posio sentada; Evitar a perfurao de algumas reas do corpo como: mamilos, umbigo, globo ocular e

    genitlia externa; Agulhas auriculares no devem ser mantidas no local por mais de sete dias, pois podem

    provocar reaes alrgicas e infeces locais; Recomenda-se o uso de agulhas descartveis.

    O ambiente de trabalho

    Os consultrios devem ser amplos e arejados e de acordo com a RDC n 50/02, da Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria (Anvisa), devem ter uma rea mnima de 7,5 m. O piso e paredes devero ser de material lavvel e, preferencialmente de cor clara. Deve dispor de lavatrios/pias exclusivos para lavagem das mos; as torneiras devem ter acionamento que dispensem o contato das mos. Junto aos lavatrios deve haver dispersadores de sabo lquido e proviso de papel-toalha.

    O ambiente deve ser mantido livre de sujeira e poeira. A limpeza deve ser feita com gua, sabo e hipoclorito de sdio a 1%.

    No permitida a colocao de plantas, devido possibilidade de contaminao por Aspergillus, o que poder ocasionar riscos ao paciente.

    importante o controle da qualidade do ar no ambiente (rea crtica), que dever seguir recomendaes da Portaria n 3.523/98 do MS e da Resoluo n 09/03 da Anvisa.

    Contraindicaes na prtica da Acupuntura

    Na prtica da Acupuntura difcil estipular contraindicao absoluta; entretanto, por razes de segurana, deve ser evitada nas condies abaixo relacionadas:

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    Gravidez Por induzir o trabalho de parto, a Acupuntura no deve ser utilizada durante a gravi-dez. A penetrao e a manipulao das agulhas em determinados pontos promove a contrao uterina. Tanto a acupuntura quanto a moxabusto so contraindicados em pontos localizados no baixo ventre e na regio lombossacra, durante o primeiro trimestre de gestao. Aps o 3 ms de gestao, devem ser evitados os pontos no abdmen superior, regio lombossacra e pontos que causem sensaes fortes, assim como pontos no pavilho auricular.

    Emergncias mdicas e situaes cirrgicas Em situaes de emergncia, o paciente deve ser imediatamente encaminhado a uma unidade que disponha servio de emergencial.

    Tumores malignos Nestes casos poder ser utilizada somente como medida complementar em combi-nao com outros tratamentos para alivio da dor e para minimizar os efeitos colaterais da quimioterapia e radioterapia, melhorando assim a qualidade de vida do paciente. Jamais dever ser aplicada no local do tumor ou para tratamento do mesmo.

    Sangramentos Pacientes com sangramentos, problemas de coagulao e em uso de anticoagulantes no devero receber tratamento de Acupuntura.

    Acidentes e reaes indesejveis

    Ressaltam-se abaixo alguns pontos a serem observados que podem prevenir acidentes e reaes indesejveis.

    Qualidade das agulhasDevem ter registros no Ministrio da Sade.

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    Posio do paciente O paciente deve ser acomodado de forma confortvel e orientado a permanecer quieto e a evitar mudana de posio abruptamente.

    Desmaios Deve-se ter cuidado com pontos de Acupuntura que causam hipotenso, por exem-plo F3 (Taichong).

    Convulses O paciente deve ser questionado quanto a histria pregressa de convulso e, em caso afirmativo, observar rigorosamente as reaes do paciente durante o tratamen-to. Caso ocorram convulses, as agulhas devem ser imediatamente retiradas e os procedimentos necessrios devero ser adotados.

    Dor O tratamento com Acupuntura normalmente indolor quando h penetrao rpida e habilidosa da agulha, porm a dor poder ocorrer nas situaes abaixo relacionadas. Durante a penetrao da agulha - a dor poder ocorrer devido a tcnica no apro-priada ou se a ponta da agulha for grossa, curva ou cega. Tambm poder ocorrer em paciente com sensibilidade aumentada. Depois da insero - quando a agulha penetra profundamente e atinge um receptor de fibra nervosa. Nesta situao, a agulha deve ser superficializada e aprofundada em outra direo. Aps a retirada da agulha - ocorre devido estimulao excessiva ou manipulao desajeitada. Para casos suaves, pressionar o local; para casos graves, realizar a mo-xabusto, alm da presso.

    Agulha presa ou retidaPoder ocorrer por um espasmo muscular. Neste caso, a agulha deve ser deixada por algum tempo e depois retirada por rotao ou massagear em torno do ponto.

  • COMISSO ASSESSORA DE ACUPUNTURA 29

    Se a causa a rotao excessiva numa s direo a dor vai ser aliviada quando for feita uma rotao em sentido inverso.

    Agulha quebrada Poder ocorrer devido m qualidade da agulha, forte espasmo muscular, pela eroso entre a lmina e o cabo, movimento brusco do paciente ou utilizao prolongada de corrente galvnica.

    prudente no penetrar mais da metade da lmina da agulha, devido juno entre o cabo e a lmina ser a parte mais frgil da agulha, podendo ocorrer quebra nesta rea.

    Em caso de quebra da agulha, manter o paciente calmo, orientando-o para que no se mova, a fim de evitar que a agulha penetre mais nos tecidos. Se, parte da agulha quebrada estiver visvel, pressionar em torno do local para que seja possvel a sua retirada com auxlio de uma pina. No sendo possvel, uma interveno cirrgica pode ser necessria.

    Infeco local O rigor quanto s tcnicas asspticas deve ser respeitado, pois previnem infeco local.

    Queimadura durante a Moxabusto Deve ser prevenida com a moxabusto indireta.

    Estimulao eltrica e terapia a laser Est contraindicada em casos de: gravidez, perda de sensibilidade cutnea, paciente com marca-passo, casos de deficincia circulatria, doenas arteriais graves, febre sem diagnstico e leses de pele profundas e extensas.

    Um monitoramento cuidadoso de estimulao eltrica recomendado para a preveno da injria nervosa; a corrente galvnica deve ser utilizada por um breve perodo de tempo.

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    Na terapia a laser, tanto o paciente quanto o operador devem estar usando culos protetores, para evitar que ocorram danos aos olhos.

    reas que no devem ser perfuradas Fontanelas em bebs, genitlia externa, mamilos, umbigo e globo ocular.

    Danos em rgos e sistemas

    Cuidados especiais devem ser tomados nas aplicaes das agulhas em pontos prximos aos rgos vitais ou reas muito sensveis. Em funo das caractersticas das agulhas usadas, dos locais particulares para aplicao, da profundidade da penetrao, das tcnicas de manipulao utilizadas e das estimulaes oferecidas, alguns acidentes podem ocorrer durante o tratamento.

    Em muitas situaes de acidente, danos podem ser evitados se as precaues adequadas forem tomadas. Se tais acidentes ocorrerem, o acupunturista deve saber lidar com essas situaes eficientemente, evitando dano adicional. Um dano acidental num rgo importante requer interveno mdica ou mesmo cirrgica.

    Trax, Dorso e Abdmen Os pontos nesta regio devem ser penetrados na direo oblqua ou horizontal, evitando leses em rgos vitais. Deve-se ter ateno na direo e na profundidade da insero das agulhas.

    Pulmo e Pleura O pneumotrax traumtico pode ocorrer em casos de penetrao profunda da agulha em pontos do trax, costas ou fossa supraclavicular. Durante a manipulao poder ocorrer tosse, dor torxica e dispnia, especialmente se houver lacerao grave do pulmo pela agulha. Os sintomas podem aparecer gradualmente depois de algumas horas aps o tratamento.

  • COMISSO ASSESSORA DE ACUPUNTURA 31

    Fgado, Bao e Rins Sangramento, dor local, sensibilidade e rigidez dos msculos abdominais podem ocorrer quando h perfurao do fgado e bao. Quando o dano no for grave, o sangramento cessa espontaneamente, do contrrio poder ocorrer queda de presso sangunea e choque hipovolmico.

    Sistema Nervoso Central Dor de cabea, nuseas, vmitos, reduo sbita da respirao e desorientao seguida por convulses, paralisia ou coma podem ocorrer caso haja manipulao inadequada de pontos entre as vrtebras cervicais ou ao lado da primeira vrtebra superior, tais como VG15 e VG16. Acima da primeira vrtebra lombar, entre outras vrtebras, deve-se evitar a penetrao profunda, pois pode ocorrer perfurao da medula espinhal, ocasionando paralisias ou fisgadas na extremidade ou no tronco abaixo do nvel da perfurao.

    Sistema Circulatrio Tomar cuidado com reas de pouca circulao ou puno acidental de artrias, o que pode ocasionar sangramento.

    Outros PontosOutros pontos que so potencialmente perigosos e exigem habilidade e experincia no seu uso: B1 (Jingming) e E1 (Chengqi) localizados prximo ao globo ocular; CV22 (Tiantu) frente da traquia; E9 (Renying) perto da artria cartida; BP11 (Jimen) e BP12 (Chongmen) perto da artria femural; P9 (Taiyan) na artria radial.

  • COMISSO ASSESSORA DE ACUPUNTURA32

    ResduosA responsabilidade por resduos gerados em qualquer ambiente do gerador,

    devendo este conhecer a legislao vigente sobre o assunto. Atualmente, esto em vigncia: Resoluo CONAMA 05/93, CONAMA 281/01 e Resoluo RDC 33/03 da Anvisa.

    No caso dos consultrios de Acupuntura, so gerados apenas resduos dos grupos D e E.

    As agulhas de acupuntura so classificadas no Grupo E, da NBR/ABNT, de maro de 2000.

    Grupo D (resduos comuns) So todos os resduos gerados nos servios abrangidos pela Resoluo RDC 33/03 da Anvisa. No necessitam processos diferenciados rela-cionados ao acondicionamento, identificao e tratamento, devendo ser considerados resduos slidos urbanos - RSU. A identificao deve ser feita nos recipientes e nos abrigos de guarda de recipientes, usando cdigo de cores e suas correspondentes nomeaes, baseadas na Resoluo CONAMA 275, de 25 de Abril de 2001.

    Grupo E (resduos perfurocortantes) Para designar este grupo, utiliza-se, como smbolo, rtulos de fundo branco, desenho e contornos pretos, acrescido da inscri-o de RESDUO PERFUROCORTANTE, indicando o risco que apresenta aquele resduo. O smbolo que representa o GRUPO E o smbolo de substncia infectante constante na NBR 7500 da ABNT de maro de 2000.

    Os materiais perfurocortantes devem ser descartados separadamente, no local de sua gerao, imediatamente aps o uso, em recipientes rgidos, resistentes punctura, ruptura e vazamento. Os recipientes devem estar com tampa, devidamente identificados, baseados nas normas da ABNT NBR 13.853/97 Coletores para RSS perfurantes e cortantes e NBR 9.259/97 Agulhas hipodrmicas estreis e de uso nico.

  • COMISSO ASSESSORA DE ACUPUNTURA 33

    Os resduos do Grupo E devem ser encaminhados para destinao final em aterro sanitrio, devidamente licenciado em rgo ambiental competente.

    Medidas de precauo

    As medidas de precauo tm como objetivo prevenir a disseminao de doenas, seja de um paciente para outro, seja do paciente para o profissional de sade. So classificadas em:

    - Medidas de precauo especfica: precauo por rea; precauo com perdigotos; precauo por contato (quarto privativo: hospitais/ambulatrios-pacientes infectados).

    - Medidas de precauo padro: O principal objetivo das medidas de precauo padro evitar a exposio do profissional de sade a materiais com potencial de transmisso de HIV, HVB, HVC, entre outras patologias. Deve ser utilizada pelo profissional de sade toda vez que for manipular o paciente, independentemente do diagnstico de suspeita ou confirmao de doenas. As medidas de precauo padro compreendem:

    Barreiras de proteo

    Higienizao das mosTem como principal objetivo prevenir a transmisso cruzada de microrganismos responsveis pelas infeces hospitalares, sendo uma prtica de grande importncia para preveno de infeces no ambiente. Sua efetividade depende da realizao correta da tcnica. importante tambm manter a integridade da barreira cutnea. Devem ser empregados recursos e medidas com o objetivo de incorporar a prtica de higiene das mos, tais como:Dispor de torneiras que dispensem o contato das mos atravs do volante ou registro, quando do fechamento da gua;

  • COMISSO ASSESSORA DE ACUPUNTURA34

    Dispensador de sabo lquido que evite contato das mos com o local de sada do produto;

    Papel-toalha para secagem das mos, no sendo indicado o uso coletivo de toalha de tecido nica ou de rolo, bem como o secador de mos.

    Procedimentos utilizados para higienizao das mosLavagem das Mos - O ato de lavar as mos com gua e sabo remove mecanica-mente a sujidade e reduz a microbiota transitria. Antissepsia ou Degermao - A antissepsia das mos elimina a microbiota transitria e reduz a microbiota residente. Uso de Antisspticos - Os produtos PVP-I a 10% com 1% de iodo livre, clorohexidina a 2% ou 4%, lcool 70%, podem ser utilizados para higienizao das mos do pro-fissional e para antissepsia da pele do paciente. A escolha do produto fica a critrio do profissional, levando em conta o seu custo e a sensibilidade do paciente e do profissional, pois os maiores problemas no uso de antisspticos so o ressecamento da pele e o surgimento de dermatites e alergias. O mais indicado para antissepsia da pele do paciente o lcool a 70%.Antisspticos: PVP-I a 10% com 1% de iodo livre, clorohexidina a 2% ou 4%, existem na formulao degermante (com sabo), aquoso (tpico) e alcolico. Para a antissepsia da pele recomendada a formulao aquosa ou alcolica. OBS: O lcool a 70% pode ser utilizado para substituir a lavagem das mos, porm no elimina a sujidade da pele e no possui ao residual. O lcool com emoliente (2% de glicerina ou na forma de gel) o mais indicado para antissepsia das mos do profissional, por ressecar menos a pele.

  • COMISSO ASSESSORA DE ACUPUNTURA 35

    Quando realizar a antissepsia das mos?

    Antes e aps a realizao do tratamento de Acupuntura; Entre um paciente e outro e, entre as atividades realizadas no mesmo paciente se, nesse

    caso, houver contato com fontes importantes de microrganismos.

    Regras Bsicas

    Retirar adereos (anis, pulseiras, relgios, etc.); as unhas devem estar aparadas e as mos sempre lavadas.

    Vacinao preventiva contra HVB

    Todos os profissionais que trabalham em assistncia sade devem ser vacinados contra hepatite B.

    Principais recomendaes durante a insero das agulhas:

    Agir com mxima ateno durante os procedimentos; Nunca utilizar os dedos como anteparo durante a insero da agulha; Nunca tentar reencapar agulhas, entort-las ou quebr-las; Manter o material a ser utilizado em campo estril; A ponta da agulha deve ser mantida estril antes de sua penetrao; Aps a antissepsia da pele do paciente, no palpar o ponto de insero; Descartar os materiais perfurocortantes em recipiente especfico; Manter os recipientes prximos ao local de realizao do procedimento; Descartar o recipiente quando forem atingidos 2/3 de sua capacidade.

  • COMISSO ASSESSORA DE ACUPUNTURA36

    Uso de EPI

    A escolha do EPI pelos profissionais de sade depender do procedimento a ser realizado e quando necessrias medidas de precauo especfica ou padro.

    EPI: Luvas no estreis, avental impermevel de manga longa no estril, protetor ocular, mscara cirrgica, sapato fechado.

    Cuidados com o instrumental: processamento de artigos e padronizao de solues:

    - Artigos crticos - penetram tecidos estreis ou sistema vascular e devem ser esteri-lizados para uso ou descartados. Ex: agulhas, martelo, pina, ventosas utilizadas em sangria.

    - Artigos no crticos - artigos destinados ao contato com a pele ntegra do paciente. Ex.: ventosas (quando no utilizadas para sangria) requerem limpeza ou desinfeco de mdio ou baixo nvel.

  • COMISSO ASSESSORA DE ACUPUNTURA 37

    vOC SABIA QUE... ... Os Bian foram as agulhas de Acupuntura mais primitivas. Eram instrumentos

    pontiagudos de pedra para bater levemente e perfurar a pele nas tribos chinesas da Idade da Pedra?

    ... Vrios tipos de Bian foram encontrados em escavaes arqueolgicas por volta de 1.700 a.C?

    ... Aps as agulhas de pedra vieram as agulhas de ossos, relativamente mais finas e moldadas com instrumentos de pedra, e as agulhas de bambu?

    ... As agulhas de cermica foram introduzidas com o aparecimento da cermica no perodo neoltico tardio (anterior a 2.000 a.C.)?

    ... O uso de agulhas de metal comeou na Idade do Bronze (1.600 a.C.)?

    ... A manufatura de agulhas de ao de qualidade fina e leve foi possvel devido ao progresso da metalurgia (sculo V a.C.) durante o perodo de Estados de Guerra?

    ... As chamadas Nove Agulhas descritas no Ling Shu (Nei Jing) foram projetadas para executar diferentes funes e se desenvolveram entre a Idade do Bronze e a Idade do Ferro. Mais tarde, apareceram agulhas de ouro, prata e de ligas metlicas?

    ... Entre as Nove Agulhas, a Agulha Fina, tambm chamada de Filiforme era a mais comum das agulhas de Acupuntura e permanece assim at hoje?

    ... O mandril (tubo guia para insero de agulhas) conhecido no Japo por Shinkan e foi criado pelo famoso acupunturista Waichi Sugiyama (1610 -1694), que era cego?

    ... Por desenvolver esta tcnica indolor de insero empregando o tubo guia, Waichi

  • COMISSO ASSESSORA DE ACUPUNTURA38

    Sugiyama recebeu o mais alto ttulo como acupunturista e sua escola de Acupuntura se tornou a mais proeminente do Japo (Perodo Edo)?

    ... Os indgenas j usavam alguns pontos da perna (ex: E36) espetados com espi-nhos ou material parecido quando saam para longas caas?

    ... A habilidade de um acupunturista proporcional quantidade de prtica ex-perimentada?

  • COMISSO ASSESSORA DE ACUPUNTURA 39

    SITES INTERESSANTES www.acupuntura.org.br www.ameca.com.br www.acupuntura.pro.br www.giovanni-maciocia.com www.acupunturabrasil.org

  • COMISSO ASSESSORA DE ACUPUNTURA40

    REfERNCIAS BIBLIOGRfICASAMTC de Beijing: Fundamentos Essenciais da Acupuntura Chinesa. So Paulo: Editora cone.

    AMTC de Beijing: Tratado de Medicina Chinesa. So Paulo: Editora Roca, 1993.

    ASSOCIAO PAULISTA DE ESTUDOS EM CONTROLE DE INFECO HOSPITALAR. Esterili-zao de Artigos em Unidades de Sade. So Paulo, 1998

    Auteroche B e Navailh P: O Diagnstico da Medicina Chinesa. So Paulo: Organizao Andrei Editora, 1986.

    BRASIL, MINISTRIO DA SADE. Curso de Treinamento em Controle de Infeco Hospitalar. AN-VISA: Coordenao Nacional de Controle de Infeco Hospitalar, 2000.

    BRASIL, MINISTRIO DA SADE. Manual de Controle de Infeco Hospitalar. Braslia: Centro de Documentao, 1985.

    BRASIL, MINISTRIO DA SADE. Portaria n 15 MS/SVS de 23 de agosto de 1998. Braslia: Dirio Oficial da Unio da Repblica Federativa do Brasil, 1998.

    BRASIL, MINISTRIO DA SADE. Portaria n 2616/GM de 12 de maio de 1998. Braslia: Dirio Oficial da Unio da Republica Federativa do Brasil, 1998.

    BRASIL, MINISTRIO DA SADE. Processamento de artigos e superfcies em estabelecimentos de sade. Braslia: Coordenao de Controle de Infeco Hospitalar, 1994.

    BRASIL, MINISTRIO DO TRABALHO E EMPREGO MTE. A Classificao Brasileira de Ocupaes. Braslia: Portaria n 397, Edio 2002.

    Breves R: Acupuntura Tradicional Chinesa. So Paulo: Robe Editorial, 2001.

    CONSELHO FEDERAL DE FARMCIA. Resoluo n 353, de 2000. Dispe sobre o exerccio de acupuntura pelo profissional farmacutico. Braslia: DOU 15/09/2000.

    CONSELHO FEDERAL DE FARMCIA. Resoluo n 516, de 2009.

    Define os aspectos tcnicos do exerccio da Acupuntura na Medicina Tradicional Chinesa como es-pecialidade do farmacutico.

    Braslia: DOU 08/12/2009.

    CONSELHO REGIONAL DE FARMCIA SP. Deliberao n 04/2007. So Paulo: D.O.E. 05/07/2007.

  • COMISSO ASSESSORA DE ACUPUNTURA 41

    Farber PL: A Medicina do Sculo XXI. So Paulo: Editora Roca, 1997.

    FOCKS, Claudia; ULRICH, Mrz. Guia Prtico de Acupuntura: Localizao de Pontos e Tcnicas de Puno. So Paulo: Manole, 2008.

    JAYASURYA, Anton. As Bases Cientficas da Acupuntura. Traduo Pereira, A. O. Francisco. Rio de Janeiro: Sohaku-In Edies, 1995.

    MACIOCIA, G. A Prtica da Medicina Chinesa. So Paulo: Robe, 1996.

    MACIOCIA, G. O Diagnstico na Medicina Chinesa: Um Guia Geral. So Paulo: Roca, 2006.

    MACIOCIA, G. Os Fundamentos da Medicina Chinesa. So Paulo: Roca, 2007.

    MAKI, Ricardo; NOGUEIRA, Ieda A. Manual de Biossegurana em Acupuntura. Rio de Janeiro: Pro-grama Estadual de Acupuntura - Coordenao Estadual de Controle de Infeco Hospitalar, 2003.

    Manaka Y, Itaya K e Birch S: Chasing the Dragons Tail. Brookline, Paradigm Publications, 1995.

    Nei Ching O Livro de Ouro da Medicina Chinesa. So Paulo: Editora Objetivo.

    OMS. Guideline on Basic Training and Safety in Acupunture. OMS, 1995.

    ROSS, J. Combinao de Pontos de Acupuntura: A Chave para o xito Clnico. So Paulo: Roca, 2003.

    ROSS J. Zang Fu Sistemas de rgos e Vsceras da Medicina Tradicional Chinesa. 2 ed. So Paulo: Roca, 1994.

    Shangai College of Tradicional Medicine: Acupuntura Um Texto Compreensvel. So Paulo: Editora Roca, 1996.

    Wong M: Ling Shu Base da Acupuntura Tradicional Chinesa. So Paulo: Organizao Andrei Editora, 1995.

    XI Wenbu, Bei Jing, China Tratada de Medicina Chinesa. So Paulo: Editora Roca, 1993.

    YAMAMURA, Ysao. Acupuntura Tradicional: A Arte de inserir. 2 ed. So Paulo: Roca, 2001.

    Yin HH & Zhang BN: Teoria Bsica da Medicina Tradicional Chinesa. So Paulo: Editora Atheneu, 1999.

  • COMISSO ASSESSORA DE ACUPUNTURA42

  • COMISSO ASSESSORA DE ACUPUNTURA 43

    ENDEREOS E TELEfONESwww.crfsp.org.br

    SECCIONAIS Marlia: Tel.: (14) 3422.4398Mogi das Cruzes: Tel.: (11) 4726.5484 Osasco: Tel.: (11) 3682.2850 / Fax: (11) 3685.9063 Piracicaba: Tel.: (19) 3434.9591/ 3435.7093 / Fax: (19) 3402.7992Presidente Prudente: Tel.: (18) 3223.5893 / Fax: (18) 3916.1192Registro: Tel.: (13) 3822.1979 Ribeiro Preto: Tel.: (16) 3911.9016/ (16) 3911.5054 Santo Andr: Tel.: (11) 4437.1991 Santos: Tel.: (13) 3233.5566 Fax: (13) 3221.6781So Joo da Boa Vista: Tel.: (19) 3631.0441 So Jos dos Campos: Tel.: (12) 3921.4644 / 3942.2792 / Fax: (12) 3921.4644So Jos do Rio Preto: Tel.: (17) 3234.4043 / 3234.4971 / Fax: (17) 3234.5027Sorocaba: Tel.: (15) 3233.8130Zona Leste: (11) 2361.9152 /Fax: (11) 2361.8542

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