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Adaptação de LC - CERATOCONE
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Adaptação de LC - CERATOCONEDr. Bruno AlmeidaChefe do Setor de LC: Dra. Silvia Kitadai
Ceratocone• Distrofia corneal, não inflamatória
▫Baixa rigidez do colágeno permite abaulamento e afinamento progressivo provocando: ASTIGMATISMO IRREGULAR e AFILAMENTO DO ÁPICE
• Pode ocorre: Parte central, paracentral ou periférica
• Pode estacionar após alguns anos ou evoluir até formação de cicatrizes
Ceratocone
•Quase sempre BILATERAL
•20 anos de idade
•Não há alteração de incidência entre sexo, padrão geográfico, cultural ou social
Etiologia = Multifatorial ?• Processo mais acelerado de apoptose dos
ceratócitos em pcts com ceratocone
• Esse processo é ativado por citocinas (IL-1), liberado pelo epitélio da córnea após traumatismo mecânico (coçar os olhos, LC mal adaptada)
• Alterações no cromossomo 21 + análise entre parentes sugere doença autossômica dominante com variabilidade de expressão
SINAIS REFRATIVOS
•Aumento da curvatura corneal▫Astigmatismo miópico IRREGULAR “reflexo
em tesoura”
▫Evolução: mancha em “Gota de óleo”
SINAIS BIOMICROSCÓPICOS• Aumento da visibilidade das FIBRAS NERVOSAS
• Aumento da superfície -> Depósito de hemossiderina na base do ceratocone “ANEL DE FLEISCHER”
• Afinamento e estiramento da zona afetada
• ESTRIAS DE VOGT nas camadas profundas do estroma. Desaparecem com a compressão
• Rotura da Bowman: Cicatrizes reticulares e BAV (HIDROPSIA AGUDA)
SINAIS CLÍNICOS EXTERNOS
•FENÔMENO DE RIZZUTI▫Iluminando a córnea com uma lanterna
coloca no lado temporal e direcionando-a anteriormente à íris, a luz é vista no limbo nasal
•SINAL DE MUNSON▫Paciente olha para baixo e a pálpebra
inferior se deforma
SINAIS VIDEOCERATOSCÓPICOS•Mapa de elevação é mais importante do
que o de curvatura para confirmar o diagnóstico precoce▫Não somente a curvatura anterior , mas
também a posterior são afetadas
▫Fornece a espessura da córnea, que é assimétrica e menor que 500 micra
CLASSIFICAÇÃO - MEDIDAS•INCIPIENTE (Grau I): até 45D
•MODERADO (Grau II): 45 até 52D
•AVANÇADO (Grau III): 52D até 60D
•GRAVE (Grau IV): >60D
•Obs: Tendência atual é considerar insipiente os cones cujo meridiano mais apertado alcance 47D
CLASSIFICAÇÃO - MORFOLOGIA• CONE REDONDO (Nipple Cone)
▫Pequena ectasia próxima do centro, < 5mm de Ø
▫Grau alto de toricidade corneal com-a-regra, confinada aos 5mm centrais da córnea
▫Quase 360º de zona intermediária de córnea normal cercando a base do cone
▫Presença ocasional de um nódulo fibroblástico elevado no ápice da córnea (nipple) – “cone em bico”
CLASSIFICAÇÃO - MORFOLOGIA
•CONE OVAL (Sagging Cone)▫Forma + COMUM de ceratocone
AVANÇADO
▫Ápice corneal deslocado abaixo da linha mediana, resultando em graus variados de encurvamento na zona mediana periférica inferior Cria uma ilha de córnea superior normal ou +
plana do que a normal, de praticamente 180º
CLASSIFICAÇÃO - MORFOLOGIA
•CONE GLOBOSO (Globus Cone)▫Cone que abrange quase ¾ da superfície
corneal
▫Não tem ilha de meia periferia de córnea normal, acima ou abaixo da linha mediana
•CONE INDEFINIDO▫Não se engloba em nenhuma descrição
CLASSIFICAÇÃO FORMA E LOCALIZAÇÃO
•CENTRAL▫Ápico dentro dos 3mm centrais
•PARACENTRAL▫Ápice entre 3-5mm
•PERIFÉRICO▫Além dos 5mm
• INDEFINIDO
ADAPTAÇÃO DAS LC-RGP
•03 Filosofias de adaptação
▫LIVRAMENTO APICAL
▫TOQUE APICAL
▫TRÊS PONTOS DE TOQUE
LIVRAMENTO APICAL
•CB mais apertada e Ø da LC pequeno (8,6mm)
•Fluor: Discreta retenção de fluor e toque de meia periferia <180º
LIVRAMENTO APICAL• 1º TESTE: raio da CB = ao valor da curva
ceratométrica + apertada▫Provavelmente mostra presença de BOLHA
• Aplana-se a CB até que demonstre toque apical definido
• LC Final: tem o raio de CB 0,2mm + apertado que esta acima
• CUIDADO: não pode ocorre toque de 360º na periferia impedindo o fluxo lacrimal
LIVRAMENTO APICAL
•Quando tentar ?▫Tingimento ponteado epitelial coalescente
▫Impressão do desenho da LC na córnea
▫Erosão corneal de ápice
▫Desenvolvimento de cicatrizes corneais
TOQUE APICAL
•CB mais plana e Ø maior •Fluor: Moderado toque no ápice e na meia
periferia e livramento periférico amplo
TOQUE APICAL•Toque moderado no ápice DIMINUI a
irregularidade da córnea, dando visão igual ou mais nítida que outras adaptações
•Evitar toque + amplo do que 2,00mm
•Evitar pressão excessiva sobre a região fina e frágil do cone pela possibilidade de aumentar a distorção e provocar cicatrizes apicais, em decorrência do trauma
TRÊS PONTOS DE TOQUE
•Leve toque da LC sobre o Ápice do cone e dois apoios na zona mediana periférica
▫4 zonas são criadas e observadas na fluor Leve toque apical Livramento paracentral Toque na meia periferia Livramento periférica
TRÊS PONTOS DE TOQUE• Peso da LC não focaliza apenas uma área, fica distribuído
sobre a córnea sadia.
• Discreto toque apical regulariza mais a superfície anterior da córnea do que no livramento apical, dando melhor AV
• Uma vez que se conseguem os três toques, é importante que o desenho da LC seja consistente com as alterações topográficas da córnea▫ Múltiplas curvas periféricas (03 ou 04), são necessárias para
acompanhar o rápido aplanamento da meia periferia da córnea.▫ Curva periférica deve ser + PLANA e + LARGA do que as LC
convencionais: Promover levantamente de borda + amplo, para evitar o toque total na periferia e prevenir adesão
Tipos de LC utilizados
•MONOCURVA▫Iniciar adaptação com LC monocurva,
desenho tradicional, Ø pequeno em cones centrrais e paracentrais
▫Quando a centralização não é boa ou Ø pupilar do pct é grande, é necessario Ø maior e a LC costuam ficar com pouco ou sem periférica Abrir a periférica no consultório ou solicitar
alteração do fabricante
Tipos de LC utilizados
•MULTIESFÉRICA e ASFÉRICA
•LC multiesférica: “Century XO”▫Desenho da superfície posterior é
multiesférico contínuo, a ZO é de 7 mm e a excentricidade é zero
•LC asféricas▫LC de Ø grande, compatíveis somente com
cones incipientes e moderados
DESENHOS ESPECIAIS DE LC-RGP PARA CERATOCONE
•SOPER▫LC bicurva▫Possui DUAS CB na Face POSTERIOR
CB central: + APERTADA -> Adaptar sobre o ápice corneal
CB periférica: + PLANA -> Alinhar com a zona mediana e a periferia normal da córnea
▫Limitação: A 2ª CB da Soper tradicional mede sempre 7,5mm ou 45D -> Daí surgiram as várias modificações
Soper McGuire
DESENHOS ESPECIAIS DE LC-RGP PARA CERATOCONE
•LC-RGP COM DESENHO ESCLERAL▫São Grandes (Ø de 13,9 – 15mm)▫Movem pouco▫Conforto inicial maior que as RGP corneais▫Pouco utilizado: desconfortável o excesso
de volume e manuseio de lente grande
DESENHOS ESPECIAIS DE LC-RGP PARA CERATOCONE
•SISTEMA A CAVALEIRO “Piggyback”▫Está sendo indicada com mais frequência,
devido desenvolvimento das LC-RGP de alto Dk
▫Uma LC-RGP sobre um LCG
▫Objetivos Aliviar o desconforto das lentes rígidas Melhorar o posicionamento e estabilidade da
RGP Proteger o ápice de erosões recorrente do
cone
DESENHOS ESPECIAIS DE LC-RGP PARA CERATOCONE
•SISTEMA A CAVALEIRO “Piggyback”▫Só utilizar:
RGP de alto Dk (>71) e; RGP de silicone-hidrogel
▫Como a LCG silicone-hidrogel tem CB única, frequentemente não se adapta aos cones avançados. Por isso, as LCG mais utilizadas são as descartáveis de 1 a 2 semanas
INICIANDO ADAPTAÇÃO MONOCURVA E SOPER
•Topo – mostra grau e localização do cone
INICIANDO ADAPTAÇÃO MONOCURVA E SOPER
• Padrão fluoresceínico orientará as alterações▫Livramento apical excesso + bolhas de ar central
Aplanar a CB até desaparecer a bolha
▫SOPER: Represamento de fluor na base do cone, DIMINUIR o Ø da ZO, utilizando LC com Ø total menor
• Ø depende muito do tipo do cone▫Ø pequenos (7,5 a 8,5): cones redondo▫Ø maiores (9,0 a 9,5mm): cones ovais e excêntricos
Obrigado