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Aula 00 Aula Demonstrativa Curso: Administração Pública p/ AFRFB Professor: Arthur Macedo

Administração Pública p/ AFRFB...Prof. Arthur Macedo - Aula 00 Prof. Arthur Macedo de Olá, futuros auditores e auditoras! Sejam bem-vindos! É com muita alegria que inicio mais

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Aula 00 – Aula Demonstrativa

Curso: Administração Pública p/ AFRFB

Professor: Arthur Macedo

Curso: Administração Pública p/ AFRFB Teoria e Questões comentadas Prof. Arthur Macedo - Aula 00

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Olá, futuros auditores e auditoras!

Sejam bem-vindos!

É com muita alegria que inicio mais um trabalho aqui no Exponencial Concursos, com o afinco e dedicação que vocês, alunos, merecem. Estou muito feliz em estar com vocês nesta jornada. Saibam que o tempo que dedicamos a cada um de vocês é uma forma de renovar nossas conquistas pessoais, e nos gratifica muito fazer parte, humildemente, das lutas e conquistas de vocês. Isso demonstra que valorizamos muito o esforço de vocês.

Meu nome é Arthur Macedo, sou formado em Administração de Empresas pela Universidade de Pernambuco - UPE e hoje ocupo o cargo de Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil. Atualmente, estou lotado na Coordenação de Gerenciamento de Projetos Estratégicos da Receita Federal, nas Unidades Centrais, em Brasília-DF.

Deixem eu contar um pouco da minha história: pouco antes de saírem os editais para Analista Tributário e Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil em 2009, despertei para o mundo dos concurseiros. Minha decisão não foi fácil, e acredito que também não seja para muitos de vocês. Estudando apenas 6 meses, consegui ser aprovado para Analista Tributário em 2010, iniciando minha carreira na Receita Federal. Neste mesmo ano, também fui aprovado para Analista de Planejamento, Orçamento e Gestão da SEPLAG-Pernambuco.

Sabendo que sempre podemos voar mais alto, reiniciei, no início de 2012, os estudos com afinco. Mesmo diante das dificuldades de trabalhar e estudar ao mesmo tempo, consegui ser aprovado no mesmo ano para Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil! Um bom planejamento dos estudos, aproveitando cada horinha do dia, foi o fator determinante para alcançar o meu sonho profissional. A palavra "impossível" não consta no dicionário dos concurseiros. Podem ter certeza disso!

Bom, vamos ao que mais interessa. Seguindo a didática do Exponencial Concursos, temos a missão de oferecer para vocês este curso de Administração Pública para AFRFB. Nas últimas três provas para o cargo de Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil (2009, 2012 e 2014), a matéria de Administração Pública esteve presente no conjunto de matérias da prova. Por ser uma matéria que não faz parte das ditas "específicas", muitos alunos deixam a Administração Pública de lado (muitas vezes por conta do tempo escasso) e decidem priorizar outras matérias. E o ponto de corte? Vale a pena deixar de lado uma matéria e arriscar a sua aprovação?

APRESENTAÇÃO

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Aí é que entra o nosso curso! Temos a exata noção da dificuldade que é organizar um cronograma de estudos e encontrar o tempo necessário para cada matéria. Nossa missão é facilitar o seu estudo e trazer os tópicos cobrados na prova de maneira direta, objetiva, sem "enrolação".

O curso será de Teoria e Questões comentadas. Vale repetir: serei o mais objetivo possível, trarei os assuntos devidamente esquematizados, direto ao ponto. Não deixaremos de tocar em nenhum assunto importante de nossa matéria, porém vamos focar no que consideramos mais relevante, levando em consideração a característica da banca examinadora e a ocorrência temática das questões nos últimos certames.

Vamos lá, estou com vocês! Qualquer dúvida, estarei à disposição no Fórum tira-dúvidas.

Neste RAIO-X, levamos em conta o programa de nossa disciplina nos mais recentes certames para AFRFB (2009, 2012 e 2014), cujas provas, como de costume, foram elaboradas pela Escola Superior de Administração Fazendária (ESAF).

Provas AFRFB 2009, 2012 e 2014

ASSUNTO QUANTIDADE DE

QUESTÕES

Modelos teóricos de administração pública 03

Controle da administração pública 03

Ética no exercício da função pública 02

Governo eletrônico e transparência 02

Governabilidade, governança e accountability 02

Organização do Estado e da administração pública 02

Nova gestão pública empreendedora 02

Experiências de reformas administrativas 01

Gestão pública empreendedora 01

Ciclo de gestão do governo federal 01

Qualidade na administração pública 01

Histórico e análise das provas Administração Pública

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Nota-se um equilíbrio considerável da banca na abordagem dos assuntos previstos no programa da disciplina. Destaco a presença, nas três provas analisadas, dos assuntos "modelos teóricos da administração pública" e "controle da administração pública". São temas importantes e sempre cobrados nas provas. Atenção!

Bom, não considero prudente deixar de lado nenhum assunto. Aproveitem o máximo desse nosso material, revisem bastante e treinem ainda mais. Façam, refaçam e façam novamente os exercícios!

No quadro abaixo, segue o programa do nosso curso. Os temas são apresentados conforme o edital do último concurso (2014), porém numa ordem diferente, por objetivos didáticos.

Aula Conteúdo Data

00 Organização do Estado e da Administração Pública disponível

01 Modelos teóricos de Administração Pública: patrimonialista, burocrático e gerencial. Experiências de reformas administrativas. O processo de modernização da Administração Pública. Evolução dos modelos/paradigmas de gestão: a nova gestão pública.

15/06

02 Governabilidade, Governança e Accountability. Gestão pública empreendedora. Governo eletrônico e transparência.

22/06

03 Qualidade na Administração Pública. Novas tecnologias gerenciais e organizacionais e sua aplicação na Administração Pública.

29/06

04 Controle da Administração Pública. 06/07

05 Ética no exercício da função pública. 13/07

06 Orçamento público e os parâmetros da política fiscal. Ciclo orçamentário. Ciclo de Gestão do Governo Federal.

20/07

07 Orçamento e gestão das organizações do setor público; características básicas de sistemas orçamentários modernos; estrutura programática, econômica e organizacional para alocação de recursos (classificações orçamentárias); mensuração de desempenho e controle orçamentário (Parte 1 - Receita Pública).

27/07

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08 Orçamento e gestão das organizações do setor público; características básicas de sistemas orçamentários modernos; estrutura programática, econômica e organizacional para alocação de recursos (classificações orçamentárias); mensuração de desempenho e controle orçamentário (Parte 2 - Despesa Pública).

03/08

09 Elaboração, Gestão e Avaliação Anual do PPA. Modelo de Gestão do PPA.

10/08

Estão prontos? Simbora!!!

Abraços,

Arthur Macedo

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Assunto Página

1- Introdução: Estado x Governo 06

2- Finalidade da Administração Pública 09

3- Princípios Constitucionais da Administração Pública 10

4- Administração Direta x Administração Indireta 16

5- Questões comentadas 22

6- Lista de exercícios 34

7- Gabarito 42

O estudo da administração pública passa por vários temas inerentes ao nosso cotidiano. As decisões tomadas pelos gestores públicos, em todas as esferas, acabam por influenciar as pessoas comuns, as empresas privadas e as relações entre ambos. O nosso estudo da administração pública tem por objetivo mostrar estas relações entre o ESTADO e as pessoas, como também as obrigatoriedades legais que o GOVERNO e seus agentes públicos devem obedecer, no tocante ao cumprimento das atividades públicas.

Antes de avançar no nosso estudo, precisamos distinguir dois termos citados no parágrafo anterior: Estado e Governo. A definição de Estado passa pela história, sendo citado (neste sentido) pela primeira vez por Maquiavel, na obra prima O Príncipe. É criação do renascimento europeu, a partir de um adensamento cultural e da centralização do poder. Estado pode ser definido como nação politicamente organizada. O Estado é permanente.

Segundo Alexandre de Moraes (2010), o Estado "é a forma histórica de organização jurídica, limitado a um determinado território, com população definida e dotado de soberania, que, em termos gerais e no sentido moderno, configura-se como um poder supremo no plano interno e um poder independente no plano internacional".

Por outro lado, o Governo é transitório. É a maneira como é administrado o Estado, com a definição das diretrizes políticas e com o direcionamento ideológico e econômico realizado pelos agentes políticos. O governo pode ter a forma de república ou monarquia, e o sistema parlamentarista ou presidencialista.

Aula 00 – Organização do Estado e da Administração Pública

1- INTRODUÇÃO: ESTADO X GOVERNO

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Não pretendo aprofundar os temas da administração pública ligados ao estudo do direito constitucional e do direito administrativo. Porém, invariavelmente, citaremos, de maneira breve e superficial, alguns conceitos que também são estudados em outras matérias (claro, cada matéria com o seu foco).

O Brasil é caracterizado por ser um Estado Federal, com duas esferas de governo: a União (esfera nacional) e os estados (esfera regional). A união e os estados são Unidades da Federação. Já os municípios, particularidade do federalismo brasileiro, são considerados entes federativos.

Os estados federados possuem autonomia política, com autogoverno, auto-organização e autoadministração. No entanto, não confundamos autonomia com soberania. Esta, somente a República Federativa do Brasil possui.

A União pode agir em seu próprio nome, sendo, neste caso, uma pessoa jurídica de Direito Público Interno. Também pode agir em nome da Federação, quando representa o Estado nas relações internacionais. Esta é uma característica do sistema de governo presidencialista adotado no país: o Presidente da República acumula as funções de chefe de Estado e chefe de Governo.

Vamos ver um esquema com algumas das características da República Federativa do Brasil e do seu ordenamento jurídico:

• Permanente• Nação politicamente organizada• Dotado de soberania• Território e população definidos

ESTADO

• Transitório• Direcionamento ideológico e econômico• Modo como o Estado é administrado• Brasil -> República Presidencialista.

GOVERNO

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(ESAF - Analista de Finanças e Controle - CGU - 2001) Leia atentamente os enunciados que se seguem:

1 - Relação entre dois sujeitos, na qual um impõe ao outro a sua própria vontade e lhe determina o comportamento.

2 - A atividade ou conjunto de atividades que tem como finalidade a administração do conflito em torno de bens públicos.

3 - Organização que detém o monopólio legítimo do uso da força em um dado território.

4 - Conjunto de pessoas que exercem o poder político e que determinam a orientação política de uma dada sociedade.

5 - Conjunto de atividades diretamente destinadas à execução concreta das tarefas ou incumbências consideradas de interesse público ou comum, numa coletividade ou organização estatal.

Os enunciados acima referem-se, seqüencialmente, aos seguintes conceitos:

a) Administração Pública, Poder, Política, Estado, Governo

b) Poder, Estado, Governo, Política, Administração Pública

c) Poder, Administração Pública, Governo, Estado, Política

d) Administração Pública, Poder, Governo, Política, Estado

e) Poder, Política, Estado, Governo, Administração Pública

REP

ÚB

LIC

A F

ED

ER

ATIV

A D

O B

RA

SIL

Forma de Estado Federal

Tipo de Estado Estado Democrático de Direito

Forma de Governo República

Sistema de Governo Presidencialismo

Regime político Democracia Participativa

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Resolução: Questão boa para fixar alguns conceitos importantes e ver o posicionamento da ESAF na abordagem destes temas. Vamos analisar cada conceito trazido no enunciado:

1) Quando se fala em uma relação entre dois sujeitos na qual um deles impõe suas vontades ao segundo, isto é a concepção de poder.

2) Administrar conflitos em torno de bens públicos, e em função de um bem comum é um dos conceitos que remetemos à política.

3) Já a organização que detém o poder de um determinado território é uma das definições para Estado, que evoluiu para um conceito que se aproxima de uma nação politicamente organizada.

4) Já Governo é o conjunto de pessoas que exercem o poder que lhes foi dado, de maneira transitória, num conceito mais contemporâneo. Para explicar melhor: mesmo que o governo adote uma forma de monarquia, e que possa durar anos e anos, o conceito de transitoriedade não vai deixar de existir. Somente o Estado, em condições normais (tempos de paz, etc.) é considerado como permanente.

5) Por fim, as atividades destinadas à execução das tarefas consideradas de interesse público, numa coletividade ou organização estatal, é um conceito para Administração Pública.

A ordem correta dos conceitos é Poder, Política, Estado, Governo, Administração Pública e o gabarito é a alternativa E.

A administração pública possui uma finalidade precípua: prestar serviços aos cidadãos. Todas as demais atividades exercidas pela administração decorrem da prestação de um serviço ao cidadão. Tratamos aqui o serviço público no seu sentido mais amplo: qualquer ação da administração para com os seus administrados, com vistas a proporcionar bem estar social e cumprimento dos deveres previstos na Carta Magna.

Arrecadar tributos, realizar investimentos, difundir programas sociais, distribuir renda, proporcionar a infraestrutura necessária para a atração de investimentos internacionais, etc. Tudo isso tem que ter um único foco, e mais nenhum: o cidadão.

2- FINALIDADE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

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(FCC - Analista Judiciário - TRT 18 - 2013 - Adaptada) A Administração pública tem como principal finalidade:

a) a prestação de serviços aos cidadãos.

b) a conservação e aprimoramento de bens públicos.

c) a limitação dos princípios jurídicos que regem os órgãos, os agentes e as atividades públicas.

d) a ampliação da estrutura constitucional do Estado.

e) o estabelecimento de alicerces da formalidade e da materialidade.

Resolução: Questão direta e didática da Fundação Carlos Chagas - FCC. Não restam dúvidas: pelo critério objetivo, a principal finalidade da administração pública, em sentido amplo, é a prestação de serviços ao cidadão. O cidadão é o maior interessado nas atividades desenvolvidas pela administração pública. Gabarito é a letra A.

3.1. Introdução

A administração pública está sujeita ao cumprimento de deveres estabelecidos nos normativos jurídicos. Ao mesmo tempo, aos administrados são dados os direitos e as garantias. É o que chamamos de prerrogativas e sujeições do regime jurídico-administrativo, que tem por dever nortear as ações administração pública e a relação desta com os administrados.

Os dispositivos normativos da administração pública, estabelecidos no nosso ordenamento jurídico obedecem, segundo a doutrina dominante, a dois princípios fundamentais implícitos. Segundo diversos importantes autores, os demais princípios da administração pública decorrem destes dois. São eles:

• Supremacia do Interesse Público sobre o Privado: A atuação do Estado deve ser pautada pelo interesse público. Havendo conflito entre o interesse público e o privado, prevalece o primeiro, devendo, é

Finalidadeprincipal da Administração

Pública

Prestarserviços aos

cidadãos

3- PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

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claro, respeitar os direitos e garantias expressos na Constituição, ou dela decorrentes. Este princípio age principalmente sobre os atos de império. No caso dos atos de gestão, atos de mero expediente e nos atos que a administração atua regida pelo direito privado, não há incidência direta do princípio da supremacia do interesse público.

• Indisponibilidade do Interesse Público: A administração não é "dona" da coisa pública. Os bens e o interesse públicos são indisponíveis à administração pública, bem como aos seus agentes públicos, sendo ela mera gestora. Pertencem, na verdade, à coletividade. Este princípio está presente em toda e qualquer atuação da administração pública.

No momento em que expandimos os conceitos dos dois princípios acima explanados, conseguimos entender o motivo de muitas das ações que a administração pública realiza (ou deveria realizar) para com os seus administrados. Mais: é possível nortear, também, a atuação dos servidores públicos no exercício de suas funções.

A Constituição Federal de 1988 acabou por colocar "no papel" alguns princípios considerados de observância obrigatória, conforme o texto do caput do art. 37. São os chamados princípios constitucionais da administração púbica, decorrentes dos dois princípios implícitos supracitados. Vamos estudá-los (nos seus pontos principais) a partir dos próximos tópicos. Antes, um esquema para fixar o aprendizado sobre os dois princípios-base já vistos:

(ESAF - Analista Técnico Administrativo - MTUR - 2014) Assinale a opção em que consta princípio da Administração Pública que não é previsto expressamente na Constituição Federal.

a) Publicidade.

b) Eficiência.

c) Proporcionalidade.

• A atuação do Estado deve ser pautada pelo interesse público. O interesse público prevalece sobre o privado. Incide sempre sobre os atos de império.

Supremacia do Interesse Público sobre o Privado

• Os bens e o interesse públicos são indisponíveis à administração, sendo ela mera gestora. Pertencem à coletividade.

Indisponibilidade do Interesse

Público

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d) Legalidade.

e) Moralidade.

Resolução: A Constituição Federal de 1988 trouxe, em seu texto original, a previsão de quatro princípios diretamente aplicáveis à Administração Pública: Legalidade, Impessoalidade, Moralidade e Publicidade. Com isso, podemos marcar a alternativa C como o gabarito da questão. Um detalhe: o princípio da eficiência só foi introduzido no texto constitucional por meio da Emenda Constitucional no 19, de 1998.

3.2. Legalidade

Não é didaticamente muito correto afirmar que algum princípio é mais importante que outro. Porém, se existe um princípio constitucional "importantíssimo" no ordenamento jurídico, este é o princípio da legalidade. Diz esse princípio que a atuação da administração pública deve obedecer aos mandamentos da lei, não podendo deles se afastar. O administrador público só pode fazer o que é permitido ou autorizado em lei. O princípio da legalidade para a administração difere do princípio da legalidade para o administrado, que o permite fazer o que a lei não o proíbe.

3.3. Impessoalidade

Rege o princípio da impessoalidade que, quando age em nome da administração pública, o agente público precisa adotar uma posição de neutralidade e de imparcialidade. O administrador é mero executor de um ato administrativo, que manifesta a vontade do Estado.

Não pode haver preferências ou discriminações de qualquer natureza por parte do agente público. Inclusive, a publicidade oficial da administração deve representar somente os feitos do Estado, sem personificação do agente. Por fim, vale ressaltar que o princípio da impessoalidade é de observância obrigatória pelos três poderes da administração, em todos os tipos de atos administrativo.

Legalidade

O administrador só pode fazer o que expressamente a lei autoriza ou permite

O administrado pode fazer tudo o que a lei nãoproíbe

É considerado um limite, e ao mesmo tempo, uma garantia constitucional

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3.4. Moralidade

O princípio da moralidade administrativa implica ao agente público agir de acordo com a moral, dentro dos limites legais e éticos, obedecendo valores sociais aceitáveis e de acordo com os fins pretendidos pelo ato, sem desvios para favorecer projetos pessoais ou atentar contra a administração pública.

Os agentes públicos, caso desrespeitem o princípio da moralidade, deverão responder às penalidades legais, incorrendo em ato de improbidade administrativa. Deverão agir, portanto, com honestidade.

3.5. Publicidade

Segundo o princípio da publicidade, a administração pública tem o dever de agir com transparência, publicando oficialmente os seus atos administrativos, constituindo requisito de eficácia e moralidade. É preciso que se dê amplo conhecimento das ações da administração para o cidadão, não só como prestação de contas, mas também como cumprimento de requisito de validade dos atos.

Com o advento da Lei de Acesso à Informação, restou regulado (e expandido) o acesso às informações institucionais de caráter público. Foi um grande avanço, no rumo dos ditames previstos no princípio constitucional da publicidade. Ficaram protegidas, entretanto, as informações de caráter sigiloso.

Impessoalidade

O agente público adota uma posição de neutralidade e imparcialidade

O administrador público é um mero executor de atos, manifestando a vontade do Estado

Observância obrigatória pelos três poderes, em todos os tipos de atos administrativos

Moralidade

Os agentes públicos deverão agir de acordo com a moral, dentro dos limites legais e éticos.

Os agentes públicos deverão agir com honestidade

Poderão incorrer em ato de improbidade administrativa, caso descumpram o princípio

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3.6. Eficiência

O princípio da eficiência é o mais novo dos princípios constitucionais. Foi introduzido no texto constitucional por meio da Emenda Constitucional no 19, de 1998. Diz o princípio que a administração pública deverá buscar um perene aperfeiçoamento dos serviços públicos, visando à qualidade e à economia dos recursos. Em sentido amplo, engloba os conceitos de eficácia, transparência, economicidade e efetividade do serviço prestado.

A eficiência diz respeito aos meios, ao processo como o serviço é realizado. Portanto, o cidadão precisa sentir-se satisfeito desde a execução do serviço até a entrega do mesmo.

4.7. Quadro-resumo

Publicidade

Os atos administrativos deverão ser oficialmentepublicados, exceto os atos sigilosos

Requisito de validade do ato administrativo

A Lei de Acesso à Informação foi um grande avanço no tocante à publicidade dos atos

Eficiência

A administração pública deverá sempre buscar o aperfeiçoamento dos serviços públicos

É preciso obedecer à qualidade dos serviços e à economia dos recursos públicos.

Agrega os conceitos de eficácia, transparência, economicidade e efetividade.

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(ESAF - Analista - Instituto de Resseguros do Brasil - 2006) Considerando-se os princípios que regem a Administração Pública, relacione cada princípio com o respectivo ato administrativo e aponte a ordem correta.

(1) Impessoalidade

(2) Moralidade

(3) Publicidade

(4) Eficiência

( ) Punição de ato de improbidade.

( ) Divulgação dos atos da Administração Pública.

( ) Concurso Público.

( ) Pagamento por precatório.

( ) Escolha da melhor proposta em sede de licitação.

a) 1/3/4/2/2

b) 2/3/1/1/4

c) 4/2/1/3/1

d) 3/4/2/1/4

e) 3/2/2/1/4

"LIM

PE"

-P

rin

cíp

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Co

nst

itu

cio

nais Legalidade

A administração só pode fazer o que expressamente autorizado ou

permitido em lei

ImpessoalidadeO agente público é mero executor de

atos, manifestando a vontade da administração

MoralidadeOs agentes públicos deverão agir de acordo com a moral, obedecendo

princípios legais e éticos

PublicidadeOs atos administrativos deverão ser

publicados oficialmente, ressalvados os atos de caráter sigiloso

EficiênciaA administração pública deverá zelar pela qualidade dos serviços, com

racionalidade de gastos

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Resolução: A questão apresenta quatro princípios e alguns atos administrativos, e solicita para que seja feita a relação entre ambos. Vamos lá: uma punição por ato de improbidade está relacionado com o princípio da moralidade. Já a divulgação de atos da administração está relacionado com o princípio da publicidade.

A realização de um concurso público atende ao princípio da impessoalidade. O pagamento por precatório também expressa o princípio da impessoalidade. Por fim, a escolha da melhor proposta numa licitação atende ao princípio da eficiência. Com isso, a ordem correta é 2/3/1/1/4 e o gabarito é a alternativa B.

4.1. Administração Direta

A Constituição Federal de 1988, no seu art. 37, estabeleceu que a administração pública é formada pela administração direta e pela administração indireta. A administração direta é composta pelos órgãos ligados à estrutura dos três poderes constituídos, nas esferas federal, estadual e municipal. São os organismos dirigentes, ministérios, secretarias, e demais órgãos subordinados.

Os órgãos inseridos na estrutura da administração direta não possuem personalidade jurídica própria, nem patrimônio, nem autonomia administrativa. Eles pertencem ao ente público superior, seja União, Estados ou Municípios. Isto caracteriza a desconcentração administrativa, ou seja, uma distribuição interna de competências, sem que haja delegação a alguma pessoa jurídica diversa. Os órgãos, portanto, são centros de competência sem personalidade jurídica própria. A administração pública direta realiza suas funções através dos órgãos e seus agentes públicos.

AdministraçãoDireta

Realiza suas funções através dos órgãos

e seus agentespúblicos

Os órgãos são centros de

competência

DesconcentraçãoAdministrativa

Os órgãos nãopossuem

personalidade jurídica própria

Os órgãos pertencem ao ente público

superior

4- ADMINISTRAÇÃO DIRETA X ADMINISTRAÇÃO INDIRETA

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(ESAF - Agente Executivo - CVM - 2010) São características dos órgãos públicos, exceto:

a) integrarem a estrutura de uma entidade política, ou administrativa.

b) serem desprovidos de personalidade jurídica.

c) poderem firmar contrato de gestão, nos termos do art. 37, § 8o da Constituição Federal.

d) resultarem da descentralização.

e) não possuirem patrimônio próprio.

Resolução: Sabe-se que a administração pública direta é composta pelos órgãos ligados à estrutura dos três poderes constituídos, nas esferas federal, estadual e municipal. Além disso, os órgãos não possuem personalidade jurídica própria, pois são objetos de desconcentração administrativo. Portanto, a alternativa D não é uma característica dos órgãos públicos, sendo o gabarito da questão.

4.2. Administração Indireta

A administração indireta é composta por entidades com personalidade jurídica própria, patrimônio e autonomia administrativa. As despesas são realizadas através de orçamento próprio. É constituída por entidades de direito público e direito privado, e agem por delegação de competência ou outorga do serviço. Caracteriza-se pela descentralização administrativa, ou seja, a competência é distribuída de uma pessoa jurídica para outra.

Formam a administração indireta: as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia mista, e algumas formas autárquicas especiais, como as agências reguladoras, além das agências executivas, que é uma qualificação específica dada a uma autarquia ou fundação. Vamos estudar, de maneira concisa, cada entidade da administração indireta. Antes, um esquema com as principais características da administração indireta.

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A) Autarquias

As autarquias são criadas diretamente por lei, executam atividades típicas de Estado ou prestam serviço público. Possuem personalidade jurídica de direito público, e também patrimônio e receita próprios. As autarquias estão sujeitas à tutela ou ao controle finalístico do ministério a que se encontram vinculadas (ressaltando: não há subordinação, e sim, vinculação).

A criação de autarquias obedece ao caráter de especialização, conforme a finalidade do serviço ou atividade para a qual foi criada, limitando a sua área de atuação. São exemplos de autarquias o IBAMA, IBGE, Banco Central, INSS, etc. Só como ilustração, os conselhos profissionais (OAB, CREA, etc.) possuem status de autarquia. Também possuem status de autarquia as universidades públicas federais.

B) Fundações Públicas

As fundações públicas são dotadas de personalidade jurídica própria, de direito público. Não possuem fins lucrativos, são criadas mediante um processo de autorização em lei específica e criadas, posteriormente, por edição de decreto presidencial. Para iniciar suas atividades, as fundações públicas ainda precisam registrar o seu Estatuto.

As fundações desenvolvem atividades sociais de interesse público, que não sejam exclusivas de Estado. Os recursos para prestar suas atividades são repassados pela União (ou equivalente) e outras fontes, e são sujeitas ao controle finalístico do respectivo ministério que se encontrarem vinculadas.

C) Empresas Públicas

AdministraçãoIndireta

Constituída por entidades de

direito público ou privado

Possuem patrimônio próprio

e autonomiaadministrativa

DescentralizaçãoAdministrativa

As entidades possuem

personalidade jurídica própria

Agem por delegação de

competência ou outorga de serviço

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As empresas públicas são entidades dotadas de personalidade de direito privado, com patrimônio próprio e capital exclusivo da União, Estado ou Município. A criação de uma empresa pública é autorizada por lei para explorar atividade econômica ou prestação de serviços públicos. Podem assumir qualquer forma admitida no direito (sociedade anônima, sociedade civil, etc.). Entram em operação no momento do registro da empresa/sociedade.

Possuem regime jurídico híbrido, ou seja, a predominância é do regime jurídico privado, mas com interferência do regime jurídico público. Para as empresas público que prestam serviço público, acontece o inverso: a predominância é do regime jurídico público com interferências pontuais do regime jurídico de direito privado. São exemplos de empresas públicas a Caixa Econômica Federal, Correios, etc.

D) Sociedades de Economia Mista

As sociedades de economia mista são dotadas de personalidade jurídica de direito privado, com criação autorizada por lei para a exploração de atividade econômica, sempre sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto possuem maioria da união, estado ou município.

Sua constituição é restrita para dois casos, previstos na CF/88: quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo. São exemplos de sociedades de economia mista o Banco do Brasil, Petrobrás, Eletrobrás, Banco do Nordeste, etc.

E) Agências Reguladoras

As agências reguladoras são consideradas autarquias de regime especial que tem por função principal regular e fiscalizar algumas atividades econômicas desenvolvidas pelo setor privado. Podem ser divididas em duas espécies: aquelas que exercem o poder de polícia e aquelas que controlam determinada atividade econômica objeto de concessão, permissão ou autorização de serviço público.

Possuem relativa independência do poder Executivo, pois não existe subordinação hierárquica, suas decisões possuem caráter definitivo, possuem autonomia financeira e seus dirigentes possuem mandato fixo. No entanto, vale ressaltar que as agências reguladoras não editam atos normativos primários, e sua atividade é focada na especialidade, não podendo ir além de suas competências pré-estabelecidas. São exemplos de agências reguladoras a ANATEL, ANEEL, ANS, ANVISA, etc.

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F) Agências Executivas

As autarquias e as fundações públicas podem adquirir a qualificação como agências executivas a partir da celebração do contrato de gestão e, em seguida, da edição de um decreto presidencial. O contrato de gestão tem por função ampliar a autonomia gerencial, orçamentária e financeira, a partir da fixação de metas de desempenho para a entidade. Não será criada uma nova personalidade jurídica. O principal objetivo da qualificação como agências executivas é a melhora da eficiência do serviços prestados pela autarquia ou fundação.

4.3. Quadro Comparativo

(ESAF - ATRFB - 2006) As sociedades de economia mista, constituídas com capitais predominantes do Estado, são pessoas jurídicas de direito privado, integrantes da Administração Pública Indireta, são regidas pelas normas comuns aplicáveis às empresas particulares, estando fora do âmbito de incidência do Direito Administrativo.

a) Correta esta assertiva.

b) Incorreta a assertiva, porque elas são pessoas jurídicas de direito público.

c) Incorreta a assertiva, porque eles são de regime híbrido, sujeitando-se ao direito privado e, em muitos aspectos, ao direito público.

d) Incorreta a assertiva, porque seus capitais são predominantes privados.

Administração Pública

Direta

Realiza suas funções através dos órgãos e seus agentes públicos.

Ocorre a desconcentraçãoadministrativa.

Indireta

Constituída por entidades de direito público ou privado. Ocorre a

descentralização administrativa

Autarquias

Fundações Públicas

Empresas Públicas

Sociedades de Economia Mista

Agências Reguladoras

Agências Executivas

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e) Incorreta a assertiva, porque elas são de regime público, regidas exclusivamente pelo Direito Administrativo.

Resolução: O enunciado trata das sociedades de economia mista. São entes da administração indireta dotados de personalidade jurídica de direito privado, exploradores de atividade econômica ou prestadores de serviço público, e por isso se sujeitam ao regime jurídico de direito privado e também ao regime jurídico de direito público. Portanto o enunciado está parcialmente incorreto e a alternativa C é o gabarito da questão.

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01. (ESAF - AFRFB - 2009) Sobre a organização do Estado brasileiro, é correto afirmar que:

a) administrativamente, os municípios se submetem aos estados, e estes, por sua vez, submetem-se à União.

b) quando instituídas, as regiões metropolitanas podem gozar de prerrogativas políticas, administrativas e financeiras diferenciadas em relação aos demais municípios do estado.

c) quando existentes, os territórios federais gozam da mesma autonomia político-administrativa que os estados e o Distrito Federal.

d) o Distrito Federal é a capital federal.

e) embora, por princípio, todos os entes federados sejam autônomos, em determinados casos, os estados podem intervir em seus municípios.

Resolução: Vamos analisar cada alternativa. A alternativa A está incorreta, pois não existe submissão entre os entes federativos. A alternativa B está incorreta, pois estas prerrogativas destacadas não existem. A alternativa C também está incorreta, pois os territórios federais não gozam da mesma autonomia político-administrativa que os estados e o DF.

A alternativa D está incorreta, pois, segundo a Constituição Federal, Brasília é a capital Federal. Por fim, a alternativa E está correta e é o gabarito da questão, pois a Constituição prevê a possibilidade de intervenção dos estados em seus municípios. GABARITO DA QUESTÃO: ALTERNATIVA E.

02. (ESAF - Auditor Federal de Controle Externo - TCU - 2000) Observe os conceitos que se seguem:

1 - "Capacidade de imposição da própria vontade, a despeito da resistência de outro, visando a consecução de um determinado objetivo ou fim estipulado que um sujeito impõe".

2 - "Poder legítimo, revestido de consentimento, que se faz obedecer voluntariamente".

3 - "Dever legal e funcional, uma obrigação específica de administração fiel em troca de uma existência segura".

4 - "Detém o monopólio legítimo do uso da força em um dado território".

Marque a seqüência que expressa corretamente a ordem de apresentação dos conceitos acima.

a) Poder, Autoridade, Burocracia e Estado

b) Estado, Autoridade, Administração Pública e Governo

5- QUESTÕES COMENTADAS

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c) Autoridade, Estado, Administração Pública e Governo

d) Poder, Autoridade, Administração Pública e Estado

e) Poder, Autoridade, Administração Pública e Governo

Resolução: Vamos analisar cada conceito trazido no enunciado:

1) Impor a própria vontade, definir rumos de outro, em função de determinado objetivo, fala-se de poder.

2) Já autoridade é o poder legítimo, decorrente das ações do indivíduo e de sua relação com os outros.

3) Já o dever legal e funcional, uma obrigação específica de administração fiel em troca de uma existência segura é o conceito de burocracia. Não confundir a burocracia, neste aspecto conceitual, das suas disfunções. Normalmente, quando falamos em burocracia, num conceito mais popular, estamos é falando das disfunções do modelo burocrático.

4) Já um dos conceitos de Estado é deter monopólio legítimo do uso da força em um dado território, conceito este aplicável, mas pouco moderno.

A ordem correta dos conceitos é Poder, Autoridade, Burocracia e Estado. GABARITO DA QUESTÃO: ALTERNATIVA A.

03. (ESAF - Analista Técnico Administrativo - MF - 2013) São diretrizes para as medidas de fortalecimento da capacidade institucional, exceto:

a) organização da ação governamental por programas.

b) orientação para as prioridades do governo.

c) criação de níveis hierárquicos e aumento da amplitude de comando.

d) eliminação de superposições e da fragmentação de ações.

e) aumento da eficiência, eficácia e efetividade do gasto e da ação administrativa.

Resolução: Os governos recentes têm buscado uma modernização de seu modelo de gestão e de sua capacidade de implementar as políticas públicas. Algumas das ações estão presentes nas alternativas da questão: organização da ação governamental por programas, orientação para as prioridades do governo, eliminação de superposições e da fragmentação de ações e aumento da eficiência, eficácia e efetividade do gasto e da ação administrativa.

Já a criação de níveis hierárquicos e aumento da amplitude de comando corre totalmente fora da linha buscada pelas políticas governamentais, estando incorreta a alternativa C. GABARITO DA QUESTÃO: ALTERNATIVA C.

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04. (ESAF - Auditor Federal de Controle Externo - TCU - 2000) Em relação aos princípios da Administração Pública é correto afirmar, exceto:

a) ao contrário dos particulares, que podem fazer tudo aquilo que a lei não veda, pelo princípio da legalidade, a Administração só pode realizar o que lhe é expressamente autorizado em lei

b) pelo princípio da finalidade, não se admite outro objetivo para o ato administrativo que não o interesse público

c) o princípio da publicidade impõe a publicação, em jornais oficiais, de todos os atos da Administração

d) a conduta ética do administrador deve-se pautar pelo atendimento ao princípio da moralidade

e) o princípio da legalidade impede que a Administração crie direitos de qualquer espécie mediante ato administrativo

Resolução: O enunciado pede para que encontremos alguma disposição errada nas alternativas acerca dos princípios da Administração Pública. Vamos analisar as alternativas. De cara, podemos destacar a alternativa C como incorreta, gabarito da questão, pois o princípio da publicidade não impõe a publicação, em jornais oficiais, de todos os atos administrativos, e sim, de alguns específicos. As demais alternativas estão corretas e trazem conceitos e casos interessantes sobre os princípios. GABARITO DA QUESTÃO: ALTERNATIVA C.

05. (ESAF - AFRFB - 2000) Indique, nas opções abaixo, aquela que não se apresenta como um princípio da Administração Pública estabelecido pela Constituição de 1988.

a) Legalidade

b) Impessoalidade

c) Unidade

d) Moralidade

e) Publicidade

Resolução: Este é um tipo de questão muito comum. A Constituição Federal de 1988 trouxe, em seu texto original, a previsão de quatro princípios diretamente aplicáveis à Administração Pública: Legalidade, Impessoalidade, Moralidade e Publicidade. Com isso, podemos marcar a alternativa C como o gabarito da questão.

Um detalhe: o princípio da eficiência só foi introduzido no texto constitucional por meio da Emenda Constitucional no 19, de 1998. GABARITO DA QUESTÃO: ALTERNATIVA C.

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06. (ESAF - AFT - MTE - 2006) Em face dos princípios constitucionais da Administração Pública, pode-se afirmar que:

I. a exigência constitucional de concurso público para provimento de cargos públicos reflete a aplicação efetiva do princípio da impessoalidade.

II. o princípio da legalidade, segundo o qual o agente público deve atuar de acordo com o que a lei determina, é incompatível com a discricionariedade administrativa.

III. um ato praticado com o intuito de favorecer alguém pode ser legal do ponto de vista formal, mas, certamente, comprometido com a moralidade administrativa, sob o aspecto material.

IV. o gerenciamento de recursos públicos sem preocupação de obter deles o melhor resultado possível, no atendimento do interesse público, afronta o princípio da eficiência.

V. a nomeação de um parente próximo para um cargo em comissão de livre nomeação e exoneração não afronta qualquer princípio da Administração Pública, desde que o nomeado preencha os requisitos estabelecidos em lei para o referido cargo.

Estão corretas:

a) as afirmativas I, II, III, IV e V.

b) apenas as afirmativas I, II e IV.

c) apenas as afirmativas I, III e IV.

d) apenas as afirmativas I, III e V.

e) apenas as afirmativas II, III e V.

Resolução: Vamos analisar cada assertiva: a assertiva I está correta, pois a realização de concursos públicos reflete o princípio da impessoalidade. A assertiva II está incorreta, pois o princípio da legalidade é compatível com a discricionariedade administrativa.

A assertiva III está correta, pois um ato pode ser formalmente legal, mas pecar em seu mérito quanto à moralidade e à eficiência, por exemplo. A assertiva IV está correta, pois o princípio da eficiência preza a boa gestão dos recursos públicos com vistas ao bem comum. Por fim, a assertiva V está incorreta, pois o caso trazido ofende aos princípios da impessoalidade e da legalidade. GABARITO DA QUESTÃO: ALTERNATIVA C.

07. (ESAF - Analista de Planejamento e Orçamento - MPOG - 2010) A observância da adequação e da exigibilidade, por parte do agente público, constitui fundamento do seguinte princípio da Administração Pública:

a) Publicidade.

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b) Moralidade.

c) Legalidade.

d) Proporcionalidade.

e) Impessoalidade.

Resolução: O princípio da proporcionalidade, apesar de não estar no rol dos princípios constitucionais explícitos da administração pública, é importantíssimo na contemporaneidade. Consiste em observar a adequação entre os meios utilizados e os resultados pretendidos. Portanto, está correta a alternativa D. GABARITO DA QUESTÃO: ALTERNATIVA D.

08. (ESAF - AFRFB - 2005) Em relação à organização administrativa da União Federal, assinale a afirmativa verdadeira.

a) O contrato de gestão só pode ser celebrado entre a União Federal e as entidades descentralizadas.

b) As fundações públicas de direito público estão impedidas de exercer poder de polícia administrativa.

c) É possível, na esfera federal, uma empresa pública ser organizada sob a forma de sociedade anônima, sendo a União Federal a sua única acionista.

d) As agências reguladoras podem, no âmbito da Administração Indireta, assumir a forma de autarquias, fundações ou empresas públicas.

e) As denominadas fundações de apoio às instituições federais de ensino superior integram o rol da Administração Pública Indireta.

Resolução: Analisando as alternativas para encontrar a correta: a alternativa A está incorreta, pois o contrato de gestão pode ser celebrado entre a União e órgãos, entre órgãos e entidades da administração indiretas, ou entre as entidades. A alternativa B está incorreta, pois o poder de polícia, por ser atividade que só pode ser exercida por pessoa jurídica de direito público, pode ser exercida pelas fundações públicas de direito público.

A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. As empresas públicas podem ser organizadas, sim, em formato de sociedade anônima, e podem ser pluripessoais. A alternativa D está incorreta, pois as agências reguladoras não podem assumir a forma de entidades de direito privado, seja predominante ou não.

Por fim, a alternativa E está incorreta, pois as fundações de apoio às instituições federais de ensino superior são consideradas entidades do terceiro setor, não fazendo parte da administração indireta. GABARITO DA QUESTÃO: ALTERNATIVA C.

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09. (ESAF - ATRFB - 2006) A entidade da Administração Indireta, que se conceitua como sendo uma pessoa jurídica de direito público, criada por força de lei, com capacidade exclusivamente administrativa, tendo por substrato um patrimônio personalizado, gerido pelos seus próprios órgãos e destinado a uma finalidade específica, de interesse público, é a

a) autarquia.

b) fundação pública.

c) empresa pública.

d) sociedade de economia mista.

e) agência reguladora.

Resolução: Sabemos que as fundações públicas são dotadas de personalidade jurídica própria, de direito público, são criadas mediante um processo de autorização em lei específica e criadas, posteriormente, por força legal. Para iniciar suas atividades, as fundações públicas ainda precisam registrar o seu Estatuto. Portanto, a alternativa B traz a resposta correta para o que se pede no enunciado. GABARITO DA QUESTÃO: ALTERNATIVA B.

10. (ESAF - AFRFB - 2009) Quanto à organização administrativa brasileira, analise as assertivas abaixo e assinale a opção correta.

I. A administração pública federal brasileira indireta é composta por autarquias, fundações, sociedades de economia mista, empresas públicas e entidades paraestatais.

II. Diferentemente das pessoas jurídicas de direito privado, as entidades da administração pública indireta de personalidade jurídica de direito público são criadas por lei específica.

III. Em regra, a execução judicial contra o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA enquanto autarquia federal está sujeita ao regime de precatórios previsto no art. 100 da Constituição Federal, respeitadas as exceções.

IV. A Caixa Econômica Federal enquanto empresa pública é exemplo do que se passou a chamar, pela doutrina do direito administrativo, de desconcentração da atividade estatal.

V. O Instituto Nacional do Seguro Social - INSS enquanto autarquia vinculada ao Ministério da Previdência Social está subordinada à sua hierarquia e à sua supervisão.

a) Apenas os itens I e II estão corretos.

b) Apenas os itens II e III estão corretos.

c) Apenas os itens III e IV estão corretos.

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d) Apenas os itens IV e V estão corretos.

e) Apenas os itens II e V estão corretos.

Resolução: Analisando as assertivas: a assertiva I está incorreta, pois as entidades paraestatais não fazem parte da administração indireta. A assertiva II está correta, pois as entidades da administração indireta de direito público são criadas diretamente por lei, e não só autorizadas por lei, como as de direito privado.

A assertiva III está correta, pois as autarquias estão sujeitas ao regime de precatórios. A assertiva IV está incorreta, pois com as entidades da administração indireta ocorre a descentralização administrativa. Por fim, a assertiva V está incorreta, pois o INSS está vinculado, mas não hierarquicamente subordinado ao Ministério da Previdência Social. GABARITO DA QUESTÃO: ALTERNATIVA B.

11. (ESAF - Analista Técnico - SUSEP - 2010) Para que uma autarquia tenha existência regular, há a necessidade de observância dos seguintes procedimentos:

a) criação diretamente por lei, com inscrição de seu ato constitutivo na serventia registral pertinente.

b) criação diretamente por lei, sem necessidade de qualquer inscrição em serventias registrais.

c) criação autorizada em lei, com inscrição de seu ato constitutivo na serventia registral pertinente.

d) criação autorizada em lei, sem necessidade de qualquer inscrição em serventias registrais.

e) criação diretamente por lei, ou respectiva autorização legal para sua criação, sendo necessária a inscrição de seu ato constitutivo em serventias registrais, apenas nesta última hipótese.

Resolução: As autarquias são criadas diretamente por força de lei, sem necessidade de inscrição em registros públicos, como acontece com as sociedades de economia mista, por exemplo. Portanto, a alternativa D traz a resposta correta para o que se pede no enunciado. GABARITO DA QUESTÃO: ALTERNATIVA D.

12. (ESAF - Assistente Técnico Administrativo - MF - 2012) Acerca da organização do Estado e da Administração, analise as afirmativas abaixo, diagnosticando se são verdadeiras(V) ou falsas(F). Ao final, assinale a opção que apresente a sequência correta.

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( ) Entidades administrativas são as pessoas jurídicas que integram a Administração Pública formal brasileira, sem dispor de autonomia política.

( ) Uma entidade administrativa recebe suas competências da lei que a cria ou autoriza a sua criação. Tais competências podem ser de mera execução de leis e excepcionalmente legislativas strito sensu.

( ) As entidades administrativas não são hierarquicamente subordinadas à pessoa política instituidora.

( ) Entidades administrativas são pessoas jurídicas que compõem a administração direta.

a) V, V, V, F

b) V, F, V, F

c) F, V, V, F

d) V, F, F, V

e) V, V, F, V

Resolução: Vamos analisar as afirmativas e classificá-las como verdadeiras ou falsas. A primeira afirmativa é verdadeira, pois as entidades da administração indireta não possuem autonomia política. A segunda afirmativa é falsa, uma vez que as entidades da administração indireta não possuem a competência legislativa stricto sensu.

A terceira afirmativa é verdadeira, pois não existe subordinação hierárquica entre as entidades da administração indireta e as pessoas políticas que as instituem. Por fim, a quarta afirmativa é falsa, pois as entidades compões a administração indireta. A sequência correta é V, F, V, F. GABARITO DA QUESTÃO: ALTERNATIVA B.

13. (ESAF - Analista de Finanças e Controle - CGU - 2001) Leia atentamente os enunciados que se seguem:

1 - Relação entre dois sujeitos, na qual um impõe ao outro a sua própria vontade e lhe determina o comportamento.

2 - A atividade ou conjunto de atividades que tem como finalidade a administração do conflito em torno de bens públicos.

3 - Organização que detém o monopólio legítimo do uso da força em um dado território.

4 - Conjunto de pessoas que exercem o poder político e que determinam a orientação política de uma dada sociedade.

5 - Conjunto de atividades diretamente destinadas à execução concreta das tarefas ou incumbências consideradas de interesse público ou comum, numa coletividade ou organização estatal.

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Os enunciados acima referem-se, seqüencialmente, aos seguintes conceitos:

a) Administração Pública, Poder, Política, Estado, Governo

b) Poder, Estado, Governo, Política, Administração Pública

c) Poder, Administração Pública, Governo, Estado, Política

d) Administração Pública, Poder, Governo, Política, Estado

e) Poder, Política, Estado, Governo, Administração Pública

Resolução: Questão boa para fixar alguns conceitos importantes e ver o posicionamento da ESAF na abordagem destes temas. Vamos analisar cada conceito trazido no enunciado:

1) Quando se fala em uma relação entre dois sujeitos na qual um deles impõe suas vontades ao segundo, isto é a concepção de poder.

2) Administrar conflitos em torno de bens públicos, e em função de um bem comum é um dos conceitos que remetemos à política.

3) Já a organização que detém o poder de um determinado território é uma das definições para Estado, que evoluiu para um conceito que se aproxima de uma nação politicamente organizada.

4) Já Governo é o conjunto de pessoas que exercem o poder que lhes foi dado, de maneira transitória, num conceito mais contemporâneo. Para explicar melhor: mesmo que o governo adote uma forma de monarquia, e que possa durar anos e anos, o conceito de transitoriedade não vai deixar de existir. Somente o Estado, em condições normais (tempos de paz, etc.) é considerado como permanente.

5) Por fim, as atividades destinadas à execução das tarefas consideradas de interesse público, numa coletividade ou organização estatal, é um conceito para Administração Pública.

A ordem correta dos conceitos é Poder, Política, Estado, Governo, Administração Pública. GABARITO DA QUESTÃO: ALTERNATIVA E.

14. (FCC - Analista Judiciário - TRT 18 - 2013 - Adaptada) A Administração pública tem como principal finalidade:

a) a prestação de serviços aos cidadãos.

b) a conservação e aprimoramento de bens públicos.

c) a limitação dos princípios jurídicos que regem os órgãos, os agentes e as atividades públicas.

d) a ampliação da estrutura constitucional do Estado.

e) o estabelecimento de alicerces da formalidade e da materialidade.

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Resolução: Questão direta e didática da Fundação Carlos Chagas - FCC. Não restam dúvidas: pelo critério objetivo, a principal finalidade da administração pública, em sentido amplo, é a prestação de serviços ao cidadão. O cidadão é o maior interessado nas atividades desenvolvidas pela administração pública. GABARITO DA QUESTÃO: ALTERNATIVA A.

15. (ESAF - Analista Técnico Administrativo - MTUR - 2014) Assinale a opção em que consta princípio da Administração Pública que não é previsto expressamente na Constituição Federal.

a) Publicidade.

b) Eficiência.

c) Proporcionalidade.

d) Legalidade.

e) Moralidade.

Resolução: A Constituição Federal de 1988 trouxe, em seu texto original, a previsão de quatro princípios diretamente aplicáveis à Administração Pública: Legalidade, Impessoalidade, Moralidade e Publicidade. Com isso, podemos marcar a alternativa C como o gabarito da questão. Um detalhe: o princípio da eficiência só foi introduzido no texto constitucional por meio da Emenda Constitucional no 19, de 1998. GABARITO DA QUESTÃO: ALTERNATIVA C.

16. (ESAF - Analista - Instituto de Resseguros do Brasil - 2006) Considerando-se os princípios que regem a Administração Pública, relacione cada princípio com o respectivo ato administrativo e aponte a ordem correta.

(1) Impessoalidade

(2) Moralidade

(3) Publicidade

(4) Eficiência

( ) Punição de ato de improbidade.

( ) Divulgação dos atos da Administração Pública.

( ) Concurso Público.

( ) Pagamento por precatório.

( ) Escolha da melhor proposta em sede de licitação.

a) 1/3/4/2/2

b) 2/3/1/1/4

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c) 4/2/1/3/1

d) 3/4/2/1/4

e) 3/2/2/1/4

Resolução: A questão apresenta quatro princípios e alguns atos administrativos, e solicita para que seja feita a relação entre ambos. Vamos lá: uma punição por ato de improbidade está relacionado com o princípio da moralidade. Já a divulgação de atos da administração está relacionado com o princípio da publicidade.

A realização de um concurso público atende ao princípio da impessoalidade. O pagamento por precatório também expressa o princípio da impessoalidade. Por fim, a escolha da melhor proposta numa licitação atende ao princípio da eficiência. Com isso, a ordem correta é 2/3/1/1/4. GABARITO DA QUESTÃO: ALTERNATIVA B.

17. (ESAF - Agente Executivo - CVM - 2010) São características dos órgãos públicos, exceto:

a) integrarem a estrutura de uma entidade política, ou administrativa.

b) serem desprovidos de personalidade jurídica.

c) poderem firmar contrato de gestão, nos termos do art. 37, § 8o da Constituição Federal.

d) resultarem da descentralização.

e) não possuirem patrimônio próprio.

Resolução: Sabe-se que a administração pública direta é composta pelos órgãos ligados à estrutura dos três poderes constituídos, nas esferas federal, estadual e municipal. Além disso, os órgãos não possuem personalidade jurídica própria, pois são objetos de desconcentração administrativo. Portanto, a alternativa D não é uma característica dos órgãos públicos. GABARITO DA QUESTÃO: ALTERNATIVA D.

18. (ESAF - ATRFB - 2006) As sociedades de economia mista, constituídas com capitais predominantes do Estado, são pessoas jurídicas de direito privado, integrantes da Administração Pública Indireta, são regidas pelas normas comuns aplicáveis às empresas particulares, estando fora do âmbito de incidência do Direito Administrativo.

a) Correta esta assertiva.

b) Incorreta a assertiva, porque elas são pessoas jurídicas de direito público.

c) Incorreta a assertiva, porque eles são de regime híbrido, sujeitando-se ao direito privado e, em muitos aspectos, ao direito público.

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d) Incorreta a assertiva, porque seus capitais são predominantes privados.

e) Incorreta a assertiva, porque elas são de regime público, regidas exclusivamente pelo Direito Administrativo.

Resolução: O enunciado trata das sociedades de economia mista. São entes da administração indireta dotados de personalidade jurídica de direito privado, exploradores de atividade econômica ou prestadores de serviço público, e por isso se sujeitam ao regime jurídico de direito privado e também ao regime jurídico de direito público. Portanto o enunciado está parcialmente incorreto e a alternativa C é o gabarito da questão. GABARITO DA QUESTÃO: ALTERNATIVA C.

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01. (ESAF - AFRFB - 2009) Sobre a organização do Estado brasileiro, é correto afirmar que:

a) administrativamente, os municípios se submetem aos estados, e estes, por sua vez, submetem-se à União.

b) quando instituídas, as regiões metropolitanas podem gozar de prerrogativas políticas, administrativas e financeiras diferenciadas em relação aos demais municípios do estado.

c) quando existentes, os territórios federais gozam da mesma autonomia político-administrativa que os estados e o Distrito Federal.

d) o Distrito Federal é a capital federal.

e) embora, por princípio, todos os entes federados sejam autônomos, em determinados casos, os estados podem intervir em seus municípios.

02. (ESAF - Auditor Federal de Controle Externo - TCU - 2000) Observe os conceitos que se seguem:

1 - "Capacidade de imposição da própria vontade, a despeito da resistência de outro, visando a consecução de um determinado objetivo ou fim estipulado que um sujeito impõe".

2 - "Poder legítimo, revestido de consentimento, que se faz obedecer voluntariamente".

3 - "Dever legal e funcional, uma obrigação específica de administração fiel em troca de uma existência segura".

4 - "Detém o monopólio legítimo do uso da força em um dado território".

Marque a seqüência que expressa corretamente a ordem de apresentação dos conceitos acima.

a) Poder, Autoridade, Burocracia e Estado

b) Estado, Autoridade, Administração Pública e Governo

c) Autoridade, Estado, Administração Pública e Governo

d) Poder, Autoridade, Administração Pública e Estado

e) Poder, Autoridade, Administração Pública e Governo

03. (ESAF - Analista Técnico Administrativo - MF - 2013) São diretrizes para as medidas de fortalecimento da capacidade institucional, exceto:

a) organização da ação governamental por programas.

6- LISTA DE EXERCÍCIOS

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b) orientação para as prioridades do governo.

c) criação de níveis hierárquicos e aumento da amplitude de comando.

d) eliminação de superposições e da fragmentação de ações.

e) aumento da eficiência, eficácia e efetividade do gasto e da ação administrativa.

04. (ESAF - Auditor Federal de Controle Externo - TCU - 2000) Em relação aos princípios da Administração Pública é correto afirmar, exceto:

a) ao contrário dos particulares, que podem fazer tudo aquilo que a lei não veda, pelo princípio da legalidade, a Administração só pode realizar o que lhe é expressamente autorizado em lei

b) pelo princípio da finalidade, não se admite outro objetivo para o ato administrativo que não o interesse público

c) o princípio da publicidade impõe a publicação, em jornais oficiais, de todos os atos da Administração

d) a conduta ética do administrador deve-se pautar pelo atendimento ao princípio da moralidade

e) o princípio da legalidade impede que a Administração crie direitos de qualquer espécie mediante ato administrativo

05. (ESAF - AFRFB - 2000) Indique, nas opções abaixo, aquela que não se apresenta como um princípio da Administração Pública estabelecido pela Constituição de 1988.

a) Legalidade

b) Impessoalidade

c) Unidade

d) Moralidade

e) Publicidade

06. (ESAF - AFT - MTE - 2006) Em face dos princípios constitucionais da Administração Pública, pode-se afirmar que:

I. a exigência constitucional de concurso público para provimento de cargos públicos reflete a aplicação efetiva do princípio da impessoalidade.

II. o princípio da legalidade, segundo o qual o agente público deve atuar de acordo com o que a lei determina, é incompatível com a discricionariedade administrativa.

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III. um ato praticado com o intuito de favorecer alguém pode ser legal do ponto de vista formal, mas, certamente, comprometido com a moralidade administrativa, sob o aspecto material.

IV. o gerenciamento de recursos públicos sem preocupação de obter deles o melhor resultado possível, no atendimento do interesse público, afronta o princípio da eficiência.

V. a nomeação de um parente próximo para um cargo em comissão de livre nomeação e exoneração não afronta qualquer princípio da Administração Pública, desde que o nomeado preencha os requisitos estabelecidos em lei para o referido cargo.

Estão corretas:

a) as afirmativas I, II, III, IV e V.

b) apenas as afirmativas I, II e IV.

c) apenas as afirmativas I, III e IV.

d) apenas as afirmativas I, III e V.

e) apenas as afirmativas II, III e V.

07. (ESAF - Analista de Planejamento e Orçamento - MPOG - 2010) A observância da adequação e da exigibilidade, por parte do agente público, constitui fundamento do seguinte princípio da Administração Pública:

a) Publicidade.

b) Moralidade.

c) Legalidade.

d) Proporcionalidade.

e) Impessoalidade.

08. (ESAF - AFRFB - 2005) Em relação à organização administrativa da União Federal, assinale a afirmativa verdadeira.

a) O contrato de gestão só pode ser celebrado entre a União Federal e as entidades descentralizadas.

b) As fundações públicas de direito público estão impedidas de exercer poder de polícia administrativa.

c) É possível, na esfera federal, uma empresa pública ser organizada sob a forma de sociedade anônima, sendo a União Federal a sua única acionista.

d) As agências reguladoras podem, no âmbito da Administração Indireta, assumir a forma de autarquias, fundações ou empresas públicas.

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e) As denominadas fundações de apoio às instituições federais de ensino superior integram o rol da Administração Pública Indireta.

09. (ESAF - ATRFB - 2006) A entidade da Administração Indireta, que se conceitua como sendo uma pessoa jurídica de direito público, criada por força de lei, com capacidade exclusivamente administrativa, tendo por substrato um patrimônio personalizado, gerido pelos seus próprios órgãos e destinado a uma finalidade específica, de interesse público, é a

a) autarquia.

b) fundação pública.

c) empresa pública.

d) sociedade de economia mista.

e) agência reguladora.

10. (ESAF - AFRFB - 2009) Quanto à organização administrativa brasileira, analise as assertivas abaixo e assinale a opção correta.

I. A administração pública federal brasileira indireta é composta por autarquias, fundações, sociedades de economia mista, empresas públicas e entidades paraestatais.

II. Diferentemente das pessoas jurídicas de direito privado, as entidades da administração pública indireta de personalidade jurídica de direito público são criadas por lei específica.

III. Em regra, a execução judicial contra o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA enquanto autarquia federal está sujeita ao regime de precatórios previsto no art. 100 da Constituição Federal, respeitadas as exceções.

IV. A Caixa Econômica Federal enquanto empresa pública é exemplo do que se passou a chamar, pela doutrina do direito administrativo, de desconcentração da atividade estatal.

V. O Instituto Nacional do Seguro Social - INSS enquanto autarquia vinculada ao Ministério da Previdência Social está subordinada à sua hierarquia e à sua supervisão.

a) Apenas os itens I e II estão corretos.

b) Apenas os itens II e III estão corretos.

c) Apenas os itens III e IV estão corretos.

d) Apenas os itens IV e V estão corretos.

e) Apenas os itens II e V estão corretos.

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11. (ESAF - Analista Técnico - SUSEP - 2010) Para que uma autarquia tenha existência regular, há a necessidade de observância dos seguintes procedimentos:

a) criação diretamente por lei, com inscrição de seu ato constitutivo na serventia registral pertinente.

b) criação diretamente por lei, sem necessidade de qualquer inscrição em serventias registrais.

c) criação autorizada em lei, com inscrição de seu ato constitutivo na serventia registral pertinente.

d) criação autorizada em lei, sem necessidade de qualquer inscrição em serventias registrais.

e) criação diretamente por lei, ou respectiva autorização legal para sua criação, sendo necessária a inscrição de seu ato constitutivo em serventias registrais, apenas nesta última hipótese.

12. (ESAF - Assistente Técnico Administrativo - MF - 2012) Acerca da organização do Estado e da Administração, analise as afirmativas abaixo, diagnosticando se são verdadeiras(V) ou falsas(F). Ao final, assinale a opção que apresente a sequência correta.

( ) Entidades administrativas são as pessoas jurídicas que integram a Administração Pública formal brasileira, sem dispor de autonomia política.

( ) Uma entidade administrativa recebe suas competências da lei que a cria ou autoriza a sua criação. Tais competências podem ser de mera execução de leis e excepcionalmente legislativas strito sensu.

( ) As entidades administrativas não são hierarquicamente subordinadas à pessoa política instituidora.

( ) Entidades administrativas são pessoas jurídicas que compõem a administração direta.

a) V, V, V, F

b) V, F, V, F

c) F, V, V, F

d) V, F, F, V

e) V, V, F, V

13. (ESAF - Analista de Finanças e Controle - CGU - 2001) Leia atentamente os enunciados que se seguem:

1 - Relação entre dois sujeitos, na qual um impõe ao outro a sua própria vontade e lhe determina o comportamento.

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2 - A atividade ou conjunto de atividades que tem como finalidade a administração do conflito em torno de bens públicos.

3 - Organização que detém o monopólio legítimo do uso da força em um dado território.

4 - Conjunto de pessoas que exercem o poder político e que determinam a orientação política de uma dada sociedade.

5 - Conjunto de atividades diretamente destinadas à execução concreta das tarefas ou incumbências consideradas de interesse público ou comum, numa coletividade ou organização estatal.

Os enunciados acima referem-se, seqüencialmente, aos seguintes conceitos:

a) Administração Pública, Poder, Política, Estado, Governo

b) Poder, Estado, Governo, Política, Administração Pública

c) Poder, Administração Pública, Governo, Estado, Política

d) Administração Pública, Poder, Governo, Política, Estado

e) Poder, Política, Estado, Governo, Administração Pública

14. (FCC - Analista Judiciário - TRT 18 - 2013 - Adaptada) A Administração pública tem como principal finalidade:

a) a prestação de serviços aos cidadãos.

b) a conservação e aprimoramento de bens públicos.

c) a limitação dos princípios jurídicos que regem os órgãos, os agentes e as atividades públicas.

d) a ampliação da estrutura constitucional do Estado.

e) o estabelecimento de alicerces da formalidade e da materialidade.

15. (ESAF - Analista Técnico Administrativo - MTUR - 2014) Assinale a opção em que consta princípio da Administração Pública que não é previsto expressamente na Constituição Federal.

a) Publicidade.

b) Eficiência.

c) Proporcionalidade.

d) Legalidade.

e) Moralidade.

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16. (ESAF - Analista - Instituto de Resseguros do Brasil - 2006) Considerando-se os princípios que regem a Administração Pública, relacione cada princípio com o respectivo ato administrativo e aponte a ordem correta.

(1) Impessoalidade

(2) Moralidade

(3) Publicidade

(4) Eficiência

( ) Punição de ato de improbidade.

( ) Divulgação dos atos da Administração Pública.

( ) Concurso Público.

( ) Pagamento por precatório.

( ) Escolha da melhor proposta em sede de licitação.

a) 1/3/4/2/2

b) 2/3/1/1/4

c) 4/2/1/3/1

d) 3/4/2/1/4

e) 3/2/2/1/4

17. (ESAF - Agente Executivo - CVM - 2010) São características dos órgãos públicos, exceto:

a) integrarem a estrutura de uma entidade política, ou administrativa.

b) serem desprovidos de personalidade jurídica.

c) poderem firmar contrato de gestão, nos termos do art. 37, § 8o da Constituição Federal.

d) resultarem da descentralização.

e) não possuirem patrimônio próprio.

18. (ESAF - ATRFB - 2006) As sociedades de economia mista, constituídas com capitais predominantes do Estado, são pessoas jurídicas de direito privado, integrantes da Administração Pública Indireta, são regidas pelas normas comuns aplicáveis às empresas particulares, estando fora do âmbito de incidência do Direito Administrativo.

a) Correta esta assertiva.

b) Incorreta a assertiva, porque elas são pessoas jurídicas de direito público.

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c) Incorreta a assertiva, porque eles são de regime híbrido, sujeitando-se ao direito privado e, em muitos aspectos, ao direito público.

d) Incorreta a assertiva, porque seus capitais são predominantes privados.

e) Incorreta a assertiva, porque elas são de regime público, regidas exclusivamente pelo Direito Administrativo.

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1 E 07 D 13 E

2 A 08 C 14 A

3 C 09 B 15 C

4 C 10 B 16 B

5 C 11 D 17 D

6 C 12 B 18 C

7- GABARITO