Upload
rafael-santos
View
1
Download
0
Embed Size (px)
DESCRIPTION
Adubos
Citation preview
ADUBOS NITROGENADOS EFICIÊNCIA AGRONÔMICA ADUBOS NITROGENADOS De um modo geral, a eficiência agronômica dos
adubos nitrogenados não varia (são iguais) quando
aplicadas de acordo com as recomendações, isto é,
evitando perdas. O uso de uma fonte depende:
1 - Disponibilidade no local (nacional ou importado) 2 - Outros nutrientes na composição 3 - Dose aplicada (alta ou baixa) 4 - Forma de aplicação - Culturas Anuais - na linha - Culturas Perenes - projeção da copa ð Umidade 5 - Condições de solo ð Tipo de argila (alta atividade ou baixa). ð Textura, Compactação ð CTC, pH, etc... 6 - Condições de clima ð Chuvas (concentradas ou bem distribuídas) ð Temperatura (alta ou baixa) ð Distribuição Sist. Radicular (profundo ou superf.) 7 - Cultura ð Ciclo (anual ou perene) ð Variedade (Rústica ou alto potencial genético) ð Eficiência metabólica, etc..(Acumula NH4 ou NO3?)
8 - Outros: Densidade plantas; Incorporação; Irrigação; Rotação de culturas; Cobertura vegetal
2
De um modo geral a EFICIÊNCIA DOS ADUBOS NITROGENADOS pode
ser aumentada considerando-se alguns aspectos:
1 - Reduzir as perdas por Volatilização - Incorporação do adubo
A incorporação adequada de fertilizantes tanto por ocasião do plantio como no
caso da adubação de cobertura é de fundamental importância para se evitar as perdas
por volatilização de NH3, principalmente em solos alcalinos e/ou calcários.
Nas aplicações de N em cobertura, particularmente na forma amídica
(uréia/uran), deveria ser sempre incorporadas numa profundidade mínima de 2-3 cm.
2 - Parcelamento da adubação nitrogenada
Em geral recomenda-se o parcelamento quando:
ð A dose recomendada de N é alta (120-150 kg N/ha)
ð Solos arenosos
ð Solos argilosos com baixa CTC
ð Áreas sujeitas as chuvas com altas imtensidades;
ð Culturas de ciclo longo (café, laranja, etc)
ð Áreas de irrigação (Pivô, aspersão, etc)
Não se recomenda o parcelamento quando:
ð Dose baixa ou média (40-80 Kg N/ha);
ð Solos com alta CTC (textura média ,ou argilosa)
ð Áreas sujeitas as chuvas de baixas intensidade
ð Culturas de ciclo curto
3
Efeito do parcelamento do N (nítrica) na produção do CAFÉ
Dose 200 g N/cova (Malavolta, 1981)
APLICAÇÕES COLHEITA RELATIVA %
Sem N + PK 100
1 aplicação + PK 115
2 aplicações + PK 150
3 aplicações + PK 200
3 - Correção dos solos
- > CTC efetiva
- > crescimento radicular
3 - Espaçamento e Potencial de produção
- > espaçamento < eficiência
- > Potencial produção > eficência
4 - Uso de fertilizantes de solubilidade controlada (+ lenta)
- uréia revestida (S)
- inibidores da urease.
- supergrânulos de uréia
Urea-formaldehyde The rate of nitrogen release from urea-formaldehyde (U.F.) depends on the structure of the nitrogen source. Because shorter carbon-chained urea-formaldehyde molecules are more soluble and more easily assimilated by microorganisms than longer chained U.F. molecules, nitrogen is more quickly released from shorter chains. Sufficient media moisture and oxygen, media temperatures exceeding 55°F, and 5.5 < pH < 6.5 also promote the release of nitrogen from this water insoluble nitrogen source (Gilliam and Smith, 1980a). Urea-formaldehyde can also be used when nursery stock is overwintered. Encapsulated controlled-release fertilizers often rupture when frozen, releasing the total content of soluble material at one time, causing high soluble salts levels in the root zone and subjecting the roots to fertilizer injury. This would not happen with a U.F. based fertilizer.
Isobutylidene diurea (IBDU) , a urea-based controlled-release fertilizer, releases nitrogen with increasing media moisture and temperature. Fertilizer particle size and media pH influence the rate of nutrient release; smaller particle sizes and low pH accelerate the process.
4
MagAmp (magnesium ammonium phosphate) is a complete controlled-release fertilizer containing magnesium. Water solubility of MagAmp is minimal but sufficient enough to provide N, P, and Mg at levels that meet plant needs. Potassium has been added to this material, making it a complete fertilizer. Table 8 lists several controlled-release fertilizers which may be top-dressed or incorporated into the container media.
Remember to adjust fertilization rates according to plant age and size, species, and concentration of nutrients in the fertilizer. Always apply nutrients in a way so as to minimize leaching. Controlled-release fertilizers are most effective at planting time. For controlled-release fertilizers with an effective period of 8-9 months, an early spring application is appropriate; if the fertilizer has an effective period for only 3-4 months, an early spring application should be supplemented by a summer fertilization. Reduce fertilization rates after July 1.
If controlled-release fertilizers are used during overwintering, monitor media temperatures which may increase substantially in warm polyhouses.
• Warmer temperatures may trigger the release of excessive amounts of nitrogen and contribute to more rapid solubility of nutrients, resulting in fertilizer injury to the plants and accumulation of excessive levels of soluble salts during periods of reduced irrigation.
• Very cold temperatures can result in freezing of encapsulated controlled-release fertilizer forms, disrupting the resinous coat and releasing excessive amounts of nutrients into the rootzones of plants.
5
N - TRANSFORMAÇÕES NO SOLO 1. AMONIFICAÇÃO:
Heterotróficos
R NH H O NH ENERGIA R OH− + → + + −2 2 3
+
++ −
H O
N H O H2
4
2. NITRIFICAÇÃO:
Nitrosomonas (Autotróficos)
2 3 2 2 44 2 2 24NH O NO H O H− −+ → + +
Nitrobacter
2 22 2 3N O O N O− −+ →
Fatores relacionados c/ a nitrificação:
ü requer O2 > solos arenosos
ü libera H + acidificação solo por fertilizantes minerais e org.
ü depende do teor de M.O. - > população de microrganismos
- umidade do solo
- temperatura do solo
- pH do solo
6
3. DENTRIFICAÇÃO:
NO H O N OH3 2 2312
6− −+ → +
Solos alagados
DENITRIFICAÇÃO
ZONA OXIDAÇÃO
LÂMINA ÁGUA
NH NO4 3+ −→
ZONA REDUÇÃO
NO3−
NO3−
NH estavel4−
N O N2 2;
LIXIVIAÇÃO
7
4. IMOBILIZAÇÃO
è N utilizado na síntese de proteínas
è relação C:N > 30 imobilização.
A maior recuperação aparente de N aplicado foi observado no sistema de plantio direto, na dose de 60 kg/ha, em que 52% do N aplicado foi recuperado pela planta, enquanto que na dose de 240 kg/ha, a recuperação foi de apenas 12%. A baixa recuperação do N aplicado para doses elevadas, enfatiza a importância de ajustar as adubações nitrogenadas para o mais próximo possível da quantidade requerida pela cultura. ( apud; Raij, 1991; Coelho et al, 1992; Sá, 1993. ).
8
NECESSIDADE DE N DAS PRINCIPAIS CULTURAS
A adubação nitrogenada no milho é feita parte no plantio e o restante em cobertura. Sendo que as respostas a nitrogênio tendem a ser mais elevadas em solos cultivados a muito tempo, e nestes casos maiores quantidades de nitrogênio devem ser aplicadas. solos em pousio, recém desbravados ou que tiveram planto anterior com leguminosas, podem necessitar de menores doses de nitrogênio. No caso do milho a exportação de nutrientes dependente da cultivar, a eficiência de aproveitamento do N varia com a cultivar, por exemplo, o híbrido BR 201 apresenta maior relação de eficiência na conversão do N assimilado em grãos, e maior taxa de exportação deste nutriente pelos grãos. (Vasconcellos et al. 1998 - PAB, v.3, n.11, p.1835 - 1845).
CULTURA COLHEITA (t/ha)
N (kg/ha)
ARROZ 3,2 81
MILHO 6,4 305
TRIGO 3,0 125
CANA 100,0 132
FEIJÃO 1,0 102
SOJA 3,0 300
CAFÉ (COCO) 2,0 253
No sistema de plantio direto, mais de 70% do N total encontra-se acumulado nos grãos. (Fernandes et al. 1998. Rer.Bras.Ciê.Solo. v.22, n.2, p.247-254).
FUNÇÕES DO N COMPOSTOS FUNÇÕES
Amino Ac. & Proteínas ............... Estrutural, Reserva
Ác. nucleicos ............................... Metabolismo
Vitaminas ..................................... Enzimático
Pigmentos ..................................... Fotossíntese
9
ADUBOS NITROGENADOS URÉIA
a) Comportamento no solo:
CO(NH2)2 + 2H2O ⇔ (NH4)2CO3
(NH4)2CO3 ⇔ CO2 + 2NH3
2NH3 + H2O ⇔ NH4+ + OH-
⇓
b) Problemas:
M Presença de Biuretoso lof o l i a r
<<
1 5 %0 3 %
,,
M Fitotoxidez
M Perdas favorecidas por: ü temperatura elevada
ü alcalinidade
ü baixa CTC
ü altas doses.
2 6 2 4 44 2 3 2NH O NO H H O+ − ++ → + +
ADSORVIDO NITRIFICAD ABSORVID
10
SULFATO AMÔNIO
a) Comportamento do solo:
Acidificação
( )NH SO O NO H O H SO4 2 4 2 3 2 44 2 2 4+ → + + +− + =
Ca2+ + SO4=
⇓ lixiviação
Solos inundados:
SO H e H S H O
H S Fe FeS H
4 2 2
23
10 8 4
2
= + −
+ +
+ + → +
+ → +
Pirita
Solos alcalinos:
( ) ( )
( )
NH SO CaCO NH CO CaSO
NH CO H O NH H O CO
4 2 4 3 4 2 3 4
4 2 3 2 3 2 22
+ ⇔ +
+ ⇔ + +
Vantagens:
ü baixa higroscopiscidade
ü estabilidade
ü fonte S (24%)
Desvantagens:
M baixo teor de N (> custo transp. e armazenamento)
11
NITRATO DE AMÔNIO:
ð 34% N
ð muito usado na Europa
Desvantagens:
ð muito higroscópico
ð fogo e explosões
ð < eficiência em solos alagados
ð > velocidade nitrificação e lixiviação
ADUBOS NÍTRICOS
• Altamente lixiviável
• alta higroscopicidade
• alto índice salino
• efeito alcalino (geralmente)
Condições de uso:
- evitar solos alagados
- evitar adubação plantio
- indicado para cobertura em culturas com sist. radicular estabelecido
- solos ácidos reação alcalina
12
AQUAMÔNIA:
ð 16 a 21% N
ð pH 12 À 13
ð volatização
ð N NH− +4
NH OH NH OH4 4⇔ ++ −
ou NH H O3 2+
Vantagens:
- < lixiviação
- < preço
Desvantagens:
- perdas p/ volatilização
- incorporação (±15cm)
13
URAN
Composição: ð N - amídico ...................... 14%
ð N- nítrico ......................... 9%
ð N- amoniacal ................... 9%
32%
ð 28 - 32% N
ð uréia (32%) + nitrato amônio (51%) + água (18%)
Vantagens:
- indicado para adubação superficial (não incorporado)
* presença NO3−
* uréia líquida = < NH3
14
TOLERÂNCIA DE ALGUMAS CULTURAS À URÉIA APLICADA
VIA FOLIAR (Lima, 1979)
CULTURA % URÉIA Abacaxi ........................................................ 2,4 - 5,0 Alface ........................................................... 0,5 - 0,7 Alfafa ........................................................... 2,4 Algodão ........................................................ 2,4 - 6,3 Arroz ............................................................. 1,0 - 2,0 Banana ......................................................... 0,6 - 1,2 Batata ........................................................... 2,0 - 2,5 Beterraba ...................................................... 2,4 Cacau ........................................................... 0,6 - 1,2 Café .............................................................. 2,5 Cana-de-açúcar ............................................ 1,2 - 2,4 Cebola .......................................................... 2,4 Cenoura ....................................................... 2,4 Chá ............................................................... 1,2 - 2,4 Citros ............................................................ 0,6 - 1,2 Feijão ............................................................ 0,5 - 0,7 Fumo ............................................................. 0,3 - 1,2 Lúpulo ........................................................... 5,0 - 6,0 Maça .............................................................. 0,5 - 0,7 Manga ........................................................... 1,2 - 3,0 Milho ............................................................. 0,6 - 2,4 Morango ........................................................ 0,5 - 0,7 Pastagens ...................................................... 1,0 - 2,0 Pêssego .......................................................... 0,6 - 3,0 Pimenta ......................................................... 0,5 - 0,7 Plantas em estufa .......................................... 0,3 Repolho .......................................................... 0,7 - 1,4 Tomate ........................................................... 2,0 - 2,5 Trigo .............................................................. 1,0 - 2,0 Videira ........................................................... 0,4 - 0,5
15
PODER ACIDIFICANTE DE ALGUNS ADUBOS
100 kg de: kg CaCO3 necessários para neutralizar
Amônia anidra (82% de N) 148
Cloreto de amônio (26% de N) 140
Sulfato de amônio (21% de N) 110 DAP (16% de N) 88
MAP (10% de N) 60 Nitrato de amônio (16% de N) 60
Nitrocálcio (10% de N) 28 Sulfonitrato de amônio (19% de N) 84
Uréia (45% de N) 84 Cálcio Cianamida (20% de N) -63
NaNO3 -29 KCl 0
KNO3 -26 K2SO4.MgSO4 0
SSP - Superfosfato Simples 0 TSP - Superfosfato Triplo 0
Composto de lixo -7
Farelo de algodão 9 Sangue seco 23 Fonte: Tisdale & Nelson (1975); Pierre, 1993
16
EFEITO DO PARCELAMENTO DA ADUBAÇÃO NITROGENADA NO N ABSORVIDO, PRODUÇÃO RELATIVA E TEOR DE
PROTEÍNA DO MILHO
ADUBAÇÃO N total ABSORVIDO
PRODUÇÃO RELATIVA
PROTEÍNA
kg N/ha kg/ha ---------------- % -----------------
0 31,2 39 8,31
40 44,8 59 8,31
120 60,0 69 8,44
40+40 85,2 96 9,56
40+40+40 80,8 100 9,19
Fonte: Cantarella, et al, 1988 - Relatório Embrapa/Petrofértil
17
CARACTERÍSTICAS DOS FERTILIZANTES NITROGENADOS (Pesek et al, 1971)
Solubilidade em água
Fertilizantes Fórmula Peso molecular
Densidade Ponto de fusão
Ponto de ebulição
Fria Quente
0C g/100 g 0C g/100 g 0C
Cloreto de amônio NH CL4 53 1,53 340D* 520S* 29,7 0 75,8 100
Nitrato de amônio NH NO4 3 80 1,73 170 210 118,3 0 871 100
Sulfato de amônio ( )NH SO4 2 4 132 1,77 2350 70,6 0 103,8 100
Calciocianamida CaCN2 80 1300S D D
Nitrato de cálcio Ca NO( )3 2 164 2,50 561 102 0 364 100
Oxamida NH CO NH2 2 2 2( ) 88 1,67 2565 290D 0,04 7,5
Nitrato de sódio NaNO3 85 2,26 307 380D 73 0 180 100
Tiuréia NH CSNH2 2 76 1,41 180 D 9,8 12
Uréia NH CONH2 2 60 1,33 133 D 78 5
*D - Decompõe-se
*S - Sublima-se
0
20
40
60
80
N-a
mô
nia
vo
l. ac
um
., %
do
N a
plic
ado
Sulf. Am. Nit. Am. Uréia Uran SulfuranFontes/Modo Aplicação
Superficial Incorporado
Perdas de N - MILHOUberlândia/MG
76%
Plantio Direto
0
20
40
60
80
N-a
mô
nia
vo
l. ac
um
., %
do
N a
plic
ado
Sulf. Am. Nit. Am. Uréia Uran SulfuranFontes/Modo Aplicação
Superficial Incorporado
Perdas de N - MILHOUberlândia/MG
24%
Plantio Convencional