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JORDÃO & JORDÃO Advogados Associados EXMO. SR. DR. JUIZ FEDERAL DA VARA DO TRABALHO DA CAPITAL-SP ROSA MARIA CAVALINI PEREIRA; nascida aos 15/07/1958; filho de LAURA GONÇALVES CAVALINI; brasileira, casada, oficial administrativo; RG n° 16.610.188-SSP/SP; CPF/MF n° 249.720.978-25; CTPS n° 71798, série 00349-SP PIS/PASEP n° 10439985959 domiciliada na rua Vereador Pedro Brasil Bandecchi, 175, apartamento 13 Vila Amélia — São Paulo - SP CEP: 02615-040, por seus advogados, conforme instrumento de mandato em anexo (doc. 01) vem, perante V.Exa., propor a presente RECLAMAÇÃO TRABALHISTA COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA COM RITO ORDINÁRIO contra FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO SÃO PAU SECRETARIA DA SAUDE (HOSPITAL GERAL ' VILA NOVA CACHOEIRINHA) inscrita no CNPJ/MF n° 46.379.400/0001-50; Av. Rangel Pestana, 300 Centro — São Paulo — SP - CEP: 01017-911, Rua Machado Bittencourt, n° 317, 2° andar, Vila Clementino São Paulo - SP, CEP: 04044-000 — Tels/fax: 5573.61.66 e 5572.78.55 e-mail: jordaoadvRterra.com.br fls. 1

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EXMO. SR. DR. JUIZ FEDERAL DA VARA DO TRABALHO DA CAPITAL-SP

ROSA MARIA CAVALINI PEREIRA; nascida aos 15/07/1958; filho de LAURA GONÇALVES CAVALINI; brasileira, casada, oficial administrativo; RG n° 16.610.188-SSP/SP; CPF/MF n° 249.720.978-25; CTPS n° 71798, série 00349-SP PIS/PASEP n° 10439985959 domiciliada na rua Vereador Pedro Brasil Bandecchi, 175, apartamento 13 Vila Amélia — São Paulo - SP CEP: 02615-040,

por seus advogados, conforme instrumento de mandato em anexo (doc. 01) vem, perante V.Exa., propor a presente

RECLAMAÇÃO TRABALHISTA COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA

COM RITO ORDINÁRIO

contra FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO SÃO PAU SECRETARIA DA SAUDE (HOSPITAL GERAL'

VILA NOVA CACHOEIRINHA) inscrita no CNPJ/MF n° 46.379.400/0001-50; Av. Rangel Pestana, 300 Centro — São Paulo — SP - CEP: 01017-911,

Rua Machado Bittencourt, n° 317, 2° andar, Vila Clementino São Paulo - SP, CEP: 04044-000 — Tels/fax: 5573.61.66 e 5572.78.55

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pelos motivos de fato e de direito, a seguir, articuladamente, expostos:

I - DA CONCILIAÇÃO PRÉVIA

1. A Recte. deixa de acostar a Certidão de tentativa de conciliação prévia determinada pela Lei 9958/2000, em decorrência do artigo 5°, inciso XXXV da Constituição Federal, que justifica e legitima o ajuizamento da presente ação perante essa Justiça Especializada do Trabalho, motivo pelo qual, inconstitucional a referida Lei.

II — COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO

2. Preliminarmente, vale ressaltar, que a Reclamante foi contratada pelo Governo do Estado de São Paulo pelo regime da CLT, conforme cópia da Carteira de Trabalho anexa (doc. 02 a 08).

2.1. Sendo assim, nos termos do artigo 114, inciso I da Constituição Federal, introduzido pela Emenda Constitucional n° 45/2004, é competente essa Digna Justiça Especializada para processar e julgar o presente feito. É o que requer.

III - CONSIDERAÇÕES INICIAIS

3. A Recte. foi admitida na Recda. em 30/09/1993, através de Concurso Público, onde sempre exerceu a função de Oficial Administrativo, conforme cópia da sua CTPS anexa (docs. 02/08), recebendo salário de R$ 481,50 mais gratificação e adicionais, perfazendo a remuneração no mês de janeiro de 2012 de R$ 995,50, e no mês de março de 2012 sua remuneração foi reduzida para R$ 834,82, mesmo com o recebimento da gratificação e adicional por tempo de serviço, onde foram feitos descontos irregulares no importe de 10% dos valores anteriormente pagos relativos ao adicional de insalubridade no grau máximo. (docs. 17 e 19).

3.1. Porém, Exa., a Reclamante APÓS 19 (DEZENOVE) ANOS de labor na mesma função, recebendo adicional de insalubridade no grau mínimo até o mês 08 de 1998 e sendo lhe cone dido o adicional de insalubridade em seu grau máximo a partir de 29/09/1998 (do 74 a 77), simplesmente foi comunicada pela Reclamada que o referido Adicione I NÃO SERIA MAIS PAGO A PARTIR DE NOVEMBRO DE 2011 (docs. 78 a 80).

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Dessa forma, faz jus a Reclamante a TUTELA ANTECIPADA PARA RESTABELECIMENTO DO PAGAMENTO DO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE EM GRAU MÁXIMO, face a manifesta alteração unilateral de contrato, ofensa ao direito adquirido e princípio da irredutibilidade salarial, como melhor descrito e fundamentado abaixo, além da reposição dos valores que foram irregularmente descontados pelo não pagamento do referido adicional de insalubridade no grau máxima.

3.2. A Reclamante, em razão da redução salarial pelo corte no pagamento do adicional de insalubridade no grau máximo, foi obrigado a contratar empréstimos pessoais para sobreviver dignamente, motivo pelo qual, faz jus à competente reparação por danos morais, como demonstrado abaixo no respectivo item.

IV — TUTELA ANTECIPADA

4. Como já exposto nas considerações iniciais, nos termos dos artigos 273 c/c 461, ambos do CPC subsidiário, a Reclamante APÓS 19 (DEZENOVE) ANOS de labor na mesma função, recebendo adicional de insalubridade no grau mínimo até o mês 08 de 1998 e sendo lhe concedido o adicional de insalubridade em seu grau máximo a partir de 29/09/1998 (docs. 74 a 77), simplesmente foi comunicada pela Reclamada que o referido Adicional NÃO SERIA MAIS PAGO A PARTIR DE NOVEMBRO DE 2011 (docs. 78 a 80).

4.1. Na verdade, Exa., a Reclamante sempre exerceu a mesma atividade, qual seja, de oficial administrativo que, em resumo, é o de realizar todas as atividades administrativas para atendimento dos pacientes do Hospital (marcação de exames, etc.), e percebendo o adicional de insalubridade, como pode ser comprovado pelo demonstrativos de pagamento anexos (docs. 09 a 72).

4.2. Em 10.11.2011 foi realizado uma Avaliação da Insalubridade pela Reclamada (doc. 80) e, DE FORMA ABSURDA E CONTRADITÓRIA ENTENDEU QUE, SIMPLESMENTE, APÓS DEZENOVE ANOS LABORANDO NA MESMA FUNÇÃO, A RECLAMANTE NÃO ESTÁ MAIS EXPOSTA A QUALQUER AGENTE NOCIVO, SENDO O SEU GRAU DE RISCO ISENTO! Tal decisão foi publicada no Diário Oficial do dia 10.01.2012 (doc. 79).

Vale ressaltar, Exa., que o rol de atividades É O MESMO PELOS DEZENOVE ANOS, CUJA RECLAMADA SEMPRE RECONHECEU A EXISTÊNCIA DO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE, razão pela qual, declarar o contrário é o mesmo que ferir o princípio da irreduti i idade salarial e o do direito adquirido.

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E mais, a Reclamada a partir do mês de fevereiro de 2012, além de não pagar o adicional de insalubridade, PASSOU A DESCONTAR OS VALORES DOS ADICIONAIS PAGOS EM NOVEMBRO e DEZEMBRO DE 2011e JANEIRO DE 2012, como faz prova o anexo recibo de pagamento do mês de março a outubro de 2012 (docs. 10 a 17).

Requer, também, para melhor aferição dos seus direitos, a juntada por amostragem, dos recibos de pagamentos desde a data de sua admissão, comprovando que sempre recebeu o adicional de insalubridade, (docs. 09 a 73).

4.3. Portanto, Exa., tendo o adicional de insalubridade sido pago a Reclamante desde a sua admissão, tal verba foi incorporada ao patrimônio jurídico do trabalhador, motivo pelo qual, é ilegal a alteração unilateral realizada pela Reclamada, fazendo jus a Reclamante à manutenção do referido pagamento.

4.4. Some-se que, cortar o pagamento do adicional de insalubridade da Reclamante é o mesmo que ferir o direito adquirido previsto no artigo 5°, inciso XXXVI da Constituição Federal, bem como, ferir o Princípio da Irredutibilidade Salarial previsto no artigo 468 da CLT.

Além disso, Exa., a Súmula 248 do C.TST já pacificou a questão:

"248 - Adicional de insalubridade. Direito adquirido (Res. 17/1985, DJ 13.01.1986) A reclassificação ou a descaracterização da insalubridade, por ato da autoridade competente, repercute na satisfação do respectivo adicional, sem ofensa a direito adquirido ou ao princípio da irredutibilidade salarial."

Sendo assim, por qualquer ângulo que se analise a questão, requer se digne V.Exa., DECLARAR NULO O ATO QUE DETERMINOU O CORTE DO PAGAMENTO DO ADICIONAL, fazendo jus a Reclamante a TUTELA ANTECIPADA PARA RESTABELECIMENTO DO PAGAMENTO DO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE EM GRAU MÁXIMO, face a manifesta alteração unilateral de contrato, ofensa ao direito adquirido e princípio da irredutibilidade salarial.

4.5. Por outro lado, Exa., apenas por a or ao debate, como já exposto acima, os Laudos realizados pela Reclamada nã só se contradizem, como também, fere a Norma Regulamentadora.

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Ora, a Norma Regulamentadora 15 em seu Anexo 14, é clara ao preceituar que sequer há necessidade de realização de Perícia para apuração do adicional de insalubridade em razão do local de trabalho da Reclamante, ou seja, o fato do mesmo laborar num Hospital, já lhe garante o direito, motivo pelo qual, faz jus ao restabelecimento do pagamento.

4.5.1. Além de tudo isso, Exa., em caso semelhante, uma colega de trabalho da Reclamante (Sra, Edna Pereira da Silva Santos), que também exerce função administrativa na Reclamada, porém com contrato sob o regime estatutário, já teve o reconhecimento do adicional de insalubridade em grau máximo pelo Digno Juízo da 01a Vara da Fazenda Pública de São Paulo, processo n°0046395-42.2010.8.26.0053, cuja r. sentença segue em anexo (doc. 81), pedindo vênia para transcrevê-la em parte:

"...É O RELATÓRIO. FUNDAMENTO E DECIDO. Cabe julgamento antecipado da lide, posto que unicamente de direito a matéria colocada em debate, conforme artigo 330, inciso I, do Código de Processo Civil. Trata-se de ação em que a autora visa o restabelecimento do adicional de insalubridade na expressão de 40%, tal como vinha recebendo, bem como a não devolução da quantia já percebida em grau máximo, tendo em vista a sua diminuição para o grau mínimo. Inobstante os argumentos da contestação, a verdade é que a decisão administrativa de redução do adicional da autora, não se sustenta frente à lei. É bem verdade que a norma possibilita estimar o grau de influência mínima, média e máxima das condições de trabalho. Mas, levando-se em conta que a unidade hospitalar apresenta condição de insalubridade em seu grau máximo, por lógica conclusão, os servidores que nela desempenham suas funções estão submetidos a tal condição de trabalho. Se desde a implementação do adicional, as funções da requerente fora declarada em grau máximo, como que anos depois na mesma função o grau poderia ser qualificado com o grau mínimo, tendo em vista que por a requerente por laborar em hospital, está exposta a diversos agentes biológicos, seja pelo ar, nos pisos, respingos de sangue, dentre outros. Ora, com tais elementos de convicção, não há necessidade de produção de qualquer outra prova, haja vista a certeza da insalubridade máxima do ambiente onde trabalha a autora, a fazer concluir pela existência do direito reclamado na inicial. Ressalte-se o entendimento do E. Tribunal de Justiça de São Paulo em caso análogo: Ementa: Administrativo Auxiliar de serviços gerais em exercício em pronto socorro municipal. Adicional de insalubridade. Competência da Justiça Comum, em se cuidando de servidor estatutário. Pretensão ao pagamento da verba no grau máximo e não médio como vem recebendo a autora Prova pericial a apontar que o grau pretendido só seria devido se houvesse contato permanente com pacientes em isolamento, circunstância que não se verifica na espécie Improcedência que se sustenta Recurso desprovido. (TJSP- 13a Cam. Dir.Pub. apeL n° 0014395-05.2007.8.26.0405 v.u. j.26/10/11 reL Des. Ivan Sartori)..." (g.n.)

4.6. Não só isso, em outra reclamatória que tr perante o MM. Juízo da 4a (Quarta) Vara Federal do Trabalho — proce 000081586.2012.502.0004, um colega de trabalho Vanderlei Ramos Farias,

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o mesmo direito e que foi reconhecido pelo Laudo Técnico elaborado pelo Perito Oficial indicado a existência da insalubridade no grau máximo (doc. 82).

4.7. Pelo exposto, requer se digne esse MM. Juízo conceder a liminar "inaudita altera pars", determinando, ainda, a expedição de competente ofício à Recda. para que, com a urgência necessária, RESTABELEÇA O PAGAMENTO DO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE EM GRAU MÁXIMO, bem como, SEJAM DEVOLVIDOS OS VALORES IRREGULARMENTE DESCONTADOS REFERENTES AOS MESES DE NOVEMBRO e DEZEMBRO DE 2011 e JANEIRO DE 2012, além das parcelas vincendas até a data do efetivo restabelecimento. É o que requer.

4.7.1. Requer, igualmente que, nessa concessão de medida liminar "inaudita altera pars", seja a Ré condenada a pagar uma multa diária que o prudente arbítrio de V.Exa. determinar, na hipótese de não atendimento da ordem desse MM. Juízo. É o que se requer.

V — DANOS MORAIS

5. Como exposto acima, Exa., entende a Reclamante que deve ser ressarcida pelo absurdo ato unilateral da Reclamada, de redução dos seus salários após 19 ANOS, o que lhe gerou inúmeros problemas financeiros e, consequentemente, emocionais.

5.1. Ora, Exa., a Reclamante, diante da redução salarial de corte de 40% (quarenta por cento) referente ao adicional de insalubridade no seu grau máximo, o qual foi concedido a partir de 29/0911998, pois anterior a esta data era no montante de 20% o adicional de insalubridade no grau mínimo, ou seja sempre recebeu adicional de insalubridade, foi obrigada a realizar empréstimos pessoais para manter o sustento de sua família.

5.2. A decisão unilateral da Reclamada, s.m.j, fere a Dignidade da Pessoa Humana nos termos do artigo 1°, inciso IV da Constituição Federal, merecendo a Reclamante a sua devida reparação, já que evidente o seu desespero e humilhação, ao receber a notícia que após recebendo o adicional de insalubridade por todo o pacto laborai, o seu salário seria reduzido em 40% por um ABSURDO ATO INCONSTITUCIONAL REALIZADO PELA RECLAMADA e, ainda, sendo obrigada a aceitar as condições vexatórias de trabalho, razão pela qual, faz jus à reparação pelos danos morais sofridos.

5.3. Sendo assim, requer se digne V.Exa. jul jár o referido pleito procedente, culminando em indenização à base de 10 (dez) vees o

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valor do maior salário pago a Reclamante, qual seja, R$ 9.955,00 (nove mil, novecentos e cinquenta e cinco reais), conforme a mansa e pacifica jurisprudência tem decidido, até para que atinja a finalidade de desestímulo da empresa faltosa.

De qualquer forma, o prudente arbítrio desse MM. Juízo saberá avaliar o valor que deverá ser imposto à Recda., certamente, buscando atingir os objetivos das variáveis acima mencionadas. É o que requer.

VI — DOS JUROS (NATUREZA INDENIZATÓRIA)

6. Quanto aos juros moratórios, não deverá incidir imposto de renda, face a sua natureza indenizatória, como nos ensina o Mestre Washington de Barros Monteiro em sua Obra Curso de Direito Civil, 4° volume, 28a edição da Editora Saraiva, página 337:

"...I — Juros são o rendimento do capital, os frutos produzidos pelo dinheiro. Assim como o aluguel constitui o preço correspondente ao uso da coisa no contrato de locação, representam os juros a renda de determinado capital. De acordo com o artigo 60, do Código Civil, entram eles na classe das coisas acessórias.

Dividem-se em compensatórios e moratórios. Correspondem os primeiros aos frutos do capital mutua do empregado. Os segundos representam indenização pelo atraso no cumprimento da obrigação." (G. N.)

6.1. Ainda, Exa., há que se considerar os preceitos do parágrafo 1° , Inc. I do art. 46 da Lei n° 8.541/92 que manda excluir o imposto de renda dos juros dos rendimentos pagos em cumprimento de decisão judicial conforme os preceitos abaixo:

"Lei n° 8.541/92 Art. 46. O imposto sobre a renda incidente sobre os rendimentos pagos em cumprimento de decisão judicial será retido na fonte pela pessoa física ou jurídica obrigada ao pagamento, no momento em que, por qualquer forma, o rendimento se torne disponível para o beneficiário. § 1° Fica dispensada a soma dos rendimentos pagos no mês, para aplicação da alíquota correspondente, nos casos de: I — JUROS e indenizações por lucros cessantes; II - ..."

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6.2. Além disso, a questão foi pacificada com a mais recente Orientação Jurisprudencial n° 400 do C.TST, que pede vênia para transcrever:

"400. Imposto de renda. Base de cálculo. Juros de mora. Não integração. Art. 404 do Código Civil Brasileiro. (DeJT 02/08/2010)

Os juros de mora decorrentes do inadimplemento de obrigação de pagamento em dinheiro não integram a base de cálculo do imposto de renda, independentemente da natureza jurídica da obrigação inadimplida, ante o cunho indenizatório conferido pelo art. 404 do Código Civil de 2002 aos juros de mora."

6.3. Sendo assim, requer se digne V.Exa. determinar tenham os juros moratórios caráter indenizatório, não incidindo assim imposto de renda e contribuição previdenciária.

VII — CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS

7. Quanto às contribuições previdenciárias, como já restou latente, a Recda. está inadimplente com a Recte., motivo pelo qual, as referidas contribuições deverão correr por conta exclusiva da Recda. É o que requer.

VIII— INDENIZAÇÃO PERDAS E DANOS

8. A Reclamante teve inúmeros direitos trabalhistas tolhidos pela Reclamada como exposto acima, sendo obrigada a contratar advogado para recebê-los.

Dessa forma, com o advento do artigo 404 do CC, faz jus a Reclamante ao ressarcimento dos seus custos com honorários advocatícios, a título de perdas e danos.

A jurisprudência atual é clara nesse sentido:

"O Novo Código Civil em vigor desde de 2003 alterou o entendimento anteriormente esposado pela jurisprudência. (...) O trabalhador não pode ser condenado a arcar com as despesas de honorários advocatícios, pois foi obrigado a contratar advogado por culpa do empregador, que lhe sonegou as verbas a que tinha direito. Por outro

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lado, não há fundamento jurídico nem ético para se obrigar o advogado a trabalhar de graça em benefício — em última análise — de um infrator da lei (isto é, do perdedor da ação, que ficará assim isento de arcar com as despesas que acarretou para sua vítima). Portanto, o mínimo que o infrator tem de pagar são as verbas trabalhistas a que o empregado faz jus e as despesas que este teve para cobrar judicialmente tais verbas — incluídos aí, obviamente, os honorários de seu advogado. TRT 12a Região. RO 00393/2003. (Ac. 2a T. n. 12453/2004). In: DJSC, de 10.11.04."

8.1. Sendo assim, requer se digne V. Exa., condenar a Reclamada a pagar a Reclamante, indenização correspondente aos honorários advocatícios, à razão de 30% (trinta porcento) calculados sobre o valor da condenação.

IX — DO PLEITO

9. Ante o exposto, pleiteia:

MEDIDAS

a) CONCESSÃO DA TUTELA ANTECIPADA PARA REESTABELECIMENTO DO PAGAMENTO DO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE EM GRAU MÁXIMO; bem como, SEJAM DEVOLVIDOS DE IMEDIATO OS VALORES IRREGULARMENTE DESCONTADOS REFERENTES AOS MESES DE NOVEMBRO, DEZEMBRO DE 2011 e JANEIRO DE 2012, além das parcelas vincendas até a data do efetivo restabelecimento;

b) Aplicação de multa diária em caso de desobediência por parte da Recda.;

c) Ofícios à DRT, ao INSS e à CEF para que tomem as medidas administrativas cabíveis, pelo quanto exposto nesta inicial;

d) Não incidência dos juros moratórios no imposto de renda face o seu caráter indenizatório;

e) Contribuições Previdenciárias por conta exclusiva da Recda. inadimplente;

VERBAS

1) Devolução dos descontos indevidos conforme item 4.7

2) Multa diária a ser, igualmente, arbitrada na hipótese de desobediência por parte da Ré, conforme item 4.7.1

apurar

¡arbitrar

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3) Indenização por danos morais conforme item V R$ 9.955,00

Sub-Total R$ 9.955,00

4) Indenização Perdas e Danos (honorários advocatícios - 30%) conforme item VIII a apurar

Obs: O total apresentado se refere a uma estimativa dos direitos da Recte., com o valor real devendo ser apurado em regular execução de sentença.

9.1. Como se conclui, Exa., a Recda. jamais cumpriu com os seus deveres contratuais, motivo pelo qual, requer a Recte. seja ela condenada a lhe pagar todos os valores e títulos ora pleiteados que lhe deverão ser pagos com todos os acréscimos legais até a data do efetivo pagamento, estipulando-se como data de efetivo pagamento aquela na qual a Autora poderá, EFETIVAMENTE, dispor, a seu talante, dos valores a que for condenada a Recda., nos exatos termos do art. 39 e seu § 1° da Lei 8.177/91 que são claros ao preceituar que:

"...Art. 39. Os débitos trabalhistas de qualquer natureza, quando não satisfeitos pelo empregador nas épocas próprias assim definidas em lei, acordo ou convenção coletiva, sentença normativa ou cláusula contratual sofrerão juros de mora equivalentes à TRD acumulada no período compreendido entre a data do vencimento da obrigação e o seu efetivo pagamento. (G.N.)

§1° - Aos débitos trabalhistas constantes de condenação pela Justiça do Trabalho ou decorrentes dos acordos feitos em reclamatória trabalhista, quando não cumpridos nas condições homologadas ou constantes do termo de conciliação, serão acrescidos, nos juros de mora previstos no caput, juros de um por cento ao mês, contados do ajuizamento da reclamatória e aplicados pro rata die, ainda que não explicitados na sentença ou no termo de conciliação" (G.N.)

Por outro lado, assim como é pacífica a aplicação do regime de caixa para o desconto do IRF, não pode ser diferente a interpretação do que seja a data do efetivo pagamento. Ora, até a data do efetivo paga ento a Recte. não pode dispor, como lícito lhe seria, do crédito a que faz jus. A 'sim, até que possa dispor dos valores em suas mãos NÃO HÁ QUE SE FA R EM PAGAMENTO. No caso de depósito judicial há mera garantia. Não está co figurado o pagamento. Pagamento, na verdade, só ocorre com a TRADIÇÃO do din 'piro ao

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credor. Ora, assim, só haverá efetivo pagamento quando a Recte. puder dispor livremente dos seus créditos. É o que requer.

X - CONSIDERAÇÕES FINAIS

10. Todos os títulos aqui alinhavados deverão ser apurados em regular execução de sentença e calculados com fulcro na maior remuneração do obreiro, acrescidos de correção monetária, juros de mora e honorários advocatícios.

10.1. Requer ao Recte. seja a Recda. compelida a trazer com sua defesa, todos os documentos necessários para o deslinde do feito, sob pena de aplicação dos preceitos do artigo 359 do CPC.

10.2. Sendo assim, requer se digne V.Exa., determinar a NOTIFICAÇÃO da Recda. para, querendo, contestar o presente feito e acompanhá-lo até final decisão, que se requer julgue-o totalmente PROCEDENTE, condenando a Recda. nas providências e verbas requeridas, acrescidas de juros de mora que, para todos os efeitos de direito e, a teor das lições de Washington de Barros Monteiro devem ter natureza indenizatória e, portanto, compensatórios, motivo pelo qual, não deverão compor a base de cálculo de eventuais descontos fiscais e previdenciários, além da correção monetária. É o que se requer.

10.3. Requer a Recte. provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, especialmente pelo depoimento pessoal do representante legal da Recda., sob pena de CONFESSA, nos termos do Enunciado n°74 do TST, cuja aplicação antecipadamente se requer; por depoimentos de testemunhas, cujo rol será oportunamente juntado; pela juntada de outros documentos; por perícias; por exames; por vistorias, etc.

10.4. Requer, finalmente, se digne V.Exa. conceder a Recte. os benefícios da assistência judiciária gratuita conforme declaração assinada pela Autora anexa (doc. 83).

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11.5. Os patronos que esta subscrevem indicam o endereço da Rua Machado Bittencourt, n° 317, 2° andar, Vila Clementino, São Paulo-SP, CEP 04044-000, para recebimento das comunicações do presente feito.

11.6. Dá-se à presente o valor de R$ 30.000,00 (Trinta mil reais), apenas para os devidos efeitos legais de alçada.

Termos em que, P.Deferimento,

São Paulo, 28 cie novembro de 2013.

ANDRÉ D/ ILVA JORDÃO OAB/ n° 172292

Rua Machado Bittencourt, n°317, 2° andar, Vila Clementino São Paulo - SP, CEP: 04044-000 — Tels/fax: 5573.61.66 e 5572.78.55

e-mail: o rdaoadvRterra.com. br

12

Sentença:

Rosa Maria Cavalini Pereira Fazenda Pública do Estado

fls. 1

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fls. 2

PROCEDENTES

vencidas do adicional de insalubridade em grau máxim c34:5T7

data da supressão do adicional e sua efetiva implant folha de pagamento, além do reembolso dos valores v.ame:

descontados a titulo de adicional de insalubridade aos meses de novembro/2011 a janeiro/2017 (fls. 11, do pedido); indenização por dano moral arbitradaem --3,$Wt atualizável a partir desta data; juros e correção ro7tetár

ulas n

381 e 439 do C.TST).

A reclamada restabelecerá, de imedlato, o athconal de insalubridade em grau máximo na folha de pagamento reclamante. Reputo presentes os requisitos do art. 273 Tratando de adicional reconhecido com base em consisten ureva pericial 142/14/v'), verba de carater ilicitamente s2,1p imida pela reclamada, não se cogita da hipoteee prevista no art. 2-33 da L. 9.494/97. Interpretação levaria ã conclusão absurda de se impedir a imediata in*.e do Poder Judiciário (CF 5", XXXV) na hipótese de supressão de parcela salarial por parte de empregador da Administração Publica,

Th.V1W.P1'7

fls. 3

ilonerarios periciais arbitrad em R$2. atualizâveis, a cargo da reclamada, sucumbente.

Aplicáveis aa prerrogativas do Decreto-bem como dc art. -F da 494/92 à reclamada.

reclamada fará a regularização da pa ament cor,. implantação das do adicional de insalridac.: em grau maxinR no prazo de 30 (trinta) dias após a :i.érleiH desta decisão, independentemente da apresentação de eventuai recursos, sob pena de responder por multa daria (CPC 461, § 4'), valor atualizável e passivel de , rturt, reexame (CPC 461, § 6'), sem prejuízo de , ntual responsabilidade do administrador pelo descumprimente orde judicial, hem como da eventual. responsabilidade por priu.zo erário, como previsto no art. 10, I, da L, 8.429/92. mandado para o cumprimento da obrigação, com ce ciência. A reclamada terá ciência da sentença por âo entrega do mandado. Intime-se a reclamante.

4 ;'..t.

PODER JUDICIÁRIO FEDERAL Justiça do Trabalho - 2a Região

0003198-86.2013.5.02.0041

PROCESSO TRT/SP N.° 0003198-86.2013.5.02.0041 4' Turma ORIGEM: 41a VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO RECURSO ORDINÁRIO RECORRENTE: FAZENDA PÚBLICA ESTADO DE SÃO PAULO RECORRIDO: ROSA MARIA CAVALINI PEREIRA

Contra a r. sentença de fls.152/155, cujo relatório adoto, que julgou a reclamação trabalhista procedente em parte, recorre ordinariamente a reclamada consoante as razões de fls.157/161.

A demandada requer a reforma da r. decisão de origem no tocante ao adicional de insalubridade e dano moral.

Custas processuais isentas nos termos do artigo 790-A da CLT.

Contrarrazões apresentadas às fls.165/167

Parecer da d. Procuradoria do Trabalho às fls.171/173.

É o relatório.

VOTO

I.DOS PRESSUPOSTOS

Conheço do apelo interposto, eis que preenchidos os pressupostos processuais de admissibilidade.

II.DO RECURSO

11.1.D0 ADICIONAL DE INSALUBRIDADE

Sustenta a recorrente que a legislação estadual assegura o pagamento do adicional de insalubridade após a realização de laudo técnico, produzindo seus efeitos apenas com a homologação respectiva. Alega que em razão da necessidade de reavaliação de laudos existentes, na

fls. 1

data de 10/11/2011, mais de oito anos após a elaboração do anterior, que concluiu que o adicional de insalubridade era devido em grau máximo, foi homologada nova avaliação realizada pelo Departamento de Perícias Médicas do Estado de São Paulo, que concluiu pela não concessão do respectivo adicional, pelo que entende indevido o adicional em questão.

Pois bem.

Tendo em vista que a controvérsia no caso em tela reside na presença ou não de insalubridade no local de trabalho da autora, que labora desde 30/09/1993 como oficial administrativa para a demandada (Hospital Geral de Vila Nova Cachoeirinha), foi determinada a realização de perícia técnica por profissional de confiança do juízo.

Na vistoria realizada in loco, com o acompanhamento de representantes da reclamada, inclusive do Sr. Vanderlei Ramos Farias que exerce as mesmas funções periciandas, concluiu o Sr. expert que (fls.142/147):

"Há insalubridade, em grau máximo, nas atividades e funções desenvolvidas pelo reclamante, de acordo com a Lei 6.514, de 22 de dezembro de 1977, da NR 15, da Portaria 3214/78, do Ministério do Trabalho".

Na descrição das atividades desempenhadas pela demandante, consignou o Sr. Perito que:

"A reclamante, de acordo com as informações recebidas das pessoas que nos acompanharam durante a diligência,... como oficial administrativa, era responsável pelo atendimento ao público, agendamento de exames e consultas. Preparava documentação para remoção de pacientes internados na emergência ou nos andares para outros hospitais. Fazia contato telefônico e aguardava a informação para o local onde será levado o paciente. Não ministrava medicamentos ao paciente. Não existe área de isolamento na emergência, somente nos andares, mas existe isolamento do Pronto Socorro Infantil. Adentram na área de isolamento para pegar informações e dados do paciente com o próprio paciente ou algum familiar... Atendia entre 200 e 300 pacientes por dia, sendo transferidos uma média de 10 pacientes por dia por suspeita de doença infecto contagiosa..."(g.n.).

Releva notar que a reclamada não logrou desconstituir de forma robusta e insofismável as conclusões exaradas pelo perito nomeado pelo juízo, também não apresentou impugnação ao laudo elaborado, tampouco compareceu na audiência designada ("Ausente o (a) reclamada e seu advogado"- fls.151).

Neste contexto, considerando que na perícia realizada por vistor de confiança do juízo foi constatada a insalubridade nas atividades desenvolvidas pela autora, a qual adentrava área de isolamento e tinha contato com pacientes com suspeita de doenças infecto contagiosas, mantenho a r. decisão de origem, inclusive quanto ao reembolso dos valores indevidamente descontados a título de adicional de insalubridade.

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fls. 2

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PODER JUDICIÁRIO FEDERAL Justiça do Trabalho - 2a Região

0003198-86.2013.5.02.0041

11.2.D0 DANO MORAL

Assevera a recorrente que a condenação no pagamento de dano moral não pode subsistir, pois não comprovada a culpa, necessária à caracterização do instituto, eis que os descontos realizados foram feitos com respaldo na legislação estadual e no laudo elaborado pelo DPME.

Em linhas gerais, a configuração do dano moral está relacionada às consequências prejudiciais sofridas pela pessoa, seja de ordem física ou psíquica, decorrentes de ato ou procedimento do empregador, atingindo a dignidade pessoal do ofendido e ultrapassando os aspectos ligados à relação de emprego, com reflexos na vida social do empregado.

Evidente que a atitude da reclamada de proceder ao desconto do adicional de insalubridade causou prejuízos à reclamante. No entanto, tais foram de ordem material e não moral, mormente por não ter sido comprovado nos autos qualquer situação humilhante ou prejuízo psíquico ocorridos em virtude dos descontos.

Assim, reformo a r. decisão de origem para excluir da condenação o pagamento de indenização por dano moral.

Isto posto, ACORDAM os Magistrados da 4a Turma do Tribunal

Regional do Trabalho da 2a Região em conhecer do apelo da reclamada e, no mérito DAR-LHE PROVIMENTO PARCIAL para excluir da condenação o pagamento de indenização por danos morais, nos termos da fundamentação do voto da Relatora. Mantém-se, no mais, o decidido na origem.

IVETE RIBEIRO Desembargadora Relatora

8

3

fls. 3

PODER JUDICIÁRIO FEDERAL JUSTIÇA DO TRABALHO - TRT 2a Região

101 f- 10/02/2015

São Paulo, 03 de

PROC. TRT/SP No 00031988620135020041 RECORRENTE(S): Fazenda Pública Estado São Paulo RECORRIDO(S): Rosa Maria Cavalini Pereira

Nesta data, certifico que a conclusão do V.Acordão no 20150092770 -foi publicada no Diário Oficial Eletrônico deste Tribunal, em 03 de março de 2015, terça-feira. Decorrido o prazo legal sem a interposição de'recurso, os autos retornarão à Vara de origem, ficando dispensada a emissão de certidão de trânsito em julgado, nos termos do art.146 da Consolidação das Normas da Corregedoria. Regional - Provimento GP/CR no 13/2006.

São Paulo, 03 de março de 2015.

Márcia Mar a Moreira Secretária da 4a Turma

Certifico e dou fé que, nos termos do Provimento GP/CP 18/2006, o Exmo Sr. Procurador da Fazenda do Estado de São Paulo foi intimado da DECISÃO proferida para o processo supra, constante do Edital n° 599/2015 (arquivado em Secretaria), nesta data.

Márcia Mar Secretária da

de 2015

Moreira uarta Turma

PROCURADORIA GERAL DO ESTADO PROCURADORIA JUDICIAL

OBRIGAÇÃO DE FAZER

DESTINO: SECRETARIA DA SAÚDE

INTERESSADO(A) : ROSA MARIA CAVALINI PEREIRA

PROCESSO N°: 0003198-86.2013.5.02.0041

Ilma. Procuradora Chefe da 7' Sub. Procuradoria,

A Fazenda Pública do Estado de São Paulo foi intimada a cumprir a OBRIGAÇÃO DE FAZER que consiste no apostilamento do direito ao adicional de insalubridade em grau máximo, nos termos da // sentença e acórdão anexos.

Requer, assim, seja a determinação judicial levada ao conhecimento da Secretaria acima indicada para as devidas providências e posterior envio do comprovante de cumprimento a ser juntado aos autos.

Requer, outrossim, que após o apostilamento, seja o mesmo encaminhado à Secretaria da Fazenda imediatamente, para averbação e regularização da folha de pagamento.

À superior apreciação.

São Paulo, 06 de maio de 2015.

LUCAS PESSOA MOREIRA

Procurador do Estado

OAB/SP N° 329.426

Rua Maria Paula, 67, Bela Vista, São Paulo-SP 2013.01.282205

DDPE - FAZENDA CONSULTA AO HISTORICO FINANCEIRO MPAPPGA1 02/07/15 DEMONSTRATIVO DE PACTO - SERV./NAO SERVID. FOLHA NORMAL 06/15

RS/PV 009057900 02 ROSA MARIA CAVALINI PEREIRA RG= 00016610188 CGO/F.A.= 3921 ENCARREGADO 1 CPF= 249720978 25 CATEGORIA- C REGIME RETRIBUIT.= 29 ESC.VCTO= 05 TAB.VCTO= 1 PADRAO= 001 UA= 83975 H.G.D.ALVARO S.SOUZA-VL.N.CA UCD- 01 141 OR/UO/UD/MUN= 09 006 018 100 BCO/AG.= 001 B. BRASIL 6844 FREGUESIA SAO PAULO N.CTA= 0017390 8

TK.ALIM-, 22 VAL FGTS 0,00 FGTS 13.SAL 0,00 DT PACTO 07/07/15 PERIODO COD. DENOMINACAO V/D NAT OTDE. UNID. VALOR DE ATE 001001 SALARIO BASE N VAL 444,05 0615 004074 GRATIFICACAO EXECUTIVA N 7,5435 PER 754,35 0615 009001 ADICIONAL TEMPO DE SERVIDO N 004 QUI 88,81 0615 010001 SEXTA-PARTE N VAL 88,81 0615 010009 SEXTA-PARTE SOBRE ADC.INSAL N VAL 23,81 0615 012001 ADIC.INSALUBRIDADE-EFP I 10,00 PER 401' 142,87 0615 012020 AUXILIO TRANSPORTE N 020 VAL 197,43 0615 023007 13.SALARIO-ANTECIPACAO - LC N VAL 771,34 0615 070006 IAMSPE E 2,00 PER 30,85- 0615 070009 INSS N 9,00 PER 206,34- 0615

PAP028 - EXISTE TELA DE CONTINUACAO PAP344-TELA 01 DE 02 EXIBIR TELA

DDPE - FAZENDA CONSULTA AO HISTORICO FINANCEIRO MPAPPGA1 02/07/15 DEMONSTRATIVO DE PACTO - SERV./NAO SERVID. FOLHA NORMAL 06/15

RS/PV= 009057900 02 ROSA MARIA CAVALINI PEREIRA RG= 00016610188 CCO/F.A.= 3921 ENCARREGADO I CPF= 249720978 25 CATEGORIA= C REGIME RETRIBUIT.- 29 ESC.VCTO= 05 TAB.VCTO= 1 PADRAO= 001 UA= 83975 H.G.D.ALVARO S.SOUZA-VL.N.CA UCD= 01 141 OR/UO/UD/MUN- 09 006 018 100 BCO/AG.= 001 B. BRASIL 6844 FREGUESIA SAO PAULO N.CTA= 0017390 8

TK.ALIM= 22 VAL FGTS 0,00 FGTS 13.SAL 0,00 DT PACTO 07/07/15 PERIODO COD. DENOMINACAO V/D NAT OTDE. UNID. VALOR DE ATE 097185 BANCO DO BRASIL S/A 1\1 VAL 318,58- 0615

TOTAIS==> VCTOS= 2.511,47 DESC.= 555,77 LIO.=

1.955,70 PAP341 - CONSULTA CONCLUIDA - TECLE PF8 SE DESEJA MUDAR DE MES PAP344-TELA 02 DE 02 EXIBIR TELA

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Tribunal Regional do Trabalho da 2a Região / Acompanhamento Processual em 1" Instâ... Página 1 de 5

Acompanhamento Processual em 1a Instância

PODER JUDICIÁRIO FEDERAL Justiça do Trabalho - 2a Região

Processo : São Paulo - Capital

Vara: 041 - 0003198862013502004

Distribuído em 29/11/2013

AÇAO TRABALHISTA (ORDINÁRIO)

Autor : Rosa Maria Cavalini Pereira

Advogado : ANDRE DA SILVA JORDAO

Réu : Fazenda Pública do Estado de São Paulo - Secretari

Solução : Procedência em parte de Ação em 27/05/2014

Data(s) Trámite(s)

08/05/2015 Recebimento de autos - AÇÃO TRABALHISTA (ORDINÁRIO)

Por devolução em razão de carga/vista

Prevista: 04/05/2015 - Fazenda Pública do Estado de São Paul

24/04/2015 Entrega em carga/vista de AÇÃO TRABALHISTA (ORDINÁRIO)

Fazenda Pública do Estado de São Paulo --Réu

e (0011 )00000001, São Paulo-SP

23/04/2015 Expedição de Intimação Contestar Cálculos

Doc : 02080/2015

Re1:00001/2015 Envio: EM MÃOS

Nome: Fazenda Pública do Estado de São Paulo - Secretar

22/04/2015

Recebimento de autos - AÇAO TRABALHISTA (ORDINÁRIO)

Por devolução em razão de carga/vista

Prevista: 13/04/2015 - ANDRE DA SILVA JORDAO

17/04/2015

Protocolo de Petição de Apresentação Cálculos Liquid.

Número do Protocolo: 8504856

Nome: Rosa Maria Cavalini Pereira

08/04/2015 Publicação de Intimação Apresentar Cálculos

Para o(s) Autor(es) Ed.N0 3018 Sol.N0 4495

http://aplicacoes5Artsp.jus.br/consultasphp/public/index.plip/primeirainstancia 02/07/2015

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DA FAZENDA

CAF/DDPE

PROCESSO PJ/F 282205/2013 PROCESSO N.° : 0003198-86.2013.5.02.0041 - LIP - VI INTERESSADO : ROSA MARIA CAVALINI PEREIRA ASSUNTO : OBRIGAÇÃO DE FAZER

OBJETO DA AÇÃO:

Direito ao recebimento do Adicional de Insalubridade na razão de 40%, (grau máximo) instituído pela LC 432 de 19/12/1985, com alterações posteriores.

FÓRMULA DE CÁLCULO:

• Adicional de insalubridade:

40% sobre grau máximo

OBSERVACOES:

• Observamos que a autora se encontram percebendo a referida vantagem no grau mínimo (10% )

•Deverá ser observada a prescrição quinquenal eis que o ajuizamento da ação operou-se em 29/11/2013.

-ADERVANDO Diretor Técnico

DA SILVA JUNIOR ivisão da Fazenda Estadual

GOVERNO DO ESTADO DE SAO PAULO SECRETARIA DA FAZENDA

CAF/DDPE

PROCESSO PJ/F : 282205/2013 PROCESSO N.° : 0003198-86.2013.5.02.0041 - 412 - VT INTERESSADO : ROSA MARIA CAVALINI PEREIRA ASSUNTO : OBRIGAÇÃO DE FAZER

Trata o presente do cumprimento da Obrigação de Fazer, face a ação movida por: ROSA MARIA CAVALINI PEREIRA.

Juntamos às fls.26, a fórmula de cálculo para cumprimento do julgado face a manifestação do Procurador da causa às fls. 21, muito embora não constou no presente os termos do artigo 7° do Decreto n.° 28.055.87.

Cumpre-nos ainda informar, que o cumprimento da Obrigação de Fazer é de competência da Secretaria da Saúde .

Outrossim, cabe esclarecer a necessidade de ser juntada ao respectivo expediente que será direcionado às Secretarias competentes para o cumprimento da Obrigação de Fazer, bem como para SPPREV, cópia da certidão de trânsito em julgado, tudo para atendimento à Portaria do Diretor Presidente da São Paulo Previdência-SPPREV n° 25/2012 e Instrução n° 01/2002-2 do TCE

Isto posto, encaminhe-se o presente à d. Procuradoria Judicial, a fim de que o Procurador da causa se digne conhecer e adotar as medidas cabíveis.

DDP/CIPJ, em 02 de Julho de 2015.

À P.J

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE COORDENADORIA GERAL DE ADMINISTRAÇÃO

CENTRAL DE PROTOCOLO EXPEDIÇÃO E ARQUIVO

TERMO DE APENSAMENTO

Nesta data, atendendo à solicitação da Douta Consultoria

Jurídica da Pasta, apensamos ao processo n° 001/0941/282.205/2013

o processo n° 001/0001/005.056/2013.

Devidamente providenciado, encaminhe-se a unidade supra.

CGA/CPEA/PROTOCOLO

27/07/2015

Saidinha de J csïvca glettani Diretor-I

CGA/CPEA/PROTOCOLO

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE

CONSULTORIA JURÍDICA

Fls 29

N° DO PROCESSO 001/0941/282.205/2013

DATA DE ENTRADA: 28/ 07 /2015

DISTRIBUIDO AO DR(a): Nuhad

EM 28/07_1_2015_

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE

CONSULTORIA JURÍDICA

Processo n° 001/0941/282.205/2013 (Apenso 001/0001/005.056/2013)

Interessado: ROSA MARIA CAVALINI PEREIRA

(Reclamação Trabalhista n° 0003198-86.2013.5.02.0041 da 41' Vara do

Trabalho/SP — Banca: 72-D).

Ao GGP-NAA,

para cumprimento da OBRIGAÇÃO DE FAZER, em

caráter de URGÊNCIA, devendo ser a eles juntados todos os elementos hábeis à defesa do

Estado em Juízo, inclusive cópias de todos os documentos, processos ou expedientes

referentes ao assunto.

C.J., em 30 de julho de 2015.

NUHAD SAI OLIVER Procuradora do E tado Chefe da

Consultoria Jurídica

sb

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE COORDENADORIA DE RECURSOS HUMANOS

GRUPO DE GESTÃO DE PESSOAS CENTRO DE LEGISLAÇÃO DE PESSOAL

Fls. 31

GGP/CLP

PROCESSO N°. 001/0941/282.205/2013 (AP N°. 001/0001/005.056/2013)

INTERESSADO: ROSA MARIA CAVALINI PEREIRA

ASSUNTO: RECLAMAÇÃO TRABALHISTA

Encaminhem-se os autos ao Centro de Controle de

Recursos Humanos para que seja providenciada a competente Portaria, DECLARANDO, à

vista de decisão judicial transitada em julgado, constante do Processo N. 0003198-

86.2013.5.02.0041 (41a Vara do Trabalho/SP), PJ/F N.° 2013.01.282205 e AP N.°

001.0001.005056.2013, ROSA MARIA CAVALINI PEREIRA, RG n°. 16610188

classificada no Hospital Geral "Dr. Álvaro Simões de Souza" em Vila Nova Cachoeirinha, faz

jus ao "direito ao recebimento do Adicional de Insalubridade em grau máximo (40%) e

sua efetiva implantação em folha de pagamento, além do reembolso dos valores

indevidamente descontados a título de adicional de insalubridade de novembro/2011 a

janeiro de 2012".

CLP, em 12 de agosto de 2015.

ORLANDO lur, ,GADO FERNANDES DIRET R TÉCNICO II

JM