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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ – UNIVALI PRÓ-REITORIA DE PESQUISA, PÓS-GRADUAÇÃO, EXTENSÃO E CULTURA – PROPPEC CENTRO DE EDUCAÇÃO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E JURÍDICAS – CEJURPS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM CIÊNCIA JURÍDICA – PPCJ CURSO DE DOUTORADO EM CIÊNCIA JURÍDICA – CDCJ ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: CONSTITUCIONALIDADE, TRANSNACIONALIDADE E PRODUÇÃO DO DIREITO AFETO E ECONOMIA: REFLEXÕES SOBRE O DUPLO DISCURSO NO DIREITO DE FAMÍLIA E A APLICAÇÃO DA ANÁLISE ECONÔMICA DÓRIS GHILARDI Itajaí-SC 2015

AFETO E ECONOMIA: REFLEXÕES SOBRE O DUPLO …siaibib01.univali.br/pdf/Doris Ghilardi.pdf · Às minhas irmãs que tenho um amor profundo, ... Capitalismo: É um sistema ... ensayo

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ – UNIVALI

PRÓ-REITORIA DE PESQUISA, PÓS-GRADUAÇÃO, EXTENSÃO E CULTURA – PROPPEC

CENTRO DE EDUCAÇÃO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E JURÍDICAS – CEJURPS

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM CIÊNCIA JURÍDICA – PPCJ

CURSO DE DOUTORADO EM CIÊNCIA JURÍDICA – CDCJ

ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: CONSTITUCIONALIDADE, TRANSNACIONALIDADE E

PRODUÇÃO DO DIREITO

 

 

 

AFETO E ECONOMIA: REFLEXÕES SOBRE O DUPLO DISCURSO NO DIREITO DE FAMÍLIA E A APLICAÇÃO DA

ANÁLISE ECONÔMICA

DÓRIS GHILARDI  

 

 

 

 

 

 

Itajaí-SC 2015

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ – UNIVALI

PRÓ-REITORIA DE PESQUISA, PÓS-GRADUAÇÃO, EXTENSÃO E CULTURA – PROPPEC

CENTRO DE EDUCAÇÃO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E JURÍDICAS – CEJURPS

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM CIÊNCIA JURÍDICA – PPCJ

CURSO DE DOUTORADO EM CIÊNCIA JURÍDICA – CDCJ

ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: CONSTITUCIONALIDADE, TRANSNACIONALIDADE E

PRODUÇÃO DO DIREITO

 

 

 

 

AFETO E ECONOMIA: REFLEXÕES SOBRE O DUPLO DISCURSO NO DIREITO DE FAMÍLIA E A APLICAÇÃO DA

ANÁLISE ECONÔMICA  

DÓRIS GHILARDI  

   

 

Tese submetida ao Curso de Doutorado em Ciência

Jurídica da Universidade do Vale do Itajaí –

UNIVALI, como requisito parcial à obtenção do título

de Doutor em Ciência Jurídica.  

 

 

Orientador: Professor Doutor Alexandre Morais da Rosa  

Itajaí-SC 2015

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AGRADECIMENTOS

O trabalho científico na área jurídica, de modo geral, é um trabalho

bastante solitário, do pesquisador dialogando com os diversos autores utilizados.

Nem por isso, o auxílio, a força, o carinho e a ajuda extra são dispensáveis, pelo

contrário, além de necessários, são fundamentais para que esta longa jornada se

torne um pouco mais suave.

Por esta razão agradeço, primeiramente, ao meu querido e competente

orientador, o Professor Doutor Alexandre Morais da Rosa, que foi fundamental não

só na fase de elaboração desta Monografia de Qualificação, como também na

construção do projeto, ainda na fase de seleção do doutorado. Sem ele

provavelmente esta tese não existiria. Já antes era sua fã, agora faltam palavras

para agradecer por todo o carinho, acolhida, troca de conhecimentos,

disponibilidade, material e auxílio prestados.

Agradeço também a todos os professores do curso que auxiliaram para o

amadurecimento acadêmico e crescimento como pesquisadora e aos funcionários

da Secretaria que cuidam de toda a parte burocrática.

Um agradecimento especial ao querido Professor Paulo de Tarso

Brandão, meu orientador de mestrado que designado como meu orientador inicial

também no doutorado, gentilmente me acolheu e depois entendeu as razões para a

substituição. Pela atenção e carinho dispensados sempre.

Não poderia deixar também de registrar o meu muito obrigada ao meu

amor, que esteve ao meu lado ao longo dessa longa caminhada, me incentivando,

me apoiando, compreendendo os momentos de ausência e de estudo, dividindo

comigo aflições diversas. Jonas Machado Ramos, tens um lugar especial em meu

coração.

Aos meus pais devo muito, desde as primeiras lições que me fizeram

compreender a importância do estudo, até a busca pelos sonhos, por mais difíceis e

impossíveis que poderiam ser à primeira vista. Por todo o amor e acolhida, por

serem meu porto seguro.

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Às minhas irmãs que tenho um amor profundo, simplesmente por fazerem

parte da minha vida, por alegrarem os meus dias, por dividirem comigo os

momentos mais difíceis mas, principalmente, por terem me possibilitado ser tia de

quatro seres especiais: Pedro Henrique, Eduardo, Vinícius e Sofia, vocês são um

excelente motivo para eu prosseguir sempre.

Aos meus colegas de doutorado que dividiram as mesmas dificuldades,

aflições e cobranças, que compartilharam momentos de importantes debates, e dos

alentadores cafés nos intervalos, Kleber Cazzaro, Alexandre Bizzoto, Gilson

Jacobsen e João Lazzari, em especial, à minha querida colega, que logo se

transformou em grande amiga: Viviane Candeia Paz, criar uma disciplina com o meu

tema no programa de pós-graduação em que coordenas não tem preço. Sérgio

Ricardo Fernandes de Aquino, valeu pela parceria de sempre e por todas as

contribuições prestadas.

Às minhas amigas e amigos, aos colegas de trabalho por fazerem parte

do meu dia-a-dia, dos meus projetos e conquistas, vocês são fundamentais nessa

jornada. Deixando muitos de fora, mas tendo a certeza de que cada um de vocês

sabe a importância que representam para mim, destaco, aqui, apenas os que

estiveram mais próximos e dividiram comigo as angústias dessa caminhada: Denise

Pinheiro, Isabela P. Medeiros Gonçalves da Silva, Adriana Rammé, Ana Paula

Antunes Guedes, Clarice Solano, Eunice Schlieck, muito obrigada.

Não ousaria deixar de fora os meus principais inspiradores, os meus

alunos. Vocês não têm dimensão de quanto os debates contribuíram para o

amadurecimento de várias questões aqui trabalhadas. Estar em sala de aula e dividir

conhecimento com vocês foi essencial.

Aos membros da banca por aceitarem o convite de participar e

engrandecer um momento tão especial na vida de qualquer pesquisador.

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a todos os amantes da Pesquisa, principalmente os

da área do Direito de Família.

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TERMO DE ISENÇÃO DE RESPONSABILIDADE

Declaro, para todos os fins de direito, que assumo total responsabilidade pelo aporte

ideológico conferido ao presente trabalho, isentando a Universidade do Vale do

Itajaí, a Coordenação do Curso de Doutorado em Ciência Jurídica, a Banca

Examinadora e o Orientador de toda e qualquer responsabilidade acerca do mesmo.

Itajaí-SC, 08 de março de 2015.

 

Dóris Ghilardi Doutoranda

 

 

 

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PÁGINA DE APROVAÇÃO

(A SER ENTREGUE PELA SECRETARIA DO PPCJ/UNIVALI)

 

 

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ROL DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AED Análise Econômica do Direito

CC/1916 Código Civil de 1916

CC/2002 Código Civil de 2002

CFRB/1988 Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 e

emendas constitucionais posteriores

CNJ Conselho Nacional de Justiça

IPEA Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IBDFAM Instituto Brasileiro de Direito de Família

PNAD Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios

STJ

Superior Tribunal de Justiça

STF

Supremo Tribunal Federal

TJSC Tribunal de Justiça de Santa Catarina

 

 

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ROL DE CATEGORIAS

 

Afeto: “É matéria prima da subjetividade, como também é ele que

pavimenta as relações intersubjetivas. 1 O afeto é estrutura permissiva da

personalidade, é instância constitutiva do ser humano, integrante da esfera do

sensível, dos sentimentos, das emoções, mas é também nutriente das relações

entre os Sujeitos, revelando-se através da “capacidade de afetar e de ser afetado;

de agir e de reagir; de atuar sobre os outros e de receber atuações sobre si mesmo;

é a capacidade de dar e de receber afetos; de estabelecer trocas afetivas”2. Possui

como característica principal a liberdade de expressão. Na área jurídica tornou-se

fundamento constitutivo e integrante das relações familiares, valor fundamental do

ser humano, por vezes, gerador de efeitos jurídicos.

Análise Econômica do Direito: é um movimento nascido nos Estados

Unidos da América, na década de 60, que resultou em uma teoria científica, dividida

em várias correntes e escolas diferentes, porém, todas elas com uma proposta em

comum, a implementação de métodos e instrumentos próprios da Economia ao

Direito.3

Bem-estar: reflete o estado de um sujeito que o possibilita ter um bom

funcionamento de sua atividade física, psicológica e mental. Também pode ser

traduzido como a somatória de aspectos necessários para se ter uma vida

adequada.

Capitalismo: É um sistema “[...] econômico-social caracterizado pela

liberdade dos agentes econômicos – livre iniciativa, liberdade de contratar,

propiciando o livre mercado – e pelo desenvolvimento dos meios de produção,

sendo permitida a propriedade particular destes.”4

                                                                                                               1 GROENINGA, Giselle Câmara. Os Direitos da Personalidade e o Direito de ter uma Personalidade. In: ZIMERMAN, David; COLTRO, Antônio Carlos Mathias (Orgs.) Aspectos Psicológicos na Prática 2 SANTOS. Romualdo. A tutela jurídica da afetividade. Curitiba: Juruá, 2011, p. 83. 3 Conceito construído com base em ROSA, Alexandre Morais; LINHARES, José Manuel Aroso. Diálogos com a Law & Economics. 2. ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2011, p. 59. 4  OLIVEIRA, Daniel Almeida. Capitalismo. In: BARRETO, Vicente de Paulo (Coord.). Dicionário de filosofia política. São Leopoldo, (RS): UNISINOS, 2010, p. 85.

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Contemporaneidade: designa o momento atual, não necessariamente a

superação da Modernidade e de seus ideais, mas pouco a pouco surgem

transformações culturais, políticas, econômicas e sociais, desmantelando valores e

crenças e remodelando as relações de um modo geral.

Cultura: “[...] é o conjunto de tudo aquilo que, nos planos material e

espiritual, o homem constrói sobre a base da natureza, quer para modificá-la, quer

para modificar-se a si mesmo. É, desse modo, o conjunto dos utensílios e

instrumentos, das obras e serviços, assim como das atitudes espirituais e formas de

comportamento que o homem veio formando e aperfeiçoando, através da história

[...]”5

Dignidade da Pessoa Humana: de acordo com a concepção material, é

um fim material, correspondente à preocupação de ver o ser humano cumprir seus

desejos e necessidades nos contextos em que está inserido. Um objetivo que se

concretiza no acesso igualitário e generalizado aos bens que fazem com que a vida

seja ‘digna’ de ser vivida. A dignidade humana diz respeito, portanto, ao próprio

sentido da vida, e se concretiza no alcance e realização dos objetivos pretendidos e

compartilhados socialmente.6

Direito: corresponde a uma instituição artificialmente criada que visa

regular as interações intersubjetivas e o comportamento humano, cristalizando

condutas, segundo as diretrizes da estrutura social e econômica vigente.

Direito de Família: “é um conjunto de normas-princípios ou normas-

regras jurídicas que regulam as relações decorrentes do vínculo afetivo, mesmo sem

casamento, tendentes à promoção da personalidade humana, através de efeitos

pessoais, patrimoniais e assistenciais.” 7

Direitos Fundamentais: “[...] son derechos fundamentales aquellos

derechos subjetivos que correspondem universalmente a ‘todos’ los seres humanos

em cuanto dotados del status de personas, de ciudadanos o personas con                                                                                                                5 REALE, Miguel. Lições Preliminares de Direito. 27. ed. São Paulo: Saraiva, 2005, p. 23/24. 6 HERRERA-FLORES. Joaquín. A (re)invenção dos direitos humanos. Tradução de Carlos Roberto D. Garcia; Antonio Graciano Suxberger; Jefferson Aparecido Dias. Florianópolis: Fundação Boiteux, 2009. 7 FARIAS, Cristiano Chaves de; ROSENVALD, Nelson. Famílias. 5. ed. Salvador: Jus Podivm, 2013. p. 50.

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capacidad de obrar”.8

Economia: corresponde ao processo econômico que se contrapõe a

politização da vida econômica, ou seja, é o processo econômico movido pela ordem

espontânea, tendo como pressupostos a superação da escassez dos bens

existentes, a competitividade e a liberdade de atuação dos indivíduos para

conduzirem sua vida, segundo a lógica do projeto neoliberal.9 Como ciência social “é

o estudo de como a sociedade administra seus recursos escassos. Na maioria das

sociedades, os recursos são alocados não por um único planejador central, mas

pelos atos combinados de milhões de famílias e empresas. Assim sendo, os

economistas estudam como as pessoas tomam decisões: o quanto trabalham, o que

compram, quanto poupam e como investem as suas economias. Estudam também

como as pessoas interagem umas com as outras. [...] Por fim, os economistas

analisam as forças e tendências que afetam a economia como um todo [...].10

Eficiência: meta de obter o resultado vantajoso ou máximo nas ações

realizadas com o menor custo possível.

Estado Constitucional de Direito: Surge em meados do século XX,

apresentando como característica a subordinação da legalidade a uma Constituição,

considerada como o ápice do sistema jurídico, trazendo como requisito intrínsico a

Dignidade Humana, a prioridade dos Direitos Fundamentais, os valores

democráticos, a divisão e a independência dos poderes, a pluralidade e a

tolerância.11

Família: na visão jurídica é instituição formada pela união de pessoas, de

preferência vinculadas pelo afeto, sob o manto das regras estabelecidas pelo Direito,

como síntese das relações culturais e socioeconômicas vigentes. É também

instrumento de realizações pessoais. Condicionada pela história, ela é também                                                                                                                8 FERRAJOLI, Luigi. Los fundamentos de los derechos fundamentales. 4. ed. Madrid: Trotta, 2009, p. 19. 9 Conceito construído com base no conceito de economia de mercado formulada por LAVAL, Cristian; DARDOT, Pierre. La nueva razón del mundo: ensayo sobre la sociedade neoliberal. Barcelona: Gedisa, 2013. 10 MANKIW, N. Gregory. Introdução à economia. Tradução de Allan Vidigal Hastings e Elisete Paes e Lima. São Paulo: Cengage Learning, 2009, p. 03-04. 11 Conceito construído com base em HÄBERLE, Peter. El Estado constitucional. Ciudad de México: Universidad Nacional Autónoma de México, 2003, p. 3; e PÉREZ LUÑO, Antonio Enrique. La Universalidad de los derechos humanos y el Estado Constitucional. Bogotá: Universidad Externado de Colombia, 2002, p. 94-95.

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articulada com o contexto na qual está inserida, provocando, na maioria das vezes,

o descompasso do instituto jurídico com o instituto social.

Família Líquida: é uma realidade marcada por relações complexas,

líquidas e voláteis, constituída por laços juridicamente reconhecidos ou não, em

busca de seu espaço e da realização pessoal de seus componentes, que objetivam

um propósito de vida familiar em comum, preferencialmente unidos pelos vínculos

de afeto.

Indivíduo: ser reduzido à condição de agente econômico, diminuído em

sua subjetividade, condicionado por um processo mercadológico.

Liberalismo econômico: doutrina econômica que tem como cânone o

funcionamento da Economia por si só, consoante as suas próprias leis, separando

estado e a política da Economia.12

Mal-Estar: desconforto, crise, lugar comum que atinge as instituições, os

sujeitos, o modo de viver e de se relacionar, causando distúrbios e dificuldades que

poderiam ser evitados ou tratados caso diagnosticados. Revestem-se de

características específicas em cada cultura, variando seus estágios e sintomas nos

diversos períodos históricos.

Mercado: estrutura que permite o atendimento da satisfação de

interesses específicos, destinada a regular e a manter a estrutura de poder

construída consoante os ditames do projeto neoliberal global. E, ainda, “processo de

autoformação do sujeito econômico”.13

Modernidade: É um marco, um momento histórico que teve início na

Europa e se difundiu por todo o Ocidente, perdurando entre os XVII e XIX,

caracterizada não pela pura mudança, “[...] sucessão de acontecimentos; ela é

difusão dos produtos da atividade racional, científica, tecnológica, administrativa. Por

isso, ela implica a crescente diferenciação dos diversos setores da vida social:

política, Economia, vida familiar, religião, arte em particular, porque a racionalidade                                                                                                                12 Conceito criado a partir das ideias expostas por NUNES, António José Avelãs. As voltas que o mundo dá…reflexões a propósito das aventuras e desventuras do estado social. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2011, p. 15. 13 LAVAL, Cristian; DARDOT, Pierre. La Nueva Razón del Mundo: Ensayo sobre la sociedade neoliberal. Barcelona: Gedisa, 2013, p. 140.

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instrumental se exerce no interior de um tipo de atividade e exclui que qualquer um

deles seja organizado do exterior, isto é, em função da sua integração em uma visão

geral, da sua contribuição para a realização de um projeto societal […]. A ideia da

Modernidade substitui deus no centro da sociedade pela ciência, deixando as

crenças religiosas para a vida privada. [...] A ideia da Modernidade está portanto

estreitamente associada à da racionalização.”14

Neoliberalismo: doutrina econômica caracterizada pela difusão em

âmbito global de políticas econômicas liberais e eficientistas. É o “[..] o reencontro do

capitalismo consigo mesmo”.15

Sujeito: ser pensante, atuante, agente de conhecimento, consciente de

sua subjetividade, não manipulado, sujeito de Direitos Fundamentais, mas também

de obrigações.

                                                                                                               14 TOURAINE, Alain. Crítica da Modernidade. 6. ed. Tradução de Elia Ferreira Edel. Petrópolis-RJ: Vozes, 1994, p. 17-18. 15 AVELÃS NUNES, António José. As voltas que o mundo dá… reflexões a propósito das aventuras e desventuras do estado social. Rio de janeiro: Lumen Juris, 2011, p. 253.

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SUMÁRIO

 RESUMO ................................................................................................................... 16  ABSTRACT ............................................................................................................... 17  RESUMEN ................................................................................................................ 18   INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 19   CAPÍTULO 1: MAL-ESTAR: UM INCÔMODO PERMANENTE .............................. 24  1.1 DESCONFORTO INAUGURAL: DA CRISE DA ERA PRIMITIVA À CRISE DA

ERA MODERNA ........................................................................................................ 29  

1.2 A CRISE PERMANECE: O MAL-ESTAR CONTEMPORÂNEO ......................... 42  

1.3 ECONOMIA, MERCADO E A ATUAÇÃO DO CAPITALISMO GLOBAL ............ 52

CAPÍTULO 2: FAMÍLIA LÍQUIDA CONTEMPORÂNEA: UM NOVO PARADIGMA 66  2.1 A TRAVESSIA DA FAMÍLIA NO TEMPO: O VIÉS PATRIMONIALISTA EM

DESTAQUE ............................................................................................................... 68  

2.1.1 A Família brasileira sob a égide do Código Civil de 1916 .......................... 74  2.1.2 A família constitucionalizada: fotografia contemporânea ......................... 83  2.2 A REINVENÇÃO DA FAMÍLIA SOB O MOLDE DO AFETO: ENCONTROS E

DESENCONTROS .................................................................................................... 91  

2.2.1 O papel do Afeto no Direito de Família Contemporâneo .......................... 100  2.3 FAMÍLIA LÍQUIDA: UM NOVO CONCEITO ...................................................... 106  

CAPÍTULO 3: O DIREITO DE FAMÍLIA BRASILEIRO SOB AS LENTES DA ANÁLISE ECONÔMICA ......................................................................................... 111  3.1 O DIREITO E A NECESSÁRIA CONTEXTUALIZAÇÃO DA ANÁLISE

ECONÔMICA .......................................................................................................... 116  

3.2 REFLEXÕES SOBRE A ANÁLISE ECONÔMICA DO DIREITO ...................... 125  

3.3 ANÁLISE ECONÔMICA APLICADA AO DIREITO DE FAMÍLIA SEGUNDO O

PENSAMENTO DE GARY BECKER E RICHARD POSNER ................................. 135  

3.3.1 Produção Doméstica e Divisão do Trabalho ............................................. 137  

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3.3.2 A Teoria Econômica do Casamento e do Divórcio conforme Becker e Posner ................................................................................................................... 142  3.3.3 Novos Arranjos Familiares e o Direito de Filiação .................................... 155   CAPÍTULO 4: AFETO, ECONOMIA E APLICAÇÃO DA ANÁLISE ECONÔMICA: UM RECORTE AO DIREITO DE FAMÍLIA ............................................................. 163 4.1 AFETO E ECONOMIA ...................................................................................... 164  

4.2 A ECONOMIZAÇÃO DO DIREITO DE FAMÍLIA VERSUS DIREITO DE FAMÍLIA

AFETIVO ................................................................................................................. 171  

4.2.1 O Casamento e a Escolha do Regime de Bens ......................................... 172  4.2.2 A Indenização por Abandono Afetivo ........................................................ 183  4.3 O DIREITO DE FAMÍLIA SOB AS LENTES DA ANÁLISE ECONÔMICA DO

DIREITO .................................................................................................................. 194  

4.3.1 Divórcio ......................................................................................................... 198  4.3.1.1 O divórcio na perspectiva do Estado ........................................................... 200  

4.3.1.2 O divórcio na perspectiva do Mercado e dos Sujeitos ................................ 204  

4.3.2 Uniões Homoafetivas ................................................................................... 207  4.3.2.1 União Homoafetiva na Perspectiva do Estado ............................................ 208  

4.3.2.2 União Homoafetiva na Perspectiva do Mercado e dos Sujeitos ................. 211  

CONCLUSÕES ....................................................................................................... 215   REFERÊNCIAS DAS FONTES CITADAS ............................................................. 222        

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REFERÊNCIAS DAS FONTES CITADAS

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