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AGENDA 21 ESCOLAR: uma construção que ultrapassou os limites da escola
Autora: Rosali Maria Morgan Benedetti1
Orientadora: Anelize Queiroz Amaral2
Resumo
Este artigo apresenta a construção da Agenda 21 escolar que promoveu constantes reflexões e a transformação de um ambiente escolar e sua comunidade. Para sua elaboração foi proposto mudanças de atitudes frente aos problemas ambientais no âmbito escolar que irradiassem para a comunidade do entorno da Escola Cristo Redentor, localizada no município de Nova Prata do Iguaçu – PR. Para sua realização foi criado um grupo de reflexão e sensibilização composto por alunos, professores, direção, funcionários, grêmio estudantil, APMF (Associação de pais e mestres) e diversos representantes da sociedade, destacam-se: Prefeitura Municipal, NRE (Núcleo Regional de Educação), Rotary, Usina Hidrelétrica José Richa, Indústria Satiare Alimentos, Igrejas, Conselho Tutelar, Câmara de Vereadores, Universidade Estadual do Oeste do Paraná, entre outros que juntos uniram-se para desenvolver um projeto comum. Deste modo, a Agenda 21 escolar promoveu palestras, oficinas de aprendizagem, atividades lúdicas, eventos e a transformação do ambiente escolar com a implantação da reciclagem, compostagem, coleta e a arborização em áreas de lazer. Para a coleta de dados, utilizou-se a aplicação de questionários, elaboração de desenhos e registros em diários de campo. Em seguida os dados foram submetidos a uma análise de conteúdo de acordo com os pressupostos teóricos de Bardin (2004). Verificou-se que tal proposta promoveu mudanças de hábitos e um efetivo envolvimento frente às questões ambientais.
Palavras-chave: Agenda 21 escolar; Meio Ambiente; Educação Básica.
1Especialista em Ensino de Matemática pela Universidade Estadual do Centro-Oeste-(FACIBEL)-PR e Pedagogia Escolar pela FACINTER- PR, Graduada em Ciências e Matemática, Professora da Escola Estadual Cristo Redentor, município de Nova Prata do Iguaçu – PR. 2Mestre em Educação Ambiental, Docente do Colegiado de Ciências Biológicas, Universidade Estadual do Oeste do Paraná. UNIOESTE, Campi de Cascavel.
Abstract
This paper presents the construction of Agenda 21 which promoted continuous reflection and transformation of a school environment and community. For its construction was proposed changing attitudes towards environmental problems in the school that radiate to the surrounding community of Christ the Redeemer School, located in the city of Nova Prata do Iguaçu-PR. To perform a group was created for reflection and awareness made by students, teachers, management, staff, student council, APMF (Parent-Teacher Association) and several representatives of society, are: City Hall, NRE (Regional Center Education), Rotary, Hydroelectric Jose Richa, Satiare Food Industry, Churches, Guardian Council, the City Council, State University of West of Paraná, among others who have joined together to develop a common project. Thus, Agenda 21 promoted school lectures, workshops, learning, recreational activities, events and the transformation of the school environment with the implementation of recycling, composting, collection and trees in recreation areas. For data collection, we used the questionnaires, preparation of drawings and records in field diaries. Then the data were subjected to content analysis according to the theoretical assumptions of Bardin (2004). It was found that such a proposal promoted changes in habits and an effective involvement in the face of environmental issues.
Keywords: School Agenda 21; Environment; Education.
Introdução
De acordo com o atual panorama de crise ambiental, é fundamental o
surgimento de uma nova percepção da realidade, que promova revitalização das
comunidades educativas, comerciais, políticas, de assistência à saúde e da vida
cotidiana, de modo que os princípios ambientais se manifestem como princípios de
educação, de administração e de política (CAPRA, 2002).
Para Carneiro (2008):
[...] dada à emergência, em nossos dias, da necessidade de conscientização e capacitação prática dos cidadãos para a sustentabilidade socioambiental, torna-se urgente também o desenvolvimento da dimensão ambiental no processo
educativo, seja formal ou não, mas que depende prioritariamente da formação inicial e continuada dos profissionais da Educação.
Nesse contexto, o âmbito educacional, como espaço de construção e
socialização de conhecimentos, tem o papel essencial de formar cidadãos
comprometidos com os problemas do mundo no qual habitam. A educação ambiental
que se orienta pelos referenciais da educação crítica, oferece a comunidade escolar
espaços reais para a democratização do diálogo; é participativa, comunitária, criativa e
valoriza a ação.
Quando pensamos em educação para a transformação de sociedades
sustentáveis, estamos nos referindo a uma educação de caráter verdadeiramente
emancipatório e transformadora da realidade. Uma educação onde o conhecimento, a
reflexão e a ação se integram na construção de caminhos para a sustentabilidade
socioambiental, que inverta a atual lógica economicista, da competitividade das
competências forjadas na aparência e na ética do consumo.
De acordo com Wojciechowski (2006), a educação ambiental surge como uma
necessidade das sociedades contemporâneas, uma vez que as questões
socioambientais têm sido cada vez mais discutidas e abordadas na sociedade, em
decorrência da gravidade da degradação do meio natural e social. De acordo com a
autora a sistematização destas discussões na escola é uma maneira de oportunizar,
aos professores e educandos, uma reflexão crítica da realidade a qual pertencem,
desde o nível local ao global.
A Educação Ambiental reconhece o caráter de intencionalidade da educação-
não há neutralidade: o conhecimento é uma construção histórico-social, portanto,
modificável e modificante, podendo também ser aplicado em ações para a
transformação das relações dominantes de poder entre os seres humanos e entre
esses e a natureza, para a construção de relações mais sólidas, responsáveis,
humanistas e não essencialmente mercadológicas como as que atualmente pautam as
relações sociais e culturais na modernidade (FRANCO, 2005).
No entanto, essa proposta de educação ambiental política, engajada e critica
não prescinde de uma análise dos desafios institucionais para o seu desenvolvimento.
O educador precisa estar ciente das dificuldades para a construção e implementação
de processos coletivos de aprendizagem e intervenções a partir dos diferentes espaços
de relações humanas e ambientais e a Agenda 21escolar na educação não pode ser
encarada como mais um receituário ou projeto padrão para a resolução de problemas
socioambientais.
Esta é uma visão ingênua, que ainda considera o modelo como foco e não as
múltiplas e indissociáveis relações entre conhecimento, cultura, ética, economia, política
e meio ambiente para a elaboração de propostas educativas inovadoras e fortalecidas
pelo comprometimento de todos os sujeitos- atores- autores de uma coletividade. Onde
a escola é parte, processo, é espaço público no sentido amplo de conquista social e
cidadã.
Diante do exposto, a pesquisa aqui proposta buscou construir a Agenda 21
Escolar de forma participativa com a comunidade, a fim de que possam assumir o
compromisso de dar continuidade ao plano de ações propostas, para a resolução dos
problemas detectados na realidade escolar, a partir do seu contexto histórico,
geográfico, econômico, social e cultural.
1 A Agenda 21 no espaço escolar
Com toda essa problemática que vem se arrastando em nosso país, pensar em
Agenda 21 escolar, trás a escola e toda comunidade escolar um repensar em todos os
compromissos que temos como cidadãos em relação a este planeta. A escola é a
responsável pela educação que influenciara na vida profissional, social e pessoal dos
alunos e de toda comunidade formada pelos respectivos familiares e moradores do seu
entorno (Projeto Político Pedagógico da Escola).
De acordo com Crespo (1998), a Agenda 21 escolar aponta uma nova
tendência de educação ambiental, que pode ser denominada “educação orientada para
a sustentabilidade”, a qual implica segundo a própria Agenda 21 uma revisão curricular
da educação básica para se tornar efetiva. Isto se faz necessário uma vez que esta
nova tendência está relacionada ao desenvolvimento de uma série de valores como o
de cooperação, solidariedade, parceria, igualdade, responsabilidade e inclusão, em
vista do processo de conscientização como “compreensão das relações entre
sociedades humanas e natureza, entre meio ambiente e desenvolvimento, entre os
níveis globais e locais”; e “comportamento, visto como desenvolvimento de atitudes
menos predatórias e de habilidades técnicas e científicas orientadas para
sustentabilidade”.
Implicando dessa forma em um processo pedagógico que desenvolva a
conscientização ética das pessoas, da sociedade (mudança de comportamento e
atitudes), para a sustentabilidade do meio ambiente (TREVISOL, 2003).
A Agenda 21 Global reconhece que o desenvolvimento sustentável e a proteção
do Meio Ambiente só poderão ser viáveis com o apoio das comunidades locais que
estejam comprometidas com a solução e a preservação dos problemas ambientais.
Para tanto, recomenda a construção de Agendas 21 locais, no sentido de promover a
participação social na discussão de problemas e na implementação de programas em
vista de possíveis soluções dos mesmos (NOVAES, 2003).
O ministério da educação e cultura (MEC) publicou os Parâmetros Curriculares
Nacionais (PCNs), que estabelece as diretrizes básicas para orientar os processos de
ensino e aprendizagem no ensino fundamental. Entre elas, é incluído o tema
transversal Meio Ambiente, a ser desenvolvido de forma a permear as diversas
disciplinas do currículo. Este documento apresenta subsídios teórico-metodológico, com
o intuito de auxiliar os docentes na inserção do tema e, portanto, da Educação
Ambiental na escola (MINIMI; LEITE, 2001, TREVISOL, 2003).
As discussões a respeito da questão ambiental estão gradativamente presentes
nas escolas. Porem, pesquisas vem mostrando que este trabalho tem ficado restrito a
atividades pontuais sem continuidade no programa escolar; conteúdos ambientais
tratados especialmente em disciplinas como ciências biológicas e geografia, sem um
desenvolvimento transversal e interdisciplinar no currículo disciplinar e, muitas vezes,
os conteúdos abordados pelos professores como ambientais são apenas conteúdos
específicos que determinadas disciplinas, como em ciências – a biologia espécies
animais; na geografia – relevo, formações vegetais; além de serem apresentados de
maneira descontextualizada da realidade local da vida dos alunos (CORDIOLLI, 1999, ;
GONÇALVES, 2003; RODRIGUES, 2003; DAMINELLI, 2005 ).
Em razão das complexidades das questões ambientais a Educação Ambiental
deve ser tratada ou desenvolvida na escola, sob uma abordagem interdisciplinar
(MININNI – MEDINA – 1994).
A interdisciplinaridade se concretiza com um dos princípios de Educação
Ambiental, a partir do Seminário de Belgrado (1975) e da Conferencia de Tbilisi (1977).
Segundo o enfoque adotado em Tbilisi, o meio ambiente é entendido como:
Uma totalidade que abrange ao mesmo tempo, os aspectos naturais e aqueles decorrentes das atividades humanas; a Educação Ambiental é uma dimensão do discurso e da pratica da educação, orientada a preservação e a resolução dos problemas concretos colocados pelo Meio Ambiente, graças a um enfoque interdisciplinar e a participação ativa e responsável de cada individuo e da coletividade (DIAS, 2002).
Segundo Fazenda (1993) apud Wojciechowski (2006), o ensino interdisciplinar
nasce no ato de propor novos objetivos, eliminando as barreiras entre as disciplinas e
as pessoas que pretendem desenvolve-las.
De acordo com Floriani (2003) não basta, porem, reunir diferentes disciplinas
para o exercício interdisciplinar, da mesma maneira que não é possível realizar
individual e solidariamente o exercício interdisciplinar, da mesma maneira é inviável o
simples encontro de diversos saberes, sem uma atitude metodológica deliberada de
interdisciplinaridade.
Sem dúvida, para que a Educação Ambiental seja efetivada nesses aspectos, torna-se importante uma interação entre a comunidade e a escola, oportunizando no espaço escolar encontros entre os membros da comunidade e da escola para refletirem e discutirem a respeito dos problemas socioambientais locais, buscando em conjunto os meios para amenizar e, até mesmo, superar esses problemas (DIAS, 1994).
Nesse sentido, a Agenda 21 escolar envolve professores e alunos para a
construção não apenas de metas e ações, mas também promove uma reflexão sobre a
escola que queremos construir em busca de um futuro com qualidade sem prejudicar o
ambiente que vivemos (AGENDA 21 NA ESCOLA - SECRETARIA DO ESTADO DO
PARANÁ, 2007).
“É tudo o que o planeta terra possui, inclusive nós e também rios, mares,
planícies, montanhas. Mas isso pode acabar se não tivermos a consciência que o
nosso mundo vai se acabar” (LAZZAROTTO, 2011)
Diante do contexto apresentado, a construção da Agenda 21 escolar no
processo de ensino e aprendizagem significativa de Educação Ambiental, pode
propiciar um ensino voltado às singularidades de cada aluno que terá por objetivo a
produção de mudanças nas práticas escolares, além de proporcionar estímulo a difusão
de propostas alternativas de ensino no âmbito da educação ambiental.
Para a construção da Agenda 21 escolar, a educação formal precisa romper
suas barreiras com o “mundo da vida” e trazer para seu currículo os conteúdos sociais
que se traduzem em necessidades e demandas do cotidiano, buscando o
conhecimento formal como uma das muitas formas de interpretar a realidade, mas
integrando a pesquisa, a curiosidade e a pedagogia da pergunta como dinâmicas
constantes de construção de novos conhecimentos para interpretar novas realidades
que se constroem dia a dia (FAUNDEZ; FREIRE, 1985).
Sendo assim, a Agenda 21 escolar entende a Educação Ambiental para uma
prática socioambiental transformadora, busca o conhecimento significativo como fonte
de autonomia, liberdade, capacidade de compreender o mundo e assim interferir de
forma consciente e verdadeiramente crítica.
Partindo dessa concepção, a integração da escola com a comunidade, ao tomar
como eixo do trabalho pedagógico a problemática socioambiental, considera o espaço
escolar e seu entorno como lócus privilegiados e essenciais para a construção de
processos colaborativos de resolução de problemas locais, calcados na experiência de
diferentes atores sociais, no diálogo, nos diagnósticos participativos e soluções
construídas em contextos de negociações e partilha de conhecimentos, pelos sujeitos-
agentes que habitam os espaços da escola e de seu entorno.
Portanto, o educador e mesmo a escola não podem ingenuamente pautar-se
unicamente por currículos e programas de ensino e avaliações padronizados ou
projetos pedagógicos que partem de temas pontuais, desconectados do entorno do
aluno, esperando que a adoção rigorosa de objetivos e conteúdos supere essa
realidade viva, dinâmica, promotora de experiências educacionais mais amplas.
No entanto, instaurar efetivamente uma escola voltada ao enfrentamento dos
múltiplos desafios da atual sociedade de risco (GUIDDENS, 1997, apud FRANCO)
requer o enfrentamento dos próprios desafios colocados no interior de um sistema de
ensino fragmentado e em políticas de educação verticalizadas e emaranhadas em seus
próprios requerimentos de caráter burocráticos- que, portanto, em termos práticos,
trazem em sua própria estrutura uma série de entraves aos processos e práticas
educativas de caráter dialógico, autônomo e democrático, e que se tornam
paradoxalmente, obstáculos ao aprendizado de processos de gestão participativa e co-
responsável. Isso exige mudanças culturais e políticas radicais, a partir da formação do
educador.
Essa proposta evidenciou que para a promoção de práticas educativas
contextualizadas e engajadas através de processos coletivos e utilizando como
ferramenta pedagógica a Agenda 21 escolar, necessita-se o entendimento de contextos
de aprendizagem que levem em consideração a realidade do entorno, além das salas
de aula, considerando que não existem atos e atitudes sem impactos no meio
circundante: social, emocional, psicológico, cultural e político.
2 Metodologia da Pesquisa
Na realização da Agenda 21 Escolar, na Escola Estadual Cristo Redentor -
Nova Prata do Iguaçu reuniu-se toda a comunidade escolar, organizações
governamentais e não-governamentais locais, representantes religiosos, que
participaram da construção do projeto, para uma nova proposta metodológica.
O projeto está baseado em uma metodologia que requer participação,
diagnóstico, reflexão e ação, traduz compromissos que exigem aprendizagem. Foi
realizado um diagnóstico do que a comunidade esperava que fosse desenvolvido
através da Agenda 21, para desenvolver e compreender os anseios e dificuldades para
sua concretização.
A partir deste levantamento foram traçadas metas que buscassem ações
integradas na forma de plano de ação, que por sua vez foi incorporado ao Projeto
Político-Pedagógico da Escola. Foi uma proposta de trabalho integrado e participativo
onde solicitou-se o envolvimento e o comprometimento efetivo dos participantes do
projeto, com ações de melhoria das condições de vida da comunidade educativa, isto é,
do conjunto educativo formado nas relações sociedade-escola: professores, direção,
alunos, funcionários, merendeiras, zeladoras, representantes da APMF (representantes
de pais e mestres), grêmio estudantil, e da comunidade onde a escola está inserida:
famílias, comércio local, instituições religiosas, conselho tutelar, Rotary clube, APAE,
câmera de vereadores, Usina José Richa e o Órgão Público.
Em seguida os levantamentos foram incluídos na Agenda 21 escolar e limitados
dentro da possibilidade de execução dos mesmos. Dentre os problemas que surgiram
alguns foram de execução do participante da comunidade escolar e outros foram
encaminhados aos órgãos que competem à sua execução. Assim, a construção de uma
agenda socioambiental na escola representa uma proposta pedagógico-metodológica
que considera como contexto de aprendizagem não só o ambiente escolar, mas o
entorno, a realidade local, onde se propõe a elaboração da agenda como prática
educativa e democrática, através da unidade escolar, que se torna a mediadora da
proposta de construção de uma comunidade sustentável, envolvendo uma
multiplicidade de pessoas co-responsáveis.
Neste plano de ação, foi proposto o desenvolvimento de oficinas de formação
continuada aos professores e no segundo momento foi realizado o desenvolvimento de
práticas de reaproveitamento de matéria prima existente na comunidade escolar (restos
de alimentos, plásticos, latas, papel, vidro, CD, retalhos de tecido) para os alunos, e
comunidade como forma de refletir sobre o consumo e desperdício de uma forma mais
contextualizada e promovendo diversas ferramentas para a geração de renda por meio
da reutilização desses materiais.
Sendo assim, todos foram convidados a participar das reuniões da escola para
sonhar a escola que queremos construir através de ações coletivas, fomentando
práticas de cooperação e participação, em relações mais solidárias.
O inicio das atividades deu-se pela formação de um grupo composto por 28
professores, 11 funcionários, 22 alunos, 9 representantes da comunidade para ficarem
cientes do que era a Agenda 21 escolar. Foi exposto através de slide como seria
desenvolvido o trabalho no estabelecimento de ensino, nesse momento foi entregue a
cada participante uma agenda contendo esclarecimentos sobre Agenda 21 escolar, o
pacto global, os 8 jeitos de mudar o mundo, cuidados com a coleta seletiva domiciliar e
uma folha contendo as seguintes perguntas:
a) O que você já ouviu falar sobre Agenda 21 escolar? E em qual ocasião?
b) Você acredita que a Agenda 21 escolar pode contribuir para a mudança de hábitos e
posturas da comunidade escolar? De que maneira?
c) Descreva a escola de seus sonhos. Aqui foram traçadas as metas e ações que foram
desenvolvidas.
Figura 1 - Abertura da Agenda 21
Fonte: BENEDETTI, 2011.
Na seqüência utilizando-se o instrumento de avaliação proposto na abertura da
Agenda 21 escolar, propôs-se aos professores de geografia que recolhessem dados,
onde os alunos foram questionados acerca de suas representações referentes à
Educação Ambiental e seu espaço escolar por meio de questionário.
a) O que você entende por meio ambiente?
b) Como a educação ambiental tem sido trabalhada em sua escola?
Nesta unidade foi realizada uma palestra sobre o Consumo e Desperdício. Foi
feito a dinâmica “O pé de consumo” (DIAS, 2010).
Figura 2 – Palestra o que é educação Ambiental Figura 3 – Dinâmica- pé de consumo Fonte: BENEDETTI, 2011. Fonte: BENEDETTI, 2011.
Em seguida os professores de artes trabalharam a parte lúdica, onde iniciaram
com as perguntas:
a) Em qual(ais) disciplinas você já teve a oportunidade de aprender brincando?
Em seguida cada turma desenvolveu atividades lúdicas conforme seu
planejamento. Representação em desenhos, máscaras, caricaturas, poesias, paródias,
quadros, teatro, portfólio onde todos estes trabalhos foram expostos a comunidade
escolar em dezembro no encerramento das atividades.
Figura 4 - O lúdico em artes Figura 5 - O lúdico em matemática Fonte: BENEDETTI, 2011 Fonte: BENEDETTI, 2011
Com o objetivo de transpor os muros da escola a comunidade foi convidada
para que se inscrevessem para participar de oficinas com material de reaproveitamento
de resíduos existente em nosso meio. Antes das oficinas a professora aplicou o
questionário:
a) O que é lixo para você?
b) Na sua casa, na sala de aula, no pátio da escola, você contribui para a limpeza?
Como?
c) O que significa coleta seletiva para você?
d) Você faz coleta seletiva em sua casa? Como?
e) Você já viu/usou as lixeiras de coleta seletiva? Onde?
f) Pinte as lixeiras nas cores da reciclagem.
g) Comente por que reciclar, reutilizar e reduzir o consumo de matéria prima no planeta.
h) O que são materiais recicláveis? Exemplo.
Foi trabalhado oficina de porta retrato com chapas de Raio-X, fuxico com restos
de retalhos das fábricas, painel com chapas de raio-X que está exposto nas salas de
aula para colocarem os trabalhos realizados pelos professores, confecção de colar com
reaproveitamento de acessórios, porta toalha com CD descartados, Kit para cozinha
com garrafas pet, canteiro ecológico com pet e chapas de raio-X. Todas estas
atividades foram expostas no encerramento do projeto em dezembro para a
comunidade escolar.
Figura 6 – Prática: Chapa de raio-X -painel Figura 7- Prática: enfeites de Natal Fonte: BENEDETTI, 2011 Fonte: BENEDETTI, 2011
Juntamente com os parceiros do projeto foi possível ter esta mudança que a
escola tanto necessitava. A coordenadora, direção, juntamente com a prefeitura, usina
José Richa alguns professores e alunos uniram suas forças e transformaram o espaço
escolar.
Neste momento houve a limpeza do quintal da escola (fundos), no qual se
derrubou todas as árvores que não eram nativas e replantado arvores nativas da
região, iniciamos o bosque com jardinamento e mesas para estudo, foi feito o jardim na
parede do pátio da escola, colocado lixeiras nas arvores feitos com monitores de
computadores que não tinham mais uso e o professor de educação física desenvolveu
o lixo - bol. Toda a comunidade escolar notou significativa transformação no espaço
escolar. Houve também a reforma do palco solicitado nas propostas, onde se fez a
estrutura metálica para a apresentação das atividades culturais na escola. As zeladoras
realizaram a compostagem de resíduos sólidos no espaço escolar que passou a ser
utilizado como adubo para o jardinamento.
Figura 8 – Processo de compostagem/limpeza Fonte: BENEDETTI, 2011
Figura 9 – Arborização do espaço escolar Fonte: BENEDETTI, 2011
Figura 10 – Lixo-bol: Educação física Fonte: BENEDETTI, 2011
Figura 11 – Visita: Usina de compostagem Fonte: BENEDETTI, 2011
As ações realizadas foram divulgadas na escola e na comunidade por meio de
apresentações, jornais, murais, programas de rádio, eventos com atividades culturais,
palestras e atividades práticas.
Ao longo do projeto e depois de finalizado, verificou-se que as ações ajudaram
a resolver os problemas identificados e promoveram as mudanças que desejávamos.
Para isso precisou-se de indicadores que funcionam como “termômetros” para que
pudéssemos medir e depois comparar os resultados. Dessa forma, questionários foram
aplicados como instrumentos de coleta de dados antes e após a realização do projeto,
além de imagens (fotos) do ambiente escolar.
Sendo assim, ao realizar as atividades práticas, ressalta-se a importância da
contextualização do conteúdo de ciências com as demais áreas do conhecimento.
Figura 12 – Encerramento “Agenda 21” Fonte: BENEDETTI, 2011
Figura 13 – Música “Que vida boa” Fonte: BENEDETTI, 2011
5 Resultados e discussão
Os dados abaixo demonstram a representação de meio ambiente de 643 alunos
no decorrer da construção e desenvolvimento da Agenda 21 escolar.
Categoria Subcategorias %de respostas
Representação de meio
ambiente
1 Naturalista
2 Antropocentrica
3 Globalizante
494
63
86
Tabela 1 - Representação do Meio Ambiente dos alunos Fonte: BENEDETTI, 2011.
Analisando a tabela 1, acima, verifica-se na subcategoria 1 que dos 643 alunos,
494 tiveram uma visão naturalista de meio ambiente conforme verificado nos
comentários e desenhos abaixo:
FRASES NATURALISTAS
“O meio ambiente significa os rios, as ruas, não poluir nosso planeta,
principalmente nossa casa” (ROHLING, 2011).
“É uma paisagem natural de muito verde, onde vivemos” (HOFFELDER, 2011).
“É a mata atlântica, natureza, arvores, plantações, ar, água e alimento.”
(SHAKAY, 2011).
“É um bosque sem lixo, preservado, com bastante árvores e plantas.” (RITTER,
2011).
Figura 14 - Representação Naturalista Fonte: VIEIRA, 2011.
”Meio ambiente é o meio onde vivemos, nós precisamos nos alimentar, respirar, ter plantas, animais de varias espécies dentro deste meio, só que este meio esta morrendo as pessoas está destruindo esse meio poluindo com: fumaça, queimadas, agrotóxicos, lixo e muitas outras coisas”. (MORGAN, 2011)
“Meio ambiente é o local onde vivemos, por esse motivo devemos cuidar do nosso
ambiente, pois no futuro irá fazer muita falta para nossos filhos, netos, etc”.
(DAGOSTIN, 2011)
“É a natureza, o ar, a água, e nossa casa. È algo que devemos preservar, cuidar, pois
faz parte da nossa vida”. (MAIER, 2011)
“É o lugar onde sobrevivemos, onde tem tudo o que precisamos para ter uma vida
saudável, por isso temos que cuidar dos rios, mares do ar, não devemos poluir, sujar e
preservar a nossa vida, para os próximos não sofrerem as conseqüências”.
(DALBERTO, 2011)
Figura 15 - Representação Antropocêntrica Fonte: BENEDETTI, 2011.
De acordo com Reigota (2002), muitos representam o meio ambiente como
sinônimo de natureza, elementos bióticos e abióticos, tendo a natureza como algo
intocado, o que vem demonstrando ao longo dos anos a dificuldade dos mesmos
perceberem a interação do homem com o meio.
As frases e desenhos revelaram que os alunos pesquisados apresentam ainda
de certa forma uma visão naturalista que tende a interferir no seu dia a dia de não se
sentirem como parte integrante do ambiente o que acaba gerando atitudes
inadequadas.
Observando a subcategoria 2, podemos verificar que 63 alunos da amostra
possuem uma visão antropocêntrica de meio ambiente e deram enfoque ao meio em
que vivem, e o uso dos recursos para a sua necessidade, conforme suas definições e
desenhos a seguir:
“O meio ambiente é muito importante para nós porque sem ele a gente não vive”.
“Eu entendo que devemos cuidar do meio ambiente para termos uma vida boa, pois se
ele estiver contaminado nós estaremos doentes, e todos os animais e as plantas vão
desaparecendo.” (ALMEIDA, 2011)
”O meio ambiente e uma determinada área de vegetação limpa e sem poluição com
muitos rios, aves, peixes e animais e diversas vidas. Onde todos vivem em harmonia
com todos e a natureza fazendo o certo e sendo responsável. Mas o meio ambiente
não é só natureza, mas sim, também as cidades e onde as pessoas vivem e são
felizes”. (DALAZEM, 2011)
“É tudo o que o planeta terra possui, inclusive nós e também rios, mares, planícies,
montanhas. Mas isso pode acabar se não tivermos a consciência que o nosso mundo
vai se acabar”. (SILVA, 2011)
“É tudo o que o planeta terra possui, inclusive nós e também rios, mares, planícies,
montanhas. Mas isso pode acabar se não tivermos a consciência que o nosso mundo
vai se acabar”. (WINGHT, 2011)
Figura 16 – Visão Globalizante Fonte: AMBROSIO, 2011
Segundo Reigota (1995) essa visão implica na compreensão da natureza a
serviço do homem: “o meio ambiente é reconhecido pelos seus recursos naturais, mas
são de utilidade para a sobrevivência do homem”.
Para Mininni-Medina (1994), tal maneira de conceber o meio ambiente está
relacionada a uma visão fragmentada de meio, voltando-se apenas para o cuidado com
o meio natural, deixando de lado uma leitura critica da problemática ambiental e
considerando o meio ambiente como um recurso que esta a serviço do ser humano, o
qual não consegue se inserir nesse contexto.
De acordo com Dias (2004) o meio ambiente não é formado apenas por flora e
fauna, água, solo e ar, como tradicionalmente definido, é necessário e importante
considerar aspectos políticos, éticos, econômicos, sociais, ecológicos e culturais para
uma visão global.
Na subcategoria 3 verifica-se que 86 alunos apresentam em seus comentários
e desenhos uma visão globalizante de meio ambiente, conforme pode ser observado
baixo:
“Eu entendo que é a integração dos seres vivos no espaço, por isso que
devemos preservar de forma digna, que é necessário todos viverem nesse meio
ambiente de forma harmônica com todos que estão ao nosso redor.”
“Meio ambiente é a vida, o espaço natural que dá a saúde para as pessoas.
Meio ambiente é a fauna a flora e o nascimento e a morte, e a criação, bem são
elementos vivos e mortos que formam a vida com perfeição. “A natureza inclui todos os
elementos vivos e mortos”.
“É tudo o que faz parte do planeta em que vivemos. O planeta e nossa casa e
temos a obrigação de cuidar dele, sendo assim, estamos cuidando da nossa própria
casa, do nosso meio ambiente”.
“O meio ambiente está presente ao nosso redor seja na natureza, na rua, seja
na cidade, na nossa casa ou na escola. Muitos falam que meio ambiente é plantar
árvores e animais. Porém em minha opinião o meio ambiente está relacionado ao
relacionamento das pessoas com o ambiente onde vivem. Não e só cuidar de animais,
plantas, mas e cuidar da saúde de todos (animais e plantas), e cuidar da escola, da
nossa vida sem prejudicar o meio ambiente isto e desenvolvimento sustentável”.
Dessa forma, pode-se afirmar que muito dos alunos mesmo estando em
construção de seus conceitos já tem uma visão global do que é meio ambiente.
A tabela 2 abaixo demonstra a representação dos alunos sobre Educação
Ambiental.
Categoria Subcategorias N° de prof.
Representação de
Educação Ambiental
1 - Separação de resíduos
2 - Cuidar do meio ambiente
3 - Através de palestras,
cartazes, desenhos
4 - Cuidar da saúde
5 - Não responderam
287
216
123
8
9
Tabela 2 - Representação de Educação Ambiental Fonte: BENEDETTI, 2011.
O meio ambiente é uma das dimensões que desafiam a educação do presente
e do futuro. Uma serie de questões são interrogadas nos bancos escolares de como o
aluno entende que a Educação Ambiental tem sido trabalhada nas escolas.
Dessa forma verifica-se na subcategoria 1, que dos 643 alunos pesquisados,
287 estudantes vêem que a educação ambiental tem sido trabalhada na escola como
separação de lixo (reciclagem).
Já 216 alunos, conforme pode ser observado na subcategoria 2, citaram que na
escola é trabalhado as questões ambientais de maneira que o ser humano deve “cuidar
do meio ambiente” e de acordo com a subcategoria 3, os demais 123 alunos citaram
que a escola trabalha através de palestras, com demonstrações em cartazes,
desenhos. Ainda na subcategoria 4, 8 alunos representaram como sendo uma atividade
que trabalha contextos de saúde.
Mesmo trabalhando as questões ambientais como citado acima pelos alunos,
segundo Gadotti, a instituição ainda não utiliza o potencial organizativo e transformador
das escolas.
Segundo Reigota, a metodologia participativa permite que o processo
pedagógico seja aberto, democrático e diálogo com toda a comunidade escolar.
Um dos procedimentos metodológicos que Floriani destaca e a observação da
realidade, os alunos citaram como a escola vem trabalhando as questões sobre o meio
ambiente.
A própria escola, com seus problemas ambientais específicos, pode fornecer
elementos de estudo e debates e fazer surgir idéias para a solução de muitos deles,
envolvendo os alunos(as) e a comunidade escolar na sua manutenção . (Reigota, 2009)
Segundo o currículo básico, nos dias atuais, e educando, tem mais acesso a
informação sobre o conhecimento científico, no entanto, constantemente reconstrói
suas representações a partir do conhecimento cotidiano, formando as bases para a
construção de conhecimentos alternativos, úteis na sua vida diária.
Com relação ao conhecimento sobre Agenda 21 escolar, verifica-se no gráfico
abaixo que dos 37 alunos apenas 3 já tinham ouvido falar sobre Agenda 21, a maioria
nunca ouviram falar.
Após a exposição do que e Agenda 21 escolar dos 37 alunos representantes
das turmas, 22 citarem que entenderam que é uma proposta de melhoria da qualidade
de vida da comunidade. Enquanto 15 dos alunos ainda afirmaram que é a organização
da parte física da escola.
O que é Agenda 21 Escolar? Antes do projeto Depois do projeto
0
5
10
15
20
25
30
35
Depois do Projeto
Nunca
ouviram falar
Ouviram falar
pelos
professores
0
5
10
15
20
25
Depois da exposição
do que é agenda 21.
Projeto de
organização da
parte física do
colégio.
Projeto para
melhorar a
posibilidade de
vista da
comunidade.
Gráfico1: Agenda 21 – Antes do Projeto Gráfico2: Agenda 21 – Depois do Projeto Fonte: BENEDETTI, 2012 Fonte: BENEDETTI, 2012
A escola tem autonomia de desenvolver os projetos que vá de encontro das
necessidades da mesma. O Estado e o responsável pela manutenção e construção da
parte física do estabelecimento, isto consta no Regimento da escola e no Projeto
Político Pedagógico.
Reigota afirma que muitos são os métodos possíveis para a realização da
educação ambiental.
Qual e a escola de seus sonhos?
0
5
10
15
20
Escola Limpa,
organizada,
patio limpo e
carteiras boas
Escola unioda,
sem brigas.
Com uma
estrutura
melhor
Escola e Prof.
dinâmicos
Gráfico 3: Agenda 21 – Qual é a escola de seus sonhos? Fonte: BENEDETTI, 2012
Todos entenderam que é importante ter a Agenda 21 escolar, pois e um
instrumento de planejamento de suas atividades, fazer projetos coletivos que possam
realmente transformar a realidade, aumentar seu diálogo com a comunidade de seu
município, isso só será possível se todos colaborarem e se tiver permanente processo
de sensibilização de todos.
5 Considerações Finais
A Agenda 21 Escolar foi planejada e organizada capacitando os professores
para trabalharem conflitos de maneira justa e humana promovendo a cooperação o
diálogo entre a comunidade escolar, entidades, empresas com a finalidade de criar
novos modos de vida baseados em atender as necessidades básicas de todos sem
distinção étnicas, culturais, religiosas, esportivas, etc. Os conhecimentos devem tratar
suas realidades sociais, econômicas, políticas e culturais e ecológica.
Pelo levantamento de dados coletados foi possível concluir a participação
coletiva de toda comunidade escolar. Todos almejamos uma escola alegre, inovadora,
com pensamentos críticos e que todos possam sonhar com a possibilidade de um
mundo melhor mais justo e humano.
Entendemos que a educação ambiental não é neutra, mas ideológica. E um ato
político, baseado em valores para a transformação social. Assim, conhecimentos que
adquirimos na escola possam conscientizá-los e transformar-se em ações de respeito,
proteção e preservação do meio ambiente.
Desta forma a educação ambiental deve envolver uma perspectiva holística,
enfocando a relação entre o ser humano, a natureza e o universo de forma
interdisciplinar, possibilitando a comunicação à expressão, a criatividade, que o lúdico
possa ser uma ferramenta pedagógica constante presente na efetivação dos sonhos
dos educadores.
Diante do exposto a educação ambiental deve tratar as questões globais e
locais suas causas e inter-relações em uma perspectiva sistêmica em seu contexto
social e histórico. Isto implica que as comunidades devem retornar a condução de seus
próprios destinos. Que os conhecimentos adquiridos na escola extrapolem os muros
que invadam a comunidade e transformem as ações destruidoras em ações
conscientes de sustentabilidade planetária.
Entendemos que a educação ambiental requer a democratização dos meios de
comunicação e ser comprometido com os interesses de todos os setores da sociedade.
A comunicação é um direito invulnerável e os meios de comunicação de massa devem
ser transformados em um canal privilegiados de educação não somente disseminando
informações em bases igualitárias, mas também promovendo intercambio de
experiências métodos e valores.
Finalizando, falar de educação ambiental e uma responsabilidade individual e
coletiva, e esta deve possibilitar a integração de conhecimentos, aptidões, valores,
atitudes e ações. Deve converter cada oportunidade em experiências educativas de
sociedades sustentáveis, ao mesmo tempo ajudando a desenvolver uma consciência
ética sobre todas as formas de vida com as quais compartilhamos neste planeta,
respeitar seus ciclos vitais e impor limites à exploração dessas formas de vida.
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