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    So Gonalo

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    AGENDA 21 COMPERJGrupo Gestor:Petrobras Gilberto Maldonado PuigMinistrio do Meio

    AmbienteKarla Monteiro Matos (2007 a junho de 2010)Geraldo Abreu (a partir de julho de 2010)

    Secretaria de Estado do Ambiente (RJ)

    Carlos Frederico Castelo Branco

    Equipe:Coordenao Geral: Ricardo Frosini de Barros FerrazCoordenao Tcnica: Patricia KranzRedao: Arilda Teixeira

    Janete AbrahoKtia Valria Pereira GonzagaPatricia KranzThiago Ferreira de Albuquerque

    Pesquisa: Mnica Deluqui e Ruth SaldanhaReviso de Contedo: Ruth SaldanhaReviso: Bruno Piotto e Fani KnoplochLeitura Crtica: Cludia PfeifferEdio de Texto: Vania Mezzonato / Via TextoColaborao: Ana Paula Costa

    Bruno PiottoHebert LimaLiane ReisLuiz NascimentoNathlia Arajo e Silva

    Fomento dos Fruns: Ana Paula CostaColaborao: Leandro Quinto

    Paulo BrahimRoberto Rocco

    Projeto Gr co: Grevy Conti Designers

    Seleo e Tratamento deImagens: Maria Clara de Moraes

    Fotos: Jorge Goular t, Marcos Dias, Nilo Santos,Prefeitura Municipal de So Gonalo, ReynaldoFlix, Roberto Rocco, Sergio Ricardo Fonseca/ Banco de Imagens Petrobras: Cris Isidoro eIsmar Ingber

    Impresso: Stilgraf

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    MEMBROS DO FRUM DA AGENDA 21 DE SO GONALO

    Primeiro SetorMiguel Moraes Cmara de Vereadores (a partir de3/2010)

    Marcos Aurlio Franco Rodrigues Secretar ia

    Municipal de Admini strao (a part ir de 6/2010)Eliana Sidaco Gabinete da Prefeita

    Vnia Fer nandes Lemes Secretaria Municipal deDesenvolvimento Social

    Elias da Silva Cavalcanti Secretar ia Municipal deSade (a part ir de 6/2010)

    Evanildo Barreto - Secretar ia Municipal deDesenvolvimento Econmico, de Cincia e Tecnologia(de 2007 a 4/2010)

    Juan Manuel Varas Flores - Subsecretaria Municipal de Agricu ltura e Pesca (2007 a 6/2010)

    Luiz Vanderlei da Silva Dias - Secretar ia Municipal deMeio Ambiente (a par tir de 2011)

    SuplentesDoralice Cordeiro

    Thiago de Arajo Silva

    Segundo SetorMarco Antonio Muniz Manhes Etros Mquinas eEquipamentos Ltda.

    Paulo Domingos Barbosa Fontes Filho AssociaoComercial e Empresaria l de So Gonalo (Acesg)

    Lucenil Carva lho Techlabor - Firjan

    Acio Nanci Casa de Sade So Jos

    Maurlio Soares Plo Automotivo

    Suplentes Aldei r de Carvalho

    Srgio Kunio Yamagata

    Terceiro SetorEmilia Candido do Nascimento ONG Enfoco

    Maria Lucidia Tavares da Cruz ONG Salvar te

    Oscarina Souza Siqueira ONG Movimento deMulheres em So Gonalo

    Snia Regina dos Santos Ribas ONG Ama

    Maria das Graas Bispo ONG Guardies do Mar

    SuplentesIolanda Rodrigues Pinheiro

    Ana Mar ia do Sacramento

    ComunidadeJoo Batista Miranda

    Jos Eudes Pinheiro

    Octvio Fernandes da Silveira

    Heliomar da Silva (Bola)

    Ilma Maria Bezerra de Sousa

    Suplentes Alquimr ica Henrique da Si lva

    Luis Cesar Modesto do Rosrio

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    Um dos principais empreendimentos da histria da Petrobras , o Complexo Petroqumicodo Rio de Janeiro (Comperj) dever entrar em operao em 2013. Situado em Itabora,

    vai t ransformar o perf il socioeconmico de sua regio de inf luncia.

    Ciente da necessidade de estabelecer um relacionamento positivo com as comunidadessob influncia direta de suas operaes, a Petrobras, em parceria com o Ministr io doMeio Ambiente, a Secretaria de Ambiente do Estado do Rio de Janeiro e organizaesda sociedade civi l, desenvolveu uma metodologia para implementar a Agenda 21 Localnos municpios localizados no entorno do Comperj.

    Em todo o mundo, j foram desenvolvidas mais de 5 mil Agendas 21 Locais, e diversasempresas utilizaram ou utilizam a Agenda 21 em seus processos de planejamento ealinhamento com a sustentabilidade. No entanto, no se conhece experincia anteriorque tenha fomentado um processo em escala semelhante, nem que empregue a Agenda21 como base de poltica de relacionamento e de comunicao, o que torna esta expe-rincia uma estratgia empresarial indita.

    A implementao de Agendas 21 Loca is colabora para estruturar modelos sustentveisde desenvolvimento, ao mesmo tempo em que esclarece o papel de cada setor socialnesse processo. Alm disso, neste caso, contribui para que os municpios se preparemmais adequadamente para os i mpactos e oportunidades advindos do desenvolvimentoimpulsionado pelo Comperj e por outras empresas que se instalaro na regio.

    A Agenda 21 Comperj expressa o compromisso por parte da Petrobras, do Ministriodo Meio Ambiente, da Secretaria de Ambiente do Estado do Rio de Janeiro e de todosos demais envolvidos, de promover um desenvolvimento pautado na sustentabilidade

    no entorno da regio em que o Comperj se insere.Esse esforo s foi possvel devido ampla part icipao de toda a sociedade. Assim,agradecemos a todas as inst ituies, empresas, associaes e cidados que, voluntaria-mente, dedicaram seu tempo e esforos ao fortalecimento da cidadania em seus munic-pios em busca de um modelo de desenvolvimento que leve qualidade de vida para todos.

    Estendemos nosso agradecimento tambm a todas as prefeituras e cmaras de vereado-res, ao Poder Judicirio e a outros representantes do Primeiro Setor por sua participao

    ativa nesse processo.Esperamos que a Agenda 21, fruto de trabalho intenso e amplo compromisso, contribuapara a construo de um futuro de paz e prosperidade para esta e as prximas geraes.Transform-la em realidade uma tarefa de todos.

    Grupo Gestor da Agenda 21 Comperj

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    Prezados muncipes,

    Primeiramente, gostaria de agradecer a Deus por ter abenoado as pessoas que nos ajudaram, direta e indireta-mente, na realizao deste trabalho dinmico e eficiente que o Plano Local de Desenvolvimento Sustentvel.Graas ao seu esforo e exemplo de cidadania, representantes do governo, empresrios, ONGs e comunidadese unira m para a constr uo da Agenda 21 Local, o que para mim motivo de orgulho.

    Foi de acordo com esses pr incpios que a Petrobras fomentou a criao da Agenda 21 em So Gonalo, visandoao desenvolvimento sustentvel da regio por meio da construo de um Plano Local de DesenvolvimentoSustentvel na rea de influncia do Complexo Petroqumico do Rio de Janeiro, que est sendo construdo emItabora, na qual So Gonalo est inserido.

    A Agenda 21 de So Gonalo v isa a um novo modelo de desenvolv imento e incentiva uma cidadania ativa epropositiva, com parcerias de diversos atores econmicos, sociais e formadores de opinio, vinculados noapenas questo ambiental, mas tambm par ticipao democrtica e representao civil. Assim, os quatrosetores reunidos (poder pblico, empresrios, ONGs e comunidade) desenvolveram propostas detalhadas paramelhorar e estr uturar o municpio, reunidas em um Plano Local de Desenvolvimento Sustentvel.

    So Gonalo, que j teve o ttu lo de Manchester Fluminense, hoje tem a possibilidade de resgatar esse momento. a grande chance de os gonalenses terem melhores oportunidades e qualidade de vida. Em outra s palavras,o esforo de planejar o futuro, com base nos princpios da Agenda 21, gera insero social e oportunidades

    para que a sociedade e os governos possam definir suas prioridades nas polticas pblicas.Devemos agora nos conscientizar de que este o momento de mobilizao e de que temos o dever de preser-

    var e melhora r nosso meio ambiente, e So Gonalo est inser ido neste contexto de conscienti zao para amelhoria da qua lidade de vida de seus habitantes. Os representantes do Frum da Agenda 21 Local esto atu-antes, preocupados com o desenvolvimento sustentvel do municpio. Temos que, unidos, mudar a histria dahumanidade para que as f uturas geraes sejam mais conscientes e tenham um mundo de harmonia e muitomelhor para desfruta r.

    Assim, paraben izo todos os membros da Agenda 21 por este honroso e va lioso t rabalho, e por sua contribuiopara uma sociedade voltada para o bem comum e o desenvolvimento sustentvel do nosso municpio.

    Atenciosamente,

    Aparecida Panisset

    Prefeita de So Gonalo

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    Nestes maravil hosos tempos de mudanas e oportunidades, nosso municpio tem sido profundamente inf luen-ciado por pensamentos, crenas e aes de todos os seus habitantes. A histria criada no s por aquelescujos nomes so reverenciados e celebrados, mas tambm pelos modestos e pelos desconhecidos.

    Porm, diante de um quadro de desigualdade de renda, excluso social, sade pblica precria, fome, anal-fabetismo, baixa qualif icao profissional, cr ianas em situao de risco, precar iedade nas habitaes, altondice de desemprego, agresses ao meio ambiente e disparidade e heterogeneidade socioeconmicas, cu ltura is eregionais , no possvel pensa r que tais questes devam ser resolv idas unicamente pela ao do poder pblico,ainda que a atuao deste em seus diversos nveis seja imprescindvel e insubstituvel para a universal izaodas polticas pblicas. No se pode mais atribuir unicamente s autoridades tal responsabilidade. O desenvol-

    vimento social e ambiental sustentvel v ita l para que haja crescimento econm ico, e, sem este, no se podepensar no desenvolvimento humano.

    A nova ordem mundia l, a partir da dcada de 1990, no apenas trouxe novos conceitos, mas tambm de niu umanova metodologia de trabalho para as par tes interessadas, baseada na interao entre os diversos atores do espaopblico. E a participao destes ca cada vez mais evidente na identi cao de oportunidades, na descober ta de

    potencialidades e solues inovadoras, bem como na busca de sinergia entre iniciativas e na promoo de par-cerias para o bem-estar social. Nesse novo arranjo institucional, as organizaes da sociedade civi l vm sendopercebidas como sujeitos polticos indispensveis no processo de enfrentamento das questes socioambientais.

    A participao e o compromisso do poder pblico, em parcer ia com a in iciat iva pr ivada, organizaes doTerceiro Setor e lideranas locais, vm contribuindo para diminuir as d isparidades sociais nas mais diver sasreas. Com isso, ganha a sociedade, que encontra nas aes de responsabilidade social um reforo para a me-lhoria da qual idade de vida da populao, assegurando seu compromisso com o fortalecimento da cidadania,a sustentabilidade do meio ambiente e a preservao do patr imnio pblico.

    Seguindo estes princpios, a Petrobras fomentou a criao das Agendas 21 Locais, cujo principal objetivo aconstruo de polticas voltadas ao desenvolvimento sustentvel, tendo seu material pautado pelas premissasda Agenda 21 brasileira, ativa e propositiva, com a parcer ia dos diversos atores econmicos e a participaodemocrtica e representativa de toda a sociedade na construo do Plano Local de Desenvolvimento Susten-tvel de So Gonalo.

    Agradeo a Deus, que nos inspira sempre em nossas atividades, e peo que nos d a qualidade humana que maisafeta os resultados de nossas vidas: a confiana. S com ela avanamos na di reo dos nossos sonhos. Agra-

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    decemos aos profissionais que se dedicaram elaborao deste trabalho, que demonstraram ser especia listas

    em suas reas, e a todos os demais representantes e colaboradores. Esta iniciativa evidencia um ato cidado, eo Frum da Agenda 21 de So Gonalo tem o compromisso de div ulgar es ta obra por todo o nosso municpio.

    Aproveitamos para ressaltar o grande apoio e incentivo da Petrobras e de toda a sua equ ipe de consultores,bem como das ONGs que participaram de todo o processo da Agenda 21 em So Gonalo.

    Desejo a todos uma tima leitura e um novo exerccio de cidadania a par tir dela.

    Atenciosamente,

    Marco ManhesCoordenador do Frum da Agenda 21 de So Gonalo

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    SumrioDESENVOLVIMEN TO SUSTENTVEL E A AGENDA 21 15 A Agenda 21 Local 16 A Agenda 21 no Brasil 17

    O COMPERJ 18 Agendas 21 Locais na Regio 18 Premissas 19 Organizao da Sociedade 20 Metodologia 20 Desafios e Lies Aprendidas 24

    O MUNICPIO DE SO GONALO 27 Um pouco da histria de So Gonalo 28 O processo de construo da Agenda 21 Local 29

    AGENDA 21 DE SO GONALO 32

    Para ler a Agenda 32 Vetores Qualitativos e os 40 captulos 33 Vocao e Viso de So Gonalo 36

    ORDEM AMBIENTAL 39 Recursos Naturais 40 Recursos Hdricos 46

    Biodiversidade 51 Mudanas Climticas 55

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    ORDEM FSICA 59 Habitao 60 Saneamento 66 Mobilidade e Transporte 73 Segurana 76

    ORDEM SOCIAL 81 Educao 82 Educao Ambiental 85 Cultura 88 Sade 91 Grupos Principais 95 Padres de Consumo 103 Esporte e Lazer 105

    ORDEM ECONMICA 109 Gerao de Trabalho, Renda e Incluso Social 110 Agricultu ra 117 Indstr ia e Comrcio 121

    Turismo 125 Gerao de Resduos 127

    MEIOS DE IMPLEMENTAO 133 Cincia e Tecnologia 134 Recursos Financeiros 138 Mobilizao e Comunicao 144

    Gesto Ambiental 146

    AES DA PETROBRAS NA REGIO 154 Programas ambientais 154 Projetos sociais 156

    GLOSSRIO (SIGLAS) 158

    PARTICIPANTES 162CRDITOS TCNICOS E INSTITUCIONAIS 170

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    DESENVOLVIMENTO SUSTENTVEL

    E A AGENDA 21 A sustentabilidade no tem a ver apenas com a biologia,a economia e a ecologia, tem a ver com a relao quemantemos com ns mesmos, com os outros e com a natureza.(Moacir Gadotti)

    A vida depende essencia lmente do que a Ter ra oferece g ua , ar , terra ,minerais, plantas e animais. Todavia, h algumas dcadas, esses recursosnaturais vm dando sinais de esgotamento ou de degradao, principalmenteem funo do consumo dos seres humanos, que esto se apropriando de cercade 20% da produo mundial de matria orgnica. Como um planeta comrecursos em grande par te finitos pode abrigar e prover a crescente populaode seres humanos e as demais espcies que nele vivem?

    Evidncias cientficas sobre os cr escentes problemas ambientais levarama Organizao das Naes Unidas (ONU) a reunir 113 pases, em 1972, no

    primeiro grande evento internacional sobre o meio ambiente a Confern-cia das Naes Unidas sobre o Desenvolvimento e Meio Ambiente Humano,conhecida como Conferncia de Estocolmo. Uma das concluses do encontrofoi que era preciso rever a prpria noo de desenvolvi mento. Para tanto, foicriada a Comisso Mundial de Meio Ambiente e Desenvolvimento, que, em1987, publicou o relatr io Nosso Futuro Comum, no qual foi consagrado oconceito de desenvolvimento sustentvel.

    A Comisso declarou que a economia global, para atender s necessidadese interesses legtimos das pessoas, deve crescer de acordo com os limitesnaturais do planeta e lanou o conceito de sustentabilidade. A humanidadetem a capacidade de tornar o desenvolvimento sustentvel de assegurarque eleatenda s necessidades do presente sem comprometer a habilidade das

    futuras geraes de satisfaze r suas prprias necessidades.

    Em busca desse novo modelo de desenvolvimento, em 1992 a ONU convocoua Conferncia das Naes Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento,

    real izada no Rio de Janeiro e que f icou conhecida como Rio-92. Tratou-se, napoca, do maior evento voltado para o meio ambiente at ento realizado pelaONU, contando com a representao de 179 naes e seus principais dir igentes.

    Um dos principais resultados da Rio-92 foi o documento do Programa Agenda21, que aponta o desenvolvimento sustentvel como o caminho para revertertanto a pobreza quanto a destruio do meio ambiente. O documento lista asaes necessrias para deter, ou pelo menos reduzir, a degradao da terra ,do ar e da gua e preservar as florestas e a diversidade das espcies de vida.Trata da pobreza e do consumo excessivo, ataca as desigualdades e alerta

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    para a necessidade de polticas de integrao entre questes a mbientais,sociais e econmicas.

    Em seus 40 captulos, o documento detalha as aes esperadas dos governosque se comprometeram com a Agenda 21 e os papis que cabem a empres-rios, sindicatos, cientistas, professores, povos indgenas, mulheres, jovens ecrianas na construo de um novo modelo de desenvolvimento para o mundo.

    A Agenda 21 localMais de dois teros das declaraes da Agenda 21 adotadas pelos governosnacionais participantes da Rio-92 no podem ser cumpridos sem a cooperaoe o compromisso dos governos locais. Em todo o documento h uma fortenfase na ao local e na admini strao descentralizada.

    Mais precisamente, a ideia da elaborao das Agendas 21 Locais vem docaptulo 28 da Agenda 21, o qual afirma que no nvel local que as aesocorrem concretamente e, assim, as comunidades que usam os recursos natu-

    rais para sua sobrevivncia que podem ser mais eficientemente mobilizadaspara proteg-los.

    A Agenda 21 Loca l um processo de elaborao de pol ticas pblicas volta-das para o desenvolvimento sustentvel e de sua implementao por meio daformao de parcerias entre autoridades locais e outros setores, orientando-osrumo ao futu ro desejado.

    O processo de construo de Agendas 21 Locais se inicia com um levantamento

    dos problemas, preocupaes e potencialidades de cada territrio, seguidoda elaborao de um plano local de desenvolvimento sustentvel, de formaconsensual e com ampla participao de todos os setores da sociedade.

    A constr uo das Agendas 21 Loca is se d por meio dos Fruns de Agenda 21,espaos de dilogo onde representantes de diversos setores da sociedade serenem regula rmente para acompanhar a construo das Agendas 21 Locaise a v iabilizao dos Planos Locais de Desenvolvimento Sustentvel.

    A construo de Agendas 21 Locais um processo contnuo e no um nicoacontecimento, documento ou atividade. No existe uma li sta de tarefas aexecutar, mas uma metodologia que envolve uma sr ie de atividades, ferra-mentas e abordagens que podem ser escolhidas de acordo com as circuns-tncias e prioridades locais, e que devero ser constantemente trabalhadase atualizadas.

    A Agenda 21valoriza a cidadaniapromovendo justiasocial, transparncia

    e compromisso.

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    A Agenda 21 no BrasilO processo de elaborao da Agenda 21 brasileira se deu entre 1996 e 2002,e foi coordenado pela Comisso de Polticas de Desenvolvimento Sustentvel(CPDS). Durante esse per odo, cerca de 40 mil pessoas em todo o Pas foramouvidas, em um processo que valorizava a participao cidad e democrtica.

    No ano seguinte ao trmino da sua elaborao, a Agenda 21 brasileira foialocada como parte integrante do Plano Plurianual (PPA) do governo fede-ral o que lhe proporcionou maior fora poltica e institucional e deu-seincio fase de implementao.

    A Agenda 21 brasilei ra cita quatro dimenses bsicas no processo de cons-truo do desenvolvimento sustentvel:

    tica demanda que se reconhea que o que est em jogo a vida no planetae a prpria espcie humana;

    Temporal determina a necessidade de planejamento a longo prazo, rompendocom a lgica imediatista;

    Social expressa o consenso de que o desenvolvimento sustentvel s poderser alcanado por uma sociedade democrtica e mais igua litria;

    Prtica reconhece que a sustentabilidade s ser conquistada por meio damudana de hbitos de consumo e de comportamentos.

    Assim como nos demais pases, a Agenda 21 brasileira no pode ser cumpridasem a cooperao e o compromisso dos governos locais.

    Segundo o Ministrio do Meio Ambiente (MMA), a Agenda 21 Local oSegundo o Ministrio do Meio Ambiente (MMA), a Agenda 21 Local oprocesso de planejamento participativo de determinado territrio que en-processo de planejamento participativo de determinado territrio que en-volve a implantao de um Frum de Agenda 21. Composto por governo e volve a implantao de um Frum de Agenda 21. Composto por governo esociedade civil, o Frum responsvel pela construo de um Plano Loca lsociedade civil, o Frum responsvel pela construo de um Plano Loca lde Desenvolvimento Sustentvel (PLDS), que estrutura a s prioridades locaisde Desenvolvimento Sustentvel (PLDS), que estr utura a s prioridades locaispor meio de projetos e aes de curto, mdio e longo prazos. No Frum sopor meio de projetos e aes de curto, mdio e longo prazos. No Frum sotambm definidas as responsabilidades do governo e dos demais setorestambm definidas as responsabilidades do governo e dos demais setoresda sociedade local na implementao, acompanhamento e reviso dessesda sociedade local na implementao, acompanhamento e reviso dessesprojetos e aes.projetos e aes.

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    O COMPERJO Complexo Petroqumico do Rio de Janeiro (Comperj), um dos principaisempreendimentos da Petrobras no setor petroqumico, est sendo construdono municpio de Itabora, no Estado do Rio de Janeiro.

    Quando entrar em operao, o complexo agregar valor ao petrleo nacional ereduzi r a necessidade de importao de derivados e produtos petroqumicos.

    Alm d isso, atrai r novos investimentos e estimular a criao de empregosdiretos, indiretos e por efeito renda, modificando o perfil socioeconmico

    da regio do leste fluminense.Para mais informaes sobre o Complexo Petroqumico do Rio de Janeiro,acesse osite www.comperj.com.br

    Mapa 1: rea de atuao da Agenda 21 Comperj

    Agendas 21 locais na regioO projeto Agenda 21 Comperj uma iniciativa de responsabilidade socio-ambiental da Petrobras, em parcer ia com o Min istrio do Meio Ambiente ea Secretar ia de Estado do Ambiente do Rio de Janeiro, que formam o Gr upoGestor do projeto. parte do programa de relacionamento que a companhiaest promovendo junto aos 15 municpios localizados nas proximidades doComperj: Cachoeiras de Macacu, Casimi ro de Abreu, Guapimir im, Itabora,Mag, Maric, Niteri, Nova Fr iburgo, Rio Bonito, Rio de Janeiro, So Gonalo,Saquarema, Silva Jardim, Tangu e Terespolis. Juntos, estes municpios re-presentam uma rea de 8.116 km2, com mais de oito milhes de habitantes, dos

    quais seis milhes correspondem populao do municpio do Rio de Janeiro.

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    O objetivo do projeto criar e fomentar processos de Agenda 21 Locais, con-tribuindo para o desenvolvimento sustentvel em toda a regio e melhorando

    a qualidade de vida de seus habitantes, hoje e no futuro.O projeto Agenda 21 Comperj foi realizado simultaneamente em todos osmunicpios participantes, com exceo do Rio de Janeiro. Este municpiose encontra na fase de Consolidao Municipal (ver Metodologia), devido complexidade local e aos planos de preparao para a Copa do Mundo de2014 e as Olimpadas de 2016, ainda em elaborao.

    A descrio e os documentos gerados em cada etapa podem ser encontrados

    no site www.agenda21comperj.com.br.Com o lanamento das Agendas e a implementao dos Fruns Locais em cadamunicpio, o projeto encerrado, e os Fruns passam a ser acompanhados peloPrograma Petrobras Agenda 21 e a se relacionar diretamente com o Comperj.

    Uma vez finalizadas, as Agendas 21 passam a ser uma referncia para aUma vez finalizadas, as Agendas 21 passam a ser uma referncia para aimplantao de polticas pblicas e aes compensatrias e de responsabi-implantao de polticas pblicas e aes compensatrias e de responsabi-lidade socioambiental de empresas que devero se instala r na regio.lidade socioambiental de empresas que devero se instala r na regio.

    PremissasO projeto Agenda 21 Comperj adota as premissas de construo de Agenda21 preconizadas pelo Ministrio do Meio Ambiente (MM A):

    Abordagem multissetorial e sistmica, que envolve as dimenses econ-mica, social e ambiental;

    Sustentabilidade progressiva e ampliada, ou seja, construo de consensose parcerias a parti r da realidade atual para o futuro desejado;

    Planejamento estratgico participativo: a Agenda 21 no pode ser umdocumento de governo, mas um projeto de toda a sociedade;

    Envolvimento constante dos atores no estabelecimento de parcerias, aberto part icipao e ao engajamento de pessoas, instituies e organizaesda sociedade;

    Processo to importante quanto o produto; Consensos para superao de entraves do atual processo de desenvolvimento.

    Organizao da sociedadeO projeto Agenda 21 Comperj substituiu a div iso paritria da malha socia lentre governo e sociedade civil, comumente adotada, pela div iso em quatrosetores pblico, privado, sociedade civil organizada e a comunidade no

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    intuito de identificar mais detalhadamente as demandas locais, fortalecendoa representao dos diversos segmentos.

    SETORES REPRESENTAOPrimeiro Prefeituras, Cmaras de Vereadores, poderes Legislativo e

    Judicirio, rgos e empresas pblicosSegundo Empresas de capital privado, associaes e federaes do

    setor produtivoTerceiro ONGs, sindicatos, associaes de classe, clubes, fundaesComunidade Associaes de moradores e de pescadores, e cidados em

    geral

    Metodologia A metodologia do Projeto Agenda 21 Comperj constitu da de cinco etapas:

    1) Mobilizao da Sociedade;

    2) Construo Coletiva;3) Consolidao Municipal;

    4) Formalizao dos Fruns Locais;

    5) Finalizao das Agendas.

    A descr io resumida dessas e tapas e dos produtos delas resulta ntes se en-contra nas tabelas das pginas seguintes e de forma mais detalhada no site

    www.agenda21comperj.com.br.Para executar as quatro primeira s fases, foram contratadas, por meio delicitao, quatro Organizaes No Governamentais Instituto Ipanema,Instituto de Estudos da Religio - Iser, Rodaviva e Associao de Servios

    Ambientais - ASA , encar regadas da mobi lizao dos setores soc iais e dafacilitao de oficinas.

    Para o acompanhamento da fase de Finalizao das Agendas, incluindo re-

    dao, diagramao, impresso e eventos de lanamento, foram contratadosconsultores especializados.

    Como resultado deste processo, as diferentes demandas da sociedade foram identi-cadas e sistematizadas em um mapeamento detalhado do cenrio local, contem-

    plando anseios, propostas e vises dos quatro setores dos municpios abrangidos.

    Com a sociedade local representada nos Fruns de maneira par itria e comum objetivo comum, foi possvel construi r os Planos Locais de Desenvolvi-mento Sustentvel.

    Este um espao onde apopulao pode expressar

    seus anseios e colocarem prtica a construode um plano de ao

    para a sustentabilidade.

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    ETAPAS ATIVIDADES RESULTADOS/PRODUTOS RESPONSABILIDADESMobilizao daSociedadeMaro de 2007 a Janeirode 2008

    Caravana Comperj, emcada municpio, para: Apresentar o Comperj, oprojeto de Agenda 21 e asdemais aes planejadas paraa regio; Identificar lideranas eatores estratgicos locais; Sensibilizar e mobilizar ossetores; Envolver a comunidade noprocesso; Divulgar o calendriode eventos relacionados Agenda 21.

    Na regio: 15 Caravanas Comperjrealizadas;

    1.589 representantesdo poder pblico, 900da iniciativa privada,850 do Terceiro Setor e5.038 muncipes em geral,movimentos populares eassociaes de moradoresmobilizados para a faseseguinte do processo; Frum Regional da Agenda

    21 Comperj criado emreunio com a presena de2.700 pessoas.

    MMA/SEA/Petrobras(GrupoGestor)

    Coordenao eresponsabilidadeoperacional

    Construo Coletiva Janeiro a Setembro de 2008

    Seis reunies por setorem cada municpio para: Fortalecer os setores,identificar seus interesses epromover o alinhamento daviso de cada um sobre omunicpio; Realizar o Levantamento dasPercepes Setoriais (LPS),identificando preocupaes epotencialidades; Elaborar Planos de AoSetoriais; Eleger sete representantesde cada setor.

    Na regio: 369 reunies ordinriase 197 extraordinriasrealizadas; 292 representantes eleitospara participao nasatividades da fase seguinte.Em cada municpio: Estgios dedesenvolvimento domunicpio em relao aos40 captulos da Agenda 21Global identificados (VetoresQualitativos)1; Preocupaes epotencialidades de cadasetor identificadas; Planos Setoriais elaborados;Setores sociais fortalecidos eintegrados.

    MMA/SEA/Petrobras(GrupoGestor)

    Fundao Jos Pelcio(UFRJ)

    ONGsIpanema, Iser,Roda Viva,ASA

    Frum

    RegionalAgenda 21Comperj

    Coordenaoestratgica

    Coordenaoexecutiva

    Responsabilidadeoperacional

    Monitoramento

    1 Os Vetores Qualitativos foram elaborados a partir da metodologia do Instituto Ethos para a construo do desenvolvimentosustentvel em empresas. Esta ferramenta de niu uma escala que possibilitou a identi cao do estgio no qual o municpiose encontrava em relao a cada um dos 40 captulos da Agenda 21, ajudando os par ticipantes a relacion-los com a realida de

    local e planejar aonde gostar iam de chegar.

    Ao final das cinco etapas , as Agenda s 21 Comperj compem um mosaicodo contexto regional e oferecem uma viso priv ilegiada do cenrio no qual

    o Complexo Petroqumico ser instalado, indicando as potencialidades quepodem ser aproveitadas em benefcio de todos, fortalecendo a cidadania e aorganizao social.

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    ETAPAS ATIVIDADES RESULTADOS/PRODUTOS RESPONSABILIDADESConsolidao MunicipalNovembro de 2008 a Junhode 2009

    Duas o cinas com osrepresentantes dosquatro setores de cadamunicpio para: Integrar os setores,orientando-os paraum objetivo comum: odesenvolvimento sustentveldo municpio; Obter consenso sobreos estgios dos vetoresestabelecidos pelos quatrosetores; Obter consenso sobreas preocupaes epotencialidades elencadaspelos quatro setores; Identificar a vocao econstruir uma viso de futuropara o municpio com base

    na realidade local, bem comooportunidades e demandasdecorrentes da implantaodo Comperj; Elaborar um plano deao com base nos temasestruturantes de planejamento;Elaborar o detalhamentopreliminar de propostas paraviabilizar o plano de ao.

    Na regio:30 oficinas de 20 horascada.Em cada municpio: Consenso acercadas preocupaes epotencialidades municipaise estgios dos vetoresidentificados; Planos de ao municipaiselaborados; Primeira verso de Vocaoe Viso de Futuro domunicpio; Propostas de aodetalhadas, prioridadese prximos passosestabelecidos e possveisparceiros e fontes definanciamento identificados; Setores sociais integradosem um Frum da Agenda 21.

    MMA/SEA/Petrobras(GrupoGestor)

    Ipanema, Iser,Roda Viva,ASA

    Consultoria

    Coordenaoestratgica eexecutiva

    Responsabilidadeoperacional emetodolgica

    ILTC2

    Esperoque o Comperj

    traga oportunidade decrescimento e desenvolvimentoscioeconmico e colaborecom a melhoria da qualidade

    de vida da populao.

    2 ILTC Instituto de Lgica, Filoso a e Teoria da Cincia

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    ETAPAS ATIVIDADES RESULTADOS/PRODUTOS RESPONSABILIDADESFormalizao dosFruns Locais Julho a Dezembro de 2009

    Duas o cinas em cadamunicpio para: Orientar os Fruns para suaorganizao, estruturaoe formalizao atravs deprojeto de lei ou decreto; Desenvolver o RegimentoInterno; Aprimorar a vocao e aviso de futuro municipal;

    Realizar a anlise tcnicadas propostas de ao.

    Na regio: 28 oficinas e diversasvisitas tcnicas realizadas; Portal na internet pararelacionamento e divulgaodo projeto lanado.Em cada municpio: Decreto ou projeto de leicriando o Frum da Agenda21 Local aprovado; Regimento interno do Frumelaborado; Frum organizado comestruturas de coordenao,secretaria executiva e grupos detrabalho; Primeira verso do PlanoLocal de DesenvolvimentoSustentvel finalizada;

    Segunda verso davocao e da viso de futuromunicipal desenvolvida; Propostas de aoanalisadas tecnicamente.

    MMA/SEA/Petrobras(GrupoGestor)

    Ipanema, Iser,Roda Viva,ASA

    Coordenaoestratgica eexecutiva

    Responsabilidadeoperacional emetodolgica

    Finalizao das Agendas Janeiro de 2010 a Junho de2011

    Consultoria e serviospara: Pesquisar dados estatsticose informaes tcnicas;

    Levantar e produzir material visual; Redigir, editar, revisar,diagramar e imprimir as Agendas.Duas o cinas em cadamunicpio, para: Validar os textos dediagnsticos; Atualizar e validar aspropostas de ao.Cinco encontros decoordenao dos Frunsde Agenda 21 Locais para: Promover a integrao efomentar o apoio mtuo entreos Fruns locais.Encontros, reunies locais econtato permanente para: Fortalecer a integrao do

    Frum com o poder pblico local; Desenvolver e fomentar oFrum Local.

    Na regio: 28 oficinas e diversosencontros e reunies locais eregionais realizados; Comit Regional da Agenda21 Comperj estruturado paraapoiar os Fruns e planejare facilitar aes regionais ouintermunicipais.Em cada municpio: Frum de Agenda 21 Localem funcionamento; Agenda 21 Local publicadae lanada; Site do Frum Local emfuncionamento; Vdeo da Agenda 21 localproduzido.

    MMA/SEA/Petrobras(GrupoGestor)

    Consultorescontratados

    Coordenaoestratgica eexecutiva

    Responsabilidadetcnica eoperacional

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    DESAFIOS E LIES APRENDIDASProcessos participat ivos so sempre muito complexos. A ordem de grandezadeste projeto 15 municpios envolvidos e mais de 8 mil participantes di-retos se por um lado o tornava mais estimulante, por outro aumentava osdesafios para o sucesso da iniciativa.

    O primeiro deles foi o fato de se tratar de um projeto iniciado pela Petro-bras tendo como elemento definidor do territrio de atuao os mu nic-pios influenciados pela implantao do Complexo Petroqumico do Rio deJaneiro (Comperj).

    Em geral, processos de Agenda 21 Local so iniciados pelo poder pblicomunicipal ou por organizaes da sociedade civil, sendo, por vezes maisdifcil obter a adeso do Segundo Setor. Alm disso, empresas do porte daPetrobras despertam resistncias e expectativas muitas vezes desmedidas.

    No entanto, a ateno dedicada ao projeto, coordenado e acompanhadopela Petrobras, e a transparncia na conduo dos processos minimizaram

    posturas negativas e foram decisivas para conseguir o comprometimentode todos os participantes.

    A inovao metodolgica de iniciar o traba lho dividindo os segmentos so-ciais foi bem-sucedida, propiciando que os interesses ficassem bem definidose alinhados internamente nos setores e, depois, igualmente representados.Embora o sistema simplificado de indicadores os Vetores Qualitativos precise ser aperfeioado, ficou clara sua utilidade para que todos tomassemconhecimento do contedo da Agenda 21. No entanto, a complexidade de

    alguns temas e a falta de correspondncia de outros com a realidade localdificu ltaram a compreenso de alguns participantes.

    O tempo dedicado s etapas iniciais constituiu uma limitao para uma me-lhor identificao de lideranas representativas, para que novas pessoas seincorporassem ao processo e para a capacitao dos participantes em tantose to var iados temas. Estes percalos foram traba lhados nas etapas seguintes.

    Outra questo foi o equil brio delicado entre usar a mesma metodologia para

    todos os municpios e fazer as adaptaes necessrias s diferentes reali-dades encontradas. Quanto mais o processo evolua, mais as diferenas seacentuavam. Mesmo assim, foi possvel alcanar um resultado que refleteas peculia ridades de cada municpio e o grau de maturidade de cada grupomantendo uma estrutura semelhante e apoiando a todos da mesma forma.

    A con struo do consenso em tor no das preocupaes , potencial idades eaes identificadas foi bem-sucedida graas concordncia em torno de ob-

    jet ivos comuns, ao es tabelecimento de regras claras e ao de facil itadoresexper ientes. A consolidao dos Fruns requer uma boa compreenso do que

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    representatividade e tempo para que esta se desenvolva. O debate sobre oRegimento Interno foi um momento rico e determinante para a sustentabili-

    dade dos Fruns. Assim, foi encaminhado sem pressa, com foco nos valoresque cada grupo desejava adotar e por meio do desenvolvimento de critriospara a tomada de deciso.

    A criao de um portal com umsite para cada municpio, com notcias atuali-zadas, divu lgao de oportunidades, editais e boas prticas, biblioteca, vdeose ferramentas de interatividade, como ochat , traz inmeras possibilidadesde comunicao, funcionando como uma vitr ine do projeto e uma janela dosFruns para o mundo.

    Alm de democrat izar e dar transparncia s atividades de cada Frum Local,o portal proporciona a troca de experincias entre eles, cr iando uma sinergiapara seu desenvolvimento. As limitaes de acesso internet na regio souma barrei ra que esperamos seja superada em breve.

    Finalmente, a integrao entre os saberes tcnico e popular um dos aspectosmais gratificantes do processo e foi conduzida cuidadosamente com a cons-truo dos textos das Agendas a partir do contato constante com os Fruns.

    As preocupaes e potencia lidades indicadas por consenso nas reun iesforam suplementadas por informaes tcnicas obtidas de diversas fontes,como institutos de pesquisa, prefeituras e agncias governamentais diversas.

    O processo de consulta continuou durante a etapa de finalizao da Agenda.Sempre que as informaes coletadas divergiam da percepo dos partici-pantes e quando incongruncias ou questes tcnicas eram identif icadas, osconsultores se dedicavam a dirimir a s dvidas, por telefone,e-mail ou emreunies presenciais. Os Fruns tambm se empenhar am em qualif icar otrabalho realizado, que foi apr imorado progressivamente. A evoluo desteprocesso pode ser verificada nos documentos postados nosite de cada mu-nicpio na internet.

    Ao longo do processo foram necessrias diversas adaptaes, naturais em pro-cessos part icipativos, j que estes, por sua natureza, no ocorrem exatamentede acordo com o planejado. Todos os envolvidos aprenderam a flexibilizarsuas expectativas e atitudes em prol do bem comum.

    O resultado que apresentamos agora a sntese deste percurso de mais detrs anos, durante os quais foram construdas novas relaes e aprofundadoo entendimento de todos os envolvidos sobre o modelo de desenvolvimentoalmejado para a regio. A d iversidade uma premissa da sustentabilidadee, assim como a participao, demanda transparncia e responsabilidadeindividual e coletiva pelos resultados alcanados.

    Um processo de Agenda 21 Local a construo participativa do consenso

    possvel entre interesses diversos, com o objetivo comum de promover a

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    qualidade de vida e a justia social, sem perder de v ista os limites impostospelo planeta e tendo um futuro sustentvel como horizonte comum.

    A Agenda 21 publ icada o in cio da jornada rumo a este f uturo.

    Membros e facilitadores do Frum da Age nda 21 de So Gonalo

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    O MUNICPIO DE SO GONALO

    rea tota l: 251 kmPopulao: 945.752 habitantes (IBGE 2010)Economia: Servios e indstriaPIB: R$ 8,2 bilhes (IBGE 2008)Participao PIB estadual: 2,5% (Ceperj 2007)

    Localizado na Regio Metropolitana do Estado do Rio, no lado oriental daBaa de Guanabara , So Gonalo apresenta trs tipos de re levo: morros iso-lados, serras e plancies.

    A exubernc ia que a vegetao exibia nos tempos da colonizao no existemais. A ocupao humana foi devastando toda a vegetao natural para aimplantao de cultura de ctricos (laranja e limo). Nas escarpas das ser ras,

    ainda h remanescentes de floresta e, nas reas que sofrem inundaes, a vegetao raste ira.

    O municpio possui uma extensa rede hidrogrf ica, formada pelos rios Bom-ba, Guaxindiba, Imboau, Aldeia, Muriqui e Alcntara, todos sob intensoprocesso de assoreamento e recebendo grande carga de esgotos domsticos.Na regio havia tambm trs lagoas que no existem mais.

    So Gonalo possui a terceira maior populao do Estado, distribuda por

    cinco dis tri tos. A proximidade com a cidade do Rio de janeiro e o fato de serpassagem obrigatria para a Regio dos Lagos fazem do municpio um pontoestratgico para negcios.

    O comrcio um dos mais ativos da regio, com grandes redes de supermer-cados, alm de um grandeshopping center , de porte regional, que gera cercade 2,5 mil empregos diretos.

    Todavia, So Gonalo ainda considerada uma cidade-dormitrio, perfil

    que tende a mudar diante dos investimentos em infraestr utura e no tr abalhode mudana da imagem da cidade, com a valorizao de seus monumentoshistricos e do potencial econmico, cultural e natu ral.

    PIB PIB Produto Interno Bruto umindicador que mede a produo deum territrio, levando em conta trsgrupos principais: agropecur ia(agricultura, extrativa vegetal e pe-curia); indstria (extrativa mineral,transformao, servios industriaisde utilidade pblica e construo ci-

    vil); e servios (comrcio, transporte,comunicao, servios da adminis-trao pblica e outros).

    O Rodoshopping uma referncia nocomrcio de So Gonalo

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    Um pouco da histria de So GonaloO terr itrio onde se localiza o municpio de So Gonalo era habitado, napoca do descobrimento do Brasil, pelos ndios Tamoios, cujos domnios seestendiam at Angra dos Reis.

    A regio fez parte da Capitania de So Vicente e, mais tarde, da Capitaniado Rio de Janeiro. Na primeira metade do sculo 17, foi doada em sesmariaao colonizador Gonalo Gonalves, que construiu, s margens do Rio Gua-xindiba, uma capela dedicada a So Gonalo, santo de sua devoo, comomarco da colonizao.

    Em 1646, a localidade-sede da sesmaria, com aproximadamente 6 mil habitan-tes, foi transformada em freguesia, e a capela alada categoria de parquia.Posteriormente, a sede da sesmar ia foi transferida para as margens do RioImboassu , onde foi construda uma segunda capela, a Matriz de So Gonalo.

    Na poca, as principais ativ idades econmicas desenvolvidas no entorno daBaa de Guanabara eram a agr icultura e a cr iao de gado.

    No sculo 18, com a part ilha das sesmarias iniciais, engenhos de acar seestabelecem na regio. Campos era o principal produtor de acar, e o ciclodo ouro movimentava a economia do Rio de Janeiro.

    A capela de So Joo, no Por to do Gradim, e a Fazenda da Luz, em Itaoca, solembranas do passado colonial. A freguesia de Itaipu, s margens das lagoasde Itaipu e Piratininga, completava a extenso de So Gonalo.

    Em 1860, 30 engenhos do municpio exportavam sua produo pelos portosde Guax indiba, Boassu , Porto Novo, Porto Velho e Ponta de So Gonalo,que originaram nomes de bairros. As fazendas do Engenho Novo e Jacar,ambas de propriedade do baro de So Gonalo, bem como o Cemitrio dosPachecos so marcos hi stricos da poca.

    Em 1819, So Gonalo passou a se chamar Distrito da Vila Real da PraiaGrande, abrangendo parte dos municpios de Maric e Itabora e as regiesde Itaipu, Piratininga e Icara , que hoje so bairros de Niteri.

    Em 1835, a Vila Real da Praia Grande foi elevada categoria de cidade, como nome de Nictheroy, passando a ser a capital da Provncia do Rio de Janeiro,tendo So Gonalo como um de seus distritos.

    Durante todo o sculo 19, o ciclo do caf impuls ionou o povoamento do pla-nalto fluminense. O trecho que se estende de Porto das Caixas , em Itabora,at Neves foi responsvel pelo assentamento de aglomeraes urbanas queutilizavam as estaes de trem de Guaxindiba, Alcntara, So Gonalo e

    Porto da Madama.

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    Em 1890, o dist rito de So Gonalo foi emancipado politicamente de Niteri,transformando-se em cidade. Idas e vindas marcaram sua condio geopoltica

    at 1929, quando foi definitivamente estabelecido como municpio.Na dcada de 1930, a citricu ltura comea se desenvolver nas regies de CampoGrande, Nova Iguau e So Gonalo. Todavia, o ciclo da laranja dura poucodiante das dif iculdades de exportao provocadas pela 2a Guerra Mundial.

    A terra passa a ser destinada a loteamentos da per ifer ia met ropolitana.

    Em 1943, com a diviso territorial do Estado do Rio de Janeiro, So Gonaloperde o distrito de Itaipu para Niteri, ficando com os cinco distritos que

    permanecem at os dias atuais.Nas dcadas de 1940 e 50, So Gonalo tornou-se um dos mais importantespolos industriais do antigo Estado do Rio de Janeiro, atraindo metalrgicas,fbricas de cimento e indstrias qumicas, farmacuticas e de produtos ali-mentares. Era conhecido como a Manchester Fluminense, uma referncia cidade industrial inglesa.

    So Gonalo tem um parque industrial variado, que inclui empresas como

    Plastigel, Tintas Internacional, Eletro Vidro, Comercial Gerdau, CCPL,Quaker Al imentos, os laboratrios farmacuticos B. Braun e Heralds, almde fbricas de roupas.

    O processo de construo da Agenda21 Local em So Gonalo

    De maro a julho de 2007, a Petrobras realizou a Caravana Comperj, que vi sitou So Gona lo para divulgar o empreendimento e as aes de re la-cionamento propostas para a regio, convidando lideranas a par ticipar doprocesso de construo da Agenda 21 Local.

    Em 25 de setembro de 2007, em reunio em Itabora , com a presena de 2.700pessoas dos 14 municpios do entorno do Complexo Petroqumico do Rio deJaneiro, foi escolhido um representante de cada segmento social (governo,empresariado, ONGs e comunidade), por municpio, para formar o FrumRegional da Agenda 21 Comperj.

    Assim, cada municpio tinha quatro representantes neste Frum, que cou res-ponsvel pelo monitoramento dos encontros e pelo andamento das Agendas 21municipais. O Frum Regional tinha carter consultivo ao Grupo Gestor e a tarefade facilitar a integrao de aes de carter regional ou de grupos de municpios.

    Em dezembro de 2007, quatro ONGs (ASA, Instituto Ipanema, Instituto Roda Viva e Iser) in iciaram o traba lho de mobi li zao, util izando as estratgiasmais adequadas a cada um.

    So Gonalo conta com um diversi cado parque industrial

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    Em So Gonalo, a mobilizao do poder pblico enfrentou algu ns desafiosdevido falta de cultura local com os processos participativos. J o SegundoSetor compareceu de forma expressiva. Os empresrios reuni ram-se num gru-po coeso e interessado, que part icipou ativamente do processo de construoda Agenda 21 Local. Da mesma forma, os representantes do Terceiro Setor eda comunidade se envolveram no projeto desde o incio.

    Logo ficou claro que, em So Gonalo, o movimento social de mulheres em-preendedoras, pr incipalmente negras, tem muita fora; e que as instituiesque trabalham com sade e preservao ambiental esto engajadas e reco-nhecem a Agenda 21 como um instrumento de participao social. Houve

    grande demanda por reunies extraordinrias por par te da comunidade, como objetivo de levar a todos os bairros da cidade a oportunidade de par ticiparda construo da Agenda 21 Local.

    Em janeiro de 2008, comeou uma rodada de trs reunies para o levan-tamento das percepes de cada segmento, utili zando Vetores Qua litativoselaborados a partir da metodologia do Instituto Ethos para a construo dodesenvolvimento sustentvel em empresas. Esta ferramenta definiu umaescala que possibilitou a identificao do estgio no qual o municpio seencontrava em relao a cada um dos 40 captulos da Agenda 21, ajudandoos participantes a planejar aonde gostariam de chegar.

    Na primeira reunio, aps a leitura do ttulo dos captulos e da descriode cada estgio, era solicitado que os participantes escolhessem aquele quemelhor retratasse So Gonalo. Nas duas reunies seguintes, os resultadosorientaram a produo de um painel de preocupaes e potencialidades locais.

    Foram realizados mais trs encontros por setor, nos quais os par ticipantesidentificaram as aes necessrias para prevenir ou mitigar as questes iden-tificadas como preocupaes e para aproveitar, da melhor forma possvel, aspotencialidades levantadas.

    No incio da Fase Setorial houve cer ta f lutuao no nmero de participantes,o que dificu ltou o andamento das reunies. Mas , com o prosseguimento dasoficinas, os grupos se tornaram mais coesos. O Primeiro Setor modificouas representaes devido alterao dos quadros da prefeitura, e os novos

    representantes se engajaram mais efetivamente no processo.Na ltima dessas reunies, cada segmento indicou cinco representantes e dois suplen-tes para compor o Frum da Agenda 21 de So Gonalo, totalizando 28 componentes.

    A Fase de Consol idao do Processo reuniu os quatro segmentos para , co-letivamente, agrupar as potencialidades e preocupaes apontadas por cadaum deles. Em 5 de fevereiro de 2009, os representantes de todos os setores dasociedade de So Gonalo viajaram at Rio Bonito para trabalhar na primeira

    Grupo de trabalho da primeira O cinaMunicipal

    Reunio do Segundo Setor

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    oficina de consolidao, que contou com a presena de 20 representantes queelogiaram bastante o trabalho.

    Nos dias 4, 5 e 6 de maio de 2009, foi realizada a oficina para iniciar o pro-cesso de construo de vocao e viso de fut uro de So Gonalo, consolidaras aes em propostas e iniciar seu detalha mento. Este trabalho foi realizadocom uma nova estrutu ra, agr upando os 40 captulos da Agenda 21 Global,conforme suas afinidades, em: Ordem Fsica, Ordem Ambiental, Ordem Social,Ordem Econmica e Meios de Implementao. Cada uma dessas ordens foi,por sua vez, dividida em temas.

    Em novembro de 2009, foram contratados quatro consultores para desenvolver eimplementar uma metodologia de fortalecimento dos Fruns e redigir as Agendas.

    Em 2010, aps uma anlise dos resultados alcanados, iniciou-se uma novarodada de oficinas para aprimorar o trabalho. Em So Gonalo, foram re-alizadas tr s reunies de rev iso do material, apresentao dosite e umacompanhamento mais constante, com o objetivo de ajudar na formao deparcerias e apoiar a elaborao de aes de comunicao. Durante todo operodo, o Frum do municpio manteve sua mobilizao com algumas dif i-

    culdades, porm com presena expressiva do Primeiro Setor e sem conf litos.O regimento interno foi aprovado em janeiro de 2010.

    Em 19 de maro, 1o de outubro e 3 de dezembro de 2010, foram realizadasreunies com todos os coordenadores para promover a troca de experinciase fomentar aes regionais estratgicas.

    Em 23 de junho de 2010, os membros do Frum da Agenda 21 de So Gonaloforam oficialmente empossados pela Prefeita Aparecida Panisset.

    O Frum se mantm ativo, reunindo-se regularmente, desenvolvendo diversasatividades e buscando novas parcerias para implementar seu Plano de Ao.

    Posse do Frum da Agend a 21 de SoGonalo

    Primeira reunio dos coordenadores dosFruns da Agenda 21 Comperj

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    AGENDA 21 DE SO GONALO

    Para ler a AgendaEste trabalho resu ltado do empenho e esforo conjunto de moradores deSo Gonalo, bem como de tcnicos e consultores que atuaram nas diversasfases do projeto Agenda 21 Comperj.

    O trabalho foi dividido em cinco ORDENS e 23 TEMAS, referentes aos 40

    captulos da Agenda 21. Cada tema apresenta a situao do municpio deacordo com os dados e informaes mais recentes.

    ORDENS TEMAS CAPTULOS DA AGENDA 21GLOBAL

    ORDEMAMBIENTAL

    Recursos Naturais 10, 11, 12, 13, 16Recursos Hdricos 17 e 18Biodiversidade 15

    Mudanas Climticas 9, 15 e 18

    ORDEM FSICA Habitao 7Saneamento 18 e 21Mobilidade e Transporte 5Segurana 3, 23, 23, 25, 26, 27

    ORDEM SOCIAL Educao, Educao

    Ambiental e Cultura

    36

    Grupos Principais 23, 24, 25, 26, 27, 28, 29Sade 6Esporte e Lazer 23, 24, 25, 26, 27, 36Padres de Consumo 4

    ORDEMECONMICA

    Gerao de Renda e InclusoSocial

    3

    Agricultura 3, 14, 32Indstria e Comrcio 3, 30Turismo 3, 36Gerao de Resduos 19, 20, 22

    MEIOS DEIMPLEMENTAO

    Cincia e Tecnologia 31, 35Recursos Financeiros 2, 33, 34, 37Comunicao e Mobilizao 8, 40Gesto Ambiental 1, 8, 28, 38, 39 40

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    Logo aps um breve diagnstico da situao em que se encontra o munic-pio, esto listadas as propostas e seus respectivos nveis de prioridade (alta- , mdia - ou baixa - ). As propostas renem um conjunto de aes,elaboradas para solucionar as preocupaes elencadas, e de estratgias quepromovam o melhor aproveitamento das potencialidades identificadas.

    As aes esto subdivididas em LINHAS DE ATUAO. Dessa for ma, poss- vel identificar todas as aes de uma agenda, segundo a atividade demandadapara sua execuo, independentemente do tema.

    Ao final de cada TEM A encontram-se reunidos os possveis parceiros e aspossveis fontes de financiamento elencadas para as propostas de seus temas.

    No site www.agenda21saogoncalo.com.br est disponvel a Ficha de Detalha-mento de cada proposta, com a lista dos possveis parceiros para sua execuo,os especialistas da cidade que podem colaborar com o projeto, as fontes de -nanciamento identi cadas e os primeiros passos para sua implementao, almdas PERCEPES, dos PLANOS SETORIAIS e demais resultados.

    No CD encartado nesta publicao encontram-se todos os resultados do processoe uma verso digital da Agenda 21 de So Gonalo.

    Os Vetores Qualitativos e os 40 captulosda Agenda 21 de So Gonalo A segui r, o resultado da consolidao realizada em So Gona lo das percep-es de todos os que part iciparam da Fase de Construo Coletiva, avaliandoa situao do municpio em relao a cada um dos captulos da Agenda 21.

    So Gonalo

    Esto elencadas tambm, e evidenciadas por fontes em itlico, as preocupaes dosmoradores e as potencialidades do municpio, conforme percebidas e apontadaspor consenso pelos participantes do processo.

    Estgios da tabela:1 Quase nada foi feito2 J existem aes encaminhadas3 J h alguns resultados4 Estamos satisfeitos

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    Captulos da Agenda 21Estgio

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    1 Prembulo

    2 Cooperao internacional para acelerar o desenvolvimentosustentvel nos pases em desenvolvimento e nas polticas internas

    3 Combater a pobreza

    4 Mudar os padres de consumo

    5 Dinmica demogrfica e sustentabilidade

    6 Proteger e promover a sade humana

    7 Promover assentamentos humanos sustentveis

    8 Integrar o meio ambiente e o desenvolvimento nas tomadasde deciso

    9 Proteger a atmosfera

    10 Integrar o planejamento e o gerenciamento dos recursos dosolo

    11 Combater o desflorestamento

    12 Gerenciar ecossistemas frgeis: combater a seca e adesertificao

    13 Gerenciar ecossistemas frgeis: desenvolvimento sustentveldas montanhas14 Promover o desenvolvimento rural e a agriculturasustentveis

    15 Conservar a diversidade biolgica

    16 Gerenciamento responsvel ambientalmente dabiotecnologia

    17 Proteo dos oceanos, todos os mares, inclusive internos, ereas costeiras, e a proteo, uso racional e desenvolvimentode seus recursos para a vida18 Proteger a qualidade e suprimento dos recursos degua limpa: aplicao de abordagens integradas aodesenvolvimento, gerenciamento e uso dos recursos hdricos19 Gerenciar de forma ambientalmente responsvel os produtosqumicos txicos, incluindo a preveno do trfico ilegalinternacional de resduos e produtos perigosos

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    Captulos da Agenda 21Estgio

    1 2 3 420 Gerenciar de forma ambientalmente sustentvel os resduosperigosos, incluindo a preveno do trfico ilegal internacionalde resduos perigosos21 Gerenciar de forma ambientalmente responsvel os resduosslidos e os relacionados ao esgotamento sanitrio22 Gerenciar de forma segura e ambientalmente responsvelos resduos radioativos

    23 Fortalecer o papel dos principais grupos sociais

    24 Ao global para as mulheres pelo desenvolvimentosustentvel e equitativo

    25 Crianas e jovens e o desenvolvimento sustentvel

    26 Reconhecer e fortalecer o papel dos povos indgenas e suascomunidades27 Fortalecer o papel das Organizaes No-Governamentais:

    parceiras para o desenvolvimento sustentvel28 Iniciativas das autoridades locais em apoio Agenda 21

    29 Fortalecer o papel dos trabalhadores e sindicatos

    30 Fortalecer o papel da indstria e dos negcios

    31 Comunidade cientfica e tecnolgica

    32 Fortalecer o papel dos fazendeiros

    33 Recursos e mecanismos financeiros

    34 Tecnologia ambientalmente responsvel: transferncia,cooperao e capacitao

    35 Cincia para o desenvolvimento sustentvel

    36 Promover a educao, conscincia pblica e treinamento

    37 Mecanismos nacionais e internacionais de cooperao paraa capacitao em pases em desenvolvimento

    38 Arranjos institucionais internacionais

    39 Instrumentos e mecanismos legais internacionais

    40 Informao para a tomada de decises

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    Vocao e Viso de So GonaloUma viso sem ao no passa de um sonho. Ao se m viso s um passatempo.Mas uma viso com ao pode mudar o mundo. (Joel Baker vdeo: A Viso do Futuro)

    A Vocao o conjunto de competncias, recursos e produt ividade local deum municpio (em todos os sentidos: econmico, ambiental, ar tstico-cu ltural,tur stico, educacional).

    A Viso de Futuro def ine o que se espera do municpio e deve representarde forma clara e abrangente o que se deseja alcanar. Agrega as pessoas e asinspira e motiva a fazer as melhores escolhas nos momentos de deciso e aenfrentar com perseverana a espera pelos resultados.

    Os participantes fizeram uma srie de reunies para construir sua Vocao e Viso de Futuro. O resultado foi revisto na Oficina Local e o que apresentamosa seguir ainda um t rabalho em progresso, que o municpio dever refinarat chegar verso definitiva.

    Vocao Existncia de nmero significativo de ar tesos. Existncia de polo de produo naval / peas empresas com tecnologia

    de ponta.

    Existncia de indstria s com grande capacidade de produo na rea demetal-mecnica.

    Existncia de um polo de confeco (vestur io). Histrico de indstrias de tr ansformao e beneficiamento. Histrico de acessibilidade para escoamento da produo. Existncia decampi universitr ios privados (com diversos cursos) e p-

    blicos (centro de formao de professores).

    Existncia de diversidade cultu ral no municpio (msica, dana, teatro,artes plsticas, folia de reis , jongo, samba, capoeira e ar tes marciais).

    Histrico de produo pesqueira artesanal e existncia de associaes depesca.

    Existncia de incentivo pelos clubes e pelas ligas despor tivas do municpiopara formao de atletas.

    Existncia de fragmentos de Mata Atlntica e proximidade da A PA Gua-pimirim e dos manguezais.

    Existncia de um vu lco no municpio com potencial para o ecoturismo.

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    Vamos abraarSo Gonalo e ter f

    em nossa Visode Futuro.

    Existncia de rea rural consolidada com potencial para o turismo rura l.

    Viso de futuro Ser excelncia em tur ismo de negcios. Ter um terminal rodovirio digno que atenda demanda de todo o municpio. Ter um anel rodovirio. Ter todo o tr ansporte municipal de massa interligado. Ter uma malha rodoviria perifr ica de excelncia. Ser um municpio que tenha excelncia em transportes.

    Ser reconhecido pela qualidade na rea de sade pblica. Ter o esgoto domiciliar e industrial 100% tratado. Ter uma rede hospitalar pblica eficiente (ter um hospital de referncia). Ter um consrcio de sade pblica no Leste Fluminense. Ser reconhecido como o municpio que recuperou todos os corpos dgua

    e ref lorestou e mantm a mata cilia r.

    Ter gerenciamento costeiro integrado, com incluso das populaes tra-dicionais. Ser reconhecido como municpio que no contribui para a poluio da

    Baa de Guanabara.

    Ser reconhecido nacionalmente como municpio que possui bibliotecaspblicas de excelncia em cada distrito e conta com uma forte campanhade incentivo leitura.

    Ser a cidade que mais investe em educao e cultura. Ser um centro de formao profissional e tecnolgica reconhecido regio-

    nalmente.

    Ter vida cultura e de entretenimento comparada s das grandes metrpoles. Ter parque de indstria naval de excelncia. Ter complexo pesqueiro de beneficiamento e escoamento de produo. Ter indstrias far macuticas comprometidas com qualidade ambiental.

    Ser um municpio que mais apoia o microempresr io. Ser um municpio que possui gesto pblica participativa e t ransparente,

    reconhecido nacionalmente.

    Ter centros poliesportivos para a preparao de atletas.

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    Ordem Ambiental1

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    RECURSOS NATURAIS

    Chamamos de recursos natu rais tudo o que obtemos da natureza com osobjetivos de desenvolvimento, sobrevivncia e conforto da sociedade. Soclassificados como renovveis quando, mesmo explorados por algum tem-po em determi nado lugar, continuam d isponveis, e como no renovveisquando inevitavelmente se esgotam.

    A vida humana depende dos recursos naturais ter ra , gua, f lorestas, re-cursos marinhos e costeiros e de suas mltiplas funes. Tanto os sereshumanos quanto os demais seres vivos, agora e no futu ro, tm direito a ummeio ambiente saudvel, que fornea os meios necessr ios a uma vida digna.Para isto, preciso manter os ecossistemas, a biodiversidade e os serviosambientais em quantidade e qualidade apropriadas.

    No possvel pensar em um futuro pa ra a humanidade sem construi r umarelao adequada entre o homem e a natureza que o cerca. E essa magnf ica

    variedade de formas de v ida no pode ser vi sta apenas como recursos na-turai s, sem a valorizao dos inmeros benefcios intangveis que nos traz.

    So Gonalo tem uma diversidade de relevos que favorece aexistn-cia de reas ainda orestadas. Segundo dados do Atlas dos Remanescentesda Mata Atlntica2, ainda h manchas de reas verdes a serem preservadas.O municpio tem cerca de 15% de seu territrio cobertos por remanescentes

    2 Atlas dos Remanescentes da Mata Atlntica, 2009.

    Mata Atlntica Mata Atlntica Com rvores queatingem de 20 a 30 metros de altu-ra, a Mata Atlntica originalmenteocupava quase todo o litoral brasi-leiro, com 15% do territrio do Pas.Devido ao intenso desmatamento,iniciado logo aps a chegada doseuropeus, hoje em dia restam apenas

    7% de sua rea original consi-derada uma das orestas tropicaismais ameaadas do planeta. Comrica biodiversidade estima-se que8 mil espcies de sua flora sejamendmicas , a Mata Atlntica temoutras peculiaridades: 39% dosmamferos, inclusive mais de 15%dos primatas, como o mico-leo-

    dourado, 160 espcies de aves e 183de anfbios tambm s so encon-trados ali.

    APA do Engenho Pequeno

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    florestais, encontrados em topos de macios costeiros na divisa com Niteri,em pequenas reas na poro norte do municpio e nas escarpas das ser ras.Em localidades que sofrem com as inundaes durante os meses mais chu-

    vosos, a vegetao rastei ra , e os manguezais so comuns.

    Mapa 2: Cobertura vegetal do municpiode So Gonalo e arredores

    Fonte: UFF/ONU Habitat, 2010.

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    Gr co 1: Proporo do uso do solo

    (*) Inclui gua, a oramentos rochosos e usos no identi cados.Fonte: Laboratrio interdisciplinar de Meio Ambiente Lima/Coppe/UFRJ, com baseem geoprocessamento de imagens Land sat e CBERS e ProBio Levantamento dosremanescentes de Mata Atlntica (2008).

    As Unidades de Conservao (UCs) de Uso Sustentvel e as reas de Pro-teo Ambiental (APAs)do Engenho Pequeno e de Guapimirim, que contamcom plano de manejo especificado em lei, abrangem 5% do terr itrio de SoGonalo. Uma pequena parte (0,2%) do municpio est inserida na EstaoEcolgica da Guanabara, que uma UC de Proteo Integral. Com relaoao sistema de gesto ambiental das UCs, o grupo ressaltou a fal ta de umaComisso Tripartite na APA do Engenho Pequeno, o que ampliaria o po-tencial de participao social na gesto da UC e, portanto, nas estratgias

    para sua conser vao.

    Atualmente, aexistncia das APAsno capaz de evitar os problemas rela-cionados escassez dos recursos naturais.Os part icipantes percebem que hinsu cincia de reas protegidas, de corredores ecolgicos e de programas decontrole, monitoramento e scalizao para as APAs locais j constitu das.

    A ausncia de um plano de pre veno, cor reo e recuperao de reas comeroso deve-se tambm fal ta de projetos de conser vao ambiental e de

    planejamento integrado entre as trs esferas governamentais, para gerenciare incentivar o uso sustentvel dos recursos naturais. Alm disso, nota-se a

    presena de reas que podem sofrer com o processo de desmatamento.

    Mesmo com aexistncia de um Batalho Florestal Estadual,h preocupaocom a ausncia de polticas emergenc iais em caso de catstrofes e acidentesambientais.Foi apontada tambm a falta de um Plano de Conservao.

    A degradao ambienta l uma das maiores preocupaes re lacionadas aotema e tem entre suas consequncias abaixa qualidade de vida,devido

    Unidades de Conservao (UC)Unidades de Conservao (UC) reas naturais (incluindo seusrecursos ambientais e as guas ju-risdicionais) legalmente institudaspelo poder pblico, com limites de-

    nidos e caractersticas relevantes,com objetivos de conservao e sobregime especial de admin istrao,s quais se aplicam garantias ade-quadas de proteo.

    reas de Proteo Ambiental reas de Proteo Ambie nta l(APA) (APA) Unidades de conser vaodestinadas a proteger e conservar aqualidade ambiental e os sistemas

    naturais nelas existentes. rea emgeral extensa, com certo grau deocupao humana, dotada de atri-butos especialmente importa ntespara a qualidade de vida e o bem-estar das populaes humanas. Temcomo objetivos bsicos proteger adiversidade biolgica, disciplinar oprocesso de ocupao e assegura r a

    sustentabilidade do uso dos recur-sos naturais.

    Plano de manejo Plano de manejo Plano de usoracional do meio ambiente visa ndo preservao do ecossistema, emassociao com sua utilizao paraoutros ns. o instr umento bsicode planejamento de uma unidade deconservao.

    9.137 ha37,1%

    11.701 ha47%

    122 ha0,5%

    3.373,7 ha15,2%

    rea antropizada

    Cobertura vegetal

    Outros*

    rea urbana

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    falta de conservao e preservao dos recursos naturais. Entre os fatores queafetam o bem-estar da populao, o grupo mencionou que o municpio secaracteriza porter poucas reas verdes dentro da malha urbana, ocasionandoa aridez da cidade .

    Um exemplo dos problemas ambientais enfrentados por So Gonalo a explo-raodas pedreiras localizadas nas colinas do municpio, sem preocupaes como desenvolvimento sustentvel.Sob este aspecto, preciso desenvolver aespara scalizar, informar e educar, re orestando as reas degradadas e alertando

    para a excluso social e econmica decorrente de prticas no sustentveis.

    Alm da escassez de informaes a respeito do mapeamento orestal do mu-nicpio, tambm falta um levantamento detalhado dos recursos naturais e dosdados referentes aos seus ecossistemas.Para os moradores de So Gonalo, a

    falta de um programa de democratizao de informaes relativas aos recursosnaturais resultado daausncia de um sistema de informao sobre a regio(gua, solo, fauna e ora, entre outros).

    O desmatamento avana sobre trechos pequenos e mdios da Mata Atln-tica que j esto isolados entre si, reduzindo as chances de conect-los a

    fragmentos de vegetao mais extensos e, portanto, ecologicamente viveis.Outro aspecto importante para a conservao de remanescentes florestaisest associado ao fato de terem sido registrados desmatamentos no interiore em zonas de amortecimento das Unidades de Conservao.

    Corredor ecolgico ou de biodi-Corredor ecolgico ou de biodi-versidade versidade Nome dado faixa de

    vegetao que liga gr andes fr ag-mentos florestais ou unidades deconservao, separados pela ativi-dade humana (estradas, agricultura,clareiras abertas pela atividademadeireira etc.), proporcionando fauna o livre trnsito entre as reasprotegidas e, consequentemente,a troca gentica entre as espcies. uma das principais estratgiasutilizadas na conservao da bio-diversidade de determinado local.

    Eroso Eroso Processo pelo qual a ca-mada super cial do solo retiradapelo impacto de gotas de chuva,

    ventos e ondas, e transportada edepositada em outro lugar. Desgastedo solo.

    O Alto do Gaia o ponto mais a lto do municpio

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    PROPOSTAS

    Alta pr ior idade Mdia prioridade Baixa prioridade Gesto de ecossistemas frgeis

    Estudos tcnicos1.1. Realizar um levantamento georreferenciado dos ecossiste-

    mas frgeis (espaos propensos desert ificao e seca) domunicpio.

    Comunicao2.2. Divulgar informaes adequadas aos proprietrios rurai s.

    Planejamento3.3. Elaborar um plano de ao para o gerenciamento dos ecos-

    sistemas frgeis.4.4. Elaborar um plano de manuteno da cobertura florestal

    em reas propensas eroso.

    Fiscalizao5.5. Cobrar medidas de preveno para o desmatamento de en-

    costas.

    Controle da explorao mineral Gesto pblica

    1.1. Implantar diretrizes do Plano Diretor para a ex ploraomineral nas r eas de montanhas.

    2.2. Adequar-se legi slao federa l, que ex ige das empresasmineradoras a recuperao das reas degradadas.

    3.3. Rever os prazos de licenciamento dos empreendimentos deexplorao mineral.

    Plano de emergncia Gesto pblica

    1.1. Implementar o plano de emergncia no municpio, elaboradorecentemente pela UFF.

    Comunicao2.2. Divulgar o plano de emergncia.

    Planejamento3.3. Promover simulaes de situaes de emergncia com a

    populao.

    Articulao institucional Articulao

    1.1. Ar ticular as Secretarias Munic ipa is para def inir pol ticaspblicas para o desenvolvimento sustentvel.

    2.2. Efetivar parcerias com o setor privado.

    3.3. Criar parcerias e convnios com instituies de ensino epesquisa.

    Planejamento4.4. Revital izar a Linha Verde, para o atendimento imediato das

    denncias ambientais.

    Conservao e recuperaode reas verdes

    Gesto pblica1.1. Desenvolver e implementar um Plano de Conservao Am-

    biental que promova a recuperao de reas verdes.2.2. Criar Unidades de Conservao que possibil item o acesso

    da populao ao patrimnio ambiental municipal.

    Fiscalizao3.3. Monitorar e fiscalizar a preservao das reas verdes e a

    restaurao da flora nativa.

    Infraestrutura4.4. Criar um horto municipal, com banco de sementes.

    Planejamento5.5. Promover o reflorestamento das reas de ri sco (margens de

    rios, encostas).6.6. Realizar aes que visem preser vao ambiental de reas

    verdes por par te da inic iat iva pblica e pr ivada .

    Gesto das reas deproteo ambiental Gesto pblica

    1.1. Criar uma rea de Proteo Ambiental na rea compreen-dida entre o L argo da Ideia e a Fazenda do Bar o de SoGonalo.

    2.2. Criar uma comisso tripartite para as reas de Proteo Ambienta l do mun icpio.

    33 C i G d A bi t l M i i l E d i

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    3.3. Criar a Guarda A mbiental Municipal.4.4. Delimitar as reas de Proteo Ambiental do municpio

    com ecolimites naturais, evitando o desmatamento, a caa

    e a ocupao irregular.5.5. Criar um corredor ecolgico entre a rea de Proteo Am-

    biental de Engenho Pequeno e a rea de Proteo Ambientalda Serra da Tirir ica.

    Planejamento6.6. Promover o reflorestamento das reas de Proteo Am-

    biental do municpio, principalmente nas nascentes, comespcies nativas endmicas.

    7.7. Amplia r o Cons el ho Mu ni ci pa l de Meio Ambie nte pa raagregar os Conselhos das reas de Proteo Ambiental.

    Elaborao de programas8.8. Criar programa de controle, monitoramento e fiscali zao

    para as reas de Proteo Ambiental do municpio.

    Pesquisas e divulgao cientficasobre meio ambiente

    Planejamento1.1. Promover a pesquisa cientfica nas instituies de ensino.2.2. Sistematizar as informaes em um banco de dados acessvel

    pela internet, atualizado regular mente.

    Estudos tcnicos3.3. Inventariar os recursos naturais do municpio, como solos,

    recursos hdr icos, flora e fauna, por meio de parcerias comuniversidades que detenham conhecimento e tecnologia.

    Comunicao4.4. Divulgar as informaes sobre recursos naturais em lin-

    guagem popular.

    Possveis parceirosBatalho Florestal . Cmara Municipal . Corpo de Bombeiros .Defesa Civil . Embrapa . Empresas ligadas ao Comperj . Guarda

    Municipal . Inea . Mdia local . Mini strio do Meio Ambiente .MP . ONGs . Prefeitura Municipal . Secretar ias Estaduais (Segu-rana, Educao, Ambiente) . Secretar ias Municipais (Educao,Segurana, Meio Ambiente) . Universidades.

    Possveis fontes de financiamentoBasf . HSBC . BP . BVS&A . Capes . CIID . Claro . CN Pq . Coca-Cola . Conservao Internacional do Brasil . Embrapa . Embratel. Empresas ligadas ao Comperj . Faperj . Fauna e Flora Inter-national . Finep . FNMA . Funbio . Fundao O Boticrio deProteo da Natureza . Fundao SOS Mata Atlntica . IBM .Moriah Found . PDA . Pibic . Rainforest Action Network . Shell. Sophie Danfort Conservation Biology Fund . Tenda Engenharia. Turner Foundation . Unesco . Vale . Vivo. W WF.

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    RECURSOS HDRICOS

    A gua essencial v ida no planeta. Embora seja um recurso renovvel, seuconsumo excessivo, aliado ao desperdcio e poluio, vem causando umdficit global, em grande parte invi svel. Cada ser humano consome diretaou indiretamente quatro litros de gua por dia, enquanto o volume de guanecessrio para produzir nosso alimento dirio de pelo menos 2 mil litros.Isso explica por que aproximadamente 70% da gua consumida no mundo vopara a ir rigao (outros 20% so usados na indstria e 10% nas residncias).

    Segundo a ONU, cerca de um tero da populao mundial vai sofrer os efeitos

    da escassez hdr ica nos prximos anos. A anlise do ciclo completo de uso ereso da gua aponta o desaparecimento de mananciais como poos, lagos erios, e destaca a pouca ateno dada diminuio das reservas subterrneas.

    O Brasil conta com recursos hdr icos em abundncia, o que levou dissemi-nao de uma cultura de despreocupao e desperdcio de gua. No entanto,o Pas enfrenta problemas gravssimos: muitos cursos dgua sofrem compoluio por esgotos domsticos e dejetos industriais e agrcolas, e faltaproteo para os principais mananciais.

    O uso sustentvel dos recursos hdricos depende do conhecimento da co-munidade sobre as guas de sua regio e de sua par ticipao efetiva emseu gerenciamento.

    O municpio de So Gonalo est inser ido na regio hidrogr ca da Baade Guanabara, compreendendo as bacias hidrogr cas do Guaxindiba/Alcn-

    tara e Cacerib. Alm disso, sofre in uncia da bacia dos rios Guapi-Macacu. A Bacia do Guaxindiba/A lcnta ra , com uma rea de aproximadamente 144,6km, situa-se na poro leste da Baa de Guanabara, ocupada pelos municpiosde Niteri, So Gonalo e uma pequena parte de Itabora. O Rio Gua xindibanasce no bairro do Anaia, em So Gonalo, e percorre cerca de 30 km antesde desaguar na Baa de Guanabara, passando pela APA de Guapimirim, amaior rea preservada de manguezal da Baa.

    Poluio Poluio Alterao das proprie-dades fsicas, qumicas e biolgicasdo meio ambiente pelo lanamentode quaisquer substncias slidas,lquidas ou gasosas, que se tornemefetiva ou potencialmente nocivas sade, segurana e ao bem-estarda populao, ou causem danos ou

    prejuzos ora e fauna.Assoreamento Assoreamento Deposio de sedi-mentos (areia, detritos etc.) origina-dos de processos erosivos, transpor-tados pela chuva ou pelo vento paraos cursos dgua e fundos de vale.Provoca a reduo da profundidadee da correnteza dos rios, dificul-tando a navegao e diminuindo amassa de gua super cial.

    Bacia hidrogr ca Bacia hidrogr ca rea drenadapor um rio principal e seus a uentes,incluindo nascentes, suba uentesetc. a unidade territorial de plane-

    jamento e gerenciamento das guas.

    Mapa 3: Bacia dos rios Guaxindiba/Alcntara

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    Mapa 3: Bacia dos rios Guaxindiba/Alcntara

    Fonte: Inea/PDBG (2009).

    A Bacia do Rio Cacer ib um dos principais contribuintes da Baa de Gua-nabara. Com quase 846 km2 e 60 quilmetros de extenso, a segunda maiorrea de drenagem de toda a regio hidrogr fica.

    Compreendendo os municpios de Cachoeiras de Macacu, Itabora e Guapi-mirim, a bacia hidrogrf ica dos rios Guapi-Macacu responsvel pelo abas-tecimento dos municpios de So Gonalo e Niteri.O municpio faz parte doComit da Bacia Hidrogr ca da Baa de Guanabara,que promove a gestointegrada dos recursos hdr icos.

    A APA de Guapimirim protege os manguezais de quatro municpios

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    Lenol fretico Lenol fretico Depsito de guanatural no subsolo, guas sub-terrneas que alimentam os riosperenes, garanti ndo a presena de

    gua durante todo o ano. A profun-didade do lenol f retico dependede vrios fatores.

    Mata ciliar Mata ciliar Vegetao na margemdos rios, lagos, nascentes, represase audes. Consideradas reas depreservao permanente, as matasciliares protegem as margens contraa eroso, evitando o assoreamento,permitem a conservao da ora eda fauna, regulam os uxos de guae so a proteo mais e ciente dossolos onde se encontram.

    Vista do macio de Itauna Apesar da grande variedade de nascentes e rios,no h conhecimento sobre asmicrobacias do municpio, o que favorece a falta de gerenciamento ambiental .De acordo com os participantes do Frum,o municpio no possui uma polticade gesto de recursos hdricose ciente para minimizar os impactos ambientaise a contaminao do lenol fretico. Alm disso,os recursos hdricos no esto

    protegidos de formae caz, no havendo uma poltica local de uso do solo.

    O grupo denunciou atividades que causam a destruio das nascentes, man-guezais e matas ciliaresda Baa de Guanabara. Uma das medidas sugeridaspara minimizar o problema desenvolver campanhas de informaopor meio de programas de educao ambiental. Este tipo de ativ idade pode contribuirpara solucionar as questes referentes falta de divulgao do Programa deReplantio das Matas Ciliares, da Subsecretaria de Agricultura e Pesca.

    As reas de mangue so um importante patrimnio ambiental de So Gon-alo. Suabiodiversidade e potencial econmico j foram temas de proje tosde pesquisa desenvolvidos por universidades. Contudo, a falta de scalizaoda ocupao das reas costeiras e manguezais tem permitido a degradaodesses ecossistemas e de outras localidades prximas com potencial econ-mico semelhante .

    O grupo apontou aexistncia de um mapa de sensibilidade ambientalque possibili ta a implantao de um programa de gerenciamento costeiro, em par-

    ceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e o Laboratrio deBiologia Marinha, a ser gerenciado pelo Conselho de Desenvolvimento Rurale Pesqueiro,o que poderia incentivar aaplicao de tcnicas modernas paraa explorao dos recursos hdricos.

    Entre os possveis impactos dos empreendimentos que venham a se instalar naregio, a possibilidade de construo de um porto na Praia da Beirapreocupaas comunidades de pescadores que moram nos arredores, e h expectativasde que as autoridades locais desenvolvam, de forma participativa, polticasde incentivo pesca e de proteo ao meio ambiente .

    PROPOSTAS

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    PROPOSTAS

    Alta pr ior idade Mdia prioridade Baixa prioridade Poltica municipal de

    Recursos Hdricos Gesto pblica

    1.1. Utiliza r o Plano Diretor da Superintendncia Estadual deRios e Lagoas para a Baa de Guanabara como orientador

    dos trabalhos.2.2. Prover o apoio necessrio participao dos membros da

    sociedade civil no Comit da Baa de Guanabara.3.3. Implementar os programas de despoluio dos rios e cur sos

    dgua de So Gonalo.

    Elaborao de programas e projetos4.4. Elaborar projetos de restaurao e recuperao das rea s de

    manguezais com a participao da populao ribeir inha.

    Gesto das microbacias Gesto pblica

    1.1. Realizar a gesto das sub-bacias do municpio com a con-tribuio dos trabalhos cientficos j realizados pela UF F.

    Comunicao2.2. Divulgar as informaes sobre as microbacias de So Gona-

    lo em escolas e comunidades atravs dos principai s veculos

    de comunicao. Elaborao de projetos

    3.3. Desenvolver projetos de rev italizao e de rec uperao dasmicrobacias hidrogrficas locais.

    Planejamento4.4. Desenvolver e implementar um plano de monitoramento das

    microbacias.5.5. Revitalizar a Linha Verde, com pronto-atendimento.

    Recuperao de matas ciliares Planejamento

    1.1. Recuperar as matas ciliares e reas de nascentes com oreplantio de espcies nativas da Mata Atlntica.

    2.2. Criar viveiros nas comunidades, pelo menos um por distr ito. Estudo tcnico

    3.3. Identificar e demarcar as nascentes que se encontram emreas particula res de forma a possibilitar sua proteo.

    Fiscalizao4.4. Fiscalizar as reas de nascentes e matas ciliares, aplicando

    multas aos infratores.

    Elaborao de programas5.5. Criar nas escolas programas de sensibilizao sobre a re-

    cuperao das matas ciliares.

    Proteo dos manguezais Elaborao de programas

    1.1. Elaborar e implementar programas de recuperao de reasdegradadas em regies de manguezal, com a par ticipaodos pescadores artesanais e da comunidade do entorno.

    Infraestrutura2.2. Promover o saneamento bsico das reas prximas da orla

    martima e dos manguezais.

    Comunicao3.3. As segur ar a cont inu idade dos projetos educac iona is de

    comunicao para sensibili zar a populao sobre a impor-tncia da preservao dos manguezais.

    4.4. Informar a populao quanto importncia da destinaocorreta do lixo.

    Fiscalizao5.5. Ampliar a f iscali zao do desmatamento nos mang uezais.6.6. Fiscalizar o descar te de resduos slidos nos manguezais.

    Estudo tcnico7.7. Realizar pesquisa sobre o potencial econmico da diver-

    sidade biolgica existente no municpio em parcer ia coma Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econmico eTecnolgico.

    Gesto da zona costeira Estudos tcnicos1.1. Elaborar diagnstico da rea costeira.2.2. Demarcar as zonas de interesse.3.3. Realizar estudos ambientais sobre a viabilidade de instala-

    o de um porto na Praia da Beira.

    Gesto pblica Possveis parceiros

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    p4.4. Ampliar a rea de apl icao do gerenc iamento i nteg rado e

    sustentvel das zonas costeiras e do meio ambiente marinho.

    5.5. Promover a gesto adequada das reas costeiras. Comunicao

    6.6. Divulgar o mapa de sensibilidade ambiental existente. Fiscalizao

    7.7. Promover o controle e a fiscali zao das reas costeiras.

    Recuperao dos rios Capacitao

    1.1. Capacitar os gestores e funcionrios pblicos em polticasde gesto dos recursos hd ricos e uso do solo.

    Gesto pblica2.2. Desenvolver e implementar o plano de despoluio dos

    corpos hdricos.3.3. Promover a renaturalizao dos rios, retornando os rios

    desviados aos seus cursos originais.

    Possveis parceiros ANA . Batal ho Floresta l . Ced ae . Comit da Reg io Hidro-grfica da Baa de Guanabara e dos Sistemas Lagunares deMaric e Jacarepagu . Conselho Municipal de Meio Ambientee Desenvolvimento Sustentvel . Delegacia do Meio Ambiente. Emater . Empresas ligadas ao Comper j . Empresas de telefoniamvel (Oi, Vivo, Claro, Tim, Embratel) . Grupo Queiroz Galvo. Horto do Fonseca . Inea . Minis trio do Meio Ambiente . MP .ONGs . Prefeitura Municipal . Seeduc . Secretaria s Municipais(Meio Ambiente, Educao, Infraestrutura , Urbanismo e Habi-tao, Obras) . Subsecretar ias Municipais (Educao Ambiental,Parques e Jardins, Recursos Hdr icos) . Universidades.

    Possveis fontes de financiamentoConcessionria Autopista Fluminense . Banco Santander . Capes. CNPq . CT-Hidro . FN MA . Funbio . Fundao O Boticrio deProteo Natureza . Ministrio de Meio Ambiente . Plastigel. Sophie Danforth Conservation Biology Foundation . TendaEngenharia . Turner Foundation . WWF.

    BIODIVERSIDADE

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    BIODIVERSIDADE A biodivers idade a base do equi lbrio ecolgico do pla neta. Sua conser- vao deve se concentrar na manuteno das espcies em seus ecossistemasnatura is, por meio do aumento e da implantao efetiva das reas protegidas,que asseguram a manuteno da diversidade biolgica, a sobrevivncia dasespcies ameaadas de extino e as funes ecolgicas dos ecossistemas.

    A biodiversidade interfere na estabil izao do clima, na puri ficao do a r eda gua, na manuteno da fertilidade do solo e do ciclo de nutrientes, almde apresentar benefcios culturais, pai sagsticos e estticos.

    As principai s formas de destr uio da diver sidade biolgica so urbaniza-o descontrolada, ocupao irregu lar do solo, explorao mineral, des-matamentos e fragmentao de ecossistemas, queimadas, superexploraode recursos naturais, utilizao de tecnologias inadequadas na produoflorestal, pesqueira, agropecuria e industrial, indefinio de polticas p-blicas e implantao de obras de infraestrutura sem os devidos cuidados.

    Acrescentam-se ainda a int roduo de espcies exticas da f lora e da faunae a comercializao ilegal de espcies silvestres.

    O Brasil possui 25% da biodiversidade mundial, reunindo uma riqueza dif cilde mensurar, pois h espcies que sequer foram identificadas. O Instituto dePesquisa Econmica Aplicada (Ipea) estima o valor do patrimnio genticobrasileiro em US$ 2 tr ilhes (quatro vezes o PIB nacional). As cifras em jogoso altas. Produtos da biotecnologia (biodiversidade explorada), como cos-mticos, remdios e cultivares, constituem um mercado global que chega aUS$ 800 bilhes por ano, cifra semelhante do setor petroqumico.

    Manguezais so importantes ecossistemas para a preservao da biodiversidade

    Caranguejos so tpicos da fauna demanguezais

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    So Gonalo abriga distintos ecossistemas. A existncia de reasf loresta is na regio que compreende as APAs do Engenho Pequeno e de Gua-pimir im, alm da Estao Ecolgica da Guanabara, possibil itou a identificaode diversas espcies.

    A explorao descontrolada dos recursos naturais tem resultado nam con-servao da biodiversidadee, apesar daexistncia do Batalho Florestal, queatua em conjunto com a prefeitura na scalizao das feiras realizadas nomunicpio, os instrumentos de controle, scalizao e conservao da biodi-versidade so ine cientes.

    Paralelamente, a falta de um inventrio dos recursos naturais e da biodiver-sidade outro problema a ser sanado. Mesmo com aexistncia de centrosuniversitrios na regio,o municpio ainda no possui infraestrutura ade-quada para a realizao de pesquisas cientficas. Segundo os participantesdo processo, aausncia de um levantamento detalhado da fauna e ora localdeve-se falta de recursos humanos e nanceiros para que os pesquisadoresrealizem suas atividades.

    Uma das medidas a serem adotadas para o desenvolvimento de aes estratgi-cas de preservao da biodiversidade a realizao de atividades de Educao

    Ambienta l. Uti li zando osconhecimentos tradicionais sobre a fauna e a f lorado municpio, possvel desenvolver programas e projetos que promovam omanejo sustentvel dos ecossistemas. Com o apoio do poder pblico local,estas iniciativas podem ser importantes para a tomada de decises ligadas gesto da biodiversidade.

    Colhereiro-Rosa

    Mapa 4: reas prioritrias para a preservao dabi di id d i i d S G l d

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    biodiversidade no municpio de So Gonalo e arredores

    Fontes: IBGE, MMA, Petrobras (2010).

    Um dos maiores problemas ambientais de So Gonalo so as reas f ragmen-tadas de Mata Atlntica , que, ao ficarem isoladas umas das outras, diminuemprogressivamente suas chances de se conectarem. Desta forma, seu potencialde manuteno dos processos ambientais fica cada vez menor, contribuindopara a perda da biodiversidade regional.

    PROPOSTAS

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    Alta pr ior idade Mdia prioridade Baixa prioridade Levantamento de fauna e flora

    Articulao1.1. Propor parcerias do poder pblico, universidades e i nicia-

    tiva privada par a desenvolver inventrios de fauna e f lora,sistematizando esses dados em um banco de dados acessvel populao.