82
A A AGEND GEND GEND GEND GENDA A A AMBIENT AMBIENT AMBIENT AMBIENT AMBIENTAL N AL N AL N AL N AL NA A A ADMINISTRAÇÃO ADMINISTRAÇÃO ADMINISTRAÇÃO ADMINISTRAÇÃO ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA PÚBLICA PÚBLICA PÚBLICA PÚBLICA

AGENDA AMBIENTAL NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA · Maria Gricia de Lourdes Grossi - SQA Francisco de Assis Ferreira da Mota - SPOA Sayonara do Vale Nobre - SPOA Daniela Kolhy Ferraz

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AAAAAGENDGENDGENDGENDGENDAAAAAAMBIENTAMBIENTAMBIENTAMBIENTAMBIENTAL NAL NAL NAL NAL NAAAAA

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Ministério do Meio Ambiente - MMACentro de Informação e Documentação Ambiental - CID AmbientalEsplanada dos Ministérios - Bloco B - Térreo70068-900 Brasília, DFTel.: 55 61 4009.1235Fax: 55 61 224-5222e-mail: [email protected]

Impresso no Brasil

AGENDA ambiental na administração pública.Brasília:MMA/Comissão Gestora da A3P, 2004. 80p - 2ª ed.

1. Administração pública - Meio ambiente. 2. Meio ambiente -Conservação - Administração pública. I. Brasil. Ministério do MeioAmbiente.

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Ministério do Meio Ambiente - MMAComissão Gestora da A3PPortaria No. 221, de 14 de setembro de 2004

Agenda Ambiental na Administração Pública

Brasília2004

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Texto e projeto gráfico originaisIrene Eulália Piera Saggin

IlustraçõesJosé Sudaia Filho

DiagramaçãoEmival Sizino dos Santos - SDS (1a. Edição)Arthur Armando da Costa Ferreira - PNEA (2a. Edição)

RevisãoPaulo Cesar de Macedo (1a. Edição)Jacimara Guerra Machado (1a. Edição)Comissão Gestora da A3P (2a. Edição)

Colaboradores (1a. Edição)Cláudio Alves da Silva - ASCOMEmival Sizino dos Santos - SDSFlávia Cristina Souza Viana - PNEAIalê Garcia - PNEAJoão Lopes do Lago - SDSManuel Magalhães de Mello Netto - SDSMaria de Fátima Massimo - SDSPaulo César de Macedo - SDSPedro Rocha - ASCOMRosa Helena Zago Loes - SDS

Colaboradores (2a. Edição)Patrícia Grazinoli - SDSDaniela Kolhy Ferraz - PNEAMaria Gricia de Lourdes Grossi - SQA

Agenda Ambiental naAdministração Pública

Comissão Gestora da AgendaAmbiental na Administração Pública

Patrícia Grazinoli - SDSAllan Milhomens - SDSMaurício Cortines Laxe - SECEXCarmem Yammine - SECEXGeraldo Augusto de Siqueira Filho - SQAMaria Gricia de Lourdes Grossi - SQAFrancisco de Assis Ferreira da Mota - SPOASayonara do Vale Nobre - SPOADaniela Kolhy Ferraz - PNEAArthur Armando da Costa Ferreira - PNEAVitoria Regina Bezerra - IBAMAMárcia Cristina A. Pinto - IBAMAMaurício Andrés Ribeiro - ANAMaria Leonor Baptista Esteves - ANA

2a. Edição

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GlossárioApresentação 7

O que é a Agenda Ambiental naAdministração Pública 8

A Agenda Ambiental na AdministraçãoPública é uma tarefa de todos 10

Como implantar a A3P 12

Conhecendo o ambiente de trabalho 14

Nova cultura institucional naadministração pública 16

O papel nosso de cada dia 18

Recriando o uso do papel 20

Material de expediente - uso combom-senso faz a diferença 22

Energia elétrica - criando novoshábitos para a economia 24

Dicas para economizar energia 26

Água - seu valor de mercado 28

Água - cuidando para evitar o desperdício 30

Manutenção da frota oficial de veículosautomotores - questão de cidadania 32

Reduzir, reutilizar e reciclar - hábitosque podem ajudar a construir aqualidade de vida 34

Trabalhando com os três ‘erres’ 36

Gestão ambiental de resíduos sólidos 38

Comprar de quem preserva anatureza é ambientalmente correto 50

Rotulagem ambiental 52

Pregão de compras do governo 54

Pré-requisitos a serem observadosquando das compras e contratação deserviços para áreas de governo 56

Qualidade de vida no trabalho 58

Desenvolvendo os cinco ‘esses’ 67

Cidadania e ética no trabalho 72

Vestindo a mesma camisa 74

Glossário 76

Referência bibliográficas 81

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O governo é um grande consumidor de recursos naturais, bens e serviços nas suasatividades meio e finalísticas, o que, muitas vezes, provoca impactos socioambientais ne-gativos. A Agenda Ambiental na Administração Pública - A3P foi proposta em 1999, peloMinistério do Meio Ambiente, respondendo a compreensão de que o governo federal possuipapel estratégico na revisão dos padrões de produção e consumo e na adoção de novosreferenciais em busca da sustentabilidade socioambiental.

A internalização de critérios socioambientais vai desde a revisão dos investimentos,compras e contratação de serviços pelo governo até a gestão adequada de todos os resídu-os gerados pelas suas atividades, passando pela melhoria da qualidade de vida no traba-lho. Propõe-se atuar na redução do uso de recursos naturais, minimizando impactos nega-tivos das atividades de governo, promovendo programas de combate ao desperdício, in-centivando padrões tecnológicos de produção de baixo impacto sobre o meio ambiente.

O presente Manual da Agenda Ambiental na Administração Pública foi originalmenteproduzido em 2001 e, atualmente, está sendo revisado de modo a ser complementado.

A A3P é um convite ao engajamento individual e coletivo, a partir do compromentimentopessoal e da disposição para a incorporação dos conceitos preconizados, para a mudançade hábitos e a difusão do programa. Nesse sentido, convidamos você, que vai iniciar aleitura deste manual, a repensar a sua atuação pessoal e profissional, visando à construçãode uma nova cultura institucional.

Comissão Gestora da A3P

Apresentação

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As demandas geradas pela administra-

ção pública nas três esferas, federal, estadu-

al e municipal, revelam excessivo consumo

de recursos naturais, razão pela qual o go-

verno federal precisa assumir papel estraté-

gico na indução de novos referenciais de pro-

dução e consumo, orientados para a

sustentabilidade. Cabe também aos órgãos

que compõem a administração pública dar o

primeiro passo na direção da redução do con-

sumo de recursos naturais, diminuindo impac-

tos ambientais em suas atividades, incenti-

vando combate ao desperdício e programas

de práticas de reaproveitamento e reciclagem

de materiais.

O que é a Agenda Ambiental naAdministração Pública

A Agenda Ambiental na Administração

Pública - A3P, é um programa de caráter

voluntario que se propõe a inserir critérios

ambientais nas áreas de governo, visando

minimizar ou eliminar os impactos ao meio ambi-

ente, provocados por atividades administrativas

ou operacionais.

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A A3P quer estimular a busca daqualidade ambiental, a gestão com qua-lidade e de um ambiente de trabalho demaior qualidade.

Objetivos:

Promover a reflexão sobre osproblemas ambientais em todos as es-feras da administração pública;

estimular a adoção de atitudese procedimentos que levem ao uso ra-cional dos recursos naturais e dos benspúblicos;

estimular e promover mudançasde hábitos dos servidores públicos;

reacender a ética e a auto-esti-ma dos servidores públicos;

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A Agenda Ambiental naAdministração Pública é uma tarefa de todos

Aos órgãos e entidades da União, dos esta-dos, do Distrito Federal, dos municípios, as agên-cias nacionais, autarquias e fundações instituí-das pelo Poder Público que compõem o SISNAMA– Sistema Nacional do Meio Ambiente, bem comoas empresas estatais e de economia mista, cabe:

executar e fazer executar a política naci-onal e as diretrizes fixadas para a preservaçãodo meio ambiente;

desenvolver projetos e ações de comba-te ao desperdício, minimização de impactosambientais, diretos e indiretos, gerados pela ati-vidade pública, e a promoção da gestão ambientalcom qualidade;

promover ações educativas e decapacitação visando: estimular a melhoria da qua-lidade do meio ambiente em todos os locais detrabalho; conscientizar servidores/funcionáriossobre a importância de se preservar o meio ambi-ente; dar conhecimento quanto a necessidade deintroduzir critérios ambientais nas compras degoverno; e despertar a responsabilidade do ser-vidor público no que se refere ao uso correto dosbens e serviços da administração pública.

como órgão federal, fazer cumprir a políti-

ca nacional e as diretrizes fixadas para o meio am-

biente;

promover intercâmbio técnico para difun-

dir informações sobre os objetivos e metodologia e

implementação da A3P;

incentivar ações de combate ao desperdí-

cio e à minimização de impactos ambientais, dire-

tos e indiretos, gerados pela atividade pública;

estimular a excelência na gestão ambiental,

a qualidade de vida no trabalho nas instituições e

preferência pelos os produtos com diferenciais eco-

lógicos nas compras de governo.

Ao Ministério do Meio Ambiente cabe:

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A implantação da Agenda Ambiental naAdministração Pública - A3P requer planejamento,além do desenvolvimento de ações educativas e detreinamento. A ação só será efetiva com ocomprometimento da instituição em minimizar oueliminar impactos ambientais, diretos ou indiretos,decorrentes de suas atividades. Esse planejamentodeverá apresentar procedimentos para atingir osobjetivos estabelecidos e ter em destaque as açõesde educação e capacitação.

Como implantar a A3P

O Ministério do Planejamento, Orçamentoe Gestão - MPOG lançou os programas Qualidadeno Serviço Público e Gestão PúblicaEmpreendedora; ambos tratam também dequestões ambientais institucionais.

Fique por dentro

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criação e regulamentação de comissão da A3P: envolvendo servidores pú-blicos de várias áreas da instituição para o acompanhamento de projetos e atividadese para a representatividade institucional;

diagnóstico da situação: identificação dos pontos críticos e procedimentos,avaliando os impactos ambientais e de desperdício gerados;

definição de projetos e atividades: a partir do diagnóstico, priorização dosprojetos e atividades de maior urgência e relevância;

planejamento integrado: envolvimento de maior número de colaboradores eáreas de trabalho;

implementação: realização deprogramas de capacitação, disponibilização derecursos físicos e/ou financeiros, introdução às mudanças necessárias;

avaliação e monitoramento: verificação do desempenho ambiental, identifi-cação de falhas e pontos de melhoria;

melhoria contínua: avaliação sistemática, replanejamento e implementaçãode procedimentos, qualificação e treinamento de recursos humanos, controle e acom-panhamento, conhecimento e absorção de novas tecnologias e legislação;

avaliação de performance ambiental: levantamento de impactos de riscosambientais, identificação de ações de controle, identificação de indicadores de apri-moramento;

São os seguintes os pressupostos para implantação da A3P:

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Conhecendo o ambiente de trabalho

Com base na ISO 14000, anorma de certificação dequalidade ambiental paraempresas privadas einstituições públicas, serãomostrados no esquema aseguir alguns aspectos quepodem servir noslevantamentos preliminares ena elaboração do diagnósticode cada instituição.

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QUAIS OSIMPACTOS

AMBIENTAIS?

Geraçãodelixo Consumo

deenergia

Consumode

água

Presença desubstânciase materiaisinflamáveis

Geração deresíduostóxicos

Geração deemissões

magnéticasDegradaçãode aspectospaisagísticos

Proliferaçãode

organismosvivos

Geração deemissõesluminosas

Geração deemissões

atmosféricaspoluentes

Geraçãode ruídos

e sons

Geraçãode esgotoorgânico

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Nova cultura institucional naadministração pública

Mudar conceitos para mudarprocedimentos não é tarefa das maisfáceis em uma instituição. Mas, não éimpossível quando se temdeterminação!

A missão da A3P, antes de tudo, ésensibilizar os servidores públicos,desde os administrativos até osoperacionais.

No esquema a seguir estão algunsindicadores que deverão sercontemplados no processo demudança, para que se alcance ummelhor desempenho ambiental e dequalidade de vida no trabalho.

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LinksInterfacesparcerias

Ética doservidorpúblico

Auto-estimado servidor

público

Mudançade

hábitos

Qualidadede vida

no trabalho

Práticassustentáveis

Destinaçãoadequada

dos resíduossólidos

Uso racionaldos recursos

naturais ebens públicos

A3P

móveismaterial de expedienteprodutos químicosveículos e acessóriosmaterial de construçãoequipamentos eletro-eletrônicosprodutos alimentíciosprodutos farmacêuticosprodutos hospitalares

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O papel nosso de cada dia

Os papéis mais conhecidos são feitos à basede celulose, extraída de Eucaliptus e Pinus.

Do Eucaliptus vem o papel para escrever e fa-zer cópia. Do Pinus, os papelões para embalagens.

Mesmo com a expansão da informatização noserviço público nos últimos dez anos, o consumo depapel tem aumentado, tornando vitais a economia,o reflorestamento e a reciclagem.

U m a t o n e l a d a d epapel requer o cortede quarenta árvores.

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Os processos debranqueamento depapel mais usadospela indústria nacionalsão: branqueamento acloro ou peróxido dehidrogênio.

• Que cada tonelada de papel reciclado representa uma diminuição de 3,2 m2 de espaço nosaterros sanitários?

• Que 40% do lixo urbano é composto de papéis e papelão?

Você sabia?

Reduz a poluição do ar e dosrios, pois não implica na utilização decertos procedimentos químicos quegeram impactos ambientais, paraobtenção da pasta de celulose(lançamento de efluentes nos rios epartículas e odores no ar);

reduz o corte de árvores;reduz a utilização de água doce

nos processos de produção;reduz em mais da metade a

energia usada no processo defabricação;

possibilita a geração de novosempregos.

Vantagens da reciclagem de papel

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Sempre que possível, use papéis que não

utilizam cloro em seu processo de fabricação, e

portanto, não são tão poluentes. Outra opção

ambientalmente correta é a utilização de papéis

reciclados.

No mercado brasileiro já existem papéis 100%

reciclados, diferentes e de excelente qualidade,

produzidos em escala industrial. Quanto maior for

a adesão a esse tipo de papel, mais viável ele se

tornará, economicamente.

Papéis tipo A4, usados de um só lado, podem

ser reutilizados para confecção de blocos de

rascunho e para reimpressão no computador.

Recriando o uso do papel

A reciclagem de ummesmo papel com texturade boa qualidade é possívelaté sete vezes.

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A reciclagem de papel pro-porciona:

a redução da poluiçãodo ar em 74%;

a redução da poluiçãoda água em 35%;

a redução do consumode energia em 71%.

Curiosidade

Fonte: Powelson . Cia Energética de Brasília-CEB, 1992.

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Combater o desperdíciodepende de vontade política dedirigentes e de cada um.

Nem sempre prestamos atenção se o materialde expediente é de fato necessário e em caso positi-vo, se é usado de forma racional. E mais, sequer sa-bemos se esses materiais são produzidos a partir defontes naturais não renováveis, como minerais, car-vão e petróleo.

Não devemos esquecer que antes de sermosservidores públicos somos cidadãos, e portanto tam-bém pagamos a conta do desperdício.

Seja qual for a função que você exerce naadministração pública, o resultado do seu compro-metimento com o uso racional de todo o tipo debem público será bem visto e com certeza influen-ciará, em pouco tempo, outros servidores a proce-der da mesma forma.

Material de expediente -uso com bom-senso faz a diferença

Combater o desperdício é conviver de forma equilibrada com a natureza e fazereconomia para os cofres públicos.

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caixas-arquivo

prendedorescanetas esferográficas

lápis grafite

clips

pastas

disquetes cartuchos de tinta

fitas adesivas

extratores de grampos

Dentre os materiais de escritório, os mais usados edesperdiçados são:

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Se você tem uma boa idéia sobre o uso eco-nômico e racional de energia elétrica em seu localde trabalho, proponha estudos para a viabilizaçãotécnica e administrativa junto a sua chefia e aoscolegas.

Muitas vezes, a adaptação, a modernização, amanutenção das instalações elétricas e a otimizaçãodo uso dos elevadores, ar condicionado e de outrosequipamentos são providências que estão ao alcan-ce com soluções rápidas e econômicas.

Não utilize o elevador para subir ou descerapenas um ou dois andares. Use a escada. Alémde economizar energia, você estará fazendo exce-lente exercício físico, que vai contribuir muito comsua saúde.

Energia elétrica -criando novos hábitos para a economia

É preciso que cada um faça a sua parte, na busca do consumo racional deenergia elétrica.

Dê preferência a iluminação natural do Sol,

abrindo janelas, cortinas e persianas.

Apague as lâmpadas de ambientes vazios.

Não deixe computadores e aparelhos de ar con-

dicionado ligados por mais de trinta minutos, sem uso.

Pequenas idéias, grandes soluções

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Leia o Decreto nº 3.330,de 6 de janeiro de 2000, doPresidente da República, sobreo racionamento do consumo deenergia na administração públicadireta e indireta.

Fique por dentro

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Otimizaro

usode

elevadores.

Não deixar ligadospor mais de trinta minutos

sem uso:Fazer

manutenção periódicana rede elétrica e

não sobrecarregar tomadascom benjamins e fios extensão.

Dicas para economizar energia

computadoresluzes

ar condicionadosoutros equipamentos

elétricos.

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Tome banhos rápidos,fechando a torneira

enquanto se esfrega.

Aproveitamentomáximo

daluz do sol.

Pintar paredesdos locais de trabalhousando cores claras

favoressem amenor utilização

da iluminação elétrica.

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Que o planeta Terra é composto de 70% de água e que o corpo humanotambém tem em sua composição 70 % de líquidos?

Que a água existente no planeta está distribuída assim:• 97% é salgada;• 3% é doce;• 2% está congelada nas geleiras;• 1% está disponível em lagos, rios e camadas subterrâneas;• 13% de toda a água doce está concentrada no Brasil.

Na sociedade moderna, a água tem valor eco-nômico cada vez maior. Fica difícil imaginar vida semágua! A água é básica para a sobrevivência do serhumano e para suas atividades sociais, produtivasou comerciais.

O uso da água na indústria e no comércio é fun-damental para o desenvolvimento econômico mas éimportante garantir que não perca sua qualidade.

Ações para o uso sustentável da água estãosendo difundidas no mundo inteiro.

Água – seu valor de mercado

Você sabia ?

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O consumo médio de água por pessoa, pordia, num prédio comercial é de 30 litros.

Conheça a Lei federal nº 9.433, de 8 de janei-ro de 1997, que institui a Política Nacional de RecursosHídricos.

Fique por dentro

Quem usa água, deve pagar pelo seuuso. Quem polui a água deve pagar peladegradação causada.

No Brasil, o gerenciamento das águas pos-sui uma legislação moderna e abrangente, quebusca estabelecer critérios de quantidade e qua-lidade, de forma democrática, para o desenvolvi-mento sustentável das comunidades menos abas-tadas e de todo o país.

A administração pública, em todas as suasinstâncias e segmentos, tem papel fundamentalna disseminação de informações sobre o corretouso da água e de práticas para conter seu des-perdício.

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Água – cuidando para evitar o desperdício

Evite

lavar calçadas

com freqüência ou usar

o jato da mangueira

como vassoura.

Dê preferência

ao uso de baldes com água

ao invés de mangueiras

para lavagem de veículos.

A irrigação de

jardins e plantas

deve ser feita

com o uso de aspersor

acoplado à mangueira,

de forma controlada

(tempo e quantidade de água).

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Sempre que for constatada a ocorrência de falta de informação para procedimentos cor-retos, necessidade de manutenção hidráulica e negligência com relação ao consumo excessi-vo de água em seu local de trabalho, peça providências.

Os consertos de torneiras,

bebedouros e descargas

vazando em

seu local de trabalho

devem ser providenciados

de imediato.

Os banhos

devem ter duração de

no máximo

cinco minutos, pois

a média de gasto

de água num banho

de quinze minutos é

de 45 litros.

Sirva-se

de água

na medida

de sua sede.

Não a desperdice!

4 5 6

Fonte:SOS água, apud Cia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (SABESP)

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As revisões preventivas e periódicas sugeridas

pelos fabricantes, o uso do combustível recomenda-

do e a calibragem de pneus são itens imprescindí-

veis para a manutenção adequada de veículos. Isso

contribui para o prolongamento da vida útil do veícu-

lo, representa uma economia financeira e minimiza o

lançamento de poluentes no ar, no solo e nas águas.

Sempre que um veículo oficial em sua área de

trabalho, estiver transitando de forma irregular – sol-

tando fumaça, vazando óleo motor, combustível ou

graxas, emitindo ruídos acima do suportável, tendo

dificuldade de frear, com suspensão desalinhada ou

pneus carecas, comunique ao encarregado da frota

e peça providências.

Manutenção da frota oficial de veículosautomotores – questão de cidadania

Os governos federal, estaduais emunicipais, inclusive as fundações,autarquias e empresas de economiamista, têm por obrigação dar bomexemplo quanto à manutenção das res-pectivas frotas de veículos.

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Leia:

Resolução CONAMA nº 7 de 31 de agosto de 1993, sobre veículos do cicloOtto (gasolina e álcool);

resolução CONAMA nº 251 de 12 de janeiro de 1999, sobre veículos do cicloDiesel (óleo Diesel);resolução CONAMA nº 252 de 01 de fevereiro de 1999, sobre ruídos produ

zidos por veículos.

Fique por dentro

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Se olharmos sem preconceito para o lixo, po-

deremos verificar que muitas coisas não são “exata-

mente lixo”.

Quando falamos em qualidade de vida, deve-

mos estabelecer critérios ambientalmente corretos,

que encontrem ressonância na qualidade de vida que

queremos, e isso vale também para nosso local de

trabalho.

A A3P tem trabalhado para introduzir critérios

ambientais e difundir hábitos de economia no serviço

público.

Reduzir, reutilizar e reciclar – hábitos que po-dem ajudar a construir a qualidade de vida

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O que se faz com o lixogerado é indicador daqualidade de vida que se querter.

A administração pública, nas três esferas degoverno, começa a apresentar resultados, de umamaneira geral, bastante positivos com a introduçãode um novo pensar no que se refere à gestãoambiental dos resíduos decorrentes de suasatividades.

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Um bom começo é reduzir o consumo, odesperdício e gastos excessivos com material deexpediente, de limpeza e higiene, de manutençãode equipamentos e veículos além da compraindiscriminada de móveis e muitos outros itensperfeitamente dispensáveis.

Trabalhando com os 3 R’s

Veja o que pode ser feito em seu local de trabalho

Um segundo passo, importante, é oreaproveitamento de tudo o que estiver em bomestado: material de expediente, equipamentos, peças,móveis, restos de divisórias, cortinas, vidros, etc.

O bom-senso e a criatividade de cada um vãoestabelecer , com certeza, novo padrão de conduta,mais adequado quanto ao uso racional de benspermanentes e de consumo na administração pública.

REDUZIRREDUZIRREDUZIRREDUZIRREDUZIR REUTILIZARREUTILIZARREUTILIZARREUTILIZARREUTILIZAR

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Existe um quarto ‘r’ que é oque vai definir o sucesso dequalquer iniciativa para aintrodução de critérios ambientaisem seu local de trabalho. É o ‘r’ derecusar consumir produtos quetenham gerado impactosambientais significativos.

Uma parte do que vai para o lixo pode serreciclada, o que evita que mais matérias-primas sejamretiradas da natureza. Vidros, latas (alumínio e aço),plásticos e papéis são exemplos disso. São utilizadospara fabricar novos produtos.

RECICLRECICLRECICLRECICLRECICLARARARARAR

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1. Entendendo a coleta seletiva

A coleta seletiva é uma importante atividade nagestão dos resíduos sólidos. Trata-se do processode seleção do lixo, que envolve duas etapas distintas.

Gestão ambiental de resíduos sólidos

Etapa 1Segregação

É uma pré-seleção do material nos locais deorigem: papel, papelão, plástico, vidro, metal, dentreoutros.

Isto requer sensibilização, conscientização e aparticipação de todos.

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Resíduos líquidosou efluentes

São os rejeitos industriais,

águas utilizadas (servidas)

e chorumes.

Resíduos inorgânicosSão os plásticos,

papéis,

vidros e metais.

Resíduos orgânicosSão os restos de alimentos,

galhos e folhas,

papel higiênico.

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Trata-se de recolhimento especial, que permiteque os materiais já separados sejam coletados parareciclagem, reutilização ou compostagem.

No caso de resíduos orgânicos, elesnecessariamente passam por um processo de triagemantes de serem encaminhados para reciclagem.

A coleta seletiva só vai valer a pena, quandoacordos de participação ou responsabilidade deexecução forem firmados para todas as etapas doprocesso.

Separar resíduos sem a garantia de que serãoencaminhados para empresas que trabalham comreciclagem, por si só não leva a nada.

Para introduzir um sistema de coleta seletiva énecessário o envolvimento de prefeituras,comunidades, catadores, carroceiros/sucateiros,entidades sociais e, principalmente, empresasprivadas que atuem com coleta e reciclagem.

Etapa 2A coleta

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COMUNIDADE

NOVOS PRODUTOSPARA CONSUMO

EMPRESAS DERECICLAGEM

EMPRESAS DECOLETA SELETIVA

COOPERATIVAS DECATADORES

INSTITUIÇÕESPÚBLICAS

PRODUÇÃO DEFARDOS

CICLO DA COLETASELETIVARegionais,

subsidiárias ourepresentações

Regionais,subsidiárias ourepresentações

Regionais,subsidiárias ourepresentações

Regionais,subsidiárias ourepresentações

Regionais,subsidiárias ourepresentações

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2. A triagem de resíduos sólidos

Os resíduos sólidos separados podem serprensados em fardos ou não, no local de origem,recolhidos e repassados para associações,cooperativas e/ou empresas que se encarregarão devendê-los para outras empresas que trabalham comreciclagem.

Os diversos tipos de papéis usados e sepa-rados em coleta seletiva denominam-se aparas,e são prensados em fardos.

Quanto mais limpa e selecionada for a apa-ra, maior será seu valor comercial.

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Papel

Embalagens: caixasde papelão.

Papel: jornais, revis-tas, aparas, envelopes, A4,formulários de computador,de fax.

Ainda não reciclá-veis, porque sai caro: pa-pel carbono, etiqueta ade-siva, papéis sujos, papéissanitários (higiênicos),guardanapos e fotografias.

Veja quais sãoos resíduos mais

comuns

Metal

Aço: latas de óleo, desalsichas, de legumes, debanha, etc.

Alumínio: latas de refri-gerante, de cerveja , desuco e sucatas da constru-ção civil.

Ainda não recicláveis,porque sai caro: clips,grampos, canos e espon-jas de aço.

Vidro

Recipientes em geral:garrafas, potes, frascos ecopos.

Ainda não recicláveis,porque sai caro: espe-lhos, vidros planos, lâm-padas, porcelana, cerâ-mica e tubos de televisão.

Plástico

Embalagens: de refrige-rante (PET), de margarinase de produtos de limpeza.

Outros: copos descar-táveis, sacos plásticos, en-gradados de bebidas e bal-des.

Ainda não recicláveis,porque sai caro: cabos depanelas e tomadas.

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Na maioria dos locais de trabalho existem osconhecidos depósitos, onde são acumuladosentulhos, como móveis velhos, sucatas decomputador e ar condicionado, pneus, peças deveículos, restos de madeira, lâmpadas queimadas,além dos recicláveis já conhecidos, como papel, vidro,metal e plásticos.

Faça uma lista dos tipos de resíduos sólidos oulíquidos que podem ser reutilizados e/ou recicladose dê-lhes destino adequado.

3. Separação de resíduos: organi-zando a casa

Lâmpadas fluorescentes podemser recicladas, e não devem ser jogadasnos coletores de vidro ou no lixo comumpara evitar contaminação por produtosquímicos, que entram na suacomposição além do perigo deacidentes com o vidro.

Fique atento

Manter um depósito entulhado esujo contribui para que ratos, baratas,aranhas, mosquitos, cobras e outrosintrusos apareçam, se instalem e geremvetores de doenças.

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4. Outros resíduos gerados nas ati-vidades de governo

Pneus: pneus velhos podem sertransformados em pó de borracha,desvulcanizados e util izados nafabricação de produtos, como tapetesde carro e solas de sapato. A Resoluçãonº 258/99 CONAMA faz recomenda-ções sobre o destino e descarte depneus.

Carcaças de computadores e ar con-dicionados: podem ser compradaspara desmonte. Em cidades comoCuritiba, PR e São Paulo, SP existemempresas que recebem esses materi-ais para o reaproveitamento oureciclagem.

Óleos lubrificantes: óleos nãorerrefinados ou não reciclados, depoisde usados, deverão ser acondiciona-dos em tambores para disposição ematerros industriais próprios para resídu-os perigosos. Em sua composição es-tão metais e compostos altamente tó-xicos e por esse motivo é classificadoscomo resíduos perigosos à saúde hu-mana, animal e natureza.Leia a Resolução CONAMA nº 9 de 31de agosto de 1993 para saber mais aesse respeito.

Peças mecânicas e baterias de veí-culos: peças mecânicas de metal de-vem ser encaminhadas aos ferros-ve-lhos ou sucateiros e as baterias de ve-ículos descarregadas enviadas aorevendedor. As resoluções nº 257 e263/99 CONAMA tratam do tema bate-rias.

Carcaças de veículos: podem ser en-caminhadas aos ferros-velhos ousucateiros.

Móveis: podem ser levados para ater-ros sanitários ou doados à entidadessociais.

Canos de cobre, ferro e alumínio:podem ser vendidos a sucateiros

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Alimentos estragados: devem ser le-vados para aterros sanitários pelo ser-viço delimpeza urbana-SLU local.

Produtos químicos em geral: podemser levados para aterros industriais oudispostos em aterros de resíduos peri-gosos.

Medicamentos com datas vencidase resíduos de serviços de saúde: po-dem ser encaminhados aos serviços desaúde. A Resolução nº 283/99 doCONAMA, que trata do assunto, estáem fase de revisão para posterior apro-vação.

Cartuchos de tinta: a destruição e odescarte devem ser feitos pelo serviçode limpeza urbana-SLU local. Outra op-ção é a recarga para reutilização.

Divisórias e cortinas: quando verifica-do a inpossibilidade de reapro-veitamento, devem ser encaminhadasaos aterros sanitários.

Pilhas e baterias de celular: as pilhasfabricadas no Brasil são alcalinas.Quando do descarte, podem ser joga-das no lixo comum. Já as estrangeirasque não vêm com indicação, nem têmclara sua composição, não devem serjogadas nos lixos comuns e sim nosaterros industriais para materiais peri-gosos.As baterias de telefones celularesdescarregadas devem ser encaminha-das ao representante de venda local.Para saber mais sobre o assunto leiaas Resoluções nº 257/99 e nº 263/99CONAMA.

Entulhos de construção civil e canosde PVC: a destinação para o descartedesses materiais baseia-se nas Reso-luções 307/02 e 348/04 do CONAMA.

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A separação de resíduos sólidos na fonte, ousegregação (etapa 1 da coleta seletiva), podeangarear fundos para a manutenção de pequenos pro-jetos, cestas básicas e outros eventos para aintegração dos servidores em sua área de trabalho.

5. O que a coleta seletiva podeangarear

A comercialização desses resíduos só serápossível, para esses fins, com autorização prévia.Para isso, consulte a área jurídica da sua instituiçãoe veja quais as alternativas legais que permitem querecursos arrecadados com a venda de recicláveis se-jam doados para associação dos servidores e/ououtras instituições sociais.

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O MMA já está fazendoa coleta seletiva (etapa 1)de papéis, copos des-cartáveis em sua sede emBrasília, DF. Para isso sãousados contêineres, caixascoletoras apropriadas, comcapacidade mínima deacondicionamento de sete-centos copos empilhados.

Fique por dentroA coleta de resíduos de forma seletiva deveser a primeira ação no programa Agenda Ambientalna Administração Pública, pois será a partir dela quese vai dá maior visibilidade ao processo de inserçãode critérios ambientais no dia-a-dia do serviço público.

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Em todo o mundo, o poder de compra econtratação do Governo/Administração Pública temum papel de destaque na orientação dos agenteseconômicos quanto aos padrões do sistema produtivoe do consumo de produtos e serviços ambientalmentesustentáveis, incluindo o estímulo à inovaçãotecnológica.

Em todos os países as iniciativas de licitaçõessustentáveis foram introduzidas inicialmente comoprogramas de adoção de boas práticas ambientais,entre elas o acesso às informações sobre produtos eserviços sustentáveis, mecanismos legais paragarantir a preferência aos produtos sustentáveis e acapacitação dos agentes públicos.

Já é uma tendência privilegiar fornecedoresque adaptaram processos de produção e prestaçãode serviços às exigências de conformidadesambientais (ISO 14000) de preservação do meioambiente, bem como a adoção de mecanismosvoluntários de rotulagem ambiental por parte dasindústrias.

Comprar de quem preserva a natureza éambientalmente correto

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A economia brasileira caracteriza-se porelevado nível de desperdício de recursos naturais, ea redução desses desperdícios constitui importantereserva de desenvolvimento para o Brasil e fonte debons negócios para empresas decididas a enfrentaro problema.

Sendo o meio ambiente um potencial derecursos mal aproveitados, sua inclusão no horizontede negócios pode resultar em atividades queproporcionem lucro ou pelo menos se paguem com apoupança de energia, de água ou de outros recursosnaturais.

Em outras palavras, as contratações daAdministração Pública, sejam decorrentes de licitaçãoou efetivadas de forma direta, mediante dispensa delicitação ou de sua inexigibilidade, devem ser voltadasao consumo sustentável, isto é, um consumo que nãoseja predatório aos recursos naturais e ao meioambiente.

Nesse contexto, a responsabilidade ambientalé um processo de melhoramento contínuo, queconsiste em assumir os efeitos ambientais dascondutas da administração pública, por meio daprevenção de impactos ambientais indevidos. Aproteção ao meio ambiente decorre não apenas deações repressivas por parte do poder público, masespecialmente, e de forma muito eficaz, de ações decaráter preventivo, tais como o licenciamento, osincentivos fiscais e de crédito e as própriascontratações, procurando prevenir e/ou controlar osefeitos negativos – os riscos ambientais derivadosda atividade institucional e fomentar os positivos.

Trata-se, em última instância, de compartilhara responsabilidade ambiental, tarefa de todos ossegmentos da sociedade, setor produtivo eprincipalmente do Governo, como preconizado naConstituição Federal. A Administração Pública devecaminhar para o desenvolvimento sustentável nãoapenas pelo seu benefício ambiental, mas tambémpor razões econômicas. É de interesse geral utilizara tecnologia mais eficiente, que poupe mais matéria-prima, que recicle seus resíduos, que evite conflitoscom a população em geral, e que o faça de acordocom o preconizado na legislação vigente.

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A tendência à adoção de mecanismosvoluntários de rotulagem ambiental, por parte dasindústrias, é mundial. Cada vez mais os atributos deecoeficiência atestados pelo Selo Verde têmdemonstrado que a rotulagem ambiental é umpoderoso instrumento de mercado, pois informa aosconsumidores os padrões de produçãoambientalmente corretos, inclusive no que se refereao consumo, no de aparelhos eletroeletrônicos.

Arte: Wenceslau Bilú

Os programas de rotulagem ambientalrepresentam a forma visível de compatibilizar ademanda e a oferta de produtos direcionados parauma progressiva melhora do desempenho ambientalpelos agentes econômicos.

A Associação Brasileira de Normas Técnicas -ABNT iniciou, em 1993, um programa de rotulagemambiental, ainda sob a influência da Rio 92. O estudorelativo a esse programa começou com uma pesquisasobre os programas de rotulagem ambiental (Seloverde) existentes no mundo para fornecer bases paraa formulação de um modelo brasileiro. O modeloproposto segue o projeto de norma ISO 14024 -Rótulos e Declarações Ambientais - RotulagemAmbiental Tipo I - Princípios e Procedimentos. Nessemodelo, que pressupõe uma estrutura participativa,onde todos os setores interessados podem manifestarseus interesses, os estudos são baseados naconsideração do ciclo de vida do produto. Até omomento, este trabalho está sendo realizado nossetores de couro e calçados e no de florestas,considerados, por ela, como prioritários.

A rotulagem ambiental

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Pregão de compras do governo

A modalidade de compras do governo por meiode pregão tem apresentado resultados satisfatórios,pois elimina alguns procedimentos burocráticos des-necessários, permite a transparência nas negocia-ções e a introdução de critérios ambientais como pré-requisitos em seus editais.

O mecanismo de funcionamento do pregão émais ou menos igual ao utilizado nos leilões, por meiode lances de melhor preço e qualidade oferecidospelos representantes das empresas.

Para participar dos pregões as empresas de-verão acompanhar as especificações contidas noseditais para compras de bens e serviços.

Após o processo competitivo e o ordenamentodas ofertas o pregoeiro verificará o atendimento dascondições fixadas no edital, principalmente aquelasque dizem respeito às questões ambientais.

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O Decreto Federal nº 2783 de17 de setembro de 1998, dispõe sobrea proibição da compra de produtos comCFC (Clorofluorcarbono) e seus deriva-dos na administração;

o CFC , usado em aerosóis emotores de geladeiras, quando libera-do no ar joga na atmosfera partículasque destroem a camada de ozônio;

existem diversos produtos quetêm CFC em sua composição e em vir-tude da falta de informação, ainda sãocomprados pela administração pública.Ex.: computadores (nas carcaças) ecadeiras de escritório (nos enchimen-tos sintéticos);

Fique por dentro Antes de comprar os produtos, énecessário solicitar do fabricante dadossobre a composição de cada um, e ve-rificar se o mesmo está de acordo comas leis ambientais.

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ausência de passivosambientais;

gestão de resíduos sólidospós-consumo;

responsabilidade compartilha-da nos resíduos;

uso racional de energia eágua;

uso de energia alternativa.

Capacitaçção sobre educaçãoambiental para prestadores de serviçosde manutenção técnica, de limpeza, decopa e outros;

programas educativos sobrepreservação da natureza (fauna, flora,solo e água);

gestão ambiental e qualida-de total de processos de produção e deprestação de serviços;

programas de meio ambiente,de saúde e de desenvolvimento susten-tável;

respeito à convenção sobre osdireitos da criança e do adolescente(*),à Declaração dos Direitos Humanos,aos direitos dos portadores de deficiên-cia física e às iniciativas que tratam dasquestões de gênero (principalmente fe-minino) e de etnias;

produtos reciclados e que nãocontenham CFC;

Pré-requisitos a serem observados quando dascompras e contratação de serviços para áreas degoverno

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(*) O Decreto Federal nº 3.597, de12 de setembro de 2000 promulga aconvenção 182 e a recomendação 190da Organização Internacional do Traba-lho-OIT sobre a proibição das piores for-mas do trabalho infantil e a ação imedi-ata para sua eliminação, concluídas emGenebra, em 17 de junho de 1999.

Fique por dentro

Ecoproduto

Principais características:menor consumo de matérias-primas emaior índice de conteúdo reciclável;produção não-poluidora e materiaisnão-tóxicos (tecnologia limpa);sem testes desnecessários com animais ecobaias;sem impacto negativo ou dano a espéciesem extinção;menor consumo de energia e água duranteo processo de produção, distribuição e des-carte pós-consumo;embalagem reduzida ou sem embalagem;passível de reutilização ou reabastecimen-to (refil e/ou recarga);longa duração, permitindo atualizações;passível de coleta ou desmonte pós-consu-mo;passível de reutilização ou reciclagem.

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Entre os muitos fatores que implicam melhoriacontínua da qualidade de vida no trabalho, quatromerecem destaque, porque envolvem também aspec-tos de saúde, de segurança e de meio ambiente.

1.1. Poluição sonoraO barulho de aparelhos antigos de ar condicio-

nado e ventiladores, de oficinas de manutenção eoutros tantos ruídos fortes ouvidos nos locais de tra-balho, em geral podem gerar danos à saúde.

Qualidade de vida no trabalho

1. Fatores de risco que podem serresolvidos

Pesquisas sobre fontes emissoras de ruídos em centros urbanos detectaram muitosindicadores sobre impactos ambientais causados ao ser humano. Inúmeros casos deproblemas auditivos podem estar relacionados com a intensidade, a duração e a fre-qüência de ruídos aos quais as pessoas ficam expostas.

Curiosidade

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A unidade de medida do ruído é o decibel-dB(A) e para medí-lo são usadosequipamentos chamados decibelímetros;

o limite tolerável para o ouvido humano é a recepção de ruídos até 65 decibéis.A partir daí, a constância de ruídos fortes pode causar danos à audição e ao equilíbrioneuro-emocional de pessoas e animais.

leia a resolução CONAMA nº 2, de 8 de março de 1990, que institui, emcaráter nacional, o Programa Nacional de Educação e Controle de Poluição Sonora-Silêncio, para o monitoramento das questões de poluição sonora. O programa é coor-denado pelo Instituto Nacional do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis-IBAMA;

a legislação sobre a emissão de ruídos é de competência dos estados emunicípios.

Motor deônibus60 dB

Ar condicio-nado30 dB

Furadeiraelétrica90 dB

Turbina deaeronave

140 dB

Britadeira100 dB

Geradores40 dB

Fique por dentro

Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas-ABNT e a Organização Mun-dial de Saúde-OMS o nível máximo de ruído tolerado pelo ouvido humano de formacontínua não deve exceder a 65 decibéis.

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1.2. Área para fumantes

Apesar da proibição do uso de cigarros, charu-tos e cachimbos no interior de prédios da administra-ção pública e ser objeto de lei nas três instâncias degoverno, muitos servidores continuam fumando noslocais de trabalho. A lei não obriga a deixar o vício,mas determina sejam definidas áreas restritas aosfumantes.

Se você é fumante, colabore com a saúde dosnão-fumantes. Fume somente nos locais reservadospara tal fim.

Saiba mais sobre a Lei fede-ral nº 9.294, de 15 de julho de1996, que dispõe sobre a proibi-ção do uso do fumo nos prédiosda administração pública.

Fique por dentro

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1.3. Acesso para portadores dedeficiência física

Acessos e instalações apropriados a portado-

res de deficiência física são obrigatórios em prédios

públicos, incluindo áreas abertas que deles fazem

parte; rampas, corrimãos, banheiros, refeitórios, por-

tas, locais de atendimento ao público e vagas em es-

tacionamentos são alguns dos itens que devem ter

adaptação imediata, seguindo as especificações da

Associação Brasileira de Normas Técnicas-ABNT.

Consulte o manual de normas de construção e adaptação de acessos eespaços específicos da ABNT.

Informações sobre os direitos dos portadores de deficiência, que podem seradquiridas na Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Defi-ciência - CORDE, site www.corde.gov.br .

Fique por dentro

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1.4. Brigadas de incêndio

Nos prédios da administração pública em queestejam abrigadas mais de 150 pessoas, é prudentea formação de brigadas de incêndio para que, emcaso de sinistro, possam coordenar a rápida evacua-ção das áreas atingidas. Além dessa função, a briga-da poderá ajudar o monitoramento da manutençãodos equipamentos de incêndio, da liberação das ro-tas de fuga (saídas de emergência) – escadarias eportas corta-fogo – como também prevenir contra si-tuações de risco (inadequação de instalações elétri-cas, localização de botijões de gás liquefeito de pe-tróleo-GLP e materiais inflamáveis.

Em princípio, cada prédio ou instalação poderáter a sua brigada de incêndio, constituída por servi-dores públicos voluntários de cada área física ou pes-soal responsável pela segurança.

Normalmente, a brigada de incêndio passa portreinamentos periódicos realizados pelo Corpo deBombeiros ou pela Defesa Civil local.

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Aqui estão algumas dicas que podem melhorar

seu ambiente de trabalho no dia-a-dia:

2.1. Relações interpessoais

Buscar o equilíbrio das emoções no ambiente

de trabalho possibilita bons relacionamentos, propor-

cionando suporte essencial às atividades de equipe.

Para sorrir, o ser humano utiliza apenas 14

músculos faciais, e para ficar de cara feia 45. Você

tem dúvidas sobre o que é melhor para a harmonia

no ambiente de trabalho?

2. A atitude de cada pessoa

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2.2. Integração e movimento secombinam

É possível promover atividades de integraçãono local de trabalho a baixo custo ou mesmo semqualquer custo, fazendo parceria com outras insti-tuições.

A ginástica no trabalho, dez minutos pelamanhã e pela tarde é um exemplo disso; ajuda aprevenir doenças características e proporciona mai-or disposição, integra as pessoas, traz felicidade ebem estar.

Também as oficinas de talento, criatividade esensibilização (dinâmicas de grupo) comple-mentam as necessidades de desenvolvimento dopotencial de cada um, por meio da expressão e arte,favorecendo o melhor entendimento entre colegas.

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É saudável que cada servidor público tenha

seu local de trabalho organizado, imprimindo um

toque pessoal na decoração de sua mesa, e, quan-

do possível, da própria sala.

São pequenas atitudes que podem fazer a di-

ferença em sua identificação com o ambiente pro-

fissional.

2.3. Um toque pessoal na decora-ção do seu local de trabalho

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Procure em sua cidade grupos deapoio anti-tabagismo, alcoólicos anôni-mos, de apoio a usuários de drogas,neuróticos anônimos, e vigilantes dopeso. Informe-se a respeito. Se nãoachar, tente os sites de busca pelaInternet.

Fique por dentro

Grupos de apoio anti-tabagismo,alcoolismo, drogas, e neurosesdiversas

Entre os servidores públicos existem os quefazem uso de drogas, cigarro, álcool e/ou outrosou aqueles que se alimentam compulsivamente,mas na maioria dos casos desejam se libertar dovício e não conseguem sozinhos.

A criação de grupos de apoio para essas si-tuações, em parceria com inst i tuiçõesespecializadas é possível por meio de acordos econvênios.

Esses problemas devem ser enfrentados etratados sem preconceitos, de maneira generosa esolidária, pois é a melhor forma para as pessoaspoderem superar as dificuldades sociais e profissi-onais.

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A metodologia dos cinco esses (ou kaizen) foi

criada no Japão, depois da Segunda Guerra Mundi-

al, e tem contribuído para a introdução de novas cul-

turas institucionais voltadas para gestão de qualida-

de.

Na Agenda Ambiental na Administração Públi-

ca, essa metodologia pode ser de grande ajuda, pois

é referencial da qualidade que se pode alcançar no

trabalho.

Desenvolvendo os 5 S’s

1. trata-se de processo contínuo e permanente;

2. não requer grandes investimentos, pois ba-seia-se em pequenas mudanças nos locais de traba-lho, aperfeiçoando o “senso de qualidade” onde se faznecessário.

Dois fatores caracterizam ametodologia dos 5 S’s:

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Senso de organização (Seiton)

É saber organizar para facilitar o acesso e re-posição de tudo que é material de trabalho. Cada itemtem seu lugar.

Procure deixar em cima de sua mesa apenasos documentos e materiais necessários ao trabalhodiário, deixando o excedente organizado em outro lu-gar, um armário, se houver.

Benefícios: redução do tempo e dos desgas-tes físicos e mentais para encontrar (acessar) o quese deseja, aspecto do ambiente mais agradável.

É o saber usar sem sujar. O usuário do localpassa a ser responsável pela sua limpeza, verifican-do o que provoca a sujeira, e buscando ao mesmotempo soluções para eliminação ou atenuação.

Manter a limpeza no ambiente de trabalho con-tribui para criar uma atmosfera agradável emotivadora.

Benefícios: melhoria do bem-estar, da saúde,e aumento da vida útil das instalações.

Senso de limpeza (Seiso)

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Senso de utilização (Seiri)

É o saber usar sem desperdiçar. Uma maneiraprática de empregar o Seiri é separar tudo o que fornecessário, dando novo destino ao que restar.

Guardar para ter nem sempre é sinônimo debom-senso.

Benefícios: redução ou eliminação do desper-dício e a melhor utilização dos espaços.

Senso de higiene (Seiketsu)

É procurar manter o corpo e a mente, bem comoo ambiente de trabalho, permanentemente asseados.

Evite o ‘baixo astral’, denominação popular parao pessimismo; esteja alerta para evitar acidentes detrabalho, e mantenha boa forma física.

Benefícios: liberação de energia humana paraconstrução de um ambiente interior voltado para obem e a busca contínua de melhoria.

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É cumprir rigorosamente o que for estabe-lecido. É, por exemplo, respeitar o próximo.

A autodisciplina é o estágio mais elevadodo ser humano, pois representa educaçãocomportamental.

Mantenha sua força de vontade em dia.Você depende do outro e o outro depende devocê. Faça sua parte.

Benefícios: aumento do espírito de equi-pe e sinergia (integração+identificação) entre aspessoas.

Senso de disciplina (Shitsuke)

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participar de iniciativas voltadas àpromoção de mudanças de comportamento eprocedimentos com vistas ao uso racional dosrecursos naturais e insumos disponíveis;

multiplicar e difundir os conhecimen-tos entre os demais servidores públicos, princi-palmente aqueles capazes de favorecer mu-danças de comportamento e melhor aproveita-mento dos insumos disponíveis;

comprometer-se com as mudançaspropostas independentemente do nível de res-ponsabilidade;

procurar zelar pelo patrimônio públi-co, pois é bem de uso comum, e foi adquiridocom a contribuição de todos os brasileiros.

Cidadania e ética no trabalho

A implementação de um projeto terá maiorespossibilidades de êxito se algumas regras forem fir-madas para nortear as ações a executar.

No caso da Agenda Ambiental na Administra-ção Pública, do Ministério do Meio Ambiente, as re-gras estão fundamentadas no Decreto federal nº1.171, de 22 de junho de 1994, que dispõe sobre ocódigo de ética do servidor público , dando destaquepara os seguintes compromissos de cidadania:

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O código de ética do servidor público prevê a criação de comissões de ética, como objetivo de estudar e encaminhar pedidos de providências para assegurar a manu-tenção e integridade do patrimônio público e da imagem de idoneidade do órgão aoqual as referidas comissões estiverem ligadas.

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Vestindo a mesma camisa

“O que antes não podia ser aprendido individual-mente passará a ser possível em grupo. Este será oaprendizado organizacional.”

Peter M. Senge

A A3P é um convite aocomprometimento pessoal, aoengajamento individual e coletivo eà disposição para a transformação dehábitos, costumes, processos eserviços rumo à sustentabilidade e aoconvívio mais fraterno em umambiente de trabalho com qualidade.

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Seja do time! Sua participação é fundamental e significativa!

A Agenda Ambiental na Administração Pública- A3P veio para mostrar que é possível estabelecercritérios ambientalmente corretos para as demandasgeradas nas atividades da administração pública.

Juntos, poderemos construir uma nova culturainstitucional, direcionada a ações mais eficientes eeficazes nas instituições públicas; uma nova culturaque contemple a integração das áreas de trabalho, aunidade de procedimentos pró-qualidade de vida e odesenvolvimento de pessoas, os seres humanos, pro-fissionais e cidadãos.

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Glossário

1. Acidente: acontecimento casual, fortuito,imprevisto, que pode resultar em morte, doença,lesão, dano ou outra perda.

2. Agenda 21: plano de ação visando odesenvolvimento sustentável adotado em 1992 naConferência das Nações Unidas para o MeioAmbiente e Desenvolvimento (Rio 92) e que deveser particularizado para os países e suas unidadesterritoriais, podendo incluir também organizaçõesque queiram criar suas próprias agendas.

3. Análise do ciclo de vida: método de avaliação equantificação dos impactos ambientais causadospor um produto durante toda a sua vida, desdeos recursos naturais e matérias-primas utilizadosaté a sua disposição final.

4. Aquecimento global: acréscimo da temperaturamédia na Terra causado por alterações naatmosfera provocadas pelas atividades humanas.

5. Asbestos: compostos naturais constituídos porsilicatos de magnésio, apresentando-se sob aforma de fibras altamente resistentes ao calor ecapazes de provocar, quando inaladas, moléstiaspulmonares, incluindo o câncer.

6. Aspecto ambiental: elemento das atividades,produtos e serviços de uma organização que podeinteragir com o meio ambiente.

7. Aterro sanitário: área para deposição de resíduossólidos executada em local escolhido eobedecendo a técnicas adequadas que permitemreduzir os impactos ambientais.

8. Atuação responsável: programa desenvolvidopela indústria química, na década de 1980, voltadopara a gestão da segurança, saúde ocupacionale meio ambiente.

9. Auditoria ambiental: processo sistemático edocumentado de verificação e avaliação dascondições ambientais em um local ouorganização, realizado por um especialistaqualificado.

10. Biomassa: massa de matéria orgânica presenteem uma delimitação dos ecossistemas.

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16. Ciclo da água ou ciclo hidrológico: ciclo percorridopela água, desde sua evaporação nos oceanos eoutros corpos d‘água para a atmosfera, até seuretorno aos oceanos por meio da precipitaçãoatmosférica e infiltração no solo.

17. Ciclo do carbono: ciclo desse elemento vital paraa vida, por meio de sua fixação nos combustíveisfósseis (petróleo, carvão, gás), sua presença naatmosfera (especialmente sob a forma de dióxidode carbono) e nos organismos vivos.

18. Combustível fóssil: materiais orgânicoscombustíveis obtidos a partir de jazidas naturais,tais como petróleo, carvão, carvão mineral, turfa,xisto.

19. Compostagem: método de reciclagem de resíduosorgânicos capaz de transformá-los em adubo.

20. Compostos orgânicos voláteis: compostos que seevaporam e dispersam com facilidade no ambientepróximo e na atmosfera.

21. Desastre: acontecimento calamitoso,especialmente o que ocorre de súbito eocasionando grande dano ou prejuízo.

22. Desenvolvimento sustentável: desenvolvimentoque permite atender ás necessidades da geraçãoatual sem comprometer o direito das futurasgerações de atender suas próprias necessidades.

11. Biorremediação: processo de descontaminaçãodo solo ou das águas em que se utilizammicroorganismos como agentes para degradar ospoluentes.

12. Camada de ozônio: faixa de proteção que envolvea Terra na alta atmosfera e possui umaconcentração de ozônio capaz de atuar como umfiltro natural no bloqueio das radiações ultravioleta,procedentes do Sol e nocivas à vida no planeta eà saúde humana.

13. Certificação ambiental: comprovaçãodocumentada do cumprimento dos compromissosassumidos por uma organização em respeito aomeio ambiente, por meio de seus sistemas degestão e política ambientais.

14. CFCs: compostos de cloro, flúor e carbonodesenvolvidos pelo homem, utilizadosprincipalmente como gases para refrigeração,solventes, propolentes para sprays e material paraprodução de isolantes térmicos. Quando liberadosna atmosfera, os CFCs contribuem para adestruição da camada de ozônio.

15. Chuva ácida: deposição de substâncias ácidasdispersas na atmosfera, resultantesprincipalmente dos gases produzidos pela queimade combustíveis fósseis.

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30. Eutrofização: processo de alteração de corposd‘água devido à adução de nutrientes, gerandocomo uma das conseqüências a proliferação deplantas aquáticas.

31. Gases de efeito estufa: gases capazes deabsorver energia e aumentar a temperatura daatmosfera, contribuindo para o surgimento demudanças climáticas.

32. Gestão ambiental: controle do meio ambientefísico de forma a manter seu uso com o mínimode degradação.

33. Impacto ambiental: qualquer modificação no meioambiente, adversa ou benéfica.

34. ISO 14000: série de normas da InternationalOrganization for Standardization dirigidas para agestão ambiental.

35. Lixo: designação vulgar para os resíduos sólidos,especialmente aqueles gerados nos domicílios enos espaços municipais.

36. Lixo doméstico: resíduos sólidos gerados nosdomicílios e nos pequenos estabelecimentoscomerciais.

37. Lixo orgânico: parte do lixo constituído de matériasorgânicas, geralmente úmidas e putrescíveis, emoposição ao lixo reciclável, constituído pormateriais geralmente secos e que podem serreaproveitados.

38. Lixões: aterros a céu aberto criados sem técnicanem controle adequado de seus impactos.

23. DFD (Design for Disassembly - Projeto voltadopara a Desmontagem): conceito de projeto de umproduto que objetiva facilitar sua desmontagemao final de seu ciclo de vida, estimulando areciclagem e o reaproveitamento de suas partese componentes. O DFD é parte do DFE.

24. DFE (Design for Environment – projeto voltado para oMeio Ambiente): conceito de projeto que conduz aprodutos ambientalmente otimizados eeconomicamente viáveis, levando em conta todo seuciclo de vida.

25. Dioxinas e furanos: duas famílias de compostosorgânicos de cloro totalizando 210 substânciasdistintas, algumas delas extremamente tóxicas.

26. Ecoeficiência: capacidade de se produzirem bense serviços melhores reduzindo o uso de recursosnaturais, inclusive água e energia, minimizando-se ao mesmo tempo a geração de poluentes.

27. Efeito estufa: fenômeno que controla as condiçõesclimáticas na Terra por meio da absorção dasradiações solares pelos gases da atmosfera,assegurando a manutenção de uma faixa detemperatura adequada à vida.

28. Efluente: descarga líquida proveniente deatividades produtivas ou sistemas de escoamento.

29. Emissão: descarga ou liberação de substânciaspoluentes no meio ambiente. Refere-segeralmente a gases e vapores.

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43. Poluição: resultado das atividades humanas quecausam dano ao meio ambiente e à saúde, apoluição compreende tudo que é indesejável egerado sob a forma de resíduos sólidos, efluenteslíquidos, emissões gasosas, ruídos, odores,radiações ionizantes e não ionizantes, até osaspectos visuais degradantes.

44. Poluentes orgânicos persistentes (POPs):produtos químicos desenvolvidos pelo homem quenão se degradam ou combinam facilmente,resultando em passivos ambientais de difícilcontrole e eliminação. Entre eles contam-se osPCBs, o DDT e diversos pesticidas e inseticidas.

45. Pós-consumo: diz-se da condição dos produtosque, após sua vida útil, são descartados,aumentando o volume dos resíduos gerados pelasociedade e, em muitos casos, causandoimpactos ambientais que decorrem de substânciasperigosas que podem conter.

46. Prevenção da poluição: utilização de processos,práticas, materiais ou produtos que evitem,controlem ou reduzam a poluição.

47. Protocolo de Kioto: documento negociado efirmado na cidade de Kioto, Japão, em 1997, peloqual os países desenvolvidos se comprometem areduzir em 5,2 %, entre 2008 e 2012, suasemissões de gases contribuintes para o efeitoestufa, referentes aos níveis de emissão de 1990.

39. MDL: tradução de Clean Development Mechanism(CDM), é um mecanismo criado no âmbito doProtocolo de Kioto, que permite aos paísesindustrializados (que têm compromisso de reduzirsuas emissões de gases geradores do efeitoestufa) financiar projetos de redução ou “comprar”os volumes de redução das emissões resultantesde projetos em países em desenvolvimento.

40. Metais pesados: metais que por suascaracterísticas tendem a se fixar nos organismosvivos e incorporar-se nas cadeias alimentares,provocando efeitos tóxicos e, muitas vezes, letaisnesses organismos. Os metais pesados maisnocivos são o chumbo, o mercúrio, o cádmio e ocromo, na sua forma hexavalente.

41. Minimização de resíduos: abordagem para adestinação dos resíduos que visa reduzir a suageração por meio de projetos de produtosecológicos, uso de processos produtivos calcadosem tecnologias mais limpas e estímulo àreciclagem e ao reuso dos produtos e embalagens.

42. PCB: compostos orgânicos sintéticos largamenteutilizados como óleos isolantes detransformadores e capacitores elétricos até osanos 1980. As características tóxicas e aatribuição de propriedades concerígenas aosPCBs levaram à proibição de sua produção edescarte no meio ambiente.

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55. Reuso: abordagem para a destinação de produtose embalagens descartados que visa utilizá-losmais de uma vez, aumentando seu ciclo de vidae reduzindo, conseqüentemente, o volume deresíduos a dispor. Garrafas retornáveis ecartuchos de impressoras recarregados sãoexemplos de reuso.

56. Risco ambiental: potencial de dano que umimpacto pode causar sobre o meio ambiente.

57. Rótulo ambiental: identificação da qualidadeambiental de um produto por meio de símbolos,gráfico ou selo específico, vulgarmente designadopor “selo verde”.

58. Sistema de gestão ambiental: sistema interno queregula as atividades de uma organização em tudoque se refere ao meio ambiente, assegurando aaplicação de sua política ambiental epossibilitando, por meio de auditoria específica,sua certificação ambiental.

59. Smog: mistura de fumaça e nevoeiro que podeocorrer em aglomerações urbanas e regiõesindustrializadas em decorrência da poluição doar.

60. Tecnologia Limpa: tecnologia que torna mínimosou inexistentes os impactos ambientais causadospelas atividades, produtos e serviços de umaorganização.

48. Protocolo de Montreal: documento firmado em1987 com o objetivo de estabelecer etapas paraa redução e proibição da produção e uso desubstâncias degradadoras da camada de ozônio.

49. Reciclagem: abordagem para a destinação deresíduos que visa o reaproveitamento de matérias-primas e substâncias que são reinseridas no cicloprodutivo, evitando-se seu descarte no meioambiente.

50. Resíduo: tudo o que resta, sobra, não é desejadoe deveria ser evitado. Pode ser um desperdíciodo processo produtivo, um produto ao fim de suavida útil, uma matéria-prima para um reciclador.

51. Resíduo perigoso: resíduo que, por suascaracterísticas nocivas ao meio ambiente, requercuidados e destinação especiais.

52. Resíduo de serviço de saúde: resíduo comcaracterísticas patogênicas gerado emestabelecimentos dedicados à saúde, comohospitais, ambulatórios, clínicas, farmácias, etc.

53. Resíduo sólido municipal: resíduo gerado noâmbito do município, incluindo os domiciliares, osde varrição, podas de árvores, etc.

54. Resíduos especiais: resíduos com característicasque requerem destinação controlada,especialmente aqueles que contêm substânciasperigosas.

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Referências bibliográficas

1) AGENDA 21 - Conferência das Nações Unidassobre Meio Ambiente e Desenvolvimento. 2. ed.Brasília: Senado Federal/Subsecretaria deEdições Técnicas, 1997.

2) AGENDA 21 Local da SDM. Florianópolis:Secretaria de Estado do DesenvolvimentoUrbano e Meio Ambiente, 1999.

3) DICIONÁRIO de ecologia e ciências naturais.Trad. de Mary Amazonas Leite de Barros. SãoPaulo: Melhoramentos, 1998.

4) EDUCAÇÃO ambiental - Curso básico adistância. Brasília Ministério do Meio Ambiente;Florianópolis: Universidade Federal de SantaCatarina, 2000.

5) A EMBALAGEM e o ambiente [s.l.]: Tetra Pak,1998.

6) FERREIRA, A. B. de H. Novo dicionário dalíngua portuguesa. 2. ed. rev. aum. Rio deJaneiro: Nova Fronteira, ©1986.

7) GESTÃO ambiental [s.l.]: Gazeta Mercantil, 1996.Fascículos.

8) GRIMBERG, E.; BLAUTH, P. Coleta seletiva:reciclando materiais, reciclando valores. SãoPaulo: Instituto Polis, 1998.

9) LEGISLAÇÃO do meio ambiente. 3. ed. Brasília:Senado Federal/Subsecretaria de EdiçõesTécnicas, 1996. v.I, v.II.

10) PROGRAMA Nacional de Educação Ambiental.Brasília: MEC, 1997.

11) RESOLUÇÕES CONAMA - 1992 a 1997. Brasília:MMA, 1998.

12) ROCHA, A. J. A.; NAVES, M. A.; SOUZA, J. da C.e. Guia do meio ambiente: coletânea de temas.Brasília: Tablóide, 1992.

13) VOCABULÁRIO básico do meio ambiente. [s.l.]:Petrobrás/FEEMA, 1990.

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