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AGENDA PARA O JAPÃO

AGENDA PARA O JAPÃO · 2020-03-12 · E FACILITAÇÃO DE INVESTIMENTOS PLEITO Celebração de Acordo de Cooperação e Facilitação de Investimentos (ACFI). CONTEXTO O Japão é

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AGENDA PARA O JAPÃO

AGENDA PARA O JAPÃO

CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNIRobson Braga de AndradePresidente

Diretoria de Desenvolvimento IndustrialCarlos Eduardo AbijaodiDiretor

Diretoria de Relações InstitucionaisMônica Messenberg GuimarãesDiretora

Diretoria de Serviços CorporativosFernando Augusto TrivellatoDiretor

Diretoria JurídicaHélio José Ferreira RochaDiretor

Diretoria de ComunicaçãoAna Maria Curado MattaDiretora

Diretoria de Educação e TecnologiaRafael Esmeraldo Lucchesi RamacciottiDiretor

Diretoria de InovaçãoGianna Cardoso SagazioDiretora

AGENDA PARA O JAPÃO

© 2019. CNI – Confederação Nacional da Indústria.Qualquer parte desta obra poderá ser reproduzida, desde que citada a fonte.

CNIGerência Executiva de Assuntos Internacionais

CNIConfederação Nacional da IndústriaSedeSetor Bancário NorteQuadra 1 – Bloco CEdifício Roberto Simonsen70040-903 – Brasília – DFTel.: (61) 3317-9000Fax: (61) 3317-9994http://www.portaldaindustria.com.br/cni/

Serviço de Atendimento ao Cliente - SACTels.: (61) 3317-9989/[email protected]

FICHA CATALOGRÁFICA

C748a

Confederação Nacional da Indústria. Agenda para o Japão / Confederação Nacional da Indústria. – Brasília : CNI,

2019.43 p. : il.

1.Acordo Comercial. 2. Relacionamento Comercial. 3. CEBRAJ. I. Título.

CDU: 658

SUMÁRIO

PERFIL DO RELACIONAMENTO COMERCIAL ...................................................................................9

RESULTADOS ENTRE 2016-2019 .......................................................................................................13

1 ACORDO DE PARCERIA ECONÔMICA ...........................................................................................15

2 ACORDO DE COOPERAÇÃO E FACILITAÇÃO DE INVESTIMENTOS ..........................................17

3 ACORDO DE EXAME COMPARTILHADO DE PATENTES ............................................................19

4 FACILITAÇÃO DE VIAGENS: ISENÇÃO MÚTUA DE VISTOS ........................................................21

5 ACORDO “CÉUS ABERTOS” ...........................................................................................................23

6 ACESSÃO DO BRASIL À OCDE ......................................................................................................25

7 ACORDO DE COOPERAÇÃO ADUANEIRA ....................................................................................27

8 ACORDO DE RECONHECIMENTO MÚTUO DOS PROGRAMAS DE OPERADOR ECONÔMICO AUTORIZADO .........................................................................................................................29

9 CONVENÇÃO PARA EVITAR A DUPLA TRIBUTAÇÃO ..................................................................31

10 BARREIRAS NO MERCADO JAPONÊS .......................................................................................3310.1 Etanol ........................................................................................................................................ 3310.2 Açúcar ....................................................................................................................................... 3410.3 Carne Bovina Termoprocessada .............................................................................................. 3510.4 Carne Bovina In Natura ......................................................................................................... 3610.5 Carne Suína Resfriada ou Congelada ...................................................................................... 37

O CONSELHO EMPRESARIAL BRASIL-JAPÃO ...............................................................................39

CONTATOS ...........................................................................................................................................43

MENSAGEM DO PRESIDENTE DO CEBRAJ 7

MENSAGEM DO PRESIDENTE DO CEBRAJO Conselho Empresarial Brasil-Japão (CEBRAJ), presidido pela Vale desde sua criação,

é um mecanismo qualificado que o setor privado brasileiro tem para discutir assuntos de

seu interesse com seus contrapartes japoneses e encaminhar prioridades conjuntas para

os governos dos dois países.

Embora o Japão siga como um dos mais relevantes parceiros comerciais do Brasil,

é importante destacar que o intercâmbio bilateral tem se reduzido desde 2011, o que

nos sinaliza a necessidade de melhorarmos o ambiente de negócios para incentivar a

ampliação de nossas trocas comerciais.

Em uma pesquisa realizada pela CNI em 2018, o Japão aparece como um dos principais

destinos para os quais as empresas exportadoras brasileiras gostariam de ampliar suas

vendas. Isso reforça a percepção de que o Japão segue como um mercado prioritário para

as empresas brasileiras.

Inciativas de governo podem trazer um novo impulso às trocas comerciais. Uma delas seria

priorizar o início de um diálogo exploratório entre o Mercosul e o Japão para o lançamento

de negociações visando a um Acordo de Parceria Econômica.

A Seção Brasileira do CEBRAJ apresenta neste documento as prioridades identificadas

pelo setor privado brasileiro para as negociações com o Japão. Espera-se, como resul-

tados dessas negociações, a diversificação da pauta exportadora brasileira, a redução

de barreiras às exportações e a negociação de preferências comerciais para produtos

industriais brasileiros.

Eduardo de Salles Bartolomeo

Presidente da Seção Brasileira do Conselho Empresarial Brasil-Japão

PERFIL DO RELACIONAMENTO COMERCIAL 9

PERFIL DO RELACIONAMENTO COMERCIALO Japão foi o 9º principal parceiro comercial brasileiro em 2018, com participação de 2%

na corrente de comércio.

Exportações Importações Saldo

4,3

7,1

9,58,0 8,0

6,7

4,8 4,6 5,34,3

5,4

7,0 7,9 7,7 7,15,9

4,93,6 3,8 4,4

-1,1

0,21,6

0,20,9 0,8

0,01,0 1,5

0,0

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Fonte: SECEX/MDIC

A pauta exportadora brasileira é composta majoritariamente por produtos básicos, como

minérios e carne. O Brasil, por sua vez, importa produtos manufaturados e semimanufa-

turados do Japão, como máquinas, automóveis, e instrumentos de precisão.

AGENDA PARA O JAPÃO10

COMPOSIÇÃO DAS EXPORTAÇÕES DO BRASIL PARA O JAPÃO - 2018 (FATOR AGREGADO)

61,3%

Básicos

Semimanufaturados

Manufaturados

21,3%

17,4%

PRODUTOS EXPORTADOS DO BRASIL PARA O JAPÃO - 2018

27%

8%

17%

37%

Minérios

Carnes

Café e cháFerro e aço

Sementes e frutos oleaginosos

Demais produtos

5%

7%

COMPOSIÇÃO DAS IMPORTAÇÕES DO BRASIL ORIGINÁRIAS DO JAPÃO - 2018 (FATOR AGREGADO)1%0%

99%

Básicos

Semimanufaturados

Manufaturados

PRODUTOS IMPORTADOS PELO BRASIL ORIGINÁRIOS DO JAPÃO - 201825%

23%8%

13%

Máquinas mecânicas

Automóveis

Máquinas elétricas

Instrumentos de precisão

Químicos orgânicos

Demais produtos

24%

6%

Fonte: ITC/TradeMap

PERFIL DO RELACIONAMENTO COMERCIAL 11

O Japão é o 5º maior investidor estrangeiro no Brasil e, em sentido inverso, o Brasil ocupa

a 24ª posição dentre os investimentos estrangeiros no Japão.

Os investimentos estrangeiros no Japão concentram-se, majoritariamente no setor de

transportes, enquanto os investimentos japoneses no Brasil em grande parte estão no

setor automotivo e seus componentes.

ESTOQUE DE INVESTIMENTOS BRASILEIROS NO JAPÃO (US$ MILHÕES)

137 175 174

215

349 362 331 302 332 353 324

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Fonte: Banco Central do Brasil. Elaboração CNI.

ESTOQUE DE INVESTIMENTOS JAPONESES NO BRASIL (US$ BILHÕES)

29,033,2 31,7 28,3 26,8

18,9 23,0

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Fonte: Banco Central do Brasil. Elaboração CNI.

13RESULTADOS ENTRE 2016-2019

RESULTADOS ENTRE 2016-2019Cooperação Aduaneira: Assinado Acordo sobre Assistência Mútua Administrativa e

Cooperação Aduaneira (2017).

Movimentação de Pessoas: Anunciada, pelo Brasil, a isenção unilateral de vistos de

turismo para cidadãos japoneses, por até 90 dias, prorrogável por igual período (2019).

Propriedade Intelectual: Renovado o projeto piloto de Acordo de Compartilhamento

de Exames de Patentes (2019).

PRIORIDADES DO SETOR PRIVADO

151 ACORDO DE PARCERIA ECONÔMICA

1 ACORDO DE PARCERIA ECONÔMICA

PLEITO

Lançamento de negociações para um Acordo de Parceria Econômica (APE).

CONTEXTO

A cooperação econômica e industrial entre Brasil e Japão tem enorme potencial para

ampliação. Um acordo que torne mais fluido o comércio de bens e serviços entre os

dois países terá efeitos benéficos para os dois lados.

Em 2017, o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) lançou consulta

pública ao setor privado sobre negociações comerciais no âmbito do Mercosul com

o Japão. No mesmo ano, o Mercosul e o Japão acordaram continuar o diálogo para

o progresso em seu relacionamento econômico.

Diante da relevância do tema, CNI e Keidanren publicaram, em 2018, um roteiro

para um APE, indicando, na perspectiva do setor privado dos dois países, os temas

prioritários que devem ser incluídos em um acordo.

Dada a conclusão das negociações entre Mercosul e União Europeia, a possibilidade de

negociação de novos acordos ganhou força no governo brasileiro, que vem reiterando

seu interesse em lançar negociações com o Japão.

BENEFÍCIOS

Equalizar condições de acesso ao mercado japonês.

INSTÂNCIA GOVERNAMENTAL

Ministério da Economia

SAIBA MAIS: http://www.portaldaindustria.com.br/publicacoes/2019/10/brazil-japan-roadmap-economic-

partnership-agreement-between-japan-and-mercosur/

PRIORIDADES DO SETOR PRIVADO

172 ACORDO DE COOPERAÇÃO E FACILITAÇÃO DE INVESTIMENTOS

2 ACORDO DE COOPERAÇÃO E FACILITAÇÃO DE INVESTIMENTOS

PLEITO

Celebração de Acordo de Cooperação e Facilitação de Investimentos (ACFI).

CONTEXTO

O Japão é o 6º investidor estrangeiro no Brasil, o que confere razões para que os

setores empresariais de ambos os países defendam a negociação do acordo, abordando

cooperação, facilitação e proteção de investimentos.

Entre os ganhos do acordo, destacam-se o estabelecimento de uma governança para

aumentar o volume e a qualidade das informações dos dois lados, prevenir conflitos,

questionar medidas que afetem investimentos e também prover medidas de prote-

ção, tais como o recurso à arbitragem entre Estados e regras para a transferência de

divisas ou expropriação.

BENEFÍCIOS

Aumento da proteção jurídica e estímulo aos investimentos.

INSTÂNCIA GOVERNAMENTAL

Ministério da Economia

PRIORIDADES DO SETOR PRIVADO

193 ACORDO DE EXAME COMPARTILHADO DE PATENTES

3 ACORDO DE EXAME COMPARTILHADO DE PATENTES PLEITO

Prorrogação do projeto piloto de Acordo de Compartilhamento de Exames de Patentes

(PPH), sem limitações de setores.

CONTEXTO

O projeto-piloto entre o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) e o Japan Patent

Office (JPO) teve início em abril de 2017 e foi renovado até abril de 2021, ampliando seu

escopo para admitir pedidos relacionados a 15 setores tecnológicos, com limite de 200 pedidos

de patente a serem examinados pelo INPI e JPO. O JPO, no entanto, não impõe limites aos

setores tecnológicos nem ao número de pedidos de registro feitos pelo mesmo solicitante.

Até março de 2019, 93 pedidos de patente foram protocolados no INPI, no âmbito

do PPH Brasil-Japão.

Faz-se necessário prorrogar o projeto piloto, excluindo-se a limitação de setores, por

parte do Brasil, para que se tenha o dimensionamento real do volume de demandas que

os escritórios receberiam antes de se converter o projeto em programa permanente.

O PPH contribui para evitar a duplicação de esforços por parte dos examinadores no

Brasil e no Japão, garantindo acesso recíproco e uso voluntário da análise, a fim de

permitir que uma patente seja concedida em tempo reduzido. É, portanto, um instru-

mento que estimula ações de pesquisa, desenvolvimento e inovação, contribuindo

para a competitividade da indústria e das exportações brasileiras.

BENEFÍCIOS

Concessão de patentes em tempo reduzido e com maior segurança jurídica. Maior

competitividade para as empresas.

INSTÂNCIA GOVERNAMENTAL

Instituto Nacional da Propriedade Industrial – (INPI)

SAIBA MAIS: http://www.inpi.gov.br/menu-servicos/patente/projeto-piloto-pph

PRIORIDADES DO SETOR PRIVADO

214 FACILITAÇÃO DE VIAGENS: ISENÇÃO MÚTUA DE VISTOS

4 FACILITAÇÃO DE VIAGENS: ISENÇÃO MÚTUA DE VISTOS

PLEITO

Isenção de vistos de curta duração para turismo e negócios para brasileiros em viagem

ao Japão.

CONTEXTO

Em razão dos laços históricos e de suas relações econômicas bilaterais, a isenção

mútua de vistos é medida prioritária. O Brasil deu relevante passo ao editar o decreto

nº 9.731, de março de 2019, que dispensa o visto de turismo e de negócios para

japoneses, pelo prazo de até noventa dias, prorrogável por igual período.

Trata-se de medida importante, por meio da qual o país reconhece a relevância

do relacionamento bilateral e busca impulsionar os negócios e o turismo. A Seção

Brasileira do CEBRAJ espera que o Japão adote, em breve, a isenção de visto para

os cidadãos brasileiros.

Até o momento, o Japão possui isenção de vistos com 68 países, sendo 12 deles da

América Latina e do Caribe, tais como Argentina, Chile, Uruguai e México.

BENEFÍCIOS

Facilitação dos negócios existentes, ampliação de oportunidades de comércio e

investimento e, aumento da competitividade das empresas.

INSTÂNCIA GOVERNAMENTAL

Ministério das Relações Exteriores (MRE)

PRIORIDADES DO SETOR PRIVADO

235 ACORDO “CÉUS ABERTOS”

5 ACORDO “CÉUS ABERTOS”PLEITO

Celebração de um novo Acordo de Transportes Aéreos (“Céus Abertos”).

CONTEXTO

Brasil e Japão possuem alguns instrumentos firmados no setor de transporte aéreo

e iniciaram o diálogo a respeito dos termos de um novo acordo, mais abrangente e

mais benéfico para ambos.

Um acordo dessa natureza tem potencial para reduzir os custos envolvidos na prestação

dos serviços, incluindo o transporte intermodal de cargas de exportação e importação,

que envolva o modal aéreo, fomentando, assim, novos negócios.

No quesito de redução dos custos dos serviços aéreos, o instrumento possibilita a não

incidência de tributação sobre certos itens, tais como combustíveis e bens utilizados

nos serviços de bordo, que hoje são taxados como se exportação e/ou importação

fossem, tanto pelo Brasil como pelos Estados Unidos.

BENEFÍCIOS

Expandir a oferta dos serviços aéreos, incluindo transporte de cargas; reduzir custos

para turistas e empresários; aumentar a conectividade entre cidades importantes;

ampliar as ligações comerciais e de turismo.

INSTÂNCIA GOVERNAMENTAL

Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC)

PRIORIDADES DO SETOR PRIVADO

256 ACESSÃO DO BRASIL À OCDE

6 ACESSÃO DO BRASIL À OCDE

PLEITO

Apoio ao pedido de acessão do Brasil à OCDE.

CONTEXTO

O relacionamento do Brasil com a OCDE foi intensificado em 2007, quando se iniciou

a promoção do “engajamento ampliado” da organização com o Brasil, com foco na

possível acessão. Em 2015, Brasil e OCDE assinaram acordo de cooperação, onde se

desenvolveu programa de trabalho com ações até 2017.

Na América Latina, Chile e México são membros plenos da OCDE; Costa Rica e Colômbia

estão em fase de negociação; e Argentina e Peru solicitaram a acessão.

A acessão do Brasil à OCDE permitirá a adoção de políticas públicas voltadas para o

equilíbrio macroeconômico, abertura comercial e transparência. Para isso é relevante

que o Japão apoie o pedido brasileiro.

Levantamento recente, realizado pela CNI, demonstra que o Brasil já incorporou

voluntariamente 77 dos 252 acordos, arranjos, recomendações, declarações ou decisões

vinculantes da OCDE. Isto equivale a 30% do total, o que faz com que o Brasil supere

seus cinco concorrentes para o ingresso na organização, em termos de instrumentos

legais já adotados por cada país. O Brasil também está em negociação para adesão

aos Códigos de Liberalização de Movimento de Capitais e de Operações Correntes

Invisíveis, o que deverá impactar positivamente no ambiente de negócios.

BENEFÍCIOS

Adoção de políticas públicas voltadas para o equilíbrio macroeconômico, abertura comer-

cial, transparência e aumento da segurança aos investimentos estrangeiros no Brasil.

INSTÂNCIA GOVERNAMENTAL

Casa Civil, Ministério das Relações Exteriores e Ministério da Economia.

PRIORIDADES DO SETOR PRIVADO

277 ACORDO DE COOPERAÇÃO ADUANEIRA

7 ACORDO DE COOPERAÇÃO ADUANEIRAPLEITO

Internalização do Acordo sobre Assistência Administrativa Mútua e Cooperação em

Assuntos Aduaneiros.

CONTEXTO

Brasil e Japão firmaram em 2017 o Acordo sobre Assistência Administrativa Mútua

e Cooperação em Assuntos Aduaneiros. Trata-se de importante instrumento para a

facilitação do comércio entre os dois países, por prever o intercâmbio de informações

entre as respectivas aduanas e garantir a correta aplicação da legislação aduaneira.

O acordo permite ainda que as aduanas do Brasil e do Japão cooperem nas áreas de

pesquisa e desenvolvimento de novos procedimentos aduaneiros, na aplicação da

legislação aduaneira e na capacitação de seus servidores.

BENEFÍCIOS

Segurança na logística do comércio internacional e modernização de métodos e

processos aduaneiros.

INSTÂNCIA GOVERNAMENTAL

Congresso Nacional

PRIORIDADES DO SETOR PRIVADO

298 ACORDO DE RECONHECIMENTO MÚTUO DOS PROGRAMAS DE OPERADOR ECONÔMICO AUTORIZADO

8 ACORDO DE RECONHECIMENTO MÚTUO DOS PROGRAMAS DE OPERADOR ECONÔMICO AUTORIZADOPLEITO

Assinatura de Acordo de Reconhecimento Mútuo (ARM) entre os programas brasileiro

e japonês de Operador Econômico Autorizado (OEA).

CONTEXTO

O ARM reconhece que os procedimentos adotados na certificação de OEA no Brasil

são equivalentes aos japoneses, e vice-versa. Desta forma, as empresas autorizadas

são automaticamente reconhecidas na aduana como de baixo risco.

O ARM acelera o despacho aduaneiro na exportação e importação de bens efetuados

por empresas certificadas nos dois países e que cumpram os padrões de segurança,

informações e gestão de risco, estabelecidos pela administração aduaneira.

O Programa Brasileiro de OEA, coordenado pela Receita Federal do Brasil (RFB), foi

instituído em dezembro de 2014, e está sendo implementado de forma incremental.

O primeiro ARM do Programa Brasileiro de OEA se deu com o Uruguai, em dezembro de 2016

e há Planos de Trabalho para celebração futura com Argentina, México e Estados Unidos.

No Japão, o Ministério de Finanças, por meio do Escritório de Aduanas e Tarifas, é

responsável pelo Programa de OEA. O Japão possui ARMs vigentes com Canadá, Coreia

do Sul, Estados Unidos, Honk Kong, Malásia, Nova Zelândia, Cingapura e União Europeia.

E a conclusão de acordos dessa natureza com China, Taiwan e Suíça está em estudo.

BENEFÍCIOS

Integração das cadeias produtivas, agilização dos procedimentos burocráticos de

importações e exportações, aumento da competitividade.

SAIBA MAIS: Link http://www.portaldaindustria.com.br/publicacoes/2018/11/impactos-economicos-da-

implantacao-do-programa-operador-economico-autorizado-no-brasil/

PRIORIDADES DO SETOR PRIVADO

319 CONVENÇÃO PARA EVITAR A DUPLA TRIBUTAÇÃO

9 CONVENÇÃO PARA EVITAR A DUPLA TRIBUTAÇÃO

PLEITO

Atualizar a Convenção para Evitar a Dupla Tributação em Matéria de Impostos sobre

Rendimentos.

CONTEXTO

Brasil e Japão assinaram a Convenção para Evitar a Dupla Tributação em 1967, que

foi modificada por um Protocolo de 1976. Desde então, os investimentos japoneses

no Brasil se expandiram, novas modalidades de investimento foram desenvolvidas e

foram introduzidas mudanças no regime tributário brasileiro.

Desta forma, há questões específicas que devem ser endereçadas para evitar incertezas

na interpretação do texto em vigor, bem como dar segurança quanto aos impostos

devidos em cada operação de investimento, como, por exemplo, tributação de serviços

e royalties e tributação de preço de transferência.

BENEFÍCIOS

Aumento da segurança jurídica, aumento dos investimentos, estímulo à aquisição de

tecnologia e empréstimos internacionais.

INSTÂNCIA GOVERNAMENTAL

Ministério da Economia.

SAIBA MAIS: http://www.portaldaindustria.com.br/publicacoes/2018/4/melhorias-na-aplicacao-dos-atuais-

acordos-para-evitar-dupla-tributacao-da-renda/

PRIORIDADES DO SETOR PRIVADO

3310 BARREIRAS NO MERCADO JAPONÊS

10 BARREIRAS NO MERCADO JAPONÊS

10.1 ETANOL

PLEITO

Reavaliação dos critérios adotados para o consumo de etanol no Japão.

CONTEXTO

Tendo em vista as mudanças estabelecidas pelo Japão em sua política de biocom-

bustíveis, com vistas a ter fontes alternativas ao etanol, o Brasil quer continuar as

discussões sobre o desempenho do etanol de cana-de-açúcar, bem como sobre os

possíveis impactos da nova legislação japonesa.

O governo japonês tem preocupação sobre a continuidade do fornecimento de etanol

pelo Brasil, que equivale atualmente a 2% da produção brasileira (UNICA, 2017),

havendo plena capacidade de produção para suprir a demanda japonesa.

Destaca-se também que o etanol de cana-de-açúcar é o biocombustível com um dos

menores custos de mitigação, devido à contínua evolução de seu sistema de produção

e atenção às questões ambientais. Desta forma, há oportunidade para a política

japonesa de biocombustíveis se tornar ainda mais eficaz na redução das emissões

globais de gases de efeito estufa.

INSTÂNCIA GOVERNAMENTAL

Ministério da Economia e Ministério da Agricultura

AGENDA PARA O JAPÃO34

10.2 AÇÚCAR

PLEITO

Revisão da especificação japonesa relativa à polarização do açúcar.

CONTEXTO

O Japão importa entre 1,2 e 1,4 milhões de toneladas de açúcar bruto para proces-

samento nas refinarias locais.

De acordo com a regra vigente no Japão, o açúcar bruto com até 97,99% de polarização

não está sujeito à incidência de imposto de importação e o açúcar com polarização

acima da especificação (J-Spec) fica sujeito a imposto específico de US$ 200/t.

O açúcar produzido no Brasil possui no mínimo 99% de polarização (Very High Pola-

rization), ou seja, qualidade melhor que a especificação exigida pelo Japão, porém é

tributado de forma mais severa.

As principais origens do produto importado pelo Japão são Austrália e Tailândia, cujos

respectivos acordos de parceria econômica trouxeram disposições mais favoráveis

quanto à tributação para açúcar com polarização entre 98,5% e 99,3%.

INSTÂNCIA GOVERNAMENTAL

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

10 BARREIRAS NO MERCADO JAPONÊS 35

10.3 CARNE BOVINA TERMOPROCESSADA

PLEITO

Abertura do mercado japonês para a carne bovina termoprocessada bresileira.

CONTEXTO

Em 2015 o Japão oficializou o fim do embargo aos produtos cárneos termoprocessados,

decretado em 2012, resultante da notificação de um caso atípico de encefalopatia

espongiforme bovina, autorizando as importações de carne e vísceras, ambas cozidas

e congeladas.

Em teoria, o país deveria recuperar o mercado perdido após o embargo, visto que

os países acordaram sobre o modelo do certificado veterinário de sanidade animal

e de saúde pública. Entretanto, até o momento, não houve exportação de produto

cárneo termoprocessado para o Japão.

As autoridades japonesas exigiram ao lado brasileiro o envio de lista de plantas que

cumprissem o Export Verification Program, que exige o controle da idade de matéria-prima

para gado até 30 meses. Além do difícil cumprimento, a exigência é desnecessária, pois o

Brasil tem status sanitário com risco insignificante, segundo a Organização Internacional

de Epizootias, o mesmo status do Japão para a referida doença.

INSTÂNCIA GOVERNAMENTAL

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

AGENDA PARA O JAPÃO36

10.4 CARNE BOVINA IN NATURA

PLEITO

Concretização da abertura do mercado japonês para a carne in natura brasileira.

CONTEXTO

Brasil e Japão negociaram em 2015 a abertura de seus mercados para a carne in

natura. Embora a abertura do mercado brasileiro à carne in natura de wagyu tenha

sido concluída, a abertura do mercado japonês para a carne in natura brasileira não

foi finalizada.

Além da questão sanitária, ressalta-se que o Japão prevê um regime especial para

a carne bovina resfriada ou congelada, segundo o qual pode haver aumento do

imposto de importação quando se verifica um aumento de 17% ou mais no volume

de importações em um determinado trimestre, comparado ao mesmo trimestre do

ano anterior.

Nesse caso, o Japão pode elevar o imposto de importação de 38,5% para 50%, sendo

que a alíquota mais elevada é aplicada até o final do exercício fiscal japonês.

INSTÂNCIA GOVERNAMENTAL

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

10 BARREIRAS NO MERCADO JAPONÊS 37

10.5 CARNE SUÍNA RESFRIADA OU CONGELADA

PLEITO

Ampliação do acesso ao mercado japonês para a carne suína brasileira.

CONTEXTO

Atualmente, o Japão importa carne suína apenas de Santa Catarina (estado livre

de febre aftosa sem vacinação), por questões sanitárias. A expansão da abertura

do mercado tem potencial para o aumento das exportações brasileiras, visto que o

produto brasileiro tem grande competitividade.

Além da questão sanitária, a tarifa de importação no Japão é estabelecida por um

mecanismo de proteção ao produtor nacional de suínos, o Gate Price, que incide sobre

todos os produtos de carne suína importados, independente do país de origem.

Todos os produtos de carne suína importados com preço abaixo do preço de referência

estão sujeitos à aplicação do mecanismo.

A União Europeia solicitou consultas em relação ao tema no Órgão de Solução de

Controvérsias da OMC em razão do impacto negativo da medida no comércio de

carne suína. O Canadá solicitou participação nas consultas. Todavia, o contencioso

permanece na fase de consultas, sem alteração até o momento.

INSTÂNCIA GOVERNAMENTAL

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

39O CONSELHO EMPRESARIAL BRASIL-JAPÃO

O CONSELHO EMPRESARIAL BRASIL-JAPÃOO Conselho Empresarial Brasil-Japão (CEBRAJ), anteriormente chamado de Comitê de

Cooperação Econômica Brasil-Japão (CCE) criado em 1974, é o mais antigo e relevante

mecanismo de diálogo empresarial entre os dois países, atuando na defesa de interesses

entre o Brasil e o Japão no âmbito das relações econômicas, comerciais e de investimentos.

Seção Brasileira

Presidente: Eduardo de Salles Bartolomeo, Presidente da Vale S.A.

Secretaria Executiva: Confederação Nacional da Indústria (CNI)

Seção Japonesa

Presidente: Masami IIjima , Presidente do Comitê Econômico Brasil-Japão do Keidanren

e Presidente do Conselho do Grupo Mitsui

Secretaria Executiva: Keidanren

O Comitê Executivo é o órgão responsável por trazer sugestões e colaborar para a elabo-

ração da “Agenda para o Japão”, documento que consolida as prioridades do setor privado

brasileiro para este mercado.

Membros do Comitê Executivo

Presidência

Vale S.A.

Empresas e Grupos Empresariais

Alumínio Brasileiro S.A. (Albrás)

Banco do Brasil (BB)

Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM)

Caixa Econômica Federal (CEF)

Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A. (Embraer)

Raízen S.A.

Vale S.A.

JCB International do Brasil

Fiação de Seda BRATAC S.A.

AGENDA PARA O JAPÃO40

Entidades Setoriais

Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA)

Associação Brasileira do Alumínio (ABAL)

Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (ABDIB)

Associação Brasileira dos Exportadores de Mel (ABEMEL)

Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC)

Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas (ABRAFRUTAS)

Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro (SOFTEX)

União da Indústria de Cana-de-Açúcar (ÚNICA)

Confederações e Federações

Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA)

Confederação Nacional da Indústria (CNI)

Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF)

Federação das Indústrias do Estado de Goiás (FIEG)

Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG)

Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN)

Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC)

Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP)

Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB)

CONTATOS 43

CONTATOSFernanda Maciel

Secretária Executiva

Gerência Executiva de Assuntos Internacionais

Confederação Nacional da Indústria

SBN Quadra 1, Bloco C, Ed. Roberto Simonsen, 12º Andar

Tel.: +55 (61) 3317-8321

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Michelle Queiroz

Analista de Políticas e Indústria

Gerência Executiva de Assuntos Internacionais

Confederação Nacional da Indústria

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CNIRobson Braga de AndradePresidente

DIRETORIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL – DDICarlos Eduardo AbijaodiDiretor de Desenvolvimento Industrial

Gerência Executiva de Assuntos Internacionais - GEAIDiego Zancan BonomoGerente-Executivo de Assuntos Internacionais

Fernanda MacielMichelle QueirozChristine Pinto FerreiraRuth FernandezIsabella SousaEquipe Técnica

DIRETORIA DE COMUNICAÇÃO - DIRCOMAna Maria Curado MattaDiretora de Comunicação

Gerência de Publicidade e PropagandaArmando UemaGerente de Publicidade e Propaganda

DIRETORIA DE SERVIÇOS CORPORATIVOS – DSCFernando Augusto TrivellatoDiretor de Serviços Corporativos

Superintendência de AdministraçãoMaurício Vasconcelos de Carvalho Superintendente Administrativo________________________________________________________________

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