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CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNIRobson Braga de AndradePresidente
Diretoria de Desenvolvimento IndustrialCarlos Eduardo AbijaodiDiretor
Diretoria de Relações InstitucionaisMônica Messenberg GuimarãesDiretora
Diretoria de Serviços CorporativosFernando Augusto TrivellatoDiretor
Diretoria JurídicaHélio José Ferreira RochaDiretor
Diretoria de ComunicaçãoAna Maria Curado MattaDiretora
Diretoria de Educação e TecnologiaRafael Esmeraldo Lucchesi RamacciottiDiretor
Diretoria de InovaçãoGianna Cardoso SagazioDiretora
© 2019. CNI – Confederação Nacional da Indústria.Qualquer parte desta obra poderá ser reproduzida, desde que citada a fonte.
CNIGerência Executiva de Assuntos Internacionais
CNIConfederação Nacional da IndústriaSedeSetor Bancário NorteQuadra 1 – Bloco CEdifício Roberto Simonsen70040-903 – Brasília – DFTel.: (61) 3317-9000Fax: (61) 3317-9994http://www.portaldaindustria.com.br/cni/
Serviço de Atendimento ao Cliente - SACTels.: (61) 3317-9989/[email protected]
FICHA CATALOGRÁFICA
C748a
Confederação Nacional da Indústria. Agenda para o Japão / Confederação Nacional da Indústria. – Brasília : CNI,
2019.43 p. : il.
1.Acordo Comercial. 2. Relacionamento Comercial. 3. CEBRAJ. I. Título.
CDU: 658
SUMÁRIO
PERFIL DO RELACIONAMENTO COMERCIAL ...................................................................................9
RESULTADOS ENTRE 2016-2019 .......................................................................................................13
1 ACORDO DE PARCERIA ECONÔMICA ...........................................................................................15
2 ACORDO DE COOPERAÇÃO E FACILITAÇÃO DE INVESTIMENTOS ..........................................17
3 ACORDO DE EXAME COMPARTILHADO DE PATENTES ............................................................19
4 FACILITAÇÃO DE VIAGENS: ISENÇÃO MÚTUA DE VISTOS ........................................................21
5 ACORDO “CÉUS ABERTOS” ...........................................................................................................23
6 ACESSÃO DO BRASIL À OCDE ......................................................................................................25
7 ACORDO DE COOPERAÇÃO ADUANEIRA ....................................................................................27
8 ACORDO DE RECONHECIMENTO MÚTUO DOS PROGRAMAS DE OPERADOR ECONÔMICO AUTORIZADO .........................................................................................................................29
9 CONVENÇÃO PARA EVITAR A DUPLA TRIBUTAÇÃO ..................................................................31
10 BARREIRAS NO MERCADO JAPONÊS .......................................................................................3310.1 Etanol ........................................................................................................................................ 3310.2 Açúcar ....................................................................................................................................... 3410.3 Carne Bovina Termoprocessada .............................................................................................. 3510.4 Carne Bovina In Natura ......................................................................................................... 3610.5 Carne Suína Resfriada ou Congelada ...................................................................................... 37
O CONSELHO EMPRESARIAL BRASIL-JAPÃO ...............................................................................39
CONTATOS ...........................................................................................................................................43
MENSAGEM DO PRESIDENTE DO CEBRAJ 7
MENSAGEM DO PRESIDENTE DO CEBRAJO Conselho Empresarial Brasil-Japão (CEBRAJ), presidido pela Vale desde sua criação,
é um mecanismo qualificado que o setor privado brasileiro tem para discutir assuntos de
seu interesse com seus contrapartes japoneses e encaminhar prioridades conjuntas para
os governos dos dois países.
Embora o Japão siga como um dos mais relevantes parceiros comerciais do Brasil,
é importante destacar que o intercâmbio bilateral tem se reduzido desde 2011, o que
nos sinaliza a necessidade de melhorarmos o ambiente de negócios para incentivar a
ampliação de nossas trocas comerciais.
Em uma pesquisa realizada pela CNI em 2018, o Japão aparece como um dos principais
destinos para os quais as empresas exportadoras brasileiras gostariam de ampliar suas
vendas. Isso reforça a percepção de que o Japão segue como um mercado prioritário para
as empresas brasileiras.
Inciativas de governo podem trazer um novo impulso às trocas comerciais. Uma delas seria
priorizar o início de um diálogo exploratório entre o Mercosul e o Japão para o lançamento
de negociações visando a um Acordo de Parceria Econômica.
A Seção Brasileira do CEBRAJ apresenta neste documento as prioridades identificadas
pelo setor privado brasileiro para as negociações com o Japão. Espera-se, como resul-
tados dessas negociações, a diversificação da pauta exportadora brasileira, a redução
de barreiras às exportações e a negociação de preferências comerciais para produtos
industriais brasileiros.
Eduardo de Salles Bartolomeo
Presidente da Seção Brasileira do Conselho Empresarial Brasil-Japão
PERFIL DO RELACIONAMENTO COMERCIAL 9
PERFIL DO RELACIONAMENTO COMERCIALO Japão foi o 9º principal parceiro comercial brasileiro em 2018, com participação de 2%
na corrente de comércio.
Exportações Importações Saldo
4,3
7,1
9,58,0 8,0
6,7
4,8 4,6 5,34,3
5,4
7,0 7,9 7,7 7,15,9
4,93,6 3,8 4,4
-1,1
0,21,6
0,20,9 0,8
0,01,0 1,5
0,0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Fonte: SECEX/MDIC
A pauta exportadora brasileira é composta majoritariamente por produtos básicos, como
minérios e carne. O Brasil, por sua vez, importa produtos manufaturados e semimanufa-
turados do Japão, como máquinas, automóveis, e instrumentos de precisão.
AGENDA PARA O JAPÃO10
COMPOSIÇÃO DAS EXPORTAÇÕES DO BRASIL PARA O JAPÃO - 2018 (FATOR AGREGADO)
61,3%
Básicos
Semimanufaturados
Manufaturados
21,3%
17,4%
PRODUTOS EXPORTADOS DO BRASIL PARA O JAPÃO - 2018
27%
8%
17%
37%
Minérios
Carnes
Café e cháFerro e aço
Sementes e frutos oleaginosos
Demais produtos
5%
7%
COMPOSIÇÃO DAS IMPORTAÇÕES DO BRASIL ORIGINÁRIAS DO JAPÃO - 2018 (FATOR AGREGADO)1%0%
99%
Básicos
Semimanufaturados
Manufaturados
PRODUTOS IMPORTADOS PELO BRASIL ORIGINÁRIOS DO JAPÃO - 201825%
23%8%
13%
Máquinas mecânicas
Automóveis
Máquinas elétricas
Instrumentos de precisão
Químicos orgânicos
Demais produtos
24%
6%
Fonte: ITC/TradeMap
PERFIL DO RELACIONAMENTO COMERCIAL 11
O Japão é o 5º maior investidor estrangeiro no Brasil e, em sentido inverso, o Brasil ocupa
a 24ª posição dentre os investimentos estrangeiros no Japão.
Os investimentos estrangeiros no Japão concentram-se, majoritariamente no setor de
transportes, enquanto os investimentos japoneses no Brasil em grande parte estão no
setor automotivo e seus componentes.
ESTOQUE DE INVESTIMENTOS BRASILEIROS NO JAPÃO (US$ MILHÕES)
137 175 174
215
349 362 331 302 332 353 324
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Fonte: Banco Central do Brasil. Elaboração CNI.
ESTOQUE DE INVESTIMENTOS JAPONESES NO BRASIL (US$ BILHÕES)
29,033,2 31,7 28,3 26,8
18,9 23,0
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Fonte: Banco Central do Brasil. Elaboração CNI.
13RESULTADOS ENTRE 2016-2019
RESULTADOS ENTRE 2016-2019Cooperação Aduaneira: Assinado Acordo sobre Assistência Mútua Administrativa e
Cooperação Aduaneira (2017).
Movimentação de Pessoas: Anunciada, pelo Brasil, a isenção unilateral de vistos de
turismo para cidadãos japoneses, por até 90 dias, prorrogável por igual período (2019).
Propriedade Intelectual: Renovado o projeto piloto de Acordo de Compartilhamento
de Exames de Patentes (2019).
151 ACORDO DE PARCERIA ECONÔMICA
1 ACORDO DE PARCERIA ECONÔMICA
PLEITO
Lançamento de negociações para um Acordo de Parceria Econômica (APE).
CONTEXTO
A cooperação econômica e industrial entre Brasil e Japão tem enorme potencial para
ampliação. Um acordo que torne mais fluido o comércio de bens e serviços entre os
dois países terá efeitos benéficos para os dois lados.
Em 2017, o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) lançou consulta
pública ao setor privado sobre negociações comerciais no âmbito do Mercosul com
o Japão. No mesmo ano, o Mercosul e o Japão acordaram continuar o diálogo para
o progresso em seu relacionamento econômico.
Diante da relevância do tema, CNI e Keidanren publicaram, em 2018, um roteiro
para um APE, indicando, na perspectiva do setor privado dos dois países, os temas
prioritários que devem ser incluídos em um acordo.
Dada a conclusão das negociações entre Mercosul e União Europeia, a possibilidade de
negociação de novos acordos ganhou força no governo brasileiro, que vem reiterando
seu interesse em lançar negociações com o Japão.
BENEFÍCIOS
Equalizar condições de acesso ao mercado japonês.
INSTÂNCIA GOVERNAMENTAL
Ministério da Economia
SAIBA MAIS: http://www.portaldaindustria.com.br/publicacoes/2019/10/brazil-japan-roadmap-economic-
partnership-agreement-between-japan-and-mercosur/
172 ACORDO DE COOPERAÇÃO E FACILITAÇÃO DE INVESTIMENTOS
2 ACORDO DE COOPERAÇÃO E FACILITAÇÃO DE INVESTIMENTOS
PLEITO
Celebração de Acordo de Cooperação e Facilitação de Investimentos (ACFI).
CONTEXTO
O Japão é o 6º investidor estrangeiro no Brasil, o que confere razões para que os
setores empresariais de ambos os países defendam a negociação do acordo, abordando
cooperação, facilitação e proteção de investimentos.
Entre os ganhos do acordo, destacam-se o estabelecimento de uma governança para
aumentar o volume e a qualidade das informações dos dois lados, prevenir conflitos,
questionar medidas que afetem investimentos e também prover medidas de prote-
ção, tais como o recurso à arbitragem entre Estados e regras para a transferência de
divisas ou expropriação.
BENEFÍCIOS
Aumento da proteção jurídica e estímulo aos investimentos.
INSTÂNCIA GOVERNAMENTAL
Ministério da Economia
193 ACORDO DE EXAME COMPARTILHADO DE PATENTES
3 ACORDO DE EXAME COMPARTILHADO DE PATENTES PLEITO
Prorrogação do projeto piloto de Acordo de Compartilhamento de Exames de Patentes
(PPH), sem limitações de setores.
CONTEXTO
O projeto-piloto entre o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) e o Japan Patent
Office (JPO) teve início em abril de 2017 e foi renovado até abril de 2021, ampliando seu
escopo para admitir pedidos relacionados a 15 setores tecnológicos, com limite de 200 pedidos
de patente a serem examinados pelo INPI e JPO. O JPO, no entanto, não impõe limites aos
setores tecnológicos nem ao número de pedidos de registro feitos pelo mesmo solicitante.
Até março de 2019, 93 pedidos de patente foram protocolados no INPI, no âmbito
do PPH Brasil-Japão.
Faz-se necessário prorrogar o projeto piloto, excluindo-se a limitação de setores, por
parte do Brasil, para que se tenha o dimensionamento real do volume de demandas que
os escritórios receberiam antes de se converter o projeto em programa permanente.
O PPH contribui para evitar a duplicação de esforços por parte dos examinadores no
Brasil e no Japão, garantindo acesso recíproco e uso voluntário da análise, a fim de
permitir que uma patente seja concedida em tempo reduzido. É, portanto, um instru-
mento que estimula ações de pesquisa, desenvolvimento e inovação, contribuindo
para a competitividade da indústria e das exportações brasileiras.
BENEFÍCIOS
Concessão de patentes em tempo reduzido e com maior segurança jurídica. Maior
competitividade para as empresas.
INSTÂNCIA GOVERNAMENTAL
Instituto Nacional da Propriedade Industrial – (INPI)
SAIBA MAIS: http://www.inpi.gov.br/menu-servicos/patente/projeto-piloto-pph
214 FACILITAÇÃO DE VIAGENS: ISENÇÃO MÚTUA DE VISTOS
4 FACILITAÇÃO DE VIAGENS: ISENÇÃO MÚTUA DE VISTOS
PLEITO
Isenção de vistos de curta duração para turismo e negócios para brasileiros em viagem
ao Japão.
CONTEXTO
Em razão dos laços históricos e de suas relações econômicas bilaterais, a isenção
mútua de vistos é medida prioritária. O Brasil deu relevante passo ao editar o decreto
nº 9.731, de março de 2019, que dispensa o visto de turismo e de negócios para
japoneses, pelo prazo de até noventa dias, prorrogável por igual período.
Trata-se de medida importante, por meio da qual o país reconhece a relevância
do relacionamento bilateral e busca impulsionar os negócios e o turismo. A Seção
Brasileira do CEBRAJ espera que o Japão adote, em breve, a isenção de visto para
os cidadãos brasileiros.
Até o momento, o Japão possui isenção de vistos com 68 países, sendo 12 deles da
América Latina e do Caribe, tais como Argentina, Chile, Uruguai e México.
BENEFÍCIOS
Facilitação dos negócios existentes, ampliação de oportunidades de comércio e
investimento e, aumento da competitividade das empresas.
INSTÂNCIA GOVERNAMENTAL
Ministério das Relações Exteriores (MRE)
235 ACORDO “CÉUS ABERTOS”
5 ACORDO “CÉUS ABERTOS”PLEITO
Celebração de um novo Acordo de Transportes Aéreos (“Céus Abertos”).
CONTEXTO
Brasil e Japão possuem alguns instrumentos firmados no setor de transporte aéreo
e iniciaram o diálogo a respeito dos termos de um novo acordo, mais abrangente e
mais benéfico para ambos.
Um acordo dessa natureza tem potencial para reduzir os custos envolvidos na prestação
dos serviços, incluindo o transporte intermodal de cargas de exportação e importação,
que envolva o modal aéreo, fomentando, assim, novos negócios.
No quesito de redução dos custos dos serviços aéreos, o instrumento possibilita a não
incidência de tributação sobre certos itens, tais como combustíveis e bens utilizados
nos serviços de bordo, que hoje são taxados como se exportação e/ou importação
fossem, tanto pelo Brasil como pelos Estados Unidos.
BENEFÍCIOS
Expandir a oferta dos serviços aéreos, incluindo transporte de cargas; reduzir custos
para turistas e empresários; aumentar a conectividade entre cidades importantes;
ampliar as ligações comerciais e de turismo.
INSTÂNCIA GOVERNAMENTAL
Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC)
256 ACESSÃO DO BRASIL À OCDE
6 ACESSÃO DO BRASIL À OCDE
PLEITO
Apoio ao pedido de acessão do Brasil à OCDE.
CONTEXTO
O relacionamento do Brasil com a OCDE foi intensificado em 2007, quando se iniciou
a promoção do “engajamento ampliado” da organização com o Brasil, com foco na
possível acessão. Em 2015, Brasil e OCDE assinaram acordo de cooperação, onde se
desenvolveu programa de trabalho com ações até 2017.
Na América Latina, Chile e México são membros plenos da OCDE; Costa Rica e Colômbia
estão em fase de negociação; e Argentina e Peru solicitaram a acessão.
A acessão do Brasil à OCDE permitirá a adoção de políticas públicas voltadas para o
equilíbrio macroeconômico, abertura comercial e transparência. Para isso é relevante
que o Japão apoie o pedido brasileiro.
Levantamento recente, realizado pela CNI, demonstra que o Brasil já incorporou
voluntariamente 77 dos 252 acordos, arranjos, recomendações, declarações ou decisões
vinculantes da OCDE. Isto equivale a 30% do total, o que faz com que o Brasil supere
seus cinco concorrentes para o ingresso na organização, em termos de instrumentos
legais já adotados por cada país. O Brasil também está em negociação para adesão
aos Códigos de Liberalização de Movimento de Capitais e de Operações Correntes
Invisíveis, o que deverá impactar positivamente no ambiente de negócios.
BENEFÍCIOS
Adoção de políticas públicas voltadas para o equilíbrio macroeconômico, abertura comer-
cial, transparência e aumento da segurança aos investimentos estrangeiros no Brasil.
INSTÂNCIA GOVERNAMENTAL
Casa Civil, Ministério das Relações Exteriores e Ministério da Economia.
277 ACORDO DE COOPERAÇÃO ADUANEIRA
7 ACORDO DE COOPERAÇÃO ADUANEIRAPLEITO
Internalização do Acordo sobre Assistência Administrativa Mútua e Cooperação em
Assuntos Aduaneiros.
CONTEXTO
Brasil e Japão firmaram em 2017 o Acordo sobre Assistência Administrativa Mútua
e Cooperação em Assuntos Aduaneiros. Trata-se de importante instrumento para a
facilitação do comércio entre os dois países, por prever o intercâmbio de informações
entre as respectivas aduanas e garantir a correta aplicação da legislação aduaneira.
O acordo permite ainda que as aduanas do Brasil e do Japão cooperem nas áreas de
pesquisa e desenvolvimento de novos procedimentos aduaneiros, na aplicação da
legislação aduaneira e na capacitação de seus servidores.
BENEFÍCIOS
Segurança na logística do comércio internacional e modernização de métodos e
processos aduaneiros.
INSTÂNCIA GOVERNAMENTAL
Congresso Nacional
298 ACORDO DE RECONHECIMENTO MÚTUO DOS PROGRAMAS DE OPERADOR ECONÔMICO AUTORIZADO
8 ACORDO DE RECONHECIMENTO MÚTUO DOS PROGRAMAS DE OPERADOR ECONÔMICO AUTORIZADOPLEITO
Assinatura de Acordo de Reconhecimento Mútuo (ARM) entre os programas brasileiro
e japonês de Operador Econômico Autorizado (OEA).
CONTEXTO
O ARM reconhece que os procedimentos adotados na certificação de OEA no Brasil
são equivalentes aos japoneses, e vice-versa. Desta forma, as empresas autorizadas
são automaticamente reconhecidas na aduana como de baixo risco.
O ARM acelera o despacho aduaneiro na exportação e importação de bens efetuados
por empresas certificadas nos dois países e que cumpram os padrões de segurança,
informações e gestão de risco, estabelecidos pela administração aduaneira.
O Programa Brasileiro de OEA, coordenado pela Receita Federal do Brasil (RFB), foi
instituído em dezembro de 2014, e está sendo implementado de forma incremental.
O primeiro ARM do Programa Brasileiro de OEA se deu com o Uruguai, em dezembro de 2016
e há Planos de Trabalho para celebração futura com Argentina, México e Estados Unidos.
No Japão, o Ministério de Finanças, por meio do Escritório de Aduanas e Tarifas, é
responsável pelo Programa de OEA. O Japão possui ARMs vigentes com Canadá, Coreia
do Sul, Estados Unidos, Honk Kong, Malásia, Nova Zelândia, Cingapura e União Europeia.
E a conclusão de acordos dessa natureza com China, Taiwan e Suíça está em estudo.
BENEFÍCIOS
Integração das cadeias produtivas, agilização dos procedimentos burocráticos de
importações e exportações, aumento da competitividade.
SAIBA MAIS: Link http://www.portaldaindustria.com.br/publicacoes/2018/11/impactos-economicos-da-
implantacao-do-programa-operador-economico-autorizado-no-brasil/
319 CONVENÇÃO PARA EVITAR A DUPLA TRIBUTAÇÃO
9 CONVENÇÃO PARA EVITAR A DUPLA TRIBUTAÇÃO
PLEITO
Atualizar a Convenção para Evitar a Dupla Tributação em Matéria de Impostos sobre
Rendimentos.
CONTEXTO
Brasil e Japão assinaram a Convenção para Evitar a Dupla Tributação em 1967, que
foi modificada por um Protocolo de 1976. Desde então, os investimentos japoneses
no Brasil se expandiram, novas modalidades de investimento foram desenvolvidas e
foram introduzidas mudanças no regime tributário brasileiro.
Desta forma, há questões específicas que devem ser endereçadas para evitar incertezas
na interpretação do texto em vigor, bem como dar segurança quanto aos impostos
devidos em cada operação de investimento, como, por exemplo, tributação de serviços
e royalties e tributação de preço de transferência.
BENEFÍCIOS
Aumento da segurança jurídica, aumento dos investimentos, estímulo à aquisição de
tecnologia e empréstimos internacionais.
INSTÂNCIA GOVERNAMENTAL
Ministério da Economia.
SAIBA MAIS: http://www.portaldaindustria.com.br/publicacoes/2018/4/melhorias-na-aplicacao-dos-atuais-
acordos-para-evitar-dupla-tributacao-da-renda/
3310 BARREIRAS NO MERCADO JAPONÊS
10 BARREIRAS NO MERCADO JAPONÊS
10.1 ETANOL
PLEITO
Reavaliação dos critérios adotados para o consumo de etanol no Japão.
CONTEXTO
Tendo em vista as mudanças estabelecidas pelo Japão em sua política de biocom-
bustíveis, com vistas a ter fontes alternativas ao etanol, o Brasil quer continuar as
discussões sobre o desempenho do etanol de cana-de-açúcar, bem como sobre os
possíveis impactos da nova legislação japonesa.
O governo japonês tem preocupação sobre a continuidade do fornecimento de etanol
pelo Brasil, que equivale atualmente a 2% da produção brasileira (UNICA, 2017),
havendo plena capacidade de produção para suprir a demanda japonesa.
Destaca-se também que o etanol de cana-de-açúcar é o biocombustível com um dos
menores custos de mitigação, devido à contínua evolução de seu sistema de produção
e atenção às questões ambientais. Desta forma, há oportunidade para a política
japonesa de biocombustíveis se tornar ainda mais eficaz na redução das emissões
globais de gases de efeito estufa.
INSTÂNCIA GOVERNAMENTAL
Ministério da Economia e Ministério da Agricultura
AGENDA PARA O JAPÃO34
10.2 AÇÚCAR
PLEITO
Revisão da especificação japonesa relativa à polarização do açúcar.
CONTEXTO
O Japão importa entre 1,2 e 1,4 milhões de toneladas de açúcar bruto para proces-
samento nas refinarias locais.
De acordo com a regra vigente no Japão, o açúcar bruto com até 97,99% de polarização
não está sujeito à incidência de imposto de importação e o açúcar com polarização
acima da especificação (J-Spec) fica sujeito a imposto específico de US$ 200/t.
O açúcar produzido no Brasil possui no mínimo 99% de polarização (Very High Pola-
rization), ou seja, qualidade melhor que a especificação exigida pelo Japão, porém é
tributado de forma mais severa.
As principais origens do produto importado pelo Japão são Austrália e Tailândia, cujos
respectivos acordos de parceria econômica trouxeram disposições mais favoráveis
quanto à tributação para açúcar com polarização entre 98,5% e 99,3%.
INSTÂNCIA GOVERNAMENTAL
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
10 BARREIRAS NO MERCADO JAPONÊS 35
10.3 CARNE BOVINA TERMOPROCESSADA
PLEITO
Abertura do mercado japonês para a carne bovina termoprocessada bresileira.
CONTEXTO
Em 2015 o Japão oficializou o fim do embargo aos produtos cárneos termoprocessados,
decretado em 2012, resultante da notificação de um caso atípico de encefalopatia
espongiforme bovina, autorizando as importações de carne e vísceras, ambas cozidas
e congeladas.
Em teoria, o país deveria recuperar o mercado perdido após o embargo, visto que
os países acordaram sobre o modelo do certificado veterinário de sanidade animal
e de saúde pública. Entretanto, até o momento, não houve exportação de produto
cárneo termoprocessado para o Japão.
As autoridades japonesas exigiram ao lado brasileiro o envio de lista de plantas que
cumprissem o Export Verification Program, que exige o controle da idade de matéria-prima
para gado até 30 meses. Além do difícil cumprimento, a exigência é desnecessária, pois o
Brasil tem status sanitário com risco insignificante, segundo a Organização Internacional
de Epizootias, o mesmo status do Japão para a referida doença.
INSTÂNCIA GOVERNAMENTAL
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
AGENDA PARA O JAPÃO36
10.4 CARNE BOVINA IN NATURA
PLEITO
Concretização da abertura do mercado japonês para a carne in natura brasileira.
CONTEXTO
Brasil e Japão negociaram em 2015 a abertura de seus mercados para a carne in
natura. Embora a abertura do mercado brasileiro à carne in natura de wagyu tenha
sido concluída, a abertura do mercado japonês para a carne in natura brasileira não
foi finalizada.
Além da questão sanitária, ressalta-se que o Japão prevê um regime especial para
a carne bovina resfriada ou congelada, segundo o qual pode haver aumento do
imposto de importação quando se verifica um aumento de 17% ou mais no volume
de importações em um determinado trimestre, comparado ao mesmo trimestre do
ano anterior.
Nesse caso, o Japão pode elevar o imposto de importação de 38,5% para 50%, sendo
que a alíquota mais elevada é aplicada até o final do exercício fiscal japonês.
INSTÂNCIA GOVERNAMENTAL
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
10 BARREIRAS NO MERCADO JAPONÊS 37
10.5 CARNE SUÍNA RESFRIADA OU CONGELADA
PLEITO
Ampliação do acesso ao mercado japonês para a carne suína brasileira.
CONTEXTO
Atualmente, o Japão importa carne suína apenas de Santa Catarina (estado livre
de febre aftosa sem vacinação), por questões sanitárias. A expansão da abertura
do mercado tem potencial para o aumento das exportações brasileiras, visto que o
produto brasileiro tem grande competitividade.
Além da questão sanitária, a tarifa de importação no Japão é estabelecida por um
mecanismo de proteção ao produtor nacional de suínos, o Gate Price, que incide sobre
todos os produtos de carne suína importados, independente do país de origem.
Todos os produtos de carne suína importados com preço abaixo do preço de referência
estão sujeitos à aplicação do mecanismo.
A União Europeia solicitou consultas em relação ao tema no Órgão de Solução de
Controvérsias da OMC em razão do impacto negativo da medida no comércio de
carne suína. O Canadá solicitou participação nas consultas. Todavia, o contencioso
permanece na fase de consultas, sem alteração até o momento.
INSTÂNCIA GOVERNAMENTAL
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
39O CONSELHO EMPRESARIAL BRASIL-JAPÃO
O CONSELHO EMPRESARIAL BRASIL-JAPÃOO Conselho Empresarial Brasil-Japão (CEBRAJ), anteriormente chamado de Comitê de
Cooperação Econômica Brasil-Japão (CCE) criado em 1974, é o mais antigo e relevante
mecanismo de diálogo empresarial entre os dois países, atuando na defesa de interesses
entre o Brasil e o Japão no âmbito das relações econômicas, comerciais e de investimentos.
Seção Brasileira
Presidente: Eduardo de Salles Bartolomeo, Presidente da Vale S.A.
Secretaria Executiva: Confederação Nacional da Indústria (CNI)
Seção Japonesa
Presidente: Masami IIjima , Presidente do Comitê Econômico Brasil-Japão do Keidanren
e Presidente do Conselho do Grupo Mitsui
Secretaria Executiva: Keidanren
O Comitê Executivo é o órgão responsável por trazer sugestões e colaborar para a elabo-
ração da “Agenda para o Japão”, documento que consolida as prioridades do setor privado
brasileiro para este mercado.
Membros do Comitê Executivo
Presidência
Vale S.A.
Empresas e Grupos Empresariais
Alumínio Brasileiro S.A. (Albrás)
Banco do Brasil (BB)
Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM)
Caixa Econômica Federal (CEF)
Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A. (Embraer)
Raízen S.A.
Vale S.A.
JCB International do Brasil
Fiação de Seda BRATAC S.A.
AGENDA PARA O JAPÃO40
Entidades Setoriais
Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA)
Associação Brasileira do Alumínio (ABAL)
Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (ABDIB)
Associação Brasileira dos Exportadores de Mel (ABEMEL)
Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC)
Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas (ABRAFRUTAS)
Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro (SOFTEX)
União da Indústria de Cana-de-Açúcar (ÚNICA)
Confederações e Federações
Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA)
Confederação Nacional da Indústria (CNI)
Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF)
Federação das Indústrias do Estado de Goiás (FIEG)
Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG)
Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN)
Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC)
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP)
Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB)
CONTATOS 43
CONTATOSFernanda Maciel
Secretária Executiva
Gerência Executiva de Assuntos Internacionais
Confederação Nacional da Indústria
SBN Quadra 1, Bloco C, Ed. Roberto Simonsen, 12º Andar
Tel.: +55 (61) 3317-8321
E-mail: [email protected]
Michelle Queiroz
Analista de Políticas e Indústria
Gerência Executiva de Assuntos Internacionais
Confederação Nacional da Indústria
SBN Quadra 1, Bloco C, Ed. Roberto Simonsen, 12º Andar
Tel.: +55 (61) 3317-8839
E-mail: [email protected]
CNIRobson Braga de AndradePresidente
DIRETORIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL – DDICarlos Eduardo AbijaodiDiretor de Desenvolvimento Industrial
Gerência Executiva de Assuntos Internacionais - GEAIDiego Zancan BonomoGerente-Executivo de Assuntos Internacionais
Fernanda MacielMichelle QueirozChristine Pinto FerreiraRuth FernandezIsabella SousaEquipe Técnica
DIRETORIA DE COMUNICAÇÃO - DIRCOMAna Maria Curado MattaDiretora de Comunicação
Gerência de Publicidade e PropagandaArmando UemaGerente de Publicidade e Propaganda
DIRETORIA DE SERVIÇOS CORPORATIVOS – DSCFernando Augusto TrivellatoDiretor de Serviços Corporativos
Superintendência de AdministraçãoMaurício Vasconcelos de Carvalho Superintendente Administrativo________________________________________________________________
Editorar MultimídiaProjeto gráfico e editoração