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Agosto 2013 | Ano XIX | Nº121 Um jornal para novos tempos Empresa pesquisa aproveitamento energético de resíduos Págs. 6 e 7 Desenvolvimento sustentável Pág. 3 Voluntariado Corporativo é premiado RECONHECIMENTO Pág. 11 Riqueza da flora é registrada PUBLICAÇÃO Pág. 9 EMPREGADO EDUCADOR Programa valoriza quadro próprio Pág. 10 Uma das melhores do setor ELETROSUL NA EXAME

Agosto 2013 | Ano XIX | Nº121 Um jornal para novos tempos ...§ões... · dizado (FBR) e anaeróbio de leito fixo (PBR). Os ... O reator que apresentar melhor desempenho servirá

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Agosto 2013 | Ano XIX | Nº121 Um jornal para novos tempos

Empresa pesquisa aproveitamento energético de resíduos Págs. 6 e 7

Desenvolvimento sustentável

Pág. 3

Voluntariado Corporativo é premiado

ReConheCimento

Pág. 11

Riqueza da flora é registrada

PubliCação

Pág. 9

emPRegado eduCadoR

Programa valoriza quadro próprio

Pág. 10

uma das melhores do setor

eletRosul na exame

A energia dos resíduosO Brasil tem avançado no gerencia-mento de um dos maiores passivos ambientais da humanidade, especial-mente nos últimos três anos, quando instituiu a Política Nacional de Resí-duos Sólidos. A legislação impôs regras para tratamento e disposição final de resíduos domésticos e industriais dos diferentes segmentos do setor produ-tivo. Em um novo estágio, começam a

surgir agora diversas iniciativas para o aproveitamento energético dos resí-duos. E, nesse aspecto, a Eletrosul tem tido importante contribuição, lideran-do pesquisas para melhorar a quali-dade do biogás produzido a partir do tratamento de alguns rejeitos e, com isso, potencializar seu uso na geração de energia. Esse é o tema da matéria principal desta edição. Boa leitura.

EXPEDIENTE

Diretoria ExecutivaDiretor-Presidente

Eurides Luiz Mescolotto

Diretor de Engenharia e Operação

Ronaldo dos Santos Custódio

Diretor Financeiro

Antonio Waldir Vituri

Diretor Administrativo

Paulo Afonso Evangelista Vieira

Conselho Editorial

Cleiton Luis Rezende CabralLaércio FariaLuiz Ricardo MachadoRenato BunnRubem Abrahão Gonçalves Filho

Gerente ACS

Sandra da Silva [email protected]

Coordenação

Jonatas [email protected]

Edição

Andréa [email protected]

Jonatas [email protected]

Textos

Adriana HassAnahi GurgelAndréa LombardoGilberto Del Pozzo

Edição de Fotografia

Hermínio Nunes

Fotos

Agostinho CoanArquivo DDOM/DGIArquivo Energia Sustentável do BrasilArquivo Companhia Hidrelétrica Teles PiresArquivo LactecAugusto Ribeiro IsaraCleusa FreseHermínio NunesNélio PintoRenato GamaTadeu FesselVivianne Nunes

Projeto Gráfico

Agenciamob

Conteúdo e Projeto Editorial

Giusti Comunicação Integrada

Tiragem 4.500 mil exemplares

Periódico editado pela ACS – Assessoriade Comunicação Social e Marketing

Rua Dep. Antônio Edu Vieira, 999, PantanalFlorianópolis/SCCEP 88040901Fone (48) 3231.7269 / 3231.7075

www.eletrosul.gov.br

2 EDITORIAL

Julho 2013 | Ano XIX | Nº121 Um jornal para novos tempos

Empresa pesquisa aproveitamento energético de resíduos Págs. 6 e 7

Desenvolvimento sustentável

Pág. 3

Voluntariado Corporativo é premiado

ReConheCimento

Pág. 11

Riqueza da flora é registrada

PubliCação

Pág. 9

emPRegado eduCadoR

Programa valoriza quadro próprio

Pág. 10

uma das melhores do setor

eletRosul na exame

Uma das primeiras instituições atendidas pelo Comitê Ação da Cidadania Contra a Fome e a Miséria, organizado pelos trabalhadores da Eletrosul da Grande Florianópolis, em 1993, foi a Sociedade João Paulo II, no Bairro Ponte do Imaruim, em Palhoça (SC).

A entidade, que até hoje acolhe crianças e adolescentes de 2 a 14 anos e realiza atividades no contraturno escolar, contou com o apoio especialmente do núcleo de educação, um dos mais organizados e que permaneceu ativo até 2001, quando o comitê foi transformado na ONG Transmissão da Cidadania e do Saber.

Ganho em produtividade

Empresa Cidadã

noVas téCniCas de CultiVo

RESPONSABILIDADE SOCIAL 3Eletrosul agora - Agosto de 2013

Famílias integrantes do Programa hortas Comunitárias recebem capacitação em produção orgânica

As 54 famílias integrantes do Progra-ma Hortas Comunitárias, em Joinville (SC), poderão ter ganhos em produtivi-dade e qualidade das hortaliças e frutas cultivadas nos canteiros, que começaram a ser implantados há 10 anos. Parte dos moradores participou, em julho, do curso “Olericultura Orgânica”, promovido pela Eletrosul, em parceria com o Serviço Na-cional de Aprendizagem Rural (Senar), para aprimorar as técnicas de preparação do solo, plantio e manejo das hortas, que já são cultivadas sem uso de agrotóxicos.

Durante dois dias, foram abordados temas como manejo e adubação do solo, controle de pragas e doenças, qualidade pós-colheita, compostagem, produção de biofertilizantes e húmus. “Com as técni-cas aprendidas, podemos deixar nossos produtos mais saudáveis e obter um bom valor de mercado”, acredita o presidente da Associação dos Moradores do Parque Douat, Lourenço Joenk.

A horta comunitária de Joinville ocupa uma área de 14 mil metros quadrados, onde são produzidos hortaliças, legumi-nosas, aipim, feijão, milho e frutas. Os ali-mentos são consumidos pelos próprios moradores e o excedente é comercializa-do, reforçando a renda das famílias.

“A Eletrosul está trabalhando na revi-

Pelo sexto ano consecutivo, a Eletrosul conquistou o Prêmio Empresa Cidadã, oferecido pela Associação dos Dirigen-tes de Vendas e Marketing do Brasil em Santa Catarina (ADVB/SC). A premiação foi realizada no dia 1º de agosto, em La-ges, e contemplou, na categoria Partici-pação Comunitária, o Programa Volun-tariado Corporativo.

Coordenado pela Assessoria de Respon-sabilidade Social da Eletrosul, o programa tem a proposta de incentivar emprega-dos, ex-empregados, familiares e colabo-radores a desenvolverem trabalhos comu-nitários. A iniciativa teve início em 2010 com a realização de campanhas e capaci-tações para estimular esse engajamento. Ao todo, já foram atendidos 21 projetos e aproximadamente 6,4 mil pessoas em Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, Mato Grosso do Sul e Rondônia.

Um exemplo da amplitude do programa é a mobilização que vem sendo realizada há pelo menos dois anos na Vila Apare-cida, em Florianópolis. A partir de um diagnóstico socioeconômico da região, a Eletrosul firmou parcerias com empresas e instituições a fim de beneficiar as cerca de 1,2 mil famílias em vulnerabilidade social. A união de forças resultou na re-forma da associação dos moradores, na instalação de uma unidade digital, duas salas de aulas e na aquisição de equipa-mentos para uma padaria comunitária. Para 2013, a meta dos voluntários é entre-gar uma cozinha comunitária e promover cursos profissionalizantes.

talização das cerca de 30 hortas já exis-tentes e implantação de novos canteiros em áreas prioritárias. A meta é oferecer capacitações, também, em hortas do Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso do Sul, onde o programa é desenvolvido”, adiantou a gerente da Assessoria de Res-ponsabilidade Social da Eletrosul, Deni-se Cristina Basílio.

PARCERIA

A integração entre a Eletrosul e o Senar para oferecer cursos gratuitos à população abrange, pelo menos, quatro hortas comu-nitárias em plena produção. Além de Join-ville, já foram oferecidas capacitações em Xanxerê e Palhoça, também em Santa Ca-tarina, envolvendo olericultura básica, cul-tivo de plantas medicinais, manipulação de alimentos, produção e transformação caseira de frutas (geleias, compotas, frutas cristalizadas e conservas), aproveitamento de vegetais e jardinagem.

Para este ano, estão previstos ainda cursos de produção de mudas em estufa, fruticultura irrigada e, inclusive, de infor-mática para promover a inclusão digital das famílias participantes do programa.

O Programa Hortas Comunitárias foi criado pela Eletrosul como estratégia para o gerenciamento das áreas de se-gurança localizadas sob as linhas de transmissão de energia. Além de cons-cientizar a população sobre os riscos da ocupação irregular dessas áreas, a inicia-tiva oferece oportunidade para que elas possam produzir, diversificar a alimen-tação e reforçar a renda.

Programa Voluntariado Corporativo recebeu prêmio na categoria Participação Comunitária

h

CANTEIRO DE OBRAS Eletrosul agora - Agosto 2013

agosto de 2013

4

amPliação do ComPlexo eÓliCo CeRRo Chato

uhe são domingos

lt sul litoRÂnea

linhão do madeiRa

Os quatro aerogeradores do Parque Cerro dos Trindade já estão montados. A expectativa é de que, até o final de agosto, as quatro unidades geradoras estejam operando comercialmente.

Concretagem de bases de torres estaiadas da LT 525 kV Nova Santa Rita – Povo Novo, no canteiro de obras de Camaquã (RS).

Principal canteiro de obras do trecho 8 do Linhão, em Votu-poranga (SP). No local todas as peças das torres são sepa-radas e enviadas para campo prontas para montagem.

Unidade geradora 2 foi liberada para operação comercial pela Aneel, no dia 27 de julho.

78MW

Capacidade de atendimento: 447.000 habitantes

RS

N

600kV

Maior LT de 600 kV do mundo, com 2.412 Km de extensãoN

RS

N

525 kV

Extensão: 487 km

48MW

Capacidade de atendimento: 570.000 habitantes

MS

N

h

CANTEIRO DE OBRASEletrosul agora - Agosto 2013

CanteiRo de obRas5

uhe JiRau

uhe teles PiRes

PCh João boRges

lt sul bRasileiRa

ComPlexo eÓliCo geRibatu

Casa de força da mar-gem direita – blocos 1 ao 14 – em execução, muro divisor concluído e construção da enseca-deira J10.

Finalizada a armação da primeira base do Parque X para início dos serviços de concretagem. Contando

a regularização do piso e o bloco da fundação, cada base dos aerogera-dores irá consumir cerca de 400 m³ de concreto.

As três unidades de geração já estão operando comercialmente.

Vista geral do circuito de geração.

Concretagem das bases de transformador na SE Camaquã 3.

3.750MW

Capacidade de atendimento: 34.100.000 habitantesRO

N

525 kV

230 kV

781 km de extensão:

494 km em 525kV

287 km em 230 kVN

RS

1.820MW

Capacidade de atendimento: 6.500.000 habitantes

N

MT

PA

258MW

Capacidade de atendimento: 1.600.000 habitantes

RS

N

19MW

Capacidade de atendimento: 156.000 habitantes

SC

N

Resíduos viram energia

Pesquisa & desenVolVimento

6 ESPECIAL

dizado (FBR) e anaeróbio de leito fixo (PBR). Os testes com vinhaça sintética tiveram início no mês de julho. O reator que apresentar melhor desempenho servirá de base para a instalação de um protótipo de biodigestor em uma usina de açúcar e álcool, em local a ser definido. A conclusão da pesquisa está prevista para 2015.

“Ao mesmo tempo em que o efluente recebe tratamento e destinação adequada, como exige a legislação brasileira, e é utilizado como biofer-tilizante e ração animal, ele pode gerar energia alternativa, essencial para suprir o aumento do

consumo energético. Na visão sistêmica de geração de ener-gia renovável, tudo deve ser aproveitado”, contextualiza o consultor de Emissões e Tecno-logia da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Alfred Szwarc. Para ele, considerando o potencial do setor sucroalcoolei-ro no Brasil, as iniciativas volta-

das à geração de energia a partir da vinhaça ainda são incipientes.

O Brasil é o maior produtor mundial de cana--de-açúcar, com mais de 480 milhões de tonela-das em 7 milhões de hectares plantados, e tem a liderança em tecnologia de produção de etanol. Paraná e Mato Grosso do Sul – estados onde a Eletrosul atua – estão entre os maiores produ-tores de álcool e açúcar do País, o que os torna também potenciais geradores de vinhaça. Para cada litro de etanol produzido, são gerados de 8 a 20 litros de vinhaça.

Experiência pode melhorar a confiabilidade técnica e econômica das futuras plantas de geração com biogás da vinhaça no País

A Eletrosul está desenvolvendo uma pes-quisa que pode proporcionar ao setor sucro-alcooleiro nacional novas perspectivas para o aproveitamento energético da vinhaça – sub-produto do processamento da cana-de-açúcar na fabricação do etanol. A meta é aliar a des-tinação adequada de um resíduo industrial altamente poluente com o ganho do aprovei-tamento para geração de energia limpa, que pode ser usada pela própria indústria sucroal-cooleira no processo produtivo.

O projeto tem parceria com o Instituto de Tecnologia para o Desenvol-vimento (Lactec), de Curiti-ba (PR), e pretende avançar na tecnologia de biodiges-tão para obter um gás de qualidade em termos de po-tencial energético. O estudo busca solução para os prin-cipais desafios da geração de biogás a partir da vinha-ça: a demora no processo de decomposição da matéria orgânica e o pouco rendimento energético da biomassa. “Vamos analisar va-riáveis como tempo de retenção do efluente, temperatura e tipos de reator, a fim de criar as condições ideais para garantir a produção de um biogás mais puro, com um percentual maior de metano”, detalha o pesquisador do Latec, Luciano Fedalto.

No laboratório do instituto, foram mon-tados três modelos de reator: anaeróbio de manta de lodo (UASB), anaeróbio de leito flui-

Na visão sistêmica de geração de energia renovável,

tudo deve ser aproveitado

Alfred Szwarc

Estimativas para safra 2013/2014*

Produção de cana-de-açúcar

Produção de Etanol

589,6 milhões de toneladas (aumento de 10,6% em relação à safra anterior)

21,3 bilhões de litros

Projetos alinhados à sustentabilidade

Ao apostar em pesquisas para um melhor aproveitamento do potencial energético de resíduos sólidos, a Eletrosul segue as diretri-zes da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei Federal 12.305) e dos projetos de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), da Agência Nacio-nal de Energia Elétrica (Aneel).

A empresa está desenvolvendo um estudo que propõe a criação de um biodigestor, com tecnologia nacional, para tratamento dos resíduos da produção agrícola, compatí-vel com as características da composição desses rejeitos, as peculiaridades do clima brasileiro e outras variáveis que interferem no processo de biodigestão. A pesquisa busca um melhor aproveita-mento energético do biogás e mais eficiência na estabilização da matéria orgânica, além de desenvolver um protótipo com alternativas tecnológicas que atendam critérios de versatilidade, eficiência, facilida-de de construção e manutenção e baixo custo.

Já em Itapiranga, no Oeste de Santa Catarina, a empresa vai implantar uma central de geração de energia de até 400 kilowatts (kW), abastecida pelo biogás produzido em 12 propriedades de criação de suínos. A maioria das granjas já pos-sui biodigestores para tratamento dos resíduos e produção de biogás, instalados durante o Pro-jeto Alto Uruguai, realizado com a Eletrobras. Além da geração de energia – que será ligada à

rede elétrica local – o projeto identificará a melhor alterna-tiva técnica de canalização do biogás das propriedades até a central geradora.

“Voltada à sustentabili-dade e à diversificação da matriz energética brasileira, a Eletrosul alcança uma po-sição privilegiada no setor, que já vislumbra um novo

momento diante de futuros leilões de energia envolvendo fontes alternativas, como a bio-massa”, destaca o gerente do Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento e Eficiência Energética da Eletrosul, Jorge Luiz Alves.

ESPECIAL 7Eletrosul agora - Agosto de 2013

A Eletrosul vislumbra um novo

momento diante de futuros leilões de energia envolvendo fontes alternativas, como a biomassa

Jorge Luis Alves

*Fonte: União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica)

Capacidade de geração de energia

Produção de Vinhaça

Cerca de 5,2 mil gigawatts-hora (GWh) por ano (equivalente a 5% da capacidade de uma usina como Itaipu)

250 bilhões de litros

Com o trabalho preventivo de monito-ramento e controle de vetores de doenças consideradas endêmicas na região amazô-nica, a Companhia Hidrelétrica Teles Pires (CHTP) – empresa na qual a Eletrosul tem participação – tem contribuído para excluir os municípios, da área de influência do em-preendimento, da lista de localidades consi-deradas de alto risco para malária, dengue e leishmaniose, e promover a melhoria da qualidade de vida daquelas populações. No primeiro trimestre deste ano, o número de casos de dengue em Paranaíta (MT), por exemplo, teve uma redução de 53,4% em re-lação ao último trimestre de 2012.

Além das ações em campo para eliminar possíveis focos dos mosquitos transmisso-res e orientar os moradores sobre medidas preventivas, a CHTP tem dotado os gover-

nos municipais de Paranaíta, Alta Floresta, ambos em

Mato Grosso, e Ja-careacanga,

no Pará, c o m

toda estrutura de instalações, equipa-mentos, veículos e capacitação de profis-sionais para o trabalho de vigilância epi-demiológica.

“Esses investimentos em estrutura físi-ca e mão de obra especializada têm per-mitido uma resposta imediata e efetiva dos municípios no diagnóstico e trata-mento oportuno dessas doenças”, avaliou o coordenador dos programas de Saúde da CHTP, Vitor Carvalho.

Em Paranaíta, a CHTP entregou, no final de junho, as novas instalações e equipamentos para o Laboratório de Hematologia. O muni-cípio já havia recebido duas caminhonetes e duas motos para o trabalho de campo. Está em construção ainda um depósito para os equipamentos e insumos usados no contro-le e prevenção como, por exemplo, insetici-das e borrifadores.

Alta Floresta também ganhou laborató-rio, um veículo e uma moto, e terá em bre-ve um depósito. Em Jacareacanga, a CHTP

irá construir um segundo laboratório, na comunidade do Cabaçal, uma ex-área de garimpo, onde vivem cerca de 100 famílias, além do que foi entregue na

sede do município. A prefeitura recebeu ainda uma caminhonete, duas motos e um barco para as ações de vigilância.

CAPACITAção

Segundo Carvalho, para suprir a carência de mão de obra especializada, a CHTP em parceria com a Secretaria de Saúde de Mato Grosso e do Pará, ofereceu capacitação em vigilância entomológica para dengue, ma-lária, leishmaniose e doença de Chagas a 20 profissionais, e curso de microscopista para outras 14 pessoas de Paranaíta e Alta Floresta. Em Jacareacanga, foi realizado o curso de microscopista para diagnóstico da malária e doença de Chagas para 10 agen-tes de combate a endemias que atuam nos laboratórios.

“O diferencial desse trabalho é que, além de cumprir uma obrigação no âmbito do licenciamento – que é o combate à malária – estamos capacitando, preparando e equi-pando os municípios para atuar no controle de outras doenças endêmicas”, acrescentou o gerente de Socioeconomia da CHTP, Alys-son Miranda.

Combate a doenças gera resultado

Companhia hidrelétrica teles Pires investe em trabalho preventivo e estruturação de municípios do mato grosso e Pará

8 GERAL

VigilÂnCia ePidemiolÓgiCa

Valorização dos profissionais da casa

Empregados recebem formação didática

eletrosul incentiva e investe

na capacitação de seu

quadro de pessoal

As práticas de gestão do conhecimento, já incorporadas à cultura administrativa da Eletrosul, têm priorizado a valorização do quadro de pessoal para o compartilhamen-to de suas expertises, não só internamente, mas com as outras empresas Eletrobras. So-mente nos últimos três anos, mais de 280 profissionais atuaram como empregados educadores nos mais de 560 treinamentos realizados no mesmo período.

De acordo com a chefe do Setor de Educação do Departamento de Gestão de Pessoas da Eletrosul, Maristela Marinho da Silva Ribeiro, a empresa oferece condições para o desenvol-vimento e investe na formação, oferecendo cursos aos potenciais empregados educado-res, no modelo adotado nas empresas Eletro-bras. “A possibilidade de o empregado atuar como educador serve de estímulo para ele se especializar cada vez mais em sua competên-cia e se aprimorar como um disseminador do conhecimento”, acrescentou.

GERAL 9Eletrosul agora - Agosto de 2013

emPRegado eduCadoR

O uso da figura do empregado educa-dor, que antes era restrito basicamente aos cursos para certificação dos técnicos de manutenção e apoio à operação (reci-clagem obrigatória realizada a cada três anos), foi estendida a outras áreas como, por exemplo, cursos da norma regulamen-tadora do Ministério do Trabalho e Empre-go, que trata da segurança em instalações e serviços com eletricidade (NR-10).

Segundo Maristela, o empregado edu-cador está sendo habilitado para atu-ar em outras competências além das técnicas. “Tendo formação específica, ele poderá atuar como instrutor, con-teudista ou tutor em outras áreas do conhecimento, como administrativa, fi-nanceira e, inclusive, comportamental”, esclareceu. Para os próximos meses, já estão programados cursos de gestão de projetos, informática, contratos e co-mercialização de energia.

Todos os empregados podem se can-didatar a empregado educador. No en-tanto, para que ele atue efetivamente, será analisado seu perfil, competência técnica e capacidade de disseminar o conhecimento.

Para aprimorar a parte didática, a Eletrosul passou a oferecer cursos de capacitação em que é repassado con-teúdo teórico referente ao processo de ensino-aprendizagem. Uma primeira turma participou do curso, no final de junho, ministrado pelos emprega-dos Deunézio Cornelian e Cecy Maria Gonçalves.

Além da possibilidade de aprimora-mento profissional, o empregado edu-cador é remunerado por essa atividade extra, recebendo um adicional de ensi-no por hora-aula ministrada.

Ainda de acordo com Maristela Ri-beiro, os empregados educadores pas-sam por avaliação para verificar se o treinamento ministrado atingiu seus objetivos, se o conteúdo se aplica à rotina de trabalho, se a carga horária foi adequada e como foi sua atuação como instrutor.

As ações executadas pelo Programa Na-cional de Conservação de Energia Elétrica (Procel), em 2012, proporcionaram uma economia de energia elétrica de 9,097 bi-lhões de killowatts-hora (kWh). Esse resul-tado, referente ao ano de 2012, corresponde à energia fornecida, durante um ano, por uma hidrelétrica com capacidade de 2.182 MW. O montante de energia que não pre-cisou ser gerada evitou a emissão de 624 mil toneladas de gases de efeito estufa na atmosfera, o que representa a quantidade liberada por 214 mil veículos em um ano.

O aumento verificado de mais de 36% na energia economizada em 2012, em relação ao ano anterior, pode ser creditado à me-

lhoria na eficiência energética de equipa-mentos com Selo Procel, bem como ao au-mento nas vendas desses equipamentos. Mais de 44 milhões de equipamentos com o Selo foram vendidos em 2012. Houve, ainda, a inclusão de mais quatro catego-rias de equipamentos ao portfólio do Selo Procel Eletrobras, que agora totaliza 36.

O programa do Governo Federal, que tem o objetivo de promover o uso eficiente de energia elétrica e combater o seu desper-dício, é executado pela Eletrobras desde 1985, sob coordenação do Ministério de Minas e Energia. Em algumas ações execu-tadas no Sul e Mato Grosso do Sul, como o Procel Reluz – programa de eficientização da iluminação pública, a Eletrosul tem atu-ado como coordenadora.

A Eletrobras investiu mais de R$ 1,33 bi-lhão em ações do Procel, do início do pro-grama até agora, o que resultou em uma economia de 60,3 bilhões de kWh – equi-

valente ao consu-mo anual de apro-ximadamente 31,6 milhões de residên-cias brasileiras. So-mente em 2012, o total economi-zado abasteceria 4,77 milhões de residências.

As principais iniciativas do Procel nos últi-mos anos, con-templando a eficiência nas áreas de ilu-minação residencial, comercial e pública estão relatadas no livro “Iluminação Efi-ciente: Iniciativas da Eletrobras Procel e Parceiros”, lançado em julho.

Tanto o Relatório Procel 2013 quanto o livro, podem ser acessados no site Procel Info (www.eletrobras.com/pci).

Economia de 9 bilhões de KWh

A Eletrosul ficou entre as 15 melho-res empresas do setor de energia do País, ocupando a sexta posição, segundo ranking Melhores e Maiores 2013 da re-vista Exame. A empresa aparece com o sétimo maior crescimento do setor em aumento das vendas líquidas e na se-gunda colocação em liquidez corrente. A publicação avalia o desempenho econô-mico-financeiro das principais corpora-ções brasileiras.

Comparando-se à edição de 2012,

a Eletrosul subiu três posições no ranking das 50 maiores estatais do País, ficando com o 38º lugar. A empre-sa figura também no 411º lugar entre as 500 maiores em vendas líquidas, cuja soma do faturamento, no ano pas-sado, foi superior a US$ 1 trilhão.

Na classificação dos investimentos re-alizados em 2012, os aportes da Eletrosul nas obras da Usina Hidrelétrica Jirau, que totalizaram R$ 894,6 milhões, no ano passado, aparecem na 42ª posição

entre os 100 maiores listados.A Eletrosul ficou, ainda, entre as 100

maiores do Sul do País, ocupando a 58ª posição. Na edição 2012, a empresa ha-via ficado com o 72º lugar. Na estratifi-cação por estado, a Eletrosul ficou com a segunda colocação entre as dez empre-sas de Santa Catarina com maior cres-cimento em vendas líquidas. Ocupou a segunda posição também entre as com-panhias catarinenses com melhor resul-tado em liquidez corrente.

Entre as melhores do setor de energia

10 GERAL

eletRobRas PRoCel

energia que deixou de ser consumida abasteceria 4,77 milhões de residências

O trabalho de salvamento da flora re-alizado antes e durante o enchimento do reservatório da Usina Hidrelétrica Mauá – empreendimento localizado entre Telê-maco Borba e Ortigueira, no Paraná – não gerou apenas conservação, mas, também, conhecimento. A partir de um convênio firmado com a Universidade Estadual de Maringá (UEM), professores e estudantes se uniram às equipes do Consórcio Energético Cruzeiro do Sul (formado por Eletrosul e Co-pel) e foram a campo para resgatar plantas que estavam nas áreas hoje alagadas.

Agora, a experiência será relatada no li-vro “Epífitas da Usina Hidrelétrica Mauá”, no qual serão descritos os métodos utiliza-dos e as dificuldades encontradas na exe-cução do trabalho. Além disso, a publicação terá informações técnicas e imagens das plantas resgatadas. Exemplares das espé-cies coletadas – como samambaias, orquíde-

MEIO AMBIENTE 11Eletrosul agora - Agosto de 2013

usina mauá

as e bromélias, por exemplo – são mantidos no herbário da UEM e de outras instituições.

A publicação está em processo final de edi-ção. Coordenada pela professora Maria Auxi-liadora Milaneze Gutierre, terá 135 páginas e tiragem de mil exemplares, que serão desti-nados a instituições de ensino e pesquisa.

Além das plantas que ficam nos herbá-rios com finalidade científica, muitas outras foram replantadas. O replantio, segundo a professora, foi um trabalho que exigiu ainda mais cuidado que o resgate, pois precisa ser feito em locais de onde as plantas não ve-nham a ser retiradas posteriormente.

Parte das plantas resgatadas pela equipe da UEM foi destinada à área de preservação permanente do entorno do reservatório da Usina, que está sendo reflorestada e abrange-rá um total de 43,76 km².

esPaço dagestão ambiental

Energia limpa e desenvolvimento

Países emergentes como o Bra-sil têm o desafio de buscar seu desenvolvimento de forma sus-tentável. O setor elétrico tem uma importante participação nesse compromisso, priorizando as fontes limpas para geração de energia. Recentemente, a Organi-zação das Nações Unidas (ONU) confirmou o registro da Usina Hidrelétrica Jirau, no âmbito do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), habilitando a Ener-gia Sustentável do Brasil (ESBR) – empresa na qual a Eletrosul é sócia – a comercializar créditos de carbono. A estimativa é de que com a operação da usina deixem de ser emitidas 6 milhões de to-neladas de CO2 ao ano.

O registro ratifica a importân-cia da fonte hidrelétrica para o desenvolvimento sustentável do Brasil e reconhece a contribuição da ESBR para a expansão das fon-tes renováveis na matriz energé-tica. Jirau é a maior usina de ener-gia renovável já registrada no MDL, confirmando a viabilidade, sustentabilidade social e ambien-tal de empreendimentos hidrelé-tricos na Amazônia.

Para ser registrado no MDL, o pro-jeto deve contribuir efetivamente com a redução da emissão de gases de efeito estufa e com o desenvolvi-mento sustentável, requisitos que, no caso do Brasil, são avaliados pela Comissão Interministerial de Mudança Global do Clima. O proje-to Jirau se alinha à Política Nacio-nal das Mudanças do Clima, uma vez que atende aos critérios de bai-xa emissão de gases de efeito estu-fa, proteção ambiental e desenvol-vimento social, ao mesmo tempo em que contribui com a segurança energética do País.

Exemplares de espécies coletadas são mantidos no herbário da Universidade Estadual de Maringá

Resgate de flora vira livro

Capacitação para o mercado

Buscando promover a qualificação profissional e a inserção em uma nova área de atuação, a ONG Transmissão da Cidadania e do Saber, formada por empregados da Eletrosul, certificou gratuitamente mais de 200 eletricis-tas residenciais e prediais, nos últimos 11 anos. No dia 25 de julho, 22 novos profissionais receberam o certificado de conclusão do curso. Com duração de quatro meses, totalizando 50 ho-ras/aula, teóricas e práticas, o curso foi ministrado voluntariamente por oito empregados da Eletrosul, que atuaram como instrutores no período noturno, duas vezes por semana. A cerimônia de formatura foi realizada na Fundação Vidal Ramos, em Florianópolis (SC), que nos últimos anos tem sido parceira nas qualificações promovidas pela ONG.

Muitos desses alunos formados no curso de eletricista estão no mercado de trabalho e obtendo ótimos resultados. É o caso de Thiago Telmo Adriano da Silva, 20 anos, que fez o curso no segundo se-mestre de 2012 e, antes mesmo de con-cluir, começou a trabalhar na área como

profissional autônomo. Com o auxílio de um amigo, Thiago presta serviços para residências e empresas, na Região Metropolitana de Florianópolis. “Hoje temos vários clientes fixos e o retorno é muito bom”, diz.

Na turma que acabou de se formar, pelo menos quatro profissionais já esta-vam trabalhando antes da conclusão do curso. Um com carteira assinada e três prestando serviços nas horas vagas para complementar a renda. Régis Salvador Sergen, 32 anos, mora há cinco anos em Florianópolis e estava desempregado. “Estava tentando me encontrar profissio-nalmente. Há pouco mais de um mês fui contratado e me sinto realizado no meu novo emprego”, declarou emocionado.

Para Carlos Alberto de Souza, eletro-técnico da Eletrosul e um dos instru-tores voluntários, é muito gratificante saber que os alunos, mesmo antes da formatura, já estão empregados. “É uma satisfação enorme e a concreti-zação do que foi semeado. Essas pesso-as provam que precisavam apenas de uma oportunidade”, enfatiza.

Desde a fundação da ONG Transmissão da Cidadania e do Saber, há 12 anos, já foram atendidas mais de 63 mil pessoas em ações sociais, culturais, esportivas e educacionais. Desse total, mais de 4 mil foram capacitados em cursos profissiona-lizantes. As ações promovidas pela ONG são viabilizadas com contribuições volun-tárias dos empregados e contam com o apoio da Eletrosul.

Neste momento, estão em andamento projetos em Florianópolis voltados para diferentes faixas etárias, como musicali-zação, informática básica, oficina de circo, curso de cabeleireiro e manicure. Para o segundo semestre, também está prevista outra edição do curso de eletricista, o iní-cio da oficina de teatro na capital catari-nense e a formação de novas turmas para o curso de informática básica em Biguaçu (SC) e Campo Grande (MS).

Interessados em participar dos cursos e oficinas devem entrar em contato com a ONG Transmissão da Cidadania e do Saber pelo telefone (48) 3231-7464 ou e--mail: [email protected]

Com a participação voluntária de empregados, ong promoveu formação de mais de 200

pessoas, na grande Florianópolis, nos últimos 11 anos

12 ESPECIAL

CuRso de eletRiCistas

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