149
Agosto de 2012

Agosto de 2012 - Estudar siempre, desistir Jamais ... · LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS (LIBRAS) ... 4 APOSTILA PEDAGÓGICA – CONCURSO 2012 ... segregar ou excluir pessoas,

Embed Size (px)

Citation preview

  • Agosto de 2012

  • NDICE

    PUBLICAES INSTITUCIONAIS- ACESSIBILIDADE ARQUITETNICA ....................................................................................................................................................... 4

    - INCLUSO ESCOLAR DE ALUNOS CEGOS E BAIXA VISO ................................................................................................................... 5

    - O FRACASSO ESCOLAR DE MENINOS E MENINAS: ARTICULAES ENTRE GNERO E COR/RAA .............................................. 10

    - REFERENCIAL SOBRE AVALIAO DA APRENDIZAGEM NA REA DA DEFICINCIA INTELECTUAL (RAADI) ................................ 15

    - REFERENCIAL DE EXPECTATIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA COMPETNCIA LEITORA E ESCRITORA NO CICLO II DO ENSINO FUNDAMENTAL ................................................................................................................... 19

    - ORIENTAES CURRICULARES: EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM PARA A EDUCAO DE JOVENS E ADULTOS (EJA) ........ 37

    - REFERENCIAL SOBRE AVALIAO DA APRENDIZAGEM DE ALUNOS COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS ................................................................................................................................................................. 44

    - ORIENTAES CURRICULARES: PROPOSIO DE EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM - LNGUA BRASILEIRA DE SINAIS (LIBRAS) ......................................................................................................................................... 50

    - ORIENTAES CURRICULARES: EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM PARA A EDUCAO TNICO-RACIAL ............................... 52

    - ORIENTAES CURRICULARES: TECNOLOGIAS DA INFORMAO E COMUNICAO DE EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM ............................................................................................................................................. 58

    GESTO ESCOLAR- ENSINAR: AGIR NA URGNCIA, DECIDIR NA INCERTEZA (CAP. 5) - PERRENOUD, Phillippe .......................................................... 65

    - INOVAR NO INTERIOR DA ESCOLA - THURLER, Mnica Gather ....................................................................................................... 67

    - FORMANDO PROFESSORES PROFISSIONAIS: QUAIS ESTRATGIAS? QUAIS COMPETNCIAS? PERRENOUD, Philippe; PAQUAY, Lopold; ALTET, Marguerite e CHARLIER, velyne ...................................................................... 71

    - PROFESSOR REFLEXIVO NO BRASIL: GNESE E CRTICA DE UM CONCEITO - PIMENTA, Selma G. .............................................. 72

    - AVALIAO DESMISTIFICADA - HADJI, Charles. ............................................................................................................................... 74

    - AVALIAR: RESPEITAR PRIMEIRO, EDUCAR DEPOIS - HOFFMANN, Jussara ....................................................................................83

    - AVALIAES EXTERNAS PODEM AUXILIAR O TRABALHO PEDAGGICO DA ESCOLA? - OLIVEIRA, Romualdo ........................... 92

  • - PSICOLOGIA DA EDUCAO VIRTUAL - COLL, Csar e MONEREO, Carles ...................................................................................... 93

    - CIBERCULTURA - LVY, Pierre ........................................................................................................................................................ 103

    - QUANDO A ESCOLA DEMOCRRICA - TOGNETTA, L.RP. e VINHA, TP. ...................................................................................... 108

    CURRCULOS E PROGRAMAS- PEDAGOGIA DA AUTONOMIA: SABERES NECESSRIOS PRTICA EDUCATIVA - FREIRE, Paulo ............................................. 116

    - ENSINAR A LER, ENSINAR A COMPREENDER - COLOMER, Teresa; CAMPS, Anna ...................................................................... 123

    - LER E ESCREVER NA ESCOLA: O REAL, O POSSVEL E O NECESSRIO - LERNER, Dlia ............................................................ 126

    - APRENDIZAGEM ESCOLAR E CONSTRUO DO CONHECIMENTO- COLL, Csar ......................................................................... 129

    - JOVENS E ADULTOS COMO SUJEITOS DE CONHECIMENTO E APRENDIZAGEM - OLIVEIRA, Marta Kohl ................................... 130

    - ENFOQUE GLOBALIZADOE E PENSAMENTO COMPLEXO: UMA PROPOSTA PARA O CURRCULO ESCOLAR - ZABALLA, Antoni. .................................................................................................................................. 131

    - CICLOS, SERIAO E AVALIAO: CONFRONTO DE LGICAS - FREITAS, Luiz Carlos de ............................................................ 137

    EDUCAO E SOCIEDADE- ESCOLA, REFLEXIVA E NOVA RECIONALIDADE - ALARCO, Isabel ............................................................................................... 140

    - O ENSINO BA SOCIEDADE DO CONHECIMENTO: EDUCAO NA ERA DA INSEGURANA. HARGREVES, Andy .......................... 142

  • M SIN

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    SINPEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    P

    SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    NPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    EM SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M

    SIN

    PEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINP

    SINPEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SI

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M S

    INPEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PE

    SINPEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPE

    EM SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M

    SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M S

    SINPEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M

    EEM

    SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M S

    I

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M

    NPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M

    EM SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    SINPEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PE

    SINPEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M

    SINPEE

    M SIN

    PEE

    M

    PEE

    M

    4 APOSTILA PEDAGGICA CONCURSO 2012 SINPEEM

    BRASIL. Ministrio da Educao. SEESP.Atendimento educacional especializado:

    deficincia fsica. Braslia: MEC/Seesp, 2007(p. 105 a 108). Disponvel em

    http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/aee_df.pdf

    Com base nos princpios do Desenho Univer-sal e da Lei n 10.098/00, toda escola deve promo-ver ambiente acessvel, eliminando as barreiras ar-quitetnicas e adequando os espaos que atendam diversidade humana. O Decreto n 5.296/04, tam-bm estabelece normas gerais e critrios bsicospara a promoo da acessibilidade das pessoascom deficincia ou com mobilidade reduzida e esti-pula um prazo de 30 meses (junho de 2007), paraque os lugares pblicos se tornem acessveis.

    A fiscalizao da responsabilidade dos Mi-nistrios Pblicos Estaduais.

    Para haver uma participao efetiva de alunoscom deficincia nas atividades escolares, faz-senecessrio um ambiente adequado, com acessibili-dade arquitetnica.

    preciso analisar as condies do ambientenuma parceria entre profissionais da educao eprofissionais da arquitetura e engenharia, dentrode uma perspectiva ampla de incluso, atenden-do as especificidades oriundas de cada tipo dedificuldade: motora, sensorial, de comunicao,cognitiva ou mltipla.

    Para Dischinger e Machado (2006, p...), aces-sibilidade depende das condies ambientais deacesso informao, das possibilidades de loco-moo e de uso de atividades que permitam aosindivduos participar da sociedade e estabelecerrelaes com as demais pessoas. Ainda para Dis-chinger, os projetos arquitetnicos acessveis po-dem se valer de cinco princpios do Desenho Uni-versal, para a incluso escolar. So eles:

    1 - Direito equidade, participao: todos osambientes devem ser desenhados de forma a nosegregar ou excluir pessoas, promovendo a sociali-

    ACESSIBILIDADE ARQUITETNICAzao e a integrao entre indivduos com diferen-tes condies fsicas, mentais e sensoriais.

    2 - Direito independncia: todos os espa-os fsicos ptios, salas, etc... e seus componen-tes brinquedos, rampas, carteiras etc. devempermitir o desempenho de atividades de forma in-dependente por todos os usurios. Na impossibili-dade, o indivduo tem direito a um acompanhante.(Ibid, pg. 158)

    3 - Direito tecnologia assistiva: todos osalunos portadores de necessidades especiais tmdireito utilizao de equipamentos, instrumentos,recursos e material tcnico-pedaggico, adaptadosde uso individual ou coletivo, necessrios para odesempenho das atividades escolares. Incluem-senesta categoria as salas de recurso, computadorescom programas especiais, material em braile, etc(Ibid, pag. 159)

    4 - Direito ao conforto e segurana: Todosos ambientes e equipamentos devem possibilitarseu uso e a realizao de atividades com confortoe segurana, de acordo com as necessidades es-peciais de cada indivduo. O desenho deve minimi-zar o cansao, reduzir o esforo fsico, evitar riscos sade e acidentes dos usurios. (Ibid, pg. 160)

    5 - Direito informao espacial: deve estarprevista a possibilidade de acesso informaoespacial necessria para a compreenso, orienta-o e uso dos espaos.

    Os princpios do Desenho Universal permitema compreenso de conceitos de acessibilidade re-lacionados ao espao fsico. Assim sendo, para iralm da exigncia das normas tcnicas e atenders necessidades de alunos com diferentes tiposde deficincia, imprescindvel o estudo detalha-do das necessidades do ambiente escolar, uma vezque a acessibilidade arquitetnica um direito ga-rantido por lei, absolutamente fundamental paraque as crianas e jovens com deficincia possamacessar todos os espaos de sua escola e partici-par de todas as atividades escolares com segu-rana, conforto e maior independncia possvel, deacordo com suas habilidades e limitaes.

    PUBLICAES INSTITUCIONAIS

  • SINPEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M

    NPEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M S

    SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M

    SIN

    PEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    SINPEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    P

    SIN

    PEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M

    EEM

    SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SIN

    PEE

    M

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M S

    INPEE

    M SIN

    PEE

    M

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M

    EM SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPE

    EM SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M

    SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M

    EEM

    SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M S

    INPEE

    M SI

    SINPEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PE

    NPEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    P

    EM SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M

    EM SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINP

    M

    SINPEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M

    EEM

    SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SI

    EM SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M

    M SIN

    PEE

    MAPOSTILA PEDAGGICA CONCURSO 2012 SINPEEM 5

    BRASIL. Ministrio da Educao.SEESP. Atendimento educacional especializado:

    deficincia visual. Braslia: MEC/Seesp,2007 (p. 13 a 27). Disponvel em:

    http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/aee_dv.pdf

    Em um mundo repleto de smbolos grfico, le-tras e nmeros, que privilegia a visualizao - inclu-sive na escola - no conveniente negligenciar ouignorar as necessidades decorrentes de limitaesvisuais. preciso rever preconceitos e atitudes, co-nhecendo e reconhecendo as diferenas como as-pectos positivos. Cabe escola criar, descobrir ereinventar estratgias e atividades pedaggicasadequadas s necessidades gerais e especficasdos alunos, visando sua incluso.

    Para ajudar o educador, este documento abor-da os contedos: baixa viso; alfabetizao e apren-dizagem de pessoas cegas e com baixa viso e usode recursos didticos para sua educao.

    Um rpido olhar da professora sobre sua salade aula suficiente para lhe trazer vrios dados. Aobservao da posio dos mveis, do comportamen-to dos alunos, dos professores, j lhe traz um contro-le visual. O sistema visual detecta e integra de formainstantnea e imediata mais de 80% dos estmulosno ambiente. Se a professora entrasse na mesmasala com os olhos vendados no conseguiria locali-zar os mveis e portas, ficaria aturdida com o voze-rio, com dificuldade para se deslocar. Quando faltaluz eltrica, ficamos tambm desorientados.

    Mas a privao real e definitiva da viso bemdiferente da perturbao artificial e momentnea. Osalunos cegos e com baixa viso no so diferentesdos demais nos desejos, curiosidades, motivaes,necessidades, convvio e recreao. Devem ser tra-tados como qualquer educando no que se refereaos direitos, deveres e disciplina. Porm, em um am-biente carregado de estmulos visuais, so coloca-dos em situao de desvantagem. Necessitam deum ambiente estimulador, de mediadores e condi-es favorveis explorao de seu referencialperceptivo particular.

    INCLUSO ESCOLAR DEALUNOS CEGOS E BAIXA VISO

    1. Quando falta a viso

    A criana que enxerga bem estabelece umacomunicao visual com o mundo exterior desde osprimeiros meses de vida. Acompanha movimentosdas pessoas e dos objetos sem sair do lugar. A vi-so integra os outros sentidos, permite associar some imagem, imitar um gesto ou comportamento eexplorar o mundo.

    A cegueira uma alterao grave ou total deuma ou mais das funes elementares da viso queafeta de modo irremedivel a capacidade de perce-ber cor, tamanho, distncia, forma, posio ou mo-vimento. Pode ser:

    - congnita quando ocorre desde o nasci-mento

    - adventcia ou adquirida em decorrnciade causas orgnicas ou acidentais

    Tambm pode-se observar a surdocegueira,quando se associa perda da audio ou a outrasdeficincias.

    s vezes a perda da viso ocasiona a extirpa-o do globo ocular e a consequente necessidadede uso de prteses oculares. Se a falta da visoafetar apenas um dos olhos (viso monocular), ooutro assumir as funes visuais sem causar trans-tornos significativos no que diz respeito ao uso sa-tisfatrio e eficiente da viso.

    Os sentidos tm as mesmas caractersticas epotencialidades para todas as pessoas. O desen-volvimento aguado da audio, do tato, do olfato edo paladar resultante da ativao contnua des-ses sentidos por fora da necessidade. Cada pes-soa desenvolve processos particulares de codifica-o que formam imagens mentais. A habilidade paracompreender, interpretar e assimilar a informaoser ampliada de acordo com a pluralidade das ex-perincias e vivncias.

    O sistema hptico o tato ativo, constitudo porcomponentes cutneos e sinestsicos, atravs dosquais impresses, sensaes e vibraes detecta-das pelo indivduo so interpretadas pelo crebro econstituem fontes valiosas de informao. As pes-soas surdocegas se comunicam pelo tadoma, umacomunicao ttil que permite entender a fala deuma pessoa, ao perceber as vibraes e os movi-

  • M SIN

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    SINPEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    P

    SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    NPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    EM SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M

    SIN

    PEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINP

    SINPEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SI

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M S

    INPEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PE

    SINPEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPE

    EM SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M

    SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M S

    SINPEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M

    EEM

    SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M S

    I

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M

    NPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M

    EM SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    SINPEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PE

    SINPEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M

    SINPEE

    M SIN

    PEE

    M

    PEE

    M

    6 APOSTILA PEDAGGICA CONCURSO 2012 SINPEEM

    mentos articulatrios dos lbios e maxilares com amo sobre a face do interlocutor.

    2. Baixa viso

    A definio de baixa viso (ambliopia, visosubnormal ou viso residual) complexa. Pode en-volver desde a simples percepo de luz at a re-duo da acuidade e do campo visual que interfe-rem ou limitam a execuo de tarefas e o desem-penho geral. O nistagmo, movimento rpido e in-voluntrio dos olhos, causa uma reduo da acui-dade visual e fadiga durante a leitura, o que se ve-rifica tambm no albinismo (falta de pigmentaocongnita que afeta os olhos e limita a capacidadevisual).

    Uma pessoa com baixa viso e os que lidamcom ela normalmente ficam em uma situao mui-to angustiante. A aprendizagem visual depende noapenas do olho, mas tambm da capacidade docrebro de realizar as suas funes, de capturar,codificar, selecionar e organizar imagens fotogra-fadas pelos olhos e guard-las na memria. Dascrianas identificadas como legalmente cegas, maisde 70% possuem alguma viso til e importanteestabelecer uma relao entre essa mensurao eo uso prtico da viso.

    Condies para o desenvolvimento da eficin-cia visual:

    1) o amadurecimento ou desenvolvimento dosfatores anatmicos e fisiolgicos do olho, vias ti-cas e crtex cerebral.

    2) o uso dessas funes, o exerccio de ver.

    2.1. Avaliao funcional da viso

    Na avaliao funcional da viso considera-sea acuidade visual (distncia de um ponto ao outroem uma linha reta por meio da qual um objeto visto), o campo visual (amplitude e a abrangnciado ngulo da viso em que os objetos so focaliza-dos) e o uso eficiente do potencial da viso (quali-dade e do aproveitamento do potencial visual deacordo com as condies de estimulao e de ati-vao das funes visuais).

    Isso explica a discrepncia no que se refere desenvoltura e segurana na realizao de tarefas,na mobilidade e percepo de estmulos ou obst-culos. A evidncia das alteraes orgnicas quereduzem significativamente a acuidade e o campovisual deve ser contextualizada, considerando-se

    a interferncia de fatores emocionais, as condiesambientais e as contingncias de vida do indiv-duo. A avaliao funcional da viso revela dadossobre o nvel da conscincia visual, a recepo,assimilao, integrao e elaborao dos estmu-los visuais, desempenho e uso funcional do poten-cial da viso.

    2.2. O desempenho visual na escola

    Alunos com baixa viso ou que oscilam entreo ver e o no ver possuem dificuldades de per-cepo em ambientes mal iluminados, muito cla-ros ou ensolarados, sem contraste, tridimensio-nais ou em movimento costumam causar erros deinterpretao nos professores. O trabalho comalunos com baixa viso precisa estimular a utili-zao plena do potencial de viso e dos sentidosremanescentes para como superar dificuldades econflitos emocionais.

    Os principais sintomas de baixa viso na esco-la so: tentar remover manchas, esfregar excessi-vamente os olhos, franzir a testa, fechar e cobrir umdos olhos, balanar a cabea ou mov-la para fren-te ao olhar para um objeto prximo ou distante, le-vantar para ler, copiar faltando letras, trocar pala-vras e slabas, piscar muito, chorar, irritar-se, trope-ar diante de pequenos objetos, aproximar livros ouobjetos para bem perto dos olhos, desconforto ouintolerncia claridade, trocar a posio do livro,desinteresse ou dificuldade em participar de jogosque exijam viso de distncia.

    Para que o aluno com baixa viso desenvolvaa capacidade de enxergar, o professor deve, atra-vs de atividades prazerosas e motivadoras, des-pertar o interesse em utilizar a viso potencial, de-senvolver a eficincia visual, estabelecer o concei-to de permanncia do objeto, e facilitar a explora-o dirigida e organizada. O desempenho visual estrelacionado com a aprendizagem e o ambiente deveser de calma, encorajamento e confiana. Alm dis-so, o professor deve proporcionar ao aluno condi-es para uma boa higiene ocular de acordo comrecomendaes mdicas.

    O planejamento de atividades e a organizaodo trabalho pedaggico ficam mais fceis atravsdo conhecimento do desenvolvimento global do alu-no, diagnstico, avaliao funcional da viso, o con-texto familiar e social, bem como as alternativas eos recursos disponveis.

  • SINPEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M

    NPEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M S

    SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M

    SIN

    PEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    SINPEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    P

    SIN

    PEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M

    EEM

    SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SIN

    PEE

    M

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M S

    INPEE

    M SIN

    PEE

    M

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M

    EM SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPE

    EM SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M

    SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M

    EEM

    SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M S

    INPEE

    M SI

    SINPEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PE

    NPEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    P

    EM SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M

    EM SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINP

    M

    SINPEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M

    EEM

    SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SI

    EM SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M

    M SIN

    PEE

    MAPOSTILA PEDAGGICA CONCURSO 2012 SINPEEM 7

    2.3. Recursos pticos e no-pticos

    Recursos ou auxlios pticos so lentes de usoespecial ou dispositivo formado por um conjunto delentes, geralmente de alto poder, utilizados por al-guns indivduos mediante prescrio e orientaooftalmolgica, dependendo de cada caso ou pa-tologia. um trabalho da pedagogia, psicologia,orientao e mobilidade. As escolhas e os nveis deadaptao desses recursos em cada caso devemser definidos a partir da conciliao das necessida-des especficas, diferenas individuais, faixa etria,preferncias, interesses e habilidades adequadas.

    2.3.1. Recursos pticos

    Recursos pticos para longe: telescpio, te-lessistemas, telelupas e lunetas.

    Recursos pticos para perto: culos espe-ciais com lentes de aumento (culos bifocais, len-tes esferoprismticas, lentes monofocais esfricas,sistemas telemicroscpicos).

    Lupas manuais ou lupas de mesa e de apoio:ampliam fontes para a leitura, dimenses de ma-pas, grficos e figuras. Quanto maior a ampliaodo tamanho, menor o campo de viso com diminui-o da velocidade de leitura e maior fadiga visual.

    2.3.2. Recursos no-pticos

    Tipos ampliados: ampliao de fontes, sinaise smbolos em livros e outros.

    Acetato amarelo: diminui a incidncia de cla-ridade sobre o papel.

    Plano inclinado: carteira adaptada, com amesa inclinada para conforto visual e estabilidadeda coluna vertebral.

    Acessrios: lpis 4B ou 6B, canetas de pontaporosa, suporte para livros, cadernos com pautaspretas espaadas, tiposcpios (guia de leitura), gra-vadores.

    Softwares com magnificadores de tela e Pro-gramas com sntese de voz.

    Chapus e bons: ajudam a diminuir o reflexoda luz..

    Circuito fechado de televiso CCTV: apa-relho acoplado a um monitor de TV que amplia at60 vezes as imagens e as transfere para o monitor.

    2.4. Recomendaes teis

    aconselhvel posicionar a carteira em localonde no haja reflexo de iluminao no quadro ne-gro, a aproximadamente um metro do quadro negrona parte central da sala, sem incidncia de clarida-de direta nos olhos e de maneira que o aluno noescreva na prpria sombra. O trabalho deve seradaptado de acordo com a condio visual do alu-no, em certos casos concedendo maior tempo parao trmino das atividades. Deve-se tambm evitariluminao excessiva em sala de aula, colocando oaluno em lugar sombrio se ele tiver fotofobia (difi-culdade de ver bem em ambiente com muita luz).

    O material utilizado pelo aluno deve ser ntido,com espaamento adequado, em papel fosco, parano refletir a claridade. As tarefas devem ser expli-cadas com palavras.

    3. Alfabetizao e aprendizagem

    Para um aprendizado completo e significativo importante estimular todos os sentidos, incentivaro comportamento exploratrio, a observao e aexperimentao. A falta de conhecimento, de est-mulos, de condies e de recursos adequados podereforar o comportamento passivo, inibir o interes-se e a motivao. A escassez de informao res-tringe o conhecimento em relao ao ambiente.

    A linguagem um valioso instrumento de inte-rao com o meio fsico e social; amplia o desen-volvimento cognitivo por favorecer os relacionamen-tos e proporciona os meios de controle do que estfora de alcance pela falta da viso. Trata-se de umaatividade complexa que engloba a comunicao eas representaes. tarefa do educador observarcomo os alunos se relacionam e verificar a qualida-de da comunicao.

    As crianas cegas operam com dois tipos deconceitos:

    1) aqueles que tm significado real para elas apartir de suas experincias;

    2) aqueles que fazem referncia a situaesvisuais, que embora sejam importantes meios decomunicao, podem no ser adequadamente com-preendidos ou decodificados e ficam desprovidosde sentido. Nesse caso, essas crianas podem uti-lizar palavras sem nexo ou significado, por no ba-searem-se em experincias diretas e concretas.Esse fenmeno denominado verbalismo e suapreponderncia pode ter efeitos negativos em rela-

  • M SIN

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    SINPEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    P

    SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    NPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    EM SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M

    SIN

    PEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINP

    SINPEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SI

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M S

    INPEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PE

    SINPEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPE

    EM SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M

    SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M S

    SINPEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M

    EEM

    SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M S

    I

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M

    NPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M

    EM SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    SINPEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PE

    SINPEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M

    SINPEE

    M SIN

    PEE

    M

    PEE

    M

    8 APOSTILA PEDAGGICA CONCURSO 2012 SINPEEM

    o aprendizagem e ao desenvolvimento.Algumas crianas cegas congnitas podem

    manifestar maneirismos, ecolalia e comportamen-tos estereotipados. Isso porque a falta da viso com-promete a imitao e deixa um vazio a ser preen-chido com outras modalidades de percepo.

    3.1. Espao fsico e mobilirio

    A configurao do espao fsico no percebi-da da mesma forma por alunos cegos e pelos queenxergam. Por isso todos os ambientes da escoladevem ser explorados e assimilados. As portas de-vem ficar completamente abertas ou fechadas paraevitar imprevistos ou acidentes. O mobilirio deveser estvel e qualquer alterao deve ser avisada.Convm reservar um espao na sala de aula commobilirio adequado para a disposio dos instru-mentos utilizados por esses alunos que devem in-cumbir-se da ordem e organizao do material.

    3.2. Comunicao e relacionamento

    A falta da viso desperta curiosidade, interes-se, inquietaes e impacto no ambiente escolar.Costuma ser abordada de forma pouco natural epouco espontnea porque os professores no sa-bem como proceder em relao aos alunos cegos.Eles manifestam dificuldade de aproximao e decomunicao, no sabem o que e como fazer. necessrio explicitar o conflito e dialogar com a si-tuao, com novas atitudes, procedimentos e pos-turas, inclusive com a famlia dos alunos. Todosprecisam criar o hbito de evitar a comunicaogestual e visual na interao com esses alunos. recomendvel tambm evitar a fragilizao ou a su-perproteo e combater atitudes discriminatrias.

    3.3. O Sistema Braille

    O cdigo ou meio de leitura e escrita das pes-soas cegas baseia-se na combinao de 63 pontosque representam as letras do alfabeto, os nmerose outros smbolos grficos. A combinao dos pon-tos obtida pela disposio de seis pontos bsicos,organizados espacialmente em duas colunas verti-cais com trs pontos direita e trs esquerda deuma cela bsica denominada cela braille. Foi criadopor Louis Braille, em 1825, na Frana.

    Alfabeto Braille (Leitura)

    Disposio universal dos 63 sinais simplesdo Sistema Braille

    A 1 srie utiliza os pontos superiores 1245. A2 srie resultante da adio

    do ponto 3 a cada um dos sinais da 1 srie. A3 srie resultante da adio

    do pontos 3 e 6 aos sinais da 1 srie, e assimsucessivamente.

    Alfabeto Braille

    A escrita braille realizada por meio de umareglete (rgua de madeira, metal ou plstico comum conjunto de celas braille dispostas em linhashorizontais sobre uma base plana) e puno (ins-trumento em madeira ou plstico no formato de praou anatmico, com ponta metlica, utilizado para aperfurao dos pontos na cela Braille) ou de umamquina de escrever braille.

    O movimento de perfurao realizado da di-reita para a esquerda e a leitura da esquerda para adireita. um processo lento devido perfurao decada ponto, exige boa coordenao motora e difi-culta a correo de erros. A mquina de escrevertem seis teclas bsicas correspondentes aos pon-tos da cela braille. O toque simultneo de uma com-binao de teclas produz os pontos que correspon-dem aos sinais e smbolo desejados. um meca-nismo de escrita mais rpido, prtico e eficiente.

    A escrita em relevo e a leitura ttil requerem odesenvolvimento de habilidades especficas, sensi-bilidade, destreza, coordenao bimanual, discrimi-nao, etc. Por isso, o aprendizado do sistema brai-lle deve ser realizado em condies adequadas, deforma simultnea e complementar ao processo dealfabetizao dos alunos cegos. recomendvelque os educadores dominem o alfabeto braille e te-nham noes bsicas do sistema. Uma das alter-nativas para os educadores o Braille Virtual, um

  • SINPEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M

    NPEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M S

    SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M

    SIN

    PEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    SINPEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    P

    SIN

    PEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M

    EEM

    SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SIN

    PEE

    M

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M S

    INPEE

    M SIN

    PEE

    M

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M

    EM SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPE

    EM SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M

    SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M

    EEM

    SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M S

    INPEE

    M SI

    SINPEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PE

    NPEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    P

    EM SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M

    EM SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINP

    M

    SINPEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M

    EEM

    SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SI

    EM SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M

    M SIN

    PEE

    MAPOSTILA PEDAGGICA CONCURSO 2012 SINPEEM 9

    curso on-line, criado e desenvolvido por uma equi-pe de profissionais da Universidade de So Paulo(USP) com o objetivo de possibilitar o aprendiza-do do sistema braille de forma simples, gratuita eldica. O programa para download est disponvelem: http://www.braillevirtual.fe.usp.br. Os meios in-formticos e as impressoras ampliam significativa-mente as possibilidades de produo e impressobraille.

    3.4. Atividades

    Algumas atividades devem ser adaptadas comantecedncia e outras durante a sua realizao pormeio de descrio, informao ttil, auditiva, olfa-tiva ou outra referncia. Em filmes ou document-rios, excurses e exposies recomendvel a des-crio oral de imagens, cenas e leitura de legendasimultnea se no houver dublagem, a apresenta-o de resumos e contextualizao da atividade. Osdesenhos, os grficos e as ilustraes devem seradaptados e representados em relevo.

    Nas disciplinas deve haver adaptaes: na ln-gua estrangeira deve prevalecer a conversao; nabiologia e cincias, os experimentos devem utilizarvrios canais de coleta de informao; na educa-o fsica podem-se utilizar barras, cordas, bolascom guiso etc. Atividades que envolvem expressocorporal, dramatizao, arte, msica podem serdesenvolvidas com pouca ou nenhuma adaptao.

    Em resumo, os alunos cegos podem e devemparticipar de praticamente todas as atividades comdiferentes nveis e modalidades de adaptao queenvolve criatividade, confeco de material e coo-perao entre os participantes.

    3.5. Avaliao

    necessrio estender o tempo de avaliao.Alguns procedimentos e instrumentos de avaliaobaseados em referncias visuais devem ser altera-dos ou adaptados por meio de representaes erelevo (desenhos, grficos, diagramas, gravuras,uso de microscpios). recomendvel valer-se deexerccios orais. A adaptao e produo de mate-rial, a transcrio para o sistema braille podem serrealizadas em salas multimeios, ncleos, serviosou centros de apoio pedaggico. Se no houver nin-gum na escola que domine o sistema braille, serigualmente necessrio fazer a converso da escritabraille para a escrita em tinta.

    4. Recursos didticos

    Os recursos destinados ao Atendimento Edu-cacional Especializado devem ser variados, adap-tados e de qualidade e explorar todos os sentidos,com estmulos visuais e tteis, com cores contras-tantes, texturas e tamanhos adequados para quese torne til e significativo. Com bom senso e criati-vidade, possvel selecionar, confeccionar ou adap-tar recursos abrangentes ou de uso especfico. Osslidos geomtricos, jogos de encaixe, ligue-liguese similares podem ser compartilhados com todosos alunos sem necessidade de adaptao. Outrospodem ser adaptados (jogos, instrumentos de me-dir, mapas de encaixe) ou produzidos com materialde baixo custo e sucata. Os materiais confecciona-dos devem ser resistentes, simples e de fcil manu-seio, seguros, fiis ao modelo original, atraentes eagradveis ao tato, com diferentes texturas, perti-nentes faixa etria e em tamanho adequado.

    Anotaes

  • M SIN

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    SINPEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    P

    SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    NPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    EM SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M

    SIN

    PEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINP

    SINPEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SI

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M S

    INPEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PE

    SINPEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPE

    EM SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M

    SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M S

    SINPEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M

    EEM

    SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M S

    I

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M

    NPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M

    EM SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    SINPEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PE

    SINPEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M

    SINPEE

    M SIN

    PEE

    M

    PEE

    M

    10 APOSTILA PEDAGGICA CONCURSO 2012 SINPEEM

    Marlia Pinto de CarvalhoMinistrio da Educao . In: Adriana Piscitelli,

    Hildete Pereira de Melo, Sonia W. Maluf eVera Lcia Puga (Org.). Olhares feministas.

    Braslia: Ministrio da Educao (MEC) - Unesco, 2009

    O objetivo desta pesquisa conhecer os pro-cessos atravs dos quais se produz no ensino fun-damental, o fracasso escolar maior entre crianasnegras do sexo masculino, de acordo com o que asestatsticas educacionais brasileiras vm indicandoh algumas dcadas. Este estudo foca os proces-sos que tm conduzido um maior nmero de meni-nos do que meninas e, dentre eles, um maior n-mero de meninos negros que brancos a obter no-tas baixas ou conceitos negativos, e a ser indicadospara atividades de recuperao.

    Na dcada de 1960, os homens tinham 2,4 anosde escolaridade em mdia e as mulheres 1,9, refle-tindo um acesso em geral muito baixo escola, eainda pior para as mulheres. A ampliao do aces-so escola nos ltimos 40 anos elevou as mdiasnacionais, hoje em torno de seis anos de escolari-dade, ao mesmo tempo em que beneficiou as mu-lheres que, em 1999, apresentavam 5,9 anos deestudo em mdia, contra 5,6 para o sexo masculi-no. Essa diferena aparece de forma muito clara nosdados sobre nveis de analfabetismo, divididos porfaixas etrias e sexo.

    As taxas de analfabetismo so menores en-tre os jovens, devido ao maior acesso escolaem comparao a adultos e idosos. Mas por sexo,nas faixas etrias acima de 45 anos encontramosmais mulheres que homens analfabetos, enquan-to na faixa de 15 a 19 anos temos quase o dobrode rapazes (5,3%) que moas analfabetas (2,7%).A grande maioria desses jovens analfabetos pas-sou pela escola e no conseguiu se apropriar daferramenta da leitura e escrita, com uma trajet-ria escolar marcada pela repetncia e pela eva-so, que indica que a escola est fracassandofrente a um grupo grande de jovens que concen-tra uma maioria do sexo masculino. Essa diferen-a entre homens e mulheres se torna mais com-plexa ao se considerar tambm a varivel corou raa, apontando os maiores problemas no

    O FRACASSO ESCOLAR DE MENINOS E MENINAS:ARTICULAES ENTRE GNERO E COR/RAA

    grupo de alunos negros do sexo masculino.Ao longo dos anos 90, as diversas polticas de

    melhoria do fluxo escolar conduziram aceleraode estudos, organizao do ensino em ciclos e aprovao automtica de alunos. A grande diminui-o nas taxas de repetncia obtida no indica umareal melhoria no acesso ao conhecimento e nemmesmo uma efetiva diminuio dos problemas es-colares de disciplina e aprendizagem. Essas polti-cas, parecem ter resultado positivamente numamaior incluso escolar, mas levaram a uma grandepresso sobre os professores para que aprovem omaior nmero possvel de alunos nas sries em queainda existe a reprovao (finais de ciclo).

    Em relao diferena de desempenho es-colar entre os sexos, encontramos reconhecimen-to do tema como merecedor de reflexo, na medi-da em que havia certa concordncia de que os me-ninos apresentariam maiores problemas, ao apre-sentar a proposta da pesquisa equipe de orien-tao escolar e em reunio com o conjunto de pro-fessores e professoras.

    Na literatura, a discusso sobre as razes dofracasso escolar antiga e saudvel e tem oscila-do entre dois plos: a culpabilizao das famliase a busca de causas intraescolares. A complexi-dade do debate vem indicando que mltiplas di-menses interferem nesse processo e que pre-ciso considerar as condies socioeconmicas eculturais de origem da criana e as condies defuncionamento das escolas, o preparo dos pro-fessores, os critrios de avaliao, etc. O que nose tem abordado com a devida profundidade queno grupo daqueles que fracassam na escola, ougrupo do qual a escola fracassa em ensinar, osmeninos so em nmero maior que as meninas edentre os meninos, os negros em maior propor-o que os brancos.

    A desigualdade racial imps-se como catego-ria indispensvel anlise medida que se eviden-ciavam diferenas no interior do prprio grupo dosmeninos e se buscava caracterizar aqueles comproblemas escolares.

    Foi adotado o conceito de raa social, confor-me Antnio Srgio Alfredo Guimares, como cons-trutos sociais, formas de identidade baseadas numa

  • SINPEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M

    NPEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M S

    SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M

    SIN

    PEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    SINPEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    P

    SIN

    PEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M

    EEM

    SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SIN

    PEE

    M

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M S

    INPEE

    M SIN

    PEE

    M

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M

    EM SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPE

    EM SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M

    SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M

    EEM

    SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M S

    INPEE

    M SI

    SINPEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PE

    NPEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    P

    EM SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M

    EM SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINP

    M

    SINPEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M

    EEM

    SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SI

    EM SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M

    M SIN

    PEE

    MAPOSTILA PEDAGGICA CONCURSO 2012 SINPEEM 11

    ideia biolgica errnea, mas eficaz socialmente,para construir, manter e reproduzir diferenas e pri-vilgios e no um dado biolgico. Tereza CristinaArajo afirma que a raa pode ser concebida comoum fato social, referido aos significados atribudospelas pessoas a atributos fsicos e que servem parademarcar indivduos e grupos, como uma percep-o social que categoriza.

    No contexto brasileiro e em diversos pasesda Amrica Latina a classificao racial se apiatanto na aparncia (caractersticas fenotpicas, comoa cor da pele ou o tipo de cabelo) e na ascendnciaou origem, quanto no status socioeconmico dapessoa. Flvia Rosemberg destaca que, a classifi-cao racial no Brasil fluida e varivel, com a pos-sibilidade de passagem da linha de cor em decor-rncia da combinao fenotpica e do status socialdo indivduo. Assim, a cor seria apenas um dos ele-mentos de que se lana mo na construo socialdas relaes raciais.

    Ao longo da pesquisa, nem sempre o que asprofessoras consideravam ao avaliar os alunos ealunas traziam preconceitos ou esteretipos expl-citos, mas sutis interpenetraes entre opinies es-tereotipadas e julgamentos profissionais bem fun-damentados, cujos efeitos se ampliavam na medi-da da falta de critrios de avaliao objetivos e ex-plicitados coletivamente pela equipe escolar.

    Apesar de pertencer rede pblica, essa es-cola apresenta caractersticas prprias e condiesde funcionamento particularmente adequadas. To-das as classes contam com trinta alunos e mes-clam crianas provenientes de setores populares,mdios e mdios intelectualizados, abrangendo umgrupo bastante heterogneo em termos socioeco-nmicos, tnico-raciais e culturais, particularmentese comparada homogeneidade que em geral seencontra, numa cidade como So Paulo, tanto nasescolas pblicas de periferia, quanto nas escolasparticulares de elite. A escola a partir de 1999, osistema de avaliao por conceitos PS (plena-mente satisfatrio), S (satisfatrio) e NS (nosatisfatrio) com dois ciclos no ensino fundamen-tal (de 1 a 4 e de 5 a 8 sries).

    Existe um sistema de recuperao paralela aolongo de todo o ano, chamado de oficinas de refor-o, que so oferecidas pela prpria professora de clas-se nas primeiras sries ou da matria, nas sries fi-nais. No caso das sries iniciais, essas oficinas ocor-riam pela manh, uma vez por semana, com dura-o de duas horas e meia. Clia e Las atendiam a

    grupos diferentes de alunos das duas classes dequarta srie, conforme tivessem dificuldades emportugus ou matemtica (ou em ambas). De acor-do com elas, eram as professoras que indicavamos alunos para o reforo. Alguns permaneciam du-rante todo o ano, como outros, que apresentavamdificuldades especficas, eram atendidos por pero-dos variveis e depois dispensados. Elas indicavampara o reforo tanto alunos classificados com con-ceito NS, quantos alunos que obtinham S, masestavam cambaleando, na expresso de Clia.

    Como professoras de quarta srie, no encerra-mento do primeiro ciclo, elas deveriam decidir sealgum aluno seria reprovado, e comentaram em en-trevista suas dificuldades frente a esse quadro.Embora Las revelasse mais dvidas quanto ao usodos conceitos, ambas pareciam ter problemas, es-pecialmente com os alunos intermedirios, aquelesque deveriam ser classificados como S.

    Embora Las afirmasse a falta de critrios co-muns de trabalho pedaggico e de avaliao noconjunto da escola, reivindicando maior discussocoletiva sobre o tema, pelo menos seu discurso e ode Clia tinham muitos pontos em comum. Ambasafirmavam avaliar os alunos a partir de uma multi-plicidade de instrumentos (trabalhos individuais semconsulta, do tipo prova, trabalhos em grupo feitosem classe e em casa, participao nas aulas, liesde casa etc.). E diziam levar em conta tanto o de-sempenho propriamente dito, quanto o que cha-mavam de compromisso do aluno ou relao dacriana com o cotidiano da escola.

    A percepo da importncia do comportamen-to disciplinado, como critrio de avaliao utilizadopelas professoras, levou-nos a considerar no grupode crianas com problemas escolares aquelas comconceitos NS (no satisfatrio), as indicadas paraas oficinas de reforo e tambm as que haviamrecebido algum tipo de punio formal, conformeregistrado em seus pronturios na secretaria daescola (advertncia ou suspenso). Assim, no con-texto dessa pesquisa, o desempenho escolar dacriana refere-se tanto a seu rendimento propria-mente acadmico quanto a seu comportamento fren-te s regras escolares. Quando questionada se si-tuao socioeconmica seria mais decisiva a que acor para o rendimento escolar, ela respondeu quesim, porque voc v tambm alunos brancos po-bres com as mesmas caractersticas.

    De acordo com Rosemberg, essa concepo herdeira das anlises desenvolvidas nos anos 1950

  • M SIN

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    SINPEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    P

    SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    NPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    EM SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M

    SIN

    PEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINP

    SINPEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SI

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M S

    INPEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PE

    SINPEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPE

    EM SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M

    SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M S

    SINPEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M

    EEM

    SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M S

    I

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M

    NPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M

    EM SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    SINPEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PE

    SINPEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M

    SINPEE

    M SIN

    PEE

    M

    PEE

    M

    12 APOSTILA PEDAGGICA CONCURSO 2012 SINPEEM

    pela chamada Escola de So Paulo, especialmen-te nos trabalhos de Florestan Fernandes, e marcaprofundamente o pensamento educacional brasileiroque: [...] ao reconhecer a concentrao macia doalunado negro nas camadas mais pobres da popu-lao, tende a identificar as dificuldades interpostas escolaridade da populao negra com os proble-mas enfrentados pela pobreza, no considerando aespecificidade do pertencimento racial.

    Tanto Clia quanto Las manifestaram incmo-do com as categorias preto e pardo. Havia algode constrangedor para ambas as professoras aofazer a classificao por cor, evidenciando os signi-ficados negativos embutidos nas caractersticasassociadas ao pertencimento raa negra. Almdisso, essa classificao envolvia palavras com sen-tido que elas percebiam como pejorativo, tais comopreto e pardo, que elas hesitavam em atribuir asuas crianas.

    Entre as 58 crianas que fizeram a autoclassi-ficao dirigida, 26 divergiram de pelo menos umadas professoras, o que parece um indicador muitoforte da variabilidade desses conceitos. Na pesqui-sa Data Folha, houve inconsistncia entre a auto ea hetero classificao em 21 % da amostra, com amesma tendncia dos entrevistadores a clarearemos entrevistados tomados em conjunto. No nossocaso, considerando as duas professoras e a auto-atribuio, as discrepncias de classificao se dis-tribuem igualmente entre meninos (13 ) e meninas(13); e a maior parte dessas diferenas (17) se lo-caliza entre as crianas que se classificaram comopardas, sendo treze percebidas ao menos por umaprofessora como brancas. A tendncia das profes-soras a branquearem seus alunos fica mais evi-dente se agruparmos essas categorias de cor emgrupos raciais: negros (pretos e pardos) e nonegros (brancos, orientais e indgenas). Enquanto31 crianas se autoclassificaram como no negras,27 o fizeram como negras. J para Clia, havia 44crianas no negras no grupo, e apenas 16 negras;e para Las, 37 no negras e 23 negras. Esse fen-meno sofre influencia do fato de ambas as profes-soras serem brancas, pois h indicaes na litera-tura de que professoras negras tenderiam menos aembranquecer seus alunos. Mas de toda forma, aidia de que era constrangedor para as professo-ras, ou at mesmo ofensivo, classificar as crian-as como pardas ou pretas aparece como explica-o possvel para esse branqueamento frente au-topercepo dos prprios alunos e alunas.

    Crianas com dificuldades escolares

    Esse constrangimento parecia ser menor quan-do se tratava das crianas com algum tipo de difi-culdade na escola, sejam aquelas indicadas parareforo, sejam aquelas que tinham problemas decomportamento. A partir das dificuldades indicadaspelas prprias professoras em estabelecer critriosde avaliao precisos, que separassem com maiorclareza problemas disciplinares de problemas deaprendizagem, passamos a considerar em conjun-to as crianas com problemas de ambas as ordens.O conjunto dos alunos de sexo masculino que fo-ram indicados para atividades de reforo era com-posto por dois tipos diferentes de meninos: trs comconceitos No Suficiente (NS), classificados pe-las professoras como apticos e nos quais elasidentificavam com nitidez problemas de aprendiza-gem; e mais seis garotos, quatro dos quais haviamrecebido pelo menos uma advertncia ou suspen-so relacionadas agresso fsica contra colegas.Esses ltimos seis alunos tinham conceitos Sufi-ciente (S) em seus registros e eram considera-dos medianos em seu desempenho acadmico, masmesmo assim participaram durante todo o ano leti-vo das oficinas de reforo.

    Ao todo, 16 crianas apresentavam problemasdisciplinares ou de aprendizagem (13 foram em al-gum momento indicadas para o reforo e sete so-freram punies formais, sendo que quatro delasesto presentes nos dois grupos). Se considerar-mos os grupos raciais (negros e no-negros), nohouve diferena entre as classificaes de Clia ede Las para quaisquer desses alunos, em compa-rao com nove discrepncias entre elas para oconjunto das classes.

    Essa consistncia entre as classificaes dasprofessoras pode ser correlacionada ao fato determos uma grande maioria de meninos entre ascrianas com problemas escolares (5 meninas e 11meninos), j que a maior parte das diferenas declassificao entre professoras se refere s meni-nas (oito, num total de nove). Advertncias e sus-penses foram atribudas a seis meninos e apenasuma menina da quarta srie em 2000, dos quaisseis eram crianas percebidas como negras (pre-tas e pardas) e apenas um garoto branco (classifi-cao das professoras). Cinco deles provinham defamlias com renda mensal inferior a dez salriosmnimos, um no informou e apenas um declarourenda familiar alta. Destaque-se novamente que,

  • SINPEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M

    NPEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M S

    SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M

    SIN

    PEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    SINPEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    P

    SIN

    PEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M

    EEM

    SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SIN

    PEE

    M

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M S

    INPEE

    M SIN

    PEE

    M

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M

    EM SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPE

    EM SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M

    SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M

    EEM

    SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M S

    INPEE

    M SI

    SINPEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PE

    NPEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    P

    EM SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M

    EM SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINPEE

    M SINP

    M

    SINPEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M

    EEM

    SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M SI

    EM SIN

    PEE

    M SIN

    PEE

    M

    M SIN

    PEE

    MAPOSTILA PEDAGGICA CONCURSO 2012 SINPEEM 13

    dentre estas sete crianas, quatro estavam tambmnas oficinas de reforo.

    Houve igualmente grande consistncia entre ashetero e as autoclassificaes dentro do grupo dealunos com problemas escolares: se excluirmos osdois alunos que no responderam ao questionrio,temos respostas coincidentes entre aluno e profes-soras em 13 dos 14 casos restantes. Essa situaoparece indicar que o desempenho escolar (incluin-do aprendizagem e comportamento consideradosadequados) uma referncia na determinao dopertencimento racial, referncia forte o bastante paraser incorporada prpria identidade racial de alu-nos e alunas, pelo menos ao final de no mnimoquatro anos de escolarizao, como era o caso denossas classes.

    Assim, uma possvel explicao seria que, pelomenos no mbito da escola, a identidade racial dascrianas seria construda tendo como referncia noapenas caractersticas fenotpicas e status socioe-conmico, mas tambm seu desempenho escolar.No mbito da instituio, a classificao de raaseria influenciada pela existncia ou no de pro-blemas escolares (disciplinares ou de aprendiza-gem), considerados como parte constituinte do sta-tus da criana, com uma forte articulao entre per-tencimento raa negra e dificuldades na escola.

    Ao apresentarem em entrevistas seus crit-rios de avaliao, ambas as professoras afirma-ram considerar tanto a aprendizagem quanto o quechamavam de compromisso da criana com o co-tidiano da escola. Atravs da avaliao desse com-promisso eram considerados elementos ligados satitudes e comportamentos de forma to decisivaquanto o desempenho mais estritamente acad-mico. Avaliar esses comportamentos, porm, erauma tarefa extremamente subjetiva, mesmo numaescola razoa