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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO FUMUS COELI S.A, pessoa jurídica de direito privado, Inscrição Estadual ......, CNPJ ....., com sede à Rua...., nº .. Bairro Cidade/UF, neste ato representada pelo (a) Sr. (a)....., nacionalidade..., estado civil..., profissão, portador da cédula de identidade RG n o . ..., inscrito no Cadastro de Pessoa Física CPF/MF sob o n o . ..., residente e domiciliado na Rua ..., cidade de ..., Estado de São Paulo, CEP..., inconformado com a decisão que deferiu o pedido de indenização por danos materiais e morais proferida nos autos da AÇÃO DE INDENIZAÇÃO, processo nº 000.00.000000-0, em trâmite perante ... Vara da Cível da Comarca de ..., promovida por AGELICUS NOMINATUS, nacionalidade..., estado civil..., profissão, portador da cédula de identidade RG n o . ..., inscrito no Cadastro de Pessoa Física CPF/MF sob o n o . ..., residente e domiciliado na Rua ..., cidade de ..., Estado de ..., CEP..., vem, por seu advogado (mandado anexo), tempestivamente, com fundamento no artigo 522 do Código de Processo Civil, interpor o presente AGRAVO DE INSTRUMENTO COM PEDIDO DE EFEITO SUSPENSIVO, consubstanciado nas razões a seguir aduzidas. I DA DECISÃO AGRAVADA Trata-se de ação indenizatória em que a Agravada requer a indenização por danos morais e materiais sob a alegação de que o uso de cigarros fabricados pela Agravante e por ela consumidos por volta dos anos noventa teria lhe causado implacável e incurável moléstia pulmonar. A Agravante, em sua defesa, argüiu, entre outras matérias, a ocorrência da prescrição executiva da ação, que foi rejeitada pelo Ilustre Magistrado, a quo, com a assinação da audiência prevista no art. 311 do Código de Processo Civil. Sustentou o nobre magistrado a quo que incide na

Agravo de Instrumento - Angelicius Nominatus

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DIREITO CIVIL

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Page 1: Agravo de Instrumento - Angelicius Nominatus

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

FUMUS COELI S.A, pessoa jurídica de direito privado, Inscrição

Estadual ......, CNPJ ....., com sede à Rua...., nº .. – Bairro – Cidade/UF, neste

ato representada pelo (a) Sr. (a)....., nacionalidade..., estado civil..., profissão,

portador da cédula de identidade RG no. ..., inscrito no Cadastro de Pessoa

Física – CPF/MF sob o no. ..., residente e domiciliado na Rua ..., cidade de ...,

Estado de São Paulo, CEP..., inconformado com a decisão que deferiu o

pedido de indenização por danos materiais e morais proferida nos autos da

AÇÃO DE INDENIZAÇÃO, processo nº 000.00.000000-0, em trâmite perante ...

Vara da Cível da Comarca de ..., promovida por AGELICUS NOMINATUS,

nacionalidade..., estado civil..., profissão, portador da cédula de identidade RG

no. ..., inscrito no Cadastro de Pessoa Física – CPF/MF sob o no. ..., residente e

domiciliado na Rua ..., cidade de ..., Estado de ..., CEP..., vem, por seu

advogado (mandado anexo), tempestivamente, com fundamento no artigo 522

do Código de Processo Civil, interpor o presente AGRAVO DE

INSTRUMENTO COM PEDIDO DE EFEITO SUSPENSIVO, consubstanciado

nas razões a seguir aduzidas.

I – DA DECISÃO AGRAVADA

Trata-se de ação indenizatória em que a Agravada requer a

indenização por danos morais e materiais sob a alegação de que o uso de

cigarros fabricados pela Agravante e por ela consumidos por volta dos anos

noventa teria lhe causado implacável e incurável moléstia pulmonar.

A Agravante, em sua defesa, argüiu, entre outras matérias, a

ocorrência da prescrição executiva da ação, que foi rejeitada pelo Ilustre

Magistrado, a quo, com a assinação da audiência prevista no art. 311 do

Código de Processo Civil. Sustentou o nobre magistrado a quo que incide na

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hipótese a prescrição vintenal, por seu cuidar de reparação de danos oriundos

do ato ilícito.

II – DO CABIMENTO DO AGRAVO

Consoante se depreende das folhas _______, o agravante foi intimado,

da decisão no dia __________, tendo interposto o presente recurso do dia

_________, cumprindo, portanto a exigência de 10 dias previstos em lei.

Nos termos da 2ª parte do artigo 522 do CPC, será cabível agravo de

instrumento, dentre outras hipóteses, nos casos em que a decisão for

suscetível de causar à parte lesão de grave e difícil reparação.

No caso dos autos, o objeto da questão é de indenização por danos

morais e materiais. A questão objeto de recurso reveste-se de urgência. E isto

por que o agravante perderá o seu direito de ser ressarcido.

Por estes motivos, a decisão proferida causará lesão de grave e difícil

reparação, portanto, resta imperiosa a adoção do agravo de instrumento no

caso em concreto, aliás é o que preconiza o art. 522 do código de processo

civil.

III – DAS RAZÕES PARA REFORMA DA DECISÃO

Acontece que tal decisão não deve prosperar, uma vez que a ação

indenizatória em questão refere-se a relação de consumo, sendo aplicável,

desta forma, o prazo prescricional previsto no Código de Defesa do

Consumidor.

Isso porque o agravado se enquadra na definição de consumidor

prevista no art. 2º da Lei 8.078/90 e o agravante na definição de fornecedor do

art. 3º do mesmo diploma legal.

Ademais, a alegada responsabilidade do agravante no evento

danoso refere-se à responsabilidade pelo fato do produto, preceituado no art.

12 do tal estatuto.

Por conseguinte, dispõe o art. 27 do Código de Defesa do

Consumidor que prescreve em 5 (cinco) anos a pretensão à reparação pelos

danos causados por fato do produto, iniciando-se a contagem de prazo a partir

do conhecimento do dano ou da autoria.

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Tendo o agravado usado e adquirido os cigarros da Agravante por

volta dos anos noventa, a ação tendo sido proposta em 2003 e o prazo

prescricional por fato do produto ser de 5 (cinco) anos, não há que se falar em

não acolhimento da alegação de prescrição.

Por fim, insta consignar que a prescrição não é mais matéria de

direito disponível, impondo o art. 219, § 5º, do Código de Processo Civil que ela

seja reconhecida de ofício.

Assim, considerando que o direito da agravada está prescrito com

fundamento no art. 27 do Código de Defesa do Consumidor, requer o

Agravante seja reformada a decisão proferida pelo MM. juízo a quo.

IV – DO PEDIDO DE EFEITO SUSPENSIVO

O artigo 527, III, do Código de Processo Civil autoriza o relator a

conceder o efeito suspensivo ou a tutela antecipada recursal no agravo, desde

que presentes os requisitos constantes no art. 558 do mesmo Código.

A não concessão do efeito pretendido, nos termos do art. 527, III, do

Código de Processo Civil, acarretará sérios e irreparáveis prejuízos à

Agravante, e uma longa batalha judicial, sendo que o feito pode ser de pronto

julgado, com resolução de mérito, nos termos do art. 269, IV, daquele diploma

legal. As custas e despesas processuais e demais encargos podem ser

evitados no caso em apreço, respeitando-se, pois, o principio da celeridade.

Assim, de acordo com o receio de grave lesão processual, bem

como sua difícil reparação, nos termos do art. 558 do Código de Processo Civil,

necessária é a concessão do efeito suspensivo ao presente agravo para o fim

de suspender o processo até decisão a ser aqui proferida, oficiando-se,

portanto, ao Meritíssimo juízo a quo.

V – DOS REQUERIMENTOS E INFORMAÇÕES

Diante do exposto, é a presente para requerer a esse Egrégio

Tribunal que seja o recurso recebido e processado, considerando-se de

imediato o efeito suspensivo, oficiando-se a instância originária, sendo, ao final,

dado provimento ao recurso, reformando-se a decisão da primeira instância

originária, afim de que não seja declarada a prescrição do direito do agravado,

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julgando-se extinto o feito com resolução do mérito nos termos do art. 269, VI,

do Código de Processo Civil.

Requer, ainda, a condenação da parte agravada ao pagamento das

custas processuais do incidente, em conformidade com o §1º do art. 20 do

Código de Processo Civil.

Por oportuno, informa que dentro do prazo legal o agravante irá

cumprir o determinado no art. 526, caput, do Código de Processo Civil.

Informa, ainda, em cumprimento ao artigo 524, III, do CPC, o nome e

endereço dos advogados constituídos nos autos do processo, pelo agravante –

Dr. (nome, endereço profissional completo, inscrição da OAB); pelo agravado -

Dr. (nome, endereço profissional completo, inscrição da OAB).

Em cumprimento ao disposto no art. 525 do Código de Processo

Civil o recurso está sendo instruído com as seguintes cópias autenticas: a)

Peças obrigatórias: decisão agravada, certidão de intimação da decisão

agravada e procuração juntada aos autos; b) Peças facultativas: - Petição

inicial (fls. ...), outras cópias.

O advogado que esta subscreve, nos termos do artigo 365, IV, do

CPC, declara serem autênticas as cópias das peças que instruem o presente

agravo de instrumento.

Por fim, informa que segue acostada a guia de preparo, sendo o

caso de recebimento do Agravo de Instrumento com a determinação para a

intimação da parte contrária para que apresente sua resposta ao recurso, no

prazo legal, conforme determina o inciso V do art. 527, V, do Código de

Processo Civil.

Termos em que,

P. Deferimento.

Local e Data.

ADVOGADO...

OAB/UF