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62 102 O Show Rural Coopavel e a Expodireto Cotrijal FEIRAS 50 anos da indústria nacional de tratores HISTORIA O que convém saber sobre Agricultura de Precisão A TECNOLOGIA M OLDMEN O ANO 1 • Nº 1 • 2010 134

Agriworld edição 1

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62 102

O Show Rural Coopavel e aExpodireto Cotrijal

FEIRAS50 anos da indústria nacional de tratores

HISTORIAO que convém saber sobreAgricultura de Precisão

A TECNOLOGIA

MOLDMENO

ANO 1 • Nº 1 • 2010

134

-CUBIERTA EXT AW 14/4/10 17:19 Página 1

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-CUBIERTA INT 9/4/10 13:05 Página 1

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AAGGRRIIWORLD 3

OO SSUULL TTAAMMBBÉÉMM EEXXIISSTTEE

Julian Mendieta. Furio Oldani.

Diz o famoso escritor Mario Benedetti, “O sul também existe”, e essa ex-pressão é cada vez mais evidente na evolução do mercado da Américado Sul aonde o Brasil vem se destacando.

Este país / continente se tornou uma autêntica locomotiva do Mercosulem todos os aspectos e o que é mais importante se tornou referência mundialno que diz seu lema “Ordem e Progresso”, o país está em fase de crescimentocontínuo em todos os aspectos, industrial, social, etc. Sendo um exemplo cla-ro do trabalho continuo de todos no país.

Agricultura, indústria, energia –onde é um porta-estandarte para a bioe-nergia– suas reservas de petróleo, e o mais importante, seu crescimento hu-mano e social voltados às necessidades do país. Para muitos, Brasil é a eternapromessa, este horizonte inatingível que cada vez mais está se tornando reali-dade.

Não nascemos como uma editora européia, temos uma base humana e con-ceitual “brasileira”, porque a nossa empresa brasileira, é composta de italianos,espanhóis e brasileiros, que é à base do crescimento deste país maravilhoso.Não somos apenas um nexo de culturas e conhecimentos. Este escritor recebeuo “batismo” do conhecimento em mais de 10 feiras e contato direto com a re-alidade do país, a ponto de que o apoio das empresas dizendo: “Você deve fa-zer isso” , foi o incentivo que lhe faltava.

Somos conscientes que o nosso conhecimento deve ter uma “chuva“ de hu-mildade por estarmos chegando agora, temos nas malas conhecimento, con-tatos mundiais e, sobretudo, know-how. AAGGRRIIWORLD é uma fusão de conheci-mentos de ambas as partes do mundo –Europa, Brasil–, mas o que mais im-porta para nós é esta dualidade e postura global para fazer desta revista –nos-sa revista– algo mais do que um veículo de comunicação é conseguir abrir umajanela no Brasil de seu mundo empresarial a outros mercados, o brasileiro temmuito a ensinar e muito a mostrar, como bem disse Abimaq “Mais do quesamba e jogadores de futebol”, o Brasil é mais do que isso somos a realidadede um país que está avançando de forma constante e forte, nossas indústrias sãobase de negócios, exportação… “De Ordem e Progresso”.

AAGGRRIIWORLD quer ser é o ponto de transição… Porque o Brasil é muito mais…O Brasil é sinônimo de progresso e de futuro.❏

-JUSTIFICACION 13/4/10 14:38 Página 3

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AAGGRRIIWORLD

AAGGRRII

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Nº 1 • ANO 1 • 2010

|| EDITOR: OldMen. Julián Mendieta, [email protected] y Furio Oldani, [email protected]|| DIRETOR TÉCNICO: Dr. Ing. Prof. Fernando Schlosser || COORDENAÇÃO EDITORIAL: Ángel Pérez, [email protected]|| REDAÇÃO: Raquel López || ASISTENTE DO EDITOR: Silvia Fernández || PUBLICIDADE E REDAÇÃO: [email protected]|| REDAÇÃO: Dr. Mingo Alsina, 4-28250 Torrelodones, Madrid (Espanha) || ADMINISTRAÇÃO: Via Luigi Galvani, 36-20019 SettimoMilanese, Milano (Italia) || EDITORAÇÃO E ARTE: Ana Egido y Miguel Igartua || CONSELHO EDITORIAL: Prof. Luis Márquez, Prof.Ettore Gasparetto, Dr. Ing. Ricardo Martínez Peck y Dr. Ing. Prof. Pilar Linares

Paulo HerrmannDiretor Comercial da John Deere para aAmérica Latina

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EVIS

TA

“Nossa estratégia: mercado internodiversificado e mercadoexterno para compensarquando o mercadointerno não vai bem”

Fábio PiltcherDiretor de Marketing do Grupo AGCO do Brasil

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EVIS

TA

“Nosso produto é robusto, defácil manutenção, custo baixoe de altíssimo valor.”

Francesco Pallaro Vice-presidente da New Holland paraa América Latina

ENTR

EVIS

TA

“Este ano, noBrasil, omercado seráaté melhorque em 2008,ano recorde”

NOVA LINHA MF4200

OO QQUUEE CCOONNVVÉÉMM SSAABBEERR SSOOBBRREEAGRICULTURA DE PRECISÃO

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108

3440

134

94

-SUMARIO 15/4/10 12:09 Página 4

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WORLD

AAGGRRIIWORLD 5

3O Sul também existe

7EditorialUm sonho

9Na minha opiniãoCrescer juntos

11Parecer Martin RichenhagenPerspectivas muito positivasMaurizio Vischi“As previsões indicam que a agromecânica na região voltará afazer bonito”

16ProdutoNew Holland apresenta CR9060 na Agrishow

18

32FinançasAlta de custos de insumos de siderúrgicas

34Prova de campoNova linha MF4200

42EntrevistaFábio Piltcher, Diretor de Marketing do Grupo AGCOdo Brasil

48CompanhiaOs 50 anos da Valtra no Brasil

94EntrevistaFrancesco Pallaro, Vice-presidente da New Hollandpara a América Latina

108EntrevistaPaulo Herrmann, Diretor Comercial da John Deere para a América Latina

102História2010: 50 anos da indústria nacional de tratores

54EntrevistaAndré Carioba, Vice-Presidente Sênior da AGCO paraa América Latina

116A tecnologIa agrícolaA tecnologia do preparo conservacionista naagricultura tropical. O modelo brasileiro

128Companhia• Landini-Montana: Brasileiro azul• ADR: Revolução envolvente 131

134A tecnologIa agrícolaO que convém saber sobre agricultura de precisão

142Espaços VerdesArquitetura do jardim

146AviaçaoAviação agrícola

150Automotor• Tudo sobre Fiat Strada Fire Flex 2010• Conheça a nova pick-up Volkswagen Amarok 152

156Mercado• 2009: inferior a 2008• Jan-Fev 2010

160

158

20

24

Preços agricolasPreços médios mensais recebidos pelos agricultores

Feiras• As primeiras feiras brasileiras de verão• As grandes feiras escapam da crise na Europa

62

72

André Carioba Vice-Presidente Sênior daAGCO para a América Latina

ENTR

EVIS

TA “O ano de 2010para a AGCOpoderia sersimilar ao de2008, que foimuito bom”

Os 50 anos daValtra no Brasil

COM

PANH

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5448

Notícias• Agrishow 2010: Prognóstico positivo• Case IH: Novo Complexo Industrial em Sorocaba • Trelleborg-New Holland: Agriculture Associação

-SUMARIO 15/4/10 12:09 Página 5

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EDITO

RIA

L

Um sonho

Com a publicação deste primeiro número de AAGGRRIIWORLD se cumpre uma expec-tativa de um grupo idealista. Desde o início do projeto, empresários, técni-cos e profissionais do ramo comercial, editorial e publicitário, trataram este

momento como o nascimento do que há um ano era um sonho. Um sonho vivido por muitas pessoas de origem e experiências de vida diver-

sas. Cada um viveu sua ansiedade à sua maneira, mas desde a primeira reunião apre-sentou-se claro o carinho que temos pelo Brasil e sua gente. Nosso forte é o conhe-cimento mundial da indústria e dos produtos oferecidos aos diferentes mercados.Cada um de nós ofereceu seu melhor, para que este primeiro número possa im-pressioná-lo e desejar seguirmos por muitos anos. O suporte editorial da nossa re-vista possui experiência internacional e deseja transferi-la ao Brasil, entregando umarevista com este caráter mundial, mas voltada ao público brasileiro, primando pelahonestidade na informação e ênfase no segmento máquinas e equipamentos agrí-colas.

A partir de agora, nosso compromisso é apresentar novidades no setor agroin-dustrial, entrevistas com agentes envolvidos na produção de bens e serviços, co-bertura de eventos do setor, matérias técnicas imparciais, testes de campo com pro-dutos atuais, um pouco de história da mecanização e uma ainda uma diversidadede informação voltada a todas as pessoas envolvidas material e sentimentalmentecom a agricultura mecanizada.

Neste primeiro número apresentamos além de notícias do mundo agrícola,com ênfase na mecanização, quatro entrevistas como executivos de diferentesmarcas e suas impressões sobre a atualidade do mundo da mecanização, principal-mente dos tratores e colheitadeiras. Apresentamos a nova linha 4200 da MasseyFerguson que está sendo lançada neste Agrishow e dois artigos envolvendo, respec-tivamente, a história da mecanização conservacionista no Brasil e os 50 anos da in-dústria de tratores agrícolas. Também mostramos como foram quatro das principaisfeiras deste primeiro semestre, duas brasileiras e duas européias. De modo comple-mentar muita informação, cotações e variedades.

De nada valerá o nosso esforço se o que lhes repassarmos não tiver valor e nãofor adaptada à necessidade do empresário e dos sujeitos envolvidos no meio agrí-cola. Com esta expectativa, esperamos amadurecer no mercado da informação es-pecializada, compartilhando-o com outras revistas nacionais e internacionais quecirculam no país.

Este é o compromisso de humildade. Estamos começando, mas queremos fazerparte deste mundo, que é a informação especializada por muito tempo e ver estemagnífico país transformar-se em, mais que uma potência mundial, um país justo,equilibrado economicamente e compromissado com o bem estar das pessoas e coma conservação do meio ambiente. Esperamos sua companhia nesta caminhada.❏

Prof. Fernando [email protected]

AAGGRRIIWORLD

-OPINION SCHLOSSER 13/4/10 10:50 Página 7

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-Dinamica 31/3/10 10:24 Página 1

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Todos aqueles que tivemos filhos, sabemos a importância quetem seu desenvolvimento, contando desde antes do nasci-mento, com os cuidados que tragam consigo o crescimen-

to no ventre materno, com todas as garantias de saúde e paraevitar as más formações que arruinariam sua vida futura, vigiando sua vida uterina e nospreparando para o momento de seu nascimento, para que este seja suave e sem trau-mas.

Estamos felizes no momento que sentimos seus primeiros prantos, sinal inequívocode vida e uma vez que o vemos e comprovamos que “tem tudo”… uma sensação de fe-licidade nos invade!

O feliz evento de um nascimento necessita de um bom “padrinho”, que para o re-cém nascido se lhe outorguem os sinais de proteção que esse apadrinhamento requer, eé nesse ato de apadrinhamento onde se habilita a possibilidade de crescimento e desen-volvimento até a idade adulta.

AAGGRRIIWORLD, assim como uma criança, cuidada em tudo aquilo que possibilitaria suavinda à vida com plenas garantias de sobrevivência até seu nascimento, mas foram ou-tros, os padrinhos, aqueles que permitiram que esse projeto que se viu em seu dia, vejaa luz agora com possibilidades de desenvolver-se no futuro.

Seria presunção de nossa parte dar-nos todo o mérito, que corresponde a tantos, aseu apoio desinteressado, a seu altruísmo e patrocínio, até sem saber como seria a revis-ta, se não na base a confiança que os editores tinham e na crença de sua profissionali-zação, juntamos o conhecimento de mais de 40 anos de profissão jornalístico-editorial,junto a Professores de Universidades do Brasil, Argentina, Espanha e Itália, especializa-das em maquinaria agrícola; no sentimento de empresários e diretores de um e outro la-do do Atlântico cujos biorritmos estão marcados por uma coisa somente, “a máquina agrí-cola”.

Pretendemos conhecer este maravilhoso e pujante mercado sem aportar as crenças“do outro lado”, nascemos com desejos de crescer juntos a vocês; de aprender daquiloque este mercado pode nos ensinar e trazer a base do conhecimento das tecnologiasque já estão “batendo na porta” do Brasil, um país, o nosso, que está chamado a ser a “lo-comotiva” do MERCOSUL.

Neste primeiro número, pretendemos assentar as bases da evolução de AAGGRRIIWORLD

em nosso mercado, nos baseando no que nossa bandeira leva como lema “Ordem eProgresso”, duas base de desenvolvimento e crescimento, presente e futuro; nascemospara crescer junto a Vocês, junto a essas crianças que são o símbolo do futuro no qual nósapostamos, e do qual, todos somos partes.

Somente nos resta agradecer a todos aqueles que com sua confiança e ajuda permi-tiram que agora tivessem em suas mãos este primeiro número, e em particular ao Prof.LuisMárquez e ao empresário J.Maria Pontaque, que nos convidaram à AgriShow há maisde 10 anos e ao Prof. José Fernando Schlosser, Ángel Pérez, Ana Egido, Silvia Fernán-dez, Borja Mendieta e Miguel Igartua pelo seu trabalho contra o relógio…e a meu “irmãoitaliano” Furio Oldani por sua confiança plena nesse projeto que é já uma realidade.❏

AAGGRRIIWORLD 9

Julián [email protected]

Crescer juntos

NA

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-OPINION julian 13/4/10 11:28 Página 9

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OBrasil provavelmente sedesenvolveu, pode-se dizer, em ummercado

chamado "emergente" e em outra dimensão.Sua economia é muito forte e oambiente político é bastante estável, asperspectivas para a economia dopaís são muito positivas. Assim, suasinstituições financeiras não sofreram muitocom a crise financeira mundial, devido a uminvestimento maisbaixo em instalações estrangeiras.Durante muitos anos, o Brasil se beneficioude um agronegócio muito forte que foitambém apoiado por uma políticainteligente e favorável. O Brasildesenvolveu grandes empresas profissionaisdo mais alto nível de produtividade, e aomesmo tempo, muitas agricultores e suasfamílias ganham a vida mediante aespecialização, em nichos de mercadointeressantes. Na maioria das áreas dessesetor, o Brasil tem um papel de líder a nívelmundial e mantêm a primeira ou segundaposição. Seu clima é excelente, o solo émuito bom, há uma grande quantidade deágua e uma infra-estrutura muito boa,excelentes programas do governo, escolas euniversidades e uma força de trabalho muitoleal e agricultores qualificados.O Brasil também está aberto às formasmodernas de cultivos de bio-engenharia,não podemos esquecer que 95% dosautomóveis novos vendidos no país no anopassado foram os carros" flex", quefuncionam com o uso de etanol feito de

cana- de- açúcar, e 50% do combustívelvendido é o combustível biológico.A AGCO se introduziu no Brasil de umamaneira muito rápida, através das grandesaquisições, Massey Ferguson e Valtra.Hoje, a Massey Ferguson e a Valtraoferecem a melhor qualidadena indústria e nas tecnologias existentes,com quatro fábricas. A AGCOestá próxima dos nossos clientes e a nossarede de profissionais edistribuidores exclusivos podem oferecer omelhor serviço no mercado. A AGCOprevê novos investimentos importantes paraassegurar-se de que efetivamente osagricultores do Brasil também tenhamfuturo. As soluções de altatecnologia para os agricultores profissionaisdo Brasil e alimentar o mundo,é a nossa visão. Sinceramente. ❏

PARECER

Perspectivas muito positivas

Martin Richenhagen Presidente mundial e CEO da AGCO

-Opinion richen 13/4/10 12:28 Página 11

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-Morelate 15/4/10 11:13 Página 1

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AAGGRRIIWORLD 13

Aagricultura representa um dospilares importantes da economia sul-americana. Apesar da recessão, o

crescimento demográfico e a produção deetanol criaram os pressupostos para umarápida retomada do setor.Através do fortalecimento da estrutura locale graças à parceria consolidada com osprotagonistas da mecanização do setor, aTrelleborg tem o objetivo estratégico deantecipar a evolução da agricultura naAmérica do Sul, em benefício dos seusclientes.

Sinais de retomada

“Nos últimos anos, os países sul-americanosregistraram um crescimento médio do PIBsuperior a 6% anuais. Apesar da criseeconômica mundial, nos primeiros meses de2010 registram-se sinais de retomada e asprevisões indicam que a agromecânica naregião voltará a fazer bonito”, declaraMaurizio Vischi, Presidente da TrelleborgWheel Systems. Cerca da metade dos automóveis emcirculação no Brasil funciona a base deetanol, produzido da cana de açúcar.Atualmente, o Brasil é o segundo produtormundial de etanol e o maior exportador. Osmais de 7 milhões de hectares hojedestinados ao cultivo da cana de açúcardevem dobrar até 2020. Além disso, o planode incentivos lançado em 2009 pelo governo

brasileiro para a aquisição de máquinasagrícolas de até 100 cavalos estimulou osetor num momento de crise; isto levou, porum lado, a uma leve diminuição da potênciamédia dos tratores matriculados, já emretomada nos primeiros meses de 2010.

Especialização, inovação e investimentos

A Trelleborg é líder mundial nodesenvolvimento e distribuição de pneus e

PARECER

“As previsões indicam que a agromecânica na região voltará

a fazer bonito”

Maurizio Vischi Presidente da Trelleborg Wheel Systems

-Opinion VISCHI 13/4/10 12:52 Página 13

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rodas completas para máquinas agrícolas eflorestais. As soluções Trelleborg são sinônimode elevados rendimentos e qualidade em todotipo de terreno e para todas as aplicações, nocampo, na floresta e na estrada.“A Trelleborg é parceira dos mais

importantes construtores e conta com umacota de mercado muito elevada emequipamento original, em escala global. Emespecial no segmento das potências acima de100 cavalos, todos os especialistas eprofissionais da agricultura preferem aTrelleborg.” Afirma Vischi e acrescenta:“Promovemos o desenvolvimento desoluções que respondam às exigências reaisda agricultura e do agricultor e antecipem astendências do setor. Colaboramos desdesempre com os mais importantes atores daagromecânica avançada nas fases depesquisa, desenvolvimento e realização dosprotótipos dos novos modelos de tratores.Recentemente, por exemplo, lançamos duas

novas iniciativas estratégicas. A primeira,com o grupo AGCO, define umacolaboração a longo prazo com o objetivo decooperar na inovação do processo produtivoe no desenvolvimento dos novos produtos.A segunda, com a New Holland, estabeleceuma parceria em marketing de produto e nacomunicação em nível global.”A Trelleborg é, além disso, líder de mercadono equipamento às máquinas para a colheitade cana de açúcar. “Os nossos pneus foramdesenvolvidos para atender a todas as

PARECER

-Opinion VISCHI 13/4/10 12:52 Página 14

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exigências dos especialistas do setor”. DizMaurizio. A ampla marca no solo do pneu Trelleborgassegura uma baixa compactação doterreno, preserva sua fertilidade e protege ocrescimento dos cultivos, com um menoremprego de fertilizantes.“Em todos os países do Mercosul estamosconsolidando a nossa estrutura comercial. Apresença local, com 3 escritórios comerciais(2 no Brasil e 1 na Argentina) e a rede dedistribuição nos outros países do continente

nos permitem atender de modo eficaz àsexigências dos nossos clientes garantindoum atendimento pós-venda altamentequalificado”, afirma Vischi e acrescenta:”Na Argentina, em particular, a recenteabertura à importação nos permitiráconsolidar também nesse mercado oposicionamento da Trelleborg como marcasuperior, com a oferta de toda a nossa gamade pneus radiais. Também as indústriasagrícolas e florestais do Chile e Uruguai e odesenvolvimento do cultivo da cana deaçúcar na Colômbia representam ótimasoportunidades de crescimento para o setordos pneus”.Ao final desta panorâmica de 360 graussobre a presença na América do Sul,Maurizio conclui:”Os melhores votos para a nova revista, quepossa repetir o sucesso das publicações afinseuropeias, há anos ponto de referência paratodos os especialistas do nosso setor”.❏

-Opinion VISCHI 13/4/10 12:52 Página 15

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ANew Holland apresen-ta na Agrishow, em Ri-beirão Preto (SP), a sua

linha de tratores e colheitadei-ras e o grande destaque ficapor conta da colheitadeira deduplo rotor CR9060. A máqui-na terá sua versão nacional àdisposição dos clientes brasi-leiros a partir deste ano e seualto desempenho é um suces-so no mundo inteiro.

Para Eduardo Nunes, ge-rente de marketing da NewHolland, com a nacionali-zação da CR9060, a New Ho-

lland completa sua oferta decolheitadeiras para o merca-do brasileiro. “Além das tradi-cionais máquinas de sistemaconvencional das famílias TCe CS, a nossa linha de colhei-tadeiras agora ganha uma comduplo rotor, fabricada no Bra-sil.”

A CR9060 da New Ho-lland faz a diferença por serequipada com dois rotores–um sistema exclusivo da mar-ca– que realizam um tratamen-to mais suave do grão em umaárea de debulha e separação

maior. “No mercado existemdiversas opções de máquinascom rotor, mas a New Hollandé a única que oferece uma má-quina com dois rotores, o quecontribui para alcançar a qua-lidade máxima, além de redu-zir ao mínimo a perda de grãospor quebra, com trilhas maissuaves”, explica Nunes.

A colheitadeira possui omoderno motor New HollandTier III, com injeção CommonRail no modelo CR9060, epotência de 354 cv, que ope-ra até 2.100 rpm. A potênciamáxima é de 394 cv, permi-tindo descarga em movimen-to. O aumento de potência deaté 40 cv também permite acolheita em condições críti-cas.

AAGGRRIIWORLD16

PRODUTO

A VERSÃO NACIONAL COLHEITADEIRA DE DUPLOROTOR DA NEW HOLLAND TERÁ SEU LANÇAMENTO NAAGRISHOW

-NH producto 13/4/10 13:03 Página 16

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O modelo da New Ho-lland oferece ainda a maior ca-bine do mercado, com amplavisibilidade, além de propor-cionar um grande conforto pa-ra o operador durante as lon-gas jornadas de trabalho. Vemequipada com ar condiciona-do, assento com suspensãopneumática e dispositivo deajuste longitudinal de altura einclinação. Com apoios antivi-bratórios e revestimento acús-tico, as vibrações são pratica-mente eliminadas e o nível deruído é o menor do mercado.

Atualmente, a CR9060 éproduzida na fábrica da NewHolland em Zeldegem, na Bél-gica, que completou 100 anosde existência e é responsávelpelos desenvolvimentos dasreconhecidas linhas TC e CS,e em Grand Island, nos Esta-dos Unidos.

CR Em Campo

Antes do lançamento ofi-cial, a New Holland organi-zou o projeto CR Em Campopara apresentar a nova colhei-tadeira para os produtores ru-rais. O encontro se trata deuma dinâmica de demons-tração de campo. Na oportu-nidade, os produtores podemver de perto a CR colhendo.

A ação foi realizada emdiversas cidades do Brasil, dasmais variadas regiões, em uma

parceria da empresa com a re-de de concessionários. O ge-rente de marketing da NewHolland acredita que os tes-tes e demonstrações serviramcomo um aquecimento parao grande lançamento da má-quina nacionalizada. “As prá-ticas servem para comprovara superioridade tecnológicada colheitadeira no campo.É o produtor testando e apro-vando o equipamento desen-volvido e aperfeiçoado paraele”.❏

“No mercado existem diversas opções de

máquinas com rotor, mas a New Holland

é a única que oferece uma máquina com

dois rotores”

-NH producto 13/4/10 13:03 Página 17

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AAGGRRIIWORLD18

NOTÍCIAS

Agrishow 2010Prognóstico positivoLa 17ª Feira Internacional deTecnología Agrícola em AçãoAGRISHOW (26 a 30 de abril emRibeirão Preto/SP), horário das8h às 18h, abrangerá uma áreade 360.000 m2, representandoum aumento de 50% emrelação à área de suas maisconcorridas edições anteriores.A Feira deste ano receberá umanova configuração. Terá umaplanta mais simétrica, com os pontos de interesse dos visitantes melhor distribuídos e comáreas temáticas, facilitando a visitação. As praças de alimentação serão ampliadas,contemplando mais lanchonetes e restaurantes espalhados por toda a feira, assim como novose mais confortáveis sanitários. As principais avenidas serão cobertas com uma capa de materialsintético que evita poeira e poças de águas pluviais.Mais de 730 expositores diretos e indiretos já confirmaram participação, em estandes quevariam de 12 a 5.400 m2. As nove maiores indústrias de tratores e colheitadeiras estarãopresentes, assim como dezenas de fabricantes de implementos agrícolas, de insumos,montadoras de caminhões e utilitários, aviação agrícola, prestadores de serviços, bancos,entidades de classe, instituições governamentais, mídia e outros. Durante o evento serãopromovidas dinâmicas e test-drive de pick-ups.Também foram reformulados e ampliados os estacionamentos, agora para comportar 8.200veículos, visando facilitar o ingresso e oferecer mais conforto e segurança aos esperados 140.000

visitantes e expositores e evitarcongestionamentos na rodovia eviadutos de acesso à feira.A AGRISHOW 2010 é umainiciativa da ABAG (AssociaçãoBrasileira de Agribusiness),ABIMAQ (Associação Brasileirada Indústria de Máquinas eEquipamentos), ANDA(Associação Nacional paraDifusão de Adubos) e SRB(Sociedade Rural Brasileira), e éorganizada e promovida pelaReed Exhibitions AlcantaraMachado.

-Noticias 15/4/10 10:42 Página 18

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A Marchesan Empresa instalada em Matão/SPA Marchesan, empresa instalada em Matão/SP, lançou naExpodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque/RS, a primeiraplataforma articulada do Brasil. Também como destaqueda empresa podem-se citar as semeadoras PST4 e PST4 flexpara plantio de plantio de milho, soja, feijão, amendoim,sorgo e algodão deslintado, as semeadoras ultra flex e

ultra flex suprema e por fim o Arado Subsolador Tatu, com desarme automático das hastes,modelo AST/MATIC 500 que é especialmente projetado para romper camadas compactadas emprofundidades de até 500 mm. A Marchesan S/A é uma das maiores empresas do setor deimplementos e máquinas agrícolas da América Latina.

A GreenHorse apresenta ao mercado uma linhade tratores na faixa de 18 a 75 cv de potência. Omenor modelo é o trator de rabiça Modelo DF18e outros quatro tratores de quatro rodas quesão: 204 (motor de 3 cilindros de 20 cv comTDA), 354 (motor de 3 cilindros de 35 cv comTDA), 454 (motor de 3 cilindros de 45 cv comTDA) e o 754 (motor de 4 cilindros de 75 cv comTDA).

A Semeato, empresa estabelecida em dePasso Fundo, RS, e que foi uma daspioneiras na fabricação de máquinaspara semeadura direta no Brasil,apresentou como destaque naExpodireto Cotrijal de Não-Me-Toque asemeadora de precisão SOL Tower quevem equipada com até 17 linhasespaçadas em 45 cm, permitindo oacoplamento em tandem de duassemeadoras e com várias opções demontagem dos sulcadores,considerando o tipo de cobertura, atextura do solo e tipo de cultura. Alémda tradicional linha de semeadoras aSemeato destacou-se também pelacolhedora Multi Crop 4100 e o tratorPower Six-280 que. A colhedora MultiCrop 4100, integralmente desenvolvidano país, é uma colhedora voltada apequenos e médios produtores,destacando-se por seu baixo custo deaquisição e manutenção, além dasimplicidade de operação. Já o tratorPower Six é um modelo de grande portecom 280 cv e tração 6 x 6, ideal paramédias e grandes propriedades.

A GreenHorseAo mercado uma linha detratores

A Semeato Empresa estabelecida emde Passo Fundo, RS

O Grupo MichelinPlanos para nova fábrica noBrasilDeverá triplicar a capacidade da marcafrancesa na região da América do Sul. Afábrica possivelmente seja instalada emResende, perto do Rio de Janeiro e, de acordocom os planos, vai começar a produzir pneus,em 2013. Mesmo assim é iminente queprovavelmente em 2011, se inicie a ampliaçãode um grupo de fábricas chinesas do Grupotransalpino, projeto para o qual têm sidodestinados aproximadamente US$ 800milhões.

-Noticias 15/4/10 10:42 Página 19

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AAGGRRIIWORLD20

NOTÍCIAS

Case IHInaugura novo ComplexoIndustrial em SorocabaFoi inaugurado ontem (terça-feira,02/03/2010), o novo complexo industrial daCNH na América Latina, localizado emSorocaba (SP). O evento de inauguraçãocontou com mais de 1 mil convidados,entre eles o presidente da república, Luis Inácio Lula da Silva, o governador de São Paulo, JoséSerra, e o presidente executivo mundial do Grupo Fiat, Sérgio Marchionne.Também estavam presentes no evento de inauguração o vice-presidente do Conselho Mundialde Administração do Grupo Fiat, John Elkann; o presidente mundial da CNH, HaroldBoyanovsky; o presidente do Grupo Fiat para a América Latina, C.Belini; o presidente da CNHpara a América Latina e vice-presidente do Grupo Fiat para a América Latina, ValentinoRizzioli; a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff; o ministro do Desenvolvimento, MiguelJorge; o chefe da secretaria Geral da Presidência da República, Luiz Dulci; o prefeito deSorocaba, Vitor Lippi, bem como demais dirigentes do Grupo Fiat mundiais e para a AméricaLatina; autoridades federais e locais; clientes, fornecedores e representantes da rede deconcessionários da América Latina.O empreendimento conta com uma fábrica e um moderno Centro de Distribuição e Logísticade Peças. A abertura do complexo irá gerar 2 mil empregos diretos e até 6 mil com osindiretos na região até 2012, quando a fábrica deve atingir sua capacidade plena.

O Complexo Industrial conta com uma área totalde 160 mil metros quadrados e sua capacidadede produção será de 8 mil unidades por ano. Nomesmo terreno também foi erguido um dosmaiores centros de distribuição de peças daAmérica Latina e um dos mais modernos domundo, com equipamentos de movimentação eembalagem de última geração e capacidade deestocagem de 180 mil itens.Os dois empreendimentos contam com o que háde mais moderno à disposição para fábricas ecentros de distribuição, como máquinas de cortea laser de chapas de aço de até 25mm, comalimentador automático, estações robotizadasde solda, transportadores aéreos para peças ecomponentes, além dos mais modernos sistemasde pintura, que são a pintura eletroforética porimersão e a pintura acrílica de baixatemperatura.O projeto consumirá cerca de R$ 1 bilhão, o quesignifica o maior investimento da indústria demáquinas no país. “Este é o mais importanteinvestimento já feito no Brasil por uma indústria

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deste setor. Não me refiro apenas à dimensão econômica do empreendimento. Refiro-me,sobretudo, aos 6 mil empregos que serão criados ao longo de dois anos”, afirmou SergioMarchionne, presidente executivo mundial do Grupo Fiat.O objetivo é ampliar a produção de máquinas agrícolas, que hoje é realizada em Curitiba (PR)e Piracicaba (SP), e ainda fabricar componentes para outras máquinas produzidas nas demaisunidades da empresa no Brasil. Desta fábrica, ainda serão produzidos equipamentos queabastecerão o mercado interno e que tambémserão exportados para a América Latina e mais de50 países nos outros continentes.De acordo com Marchionne, o setor agrícolabrasileiro tem assumido importância crescente nocenário internacional como um dos líderes mundiaisna produção de alimentos. “Já o setor da construçãotem um potencial devido ao estímulo representadopor dois grandes eventos que o Brasil sediará: aCopa do Mundo e os Jogos Olímpicos”, disse.Valentino Rizzioli, presidente da CNH e vice-presidente do Grupo Fiat para a América Latina,destacou os esforços do governo federal, estaduale municipal para a concretização do projeto emSorocaba. “É pela confiança que temos naeconomia e na competitividade do Brasil queestamos hoje comemorando este grande investimento”, declarou.A inauguração do complexo industrial de Sorocaba teve a presença do presidente Lula e dogovernador Serra. “A sensação ao inaugurar esta fábrica pode ser comparada ao nascimentode uma criança. Depois que ela nasce, temos que cuidar para que ela cresça, estude, tenhatrabalho. Com uma fábrica, é a mesma coisa: ela precisa se desenvolver, ser altamenteprodutiva, gerar empregos. O nosso papel (do governo federal) é trabalhar para fortalecer omercado interno e para aumentar as exportações, para garantir o desenvolvimento destacriança”, disse o presidente da República.Lula também afirmou que “o Brasil reúne condições de alimentar o mundo com o aumento daprodutividade da agricultura e, para isso, irá precisar das máquinas fabricadas em Sorocaba”. O presidente da República destacou, ainda, a visão empresarial do Grupo Fiat, que, de acordocom ele, “percebeu a seriedade da política e a solidez da economia brasileira e manteve seusinvestimentos no país, mesmo durante a crise do ano passado”.

O governador de São Paulo, JoséSerra, ressaltou o papelfundamental da indústria nodesenvolvimento do estado. Paraapoiar iniciativas como esta, ogoverno tem investido naformação de mão-de-obraqualificada, com a ampliação donúmero de vagas na Fatec –Faculdade de Tecnologia - deSorocaba e nas escolas técnicas.

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A Agrimec, lançou uma nova linha de produtos,voltada ao setor de produção animal,denominada Linha Fenação. Está sendoapresentado no mercado um ReboqueBasculante para Feno e o Recolhedor de FardosCilíndricos de Feno. O primeiro produto servepara o transporte de feno solto ou já fardado eo segundo recolhe, carrega e transporta fardoscilíndricos de feno, sem a necessidade de uso demão de obra suplementar, automatizando oprocesso. A AGRIMEC AGRO INDUSTRIAL EMECÂNICA LTDA é uma empresa brasileira,fundada em 1974 que atua no mercadoagrícola, principalmente na produção ecomercialização de equipamentos para alavoura arrozeira. Recentemente iniciou aprodução de implementos para a lavoura decana-de-açúcar e outras culturas.

A Agrimec Lançou uma nova linha deprodutos

A Stara, empresa instalada em Não-Me-Toque/RS, que atua no mercadode equipamentos para agricultura deprecisão principalmenteequipamentos para aplicações a taxavariável, introduz em sua linhaalguns novos produtos. O primeiro éa carreta agrícola Reboke Ninja16.000 capaz de descarregar 200sacos de soja por minuto e informar opeso de grão no graneleiro por meiode células de carga. O segundo é odistribuidor autopropelido Hércules5.0 com grande autonomia de cargae distribuição e que permite ainstalação do kit de aplicação deinsumos à taxa variável. Também aempresa iniciou a comercialização doSistema de Correção Diferencial emTempo Real RTK X para agriculturade precisão que possibilita o uso deagricultura de precisão, sempagamento de anuidade, paraprecisão de 2 a 6 cm. Outros novosprodutos que também fazem partedo portfólio da empresa são o DGPSe o piloto automático.

A Tramontini possui Uma linha de microtratores

A Tramontini possui uma linha de microtratorese tratores de rabiça de 12 a 18CV compossibilidade de acoplamento de diferentesimplementos como a enxada rotativa, oencanteirador, a roçadeira, a semeadora eoutros implementos, principalmente voltadospara a agricultura familiar. O destaque é oTrator Transportador Agrícola modelo TTA18que apresenta sistema de partida elétrica,direção hidrostática, tração nas quatro rodasTDA, freio a disco e motor de 18 cv. Outrosmodelos de tratores de quatro rodas são oT3230-4, com motor de 3 cilindros e 32 cv comTDA, o T3230-4 Série Brasil, também de 32 cvcom comando hidráulico opcional e o T5045-4Série Brasil, com motor de 4 cilindros de 50 CVcom TDA e comando hidráulico. Estes tratoresestão todos na oferta do Programa MaisAlimentos do Governo Federal.

A StaraEmpresa instalada emNão-Me-Toque/RS

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Trelleborg Wheel Systems-Grupo Agco Acordo de colaboração em longo prazoEste acordo implica um compromisso conjunto destas empresas na pesquisa edesenvolvimento de novas soluções inovadoras, antecipando soluções para as necessidades daagricultura moderna, objetivo possível pelo compartilhamento de ferramentas e metodologiasoperacionais, que se desenvolveram em ambasas empresas nos últimos anos. A Trelleborg e oGrupo AGCO já tinham começado a suacolaboração desde o primeiro semestre de 2000,uma sinergia que foi consolidada graças aocrescimento esperado das marcas, em seusrespectivos mercados e, pelo sucesso dosprojetos em que as empresas têm em conjunto.A empresa sueca vai continuar a equipar osmodelos que são produzidos por marcas doGrupo AGCO, como Challenger, Fendt, MasseyFerguson e Valtra, promovendo odesenvolvimento paralelo de novas soluções,para aumentar a capacidade produtiva dasmáquinas, sem que isto afete negativamente naquantidade do seu corpo de funcionários.

Jacto60 anos no mercadoHá mais de 60 anos no mercado, a Jacto possui diversos tipos de máquinas e implementos queatendem do pequeno ao grande agricultor. A empresa foi uma das pioneiras na produção depulverizadores autopropelidos no Brasil. A linha de pulverizadores Uniport já é consagrada no país e este ano as máquinas ganharamnovos elementos que auxiliam o produtor na execução de trabalhos a campo. Exemplo disso é omodelo Uniport 2000 Plus que recebe nova cabine de fibra de vidro oferecendo maior confortoao operador, novo sistema de iluminação facilitando o trabalho noturno, controlador depulverização, circuito de pulverização com fechamento automático de seções, porta bicoquádruplo, esse modelo também vem preparado para receber equipamentos de agricultura deprecisão. Outro modelo que ganha destaque na família Uniport é o 2500 Star que também passou poralterações visando melhorar seu desempenho que já era satisfatório. Entre as alterações esta onovo diferencial (Dana Power Loc 80) mais robusto, outro ponto forte do modelo é o motorCummins 4BTAA de 140 CV, com maior reserva de torque e menor nível de emissão de poluentes(Tier II) este motor também está homologado para funcionamento com até 20% de biodiesel(B20). Tanto o modelo 2000 Plus quanto o modelo Star 2500 vem equipados com arcondicionado, desenvolvido para o uso agrícola e também estão dentro dos padrõesestabelecidos pela NR-31 proporcionando maior segurança ao operador.

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Trelleborg Wheel Systems-New HollandAgriculture Associação para a inovação e omarketing Os pneus Trelleborg equiparão com exclusividade dois modelos detractores New Holland de edição especial Blue Power: o T7070AutoCommand™ e o T7060 PowerCommand™. A New Hollandlançou o Blue Power para celebrar o prestigiado prêmio Tractor ofthe Year ® em 2010, junto com o Golden Tractor for Design(prêmio Trator de Ouro para o Projeto) repetindo os mesmosprêmios obtidos em 2008. A New Holland escolheu a Trelleborgcomo seu sócio para os tratores Blue Power pelos seus excelentesconhecimentos sobre o setor agrícola, sua capacidade paraassegurar uma assistência técnica profissional e por sua forma criativa de comunicação. O acordo de colaboração entre Trelleborg y New Holland Agriculture significa um passoadiante entre duas companhias comprometidas em cooperar no campo da inovação e domarketing de produtos para benefício de seus clientes. O propósito de se associar é oferecerao cliente soluções avançadas, concebidas para maximizar a produtividade, garantindo umautilização fácil e muito cômoda. Os tratores Blue Power T7070 AutoCommand™ e T7060PowerCommand™ vem equipados com pneus Trelleborg TM800, TM900HP e TM700. Essesprodutos permitem transferir toda a força dos tratores para o solo sem danificar a terra egarantindo a comodidade e a segurança na condução. “Focado nas necessidades da agricultura moderna e nas vantagens para seus clientes eusuários, a Trelleborg acredita firmemente na cooperação entre os líderes do setor daagricultura em todos os campos de atividades, desde o desenvolvimento e a pesquisa até oMarketing”, disse Lorenzo Ciferri, Diretor de Marketing da seção de agricultura de Trelleborg.A colaboração entre Trelleborg e New Holland Agriculture será favorecida nos próximos mesescom uma campanha de publicidade conjunta.Como indica Ciferri: “Como comprovamos no passado, a associação de duas marcas é um doscaminhos mais efetivos para comunicar nossa condição de especialistas; esse é o motivo peloqual investimos, e seguiremos investindo, em atividades conjuntas de comunicação com osprincipais fabricantes de máquinas agrícolas”.

As origens de Trelleborg Wheel System e Trelleborg GroupTrelleborg Wheel Systems é um provedor líder a nível mundial de pneus e rodas completas paramaquinaria florestal e de agricultura, carretilhas elevadoras e outros equipamentos para amanipulação de materiais. A empresa proporciona soluções sumamente especializadas com afinalidade de criar um valor agregado para seus clientes. Em 2009 teve um volume de vendasanual de 281 milhões de euros, conta com 1.829 empregados e 5 fábricas ao redor do mundo. Trelleborg é um grupo industrial de alcance mundial com uma posição de líder no mercadograças a sua avançada tecnologia em polímeros e a profunda aplicação de seu saber fazer.Trelleborg desenvolve soluções de elevado rendimento que fecham, umedecem e protegemem ambientes industriais exigentes. O Trelleborg Group teve em 2008 um volume de vendasde aproximadamente 27 bilhões de coroas suecas e conta com uns 20.000 trabalhadoresrepartidos em 40 países. O grupo compreende quatro áreas comerciais: Trelleborg EngineeredSystems (sistemas de engenharia), Trelleborg Automotive (automação), Trelleborg SealingSolutions (soluções de vedação) e Trelleborg Wheel Systems (sistemas de rodas).

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Nomeação de JoaquínFernández Gerente Industrialda Fábrica de Montenegro,Brasil Dave Rodger, Diretor Geral da John anunciou anomeação de Joaquín Fernández como GerenteIndustrial da Fábrica de Tratores da John Deereem Montenegro, RS, Brasil, em substituição aEdison Drescher. Como diretor industrial Joaquín seráresponsável pela Unidade fabril, comresponsabilidade por todas as operações defábrica e organização das equipes locais. A JohnDeere deposita neste empreendimento e nosenhor Joaquín os seus planos de alcançar aliderança na área de tratores na América do Sul.O novo gerente é graduado em Engenhariapela Universidade Politécnica de Madrid, epossui MBA pelo IESE, da Universidade deNavarra, Espanha. Joaquín iniciou na JohnDeere Iberica, em 1991 e tornou-se gerentegeral da fábrica em Getafe, na Espanha, em2002. Neste posição Joaquín demonstrouexcelente capacidade de liderança com foco nocliente, melhoria de processos, relaçõestrabalhistas e redução de custos. Suacomprovada experiência e liderança também oqualificam para este novo e importante projetointernacional.

Abre primeiras turmas doPrograma RenovaçãoPor meio do projeto de requalificaçãoprofissional da Unica (União daIndústria da Cana-de-Açúcar), trêsturmas começaram os treinamentos emRibeirão Preto, Presidente Prudente eAraçatuba.Cerca de 60 alunos inscritos noprograma RenovAção de requalificaçãoprofissional começaram a ser treinadosnas oficinas da John Deere instaladasnas sedes do Senai (Serviço Nacional deAprendizagem Industrial) em RibeirãoPreto, Presidente Prudente e Araçatuba.O projeto é uma iniciativa da Unica(União Internacional da Indústria daCana-de-Açúcar) e da Feraesp(Federação dos Empregados RuraisAssalariados do Estado de São Paulo),entre as empresas apoiadoras desseimportante projeto de responsabilidadesocial está a John Deere e o próprioSenai. ”O programa tem uma atuação deresponsabilidade social muitoimportante porque, além de contarcom alunos já empregados nas usinaspaulistas, tem pessoas atualmentedesempregadas, que buscamqualificação profissional econhecimento sobre as novastecnologias agrícolas”, ressalta DarciTeixeira, supervisor de Treinamento daJohn Deere para o Brasil. Ele explicaque a empresa também irá capacitar osinstrutores do Senai. “Colocaremos àdisposição as máquinas eequipamentos do nosso Centro deTreinamento de Ribeirão Preto e dosconcessionários do Estado de SãoPaulo”, afirma.

John Deere

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Soluções emGerenciamento Agrícola O monitor GreenStar2 1800 é o novolançamento do sistema AMS -Soluções em Gerenciamento Agrícola,que reúne os produtos da John Deerevoltados para a agricultura deprecisão. Ele tem tela colorida de 18cm e entre suas vantagens estão atransmissão de dados por porta USB ea tecnologia ISOBUS, capaz dereconhecer controladores de outrasmarcas utilizando o monitor comointerface. O estande apresenta aindadois produtos da Auteq, empresacom a qual a John Deere fez umajoint venture em 2009. O monitor deplantio MPA 2500 melhora aqualidade do plantio ao evitar falhase o computador de bordo CBA 3100monitora a operação de máquinasagrícolas, com o objetivo degerenciar melhor a frota e reduzircustos operacionais. As novidades doestande completam-se com os gators,veículos utilitários para o transportede pequenas cargas dentro dafazenda, com dois modelos degrande versatilidade, o TH 6x4 e oXUV 850 D 4x4. O estande terá a presença defuncionários do Consórcio NacionalJohn Deere, preparados paraapresentar as vantagens dessaferramenta que facilita oplanejamento para a aquisição deequipamentos. Noveconcessionários estão presentes efuncionários do Banco John Deere eoutros bancos vão oferecerinformações sobre as linhas decrédito disponíveis.

A TitanModelo para mercados de arroze cana-de-açúcarÉ a empresa que produz e comercializa os pneusagrícolas da Goodyear na América e apresentourecentemente um novo modelo, especificamenteprojetado e construído para atender asnecessidades específicas dos mercados de arroz ecana-de-açúcar. O modelo "Td 8 Radial R-2" é onovo pneu disponível na dimensão 480/80 R50,capaz de aumentar o potencial produtivo nestessegmentos de mercado, superando a atuallimitação de operação, provocadas pelos pneusconvencionais de 46 polegadas, que impedem oplantio de arroz e cana-de-açúcar emespaçamentos de 30 centímetros de distância entreas linhas. Isto deve diminuir perda de áreaplantada das culturas, benefício que irácomplementar-se com o aumento da capacidadede tração sobre o terreno encharcado e as altasqualidades de flutuabilidade, garantida pelosnovos Goodyear Radial R 8 Td-2.

A MTSPrograma de parceriaÉ a maior fabricante mundial de transdutores,lançou um programa de parceria com os principaisfabricantes de cilindros hidráulicos no mundo. Oobjetivo desta iniciativa consiste em combinar osprodutos de alta tecnologia de medição oferecidospela MTS, com o know-how dos fabricantes decilindros, de modo a garantir aos seus clientes, umasolução completa com as melhores condiçõeseconômicas. Esta colaboração poderá beneficiar, emparticular, os fabricantes de máquinas eequipamentos agrícolas mundiais de modo a reduziro tempo de projeto e, ao mesmo tempo, obtercilindros com sensores integrados, otimizados emtermos de qualidade e custo. Tudo está estruturadocom base em sensores de posição “Temposonics”,projetados e fabricados por mais de 30 anos pelaMTS e transdutores especificamente concebidos pelaempresa alemã, para aplicações dentro dos cilindros.

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MAPAProdução de biocombustíveisO Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimentoestende sua ação em apoio aos países emdesenvolvimento que tenham interesse e condições paraa produção de biocombustíveis. Em forma de cooperaçãointernacional, o Brasil tenta apoiar a produção e autilização de combustíveis baseados em fontesenergéticas renováveis. A principal forma de apoio é aorganização de eventos e a participação em congressos eseminários, onde é possível contar a experiênciabrasileira e fomentar a organização de estruturas deprodução e consumo destes combustíveis. O propósito écriar uma rede de parceiros e fomentar a utilização,principalmente do etanol, com o objetivo final demelhoria das condições do meio ambiente e diminuiçãodo consumo de combustíveis derivados do petróleo.

ContranRegistro de tratores e máquinasA Deliberação n.o 93 de 29 de março de 2010, doConselho Nacional de Trânsito (Contran) decidesuspender, por tempo indeterminado, a Resolução nº281/2008, que obrigava o registro e o emplacamento detratores e máquinas agrícolas. Embora esta medida deregistro e emplacamento de máquinas tenha sidoconsiderada um avanço técnico, ela recebeu uma forteoposição de parte dos agricultores, em função dasdificuldades que geraria, principalmente por atingir demaneira indiscriminada toda a classe e idade demáquina e a dificuldade que seria a sua implementação.Muitos agricultores aprovaram a idéia, mas referiramdificuldades com relação às máquinas usadas, das quais,uma boa parte dos agricultores não possuemdocumentação de compra. Quanto à exigência dehabilitação tipo C, para operadores de máquinas,exigido no Código de Trânsito Brasileiro (CTB) háconsenso de que é positiva. A deliberação n.o 93 nãoaltera a resolução do Contran, neste aspecto e continuaa obrigar este requisito para tráfego das máquinasagrícolas nas rodovias, liberando desta obrigaçãoaqueles operadores que se mantém dentro dos limitesda empresa rural.

A DuPont™AgroquímicosrevolucionáriosDestaca a chegada recente aomercado brasileiro, dosagroquímicos Prêmio® eAltacor™, que conforme aempresa são sustentáveis erevolucionários, aplicados embaixas doses e altamenteeficientes no controle deinsetos-pragas. Trata-se de doisagroquímicos de últimageração, que chegaram aomercado no final do anopassado. Altacor™ assim comoPremio® são os primeiros deuma nova classe química, etrazem em suas composições amolécula Rynaxypyr®. Altacor™controla os principais insetos-praga das lavouras de cana-de-açúcar, café, maçã, arroz epêssego. A reputação deliderança da DuPont nomercado agrícola brasileirocomeçou a ser construída nadécada de 30, quando aempresa chegou ao Brasil.Menos de 20 anos depois, davaseus primeiros passos em nossosolo rural. Atua no mercadoagrícola brasileiro,principalmente na produção ecomercialização deagroquímicos para diversasculturas.

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A Kuhn do BrasilNova semeadoraEmpresa de máquinas e implementosagrícolas de destaque no cenáriomundial, lançou a nova semeadoramúltipla SDM 2217 que pode serutilizada para semeadura de grãos finosou grossos. Esta semeadora estáconfigurada com chassi monobloco,reservatórios duplos em fibra de vidro,rodados articulados, linhas de plantiopantográficas, e sulcador de sementescom discos duplos defasados. Tambémsão destaques na linha de novosprodutos as semeadoras SDM 2219/27AD, especialmente configurada para ocultivo de arroz adensado e sobretaipas, e a SDM 2219/21 comconfiguração similar a SDM 2217, porémcom maior largura de trabalho.

A Embrapa Soja e a Fundação Meridional Novas cultivares de sojaDestacaram o lançamento de duas novascultivares de soja BRS 294RR e BRS 295RR, quetem como grande diferencial a resistência aoherbicida glifosato (gene RR) e o ciclo dematuração precoce. A precocidade possibilita osegundo cultivo de verão (milho tipo safrinha) e oescalonamento de culturas, colaborando para aotimização no uso de máquinas, sendo que asemeadura antecipada também proporciona umamaior facilidade no manejo da ferrugem asiáticada soja. Associado ao alto potencial produtivo, aBRS 294RR possui resistência à podridão parda dahaste e apresenta melhor desempenho emregiões altas. Já a cultivar BRS 295RR apresentaboa sanidade de raiz e resistência ao nematóidede cisto, apresentando melhor desempenho emregiões baixas, com altitudes abaixo de 700 m.

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Três competidores se unempara exportar equipamentosde plantio direto no MéxicoAs empresas argentinas Crucianelli(Armstrong), Apache (Las Parejas) e VHB(Oncativo, Córdoba), chegaram a um acordoestratégico para projetar, fabricar e exportarequipamentos de plantio direto que possamcompetir com as semeadoras convencionaisno mercado mexicano. Neste país, asunidades de produção agrícola requeremmáquinas de menor tamanho, do que as quese fabricam para os produtores na Argentina.O projeto se denomina “315” e se baseia nodesenvolvimento de uma semeadora com umalargura de trabalho de 3,15 metros e umamenor quantidade de sulcadores, apta parasolos com desníveis como os do México. Essesequipamentos também têm a contribuiçãotecnológica da firma Verium, que se dedica aoequipamento de dosificação variável. Essas semeadoras tiveram muito êxito naVenezuela, onde se chegou a exportar 120unidades entre os anos de 2006 e 2008, mas,como o mercado mexicano tem muitopreferência pelo sistema tradicional de cultivo,a aliança estratégica considerou que parapoder inserir-se neste mercado era necessárioprovocar uma mudança importante. Durante a exposição de maquinaria agrícolacelebrada em fevereiro em Sinaloa, asempresas estabeleceram contato com aempresa mexicana Nutrive S.A, integrante doGrupo SACSA e distribuidora de fertilizanteslíquidos, para que fosse seu distribuidorcomercial no país. O primeiro embarque das duas primeirassemeadoras produzidas a partir da uniãoestratégica já aconteceu. Partiu para oMéxico um container com uma semeadora315 com 6 sulcadores de 52,5 cm da Apachee outra de 12 sulcadores com 76 cm da firmaCrucianelli.

Argentina

A Argentina e o Brasilanalisam sua integraçãoprodutiva em oito setoresA segunda reunião de integraçãoprodutiva entre a Argentina e o Brasil,celebrada no final do mês de março nasede do Ministério do Desenvolvimento,Indústria e Comércio Exterior de Brasília,uniu oito setores industriais dos doispaíses, que estão trabalhando paradesenvolver projetos conjuntos. Esses oitosetores foram definidos durante a primeirareunião, que aconteceu em Buenos Airesem 18 e 19 de fevereiro. Este segundo encontro coincidiu com asreuniões da Comissão de Monitoramentodo Comércio e do Comitê Autônomo, queperiodicamente analisam o estado dasrelações comerciais bilaterais. A Argentina e o Brasil determinaram duascategorias de setores para integrar: osestratégicos, que incluem o petróleo e ogás, auto-peças, aeronáutica e maquinariaagrícola, e os sensíveis, entre os quais seencontram os de madeira e móveis, linhabranca (geladeiras, fogões e lavadoras deroupas), vinhos e lácteos. Segundo o acordo da reunião ministerial, aministra de Indústria e Turismo daArgentina, Débora Giorgi, e o ministro daIndústria do Brasil, Miguel Jorge, aintegração produtiva é una necessidade edeve-se acelerar e aprofundar o trabalhoconjunto.

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Cresce na Argentina ointercâmbio comercial debens e serviçosAs exportações argentinas tanto de produtoscomo de serviços foram favorecidas, à medidaque avançam os meses, com o consumointerno brasileiro em alta, o crescimentochinês e de outras economias emergentes daÁsia, as tarefas de reconstrução no Chile e amelhora das economias da Colômbia, Peru eUruguai. A Argentina espera uma colheita recorde desoja (53 milhões de toneladas) e uma muitoboa de milho (24 milhões) levando em contaa redução da área plantada, pelo que, emtermos de valor, assegura 35% do total desuas exportações anuais. Em relação ao intercâmbio comercial deveículos com o Brasil, seu ritmo é maior, secomparado com o do ano de 2009, jáelevado, mantendo uma participaçãoaproximada de 20 % de carros importados nototal das matrículas do Brasil. Se o ritmo atualfor mantido, a rubrica de exportação materialde transporte – que inclui também auto-peças - superará os 7.100 milhões de dólares,o que representa mais de 11 % do estimadopara todo ano de 2010. A exportação de minerais como o cobre eouro também está em expansão naArgentina. Além de crescer em volume tem aseu favor o aumento dos preços, pelo que seespera que durante o ano se alcance umacifra de embarque de 4.000 milhões dedólares. O setor dos combustíveis também melhorou,impulsionado pelo biodiesel, assim como o deequipamentos industriais, onde as máquinasagrícolas conseguiram um excelenteposicionamento, produtos químicos epetroquímicos. Esses dados fazem prever quenesse ano se alcançarão os 64/65.000 milhõesde dólares em exportações.❏

As empresas argentinas dãopreferência para o BrasilO grupo Los Grobo, uma das maioresempresas de plantio da Argentina,unificou suas operações no Brasil, com afusão das firmas Ceagro e Los Grobo doBrasil. Segundo a publicação do jornal La Nación,antes do processo ser realizado 65% daCeagro era propriedade do empresáriobrasileiro Paulo Fachim e 35% do GrupoLos Grobo. Após a operação, na qual nãohouve investimento adicional de capital, aempresa argentina ficou como principalacionista, com uma porcentagem de 60%,enquanto que Fachim dispõe de 40%. O resultado da fusão é a criação daCeagro/Grupo Los Grobo, empresa com aqual o Grupo pretende conseguir “umtamanho maior e um melhoralinhamento”.Segundo estimativas da companhiaargentina, em matéria de plantio aempresa vai trabalhar este ano 80 000hectares no Brasil, enquanto que até asafra passada plantava uns 50.000hectares. Além disso, prevê faturar 350milhões de dólares no Brasil e produzir800.000 toneladas de grãos. Atualmente,sua capacidade de armazenagem é de600.000 toneladas e emprega umas 400pessoas. Além disto, Los Grobo dispõe deum moinho de farinha no Brasil, pelo qualpassam umas 60.000 toneladas por ano.

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INANÇASF

Alta de custos de insumos de siderúrgicasAs siderúrgicas europeias podem sobreviver a uma alta no custo do minério deferro por ora, contando com repasse dos aumentos dos preços de matéria-primapara os clientes que estão recompondo estoques. Mas o problema maior dosaumentos de custos com minério de ferro, carvão coque e sucata vai ser sentidono terceiro trimestre, quando analistas preveem uma possível queda no movimentode reconstituição de estoques conjugada com demanda do usuário final aindalenta.A indústria siderúrgica europeia pediu para autoridades mundiais analisarem o quechamam de competição desleal, refletida por preços de minério de ferro quase duasvezes maiores este ano e por uma mudança no sistema anual de estabelecimento depreços. Mas analistas acreditam que as siderúrgicas têm margem suficiente paraabsorver esses aumentos de custos com matérias-primas, pelo menos até o final de2010, quando afirmam que as margens vão se retrair. Por enquanto, as usinas estãopromovendo aumentos consecutivos de preços de aço, o que significa que até agoraelas estão se sentindo confortáveis em repassar os custos.ArcelorMittal, ThyssenKrupp e Voestalpine anunciaram vários aumentos de preços nosúltimos seis meses, impulsionando o preço médio da bobina a quente na Europa paraUS$ 680 ante US$ 561 a tonelada no último trimestre de 2009.A ArcelorMittal, maior grupo siderúrgico do mundo, é uma das preferidas dosanalistas por ser um dos grupos mundiais mais auto-suficientes em minério de ferro,produzindo 59% de suas necessidades no quarto trimestre do ano passado. “Ospreços praticados no segundo trimestre devem gerar expansão de margens devido àcompra de matérias-primas sob o contrato anual enquanto os preços têm sidorelativamente fortes”.A Vale, a maior produtora mundial de minério de ferro, fechou um acordo com usinasjaponesas, que irão pagar 90% a mais pela commodity ante o atual sistema depreços. A sul-coreana Posco, quarta maior produtora mundial de aço, concordou empagar US$ 200 por tonelada de carvão coque duro importado de abril a junho, o quereflete uma alta de 55% ante os preços estabelecidos no ano passado.Uma possível desaceleração na demanda, que diversos analistas antecipam emdecorrência da reposição de estoques pode deixar as produtoras de aço em umaposição vulnerável.(http://www.brasileconomico.com.br)

Unidade para novas energias do petroleira RepsolRepsol anunciou a criação de uma unidade de negócios para novas energias que buscaráoportunidades nos setores de bioenergia, renováveis ou redução de emissões de carbono. O grupo petrolífero espanhol disse em comunicado: “A nova unidade de negócios tem oobjetivo de impulsionar e dar sentido de negócio a novas iniciativas que contribuam para avisão de um futuro da energia mais diversificado e menos intensivo em relação a emissõesde CO2”.

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Fusão British Airways-Iberia…O negócio estava previsto desde novembro do anopassado, para criar um dos principais grupos europeusdo setor. O acordo segue o protocolo assinado em 12 denovembro, segundo um comunicado divulgado pelasduas empresas.A operação ainda precisa ser aprovada pelos acionistasdos dois grupos, que têm assembleias gerais previstas paranovembro. O novo grupo terá voos para 200 destinos ecapacidade para transportar 58 milhões de passageiros porano. A aliança deve economizar ? 400 milhões (US$ 533milhões) a partir do quinto ano de operações.

… e US Airways-United Airlines?As companhias aéreas US Airways e United Airlines, daUAL, estão em negociações avançadas de fusão. Umeventual acordo resultaria na criação de uma dasmaiores linhas aéreas do mundo. Segundo um alertapublicado no site do jornal New York Times, a USAirways teria o papel de compradora, embora isso nãotenha sido mencionado na reportagem. Em fevereiro,executivos das duas aéreas afirmaram que estariamabertos a uma fusão, e que o setor precisa deconsolidações para voltar à lucratividade.

AliançaRenault, Nissane DaimlerA francesa Renault, asócia japonesa Nissan e aalemã Daimleranunciaram uma aliançaque inclui troca de ações,assim como odesenvolvimentoconjunto de modelos e ouso de motores emcomum. A aliança prevêque a Daimler entre comuma participação de3,1% no capital daRenault e de 3,1% naNissan. Estas duasempresas receberãoparticipações iguais de1,55% da montadoraalemã, informa umcomunicado das trêscompanhias divulgado naBolsa de Tóquio.Os três gruposdesenvolverão ainda emconjunto e devemcompartilhar o uso dosmotores (a gasolina ediesel) da aliança Renault-Nissan nos futurosmodelos Smart e Twingo.Os motores serãoadaptados para o uso nosMercedes-Benz, com oobjetivo de equipar umanova geração de veículoscompactos de luxo.As três empresas esperamobter US$ 5,3 bilhões nospróximos cinco anoscomo fruto da aliança,anunciaram ospresidentes dasmontadoras em Bruxelas.

Brasil critica protecionismoO presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou o fim dossubsídios agrícolas dos países ricos e disse se opor à posturade países que pregam o livre comércio, mas praticam oprotecionismo. “Esse é o propósito de nossa disputa naOMC (Organização Mundial do Comércio). Na luta por umregime multilateral de comércio mais justo e equitativo éfundamental abolir os subsídios distorsivos dos países ricos”,afirmou Lula durante almoço no Itamaraty com o presidentedo Mali, Amadou Toumani Touré. “Somente assim teremosêxito em fazer das negociações de Doha uma verdadeirarodada do desenvolvimento”, disse Lula. Mali é um dos países produtores de algodão da África quepodem se beneficiar indiretamente das mudanças que osEstados Unidos estão sendo forçados a fazer em suaspolíticas de subsídio aos produtores norte-americanos dealgodão. Algumas das políticas de apoio ao setor dealgodão dos EUA foram condenadas pela OMC em umprocesso iniciado pelo governo brasileiro.

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Oano de 2009 foi, parao Brasil, em baixa emmuitos aspectos. De

um lado, políticas do gover-no, de outro, altos e baixos domercado influenciados pelospreços dos cultivos e pelo in-

centivo do governo federal pa-ra a aquisição de máquinasagrícolas. Como você defini-ria o ano passado?

O ano terminou bem, ape-sar de que a falta de créditoe a incerteza, criada pela cri-

ENTREVISTA

Fábio PiltcherDiretor de Marketing do Grupo AGCO do Brasil

MASSEY FERGUSON CONFIA PLENAMENTE NAIDONEIDADE DO SEU PRODUTO PARA OMERCADO BRASILEIRO. SUA GAMA OFERECEDESDE PRODUTOS BÁSICOS, ADEQUADOS PARAO PROFISSIONAL QUE COMEÇA A MECANIZARSUA PRODUÇÃO, ATÉ PRODUTOS SOFISTICADOS,QUE SATISFAZEM O CLIENTE MAIS EXIGENTE.

se financeira mundial afetounegativamente o nosso negó-cio. O programa governamen-tal para pequenos produtores,iniciado em 2008, tomou suacurva ascendente na primeiraparte do ano e, de alguma for-ma, permitiu que se mantives-sem as vendas de tratores agrí-colas no Brasil. Ainda que to-dos os segmentos ajudassemem algo, 51% das vendas de2009 correspondem aos trato-res de 75 cv, incentivados pe-lo programa do governo. Nasegunda metade do ano, o go-verno anunciou a introduçãodo PSI, Programa de Susten-tação de Investimento, com

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uma taxa de juros adequadaàs necessidades do mercado.Isso impulsionou novamenteo mercado, em todos os seussegmentos. Por isso, na áreade tratores, em 2009, pode-seconsiderar o melhor ano dosúltimos trinta. A indústria fe-chou em cerca de 45.000 uni-dades de tratores. No entan-to, apesar do elevado volu-me de venda, a arrecadaçãodiminuiu já que a base totalde preços caiu com o progra-

ma. Em colheitadeiras, o mer-cado seguiu a perspectiva dequeda de toda a América doSul, não somente por ser umbem de valor agregado bas-tante mais elevado, e sim pe-la falta de crédito. Apesar detudo isso, para Massey Fer-guson foi um ano positivo, por-que seguimos investindo nodesenvolvimento de novosprodutos, apesar da crise. NoBrasil, o produtor tem muitoclaro que é necessário inves-tir em mecanização, é neces-sário, mas as condições pre-cisam ser adequadas para queisso possa ocorrer, por exem-plo, com o programa gover-namental e com juros de 4,5%.

Como está ajudando a su-perar a crise econômica o fa-to de poder contar com AG-CO Finance? Que importân-cia tem AGCO Finance nestecontexto?

AGCO Finance tem umarelação muito próxima à redede concessionários MasseyFerguson. Oferece um serviçode alta qualidade e muito ágil,fator fundamental em um pro-cesso complexo de financia-mento. AGCO Finance tem

uma penetração extremamen-te significativa nas nossas ven-das e é uma vantagem com-petitiva no financiamento demaquinaria agrícola.

Tem sentido incentivarprodutos tecnologicamenteavançados de uma parte poroutra que o governo promo-va produtos mais básicos compreços finais muito similares?

Sim, Os dois movimentosdestacados não são excluden-tes. Acredito que haja con-corrência, embora esteja de-finido o preço, já que o pro-dutor tem a possibilidade deescolher o que mais é conve-niente para ele: a pós venda

que mais lhe interessa e a re-lação que quer com uma mar-ca e a rede de distribuição.O governo e a indústria fize-ram um esforço importante,com programa “Mais alimen-tos” para incentivar a mecani-zação agrícola dos pequenosprodutores, tentando aumen-tar a produtividade. Muitosainda não tinham tratores e,talvez uma parte mais impor-tante os tivesse, mas estavammuito velhos. Vejo o progra-

ma como um impulso impor-tante. Com respeito à tecno-logia avançada, os produtoresbuscam alta produtividade,menores custos de manu-tenção e melhor e maior con-trole das atividades. Isto é umatendência inabalável e que aoé contraditória ao desenvolvi-mento de uma mecanizaçãomais simples em segmentosespecíficos.

A filosofia da Massey Fer-guson sempre foi ter um pro-duto de tecnologia adequadaa um nível de preço e de mer-cado. A ação do ano de 2009,com o Plano “Mais alimentos”do governo trouxe benefícios

“Nosso produto é robusto,de fácil manutenção, custobaixo e de altíssimo valor”

-Entrevista Pilschner 14/4/10 14:25 Página 35

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para que vocês pudessem au-mentar a penetração?

Na Massey Ferguson ofe-recemos ao mercado a tecno-logia adequada às suas neces-sidades. Nosso produto é ro-busto, de fácil manutenção,baixo custo e de altíssimo va-lor. Comprar um Massey Fer-guson é um bom negócio por-que, depois de dez anos, se-gue valendo muito. O progra-ma trouxe a oportunidade deavançar em termos de lide-rança de mercado. No Progra-

ma tivemos uma participaçãode 34%, um pouco acima denossa participação geral demercado, que está em 31%. Apenetração da Massey Fergu-son no programa se deve anossa proximidade com o pro-dutor, um pós-venda efetivo,um produto de qualidade e aconfiança e relações conquis-tadas ao logo de quase 50 anostrabalhando junto ao produ-tor. Além disto, Massey Fergu-son oferece uma nova série detratores de 140 a 180 cv e ago-ra estamos lançando tratoresde 150 a 215 cv com a trans-missão Dyna 6, seguramenteos tratores mais modernos pro-duzidos no Brasil na atualida-de. Investimos em colheitadei-ras axiais. Temos como clien-

tes tanto a grandes proprietá-rios (com frotas de colheita-deiras e tratores de altas espe-cificações), como a produto-res de pequeno tamanho cu-jo sonho é ter um Massey. Es-tamos apontando para a altatecnologia, mas também aopequeno produtor.

Analisando os dois últi-mos anos percebem-se mu-danças fortes no cenárioeconômico brasileiro. Qual ainfluencia dessas oscilações e

dificuldades dos últimos tem-pos na estratégia da MasseyFerguson para o mercado bra-sileiro?

A Massey Ferguson temuma trajetória de liderançaabsoluta por mais de meioséculo no mercado de tra-tores brasileiro, para isso énecessário habilidade deentender oscilações e bus-car as mudanças necessá-rias rapidamente, de formaadequada ao momento ecom visão de longo prazo.Nesses dois últimos anosrenovamos toda a nossalinha de tratores, em janei-ro de 2009 lançamos a sé-rie 7100 (140 a 180cv),após em janeiro de 2010introduzimos a série 7000

Dyna-6 (150 a 215cv) comtransmissão automática e ago-ra no Agrishow 2010 mostra-mos a nova séire 4200 (65 a130cv). Com um investimen-to dessa magnitude a nossa po-sição esta clara: acreditamosna agricultura e disponibiliza-mos as ferramentas mais ade-quadas para nosso cliente, dotrator mais vendido até o maismoderno produzido no Brasil.

A realidade do mercadoeuropeu está obrigando a dei-xar fora avanços de eletrôni-ca que não se empregavame custavam muito, como cai-xas de câmbio muito sofisti-cadas, etc. O que ocorre nes-ses outros mercados, teorica-mente mais avançados, po-de servir de exemplo ao Bra-sil?

É importante estar atuali-zado do que ocorre no mer-cado europeu e norte-ameri-cano, mas em vários aspectosestamos próximos ou distan-tes destas realidades. O Brasilsegue crescendo seu agrone-

ENTREVISTA

A Massey Ferguson tem uma trajetória de

liderança absoluta por mais de meio

século no mercado de tratores brasileiro

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gócio e há espaço e demandapara máquinas agrícolas de al-ta tecnologia que agreguemvalor real ao produtor.

Pode-se dizer que o mer-cado no Brasil exige máqui-nas mais polivalentes, onde oemprego pode ser contínuo,sem quedas ou vazios de tra-balho?

Sim, é o que o produtorquer. Utilizar o trator em suamáxima flexibilidade, para di-ferentes aplicações. O grau deutilização na agricultura bra-sileira é um dos mais altos domundo, o que exige máquinasrobustas e confiáveis, o querealmente é desafiador.

Como se comportaramos diferentes mercados daAmérica do Sul durante2009? (Argentina, Chile,Paraguai, Uruguai, Vene-zuela, Bolívia, etc.)

Infelizmente, o mer-cado da América do Sul,tirando Brasil, baixou mui-to. No total, as vendas detratores da indústria caí-ram 55% e as vendas decolheitadeiras mais de64%, por razões ligadas àcrise financeira, condiçõesclimáticas adversas, aospreços das commodities,etc.

É vantajoso ser um playerglobal presente em muitosmercados diferentes quandose produz um trator no Bra-sil, levando em conta que cer-tos componentes podem virde outros mercados maiseconômicos?

Seguramente, ainda queseja mais simples de falar doque de fazer. A corrente deabastecimento de componen-tes é um tema complexo mui-to importante na nossa ativi-dade. Precisamos levar emconta vários aspectos, comoa qualidade, os atrasos, a lo-gística, entre outros. Ser glo-bais nos permite conhecermuitas possibilidades e apro-veitá-las. Por exemplo, a sériede tratores 7000 Dyna 6 trazcomponentes d França e a4200 alguma coisa da Índia.

Existem máquinas especí-ficas para o cultivo do al-godão, cana de açúcar, pulve-

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rização... Existe a possibilida-de de poder exportar a outrosmercados, alheios ao conti-nente americano, esse tipo deprodutos?

Exportar pode-se exportartudo o que uma pessoa quiser,mas hoje o câmbio não estámuito favorável. Estamos nostornando um país caro. Mastirando o tema do câmbio, quepoderá mover-se para cima oupara baixo, também há que selevar em conta o tema das di-mensões. Pode-se exportar ede fato exportamos colheita-deiras, mas talvez a lógica demáquinas de grande porte de-ve estar mais nos mercadospróximos, que propriamentemovê-las de um continente pa-ra outro. Mas, quando aequação financeira econômi-ca der positiva, o faremos, co-mo seguimos fazendo forte-mente com tratores agrícolas.

A rede Massey Fergusonpassa a trabalhar com produ-tos que cada vez mais avança-dos tecnologicamente, osquais requerem mais for-mação. Como a rede está ge-renciando este processo?

É um tema essencial quan-do se avança na tecnologia.Estamos trabalhando na for-mação e capacitação da nos-sa rede. Nossos cursos de ca-pacitação estão repletos demecânicos, vendedores, téc-nicos agrícolas e inclusive ad-ministradores. Os resultadossão excelentes. Se sente a re-ceptividade de toda a rede naAmérica do Sul. Os produto-res podem estar tranqüilos quea rede Massey Ferguson está

preparada para avançar jun-to com a tecnologia.

Se tivesse uma bola decristal, como pensa que seráo ano de 2010?

Tomara que existisse algocomo isto. Trabalhamos comanálise de tendências. Prog-nosticamos para o Brasil umano similar aos níveis de 2009,para o segmento de tratores.Em colheitadeiras temos umavisão muito positiva. Pensa-mos que poderia subir entre10% e 15% com base na evo-lução que não traga tragédiasclimáticas, de câmbio e decunho econômico.

Acontece no Brasil umexagero de feiras?

Talvez aconteçam feirasem demasia, mas é tambémuma forma de que as comu-nidades e determinadas re-giões colaborem em promo-ver um negócio. No próprioAgrishow, no ano passado,não estivemos, mas este anovamos estar lá. Queremosque o Agrishow seja a cadadois anos, como FIMA e Agri-técnica. Estivemos na primei-ra metade do ano ao ShowRural, da Coopavel no Para-ná, Expodireto e Fenasoja, noRio Grande do Sul e Feica-na em São Paulo. Também

ENTREVISTA

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participamos da Expointer,uma feira tradicional, histó-rica, que está ao lado da nos-sa fábrica e que tem sua im-portância não somente regio-nal, também com o Conesul.São as seis feiras principaisàs quais vamos como fabri-cantes. Depois, vamos a ou-tras através dos nossos con-cessionários.

Como se comportaram asvendas no primeiro trimes-tre do ano? Alcançaram os ní-

veis previstos pela sua empre-sa?

As vendas acumuladas des-te primeiro trimestre da indús-tria na América do Sul foramexcelentes: 2.654 tratores, cres-cimento de 36% e venda de col-heitadeiras foi de 418 unida-des, com um crescimento de24% em comparação com omesmo período do ano passa-do. Isto permitiu a Massey Fer-guson um crescimento das suasvendas na América do Sul em75% nos tratores e 25% em col-

heitadeiras, respectivamente. Éimportante mencionar que nes-te mesmo período de 2009 aindústria estava bastante depri-mida. No Brasil, também a in-dústria andou muito bem, comum crescimento de 52% nostratores, com um volume de13.241 unidades e 72% em col-heitadeiras com um volume de1.596 unidades, comparando-se o mesmo período de 2009.A Massey Ferguson aumentoua sua venda de tratores em 53%,mantendo sua liderança de mer-cado no Brasil. Estes númerosestão bastante próximos ao queplanejamos com o que conse-guimos nossas metas. Espera-mos seguir crescendo e propor-cionando ao produtor sul-ame-ricano, produtos e serviços comqualidade e a solidez reconhe-cida da Massey Ferguson.❏

Julián Mendieta

Primeiro trimestre da indústria na América

do Sul: 2654 tratores, crescimento de 36%

e venda de colheitadeiras de 418 unidades,

com um crescimento de 24%

“Agco Finance nos brinda,primeiro uma relação muitopróxima com o cliente”

“Agco Finance nos brinda,primeiro uma relação muitopróxima com o cliente”

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A MASSEY FERGUSON APRESENTA A NOVA LINHADE TRATORES QUE SUBSTITUI A TRADICIONAL LINHA 200

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Cercado de muito misté-rio e discrição a Mas-sey Ferguson prepara

para este Agrishow o lança-mento de uma nova linha detratores que deverá substituira tradicional linha 200, carrochefe da empresa na sua his-tória, como fabricante de tra-tores no Brasil e no mundo.Os modelos 4265, 4275,4283, 4290, 4291, 4292, 4297e 4299, substituem os tradi-cionais modelos da linha 200.

O lançamento oficial, co-mo dissemos, será no Agris-how 2010 em Ribeirão Pretoneste mês de abril, porém osconcessionários já tiveramoportunidade de conhecer osnovos modelos na última con-venção da marca em dezem-bro de 2009. Mesmo sabendoda novidade dentro das con-cessionárias corre absolutosilêncio, quanto à divulgaçãoque deverá ser reservada pa-

ra o Agrishow, porém já se no-ta o entusiasmo da rede pelaexpectativa gerada e pela boaimpressão deixada na apre-sentação. Mesmo aqueles queestavam receosos pela subs-tituição, de um produto mui-to bem aceito pelo consumi-dor, como eram os modelosda Linha 200, já entendiamque se fazia necessária a re-novação, principalmente pa-ra adequá-la ao padrão mun-dial e para receber as neces-sárias modificações que hámuito tempo vinham sendo

pedidas pelo consumidor emesmo pelos revendedores,

PROVADE CAMPO

Nesta nova série, com novo estilo, identificado

com a linha mundial, foram inseridas as

modificações, desde a motorização, conforto e

segurança, servicibilidade, transmissão de

potência, entre outras

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que afinal são os que recebemas queixas e os elogios. Pare-ceu-nos muito interessante aproposta da substituição to-tal da linha visto que nos úl-timos anos, a marca vinha re-cebendo novas séries de tra-tores como a 6300HD, a 7000Dyna-6, 7100 e a 8000 (como MF 8480). Todas estas emacordo com as linhas interna-cionais da marca, ficando sem-pre a série 200 estabilizada hávários anos. Desta forma estásubstituída esta linha e a 5000que já havia sido retirada an-teriormente. No nosso enten-der, mesmo consciente da ne-cessidade de renovar a tradi-cional série com melhorias,não caberia fazê-lo, pois nãose conseguiria naquele proje-to, inserir tudo o que o mer-cado pedia. Nesta nova sé-rie, com novo estilo, identifi-cado com a linha mundial, fo-ram inseridas as modificações

que eram solicitadas, desdea motorização, conforto e se-gurança, servicibilidade, trans-missão de potência entre ou-tras. Embora a linha 200 ini-cie pelo modelo MF 250, asubstituição somente ocorreneste primeiro momento a par-tir do modelo 4265, que subs-titui o MF 265.

MotorDo modelo 4265 até o

4290 permanecem os moto-res MWM International, dequatro cilindros. Era de se ima-ginar que, pela aceitação demercado destes modelos dasérie 200, principalmente oMF 275 eles deveriam ser mi-nimamente modificados. In-clusive no caso do MF 4291continua a mesma motori-zação do anterior 291 com ummotor Perkins 1104 – 44T comTurbo e Tier II. O modelo 4292deixa de utilizar o MotorMWM International (292) epassa a utilizar o Motor SisuPower de quatro cilindros Tur-bo A420 – de 4400 cm3. Nes-ta mudança de motor foi pos-sível passar dos 105 cv para

110 cv. Mas a maior mudançaocorre a partir do 4297 que nalinha antiga utilizava a moto-rização Perkins de 6 cilindrose passa a usar o AGCO SISUPOWER de 4 cilindros, turbocom 4400 cm3. No modelo4297 mesmo deixando ummotor de 6 cilindros e aspi-ração natural e passando ago-ra para o motor A420 AGCOSISU POWER de 4 cilindroscom turbo foi possível mantera potência mas aumentar o tor-que máximo de 451 Nm pa-ra 480 Nm. Finalmente o mo-tor 1006-6T Perkins de seis ci-lindros turbo do MF 299 pas-sa para motor A420 AGCO SI-SU POWER de quatro cilin-dros com turbo cooler no MF

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4299, que mantém a potênciae o torque máximo. Em moto-res há este destaque da mu-dança dos tradicionais seis ci-lindros para 4 cilindros turbocooler dos modelos 4297 atéo 4299.

Assim os novos modelosapresentam potência desde 65cv até 130 cv, todos em qua-tro cilindros, ficando os mo-tores seis cilindros para a lin-ha 7100 em diante.

TransmissãoAdota-se como básica a

transmissão mecânica de 12velocidades à frente e 4 à réem todos os modelos, com ou-tras opções como uma alter-nativa, como a 12x4 Sincro ea 8x8 Sincro, com reversormecânico. A possibilidade deque estes novos modelos ven-ham a utilizar um redutor develocidade Creeper está dis-ponível nos modelos 4265,4275, 4283 e 4290, propor-cionando velocidades abaixo

de 2,2 km/h, o que facilita ope-rações que exijam baixa velo-cidade como algumas ope-rações forrageiras e distri-buição de alimento (ensila-gem) para animais.

Todos os novos modelosapresentam a possibilidade demontagem de eixo dianteiromotriz como opcional, comdisponibilidade de duas mar-cas de eixo dianteiro (MarcasCarraro e ZF) e também de po-sição da árvore (central e la-teral). O antigo modelo MF292 que possuía as opções 4x2e 4x4, agora no novo 4292 temapenas a opção 4x4.

TDPEm todos os modelos há

disponibilidade de Tomada de

potência (TDP) independen-te, com rotação nominal de540 rpm com opção para540/1000 rpm à rotação no-minal de 1900 rpm no mo-tor. Outra diferença é aadoção do acionamento hi-dráulico, possibilitando queo operador faça o aciona-mento direto na alavancade acionamento sem depen-der de outros comandos.Normalmente nos tratoresdesta faixa de potência, asTDPIs são de embreagemdupla, com acionamentodo segundo estágio em ou-tra alavanca, assim para ligara TDPI o operador necessitaacionar uma primeira alavan-ca da embreagem, após acio-na alavanca de conexão daTDPI.

Manutenção eservicibilidade

A melhoria da servicibi-lidade é determinada por vá-

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rios itens, mas em destaque fi-camos com a abertura com-pleta do capô, que bascula pa-ra trás, expondo totalmente oscomponentes do motor e seusacessórios. Com isto há umacontribuição para as tarefas demanutenção, principalmenteos filtros de ar, mas tambémaquelas tarefas diárias, comoa verificação do nível de águado radiador, nível de óleo,

além é claro de incrementarmuito o acesso à partes mecâ-nicas do motor.

Ergonomia e segurançado operador

Em nossa opinião este foio grande avanço desta sérieem relação aquela tradicional.O ambiente do operador queera semi-plataforma, popular-mente conhecido como “aca-valado”, em todos os modelosfoi substituído por uma pla-taforma integral em todos osmodelos da nova série comoitem standard.

Mais um grande pro-gresso foi o abandono daposição central das ala-vancas de mudança demarcha com a adoçãodo sistema side shift,que apresenta duasalavancas laterais, pa-ra mudança de regi-me e marchas. A pri-meira alavanca, à direi-ta do operador serve pa-ra a escolha do regime e da

redução em um sistema de en-gate em forma de H. Ao la-do, outra alavanca somentepara a seleção das velocida-des. São três marchas parafrente que se combinam com

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dois regimes de alta e debaixa e dois regimes de re-duzida e direta.

Também notamos a mel-horia de alguns itens de con-forto e segurança, que anteseram apresentados somentecomo opcionais e que ago-ra passam a serem itens domodelo básico. É evidentetambém a melhoria das es-cadas de acesso, ampliaçãodo número de pega-mãos eapoios, para subida e descidado trator.

Nesta nova série o arco desegurança, certificado pelo fa-bricante em todos os modelos,passa a ser item de série, aten-dendo a Norma Regulamenta-dora NR 31 do Ministério doTrabalho e Emprego. Com es-ta nova série e com as outrasda Massey Ferguson o fabri-cante atende de forma integralos requerimentos da NR31.

Em mais um esforço paraincrementar a qualidade notrabalho árduo da agriculturao fabricante oferece para to-dos os modelos os faróis au-xiliares de trabalho, pisca aler-ta e direcional, sinais sonoroe luz de ré, sincronizados coma ré, espelhos retrovisores echave de emergência em to-dos os modelos como stan-dard.

Para aliviar o esforço dooperador é item básico o acio-

namento de freios de for-ma hidráulica em substi-tuição ao sistema mecâ-nico por varão, anterior-mente utilizado.

O cano de descargade posição central da an-tiga série, agora é subs-tituído pela posição la-teral em todos os mode-los da série, o que trazuma ampliação da visi-

bilidade a partir do posto dooperador.

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Design

Quanto ao design ele émoderno, acompanhando oestilo utilizado na linha in-ternacional. Acreditamos quehá grandes chances de que aslinhas arrojadas e o perfil mo-derno do capô e das lateraispossam trazer uma imagemidentificada com o restante detoda a linha renovada da Mas-sey Ferguson.

DesempenhoO aumento da capacida-

de volumétrica de combustí-vel proporciona a ampliaçãoda autonomia em todos os mo-delos. Nos modelos 4265 pas-sa de 75 para 100 litros, emtanques de material plástico,colocados abaixo da platafor-ma. Nos modelos 4275 a 4290que anteriormente haviamduas opções de 75 e 100 li-tros, agora é básico o depósi-to de 100 litros. No modelo4291 passa de 100 para 175litros. No modelo4292, 4297 e 4299 per-manece como básico200 litros e como op-cional 180 litros.

Sistema hidráulicoCom exceção do

modelo 4265 que es-tá com 2500 kgf de le-vante na rótula do sis-tema hidráulico de trêspontos, os demais mo-delos apresentam umaumento da capacida-de. O modelo 4275que antes tinha capa-

cidade para 2500 kgf ago-ra conta com a opção de3200 kgf. O MF 4283 tema capacidade standard de2500 kgf e opção para3200 kgf. O modelo4290 eleva a capacidadede levante em 700 kgf,utilizando como standard3200 kgf o que antes eraopcional no modelo subs-tituído. O modelo MF4291 mantém 3200 kgfde standard e 2500 kgfcomo opcional. Incrementan-do ainda mais a capacidadede levante, os modelos MF4292, MF 4297 e MF 4299 au-mentam a capacidade de 3200para 3800 kgf como item bá-sico.

ConcluindoPensamos que foi um

grande avanço o lançamentodesta nova série, pois ao mes-mo tempo em que se pode re-novar e realizar todas as alte-rações que a rede de revende-

dores e os clientes solicitavamfoi possível manter as carac-terísticas positivas que favore-ciam a manutenção da linha200 por tantos anos no mer-cado brasileiro. Ressaltamoscomo qualidades fundamen-tais desta nova série a mel-horia substancial dos itens desegurança, ergonomia e servi-cibilidade. ❏

José Fernando SchlosserUlisses Giacomini Frantz

Ressaltamos como

qualidades

fundamentais desta

nova série a melhoria

substancial dos itens

de segurança,

ergonomia e

servicibilidade

-Prueba de campo MF 8 PAG 14/4/10 14:11 Página 47

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COMPANHIA

Após cinquenta anos depresença sem inte-rrupção no mercado

brasileiro, os modelos Valtrasão considerados "Tratores Na-cionais” no país. Sua qualida-de e o bom serviço que ofere-ce a marca são inquestioná-veis para os clientes que se-guem confiando na empresaapesar da passagem dos anos.

Na realidade, os tratoresValtra reúnem duas tradições.De um lado, a marca finlan-desa Valmet e, de outro, a sue-ca Volvo BM. Suas raízes estãoligadas à indústria de fabri-cação de material de guerra,na Finlândia. Após a SegundaGuerra Mundial, este tipo deindústria teve que dedicar-sea outro tipo de produção, e foientão quando se consolidoucomo fabricante de tratoressob o nome Valmet Oy.Trac-tors. Antes que se passassemdez anos, o novo fabricantede tratores decidiu expandir-se pelo mundo e estabeleceroutra fábrica no Brasil, que foiinaugurada em 1960.

Na metade da década de1950, Valmet tinha desenvol-vido um trator diesel moder-

no e com baixo custo de pro-dução, que foi apresentado emnovembro de 1956 e foi umsucesso. Até então, os líderesdo mercado de tratores haviamsido os tratores britânicos, masagora, as restrições à impor-tação da Finlândia haviam si-do abolidas e Valmet e pode-ria competir no exterior, razão

pela qual decidiu mudar suatática.

Uma centena de tratoresValmet de baixa potência foiexportada para a Turquia em1955-1956. Os mercados vi-zinhos da Finlândia (Noruega,Suécia e Dinamarca), foramexplorados, mas com poucoresultado. Segundo a empre-

A marca baseia seu desenvolvimento naqualidade de seus produtos e naeficiência dos serviços

Os 50 anos daValtra no Brasil

-Valtra 14/4/10 13:09 Página 48

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sa explica as grandes naçõesem desenvolvimento tinhamuma enorme demanda de tra-tores, de modo que o ValmetD foi enviado para países co-mo China, Polônia, Espanhae, posteriormente, chegaria aoBrasil para fazer testes de cam-po. Em julho-agosto de 1958,um pedido de 33 tratores Val-

propostas deveriam ser apre-sentadas ao GEIA no final dejaneiro de 1960, assim que aValmet dispunha de poucotempo para desenvolver seuprojeto. Além disso, apenasas empresas registradas noBrasil poderiam apresentarofertas.

No entanto, "A Valmet doBrasil - Indústria e Commer-cio de Tratores SA" consegui-ram inscrever-se devidamen-te no registro comercial de SãoPaulo em janeiro de 1960.

O GEIA anunciou os pro-jetos vencedores no final demarço de 1960. Dez projetosde um total de 20 solicitaçõesforam aprovados. Dentro dacategoria de tratores médios,a Valmet foi considerada co-mo a melhor opção. Em mo-tores, foi escolhida a MWM.

A fábrica O projeto Valmet estimou

uma produção anual de 4.000

met D foi carregado em tremna estação de Jyväskylä. Nototal se entregaram 350 tra-tores para a República Popu-lar da China.

A Valmet ajudou a organi-zar com êxito acordos comer-ciais com o Brasil, relaciona-do com os estaleiros. Foi entãoquando se entendeu que aFinlândia seria um bom par-ceiro comercial do Brasil. Ostratores Valmet 1250 foram ex-portados para o Brasil em1959-1960.

Essas exportações tiveramum inicio promissor, mas o pa-ís estava planejando criar suaprópria indústria de tratores,de modo que sua necessida-de de tratores importados daFinlândia foi suprimida.

"O Grupo Executivo da In-dústria Automobilística”(GEIA), dependente do gover-no do Brasil, anunciou umprocesso de licitação em 23de dezembro de 1959 como objetivo de criar uma indús-tria nacional de tratores. As

-Valtra 14/4/10 13:09 Página 49

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tratores e selecionou pa-ra sua construção a cidade deMogi das Cruzes, situada aaproximadamente 70 km docentro de São Paulo, em di-reção ao Rio de Janeiro.

A empresa comprou umaantiga fábrica têxtil e a am-pliou para converter-la em umafábrica de tratores. O primei-ro trator Valmet fabricado noBrasil foi apresentado em 14de dezembro de 1960, o querepresentou uma conquistaconsiderável, levando em con-ta que a Valmet havia se es-tabelecido como fabricante detratores apenas nove anos an-tes e havia começado a ope-rar no Brasil, justamente umano antes.

InflaçãoA inflação começou a ace-

lerar na primeira metade da

O progressotecnológico

Os motores dieseisMWM, eram originalmen-te equipados com pré-câ-mara. Em 1968, a Valmetexigiu que a tecnologiade injeção direta de seuspróprios motores fosseutilizada também nosmotores MWM. Em1973, a série 73 foi in-troduzida no Brasil,abrangendo os mode-los, 52 CV cafeeiro pa-ra as plantações de ca-fé, 62 ID (55 CV), 85ID (78 CV) e o Valmet110 ID (116 CV), de6 cilindros, que abriu

o caminho para a posição deliderança da Valmet entre osgrandes tratores.

Ao mesmo tempo, a tra-dicional cor vermelha foi al-terada para o amarelo e ma-rrom. Nesse ano a empresa re-gistrou uma produção recor-de de 10.213 tratores. Em1977, a Valmet do Brasil pro-duziu cerca de 15.000 trato-res. A abertura de uma novalinha de montagem permitiuà empresa aumentar sua ca-pacidade.

Em julho de 1981, foiapresentada a série "Linha 8,que consistia em um modelo3-cilindros, um de quatro ci-lindros e outro de seis cilin-dros, que incluiu uma trans-missão totalmente nova paratrabalhos pesados. Com o seumodelo 118-4, a Valmet con-seguiu a liderança no merca-do de grandes tratores no Bra-sil.

COMPANHIA

década de 1960. Os preços devenda de tratores aumentavama cada mês, até que, em 1964,a situação do país mudou porum golpe militar. O governomilitar queria acabar com opopulismo político e a in-flação, então começou a fa-zer mudanças radicais na po-lítica econômica. Declarou umcongelamento de preços emmaio de 1964, também apli-cável à indústria de tratores.Apesar desse controle depreço, 1964 foi um ano de su-cesso para a Valmet do Brasil,uma vez que registrou vendasde 2.368 tratores.

No início do próximo ano,o governo acabou com os sub-sídios para os compradores detratores. Essa situação perdu-rou por muitos anos, o quemotivou a interrupção das ope-rações de algumas fábricas doBrasil.

-Valtra 14/4/10 13:09 Página 50

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A linha 8 também apresen-tava como novidade um sis-tema de dupla filtragem de ar,no qual primeiramente se fil-trava o ar através de um tradi-cional filtro de banho de óleoe depois através de um moder-no filtro de papel. Isso ajudoua aumentar consideravelmen-te a vida útil dos motores emcondições de muita poeira.

Dois anos depois, conso-lidou sua posição de liderançaem grandes tratores no Brasilcom a introdução de um mo-delo turbo alimentado comtração nas quatro rodas, combase no modelo anterior 118.Tratava-se do Valmet 138-4 Tur-bo (140 cv SAE), introduzidoem 1983. Foi o primeiro tratorbrasileiro turbo com tração nasquatro rodas.

"Trator nórdico" É um conceito que a em-

presa decidiu introduzir noBrasil após a aquisição das

operações de trato-res da Volvo. Comoa rede de fornecedo-res de componentesera completamentediferente na Europa,levou à introduçãode alterações signi-ficativas nos mode-los brasileiros. Omotor era de MWMdo Brasil e desenvol-veu uma versão tur-bo de 3,9 litros pa-ra seu motor de qua-tro cilindros.

Em 1986, a Valmet voltoua fazer história no Brasil coma introdução de dois novos mo-delos: o 880 (81 cv SAE) e o980-4 (SAE 95 cv SAE), sen-do a primeira a fabricar no Bra-sil tratores turbo, de quatro ro-das motrizes e quatro cilindros.

Alternativas energéticas A Valmet também foi uma

pioneira em soluções de ener-

gia. Em 1983 introduziu trato-res que podiam funcionar comálcool. Estes modelos incluí-am duas bombas de injeçãode combustível: uma para die-sel e outra para o álcool. Nototal, a Valmet do Brasil pro-duziu 1.700 unidades dessestratores a álcool entre 1983 e1986.

Desta forma,conseguiu sero segundo maior fabricante detratores agrícolas no país.

AAGGRRIIWORLD 51

-Valtra 14/4/10 13:09 Página 51

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Para proteger sua proprie-dade, a Valmet incrementousua participação de 72% pa-ra 99% em 1989.

Os regulamentos aduanei-ros do Brasil haviam sido re-duzidos até que em 1992 a Val-met VdB pode começar a usaros motores da Valmet, junta-

mente com os da MWM. Issomotivou a introdução de mon-tagem de motores no Brasildois anos depois. Para os res-ponsáveis pela Valtra, esta de-cisão foi "uma solução inteli-gente e com visão de futuro,considerando o sucesso que éhoje a AGCO Sisu Power".

Em agosto de 1989, a Val-met do Brasil anunciou seu mo-delo 1780, que não era muitomenor do que o Valmet gigan-te da Europa. Incorporava o mo-tor MWM turbo de 165 cv, trans-missão de 12 +4 R utilizada domodelo anterior 138/148 – 4 eestrutura do eixo traseiro comum novo projeto. O aspecto tam-bém se harmonizou com o daValmet dos países nórdicos. Maistarde foi apresentado o 1880 Val-met, impulsionado por um mo-tor mais potente Valmet.

Reestruturação dasoperações de tratores

Esta reestruturação che-gou em 1991. Anteriormente,

a Valmet do Brasil respondiadiretamente ao escritório cen-tral da Valmet. Depois de maiode 1991, todas as fábricas Val-met relacionadas com o negó-cio de tratores se consolida-ram dentro de uma nova di-visão de tratores Valmet. Estareorganização incluiu a fábri-

ca de Suolahti, a fábrica daNokia, e a Valmet do Brasil AS.As vendas líquidas combina-das dessas unidades em 1990superaram o equivalente a 320milhões de euros, e o núme-ro de empregados ultrapassouos 3.000.

Naquela época, a situaçãodo mercado começou a serdesfavorável. As vendas caí-ram nos países nórdicos, e ohorizonte na Finlândia tam-pouco estava claro. A empre-sa estava renovando sua linha

de modelos, e juntou-se co umgrande estoque dos tratores domodelo anterior. Ao mesmotempo, o mercado brasileirose contraia.

A eliminação do estoquee a introdução de uma filo-sofia de produção baseada empedidos de clientes individuaise a personalização em massaforam as inovações que per-mitiram a Valmet na Finlândiaaumentar a sua produção esuas exportações na décadade 1990.

A campanha de marketingdeste novo sistema de ven-das para o cliente começouem 1994.

O mercado brasileiro secontraiu no primeiro semestrede 1995, quando o governovoltou a reduzir os subsídiosagrícolas. A indústria de má-quinas agrícolas enfrentou-se novamente com uma si-tuação difícil, mas a Valmet doBrasil foi capaz de reagir à si-tuação, mudando mais rápidoque a concorrência.

Em meio à crise, Valmetdo Brasil apresentou os mes-

COMPANHIA

A Valtra do Brasil atualmente exporta

seus tratores para 60 países de todo o

mundo

-Valtra 14/4/10 13:09 Página 52

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mos métodos que foram apli-cados na Finlândia, no ano dacrise de 1991. Em tempos debaixa produção, foi possível arealização de um grande nú-mero de reformas internas. AValtra do Brasil usou esse tem-po para formar sua própria or-ganização no sistema de pe-didos de clientes com base nomodelo finlandês. Também co-meçou a oferecer cincoopções de cor, igual como feza Valmet na Europa. Em 1998,a Valtra do Brasil introduziua produção da série da ValtraValmet 100, que era a mesma700 e 800 na Finlândia.

Século XXI Três séries de modelos en-

traram em produção na déca-da de 2000: a série BL, a sérieBM, e a grande série BH.

As alterações na titulari-dade da empresa matriz naFinlândia não tiveram a prin-cipio, muita influência no Bra-sil, mas a AGCO se converteuem dona da Valtra. Em 2004,houve mudanças organizacio-nais importantes dentro da Val-tra do Brasil.

A indústria de tratores noBrasil se beneficiou de incen-tivos do governo cujo objeti-vo foi modernizar os tratores.

Em 2007, o mundo des-pertou frente à ameaça da mu-dança climática, o que esti-mulou o aumento da produçãode biocombustíveis. O augecomeçou no Brasil no final de2006. A Valtra foi a maior be-neficiada deste crescimento.

A Valtra do Brasil lançouuma linha de colheitadeiras

no final de 2007. Como par-te da AGCO, a Valtra teve aoportunidade de fabricar col-heitadeiras na fábrica da Mas-sey Ferguson de Santa Rosacom especificações próprias.

A situação econômica co-meçou a se deteriorar em2008, e os volumes na indús-tria de máquinas agrícolas vie-ram abaixo em 2009. No en-tanto, as operações da Valtrano Brasil continuaram a se ex-pandir.

A precisão necessária pa-ra a fabricação de armas foia base da alta qualidade dostratores Valmet. Sua indústria

de manufatura foi apresenta-da à certificação de qualida-de ISO 9001na década de1980 e em dezembro de 1993a Valtra na Finlândia tornou-se a primeira fábrica de tra-tores no mundo a obter estacertificação. Tanto a fábrica demotores como a Valmet doBrasil participaram do mesmoprocesso e foram certificadasem 1995. A Valmet do Brasilmudou oficialmente seu no-me para Valtra do Brasil em1996.

A Valtra havia sido premia-da com o prêmio Master Ca-na para o melhor produto ser-viço de produtores de cana-de-açúcar no Brasil durante osúltimos cinco anos.

Em 2006, a Valtra do Bra-sil recebeu certificação de Sa-úde Ocupacional OHSAS18001 Gestão de Segurança eCertificação e, em 2002 lheconcederam a certificação pe-la norma ISO 14000 de GestãoMeio Ambiental. A empresa épioneira na gestão ambientalno Brasil. Os Tratores Valtrapodem trabalhar com biodie-sel, e a empresa está estudan-do o uso de etanol através dautilização de tecnologia dosmotores mais avançados. Umadas vantagens competitivas daValtra do Brasil é a sua fábri-ca de motores AGCO Sisu Po-wer que se encontra junto àfábrica de tratores.

A Valtra do Brasil atual-mente exporta seus tratores pa-ra 60 países de todo o mun-do, conta com 13 importado-res somente na América Lati-na e soma um total de 150 dis-tribuidores no país.❏

1964. Criado o primeiro trator com trans-missão sincronizada, o Valmet 1100 4x4.

1959. Lançamento do Valmet 359D com 37CV.

1993. Criado o trator com transmissãohidràulica ‘Delta’. Premio jornal cana de

Melhor Trator do Brasil ao modelo 985 turbo.

-Valtra 14/4/10 13:09 Página 53

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Oque representa paraa Valtra no Brasil, fa-zer parte de um gru-

po como a AGCO?Tem sido muito positivo.

Penso que a Valtra enriqueceucom sua união com a AGCO.Por um lado estava a empresafinlandesa Valmet (que maistarde se converteu em Valtra),com uma estrutura completa-mente autônoma, por outro,estava a Massey Ferguson, quejá existia dentro da AGCO.Suas políticas e procedimen-tos eram bastante diferentes,por isso tivemos que fazer um

trabalho árduo nos últimosanos, para tirar o máximo pro-veito fazendo uso de sinergias.A Valtra pode se beneficiar deuma série de elementos quejá funcionavam na Massey Fer-guson, como por exemplo, obraço financeiro, a AGCO Fi-nance. Mas ela também trou-xe contribuições. Com a aqui-sição da Valtra mundial, a AG-CO adquiriu também umamarca de motores, que hojechamamos AGCO SISU Powercom fábrica no Brasil. Graças

ENTREVISTA

André Carioba Vice-Presidente Sênior da AGCO para a América Latina

O VICE-PRESIDENTE SÊNIOR DA AGCO PARA AAMÉRICA DO SUL, ANDRÉ CARIOBA, COMENTA A

ATUALIDADE DO SETOR DE MECANIZAÇÃOAGRÍCOLA EM SUAS ÁREAS DE INFLUÊNCIA E,MAIS CONCRETAMENTE, NOS MERCADOS EM

QUE A VALTRA, QUE CUMPRE ESSE ANO SEUANIVERSÁRIO DE 50 ANOS NO BRASIL, E

MASSEY FERGUSON, QUE O CELEBRARÁ NOPRÓXIMO ANO, OCUPAM POSTOS DE

LIDERANÇA.

similar ao de 2008, “O ano de 2010 para

-Entrevista Carioba 14/4/10 17:25 Página 54

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à SISU, temos hoje uma fábri-ca de motores no Brasil. O mo-tor AGCO SISU Power tam-bém tem cada dia mais pe-netração dentro da Massey Fer-guson. Além disso, temos oconsórcio que é uma ferramen-ta importante no mercado bra-sileiro, e já existia na MasseyFerguson. Outro passo dadono ano passado foi juntar fi-sicamente a área de peças dereposição, AGCO Parts em no-vas instalações em Jundiaí, per-to de São Paulo. As instalações

são completamente novas eadequadas, e trabalhamos comuma companhia especialistaem logística. Nossa intençãofoi ganhar produtividade, e po-der entregar a peça a qualquerum de nossos clientes de ma-neira mais rápida e eficiente,através do concessionário, emtodo o Brasil e no resto daAmérica do Sul.

Você é o pai no Brasil deuma família com dois filhosque fabricam tratores. Exis-

tem lutas árduas entre os doisirmãos para conseguir pontosde penetração?

Temos duas redes de ven-das fortes e competentes que,fora com outras marcas, tam-bém competem entre si, a daMassey e a da Valtra, cada umadelas tem um histórico muitogrande. A Valtra acaba de fa-zer 50 anos no Brasil, e a Mas-sey Ferguson também o faráno ano que vem. Ambas asmarcas tem suas característi-cas próprias que serão man-

que foi muito bom” a AGCO poderia ser

-Entrevista Carioba 14/4/10 17:25 Página 55

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tidas, atendendo as necessi-dades dos clientes de cadauma delas. Por outro lado im-plementamos sinergias paradiminuir o custo dos equipa-mentos e apresentar preçoscompetitivos aos nossos clien-tes. Cada vez estamos viven-do mais o espírito de fazer par-te de um grupo forte e conti-nuaremos atuando nessa di-reção.

A Challenger tem um ni-cho de mercado muito espe-cial. Que posição ocupa noBrasil, junto a seus “irmãos”Valtra e Massey Ferguson?

A Challenger no Brasil temum nicho de mercado vincula-do a tratores articulados de al-ta potência e tem alta deman-da no mundo da cana de açú-car. Alguns dos concessionáriosda Valtra comercializam Cha-llenger. Atualmente, a rede deconcessionários da Valtra estáformada por 154 pontos de ven-da. Na Argentina, a Challengertem uma presença mais signi-ficativa porque tem inclusivecolheitadeiras que são fabrica-das no Brasil, especificamenteem Santa Rosa, onde temos fá-brica de colheitadeiras.

Em datas muito recentes,a Argentina proporcionou no-tícias boas no setor agrícola:uma super colheita de soja.Isso trouxe consigo um exces-so de pedidos de máquinas pa-ra a colheita, que supera asprevisões dos fabricantes. AG-CO, com três marcas na Ar-gentina para vender, como es-tá resolvendo dita eclosão dedemanda?

Na Argentina, entre um pe-dido e a entrega da máquinaao cliente podem facilmentepassar 60 dias, ou inclusivemais, e a época da colheita éagora. Acredito que se o Mer-cosul funcionasse de formamais ágil, poderíamos diminuiros impactos das alterações dedemanda. Outra coisa, já maiscomplicada pelas realidadesde nossos mercados de gran-des volatilidades, é fazer um

melhor planejamento. Entre-tanto, embora na Argentina ocenário esteja hoje mais posi-tivo do que um ano atrás, , eudiria que ainda não alavancou.Os recursos que serão geradospor essa boa colheita estão porvir, a vontade está aí, vê-se umfuturo melhor, mas ainda faltadinheiro e as condições finan-ceiras não são tão favoráveis.Os juros são bastante altos ea moeda é pouco estável, alémdos diferentes índices de in-flação nesse país.

Nos produtos do grupoAGCO há sinergias comuns.

Por exemplo, o motor. As si-nergias comuns do grupo sãoaproveitadas, para poder de-senvolver novos tratores ouversões especiais com maiorrapidez, ou seguem caminhosindependentes?

A direção é clara: tirar pro-veito das sinergias e tecnolo-gia existente do grupo. Há quemanter as características decada marca, mas ao mesmotempo fazer uso de compo-

nentes comuns, para diminuircustos, agilizar lançamentos eevitar investimentos duplica-dos e triplicados. Nosso obje-tivo é diferenciar os equipa-mentos de maneira mais in-teligente.

O governo no Brasil, como Programa “Mais Alimentos”deu um apoio às vendas emsegmentos de mercados bas-tante particulares. Através des-sas vendas, Valtra vendeu umtotal de 9.623 tratores em2009, o que representa umadiminuição em relação a2008. A que se deveu isso?

ENTREVISTA

-Entrevista Carioba 14/4/10 17:25 Página 56

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AAGGRRIIWORLD 57

A Valtra foi sempre umamarca muito focada nos trato-res médios e pesados e por is-so sofreu bastante durante acrise em 2009. Entretanto, osincentivos Governamentais im-pulsionaram a decisão inves-tirmos na linha leve. Melho-ramos a ergonomia pusemosum motor AGCO SISU Powere incluímos algumas mu-danças adicionais, não revo-lucionárias, mas bastante “evo-lucionárias”. A partir do lança-mento desse produto renova-do voltamos a crescer o queculminou em 27% de parti-

cipação no mês de dezembro.Nesses três primeiros mesesdo ano continuamos acimados 25%. Estamos posiciona-dos em segundo lugar na par-ticipação de mercado. A Mas-sey Ferguson é tradicionalmen-te a líder do mercado. O de-safio é manter a Valtra na se-gunda posição.

Que novidade está previs-ta para o Agrishow desse anoem relação a colheitadeiras,produto relativamente novona marca Valtra?

A BC6500 é uma colhe-dora axial classe VI, algo mui-to esperado pelo mercado. Nósnão a tínhamos ainda. Acre-dito esse lançamento contri-

buirá para o negócio de col-heitadeiras da Valtra. Porexemplo, na Argentina só temclasse VI e representa 1/3 domercado total de colheitadei-ras.

A fabricação dessa máqui-na axial teve influências deGleaner, ou outra marca nor-te-americana do grupo?

Sim. A AGCO está estru-turada de forma a permearuma visão global em toda asua organização. As melhoressoluções são sempre compar-tilhadas, independente da re-gião em que foram encontra-das. Se olharmos em direçãoao futuro, percebemos umaampliação ainda maior nes-

se processo. Temos muitasmarcas, mas quatro principaisChallenger, Fendt, Massey Fer-guson e Valtra que fazem o in-tercâmbio parcial de tecnolo-gias mantendo as característi-cas de cada marca.

Na recente feira de Cas-cavel, no sul, vocês comenta-vam que a marca Valtra incre-mentou sua cifra de negóciosem 25%. A que se deveu is-so?

A família da série A, quecomeçou com o A750, 850 e950, e recentemente foi am-pliada com os modelos 650e 550, que foram lançados du-rante a comemoração dos 50anos de Valtra no Brasil em ja-

A moeda está super valorizada, é uma cotação alta,

que nos obriga a olhar outras oportunidades

DE FORNECIMENTO DE COMPONENTES no mundo

-Entrevista Carioba 14/4/10 17:25 Página 57

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neiro. Assim hoje temos umafamília completa dentro dasespecificações do programaMais Alimentos.

Existe no Brasil o concei-to do “contractors”?

No Brasil não, mas a Ar-gentina tem esse conceito bas-tante desenvolvido. Mas Nes-sa linha, lançamos em dezem-bro uma ferramenta que cha-mamos de AGCO Rental. So-mos os primeiros no mercado

a oferecer o aluguel de máqui-nas agrícolas, através da nos-sa rede de concessionáriasMassey Ferguson e Valtra noBrasil.

O que a parceria com Top-con agrega a AGCO?

A Topcon entra para agre-gar a AGCO em tudo o que serefere a agricultura de precisão.Temos um departamento es-pecifico dentro da nossa orga-nização chamado ATS (Advan-

ced Technology Solutions) quese dedica a desenvolver e So-luções de Tecnologia Avança-da ao produtor agrícola. Acre-ditamos que na agricultura pro-fissional temos espaço paraacelerar e oferecer mais. Oagricultor tem procurado ca-da vez mais essa tecnologiapara tirar o máximo proveitodas terras em que trabalha.

No mês de janeiro teve agrande celebração dos 50 anosda Valtra no Brasil. Aí tiverama oportunidade de comprovaro estado de ânimo dos con-cessionários. Euforia, realis-mo e desejos de fazer. Comoestá a rede nesse momento?

Entre a euforia e o mundoreal. A previsão é de um mer-cado bom e forte para o ano de2010. Todos de maneira geralsão positivos. A rede da Valtraestá preparada para os desa-fios, mas melhorará continua-mente, apoiando-se em parcei-ros financeiramente fortes edando foco no pós-vendas.

Em outubro acontecerãoeleições presidenciais no Bra-sil. O que pode acontecer sehouver uma mudança na pre-sidência ou no partido do go-verno? Como isso se refleti-rá na política agrícola?

Entendo que os políticos,independente de seu partido,darão continuidade as políti-cas agrícolas do Governoatual. Poderá haver alguns re-toques, mas a tendência seráprolongarem o que está atual-mente em vigor. Entretanto,ainda há muito que fazer, porexemplo, em infra-estrutura.

ENTREVISTA

No Brasil os resultados nos dois

primeiros meses apresentaram-se

bastante fortes, superiores aos do ano

passado, por isso poderia ser um ano

similiar ao de 2008 que foi muito bom

-Entrevista Carioba 14/4/10 17:25 Página 58

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Devido a logística precá-ria, os agricultores aindaencontram dificuldadesem transportar as merca-dorias até o porto,. Acre-dito que seja necessárioinvestir nesse sentido ra-pidamente, criando no-vas estradas, ferrovias,portos e aeroportos.

Você tem responsa-bilidade em toda a Amé-rica do Sul. Qual é o mel-hor cliente de AGCOalém do Brasil? Ondecontam com mais expec-tativas de crescimento?E, embora estejamos ini-ciando o ano, comoprevê que será em 2010a projeção das marcasAGCO tanto no Brasil co-mo no resto do mundo?

A AGCO no mundoprevê uma situação simi-lar em relação a seu faturamen-to em 2009. Na América doSul, principalmente no Brasil,os primeiros três meses forambastante bons, com resultadosmuito superiores aos do anopassado, pelo qual poderia ser

um ano similar ao de 2008, NoBrasil o futuro dependerá mui-to da política de incentivos pa-ra a mecanização agrícola.Atualmente o programa “Maisalimentos” e o PSI, impulsio-nam as vendas. Com a per-

manência desses progra-mas estimamos um anobastante positivo. O nos-so segundo melhor clien-te, apesar das dificuldadesdo ano passado, é a Argen-tina, também porque é osegundo maior país e umagrande potência mundialna agricultura. Logo temospaíses como Chile e Vene-zuela, que também con-tribuem bastante. Porexemplo, em 2009, a Mas-sey Ferguson na Venezue-la, atingiu a participaçãode 34% no mercado detratores e 57% em colhei-tadeiras. Peru e Colômbiatambém estão avançando.Inclusive nos países daAmérica Central, comoCosta Rica, vemos cres-cimento (tendo multipli-cado por 4 a superfície pa-ra abacaxi nos últimos 10

anos) e é uma atividade agrí-cola que consome bastante tra-tores. O Brasil é o gigante, masé importante também se de-dicar a esses outros mercados.❏

Julián Mendieta

Na comemoração dos

50 anos, em janeiro,

expandimos a família da

série A, que começou

com o A750, 850 e 950,

com os novos modelos

650 e 550

A AGCO é fabricante e distribuidoraglobal de equipamentos agrícolas.Nossas marcas na América do Sulincluem alguns dos mais respeitadosnomes do setor - Challenger, MasseyFerguson e Valtra. Somos uma dasmaiores empresas em tecnologiacom um alcance global, com mais de600 pontos de venda na America doSul. A AGCO possui quatro unidadesfabris no Brasil além de um depósitode peças localizado em São Paulo.As fábricas de Canoas, Santa Rosa eIbirubá, no Rio Grande do Sulproduzem, respectivamente, tratores,colheitadeiras e implementos dasmarcas Massey Ferguson, Valtra eAGCO Allis. Em Mogi das Cruzes,São Paulo, está localizada a fábricade tratores da marca Valtra e aprodução de motores da AGCO SISUPower.

-Entrevista Carioba 14/4/10 17:26 Página 59

Page 58: Agriworld edição 1

A Recinsa éuma empresa de peças de reposição quedesde 1979 oferece soluções com umobjetivo prioritário: o cumprimento doscompromissos adquiridos com nossosclientes e fornecedores.

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para maquinaria agrícola para todos osmodelos e marcas de tratores.

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• Ferramentas, utensílios, mobiliário deoficina e produtos industriais em geralpara ampliar nosso serviço ao setor agrí-cola e obras públicas

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A prioridade, nossos clientes

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Nossa prioridade é a satisfação docliente, um valor que faz parte da cultu-ra da empresa desde o seu início e queconsideramos decisivo para esforçarmose crescer a cada dia. A lealdade profis-sional e a dedicação de todas as pesso-as que trabalham na RECINSA consti-tuem uma de nossas principais vanta-gens competitivas.

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sólida e de referência nos

setores agrícola e de

obras públicas. Conosco,

sem dúvida, cumprirás

suas expectativas

-Recinsa 14/4/10 10:21 Página 2

Page 59: Agriworld edição 1

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Equipe, alta qualificaçãotécnica e experiênciacontrastada

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qualificadas e com experiência con-trastada, que nos forneçam forçae ilusão necessárias para crescere melhorar a cada dia.

Nossa política de reconheci-mento está estreitamente ligadaaos objetivos do nosso cliente. So-mos uma organização orientada aresultados, o que garante o cum-primento dos compromissos ad-quiridos com o cliente.

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setores nos quais a Recinsa desenvol-ve sua atividade.

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Realizamos uma gestão rigorosa,levando um controle exaustivo da quali-dade dos produtos que fornecemos mui-to acima dos parâmetros de qualidade enormativas vigentes.

Apostamos no trabalho bem feito epor isto nos cercamos de empresas deconfiança. Esta é a aposta empresarial daRECINSA, uma filosofia e uma forma quenos garanta o êxito com todos e cada umdos nossos clientes.

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própria da RECINSA, com a melhor qualidade e apresentação domercado.

-Recinsa 14/4/10 10:21 Página 3

Page 60: Agriworld edição 1

AAGGRRIIWORLD62

Atualmente, no Brasil, asempresas fabricantesde máquinas e equipa-

mentos agrícolas para o mer-cado rural brasileiro partici-pam de diversas feiras duran-te o ano. Inclusive é consen-so que há feiras em demasia.De maneira geral e prioritaria-mente, as empresas dedicam-se à participação na condiçãode fabricante, por ordem deocorrência no Show Rural deCascavel, na Expodireto deNão-Me-Toque, RS, no Agris-how de Ribeirão Preto, SP ena Expointer de Esteio, RS. Ou-tras feiras importantes rece-bem a participação dos fabri-

cantes via concessionários,principalmente a Feicana Fei-Bio (Araçatuba, SP), a Expo-café (Três Pontas, MG), o BahiaFarm Show (Luis Eduardo Ma-galhães, BA), a Expoagro Afu-bra (Rio Pardo, RS), Expo RioVerde (Rio Verde, GO), a Fe-nasoja (Santa Rosa, RS), en-tre outras de igual importân-cia. Estes eventos servem pa-ra estreitar o contato dos de-partamentos, principalmentecomercial e marketing, comseus clientes regionais e os re-vendedores. Isto nos motivoua cobrir jornalisticamente asduas primeiras feiras deste ano,dois grandes eventos do agro-

FEIRAS

AASS PPRRIIMMEEIIRRAASS FFEEIIRRAASSBBRRAASSIILLEEIIRRAASS DDEE VVEERRÃÃOO

2010 COMEÇA COMUMA EXPECTATIVA DE

DESEMPENHO IGUAL A2008 E PRETENDENDO

FAZER ESQUECER OANO DE 2009, QUE FOI

MUITO RUIM PARA OMERCADO DEMÁQUINAS E

IMPLEMENTOS. MASCOMO É UMA

CARACTERÍSTICANACIONAL, O ÂNIMO

VOLTOU E O AMBIENTENAS FEIRAS

AGRÍCOLAS ERA DEENTUSIASMO.

-SHOW RURAL Y EXPODIRETO 13/4/10 11:21 Página 62

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AAGGRRIIWORLD 63

negócio brasileiro, o Show Ru-ral Coopavel e a Expodireto deNão-Me-Toque.

Show “de verão” Rural Do circuito de feiras agrí-

colas do Brasil o Show RuralCoopavel, de Cascavel tem sig-nificado especial, pois é a pri-meira e dá o balizamento pa-ra as grandes empresas de má-quinas agrícolas. É conside-rada uma feira de fábrica, poisos fabricantes participam dire-tamente, com sua estruturacentral. Além de ser a primei-ra feira, a região abrangida pe-la cooperativa é muito impor-tante no cenário nacional deprodução de grãos e a orga-nização do evento colaborapara a atração dos agentes de

mercado. O Show rural Coo-pavel ocorre em momento an-terior à colheita de cereais eda soja e objetiva uma préviaavaliação de como será o anoagrícola, grau de comerciali-

zação e principalmente esta-belecer o feed back tão neces-sário para divulgar novas tec-nologias, incluídas nos novosmodelos e ainda diagnosticaras necessidades dos agriculto-res em função da evolução dastécnicas aplicadas. É o pon-tapé inicial do agronegóciobrasileiro. Embora fevereiro se-ja um mês de férias escolares,geralmente não é esta a razãoque tira público desta feira esim, o próprio envolvimentodos agricultores com a colhei-ta, que coincide em época nes-ta região. Também é vantagemapreciável deste show rural oenorme envolvimento da Co-opavel, que é extremamenteatuante e introduz diversas ati-vidades, durante a semana de

O Show Rural Coopavel e a Expodireto Cotrijalabrem o circuito de feiras de verão apresentandoas primeiras novidades do mercado

-SHOW RURAL Y EXPODIRETO 13/4/10 11:21 Página 63

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AAGGRRIIWORLD64

feira, para os seus associados.Enfim, a feira acaba por ser umtermômetro para a indústria,estabelecendo equilíbrio en-tre a motivação à inovação ea precaução.

A cidade de Cascavel ficano oeste do Estado do Paraná,e o Show Rural acontece noCentro Tecnológico da Coo-perativa Agroindustrial de Cas-cavel, em uma área de 72 hec-tares. Neste ano de 2010, pa-ra a 22ª edição da feira, foramcom 342 expositores e apro-ximadamente 150.000 visitan-tes. A feira se caracteriza sem-

pre pela mescla física entre es-tandes comerciais, com expe-rimentos que são preparadospelas equipes da Cooperati-va e dos expositores durante

o ano. Este ano havia um en-foque particular que era umatentativa de harmonizar inte-resses produtivos, com as cau-sas ambientais e a agroeco-logia. Como este é um even-to de cooperativa são tradicio-nais os atendimentos de dife-rentes segmentos e não se re-sume apenas na apresentaçãoexpositiva de máquinas agrí-colas. Além disto, é marcan-te a participação das represen-

FEIRAS

-SHOW RURAL Y EXPODIRETO 13/4/10 11:21 Página 64

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AAGGRRIIWORLD 65

tações da Embrapa, do insti-tuto estadual de pesquisa (IA-PAR) e a Emater, entre outrosórgãos oficiais e privados. Emtermos de estrutura, o parqueé muito bem organizado tan-to para os visitantes como pa-ra as pessoas que atuam pro-fissionalmente no evento. Acirculação entre os estandes éfeita por caminhos calçados,com muita limpeza e higiene,disponibilidade de água gela-da e banheiros, corredores co-bertos, assim como um exce-lente paisagismo. Uma boa sa-la de imprensa acolheu a equi-

pe da Agriworld durante osdias de feira, com muita infor-mação e atenção. Como ca-

racterística deste evento, nãohá cobrança de ingressos, nemcusto de estacionamento.

-SHOW RURAL Y EXPODIRETO 13/4/10 11:21 Página 65

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Expodireto, a feira demarço

A Expodireto – Cotrijalocorre anualmente na cida-de de Não-Me-Toque, no es-tado do Rio Grande do Sul.Neste ano de 2010, a 11ªedição aconteceu entre os dias15 e 19. A Feira é uma pro-moção da Cotrijal e ocorre emum parque com 84 hectares,com bom espaço de estacio-namentos e áreas de exposiçãodinâmica. O parque é um pri-mor de beleza, limpeza, orga-nização e a feira é freqüenta-da principalmente por produ-tores da região, que é umagrande produtora de soja doBrasil. Inclusive nesta regiãoestão os melhores solos do RioGrande do Sul e um sistemaagrícola muito bem organiza-do, principalmente para a so-ja. Este ano, foram mais de165.000 pessoas que compa-receram ao Parque e o volu-

FEIRAS

-SHOW RURAL Y EXPODIRETO 13/4/10 11:21 Página 66

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me de negócios foi superiorao do ano passado. A cida-de de Não-Me-Toque é umacidade pequena, de 16 mil ha-bitantes e se transforma pelafeira. A hospitalidade e alegriacom que os moradores rece-bem os visitantes é algo mar-cante. Como novidades, alémdaquelas apresentadas pelos

expositores, a organização dafeira renovou a área da entra-da com um belo projeto pai-sagístico.

LançamentosQuanto aos lançamentos,

em ambas as feiras os desta-ques foram os mesmos, por is-to os informaremos em comum.

Massey FergusonA marca Massey Ferguson

participou apresentando comodestaques a sua nova série detratores MF 7000 Dyna-6 e anova colheitadeira MF 9690ATR. A série 7000 inova aoapresentar uma transmissão,em quatro modelos, 7350 (150cv), 7370 (170 cv), 7390 (190cv) e 7415 (215 cv) que se ca-racteriza pela automatização eacionamento hidráulico. É umcâmbio composto de quatrogrupos, com seis velocidadescada, com um inversor de acio-namento hidráulico que possi-bilita a entrada em movimen-

-SHOW RURAL Y EXPODIRETO 13/4/10 11:21 Página 67

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to e a troca de marchas sem usode embreagem. Como opção,o fabricante oferece ao ope-rador a possibilidade de utili-zar esta transmissão de formamanual ou por meio de umaprogramação controlando-aeletronicamente. No estandehavia um trator para demons-tração do sistema e em deter-minados momentos e equipede marketing fazia a exposiçãodas diversas possibilidades deaplicação. O outro destaquefoi a colheitadeira MF 9690ATR, de 305 cv. É uma máqui-na com sistema de trilha e se-paração axial, com acionamen-to hidrostático do rotor o que,segundo o fabricante pode ser-vir para uniformizar o trabalhode trilha, mesmo que as con-dições operacionais e de ali-mentação sejam variáveis. Alémdestas características de fun-cionamento, que são similaresao outro modelo da série a9790 ATR (355 cv) a máquinaestá totalmente equipada pa-ra funcionar com o sistema deagricultura de precisão da com-panhia, oferecendo ao agricul-tor a possibilidade de gerenciar

a sua empresa com informaçãolocalizada e georeferenciada.Também estava em posição dedestaque dentro do estande aplataforma de milho da série3000 que possui um sistemade pequenas roçadeiras quepossibilitam trituração dos re-síduos, necessária a implan-tação de um bom sistema deplantio direto.

ValtraA Valtra está celebrando,

neste ano os 50 anos de sua

presença no país, com o lança-mento da colheitadeira BC6500 e do sistema de corte deseção que é um dispositivo decontrole automático de seçõesde barra, que permite em con-junto com a barra de luzes fe-char e abrir automaticamentea seção de barra dos pulveri-zadores. O sistema de contro-le de seções de pulverizado-res resultou de uma parceriada AGCO com a Topcon Pre-cision Agriculture e proporcio-na uma oportunidade de en-trada no sistema de agricultu-ra de precisão e uma raciona-lização e otimização de má-quinas e insumos. Com esteequipamento há um corte au-tomático da aplicação pelopulverizador toda vez que oconjunto está sob uma áreaque já havia sido aplicada. Em-bora esta marca seja líder emparticipação no setor da pro-dução de cana para o açúcare álcool o destaque apresen-tado no estande era a colhei-tadeira BC 6500 que reforça asérie com os modelos já em

FEIRAS

-SHOW RURAL Y EXPODIRETO 13/4/10 11:21 Página 68

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comercialização, BC 4500 eBC 7500. É uma máquina daclasse VI com sistema de tril-ha e separação axial, com mo-tor de 305 cv. Segundo infor-mação dos expositores a má-quina vem a suprir um merca-do de médias propriedadesque desejam acessar os siste-mas de gerenciamento comagricultura de precisão e quenão necessitem de máquinasmaiores. Após quase três anosde entrada no mercado de má-quinas de colheita, a marcacompleta uma gama de ofere-cimento de máquinas aos di-ferentes segmentos de produ-tores. Também estavam emdestaques no estande da Val-tra o seu trator A650 e o sis-tema de corte de seção, co-mum na AGCO com a MasseyFerguson.

Case-New HollandO grupo CNH estava com

as marcas New Holland e Ca-se IH sendo apresentadas emseparado, como uma estraté-

gia de marketing adotada pe-la companhia e referendadapela sua ação de mercado.

A New Holland apresen-tou como grande destaque a

colheitadeira modelo CR9060,de duplo rotor, com motor de394 cv de potência máxima,recentemente nacionalizadaa partir de um modelo fabri-

Show Rural Coopavel, de Cascavel, é

considerada uma feira de fábrica, pois

os fabricantes participam diretamente,

com sua estrutura central

-SHOW RURAL Y EXPODIRETO 13/4/10 11:22 Página 69

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cado na Bélgica e que passa-rá a ser fabricada no país. Es-te modelo se junta às tradicio-nais TC5070 e TC5090 e amais recente CS660. Emborao lançamento oficial nacionaldeste modelo somente ocorraem Ribeirão Preto, por oca-sião do Agrishow, para apre-sentá-la ao público a marcadesignou o projeto CR EmCampo, que realizou testes pa-ra os agricultores interessadosem conhecer a nova tecnolo-gia dos dois rotores. Este gru-po de pessoas já vinha a me-ses apresentando a colheita-deira em eventos pela partecentral do país e seguirá fa-zendo a apresentação técnicaem outros locais. Também me-

recia destaque no estande damarca paranaense o tratorTL75E que foi o vencedor nacategoria destaque do PremioGerdau Melhores da Terra, umdos modelos mais vendidos damarca a partir do ano passa-do em função do ProgramaMais Alimentos, do governofederal, juntamente com oTT3840, TT3880F, TT4030 eo TL60. Como novidade a em-presa também apresentou suanova linha de produtos da gri-fe Estilo New Holland, cons-tituída de roupas, mochilas,calçados e acessórios.

A Case IH mostrava comdestaque o trator modelo Far-mall 80 de 80cv. Este mode-lo agora nacional entra no

mercado agrícola para as pe-quenas propriedades e a agri-cultura familiar juntando-se aomodelo Farmall 95, com mo-tores da própria marca de qua-tro cilindros, o primeiro comaspiração natural e o segundoequipado com turbocompres-sor. Também faziam parte dosestandes as colheitadeiras,principalmente a tradicionalsérie Axial-Flow, com mode-los 2388, 2399, 8120. Os mo-delos 8120 e 2388 impressio-navam pelo tamanho.

John Deere Finalmente entre as gran-

des marcas, a John Deere, nasduas feiras estava imponentecom um belíssimo estandeapresentando vários destaquese lançamentos. As novas col-heitadeiras 1470 e 1570, erammostradas com possibilidadede aplicação em agriculturade precisão, pelo sistema AMS,

FEIRAS

Expodireto é uma feira freqüentada

principalmente por produtores da região

(Rio Grande do Sul), que é uma grande

produtora de soja do Brasil

-SHOW RURAL Y EXPODIRETO 13/4/10 11:22 Página 70

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já conhecido pelo mercado.Um acessório de máquina im-portante mostrado é a novaplataforma de milho da série600, pode ser utilizada em to-dos os modelos, tanto faz se-rem de saca palhas como asmáquinas equipadas com ro-tor. Embora não em lançamen-to, mas como destaque os es-tandes mostravam a plantadei-ra da série 1100, modelos1109, 1111, 1113, que a par-tir de agora passam a ser ofe-recidas com mecanismo do-sador de sementes à vácuo,o sistema VacuMeter, mundial-mente utilizado. Na área dacana de açúcar, em Cascavela marca mostrava a colheita-deira de cana 3520, que demuito interessante apresen-tava o sistema eletrônico FieldCruise que estabelece limitesde rotações para o motor emfunção da carga. As versõescana dos tratores 7715 e 7815,com opção de bitola estendi-

da para adequar-se às linhasda cana e evitar a passagemsobre a soqueira. Completa-vam o estande alguns equipa-mentos para pecuária e o sis-tema de agricultura de pre-cisão agora em parceria coma Auteq. Como sempre, mui-to concorrida a parte do estan-de destinada a venda de pro-dutos da marca como roupase acessórios.

Particularmente na Expo-direto, dois destaques. A tra-dicional empresa gaúcha Se-meato apresentou a sua col-heitadeira, totalmente nacio-nal, modelo Multi Crop 4.100.Desde o ano passado, quan-do ela foi apresentada, a em-presa trabalhou para a sua co-mercialização, que iniciouagora. Isto representa umavanço e uma mudança deimagem para a marca, que his-toricamente esteve ligada aoconceito de semeadura.

Finalmente, na Expodire-to o Projeto Aquarius de Agri-

cultura de precisão, teve par-ticipação efetiva, com um es-tande onde mostrou as suasconquistas nos seus dez anosde duração. O Projeto Aqua-rius é uma iniciativa comumda indústria e da Universida-de, criado em 2000 e que vi-sa estudar o ciclo completo daagricultura de precisão.

Além de um experimentopermanente instalado em áre-as de produção da Fazenda An-na, em Não-Me-Toque, o pro-jeto, ao longo destes anos já de-senvolveu uma série de açõesde estudo e pesquisa, envolven-do além da Universidade Fede-ral de Santa Maria (UFSM), vá-rias empresas ligadas à pro-dução de insumos e equipa-mentos para a agricultura deprecisão. Atualmente fazem par-te do projeto as empresas Mas-sey Ferguson, Stara e Yara, alémda UFSM e da Cotrijal.❏

José Fernando SchlosserGustavo Heller Nietiedt

-SHOW RURAL Y EXPODIRETO 13/4/10 11:22 Página 71

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FEIRAS

O ANO DE 2009 FOIESPECIALMENTE DUROPARA OS MERCADOSEUROPEUS DE MÁQUINASAGRÍCOLAS, COMQUEDAS DE VENDAS EMTODOS OS PAÍSES.ENTRETANTO, DUAS DASPRINCIPAIS FEIRAS QUESE CELEBRAM NO “VELHOCONTINENTE”CONSEGUIRAM FUGIR DACRISE COM CIFRASRECORDES DEASSISTÊNCIA.

AASS GGRRAANNDDEESS FFEEIIRRAASSEESSCCAAPPAAMM DDAA CCRRIISSEE NNAAEEUURROOPPAA

AASS GGRRAANNDDEESS FFEEIIRRAASSEESSCCAAPPAAMM DDAA CCRRIISSEE NNAAEEUURROOPPAA

A espanhola FIMA e a alemã AGRITECHNICAestabelecem novos recordes de visitantes

-FERIAS EUROPEAS 13/4/10 10:12 Página 72

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SURPRESA GERAL

A delicada situação queatravessa a economia espan-hola em geral, e o setor agrí-cola em particular, não espe-rava-se bons presságios parao grande encontro nacionalcom a mecanização agrícola.Além disso, as vendas de tra-tores novos em 2009 caíram25% e as expectativas de in-

vestimentos estavam – e se-guem estando, de momentopelo chão. Com esse panora-ma, flutuavam numerosas in-terrogações no prévio ambien-te da 36ª FIMA.

A primeira dessas interro-gações se dissipou pelas pri-meiras mudanças: o públiconão havia faltado e alcançoua cifra histórica de 200.000 as-sistentes. Algumas firmas ha-

viam duvidado se deveriamapostar ou não nessa feira.Acertaram as que aceitaram odesafio e participaram com es-tandes imponentes para mos-trar sua oferta de produto.

Agora, necessita-se espe-rar, observar e comprovar se,finalmente, a “FIMA do anoda crise” foi o ponto de in-flexão ou de decolagem do se-tor agrícola na Espanha.

2010(Zaragoza – Espanha, de 9 a 13 defevereiro de 2010)

A ministra Elena Espinosa inaugurou a FIMA 2010

“O setor agrícola é o que menos sofreucom a crise”

Ainauguração da trigésima edição daFIMA 2010 ficou por conta da Mi-

nistra de Meio Ambiente, Meio Rural eMarinho. Elena Espinosa felicitou a to-dos os expositores por proporcionar oêxito da mecanização agrícola no desen-volvimento de temas relacionados coma pesquisa, o desenvolvimento e a ino-vação (P+D+I), e por dar soluções a trêsaspectos chave: “segurança da máqui-na; eficiência energética, economizandocombustível e contribuindo para ser umpaís mais eficiente energeticamente; e lu-ta contra as mudanças climáticas, commáquinas menos emissoras e mais mo-dernas”.

Além disso, destacou que “o setoragrícola é o que menos sofreu a situaçãode crise, e deixou claro que isso “não sig-nifica que não sigamos trabalhando pa-

ra que a rentabilidade desse setor sejamaior a cada dia que passa”. Segundoa ministra, atualmente seu departamen-to trabalha para “incrementar a promoçãodos produtos com linhas de financiamen-to, e no contexto europeu, para melho-rar a competitividade da agroindústriae para tratar de assegurar a Política Agrí-cola Comum para adiante de 2013.

-FERIAS EUROPEAS 13/4/10 10:12 Página 73

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AAGGRRIIWORLD74

FEIRAS

Oito diretores das mais im-portantes multinacionais do

setor de mecanização agrícolacoincidiram ao destacar as gran-des oportunidades que podemoferecer nos próximos anos osmercados da faixa mediterrânea,que se estende desde a Turquia,até o sul da Espanha e norte daÁfrica.

A mesa redonda, organiza-da no Auditório da Feira de Za-ragoza, pela Associação Nacio-nal de maquinaria Agropecuária, Flores-tal e de Espaços Verdes (ANSEMAT) e FI-MA, ofereceu um cenário dificilmenterepetível, no qual se pode confrontar aopinião de qualificados atores do setor,que em linhas gerais foi coincidente comos primeiros assuntos que se debateram.

Todos eles deixaram claro que aagricultura é o “primeiro” setor no am-biente mediterrâneo, com um valor in-trínseco fundamental: a alimentação.Devido ao aumento da população mun-dial, a mecanização deve-se posicio-nar como apoio fundamental para tra-zer rentabilidade, inovação e tecnolo-gia, elementos imprescindíveis para odesenvolvimento. A conseqüência ló-gica é a profissionalização da agricul-tura, fato que já se pode observar emuma mudança progressiva do perfil doagricultor e das explorações agrícolas.

Sua mensagem foi esperançosa aodestacar que o setor agrícola está so-frendo uma crise “alheia”, financeira,diante da qual o mercado se compor-tou de forma anômala. Apesar disso, abalança comercial foi positiva, comcrescimento na produção, descensosno valor e estabilidade do emprego.

“Os mercados mediterrâneos são uma grandeoportunidade para os fabricantes de maquinaria

agrícola”

JAVIER GOMETZA (Agria Hispania):“O aumento previsto de população é um desafio paraos fabricantes de maquinaria agrícola”.

GIORGIO CECCATO (Antonio Carraro): “A situação é muito dinâmica. Inovação e tecnologiasão fundamentais para o desenvolvimento”.

SIMEONE MORRA (Grupo ARGO):“A África é uma zona com grande potencial, masdeve-se aplicar um modelo de êxito esustentabilidade”.

PAOLO TENCONE (Grupo Claas):“40% dos agricultores do sul da Europa tem mais de65 anos e somente 3% tem menos de 35 anos”.

GERMÁN MARTÍNEZ (John Deere):“Os agricultores deverão melhorar sua capacidade degestão, ser mais empresários e elevar seu nívelprofissional”.

“CARLO LAMBRO (New Holland):“É um cultivo rentável, sem subvenções”.

MASSIMO UBIALI (Same Deutz-Fahr Group):“São tempos difíceis, a mudança está sendoproduzida mais depressa”.

PHILIPPE FOURNIER (Massey Ferguson):“É fundamental uma correta segmentação dosclientes”.

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Os transgênicos levantamexpectativa

Um dos temas que suscitou mais expectativa na feirafoi a biotecnologia agrícola e alimentícia, em cuja

palestra, a Associação Probio falou a respeito dos benefí-cios dos transgênicos, “com os quais economizamos empesticidas, em combustível e em muitos outros gastos co-muns, enquanto que a produtividade se multiplica”, disseo representante dessa instituição, Javier Fernández.

Em sua opinião, trata-se de uma nova tecnologia quepermite ser “mais competitivos” e contribuir para haver umamaior “liberação do mercado”. “O grave é que os agricul-tores espanhóis estão deixando de ser competitivos” e pa-ra isso devem fazer frente “com todas as ferramentas dispo-níveis, entre elas a biotecnologia”, assinalou.

Fernández lamentou que na Espanha sejam proibidosesses cultivos, enquanto se fomentam produtos transgêni-cos de outros países e, como exemplo, recordou que as no-tas de euro estão sendo fabricados com algodão transgêni-co.

Está prevista uma “boa colheita” de cereais

Os operadores de cereais estão prevendo uma subida pelo incremento do consumo.Além disso, segundo o que foi dito no VII Encontro Nacional organizado na FIMA,

as previsões para a campanha 2010-2011 são de obter uma “boa colheita”. Igone Astor-quiza, representante de Bunge Ibérica, empresa agro-alimentícia com presença nos cin-co continentes, explicou que as chuvas das últimas semanas propiciaram que “o solo seencontre em ótimas condições”, nas principais zonas produtoras.

A agriculturade

conservação,em debate

Onovo papel que desem-penha a agricultura de

conservação, na qual median-te sistemas sustentáveis e ren-táveis podem-se conseguir re-sultados benéficos para o so-lo, foi o eixo da jornada orga-nizada na FIMA pelo Institutopara a Diversificação e Eco-nomia de Energia (IDEA) e ogoverno de Aragón. Os pales-trantes ressaltaram a importân-cia desse método com o fimde não decompor a estruturae biodiversidade do solo. Tra-ta-se de evitar a degradação ea erosão dos solos como fór-mula para melhorar o meio.

Em seu juízo, deve-se vol-tar à técnicas como o plantiodireto, o cultivo mínimo e oestabelecimento de cobertu-ras vegetais entre um e outrocultivo. Definitivamente, me-canismos que combinam aprodução agrícola rentável, aomesmo tempo em que prote-jam o meio ambiente, aumen-tam a eficiência, a sustentabi-lidade do território.

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FEIRAS

Aconjuntura econômica é o fator alegadopelos responsáveis da Associação Espan-

hola de Fabricantes-Exportadores de Maqui-naria Agrícola e seus Componentes, Sistemasde Irrigação, Equipamento para a pecuária ede Pós-Colheita (AGRAGEX) para explicara queda de 12% das exportações em 2009.

Apesar disso, pa-ra os sócios, estecapítulo segue sen-do uma atividadede grande utilida-de que permite di-versificar o risco.

Esses dados evalorizações fo-ram conhecidos

durante a Junta Ge-ral Ordinária cele-

brada na terça feira, 9 de fevereiro no Cen-tro de Convenções da Feira de Zaragoza,com a intenção de incrementar a ilusão eo esforço para fortalecer os negócios emmercados exteriores. O ato contou com aparticipação de 70 empresas e foi presidi-do por Pedro Rifá, presidente da AGRAGEX,e Jaime Hernani, Diretor Geral do GrupoAGEX.

Após a aprovação das contas do ano,foi exposto um resumo das atividades: 11missões comerciais diretas, 8 feiras de par-ticipação agrupadas, 1 feira com pavilhãooficial e 1 feira com stand informativo. Nototal, 28 países visitados. Além disso, seapresentou o novo Catálogo de AGRAGEX2010-2012, com as novas propostas e só-cios, assim como o projeto da nova páginaweb.

As exportações caíram 12% no ano passado

Jaime Hernani, Diretor Geral doGrupo AGEX, e Pedro Rifá,presidente da AGRAGEX.

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de inclinação.�� ��������

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Encosto escamoteavele com regulagem deinclinação.��� �������������������������

Suspensãopneumáticahomologada CE.��� ��������������������������CE.

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RM450

RM80103

RM53

RM20103

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Presentes em 32 paísesPresente en 32 paises

-FERIAS EUROPEAS 13/4/10 10:12 Página 76

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FIMA é um evento de claro perfil internacio-nal. Em colaboração com os Escritórios Co-

merciais das Embaixadas e o Instituto de Co-mércio Exterior, se desenvolvem as MissõesComerciais, com a presença de 186 delegações

estrangeiras. Essa iniciativa é uma das maisaplaudidas pelas empresas presentes no cer-tame porque possuem uma oportunidade úni-ca para melhorar sua projeção internacionale sua saída ao exterior.

Participação de numerosas delegaçõesestrangeiras

Presença de fabricantes argentinos

Fruto do acordo estabelecido em Oncativo pela feira de Zarago-za e da Associação de Fabricantes de maquinaria Agrícola de

Córdoba (AFAMAC), no pavilhão 3 da FIMA, essa representaçãoargentina gozou de um espaço próprio para expor uma amostrade seus produtos. A tecnologia argentina é especialmente valori-zada em matéria de equipamentos para a semeadura e pulveri-zação, que foi de grande interesse para numerosos profissionais.Esse convênio permite também à Feira de Zaragoza participar nocertame argentino “Agroactiva”.

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18"

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FEIRAS

Case IH aproveitou a opor-tunidade que a FIMA 2010

oferece para recordar que, des-de 2006, a marca mostra umcrescimento constante na Eu-ropa e especialmente na Es-panha. O máximo responsá-vel na Espanha, Xavier Auto-nell, detalhou os quatro pila-res da nova filosofia aplicadana empresa: herança da mar-ca, rendimento do produtocom uma gama totalmente re-novada nos últimos quatroanos, estreitar as relações comos clientes e concessionáriose, por último, cumprir os com-promissos adquiridos.

Com tudo isso, espera se-guir melhorando os resultadosobtidos em 2009, ano no qualfechou com uma cota no mer-cado espanhol de tratores de

5,6%. “Acreditamos que em2010 o mercado vai recupe-rar-se, por isso devemos es-tar preparados para aprovei-tar nossas oportunidades e ten-tar chegar a uma cota de6,2%”, explicou Autonell.

Uma das ferramentas paraalcançar esse desafio é o fun-cionamento de “Red Excellen-ce”, um programa específicodirigido aos concessionários.

O reconhecimento na Es-panha da marca Case IH, vin-culada, tradicionalmente, aseus tratores, se estende atual-

mente também ao setor da ma-quinaria para colheita, graçasà recente introdução de col-hedoras de rotor único na lin-ha Axial-Flow no país. A ga-ma, lançada com êxito na sa-fra passada, é formada pelosmodelos 5088, 6088 e 8120.Podem montar plataforma pa-ra grão ou milho com diferen-tes larguras de corte, destacan-do a qualidade do produto col-hido e sua adaptação para di-ferentes tipos de cultivo.

Case IH, três anos consecutivos de crescimentoXavier Autonell, máximo responsávelna Espanha da Case IH e Steyr, yMattew Foster.

Landini: Introduziu nessa temporada um novo critério de denomi-nação para seus tratores. Cada um estará caracterizado por três si-

glas: a primeira indicará a família a qual pertence, a segunda a potên-cia ISO e a terceira estará representada por uma letra que individuali-za o subgrupo específico, dentro da mesma família de tratores, emfunção do nível de equipamento adotado. Além disso, apresentou asfamílias de tratores Série 7 e Série 5; a re-estilização da gama REXnas versões F, GE e GT; e incluiu seus novos motores turbo “Aftercoo-ler” em alguns modelos do novo REX.

McCormick: Exibiu como novidade a gama MTX, equipada com no-vos motores, e desvela o resultado da re-estilização estético-funcionalda série de tratores MC4. Além disso, apresentou a nova gama de trato-res T-Max, composta por quatro modelos e, das versões F, GE e XL desua renovada gama de tratores especializados, com melhorias no confor-to, no rendimento e a estética. Os motores Perkins turbo “aftercooler”,já presentes na série CX, foram incluídos em alguns modelos do novo Fru-tero e está previsto que equipem também outras famílias de tratores.

As novidades das marcas do Grupo ARGO

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Michelin explicou emseu stand que seus

pneus apresentam ummenor afundamento nosolo graças ao menor ras-tro no solo e a uma flexi-bilidade de carcaça semequivalente. Essas duascaracterísticas puderamser comprovadas em umsimulador de tamanhonatural disposto no stand.

Os pneus Michelinestão projetados para pre-servar os solos e permitiruma melhor circulaçãoda água e ar sobre os terrenoscultivados ao reduzir os ras-tros. Outro beneficio que ofe-recem é a possibilidade de po-der trabalhar em solos maisúmidos.

Para alcançar tudo isso,melhorando o rendimento emsolos mais úmidos, os pneusagrícolas Michelin apresen-tam inovações exclusivas. Es-sas tecnologias, desenvolvidas

pelo departamento deI+D, ao qual o Grupo de-dica cada ano mais de500 milhões de euros, setraduzem em uma mel-hor recuperação do in-vestimento.

Essas vantagens fo-ram cifradas com ensaiosde provas em situaçõesreais. Por exemplo, opneu Michelin XeoBib,dotado da tecnologia Mi-chelin Ultraflex, permi-te uma redução da pati-nagem de 6,5% no cam-

po e uma redução de consu-mo de combustível de 10,6%.A tecnologia Michelin Ultra-flex permite rodar a pressãobaixa tanto no campo comonos deslocamentos.

Michelin demonstrou com um simulador o menorrastro no solo de seus pneus

Laverda: A série de colhedoras “M Especial Power” utiliza a nova plataforma de corte“Free Flow”, com rosca sem fim de grande diâmetro com hélice sobre dimensionada e in-clui chassi de perfil aberto, molinete com acionamento hidrostático, comnovo dispositivo de regulação de barras porta dentes, dentes de últimageração e lâminas de corte anti- obstrução. Na feira foi exposto o mo-delo M 304 Special Power Levelling system 4WD, com plataforma decorte “Free Flow”.

Outras das novidades técnicas desenvolvidas pela Laverda para es-sa edição da FIMA afetam tanto a Série M Special Power, como as sé-ries LCS, VER e AL: transmissões mais confiáveis, sistema hidráulicoatualizado, com nova bomba de serviço unida a bomba hidrostática doavanço, novo depósito de proteção contra pedras, computador debordo “Agritonic Plus” de segunda geração e de maneira opcional ocomputador de bordo Ceres 8000 i.

Valpadana: estreou a série 9600, com o grau de potência de 70 a 100CV, em versões articulada ou rígida, mono direcional ou reversível. Alémdisso, renova a série 6000, aproveitando a introdução das motorizaçõesEuro 3. Com essas novidades, Valpadana se consolida como uma mar-ca com uma gama de tratores que se destacam por sua polivalência.

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FEIRAS

Same Deutz-Fahr Ibérica, fi-lial do grupo italiano, apre-

sentou os resultados de suaempresa em 2009. Com umacota de 12,5%, Same Deutz-Fahr Ibérica situa-se na tercei-ra posição do mercado espan-hol, por grupos comerciais,com um faturamento e vendasque caíram 16,2 % em relaçãoao exercício precedente. “Ter-minamos contentes num anohorrível, para o mercado detratores na Espanha, ao situar-se em níveis inferiores inclu-sive aos de 1993”, afirmou Ja-vier Seisdedos.

As estimativas da empre-sa para esse ano voltam a es-timar as vendas de tratores no-vos ao redor de 12.000 uni-dades, graças a um segundosemestre que esperam ser maisfavorável porque “o agricultorreteve os investimentos”. Oobjetivo de SDF Ibérica para2010 é chegar a 13% da co-ta do mercado e aumentar suapresença no segmento de col-hedoras. Javier Seisdedos des-tacou o crescente nível de en-dividamento dos agricultorese a porcentagem de operaçõesfinanciadas, embora advertis-

se que “em pouco tempo po-demos passar do abandono daexploração para procurar au-mentar a produção”.

Same: Apresentaram osnovos tratores no segmento demedia potência Silver3 100 e110 com um equipamentomuito completo (inversor hi-dráulico regulável, transmissãohidrostática e elevador eletrô-nico); e as novas versões “Clas-sic” para a série Dorado3 co-mo opção econômica para ostratores semi standard. Tam-bém apresentaram a novaversão do já conhecido La-ser 150 com novas motori-zações Euro 3. Destacáveltambém a nova cabina de qua-tro apoios na versão de trato-res baixos Explorer3 TB.

Deutz-Fahr: Teve presençaimportante com sua gama decolhedoras, com os dois novosmodelos de colhedoras de ce-reais, 6095 HTS e o modelo derotor 7545 RTS. Apresentou aa colhedora de uva Agrovitísdestinada ao profissional maisexigente que exige o equipa-mento máximo. Nos tratores sedestaca a nova versão M, como modelo 410 de 4 cilindros

que aumenta a gama introdu-zindo motores multi-válvula.O TTV 630 era o grande atra-tivo do estande pela aceitaçãoque está tendo no mercado na-cional. Além disso, recebeu osprêmios no Concurso de No-vidades Técnicas de FIMA (sus-pensão ativa de cabine e mo-nitor de gestão i-Monitor). Amarca se incorpora ao segmen-to de tratores de baixo perfilcom o modelo Agrofarm 420TB, com o máximo em equi-pamentos de série. Completouo leque de novidades a carre-gadora telescópica Agrovector35.7, com motores renovadosEuro 3 e aumentos nas capaci-dades de carga até 3.500 kg.

Lamborghini: Destacou anova versão “Hi-Profile” na lin-ha de tratores semi standar R2,com 95 CV de potência e má-ximo em equipamentos de sé-rie. Foram expostas as novasconchas originais e a novaversão do trator corrente C110com motorizações que aumen-tam a potência em relação aseus predecessores e com es-cape de motor preso à estru-tura de proteção melhorandoa visibilidade dianteira.

Same Deutz-Fahr, terceiro grupo comercial na Espanha

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Com o slogan “uma mar-ca para todos”, a John De-

ere terminou 2009 e iniciou2010 em pleno período deapresentações e inaugurações.Por um lado, estreou as ins-talações em Parla (Madri) e,por outro, mostrou a reno-vação de sua gama de pro-dutos. Situadas no BulevarJohn Deere 2, e inauguradase batizadas como centro Inte-gral de Formação e Marketing,as novas dependências, demarcada linha modernista,constam de uma superfícieconstruída de 20.000 m2

(5.500 m2 cobertos) e estãocomplementadas com umaampla zona exterior (terrenode 40.000 m2), no qual se de-senvolvem provas de campo.

O edifício dispõe de 2 an-dares. O piso superior acolhe

os departamentos da UnidadeComercial e o inferior incluio hall principal, a loja JohnDeere (onde se oferecem to-do tipo de artigos relaciona-dos a marca), o auditório (comcapacidade para 180 pessoas,ampliável para mais de 200),seis salas de aula, os escritó-rios de John Deere Credit (fi-nanceira da marca) e aindauma área de exibição de 1.000m2, que permite a apresentaçãode qualquer modelo de sua ga-ma de produtos, cada vez maisnumerosa e com mais tecno-logia em todos os segmentos,segundo se pode comprovar naFIMA (Pavilhão 8).

A John Deere foi premia-da com o prêmio a “Novida-de Técnica Excelente”, pelosistema de Direção ACS nostratores 8R, e com os prêmios

de “Novidade Téc-nica” pelo sistemade suspensão dostratores de esteirasde borracha 8RT,pelo sistema “AutoTrac RowSense” pa-ra a colheita de mil-ho, pelo sistema

CMS deMonitorização

de Condições emPicadoras de Forragens e pe-la Automatização Conjunto-Implemento + Trator TIA.

Além disso, apresentou noconcurso a cabine dos trato-res 8R, os tratores 6534, o soft-ware de gestão de exploraçõesAPEX, o sistema de compen-sação de implementos em la-deiras Guide, o picador dasenfardadoras de rolo maxiCut25, o monitor “GreenStar1800”, a transmissão das pi-cadoras e colhedoras “ProDri-ve” e a transmissão dos tra-tores GT5.

Sua gama de produtoscresceu muito no último anocom o lançamento da novaPlataforma 5000 de tratores,que engloba as Séries 5E, 5G,5M Cabine, 5M chassi e 5R,e com as novas séries, tam-bém de tratores, 8R e 8RT deesteiras de borracha. No seg-mento de colhedoras incre-mentou sua oferta os modelos1470 e 1570 (Série 1070), e acolhedora S560. Ainda assim,inclui novas enfardadoras derolo na safra deste ano.

John Deere, “uma marca para todos”

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FEIRAS

Ovice-presidente para a Europa, África eOriente Médio do grupo AGCO, Gary

Collar, visitou a FIMA, onde ficou “impressio-nado” pela feira. Além disso, presidiu uma co-letiva de imprensa junto ao responsável má-ximo da marca Massey Ferguson para Europa,Richard Markwell, o “country manager” daAGCO Ibéria, Iñaki Olozaga, e o diretor deMarketing, Carlos Villasante.

Segundo explicaram os diretores, AGCOtrata de redefinir o negócio, com um forte cres-cimento no investimento em I+D – que em2010 superará os 180 milhões de dólares doúltimo exercício – e tratará de oferecer o pro-duto mais adequado para as necessidades de

cada cliente, aproveitando as peculiaridadesque oferecem cada uma de suas três marcas.

Gary Collar explicou que a Massey Fergu-son deve aproveitar a força de seu passado pa-ra focalizar-se em produtos muito concretos.Com Fendt afrontarão uma reestruturação pa-ra consolidar as grandes vitórias conseguidasnos últimos anos. E com Valtra ampliarão suaspossibilidades em segmentos alheios ao es-tritamente agrícola. “Aqui em Zaragoza foi aprimeira vez, fora dos países nórdicos, que medou conta de que o segmento florestal temmuita força”, afirmou o diretor.

Fendt: Sobressaíram-se os novos tratoresespecialistas e compactos Fendt 200 Vario,equipados pela primeira vez com transmissãocontínua, especificamente desenhada para ca-da uma das gamas. A companhia desenvolveuum novo modelo de concha, que se adaptaperfeitamente a esses tratores 200 Vario.

Outro de seus tratores “estrela” é o 800Vario compacto, de alta potência (entre 200 e280 CV), equipado com a tecnologia SRC (Re-

Aumentará o investimento I+D do grupo AGCO

São muitos os prêmios acu-mulados pela New Ho-

lland Agriculture durante osúltimos meses. Na FIMA fo-ram seis no total, dois delesda categoria máxima (exce-lente), o que fez se sentir “es-pecialmente satisfeito e tam-bém muito orgulhoso” o vi-ce-presidente Carlo Lambro.“É um êxito mundial que nosinspira a fazer as coisas ca-da dia melhor”, sublinhou.

Sistema de freios ABS Su-perSteer™. (Novidade des-tacada). Utiliza a tecnolo-

gia ABS para gerenciar a fre-nagem de cada roda separa-da, o que melhora sua eficiên-cia, incrementa a capacida-de de manobra e aumenta asegurança quando se trans-portam implementos pesados.

Sistema de seguimentoautomático de reboque Inte-lliFill™. (Novidade destaca-da). Sistema de posiciona-mento automático do tubo dedescarga, utilizado na pica-dora de forragem FR 9000,que permite carregar o rebo-que com precisão e perdas

mínimas, inclusive com es-cassa visibilidade, graças aincorporação de uma câme-ra 3D especial montada abai-xo do tubo de descarga.

Encosto de braços Side-Winder™ II. Conta com a ala-vanca CommandGrip™ e omonitor tátil Intelliview™ III,o primeiro do mercado queintegra os controles do tra-tor e do implemento, alémdos relacionados com os sis-temas de direção automáti-

Seis prêmios para New Holland

-FERIAS EUROPEAS 13/4/10 10:12 Página 82

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dução Catalítica Seletiva),premiada no Concurso deNovidades Técnicas da FI-MA, além do novo sistemade condução auto-guiadaVarioguide e da premiadaterminal Variotronic, quepermite o controle e a re-gulagem de todos os siste-mas com os quais se trabal-ha no trator.

Massey Ferguson: Sua principal novidadefoi o Sistema de Telemetria Agcomand, que ofe-rece ao usuário a gravação automática de da-dos dos tratores e máquinas trabalhando no cam-po e sua transmissão a um servidor, junto comfotografias, gravações de voz ou notas dos su-pervisores e operadores, utilizando computado-res pessoais e celulares. Também apresentou umnovo modelo de trator especialista que comple-ta a Série 3600. Trata-se do GE plataforma, de-senhado para trabalhar em zonas nas quais oacesso vertical está limitado. O trator MF 6480introduz como novidade uma nova traseira, queincrementa a capacidade de elevação desde7.100 até 8.000 Kg.

Além disso, expõe a série8600, que consta de modelosmaiores, inovadores e prestigio-sos da marca. O MF8690 equi-pado motor com tecnologia SRC,para evitar a formação de óxidosde nitrogênio (NOx) nos gasesde escape. Assim mesmo, a sé-rie MF 7400 se amplia com doisnovos modelos, o MF 7497 de

197 CV e o MF 7499 de 217 CV, enquanto queos MF 5400 apresentam a possibilidade deequipar uma nova suspensão de cabine.

Valtra: Valtra obteve prêmio por sua trans-missão contínua CVT nos modelos Valtra Di-rect, que utiliza o sistema CVT de planetário so-mador duplo, sobre uma caixa de velocida-des tipo PowerShift, na qual se substitui um mó-dulo lateral por outro que inclui um variadorhidráulico com unidades de 75 cm3 de cilin-drada. Além disso, se expôs como novidadeuma nova cabine de alta visibilidade SVC comtodos os modelos N HiTech, melhorando seurendimento em trabalhos de espaços públicos(urbanos) e florestais, com uma adaptação si-milar a usos agrícolas e usos na pecuária.

ca IntelliSteer™. Esses doisdispositivos derivam da pica-dora de forragem FR 9000 eda colhedora CR9090. O en-costo de braços SideWinder™recebeu também o prêmioGood Design™2009 outor-gado pelo Chicago Athena-eum Museum of Architectu-re and Design.

Sistema de controle develocidade Opti-Fan™. O sis-tema OptiFan™ das colhedo-ras CSX7000 compensa auto-maticamente os declives con-tínuos de Ascenso e descen-so detectando o ângulo da col-hedora ao subir ou baixar au-tomaticamente a velocidade

do ventilador para compen-sar o efeito da declividade.

Sistema automático depesagem de fardos. Pesa osfardos de forragem produzi-dos pelas enfardadorasBB9000, um por um e comuma precisão de +/-2%, ime-diatamente antes que os ex-pulse.

Avançada TransmissãoContinuamente Variável EasyDrive™. Ganhadora tambémda medalha de prata dos Prê-mios à inovação SIMA-Paris2009, baseia-se em um varia-dor formado por uma corren-te de aço que se desloca en-tre duas polias de diâmetro

variável. Cada polia constade dois discos, um fixo e ou-tro móvel, com superfícies an-guladas. Inicialmente se adap-tou aos modelos Boomer3000, mas está disponível emuma grande variedade de tra-tores New Holland de 40 até150 CV.

-FERIAS EUROPEAS 13/4/10 10:12 Página 83

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Agritechnica segue man-tendo seu lugar privile-giado entre as feiras

mundiais relacionadas coma maquinaria agrícola. Isso éuma conseqüência da potên-cia da indústria alemã, e tam-bém do mercado interno, quese une ao dos países do Lesteeuropeu, fortemente vincula-dos a Alemanha.

Na visita à exposição sepode apreciar que o setor demaquinaria agrícola se globa-liza, é também o atrativo des-ta feira para todas aquelas em-presas que buscam oportuni-dades no mercado mundial.Na edição de 2009 há que sedestacar, sobretudo, a presençade empresas chinesas, ainda

com stands pequenos e comos equipamentos caracterís-ticos desse país, mas tudo fazpensar que essa tendência es-tá apenas começando. Embo-ra se diga que a Alemanha es-tá superando a crise, no quediz respeito ao setor de equi-pamentos para a agricultura,a situação parece que evoluimais lentamente. A dependên-cia que a indústria do CentroEuropeu tem dos mercados doLeste, reduz as expectativaspara o próximo ano.

Contrasta a presenteedição com a de 2007. Aque-la foi celebrada em um perí-odo de bonança; o mercadonos países da Federação Rus-sa, e de todo o Leste da Eu-

ropa, estava em crescimento,indicando uma demanda quenão pararia. Pode que a de-manda siga existindo, mas a

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FEIRAS

FFOORRTTEE AARROOMMAAGGEERRMMÂÂNNIICCOO

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falta de crédito para investi-mentos em maquinaria agrí-cola fez cair as vendas. Naedição de 2007, os “russos”eram os compradores estre-la, e também os fabricantesdessa procedência estavampresentes com sua oferta co-mercial. Os grandes fabrican-tes europeus iniciavam desen-volvimentos específicos paraessa agricultura e os prazos deentrega de qualquer máquinano mercado “europeu” se alar-gavam de maneira desespe-rante.

Agora, a situação mudoutotalmente, os novos desen-volvimentos estão suspensos,os fabricantes procedentes daFederação Russa, com algu-

mas exceções, desapareceram,e a indecisão afeta a todos osenvolvidos.

Possivelmente, os mais afe-tados pela queda do mercadosejam os que oferecem com-ponentes, já que, por uma par-te, se reduz a demanda dosque fabricam primeiro os equi-pamentos, e também a dosconsumidores finais.

As grandes multinacionaisdo setor buscam manter seunegócio instalando suas fábri-cas nos países que mantêm seucrescimento, como a Chinae a Índia, ou naqueles nosquais as barreiras à importaçãoe créditos estão limitando achegada de equipamentoscompletos, como é o caso da

Federação Russa. Os peque-nos e médios tem tudo maisdifícil, e seus esforços nemsempre se vem compensados,com, ao menos, a manutençãoda demanda. No entanto, a fei-ra esteve cheia de visitantes,as dificuldades para chegar Porestradas de acesso às suas ins-talações foram grandes, comfilas quilométricas.

Não se pode dizer o mes-mo sobre a presença de com-pradores profissionais, espe-cialmente aqueles que sãoatraídos pela oferta dos peque-nos fabricantes. Nos stands dos“grandes” a densidade de vi-sitantes era tal que se tornavadifícil avançar, inclusive nosdias que se restringiu a entra-

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da de público. Não se pôdedizer o mesmo dos pequenos.Outro aspecto que serve pa-ra definir a situação está re-lacionado com a disponibili-dade de catálogos comerciaisem línguas diferentes doalemão. Era difícil encontrá-los em inglês, e impossível emoutras línguas como o francês.Uma forma de economizar?Não parece que isso seja omais adequado para uma fei-ra que quer ser uma referên-cia mundial, quando perto de50% dos expositores são es-trangeiros, exceto que sejauma feira dirigida ao compra-dor que fala alemão.

Entretanto, o prestígio deAgritechnica no âmbito mun-dial e a importância da indús-tria alemã no setor, faz que seutilize essa feira para apresen-tar as mais importantes ino-vações do ano, algo que ficourefletido nos “prêmios” outor-gados: 5 Medalhas de Ouroe 28 de Prata, sobre 307 equi-pamentos submetidos ao jul-gamento dos jurados.

Jornadas Técnicas

Como em todas as grandesfeiras, junto à exposição, se re-alizam reuniões nas quais seanalisam a previsível evoluçãodo setor, para analisar algunsfatores que a condicionam.Nesse momento, apesar de quea situação não se apresenta fa-vorável em curto prazo, há fa-tores que demonstram a im-portância do uso de tecnolo-gia na agricultura, como as li-mitações de solo e de água pa-ra atender a alimentação de 9,1bilhões de pessoas em 2050,fazendo frente aos 6,1 bilhõesde 2000. Isso equivale a pas-sar de 2,5 ha/pessoa a somen-te 1,8 ha/pessoa em 2050.

Nos dias anteriores à aber-tura da Agritechnica, se rea-lizou o 67º Congresso Interna-cional sobre Engenharia Agrí-cola (Land Technik AgEng2009), organizado pela VDIAgrartechnik, com o lema “In-novations to Meet Future Cha-llenges”, buscando respostasa questões como:

• Suprimento eficiente da de-manda de energia.

• Potencialidade das tecnolo-gias da informação nas má-quinas agrícolas.

• Satisfação das necessidadesalimentares dos seres huma-nos com uma agriculturasustentável.

• Tecnologia aplicada para ossistemas com recursos es-cassos.

Entre as palestras desseCongresso se encontra a de-senvolvida pelo Presidente eChefe Executivo do Grupo AG-CO, Martin Richenhagen, “De-safios Globais para a Engen-haria Agrícola, Tecnologias doamanhã”.

Também teve lugar a XXReunião Anual do Clube de Bo-lonha, que se celebrou em Han-nover por convite da DLG, or-ganizadora da Agritechnica. Jun-to com o estudo de um proje-to de “base de dados” que re-colha os trabalhos de pesqui-sa aplicada que se desenvol-vem na Europa, acessível aos

FEIRAS

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fabricantes, a maior parte dareunião centrou-se em uma aná-lise das “Inovações para a me-canização agrícola sustentável”,nas quais desenvolveram suaspalestras o Prof. K. Renius (Ale-manha), sobre “Tratores”, o Prof.P. Balsari (Itália), sobre a novaDiretiva para a “Aplicação sus-tentável de pesticidas”, o Dr. E.Mantovani (Brasil), sobre “Agri-cultura conservacionista nomeio tropical”, e o Dr. Friedrich(FAO), sobre a “Agricultura Con-servacionista em países em de-senvolvimento”.

Todas as apresentações,assim como as conclusões erecomendações dessa vigési-ma Reunião Plenária do Clu-be de Bolonha estarão dispo-níveis proximamente emwww.clubofbologna.org.

Assim mesmo, medianteo acordo entre a DLG e dife-rentes instituições públicas eprivadas na Argentina, umadelegação de 34 empresáriosdo setor de maquinaria e di-retores do INTA e AAPRESID,convocados pela Expoagro, es-

tiveram presentes no PavilhãoInstitucional. Como comple-mento, alguns de seus técni-cos apresentaram para a im-prensa especializada, sob o le-ma “Argentina – A Nova Agri-cultura”, a experiência da Ar-gentina no campo da “Agricul-tura Sustentável”, que permi-tiu converter-se em líderes nodesenho de semeadoras parao plantio direto e de equipa-mentos auto propulsados pa-ra a aplicação de fitossanitá-rios.

Situação atual daindústria de maquinariaagrícola

O Dr. Bemd Schere, comorepresentante da VDMA (Asso-ciação alemã de maquinariaagrícola), em coletiva de im-prensa celebrada durante a Agri-technica, proporcionou infor-mação sobre o setor da maqui-naria agrícola na atualidade.

Em relação à indústriaalemã de maquinaria agríco-la, cabe destacar que, embo-

ra em 2007 superassem os6.000 milhões de euros, e em2008 quase chegaram a 7.500milhões, para 2009 se estimaque superem os 5.500 e queem 2010 a cifra de negócio so-mente alcance um pouco maisde 5.000 milhões de euros. Is-so indica que em 2008 se pro-duziu um acréscimo de 24%em relação ao ano anterior,enquanto que em 2009 a que-da foi de 25%. A produçãomundial para 2008, antes daqueda dos mercados, foi de67.000 milhões de euros. Aprodução distribui-se de ma-neira que a Europa proporcio-nou 41%, América do Norte28%, América Latina e Chi-na 8% cada uma, e Índia 5%.

Na percentagem de fabri-cação para o total mundial dospaíses europeus, a Alemanhase destaca, com 7,5%, segui-da da Itália, com 5,71%,França, com 3,67% e o Rei-no Unido, com 2,13%. A Es-panha lhe correspondeu em2008, 0,70% do total mundial(Fonte: VDMA, Eurostat).

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Para finalizar a análise domercado, que fundamental-mente se centralizou na ofer-ta alemã e sua influência so-bre os diferentes mercados daUnião Européia, se apresenta-ram os resultados do último‘Barômetro’ do CEMA, que in-dica que a situação parece es-tabilizada para os países daUnião Européia, e melhora le-vemente nos países da Fede-ração Russa, embora suas ex-pectativas ainda sejam nota-velmente baixas.

Esta é a situação: melho-ra das perspectivas em longoprazo, mas, nesse momento,a situação continua difícil.

Novidades premiadasNuma primeira visão dos

equipamentos e máquinas pre-miadas, pode-se dizer que osistema de comunicação se-gundo o protocolo ISOBUS foio vencedor absoluto, acom-panhando a eletrônica, cadavez mais presente, em detri-mento dos sistemas mecâni-

cos, que com uma tecnologiamadura como a que agora seutiliza nas máquinas agrícolas,passam a um segundo plano.

Assim, o sistema de aná-lise digital em três dimensões,que incorpora o sistema dedescarga das picadoras de fo-rragem de Claas e de New Ho-lland recebeu as duas primei-ras ‘Medalhas de Ouro’, já quepermitem que o reboque seencha completamente semque o condutor tenha que mo-dificar a posição da descarga.

A terceira das ‘Medalhasde Ouro’ também foi para Cla-as pelo seu Serviço de Otimi-zação de Equipamento (CE-MOS) que permite o ajuste au-tomático de todos os compo-nentes da colhedora de grãos,ao mesmo tempo em que in-forma ao operador de qual-quer desvio nos resultados queserão obtidos diante da modi-ficação de alguma das regula-gens, o que permite aprovei-tar ao máximo o rendimentoda colhedora. A quarta Medal-ha de Ouro foi para o conjun-

to de fabricantes (Amazone,Grimme, Krone, Kuhn yRauch) que se uniram para de-senvolver e incorporar em to-das as suas máquinas um mo-nitor único compatível com osistema ISOBUS. Este é um dosobjetivos pretendidos para odesenvolvimento do conjun-to da norma ISO 11783.

Por último, a quinta ‘Me-dalha de Ouro’ foi para JohnDeere pelo seu sistema de di-reção steer-by-wire para os tra-tores agrícolas, que em linhacom o que oferecem algunsmodelos de automóveis de ga-ma alta, variam a resistênciada direção no volante emfunção da velocidade deavanço, o que facilita o arras-tamento de pesados reboquesquando os deslocamentos sãofeitos em grande velocidade,e melhora a segurança do tra-tor em qualquer marcha.

Medalhas de Prata• O sistema de afiamento das

lâminas do reboque auto-

FEIRAS

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carregador, apresentado porPöttinger, que permite rea-lizá-la várias vezes ao diadurante o transporte.

• A segadora frontal ‘Easy-Cut32 CV Float’ de Krone, porsua plataforma de monta-gem deslizante com molasde descarga integradas, quetrabalham com carga unifor-me sobre o solo.

• O canal de fluxo com di-mensão variável em funçãoda vazão de alimentação,‘VariStream’ apresentadopor Krone em suas picado-ras de forragem auto-pro-pelidas, que garante o flu-xo uniforme da forragem pi-cada.

• O sistema GEOseed, apre-sentado pelo Grupo Kverne-

land, para a distribuição desementes semeadas.

• O dispositivo ‘Smart-Con-trol’, apresentado por Ama-zone, que permite o ajusteautomático do sulcador nasemeadora mono grão EDX,adequado para o plantio demilho a altas velocidades.

• A unidade de extração HRpara arranque de beterrabaHolmer ‘Terra Dos T3 6 – Te-rra Dos T3 Plus’ com sus-pensão individual nos arran-cadores de cada uma das lin-has, que ajusta a profundi-dade de trabalho à posiçãode cada linha.

• A barra de pulverizaçãoLemken VariExtend, na qualse pode modificar a largu-ra de trabalho mediante a

extração e introdução demódulos.

• O sistema QuickConnect deLemken que facilita o enga-te de implementos no sis-tema hidráulico de três pon-tos do trator de maneira se-mi automática, sem que otratorista tenha que descerdo posto de condutor.

• O sistema EasyGuide Cen-ter Link de John Deere, pa-ra facilitar o acoplamentodo braço superior do enga-te em três pontos, utilizan-do uma mola de descargapara este braço.

• O reboque com esteira trans-portadora de Krampe Fah-zeugbau, que permite a car-ga e a descarga por seu en-rolamento mediante hidro-

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motores, que reduzem a de-manda de potência e au-mentam a capacidade decarga.

• O sistema Cleanfix Pulstro-nic, de Hägele, que permi-te a modificação das pás doventilador do motor emfunção das necessidades dearrefecimento, controladapelo bus CAN do motor.

•A plataforma para colhedo-ras ‘Ultralight 800’ de BisoSchrattenecker, com umalargura de trabalho de 12 m,fabricada com estrutura cor-tante modular em perfil dealumínio.

• A motosserra Stihl ‘MS 441C-M’, que é a primeira mo-tosserra profissional equipa-da com o sistema de gestãoT-Tronic totalmente eletrô-nico, para melhorar seucomportamento, tanto emarranque como nas mais va-riadas condições de trabal-ho.

• O ‘reboque auto-carregadorinteligente’, de Pöttinger, quecontrola a velocidade e a po-sição do trator a partir da in-formação que ministram doissensores de ultra som, osquais detectam a posição e

tamanho da fileira sobre aqual atua o recolhedor.

• O sistema de John Deere‘Tractor-Implement Automa-tion’ que permite que os im-plementos e máquinas ‘cer-tificadas’ possam atuar so-bre os parâmetros que afe-tam o funcionamento do tra-tor, automatizando a ope-ração que realizam em con-junto.

• O sistema de ajuste automá-tico em declives longitudi-nais da velocidade do ven-tilador de limpeza nas col-hedoras de grão New Ho-lland, o que melhora a qua-lidade do trabalho sem a in-tervenção do condutor.

• O sistema de medição donível e o volume de líqui-do em circulação iTank, deJosef Kotte Landtechnik, pa-ra cisternas, que permite oti-mizar os processos de car-ga e descarga no campo.

• O sistema de piloto automá-tico de tratores ‘Ultra Gui-dance PSR ISO’, de Reich-hardt GMBH Steuerungs-technik, sobre GPS, desen-volvido para integrar-se emqualquer trator ou máquinacom ISOBUS.

• O sistema de teto telescópi-co ‘Toplift’ de Fliegl, que per-mite cobrir de maneira rápi-da e segura a caixa do rebo-que, eliminando a necessi-dade da cobertura manualcom o risco que tem estaoperação.

• O conjunto de ‘Soluções-iampliadas’ para pulveriza-dores hidráulicos séries 700ie 800i, da John Deere, pa-ra controlar de maneira pre-cisa a concentração de ma-téria ativa na calda, assimcomo melhorar o sistema delimpeza e manejo do volu-me residual.

• O sistema para a regulagemda pressão interna dos

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pneus, no trator Fendt 900Vario, do Grupo AGCO, in-tegrado no próprio trator,com garantia de fábrica econtrolado por ISOBUS.

• O dispositivo ‘Soil Load Mo-nitor – SLM’, de GrasdorfWennekamp GMBH, queutiliza um sensor de ultra-som no aro para determinarsua deflexão e ajustar de ma-neira precisa a pressão in-terna mais adequada para ascondições de trabalho (car-ga e velocidade).

• ‘Banco de dados inteligen-te para produtos fitossanitá-rios’ integrado no sistema‘Agro-Net’, apresentado porClaas, que fornece a infor-mação de todos os produ-tos fitossanitários autoriza-dos, fazendo recomen-dações para a escolha domais apropriado para cadacircunstância.

• O ‘Condition MonitoringSystem’ das colhedoras deforragem auto propelidas deJohn Deere, que utiliza ace-lerômetros situados nos pon-

tos críticos da máquina pa-ra detectar antecipadamen-te possíveis avarias, integra-do no sistema telemático JDLink.

• O sistema de ABS ‘Smart-Braking-System’ para trato-res agrícolas de New Ho-land, que mantêm as vanta-gens de segurança conheci-das, embora adaptadas àsparticularidades da agricul-tura, como a frenagem inde-pendente das rodas para re-duzir o raio de giro.

• O sistema de iluminação in-dividual com LED, apresen-tado de maneira conjuntapor Amazone y por Herbert

Dammann (HD-Nightlux’,que permite observar comboa visibilidade os jatos depulverização dos bicosquando se trabalha de noi-te.

• O trator Belarus 3023, de220 kW de potência quedispõe de tração diesel/elé-trica com controle eletrôni-co, com tomada de potên-cia também acionada ele-tricamente e com a possibi-lidade de fornecimento ex-terno de 172 kW de potên-cia elétrica em corrente con-tinua.❏

Ángel Pérez

-FERIAS EUROPEAS I 13/4/10 10:28 Página 91

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Ainstituiçãoespanhola Feira deZaragoza é uma

referência no que serefere à organização deeventos profissionais noSul da Europa. Sua localização geográficaestratégica a apresentacomo um excelente elo,para a aproximação dosmercados da América doSul e da Europa. Dotada

de todos os serviçosnecessários para aorganização de qualquertipo de evento, tantoprofissional como lúdico,oferece um recinto de360.000 metros quadradosde superfície, distribuídosem nove pavilhões dediferentes tamanhos eamplas áreas exteriores.Aproximadamente 70anos confirmam sua

experiência, cada vez maisfocada em realizareventos especializados dealto nível técnico. Estafilosofia permitiu quemuitos destes eventos secoloquem na liderança dopanorama internacionaldas feiras profissionais daEuropa.Os setores da maquinariapara a construção e obraspúblicas, a maquinaria

FEIRA DE ZARAGOZA

Ponte entre os mercados da

-Feria de Zaragoza 14/4/10 09:51 Página 2

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capacidade para640 pessoas,cenário de 200 m2

e plataformamóvel para aapresentação detodo tipo deproduto, até umpeso máximo de6.500 kg; salascom capacidadevariável, de 25 até640 pessoas;sistemas deprojeção eapresentações; traduçãosimultânea para quatroidiomas, microfones semfios para reuniões egravação de som eimagem; centro deimprensa; vestíbulohabilitado para pequenasexposições setoriais;

secretaria e recepção;guarda-roupa; restaurantee cafeteria.O aeroporto, situado a 10km de Zaragoza (capitalda ComunidadeAutônoma de Aragón), otrem, com uma segundaestação de AVE a ser

futuramenteinstalada a poucosmetros do recinto, ainfinidade de linhasde ônibus que ligam acidade compraticamente atotalidade das cidadesda península ibérica ecom as maisimportantes cidadesdos diferentes paíseseuropeus e do norteda África, comoMarrocos, fazem deZaragoza uma cidadefacilmente acessível.

agrícola, a gestão da águae do meio ambiente, emtodas as suas nuances, oequipamento paravinícolas, as técnicas deprodução de vinho, apecuária, as novastecnologias ou a energiasão alguns dosprotagonistas das suasfeiras mais especializadas.Entre os principais eventosagrícolas se incluem aFIMA (Feira Internacionalda Maquinaria Agrícola), aFIMA Ganadera (FeiraInternacional para aProdução Animal), aTecnovid (SalãoInternacional de Técnicase Equipamentos para aViticultura), a Oleotec(Salão de Técnicas eEquipamentos para aOlivicultura) e aOleomaq (Salão deMaquinaria eEquipamentos paraProdução eEmbalagem de Óleovegetal). O Centro deCongressos da Feira deZaragoza constitui umnúcleo fundamental,dentro do complexo deedifícios e instalaçõesque configuram orecinto da feira.Além disto, a Feira deZaragoza oferece umSalão de atos, com

América do Sul e a Europa

-Feria de Zaragoza 14/4/10 09:52 Página 3

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ENTREVISTA

“Este ano, noBrasil, o mercadoserá até melhorque em 2008,ano recorde”

COM ÓTIMAS PREVISÕES PARA OBRASIL E UM POUCO MAIS PRECAVIDASPARA OS MERCADOS DE EXPORTAÇÃO, ANEW HOLLAND COMEÇA O ANO DE 2010

COM EXPECTATIVA, APESAR DASDIFICULDADES QUE TEVE QUE

ENFRENTAR NO ÚLTIMO ANO, DEVIDO,EM MAIOR PARTE À CRISE

GENERALIZADA DO SETOR FINANCEIRO.

Francesco Pallaro Vice-presidente da New Holland para a América Latina

-Entrvista Pallaro 12/4/10 18:32 Página 94

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Como definiria o merca-do no ano de 2009?

Foi um ano atípico. Con-siderando os mercados do Mé-xico e do Brasil, seguramen-te chegamos a um volume pa-recido ao de 2008, mas emcondições completamente di-ferentes. No final de 2008 ti-vemos uma queda, basicamen-te pela falta de crédito. Nãosomente foi um mau períodopela diminuição do mercado,mas também porque prevía-mos um crescimento adicio-nal de 20%. Juntando os doisfatores, o impacto foi maior.Tivemos, na primeira parte doano, que motivar a rede, fazero inventário da fábrica, da pro-dução, ajustar tudo. Definiti-vamente, estivemos muito pre-ocupados no primeiro semes-tre com a expectativa de co-mo iria ser o ano. Depois, serealizaram diversas ações acer-tadas, do ponto de vista de fo-mento do crédito, com novascondições. Acredito que a ini-ciativa do governo para recu-perar a economia deu uma pe-quena volta no mercado. Oano terminou bem, ao níveldo que foi 2008 e com umaperspectiva de um 2010 mel-hor, pelo menos superior a de2009. Nas colheitadeiras, aqueda foi muito forte, por serum produto que depende mui-to mais do crédito. Nos trato-res abaixo de 100cv tivemosa sorte de que estavam funcio-nando os programas sociais.Foram os que realmente fize-ram que o mercado de trato-res se mantivesse num ritmoimportante, pelo menos doponto de vista do volume.

O fato de que todos os fa-bricantes do Brasil tenham ti-do que criar um produto deum nível de tecnologia bási-co, para poder aumentar asvendas, pode estar potencia-lizando uma baixa mecani-zação?

Esse processo, embora játenha ocorrido na Europa, ain-da está muito longe de que

aconteça no Brasil. Aqui háquatro milhões e meio de pro-priedades agrícolas. Destas,somente meio milhão são re-almente produtivas. As outrasquatro milhões são de áreasde 20, 30, 40 hectares e a gran-de maioria não tem nenhumamecanização. Não podem co-meçar com a tecnologia maisalta, tem que começar comum trator de 50 cv. Essa é, tam-bém, a razão pela qual o mer-cado de tratores no Brasil de-veria ser muito mais elevado.Até dois anos atrás, a médiadas vendas de tratores estavaentre 25.000 a 30.000 uni-dades por ano. Nos últimos

dois anos passamos a 40.000,45.000 unidades, coincidin-do justamente com esses “pro-gramas sociais de melhoria damecanização da agriculturafamiliar”.

Segundo umas decla-rações que realizou para umarevista econômica, “entre asperspectivas que tem para o

ano de 2010 está aumentara potência do mercado”.

Sim. Manteremos para2010 o mesmo volume para osprogramas sociais, mas dife-rentemente de 2009, iremosrecuperar o mercado de trato-res de mais de 100cv, juntocom os setores da cana de açú-car e grão, assim como o finan-ciamento, que oferecerá jurosmais baixos. Esse mercadosempre existiu, embora ressen-tido na primeira parte de 2009,pela falta de crédito. Segura-mente irá melhorar em 2010.

O fato de estarmos em umano eleitoral, pode criar uma

-Entrvista Pallaro 12/4/10 18:32 Página 95

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insegurança nos meios finan-ceiros na hora de apoiar no-vas propostas?

Acredito que não, porquedo ponto de vista financeiro,o Brasil é bastante independen-te da política. Em primeiro lu-gar, os fundos para financiar aagricultura entram em um pla-no agrícola, que não vai de ja-neiro a dezembro, mas sim dejulho a junho. A aprovação dopróximo plano agrícola aindaestará dentro do mesmo gover-no. Em segundo lugar, nuncase reduziram os recursos desti-nados a agricultura em relaçãoao ano anterior. Está claro queesse país vive da agricultura,portanto não faltarão recursos.Do ponto de vista de créditosdentro da agricultura, acreditoque para todos os implicadosestá claro que a agricultura es-tá estruturada e fundamentada.Pode haver alguma dificuldadedo ponto de vista de preços ede tipo de mudanças (esse tipode fatores), mas não acreditoque o ano eleitoral tenha algumimpacto negativo para o setoragrícola.

Os preços da gasolina edos biocombustíveis deriva-dos do álcool estão se aproxi-mando. Isso pode não incen-tivar a produção de álcool?

Não. Esse mercado não vaimudar. A opção de usar gaso-lina ou álcool é do cliente fi-nal. De todas as formas, have-ria que comparar os preços deprodução. Em nosso setor, seestá analisando a possibili-dade de um motor a álcool,mas consideramos que para oúnico mercado que tem inte-resse é para o mercado da ca-na de açúcar, que pode utili-zar o álcool sem imposto deprodução.

Há um ano aproximada-mente, em outros mercadosalheios ao Brasil, se especu-lou com o destino dos grãos

dedicados a produzir combus-tível. Provocou um desabas-tecimento e, por sua vez, umaespécie de “jumping”, que im-pediu que o produto chegas-se a muitos outros mercados.Acredita que estão fomentan-do em excesso os argumentos“bio”, em detrimento do quese poderia dedicar à alimen-tação?

Essas informações são mui-to manipuladas, simplesmen-te para melhorar os preços.Quando há pessoas que mo-rrem de fome e se fazem com-bustível e bioenergia com ali-mentos, é fácil dizer que se de-veriam dar os alimentos, masninguém dá nada de presente.Tudo se vende. O livre mer-cado é a solução mais fácil,melhor e mais justa. Pode serque um ano falte comida e que,em conseqüência, subam ospreços porque se decidiu fazerenergia, mas a energia é re-novável e o produtor ajusta seunegócio para o ano que vem.Não se esgota. Não significaque esteja usando uma coisafinita que se esgota.

Todos os grandes gruposindustriais estão oferecendoprodutos muito mais comple-tos, tecnicamente muito maisconfiáveis, com tecnologia deponta, mas com preços cadavez mais baixos. É realmente

ENTREVISTA

Para 2010 acreditamos que alcançaremos

resultados recordes somente no Brasil,

inclusive acima dos resultados de 2008

-Entrvista Pallaro 12/4/10 18:32 Página 96

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consciente, por uma parte, odistribuidor e, por outra par-te, o cliente final, desse es-forço que fazem os grandesgrupos para dar um produtobom de mercado, com umpreço muito ajustado?

Acredito que o cliente simé consciente. Quando vamosvisitá-lo, normalmente já temmuita informação e sabe o queestá no mercado. Acredito emum produto confiável, pagan-do menos. Há que ser compe-titivo. Isso é fundamental. Seo fabricante não consegue fa-zer isso de uma forma compe-titiva fica de fora. O que estáacontecendo em nosso setor,como passa em outros setores,é que a novidade se paga.Quando se compra tecnolo-gia, a primeira a chegar cus-ta mais caro. Depois se tornamais competitiva no preço. Emtodos os setores acontece is-so, e estamos vendo com to-da a evolução da agriculturade precisão. Começou comuns preços e agora está comoutros. Nosso setor não inven-ta regras diferentes.

Os tratores e as colhei-tadeiras incorporam uma tec-nologia cada vez mais sofisti-cada em sua manutenção. Jánão é a máquina clássica, porexemplo, a série 90, que era100% mecânica. Hoje em diase precisa de uma formação.Como a New Holland está for-mando essa rede de mecâni-cos e de técnicos para poderatender estas máquinas, cadavez mais sofisticadas?

No Brasil temos certa van-tagem em relação a outros

mercados porque temos umageração muito jovem de mecâ-nicos. Como já passou comclientes, quando o filho sai dauniversidade e se torna o ad-ministrador da fazenda, nos-sos novos mecânicos enten-dem de eletrônica e de com-putação facilmente. Já não pre-cisam levar uma chave ou ummartelo nas mãos, necessitamde um computador. O que te-mos que fazer é motivá-loscom cursos, treinamentos, quesejam realmente adequados aesse tipo de perfil. O difícil épreparar um mecânico tradi-cional (que tenha hoje em dia50 anos), com computadores

e tecnologia atual. Nossa pre-ocupação é fazê-los evoluirconforme a nova geração.

Como definiria, a nível ho-mogêneo, a rede de New Ho-lland?

Conseguimos fazê-la for-te. Quando eu cheguei era“magra”, do ponto de vista deproduto. Somente tínhamoscinco modelos de tratores, queeram os antigos da Ford. Masdepois crescemos bastante. Emalguns anos, nossa rede selançou como a mais forte doBrasil. Acredito que na atuali-dade estamos, mais ou menos,na mesma fase. A New Ho-

-Entrvista Pallaro 12/4/10 18:32 Página 97

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lland, pela tendência da agri-cultura, pela evolução que te-ve, precisa ter um portfóliomais amplo e se ocupar dasnecessidades da demanda domercado, agora mais amplas.Nossa rede é fiel, leal e forteeconomicamente. Se me com-paro com o “vizinho”, acredi-to que nosso crescimento sedeve fundamentalmente à ofer-ta de produto. A rede necessi-

ta confiança para apostar, ne-cessita projetos e futuro. Senos comparamos com outraspartes do mundo, não temosainda a mentalidade de dizer“isso é o mesmo sempre”. Hánovidades, aqui ainda há âni-mo, há profissionais novos, háespaço para tornar-nos maisfortes. Os profissionais que-rem investir num negócio co-mo esse, algo que em outraspartes do mundo já não acon-tece. Claro que, também, te-mos que fazer a nossa parte.

O fato de que vocês ten-ham dentro de seu grupo glo-bal uma empresa dedicada àfinanciamentos faz de que ten-ham um fator a mais na horade vender o produto?

Com certeza. Está claro quequando alguém tem um braçofinanceiro voltado exclusiva-mente para financiar teus pro-dutos, é uma vantagem. Nãopoderá nunca ser 100%, por-

que o mercado é livre e exis-tem condições diferentes, masé um papel que ajuda muito navenda. Prova disso é de que to-dos os fabricantes entraram nes-sa fórmula. Claro que tambémtem sua dificuldade: a crise docrédito desse ano, uma finan-ceira é um banco e funcionaexatamente igual como os de-mais, portanto depende de umbanco central.

O que ajuda ou qual fatorde contribuição, dentro do

grupo industrial, um fabrican-te de motores e um fabrican-te de transmissões, com pro-dução em outras partes domundo, tem no momento derealizar projetos para o mer-cado do Brasil? Permitem queaconteça mais rapidamente?

É a vantagem que se temquando se trabalha dessa for-ma. Seguramente é o que sebusca. Temos um especialis-

ta em motores, um especia-lista em transmissões. Secentralizássemos haveriamuitos desperdícios de pes-soal, de custos. Acredito queter motores disponíveis pa-ra cada aplicação é dar o quese precisa. E produzir aquiou lá, ter produção em dife-rentes lugares, sempre se temque contar com o volume,com uma escala que seja con-sistente no mercado, com asmudanças.

A fábrica New Holland noBrasil também exporta. Quaissão os principais mercados dosprodutos que estão fazendoem Curitiba?

Fora dos 37 mercados daAmérica Latina, o Brasil ex-porta para diversas outras re-giões do mundo. Muitos delesjá compravam e importavamde nosso país nos anos 80. NaÁfrica exportamos para o Ma-rrocos, África do Sul, Líbia,Moçambique, Quênia, Ango-la e, fora da África, para aTailândia, Camboja. Para Aus-trália já não exportamos na-da. Antes enviávamos algumacoisa aos países da antigaUnião Soviética. Agora nãomais.

ENTREVISTA

-Entrvista Pallaro 12/4/10 18:32 Página 98

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Realmente o ano de 2009foi bom para a New Hollandem prêmios. Obteve o prêmioGerdau e conseguiu na Euro-pa o prêmio do Tractor of theYear, tanto em tecnologia co-mo em design. O que represen-ta para um grupo como NewHolland esses prêmios, que re-conhecem uma trajetória, umtrabalho e um esforço?

O prêmio Gerdau é no Bra-sil um dos mais importantesporque é um evento que exis-te há 27 anos. O prêmio Trac-tor of the Year, talvez seja o prê-mio que todo o mundo consi-dera por isso nos orgulha ain-da mais, porque é em cima deuma pesquisa anual, que en-volve a todos os usuários, e comum produto já no campo. Umproduto que se baseia funda-mentalmente, na confiabilida-de, qualidade e aceitação docliente. Praticamente é umaeleição por parte do merca-do. Ganhá-lo esse ano foi pa-ra nós uma grande satisfação,um grande orgulho.

Como se vê no Brasil omercado na Europa e comoum europeu vê o mercado noBrasil?

Acredito que o europeudesconhece o mercado do Bra-sil. Nós sabemos que a evo-lução dos últimos quinze anosfoi importante na Europa e queseu mercado é mais firme emais sólido baseado em umasérie de trabalhos que foramfeitos há muitos anos, desdeo ponto de vista de preços,produção, seguros, financia-mentos. Pensamos que na Eu-ropa o mercado é mais só-

lido. Uma demonstração dis-so é que a crise entrou em to-do o mundo em setembro, ou-tubro de 2008, mas em nos-so setor não se viu até a me-tade do ano. No Brasil, no dia2 de novembro já terminamoso ano. Nossa agricultura nãotêm seguro e não sabe se vaireceber financiamento ou não.É um sistema diferente. Eu nãosei até que ponto se entendeisso na Europa. Seja o minis-tério da agricultura ou um ban-co, temos um modelo antigoque tem que ser renovado.Não digo copiar o que fazemem outros países, mas sim re-nová-lo para evitar os altos ebaixos. Não sei quanto tempodemoraremos em fazê-lo.

A moeda Brasileira estáagora cara para poder expor-tar?

Sim. Nosso setor não écompetitivo pela moeda, por-que temos muitos custos. An-tes tínhamos o famoso “custoBrasil”, de que se falava mui-to. E que, provavelmente, é me-

nor agora. As empresas conse-guiram melhorar suas estru-turas de custos, conseguiramser mais competitivas, seja pe-los impostos, seja por outrosmotivos. O problema agora éo câmbio. Ou será que nós nãoteríamos que ter no Brasil maiorcompetitividade? Isso ainda éalgo a ser debatido.

O protecionismo do mer-cado Brasileiro está freando acompetitividade?

Há certos custos que so-mente serão recuperadosquando se fizer investimentosmuito importantes. São aque-les em logística. Depois vemo burocrático. Os portos tam-bém têm seus limites de capa-cidade. Há custos muito altos.Depois de anos de pesquisase de melhorias, vem o assun-to do porto, que passa por umareforma tributária. Sem umareforma tributária não se con-segue viabilizar isso. Há pou-co que se possa fazer sem umatransformação realmente im-portante. Eu não faria assim.

-Entrvista Pallaro 12/4/10 18:32 Página 99

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AAGGRRIIWORLD100

O Brasil apesar de ser umpaís, é comparável a um con-tinente. Em relação à proli-feração de feiras, consideraque são excessivas pelo custoque elas representam para asempresas?

Sim, são excessivas, maseu acredito que a liberdadepara criar não se pode elimi-nar. Temos essa tendência a fa-zer uma feira em cada lugar,pensando que vai levar be-nefícios e crescimento à re-gião. Estamos ainda nessa épo-ca. Acredito que mais tarde vi-rá a necessidade de organizá-las, como aconteceu na Euro-pa, com uma periodicidade,calendários, itinerante, paradefinir quais realmente temque sobreviver. No ano 2000tivemos essa tendência ao cres-cimento e de forma progressi-va foi aumentando. Logo tam-bém houve uma racionali-zação, e finalmente acreditoque voltará a haver uma es-tabilização do panorama, pa-ra ter matizes que indiquemonde se tem que apostar. Nãosomos maduros para dizerquantas feiras deve haver. Fal-ta bastante ainda para poderdefinir um circuito como hána Europa. Necessitamos ser

mais maduros e estabilizar-nospara chegar a isso.

Viemos de um momentode enfrentamento de uma cri-se, embora no Brasil tenha si-do menor. O ano de 2010 se-rá um ano bom ou será pa-recido?

No Brasil, o mercado seráaté melhor que o ano de 2008,ano recorde. A diferença seráque 2008 foi ano recorde tam-bém nos resultados da expor-tação. Para 2010 acreditamosque alcançaremos resultadosrecordes somente no Brasil, in-clusive acima dos resultadosde 2008, mas que perderemoso volume da exportação, por-que não somos competitivos eoutros mercados da AméricaLatina não terão reagido ain-da. Temos um otimismo mode-rado no seu conjunto, tanto anível interno como externo.

A enorme demanda pormáquinas, especialmente col-heitadeiras, que tem ocorridonos últimos meses, obriga-os atomar as medidas concretas pa-ra os níveis de produção?

Realmente o mercado es-tá aquecido para a comercia-lização de colheitadeiras. Ten-

do em vista o final das baixastaxas de juro para financiamen-to destas máquinas em jun-ho, o produtor está aproveitan-do este período para renovara sua frota com melhores con-dições de pagamento. Com is-so, claro que nossos níveis deprodução estão mais elevadospara atender esta demanda

Como se comportaram asvendas neste primeiro trimes-tre? Eles estão atingindo os ní-veis previstos pela sua empre-sa?

A New Holland já aposta-va que este primeiro trimes-tre tivesse um bom volume devendas, tanto que programa-mos o lançamento de uma col-heitadeira de alta produtivida-de para o primeiro semestre de2010. Podemos dizer que elasestão consideravelmente aci-ma dos números do ano pas-sado e superam levemente opatamar de 2008, quando tín-hamos também um bom cená-rio. O mais importante é queexiste um sinal claro de que osventos estão voltando a soprara nosso favor no mercado demáquinas agrícolas.❏

Julián Mendieta

ENTREVISTA

-Entrvista Pallaro 12/4/10 18:32 Página 100

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-Publ. Revistas Grupo 14/4/10 17:28 Página 2

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AAGGRRIIWORLD102

HISTÓRIA

Neste ano, a indústria de tratores agrícolascomemora o seu 50º aniversário com umaimportante participação mundial no setor.

22001100:: 5500 AANNOOSS DDAAIINNDDÚÚSSTTRRIIAA NNAACCIIOONNAALL DDEETTRRAATTOORREESS

-50 AÑOS BRASIL 14/4/10 13:21 Página 102

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alguns modelos importados.O mercado de peças de repo-sição era caótico.

Esta difícil situação provo-cou a sensibilização do gover-no Kubitschek que edita o De-

creto 47.473 que institui o Pla-no Nacional da Indústria deTratores agrícolas, em dezem-bro de 1959. Atendendo con-vite do governo e promessa deapoio, apresentaram projeto

AAGGRRIIWORLD 103

Após a segunda grandeguerra e a década de60, os agricultores bra-

sileiros conviveram com gran-des dificuldades para mecani-zar as suas lavouras. Segundoos mais antigos, a grande di-

versidade de máquinas e mo-delos, originária de diversospaíses, fazia com que, em de-terminados casos, fosse maisfácil comprar um trator no-vo, com financiamento ban-cário, do que tentar recuperar

DESDE AQUELE DISTANTE 1960 ATÉ AGORA, A INDÚSTRIA DE TRATORES SEESTABELECEU, FEZ RAÍZES E PRODUZINDO QUANTIDADE CONSIDERÁVEL DOSTRATORES QUE SE FABRICAM NO MUNDO, ASSUMIU PROTAGONISMO MUNDIAL.NOS ÚLTIMOS ANOS PASSOU A EXPORTAR GRANDE PARTE DA SUA PRODUÇÃO,MOSTRANDO AO MUNDO A QUALIDADE DOS NOSSOS PRODUTOS.

-50 AÑOS BRASIL 14/4/10 13:21 Página 103

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para a instalação os seguin-tes fabricantes: CompanhiaBrasileira de Tratores (CBT),Demisa – Deutz Minas S.A.,Ford Motor do Brasil S.A.,Massey Ferguson do BrasilS.A., Valmet do Brasil S.A.Indústria e Comércio de Tra-tores e Tratores Fendt S.A. Comexceção da Deutz que se ins-talou em Minas Gerais, todasas demais no estado de SãoPaulo.

A partir de 1960, com odescumprimento de diversasexpectativas geradas pelo pla-no, apenas a Ford e a Valmet,com uns 80% e 20% do mer-cado respectivamente inicia-ram a efetiva fabricação na-

cionalizada. Segundo infor-mações da época, nem todosos compromissos assumidospelos órgãos governamentaisenvolvidos foram efetivamen-

te cumpridos. Mesmo assim,em 1961 a Massey Fergusone a CBT iniciaram a fabricação.Entrou em fabricação o pri-meiro trator nacional, o CBT,da Companhia Brasileira deTratores, indústria de capital

AAGGRRIIWORLD104

privado, instalada em São Car-los, SP. Posteriormente pas-saram a ser importantes na co-mercialização a Fendt e aDeutz, que já estavam no Bra-sil, como importadores.

No ano 65 estavam sendocomercializados tratores dasmarcas Ford (20%), MasseyFerguson (35%), Valmet (21%),Deutz (12%), CBT (10%) eFendt (2%). Ainda que estasporcentagens sejam aproxima-

das, se pode notar que aFord já começava a dimi-nuir sua participação nomercado, e de fato se re-tirou do Brasil no ano1967.

Nos princípios da dé-cada de 70, a Massey Fer-guson predominava nomercado, com mais de50% do total de tratoresvendidos. A outra metade

se repartia entre CBT e Valmet.Nestes anos o mercado era de

HISTÓRIA

No ano 65 estavam sendo

comercializados tratores das marcas Ford

(20%), Massey Ferguson (35%), Valmet

(21%), Deutz (12%), CBT (10%) e Fendt (2%)

-50 AÑOS BRASIL 14/4/10 13:21 Página 104

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AAGGRRIIWORLD 105

três marcas e as opções corres-pondiam aos modelos que es-tas ofereciam. Em 1971 entrano mercado a Malves e em1974, a Agrale. No ano 1975o governo federal voltou a in-centivar a indústria de tratores,o que fez com que os preçosbaixassem até 1976. Aprovei-tando esta série de incentivosa Ford retorna ao país oito anosdepois de sair do mercado bra-sileiro. Comparando-se o preçodo trator com um produto bá-sico do país, o milho, se pas-sou pela situação de que pa-ra comprar um trator em 1967se necessitava de 2147 sacosdo produto até que em 1975,o mesmo trator somente reque-ria 818 sacos. Foram anos mui-to importantes para a indústrianacional, com os quais se in-crementou a capacidade po-tencial de produção, chegan-do a 100.000 tratores anuais,o que efetivamente nunca se

alcançou. No final do ano1976, a relação entre o preçodo trator e o saco de milho ha-via incrementado a 1018sc/tra-tor, o que provocou a quebratécnica de algumas empresasfabricantes. A conseqüênciapara as que permaneceram nomercado foi uma redução dasvendas, diversificação e a ten-tativa de exportação, princi-

palmente para os países vizin-hos da América do Sul. Nesteperíodo se nacionalizou a Mas-sey Ferguson. A partir de 1977,outra vez as dificuldades nocrédito bancário provocaramuma diminuição na demanda,o que incrementou a ociosida-de e os preços.

Ao final da década de 70o mercado estava dividido

A máxima produção de tratores foi

alcançada em 2008, depois de um

marcante crescimento a partir de 1996

Produção nacional de tratores de rodas (Fonte: Anfavea)

-50 AÑOS BRASIL 14/4/10 13:21 Página 105

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principalmente entre estestrês fabricantes: Massey Fer-guson, CBT e Valmet. O res-tante com a Ford, que haviaretornado ao país e quatroempresas de pequena fabri-cação, Malves, Brasitália,Agrale, com os microtratorese a Case, com os tratores demaior porte. Nesta época secomercializava ao redor de50.000 unidades ao ano, sen-do que os 63.000 do ano1976 foi o recorde de pro-dução e vendas. Se conside-rássemos os tratores de rodase os motocultores o total atin-giu aproximadamente 72.000unidades anuais.

O Brasil sempre foi umconsumidor de seus própriostratores porque a parcela deexportação nunca ultrapassa-va os 20%. Na década de 80não se pôde manter a pro-dução nos altos níveis dos anosanteriores e se gerou uma di-minuição da produção com adevida estabilização nos ní-veis dos 25.000 tratores. Nomercado interno, a demandapor regiões é bastante maiorna região sul e sudeste, ondese comercializa ao redor de

75% dos tratores fabricados,assim mesmo estas vendas so-mente atendem a reposiçãodo parque existente. A regiãomais promissora é talvez ocentro-oeste e o baixo nordes-te, onde no futuro se pode for-mar uma região onde a por-centagem de vendas pode in-crementar-se.

A parcela referente à ex-portação aumentou e chegoua níveis ao redor de 29% em1988. O principal fabricantea exportar seus produtos era aMaxion, com 12% do total desua produção.

Nesta época as crises dosetor já haviam provocado ofechamento de algumas fábri-cas importantes, ou pelo me-nos da linha agrícola de pro-dução e reduzindo bastante onível de produção de outras.

Neste mercado confusoe de poucas possibilidades pa-ra os menores fabricantes, al-gumas empresas como a San-ta Matilde e a Yanmar tiveramsua participação significativa.Outras empresas como a Mas-sey Ferguson mudaram de no-

HISTÓRIA

-50 AÑOS BRASIL 14/4/10 13:21 Página 106

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AAGGRRIIWORLD 107

me, passando a produzir ou-tra marca de tratores como foio caso do Maxion.

Fazendo-se uma análisehistórica da produção de trato-res do Brasil, temos um iníciotímido no ano 1960, um augeem 1976, com mais de 64.000tratores produzidos e um nívelestabilizado de aproximada-mente 20.000 tratores produ-zidos por ano, a partir de 1990.

Quanto a inovações tec-nológicas se pode dizer queuma delas foi a utilização doálcool combustível, lançadopela Valtra em 1983, ainda queos resultados não tenham si-do os esperados. Durante al-guns anos foram produzidosmodelos de tratores com estecombustível, tanto em cicloOtto, como em mistura, no sis-tema Diesel.

A partir do inicio da déca-da de 90, o mercado voltou aabrir-se e começaram a entrar

os tratores importados, princi-palmente da Europa e EstadosUnidos de América. Infeliz-mente a CBT encerrou a suaparticipação no mercado de-pois de mais de 35 anos de ati-vidade. Em 1990 é criada aAGCO proprietária da marcaMassey Ferguson, adquirindoa Maxion, do grupo Iochpe.

A situação no final da dé-cada de 90 era muito preocu-pante, pois as vendas não pas-saram das vinte mil unidadesanuais no mercado interno(1996) e as revendas de tra-tores de pequeno porte, distri-buídas pelo interior do país,não conseguiram suportar as

novas condições de mercadoestabelecidas pelo Plano Re-al. A rede de revendedores di-minuindo desta forma fez comque o mercado ficasse restri-to somente as grandes marcas.Instalou-se no Brasil a John De-ere, por meio de uma asso-ciação com a SLC, e iniciou,em 1996, a fabricação de umalinha de tratores semelhantes

aos que já fabricava e comer-cializava no resto do mundo.Posteriormente a Deere assu-me toda a empresa, e a SLCretira-se.

Atualmente o mercado édividido por várias marcas edemonstra um perfil exporta-dor, manifestado pela enormepercentagem da produção queé enviada a diversos países,principalmente da América La-tina. A produção média anualestá próxima às 50.000 unida-des e os produtos nacionaisdemonstram um crescimentotecnológico.❏

José Fernando Schlosser

Atualmente o mercado é dividido por

várias marcas e demonstra um perfil

exportador, manifestado pela enorme

percentagem da produção que é enviada

a diversos países

-50 AÑOS BRASIL 14/4/10 13:21 Página 107

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Podemos dizer que o anode 2009, a nível mundial,precisa ser esquecido. No

último trimestre de 2008 co-meçaram importantes quedasna economia e nos mercados.Como isto afetou o mercadoBrasileiro?

2009 foi um ano de crise,mas desde que estou nesse ne-gócio (30 anos) vivi no míni-mo dez crises, cada uma dife-rente da outra. Não há duascrises iguais. Sempre há quetrabalhar com essa possibili-dade. É parte do nosso negó-cio. Podemos ter tanto crisesem estado real como um anobom, como o ano de 2008,que foi o ano de ouro. As com-panhias tentam construir ba-ses quando as coisas não vão

bem, que nospermitam so-mar bons resul-tados quando omercado se re-cupere. O anode 2009, do pon-to de vista de resultados nãofoi bom, mas logo nos ofere-ceu a oportunidade de olharo negócio e identificar opor-tunidades de melhora, que nospermitirão ser mais fortesquando o mercado melhorarem 2010.

O mercado no Brasil temparticularidades que não exis-tem em outros mercados. Porexemplo, a importância queos insumos têm em seu desen-volvimento e os altos e baixos

A JOHN DEERE APOSTOUFORTE NA TECNOLOGIAPOR SATÉLITE PARACRESCER NO MERCADOBRASILEIRO, MASTAMBÉM IMPÔSIMPORTANTES DESAFIOSEM OUTROS SETORES,COMO O DA CANA DEAÇÚCAR, ONDE EMBORARECENTEMENTE TENHACOMEÇADO A COMPETIR,PRETENDE SER ANÚMERO UM EM APENASCINCO ANOS.

ENTREVISTA

Paulo Herrmann Diretor Comercial da John Deere para a América Latina

“Nossa estratégia: mercado internodiversificado e mercadoexterno para compensarquando o mercado internonão vai bem”

-Entrevista Herrmann 12/4/10 18:20 Página 108

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AAGGRRIIWORLD 109

que podem acontecer em pro-dutos como a soja, a cana deaçúcar e a colza. Até que pon-to os resultados desse tipo deprodutos podem influenciar atrajetória de política de ven-das e de planos de marketingna John Deere?

Com esta frase define-separte de nossa estratégia: “nãose pode colocar todos os ovosna mesma cesta”. Dentro domercado Brasileiro temos gran-des oportunidades como a ca-na de açúcar, por exemplo. Oaçúcar é um grande merca-

do que está co-meçando a se desenvolver. Amecanização é muito simples.Há muitas coisas para seremfeitas. A pecuária no Brasiltambém é um mercado commuitas oportunidades. E, comcerteza, o grão. Mas tambémhá mercados fora do Brasil,que são o segundo desafio. Porum lado, olhamos o merca-do Brasileiro e tentamos cons-truir uma estratégia que aten-da os diferentes nichos e, poroutro, estudamos os mercadosde exportação. São mercadosimportantes a Venezuela, Pa-raguai, Argentina, e outros. Pa-

ra esses mercados tam-bém oferecemos um produtoadequado às característicasque demandam. Essa é a es-tratégia: mercado interno di-versificado e mercado exter-no para compensar quandoo mercado interno não vaibem.

A John Deere tem no Bra-sil três fábricas, nas quais de-fine produtos de forma clara.Por um lado é fabricante e poroutro importa e exporta. For-nece para a Europa máquinasde colheita, mas por sua vez,também está nos EUA e ou-tras partes do mundo, como

-Entrevista Herrmann 12/4/10 18:20 Página 109

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AAGGRRIIWORLD110

Deere & Company, com peçase componentes. A posição for-te do real não prejudica mui-tas vezes no momento de ex-portar? Como conjugar a mis-tura de moedas e conceitos?

Esse tema sempre está pre-sente em nossa política. Emum país como o Brasil, a mo-eda é um ponto de discussãoporque durante um tempo po-de estar muito forte, e depoisbaixar. Como estratégia, ten-tamos fazer que a balança deimportados e exportados se-ja mais ou menos equivalen-te. Se perdermos na expor-tação, ganhamos na impor-tação. Hoje, mais ou menos,importamos 30% de compo-nentes e exportamos 15% denossa produção. No final fica-mos equilibrados.

Sobre uma base de 100%da produção das três fábricas,que percentagem a John Dee-re exporta para fora do Brasil?

Uns 20%.

Quais são seus principaisclientes de exportação?

Em primeiro lugar a Argen-tina. Depois, Paraguai e Uru-guai. Toda a América Latinaé um mercado forte para nós.Por exemplo, a Venezuela al-guns anos nos compra entre1000 e 2000 tratores. Os mer-cados da América do sul sãobons. Em colheitadeiras, a Eu-ropa ocidental e também pa-ra Europa oriental, e agora es-tamos começando na Rússiae todos os países que eram daantiga União Soviética. Em re-lação aos tratores ainda esta-mos estudando.

De momento, não chega-ram as normativas que estãosendo aplicadas na Europae que tanto estão encarecen-do o produto. Mas, antes oudepois chegarão, e os fabri-cantes terão que passar pe-las mesmas exigências. Co-mo enfrentarão o aumentode custo dos produtos commotores tier II ou tier III, le-vando em conta que às vezeso cliente Brasileiro dispõe deum nível mais baixo de ren-tabilidade que os clientes oci-dentais?

Entre Tier I e Tier II a dife-rença é pequena. Entre Tier IIe Tier IV há um mundo de di-ferença. Atualmente, nós ven-demos produtos Tier II no

campo, estamos preparadosna fábrica de motores para es-ses produtos, isso significa quenão será custoso para nós ado-tar a normativa. Mas, para TierIV, a coisa muda. É a maior in-versão que a companhia estáfazendo e tenho dúvidas deque o resultado vá ser diferen-te. Não acredito que o Tier IVesteja em nosso horizonte nospróximos anos.

A companhia pode ser in-fluenciada pela má situaçãoeconômica da Venezuela se oproduto que está exportandobaixe em qualidade, tendo emconta os acordos que esse pa-ís tem com o Irã?

ENTREVISTA

-Entrevista Herrmann 12/4/10 18:20 Página 110

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A realidade é que a Vene-zuela economicamente falan-do, é um país com forte de-pendência do petróleo e pos-sui um povo muito trabalha-dor, entretanto não cabe a nin-guém julgar as políticas e es-tratégias de cada nação.

Um dos temas que assom-bra ao ver a fábrica de John De-ere em Montenegro é a ob-sessão pela segurança no tra-balho e a modernidade nas má-quinas, ferramentas e no pro-cesso de fabricação. A compan-hia fez um investimento impor-tante num momento em quehá que olhar muito bem ondese investe. A fábrica de Mon-tenegro está planejada para ad-mitir sucessivas ampliações emelhorias quando os mercadosassim o requererem?

Esse é o conceito básicoda fábrica: sua capacidade pa-ra crescer em módulos. O lu-gar é grande e a construçãopode ser ampliada sem gran-de dificuldade. Eu gostaria dedestacar que é uma fábrica

moderna porque para quem aconstruiu há dois anos era umaobrigação. Quanto à obsessãopela segurança, não foi um te-ma de grande investimento,mas sim de filosofia. Num pa-ís como o Brasil, que está co-meçando a ter relevância nocenário mundial e que se po-

de considerar “novo”, já quetem somente 500 anos, hámuitas fraquezas: de infra-es-trutura, culturais, de edu-cação... Uma companhia co-mo Deere tem uma responsa-bilidade e não é somente ven-der. É tentar, a partir de Mon-tenegro e de outras fábricasque temos, incutir em nossosfornecedores nossas práticas,nosso conceitos. Fazer comouma onda, em que nela em to-do o universo gire em torno da

John Deere (fornecedores, con-cessionárias, clientes...), a se-gurança seja uma questão cen-tral. Toda essa segurança dafábrica, nós queremos levar aoresto de âmbitos da Deere eincutir aos clientes. O bom denossa atividade é que temosuma corrente. Quando fala-mos de proteger o meio am-biente, nossa fábrica, ambien-talmente correta é somente oinício. Os próximos passos sãover como os clientes descar-tam as baterias, os filtros, oslubrificantes. Deere é o iniciode uma onda de segurança, deconservação do meio ambien-te, de eficiência, de fazer quea capacidade do agricultor nofinal seja mais rentável, tenhamais ganhos e seja mais sus-tentável em longo prazo.

O nome John Deere pe-sa muito?

Sim e não. John Deere ain-da não somos conhecidos nomercado da cana, como nomercado do grão. Estamos co-meçando, mas temos pre-visões de ser, em cinco anos,o número um. Se falarmoscom o produtor de grão, JohnDeere está no lugar mais alto.É número um em prestigio, emtradição, em qualidade. Osagricultores nos conhecem ereconhecem. Mas, não se po-de somente trabalhar com o

“Toda a América Latina é um mercado forte

para nós, em especial a Argentina”

-Entrevista Herrmann 12/4/10 18:20 Página 111

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produtor de grão. Precisamostrabalhar com o produtor dealgodão, de cana, pecuária, eaí está o desafio.

Como é a relação que aJohn Deere tem no Brasil coma rede quanto à formação,quanto ao conceito de trans-missão de filosofia e, sobretu-do, quanto a que cada vezvende produtos muito maissofisticados, onde o conheci-mento da tecnologia é umaexigência e onde não se podepermitir que umtrator ou uma col-heitadeira fique pa-rada? Como a JohnDeere forma a suarede?

A formaçãona distribuição éuma estratégiabásica. Temostrês fábricas noBrasil com gran-de capacidade,que ainda nãochegaram aoseu limite eque tem possibilidade de ex-pansão e de ser ampliadas pormódulos. A gama de produtosque teremos este ano será amais ampla do mercado. Ago-ra, temos que trabalhar a redede distribuidores, pretende-mos estar cada vez, mais per-to dos nossos clientes. Quere-mos estar mais perto dos agri-cultores como jamais estive-mos. Quanto à qualificação,temos cinco centros de treina-mento no Brasil, e no ano pas-sado aumentamos o sistemade treinamento. Somente em2009 oferecemos mais de

10.000 horas de DLC (distan-ce learning class). É um pro-grama de treinamento na ci-dade, na casa do concessio-nário. Não há necessidade deir ao centro de treinamento.Além disso, oferecemos127.000 horas presenciais. Is-so demonstra que para nós éfundamental que nossos con-cessionários conheçam o pro-duto, seu manejo e manu-tenção.

O Brasil é similar em di-mensões a um

continente. Isso expli-ca que as exportações agríco-las sejam imensas. A John De-ere tem sido um impulsor en-tre os grandes grupos da “agri-cultura das estrelas”. Como acompanhia está implantandono Brasil essa nova atitude daagricultura?

A John Deere fez esse anouma grande reestruturação,baseada em uma forma dife-rente de olhar os produtos. Di-vide o negócio em cinco pla-taformas de produto. E essasplataformas são as responsá-

veis por oferecer o produtomais correto em cada parte domundo. Hoje estamos venden-do tratores construídos em Wa-terloo, nos EUA aos agriculto-res do meio oeste america-no. Também estamos olhandoqual é a melhor especificaçãoque o trator necessita para tra-balhar bem na Rússia, na Ale-manha, na Espanha, em ou-tros mercados diferentes. A no-va proposta da companhia nosajuda muito. Nós, por exem-plo, acreditamos que nos pró-ximos anos vamos olhar mais

os mercados de trato-res especiais enão tanto o mer-cado do grão.

As vendas quea John Deere estáfazendo de tecno-logia para acom-panhamento por sa-télite dos cultivos,dos rendimentos, se-rá uma parte impor-tante do desenvolvi-mento da John Dee-re no Brasil?

Exatamente. É im-pressionante a velocidade deadoção dessa tecnologia. Ooperador dirige a máquina damaneira mais simples. É umaquestão de melhoria quantoao uso do equipamento. A ne-cessidade de baixar custos deprodução está permitindo queessa tecnologia entre com umgrau muito grande de adoção.É o futuro e é onde a John De-ere pode conseguir a sua lide-rança no Brasil. Nossa forçaestá em que “nossas máqui-nas são mais inteligentes.”

ENTREVISTA

-Entrevista Herrmann 12/4/10 18:20 Página 112

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A John Deerevende máquinas, ven-de tecnologia e tam-bém vende financia-mentos, é um supor-te importante que,nesses momentos dedificuldades paramuitas empresas, aJohn Deere dê umpasso adiante comJohn Deere Finance eajude o cliente finalcom operações pon-tuais muito concre-tas?

O crédito, tradi-cionalmente na Amé-rica Latina, é parte davenda. Os agricultores dessaparte do planeta não têm sub-sídios, tem que sobreviver comas leis do mercado. Quandose vende um produto, temosque oferecer uma linha de cré-dito que facilite a compra. Is-so funciona bem em algunspaíses como o Brasil, mas te-mos grande dificuldade em ou-tros países como Paraguai ouArgentina. O grande desafiode Deere é levar a todos os pa-íses e regiões um apoio por-que o crédito é parte do negó-cio.

Esse crédito fideliza ocliente posteriormente? Essaconfiança que existe em quequando teve necessidade, foilhe dado apoio, é uma pos-tura mais do marketing parafidelizar o cliente?

A partir do empréstimo seconstrói uma relação de ami-zade, de gratuidade, e algumdia pode transformar-se em le-aldade. Eu diria que a relação

é de amizade, gratui-dade e confiança.

O período de2010 vai de outubroa outubro. O quêvocês esperam emnível de mercadoBrasileiro para esteperíodo? Quais sãoas previsões?

As previsões comas quais trabalhamosatualmente são de terum 2010 melhor queo 2009, embora abai-xo de 2008, quer di-zer, um ano interme-diário. Temos alguns

mercados, como o brasileiro,que registrará aumentos, masum mercado importante co-mo Argentina acreditamos quereagirá a partir do segundo se-mestre. Além disso, há merca-dos que tem grande influên-cia política e não sabemos co-mo vão se conduzir. Haveráeleições no Brasil e na Argen-tina. Tudo isso impacta. Por is-so nossa previsão é superioraos resultados de 2009, masabaixo de 2008.

Podemos dizer que se ol-ha a perspectiva com con-fiança, mas com prudência?

Sim.

Como está evoluindo noBrasil o produto “velho”?

Quando a economia vaibem, o mercado da máquinausada vai bem, porque o Bra-sil é muito grande e seu nívelde mecanização ainda estábaixo. Ainda há mercado pa-ra quem trabalha com cavalos

Temos três

fábricas no Brasil

com grande

capacidade, que

ainda não

chegaram ao seu

limite e que tem

possibilidade de

expansão e de ser

ampliadas por

módulos

-Entrevista Herrmann 12/4/10 18:20 Página 113

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ou bois e decide comprar umtrator de vinte anos. O proble-ma chega quando existe cri-se. O primeiro negócio quepara é o mercado do usado emuitas vezes influencia quenão haja uma linha de crédi-to para o usado.

Há no Brasil um excessode feiras?

Acredito que haja um ex-cesso de feiras e que as fei-ras estão ficando muito caras.Há uma discussão sobre es-se tema, sobre o fato de quetenhamos feiras a cada doisanos, sobre dar à elas mais es-paços de tempo entre uma eoutra, que estejam mais inter-caladas e que sejam itineran-tes e não tenham somenteuma localização. É um temadifícil porque sempre há inte-resses comerciais e políticos,mas essa é a realidade de ho-je. Com os custos que se temem hotéis, restaurantes, etc.,está sendo quase impossívelparticipar das feiras do Brasil.

O Brasil tem uma respon-sabilidade com a Amazônia.Os demais países estão enten-dendo o sacrifício de desen-volvimento que o Brasil fazpara não demarcar essa par-te do seu território?

Existem ações muito im-portantes acontecendo agorapara que a expansão da agri-cultura não avance na direçãoacima do amazonas. Há maisde 100 milhões de hectaresprontos para entrar em pro-dução. Há muita emoção ediscussão sobre a Amazônia.Acredito que poucas pessoasconheçam o tema. Hoje se es-tá imputando ao produtor desoja a destruição da Amazô-nia, quando na realidade,quem está destruindo aAmazônia são aqueles quevendem a madeira e os gran-des grupos asiáticos. Logo, en-tra a pecuária. E, somente de-pois entra o arroz e a soja. Nãoé uma discussão honesta. Doponto de vista da Deere, o de-bate não deveria ser se a dis-

cussão é correta ou in-correta. Há que protegera Amazônia, mas tam-bém o Brasil precisa for-necer agricultura para omundo. Se o Brasil pro-duz grãos em 50 milhõesde hectares, o cerradotem 200, quatro vezesmais, mas da metade(100 milhões) são maus,com solos degradados,compactados, com bai-xa fertilidade. Se somar-mos 100, teremos capa-cidade de dobrar a pro-dução. Essa é a estraté-gia. Caminhar para o ce-

rrado. Melhorar o cerrado, in-tegrar o cerrado e com isso bai-xar a pressão.

A crescente demanda nosúltimos meses, por tratores ecolheitadeiras, já determinoumedidas concretas de aumen-to da produção?

Sim, inicialmente fomosajustando os volumes adicio-nais com aumento das jorna-das de trabalho e mais recen-te, tomamos a decisão de con-tratar mais pessoas para aten-der a demanda do mercadopor máquinas agrícolas.

Como estão as vendas nes-te primeiro trimestre? Elasestão atingindo os níveis pre-vistos pela sua Companhia?

Sim, estamos muito satis-feitos com a reação dos mer-cados e correpondentes volu-mes de vendas, que espera-mos continuem desta formatodo o ano de 2010 e 2011.❏

Julián Mendieta

ENTREVISTA

-Entrevista Herrmann 12/4/10 18:20 Página 114

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-Bahia Brasil 14/4/10 16:04 Página 1

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Evolução da agriculturabrasileira

A agricultura brasileiraantes de 1970

No início da década de70, a situação econômicabrasileira era instável, e qua-se toda a agricultura estavacentralizada nas regiões sule sudeste. Durante esse perí-odo não se abastecia a de-manda de alimentos do país,então, uma parte se importa-va a preços altos, e o conse-quente aumento da inflaçãoe a pobreza rural e urbana li-

mitavam o desenvolvimentodo país.

A tendência crescente dapopulação incrementa a de-manda de alimentos; ao mes-

mo tempo se produz o des-locamento da população ru-ral para as cidades, por issopara estabilizar a economia senecessitava aumentar a pro-

A TECNOLOGIAAGRÍCOLA

AA TTEECCNNOOLLOOGGIIAA DDOOPPRREEPPAARROOCCOONNSSEERRVVAACCIIOONNIISSTTAA NNAAAAGGRRIICCUULLTTUURRAA TTRROOPPIICCAALL..

OO MMOODDEELLOO BBRRAASSIILLEEIIRROONA ÚLTIMA REUNIÃO PLENÁRIA DO CLUBE DEBOLONHA, CELEBRADA EM HANNOVER, DURANTE AAGRITECHNICA 2009, O DR. MANTOVANIAPRESENTOU UMA INTERESSANTE PALESTRA,DENTRO DA SESSÃO DEDICADA À MECANIZAÇÃO NAAGRICULTURA SUSTENTÁVEL, CUJA SÍNTESEOFERECEMOS A VOCÊS.

Brasil no

AA TTEECCNNOOLLOOGGIIAA DDOOPPRREEPPAARROOCCOONNSSEERRVVAACCIIOONNIISSTTAA NNAAAAGGRRIICCUULLTTUURRAA TTRROOPPIICCAALL..

OO MMOODDEELLOO BBRRAASSIILLEEIIRROO

-MECANIZACION EN BRASIL 14/4/10 11:30 Página 116

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dução agrícola e baixar ospreços dos alimentos que che-gavam aos consumidores. De-senvolvida a capacidade pro-dutiva das zonas do centro-oeste do país se evitava a uti-lização da bacia do Amazo-nas. O Cerrado podia ser uti-lizado como uma conexão en-tre as zonas sul e sudeste, in-tegrando o nordeste mais po-bre e povoado.

A situação rural marcavao reflexo da falta de políticaspúblicas adequadas à agricul-tura, sem que houvesse umapolítica de pesquisa agrope-cuária pública capaz de mo-dificar a dependência externa.Devido ao tamanho continen-tal do país, com 8,5 milhõesde km2, distribuído em cincoregiões geográficas muito di-ferentes, se necessitava uma

organização eficaz das insti-tuições de pesquisa e uma dis-ponibilidade de recursos hu-

manos especializados para de-senvolver o conhecimento pa-ra as condições tropicais.

-MECANIZACION EN BRASIL 14/4/10 11:30 Página 117

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Primeiro ciclo para odesenvolvimento daagricultura: a tecnologiapara a produção dealimentos na década de 70

A primeira opção gover-namental foi a ampliação dafronteira agrícola na área doCerrado, utilizando os soloscom potencial agrícola e mel-horando o conhecimento domeio tropical. Assim se cria em1973 a Empresa Brasileira dePesquisa Agropecuária Brasi-leira (EMBRAPA), de controlepúblico, mas com algumas ca-racterísticas da empresa priva-da, que na atualidade dispõede uma sede central, 14 di-visões centrais, 40 centros depesquisa descentralizados e3 centros de serviços, distribuí-dos por todas as regiões do pa-ís, mais 2 laboratórios virtuaise 2 unidades de transferênciade tecnologia internacionais,com um total de 2207 pesqui-sadores, dos quais 27% tem ti-tulação de Mestrado e 72%tem o título de Doutorado.

Desde a sua criação, aEMBRAPA gerou e recomen-

dou as tecnologias para a agri-cultura brasileira, com capa-cidade para aumentar a pro-dução, proporcionando novosmateriais genéticos, e coorde-nando o sistema de PesquisaAgropecuária Nacional, rela-cionando-se com as insti-tuições internacionais corres-pondentes.

Durante os anos oitenta,houve um investimento mas-sivo, através do Ministério daEducação, num programa decooperação com as Univer-sidades dos EUA, dirigido àformação de especialistas nocampo da agricultura. Os re-sultados das pesquisas da EM-BRAPA desenvolvendo novascultivares de soja, milho, tri-go, arroz, feijão, algodão, sor-go e outras culturas menoresadaptadas às diferentes regiões,aumentaram as produções em126%, com um aumento de26% da superfície cultivada.

Esses aumentos na pro-dução tiveram como conse-qüência uma redução nopreço dos alimentos, no cus-to real da dieta alimentícia bá-

sica no período de 1973 a2007. Tomando para o lote dealimentos básicos o valor de1,0 para dezembro de 1994,o correspondente a junho de2000 foi somente de 0,3. Tu-do isso num período em quea demanda foi crescente pe-lo aumento da população, pro-duzindo-se a melhoria real dobem-estar dos consumidores.

A melhora no conheci-mento, que teve seu início naformação recebida no estran-geiro, permitiu a inovação daagricultura brasileira, ao adap-tar o conhecimento científicoe tecnológico às condições dostrópicos, melhorando a utili-zação dos solos agrícolas.

O manejo dos solos naagricultura tropical

A pesquisa mais intensa esistemática sobre o “plantiodireto” se inicia no IAPAR,Fundação do Instituto Agronô-mico do Paraná, em Londri-na (1976), e cooperando comImperial Chemical Industries

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A TECNOLOGIAAGRÍCOLA

-MECANIZACION EN BRASIL 14/4/10 11:30 Página 118

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(ICI). Na atualidade, pratica-mente todas as instituições quetrabalham com pesquisa emsolos no Brasil o fazem com“plantio direto”, como a EM-BRAPA Trigo, em Passo Fundo(Rio Grande do Sul), com pro-gramas sobre variedades, ro-tações, cultivos de cobertu-ra, mecanização, etc, e um ser-viço de extensão pública e pri-vada, com o objetivo de queo sistema seja adotado por100% dos agricultores.

Embora o aspecto econô-mico tenha sido a prioridadeno primeiro ciclo de desenvol-vimento da agricultura paragarantir a abundante produçãode alimentos a um custo bai-xo, isso não era consideradosuficiente, e também se bus-cava desenvolver um mode-lo de agricultura capaz deaproximar-se das exigênciasdo desenvolvimento sustentá-vel, no econômico, social,

meio ambiental e político, quefoi prioritário no segundo ci-clo de desenvolvimento daagricultura brasileira.

Os sistemas de cultivo tra-dicionais nos trópicos e sub-trópicos, com preparo inten-sivo do solo, produziam a de-gradação dos solos e a perdade seu potencial produtivo. Is-so leva à pobreza e ao êxododos agricultores das zonas ru-rais, que se deslocavam aossubúrbios das grandes cidadescriando populações marginaise conflitos sociais. Se é ofe-recida uma oportunidade pa-

ra a agricultura em pequenaescala, é possível manter a po-pulação rural praticando umaagricultura sustentável, mu-dando o uso e a gestão da te-rra com novas práticas de cul-tivo.

As técnicas de manejo dossolos que inicialmente se uti-lizavam no Brasil se baseavamem recomendações para os so-los de clima temperado, e de-monstraram que não eramapropriadas. Os problemas de-rivados da aplicação dessastécnicas em solos tropicais esub-tropicais do Brasil foram

Os sistemas de cultivo tradicionais nos

trópicos e sub-trópicos, com preparo

intensivo do solo, produziam a

degradação dos solos

-MECANIZACION EN BRASIL 14/4/10 11:31 Página 119

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solver a maioria dos proble-mas nas regiões sul, reduzin-do consideravelmente as per-das do solo por erosão. Alémdisso, no Rio Grande do Sulse estimulou a criação de ga-do leiteiro para os pequenosprodutores, que substituíramas culturas de grãos por es-pécies forrageiras. Assim, deoito milhões de litros de leiteque se produzia em 1986 pas-sou-se a 340 milhões em 2002.Atualmente, a produção nes-sa região é aproximadamentede seis milhões de litros de lei-

te por dia. Somado a isso, es-se estado passou de 320.000hectares cultivados com téc-nica de plantio direto em 1992a 3.818.000 hectares em 1998,com notável redução das per-das de solo por erosão.

Essa experiência foi leva-da à zona do centro oeste dopaís, na zona do Cerrado, comgrande apoio da indústria demáquinas agrícolas, que comadequadas rotações de cul-tura e utilização de herbicidasmais eficazes e baratos, per-mitiram que em 2008 se cul-

A TECNOLOGIAAGRÍCOLA

a compactação dos solos e asperdas por erosão que chega-ram a alcançar de 30 a 40 to-neladas por ano.

A causa era a utilização deimplementos de preparo quedeixavam o solo descobertoe excessivamente pulverizado,com isso as chuvas intensas ca-racterísticas do trópico gera-vam compactação e perdas nosolo por erosão. Na maioriadas experiências européias eamericanas se dava mais ênfa-se ao uso de equipamento pa-ra a preparação do solo, pres-tando pouca atenção ao pró-prio sistema produtivo.

Os efeitos negativos inevi-táveis do preparo intensivo erepetida nos trópicos e sub-tró-picos provocaram uma reduçãode seu conteúdo de matériaorgânica e perda de solo porerosão, afetando a estrutura dosolo, a sua temperatura, a umi-dade e a capacidade de infil-tração da água. Modificou-sea flora e a fauna do solo, afe-tando os processos biológicos,com perda de nutrientes e de-gradação biológica e física. Is-so produziu um decréscimo nasprodutividades, que empobre-ceu os trabalhadores que nelatrabalhavam.

Com o desenvolvimentoda agricultura tropical, esta-beleceram-se processos ino-vadores com a melhoria doequipamento agrícola, novasvariedades com ciclo mais cur-to, e cultivos de cobertura pa-ra o período invernal. A partirde 1991 se desenvolveu umnovo conceito de plantio di-reto, adaptado às condiçõessubtropicais, que permitia re-

Atualmente, com 25,5 milhões de hectares,

o Brasil ocupa o primeiro lugar em

superfícies cultivadas com plantio direto

-MECANIZACION EN BRASIL 14/4/10 11:31 Página 120

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terceira etapa, na qual se resol-veram os principais problemasde manejo dessa tecnologia,produzindo-se um crescimen-to exponencial da superfíciecultivada com esse sistema demanejo. O Sistema de Pesqui-sa Agropecuária Nacional, osetor privado e os próprios agri-cultores contribuíram com es-se desenvolvimento tecnológi-co que tornou viável a agricul-tura tropical. Seguidamente sãoanalisadas as característicasprincipais das três etapas con-sideradas no desenvolvimentodo plantio direto no meio tro-pical.

Fase I: Principais desafiospara o período de 1974 -1979

Como já foi dito, as pri-meiras experiências se desen-

tivasse no Brasil, 25,5 milhõesde hectares com técnicas deplantio direto.

Atualmente, com esses25,5 milhões de hectares oBrasil ocupa o primeiro lugarem superfícies cultivadas complantio direto, seguido pelosEUA, com 25,3 milhões dehectares, e da Argentina com18,3 milhões de hectares. NoBrasil, a superfície com plan-tio direto é de 50% do totalcultivado, enquanto que a áreanos EUA é de somente 16%.

Na evolução da superfíciecultivada com plantio direto noBrasil pode-se estabelecer 3 pe-ríodos, com uma primeira fasena qual se inicia a pesquisa, eque corresponde aos anos an-teriores a 1979, uma segundafase, que finaliza em 1991, naqual fixam-se as bases tecno-lógicas do plantio direto, e uma

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volveram no estado do Para-ná, e nelas se contou com acolaboração de GTZ (ajudaalemã), com um projeto de de-monstração realizado na em-presa rural de Herbert Bartz,agricultor brasileiro, de as-cendência alemã, utilizandocomo referência as experiên-cias de EUA e Reino Unido,usando uma semeadora parao plantio direto de soja em1972. Foi o primeiro agricul-tor que introduziu essa tecno-logia na América Latina.

Os desafios nessa primei-ra fase foram os seguintes:• Havia uma limitação opera-

cional do equipamento, jáque resultava quase impos-sível trabalhar com plantiodireto em zonas nas quais oresto da palha do cultivo an-terior era muito abundanteou a falta de tecnologia pa-

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ra fazer a semeadura coma eficácia desejada.

• Os herbicidas que eram apli-cados antes da semeaduraeram pouco eficazes no con-trole das pragas, nos cam-pos de cultivo.

• O controle das plantas inva-soras em pós-emergência erapouco seletivo e de baixaeficácia, resultando muitodifícil controlar a praga coma palha cobrindo a superfí-cie do solo.

• O alto custo do herbicida,já que, para garantir a eficá-cia do tratamento, os agri-cultores tinham que apli-car o dobro da dose de pro-duto, que se usava em con-dições convencionais.

• A tecnologia de aplicaçãoquímica dos herbicidas empré-emergência não era sa-tisfatória.

• O sistema de produção uti-lizado baseava-se na su-cessão da soja-trigo e sojaem mono-cultura, com umresíduo da colheita insufi-ciente para proteger o so-lo, favorecendo a prolife-ração de alguns patógenose o predomínio de certas es-pécies de plantas invasoras.

• A maioria do equipamentomecânico não se adaptavaàs condições tropicais, porisso houve que modificar assemeadoras, dando a elasmaior peso, e sulcadores quepudessem abrir sulcos numsolo coberto de palha.

O começo do plantio di-reto no Brasil não foi fácil, da-da a extensão superficial dopaís. As primeiras máquinasforam construídas em 1975/76

sobre a base de uma enxadarotativa (Howard Rotacaster)com capacidade reduzida detrabalho, sendo os únicos her-bicidas disponíveis o 2.4-De o Paraquat, e resultaram emabundantes fracassos nessa fa-se. No entanto, a superfíciecom plantio direto passou de1.000 hectares em 1973/74,a 400.000 hectares em1983/84.

Durante esse período, to-maram-se decisões para for-mar técnicos em tecnologiade plantio direto, e as expe-riências realizadas serviramde base para resolver os pro-blemas que iam aparecendo.Embora os agricultores fossemconscientes que o aspecto con-servacionista era muito impor-tante e havia que resolver pro-blemas de erosão e de degra-dação dos solos, apesar dasações de formação intensivapara transferir essa tecnologia,a adoção do plantio direto porparte dos agricultores era mui-to baixa, e muitos continua-vam na expectativa.

O desafio seguia sendo de-senvolver uma tecnologiaapropriada para nossas con-dições tropicais.

Fase II: Principais desafiospara o período de 1979-1991

Como característica maissignificativa dessa fase II des-taca-se o grande esforço de to-das as organizações voltadaspara o processo de difundir oconhecimento do plantio di-reto mediante reuniões e ati-vidades de transferência de

tecnologia. Foram estabeleci-das muitas entidades e clubes,principalmente nos estados doRio Grande do Sul e Paraná,com o objetivo de estender oplantio direto, e para encon-trar as soluções aos problemasque a pesquisa não havia re-solvido ainda.

Para difundir a informação,a Cooperativa AgropecuáriaCampos Gerais promoveu aprimeira Conferência Nacio-nal sobre Plantio Direto, emPonta Grossa (Paraná) em1981. Outras duas conferên-cias nacionais, realizadas em1983 e 1985, impulsionarama área sob plantio direto nosCampos Gerais de Ponta Gros-sa, alcançando-se aproxima-damente 200.000 hectares em1986, sendo essa a primeiraregião que incorporou de ma-neira generalizada a técnicado plantio direto no Brasil.

Ao descrever os aconteci-mentos mais importantes que

A TECNOLOGIAAGRÍCOLA

-MECANIZACION EN BRASIL 14/4/10 11:31 Página 122

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caracterizam essa segunda fa-se, indicam-se os seguintes:• Diversidade de reuniões de

trabalho para o intercâmbiodo conhecimento.

• Melhoria do processo e doequipamento.

• Transferência da tecnologiado plantio direto mediantea organização de clubes co-mo o “Worm Club” (clubeda minhoca) em 1979, Clu-be dos Amigos da Terra(1982), clubes de “Plantiodireto”, Associação de Pro-dutores de “Plantio direto”,

Associação de “Plantio di-reto para o Cerrado” (APDC).

• Congressos Nacionais de“Não Trabalho” em 1981,1983, 1985.

• A Fundação ABC, com amissão de promover a pes-quisa em plantio direto, as-sociada com serviços de ex-tensão e agricultores.

• Os ensaios realizados pelocentro de Pesquisa EMBRA-PA Trigo sobre:1.A aplicação do plantio di-

reto nos campos naturais.2.A mecanização do plan-

tio direto: semeadoras como disco triplo e o disco du-plo defasado.

3.Mecanismos para a aber-tura do sulco no plantiodireto.

4.Herbicidas pós-emergên-cia mais eficazes para ocontrole das plantas inva-soras.A maior expansão do

plantio direto no Brasil, du-rante a década de noventa,produziu-se no Cerrado, pelainfluência da APDC.

Com o aparecimento deherbicidas mais baratos, nomercado, na década de no-venta, o plantio direto ficoumais fácil de ser manejado,e isso unido ao desenvolvi-mento de semeadoras teve umforte impacto na adoção des-se sistema pelos agricultores.A empresa Monsanto investiuconsideravelmente na difusãodo plantio direto, provavel-mente devido a seu interessena comercialização do Glyp-hosato. Entre os fabricantes desemeadoras para o plantio di-reto, a Semeato foi o fabrican-te nacional que mais se des-tacou no desenvolvimento demáquinas para o plantio dire-to e a tecnologia para a im-plantação dessas tecnologiasde cultivo. Em 1985, treze má-quinas para o plantio direto secomercializaram no Brasil.Uma mudança de conceitosmuito significativa foi produ-zida, já que o plantio diretoinclui um conjunto de tecno-logias que abrange diversos ti-pos de cultivo, utilizando ro-tações de cultura adequadas,para manter sempre coberto o

Durante três décadas e meia uma nova

agricultura se desenvolveu para o Brasil,

resolvendo o problema inicial de

segurança alimentar e ajudando a

estabelecer uma agricultura sustentável

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solo com resíduos da colhei-ta anterior.

Fase III: Principaisdesafios para o período de1991 a 2006.

A fase III pode caracteri-zar-se como a da grande “Re-volução” da agricultura brasi-leira, a chamada AgriculturaTropical. O trabalho pionei-ro de Frank Dijkstra e Mano-el Henrique Pereira, agricul-tores e líderes em sua comu-nidade, desempenhou umgrande papel no desenvolvi-mento e difusão desse méto-do de cultivo, não somente noBrasil, mas também no estran-geiro, e de maneira especialem toda a América Latina.

A tecnologia difundidaprincipalmente aos estados deSanta Catarina e Rio Grandedo Sul, no sul do país, permi-tiu o emprego contínuo dessatécnica, reduzindo os custosde fertilizantes e herbicidas.Durante esse período algunsfatos importantes caracterizama fase III:• Diminuição substancial do

preço dos herbicidas, quepassam de $US 48,32 a $US8,74 em 1986, e a $US 4,53em 2002.

• Proliferação do plantio di-reto no Brasil e na América(1990/1992), com as Asso-ciações do Centro Oeste ea Confederação Americana.

• Conversão dos agricultoresconvencionais ao sistema deplantio direto, produzida em1990, com a introdução desemeadoras para agriculto-res em pequena escala, e de

maior tamanho para gran-des explorações mecaniza-das.

• Controle integrado das plan-tas invasoras.

• Melhoria do potencial pa-ra a fixação biológica do ni-trogênio.

• Desenvolvimento de culti-vares de soja e híbridos demilho com um ciclo total en-curtado em 30 dias, permi-tindo a sequência de soja –cultivo menor e milho comcultura forrageira (Brachia-ria spp.).

• No ano de 2000 utilizam-secultivos intercalados com o

milho (Brachiaria e Panicum)para integrar agricultura e pe-cuária dispondo de forragemdurante o inverno, como oSistema “Santa Fé”, uma ro-tação com “Plantio direto”,que permite manter o cam-po sempre com cobertura.

• Estabelecimento em todasas regiões do sistema deplantio direto, adaptando assemeadoras ao tamanho daspequenas propriedades.

• Transferência de tecnologiacom a quinta e a sexta Con-ferência Nacional do “Plan-tio direto”, organizadas emGoiânia (1997) e Brasília

A TECNOLOGIAAGRÍCOLA

A redução dos custos de produção com a

implantação do plantio direto

provavelmente foi o motivo principal

para a adoção dessa técnica por parte

dos agricultores

-MECANIZACION EN BRASIL 14/4/10 11:31 Página 124

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(1998), com mais de 2300participantes em cada umadelas.

A redução dos custos deprodução com a implantaçãodo plantio direto provavelmen-te foi o motivo principal paraa adoção dessa técnica porparte dos agricultores. Os cus-tos de produção por acre desoja com plantio direto foramde $US 27,00 na Argentina,de $US 14,18 nos EUA e de$US 11,50 no Brasil, sendo oplantio direto a forma de agri-cultura conservacionista quese utiliza em menos de 50%da agricultura dos EUA, e qua-se o único sistema de conser-vação praticado na AméricaLatina. A aceitação do plantio

direto se apresenta ao obser-var que, embora o crescimen-to da superfície implantadacom esse sistema na II Fase foide 79.000 hectares/ano, pas-sa a ser na III Fase de 1,9milhões/ano. Uma verdadei-ra revolução da AgriculturaTropical no Brasil.

Agricultura Tropical noséculo XXI

Durante três décadas emeia uma nova agricultura sedesenvolveu para o Brasil, re-solvendo o problema inicialde segurança alimentar e aju-dando a estabelecer uma agri-cultura sustentável, promete-dora para o século XXI.

-MECANIZACION EN BRASIL 14/4/10 11:31 Página 125

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Como resultado desse pro-cesso, as empresas agro-indus-triais brasileiras tomam um pa-pel mais importante na econo-mia nacional, respondendo a23% do PIB. As estatísticas de-monstram que o Brasil ocupaos primeiros lugares na pro-dução e exportação de produ-tos agrícolas e para a pecuária.

Por outro lado, devido aque mais de 80% da popu-lação vive nas cidades, o se-tor rural assume a responsabi-lidade de produzir alimentospara o país, com uma sobra

para a exportação. Os dadosdo crescimento demográficoglobal e nacional, junto coma melhoria da renda em am-plos setores da população, in-

dicam que irá se produzir umaumento da demanda de ali-mentos e a necessidade de au-mentar a produção. O Brasilestá entre os poucos países quepodem ampliar sua fronteiraagrícola e que pode aumentara produtividade do que estásendo cultivado.

Na figura anexa se apre-sentam as superfícies agríco-las utilizadas em diferentes pa-íses e o potencial de cresci-mento dessas superfícies, jun-to com três círculos que en-globam os países com área su-

perior aos quatro milhões dekm2, população de mais de100 milhões de habitantes, ePIB de mais de 400 bilhões dedólares.

Considerando os três fato-res indicados, quatro paísesentram nessa categoria: Chi-na, EUA, Rússia e Brasil. Le-vando em conta a situaçãoagrária, a produção presentee a possibilidade de expansão,o Brasil se apresenta commaior capacidade de aumen-tar sua agricultura e a oportu-nidade para a agroindústriabrasileira, devido a grandequantidade de área disponí-vel para a expansão, assim co-mo a possibilidade de aumen-tar a produtividade em algu-mas culturas. Na região cen-tral do Brasil, uma grande su-perfície do Cerrado pode sercultivada com garantia de pre-servação do meio ambiente.

Nesse cenário, para a ex-pansão de nossa agricultura senecessita modernização de sis-temas de produção – com astécnicas como a agricultura deprecisão, nanotecnologia, abiotecnologia, etc. – e encon-trar soluções para cultivos empequenas explorações agro-pecuárias, que são os objeti-vos que caracterizam a tercei-ra fase de desenvolvimento daagricultura brasileira. A EM-BRAPA enfrenta esses desafiospara os próximos 4 a 15 anos,com seu V Plano Estratégico,que inclui programas integra-dos de produção agrícola, pe-cuária e florestal, com ino-vação tecnológica que permi-ta um maior desenvolvimen-to, melhorando as pastagens(50 milhões de hectares) e asáreas de florestas degradadas,sem que seja necessário ocu-par com cultivos as zonas dematas.

SUPERFÍCIES AGRÍCOLAS UTILIZADAS E OPOTENCIAL DE CRESCIMENTO

Mais de 80% da população vive nas cidades,

o setor rural assume a responsabilidade de

produzir alimentos para o país

A TECNOLOGIAAGRÍCOLA

-MECANIZACION EN BRASIL 14/4/10 11:31 Página 126

Page 125: Agriworld edição 1

AAGGRRIIWORLD 127

Resumo e conclusões

• O desenvolvimento de tec-nologias para a agriculturatropical permitiu o cresci-mento da produção com aexpansão mínima da áreacultivada.

• A agricultura de conservaçãonas regiões subtropicais etropicais foi levada a cabomediante a tecnologia doplantio direto, que demons-trou ser a melhor soluçãopara evitar as perdas do so-lo por erosão.

• A maioria das recomen-dações para o manejo doscultivos nos solos das regiõestemperadas não resultaramadequadas para as regiõessubtropicais e tropicais, jáque com elas se produzcompactação do solo e per-das por erosão que chegamaos 30-40 toneladas por hec-tare ao ano.

• Os sistemas de cultivo comconservação de solos co-meçam a difundir-se a me-dida que se melhora o equi-pamento mecânico disponí-vel, se desenvolvem cultivosde ciclo curto, se encontram

plantas apropriadas para acobertura do solo em perí-odo de inverno com capa-cidade para suportar o es-tresse híbrido, a diversidadee o baixo preço e maior efi-ciência dos herbicidas, aomesmo tempo que há umamelhora na tecnologia deaplicação.

• As mudanças produzidas sãosignificativas, e o plantio di-reto compreende um con-junto de tecnologias que in-cluem diversas espécies deplantas, e rotações de cul-tivos que permitem ter o so-lo coberto com resíduos docultivo anterior de maneirapermanente.

• Os custos de produção como plantio direto se reduzi-ram em uma porcentagemestimada de 10 a 15%, quefoi um fator determinantepara que se adote em pro-porções muito altas.

• Com a adoção do plantio di-reto na área do Cerrado osagricultores puderam obterduas ou três colheitas porano, aumentando sua efi-ciência produtiva adapta-da às estações.

• A utilização dessa tecnolo-gia tem um impacto favo-rável na fixação de nitrogê-nio, e no controle integradodas pragas associado à agri-cultura de precisão, permi-tindo uma boa gestão dosrecursos naturais.

• A inovação tecnológica ofe-rece vantagens econômicas,com isso se produz um for-te crescimento anual daadoção do plantio direto,que cresceu mais de 21 ve-zes desde 1991.

• Estas conquistas tecnológi-cas foram possíveis graças aoesforço integrado do Sistemade Pesquisa AgropecuárioNacional, que repercutiu emuma melhora dos benefíciospara os agricultores.

• A magnitude e o grau deadoção do plantio direto pe-los agricultores de todas asregiões podem ser conside-rados como a grande revo-lução da Agricultura Tropi-cal Brasileira.❏

Evandro Chartuni Mantovani,SGE - EMBRAPA

José Eloir Denardin, EMBRAPA TRIGO

-MECANIZACION EN BRASIL 14/4/10 11:31 Página 127

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ada na produção nacional dalinha Landpower 140 cv, 165cv e 180 cv e a comerciali-zação dos tratores das sériesMistral, Technofarm e Glo-balfarm, importados da Itá-lia.

A Landini está presente noBrasil desde 2005, através deuma joint venture de 50% coma empresa brasileira Montana,tradicional na produção depulverizadores autopropelidose de arrasto. Em 2006, a em-presa iniciou a linha de mon-tagem para construir dois mo-delos de tratores Landpower,empregando 70% de compo-nentes nacionais.

Após alguns anos de di-ficuldades, o mercadobrasileiro de tratores

demonstra crescimento. ALandini prepara para relançar-se, com uma estratégia base-

BRASILEIRO

AAGGRRIIWORLD128

COMPANHIA

LANDINI PRODUZ NOBRASIL O LANDPOWER EPARA ESTE ANO PLANEJAOFERECER OUTRASFAMÍLIAS DE TRATORESCOM POTÊNCIA ENTRE 50 E 100 CV.

-Landini Montana 14/4/10 17:30 Página 128

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A Landini, nos últimosanos, trouxe para a fábrica deSão José dos Pinhais, na regiãode Curitiba, no Paraná, ondeos tratores são montados pa-ra o mercado brasileiro, a pro-dução das transmissões paratratores de 140/160 cv antesproduzidas na Europa, e ain-da lançou o modelo de 180 cv.

LandpowerEm 2010, junto com a fa-

bricação do Landpower, seprevê também a comerciali-zação de tratores fabricadosna Itália. A série Landpower,considerada a linha pesada,compreende três modelos, ini-ciando com o Landpower 140,que tem motor Perkins

AZUL

AAGGRRIIWORLD 129

1006.6T de 6 cilindros e 138cv, com uma transmissão de36 marchas mecânica, sincro-nizada, com um reversormecânico, sistema de contro-le remoto de duas válvulas eTDP de 540/1000 rpm propor-cional à velocidade de avanço,embreagem dupla e dotado deplataforma O Landpower 165,tem motor Perkins 1006.6T de6 cilindros e 166 cv e o Land-power 180 utiliza o motor Per-kins 1006.6T também de 6 ci-lindros de 177 cv.

GlobalFarm

A linha média que tem noGlobalFarm o seu representan-te, possui um modelo que é oDT 100, um trator de 100 cv(71,5 kW), motor Perkins de4 cilindros, turbocomprimidocom transmissão 12+12 comreversor sincronizado, coman-do de controle remoto duploe TDP de 540/1000 rpm e pro-porcional ao deslocamento.

A linha leve

É composta de três famí-lias, Mistral, Rex e Tecnofarm.O Mistral modelo DT 40, temmotor Yanmar, Euro3 de trêscilindros e 25,9 kW de potên-cia. O DT 45, equipado commotor Yanmar Euro3, de qua-tro cilindros tem potência má-xima de 31,9 kW. O MistralDT 50, com tração dianteiraauxiliar é equipado com mo-tor Yanmar EURO3 de quatrocilindros e 35 kW, a trans-

missão de 12+12, com rever-sor sincronizado, duas válvu-las de controle remoto, TDPde 540 e 750 rpm e propor-cional a velocidade de des-locamento e finalmente o mo-delo DT 55 que é equipadocom motor Yanmar Euro3 dequatro cilindros e 39,9 kW depotência máxima.

O modelo Rex 80 F é umtrator equipado com motor detrês cilindros, turbocomprimi-

-Landini Montana 14/4/10 17:30 Página 129

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AAGGRRIIWORLD130

do, de 55 kW de potência má-xima e o Technofarm DT 60utiliza motor Perkins com trêscilindros e 43 kW de potênciabruta. A transmissão é de12+12 marchas com reversorsincronizado, controle remo-

to com dupla tomada e TDPde 540/750 rpm e proporcio-nal à velocidade de desloca-mento. O Technofarm DT 75é equipado com motor Perkinsde quatro cilindros de 50 kW,com aspiração natural, tam-bém com a transmissão 12+12e o reversor sincronizado econtrole remoto de dupla to-mada e a TDP de 540/750 rpmproporcional à velocidade dedeslocamento. Finalmente o

Technofarm DT 85 utiliza omotor Perkins de quatro cilin-dros com 50 kW de potênciabruta. A transmissão passa aser de 16+16 com Creeper quepossibilita até 40 km/h comreversor sincronizado, duplo

comando hidráulico remoto ea mesma TDP de 540/750 rpm.

Entre os modelos comer-cializados do Technofarm seconsidera que estão os mode-los mais adequados para omercado brasileiro pelas suaspeculiaridades. A família doTechnofarm faz parte do seg-mento de mercado mais sig-nificativo no Brasil, pois maisde 60% das vendas internasestá na faixa de 60 a 100 cv.

Para os mercados fora da Eu-ropa a série Technofarm estãoequipada com motores PerkinsTier II, fabricados no ReinoUnido, que cobrem um am-plo segmento da potência emrelação ao Tier III da Europa,

característica que permite aoTechnofarm ser oferecido emtrês versões de motorização.A característica compacta doTechnofarm permite uma uti-lização mista, em lavourasanuais, pomares e horticul-tura. O operador trabalha so-bre uma plataforma, com ala-vancas laterais e está bem pro-tegido por um projeto ergonô-mico superior a muitos dosconcorrentes locais, que têmas alavancas de mudança demarcha em posição central.

A combinação de taman-ho, desempenho, confiabili-dade, durabilidade e ergono-mia tornam o Technofarm ade-quado para atender as neces-sidades da agricultura no Bra-sil. A Landini traz ainda ao Bra-sil um trator de esteiras, mo-delo Trekker, que é realmen-te uma novidade no setor.❏

Furio Oldani

COMPANHIA

-Landini Montana 14/4/10 17:30 Página 130

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AAGGRRIIWORLD 131

COMPANHIA

Além da unidade brasi-leira de Ribeirão Preto,em São Paulo o grupo

conta com fábricas na Itália,França, Inglaterra, Polônia eChina.

Todas as estruturas juntasocupam uma área de 140.000m2, empregando cerca de 800pessoas. Especificamente, aempresa mãe da ADR está lo-calizada na sede histórica daUboldo, na província italianade Varese, na qual há uma mo-derna fábrica com produçãoflexível e automatizada, queproduz principalmente eixoscom diferentes configurações,do tipo fixo, de direção e desuspensão. Também na Itália,mas em San Pietro al Natiso-ne no Friuli, a fábrica está es-

tabelecida na CLM, uma em-presa que fabrica e comercia-liza aros de rodas, com diâ-metros que variam de quatroa dez polegadas, destinadosao uso na indústria agrícolae industrial.

Em 1990, também passoua fazer parte do Grupo ADR aempresa centenária Colaert Es-sieux, fundada em 1905, de-dicada à produção de sus-pensões convencionais, hi-dráulicas ou pneumáticas. Lo-calizada no norte da Françaé reconhecida como a líder in-discutível no mercado francês,mas também conta com umamplo mercado em toda a Eu-ropa, combinando tradição,qualidade de imagem e desen-volvimento tecnológico.

EENNVVOOLLVVEENNTTEE

RREEVVOO

LLUUÇÇÃÃ

OO

A ADR EIXOS BRASIL É

UMA EMPRESA

DESTINADA A

DESENVOLVER E VENDER

PRODUTOS DA MARCA

ADR, COM O OBJETIVO DE

MELHORAR E INOVAR AS

TÉCNICAS PARA O

TRANSPORTE DE CANA-

DE-AÇÚCAR. FAZ PARTE

DO GRUPO INDUSTRIAL

ADR, ATUALMENTE

FORMADO POR NOVE

FÁBRICAS DIFERENTES.

-ADR Empresa 13/4/10 10:15 Página 131

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AAGGRRIIWORLD132

COMPANHIA

Nascida em 1996, a em-presa polonesa ATW é fruto daaquisição de uma empresa es-tatal polonesa, que fabricavareboques, localizada no sul dopaís. Produz uma grande va-riedade de eixos e semi-eixos,não só para a agricultura, mastambém para uso rodoviário eindustrial, com capacidadesque variam de 300 kg até 32toneladas por eixo.

Também na Polônia, foicriada em 2006, a WPS, umasubsidiária controlada pelaCLM que constrói alguns tiposde rodas e sapatas de freio devários tamanhos. A inglesa Ty-remart foi então comprada em2000, ano no qual iniciou umforte desenvolvimento indus-trial e comercial.

Dois anos mais tarde, nas-ceu no Estado de São Paulo, aADR Eixos Brasil, que foi se-guida da criação da Changs-hu Saci, uma joint venture cria-da na China com parceiros lo-cais. Também na China foi re-centemente inaugurada a Chi-na ADR, próximo a cidade deQuindao. Trata-se de uma es-trutura de cerca de 60.000 m2

para uma produção que vaidesde componentes a produ-tos acabados, de semi-eixos aeixos rodoviários.

O grupo ADR inovou aoperação de colheita e movi-mentação da cana de açúcarno Brasil. Isto se deve a soluçõesúnicas, adquiridas a partir daexperiência acumulada pelaempresa no mercado europeue também pela escolha em tra-balhar com os fabricantes bra-sileiros na concepção e imple-mentação dos meios envolvi-

dos nestes processos. Somenteatravés da colaboração com em-presas de engenharia locais, queatualizam a sua produção emantém um contato permanen-te com as pessoas que cultivamcana de açúcar pôde ser possí-vel produzir componentes ade-quados para as máquinas espe-cíficas do setor, tanto aquelasempregadas para a atividade demovimentação no campo co-mo aquelas utilizadas para otransporte pela estrada, do cam-po para as usinas.

Aventura no BrasilPrecisamente por essas

exigências, o panorama encon-trado pelo Grupo ADR no seg-mento de eixos e suspensõespara este tipo de veículo, quan-do começou sua aventura noBrasil foi fortemente influen-ciado por uma filosofia de pro-jeto norte-americano do se-tor de veículos industriais, ba-seada em uma produção limi-tada, constituída de poucoscomponentes, simples, às ve-zes obsoletos, mas capazes deoferecer a vantagem da faci-lidade de acesso em todas aszonas nevrálgicas do país. Is-so deu então origem a uma sé-rie de produtos similares, pró-ximos ao limite da intercam-biabilidade, mas produzidospor diferentes fabricantes, so-

lução que ainda está eviden-ciando limitações técnicas, queafetam as escolhas dos cons-trutores de máquinas especifi-cas para a cana-de-açúcar.

Neste contexto, a entradada ADR no mercado brasilei-ro por si só, já foi uma novi-dade, graças à experiência ad-quirida pelo Grupo na Euro-pa, um mercado mais avança-do para máquinas agrícolas,embora represente uma pro-blemática diferente e, muitasvezes mais complexa do queaquela brasileira. Devido à suadiversidade e amplitude deaplicações, a empresa já ofe-rece uma solução potencialpara todos os problemas daagricultura sul-americana.

Uma evolução construti-va compartilhada por váriosfabricantes brasileiros que, háalguns anos, decidiram ado-tar para a sua linha de pro-dutos próprios e a filosofia eu-ropéia, baseada na utilizaçãodos recursos direcionados àsnecessidades específicas daaplicação. Neste contexto, assoluções projetadas e realiza-das pelo Grupo ADR que já ti-veram mais reconhecimentoe adoção foram a suspensãotandem, tridem e boogie, pro-postas através de kit pré-mon-tado, no qual os eixos já estãoalinhados e prontos para se-rem aplicados ao chassi da má-

-ADR Empresa 13/4/10 10:15 Página 132

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AAGGRRIIWORLD 133

quina que irão equipar, sem anecessidade de preparar umaestrutura especial para garan-tir o perfeito acoplamento. Is-to, combinado com a alta mo-dularidade dos componentes,garante aos fabricantes a pos-sibilidade de uma ampla e di-versificada gama, capaz de res-ponder a um grande númerode aplicações.

Um exemplo disso são oseixos “Black Bull”, um con-junto caracterizado por umcorpo especial avançado, umperfil oco feito de aço de altaresistência, disponível emseções quadradas ou redon-das que se integrados perfei-tamente com os novos freios,especificamente projetados pa-ra o uso agrícola, abrangemum intervalo de uso entre se-te e 14 toneladas por eixo.

Outra tendência que temsido fortemente defendida pe-la ADR é a introdução no mer-cado brasileiro de auto-eixos,componentes até então prati-camente desconhecidos noBrasil, mas próximos a se tor-narem uma nova referênciapara os produtores que em-pregam por mais tempo os

levou a uma diminuição demanobras necessárias paracompletar a movimentação domaterial colhido.

Ao otimizar essas ativida-des deve-se verificar tambémo sistema de direção hidráuli-ca “Dual Mode”, a mais novaproposta por ADR nesta área econstruída com base em umúnico eixo que permite quecom uma mesma estrutura, pos-sa ser obtido um grupo autoes-terçante ou como alternativa,uma versão esterçante coman-dada, com a possibilidade, pa-ra o construtor, de escolher umaou outra solução, mediante asimples substituição de algunscomponentes hidráulicos.❏

seus próprios meios no cam-po.

Durante as atividades demovimentação da cana de açú-car, os eixos de direção, de fa-to, asseguraram um aumentoda produtividade, através demaior manobrabilidade dosequipamentos, especialmenteaqueles equipados com pneusde baixa pressão, que são vi-tais para proteger as plantasapós cada corte de cana.

O resultado foi devido aum aumento da velocidadeoperacional, juntamente comum menor impacto dos veícu-los sobre o terreno e um de-créscimo no consumo de com-bustível, uma vantagem que

-ADR Empresa 13/4/10 10:15 Página 133

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AAGGRRIIWORLD134

A TECNOLOGIAAGRÍCOLA

Desde o momento emque se inicia a meca-nização da agricultu-

ra se procura, como objetivofinal, a possibilidade de queas máquinas trabalhem “so-zinhas” nas lavouras, enquan-to os agricultores “descansam”.Todos, como nós, que um diapassaram pela Estação deMecânica Agrícola para ho-mologar tratores, mesmo quan-

do estava situada em sua pri-meira localização da CidadeUniversitária de Madri, tive-ram oportunidade de ver unsbelos mosaicos de Zuloagacom a alegoria de Santo Isi-dro, rezando, enquanto o an-jo conduzia os bois arando ocampo. Ao lado, a máquinaa vapor fazia a mesma coisa,porém de modo autônomo,enquanto o agricultor provido

de técnica lia tranquilamentena lateral da lavoura.

O edifício no qual se en-contram os mosaicos, que ago-ra faz parte da Escola de En-genheiros Agrônomos de Ma-dri, foi construído no iníciodos anos 30, melhorando oedifício primitivo do organis-mo criado já faz um século,dentro do Instituto Agronômi-co, para potencializar a me-canização da agricultura es-panhola.

Como frequentementeocorre, foram os avanços datecnologia militar os que estãotornando possível que as má-quinas possam trabalhar so-zinhas no campo, ajudando avencer, pouco a pouco, as li-mitações econômicas dos sis-temas de posicionamento “te-rrestres”, conhecidos faz al-guns anos.

Mas a possibilidade deque uma máquina possa tra-balhar sozinha no campo, comuma automatização total doprocesso agrícola que realiza,nem sempre é a melhor so-lução a partir de uma perspec-

OO QQUUEE CCOONNVVÉÉMM SSAABBEERR SSOOBBRREE

AAGGRRIICCUULLTTUURRAA DDEEPPRREECCIISSÃÃOO

-AGRICULTURA PRECISON 13/4/10 18:32 Página 134

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AAGGRRIIWORLD 135

tiva econômica e social, ain-da mais quando há níveis in-termediários de mecanizaçãoque permitem integrar nos pro-cessos produtivos aos que vi-vem nas zonas rurais, emfunção do nível de desenvol-vimento das mesmas e comuma relação custo beneficiomais favorável.

Esta tecnologia, que per-mite conhecer a posição deuma máquina no campo, econtrolar seus deslocamentosdurante o trabalho, é o pontode partida para fazer o que co-mercialmente se conhece co-mo “Agricultura de Precisão”,que, de uma maneira simples,se pode definir como a pos-sibilidade de dar em cada par-te do campo um tratamentoagrícola particularizado, as-sim como o fez durante sé-culos os pequenos agriculto-res, mas mantendo a poten-cialidade que oferece a meca-

nização avançada da agricul-tura moderna.

Dito de outra maneira: re-alizar em cada zona do cam-po, e em cada momento, asoperações agrícolas mais con-venientes para aperfeiçoar aprodução, reduzindo a de-manda de insumos, com trêsconsequências principais: mel-horar o benefício empresarial,aumentar a qualidade das col-heitas e proteger o ambiente.

Em consequência, a “Agri-cultura de Precisão” é muitomais que um sistema de di-reção automática ou semi-au-tomática, e para desenvolvê-la se necessita integrar o sis-tema agrícola de uma área ge-ográfica com um conjunto detecnologias que facilitem a to-mada de decisões dos agricul-tores.

Nessas tecnologias estãoincluídos os sistemas de posi-cionamento global e de infor-

mação geográfica, e os siste-mas para a quantificação dasituação agrícola em cada zo-na do campo e para ação pre-cisa das máquinas, responden-do às ordens que previamen-te receberam.

Mas para que tudo estejaintegrado e funcione, se ne-cessita dispor de um conheci-mento agronômico persona-lizado e particularizado e pro-gramas de computador para agestão dos equipamentos decampo e para a gestão empre-sarial do sistema.

Até agora, com os “GPS”e os sistemas de direção so-mente se deu o primeiro pas-so, num caminho longo noqual há muitos obstáculos pa-ra vencer, mediante um trabal-ho que permita rentabilizar atecnologia disponível, já quecaso contrário as empresasagrárias em nada se beneficia-riam dela.

ALEGORÍAS DE SANTO ISIDRO E SOBRE AAUTOMATIZAÇÃO DA AGRICULTURA.

AUTOR: DANIEL ZULOAGA. LUGAR: ETS ENG. AGRÔNOMOS DE MADRI

-AGRICULTURA PRECISON 13/4/10 18:32 Página 135

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Conhecer a posição

Desde que os aviõescomeçaram a voar, e maisainda com a chegada dossatélites, os agricultores têmà sua disposição uma car-tografia precisa de todos osterrenos que compõem suaexploração. Com a chega-da do Sigpac, impulsiona-do pelo controle impostopela Política Agrária Co-mum da UE, cada agricul-tor conhece até o númerode árvores que crescem emseus campos e a posição decada uma delas.

A imagem visível que pro-porciona a fotografia aérea bá-sica se complementa com sen-sores no campo da radiaçãonão visível, que informam deoutras situações que não se po-de observar em uma fotografiaclássica (umidade do solo, tem-peratura, tipo de vegetação,etc.). A digitalização da infor-mação permite armazená-la as-sociada a cada ponto e aumen-tar os detalhes sem limitação.

Tradicionalmente se utili-zou marcas terrestres como re-ferência para determinar umaposição no terreno: os vérti-ces geográficos são um exem-plo disso. Em uma superfícieplana é possível marcar a po-sição de qualquer ponto, demaneira permanente, conhe-cendo sua distância a outrostrês pontos fixos. A precisãona determinação da posiçãodepende da situação relativados pontos de referência, e dos

elementos utilizados paramedir as distâncias a cadaum deles.

O sistema “GPS”Com a colocação no

espaço da rede de satélitesNAVSTAR-GPS do exérci-to dos EUA se pode utilizara medida da distância pa-ra esses satélites para deter-minar a posição de qual-quer ponto sobre a Terra,com base nas suas coorde-nadas geográficas (longitu-de, latitude e altitude) so-

bre um geóide de referência,embora os satélites se encon-trem em movimento, sempreque se conheçam suas traje-tórias.

Com o sistema “GPS”, fun-cionando em 1978 com olançamento do primeiro saté-lite e em funcionamento des-de 1995, que utiliza 24 saté-lites operativos e outros de re-serva, sobre seis planos orbi-tais e a uma altitude de maisde 20.000 km, que realizam

A TECNOLOGIAAGRÍCOLA

AAGGRRIIWORLD136

-AGRICULTURA PRECISON 13/4/10 18:32 Página 136

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AAGGRRIIWORLD 137

um giro sobre sua órbita emum período de aproximada-mente 12 horas, se consegueque ao menos 4 deles se en-contram visíveis simultanea-mente em toda a Terra (8 vi-síveis na maioria das regiões).Cada um desses satélites le-va quatro relógios atômicoscom a “hora universal”, e in-formam continuamente por ra-dio frequência sobre sua iden-tificação, sobre a hora quemarcam seus relógios, e sobresua órbita (altura, posição evelocidade), e geram um sinalperiódico que permite deter-minar o tempo transcorridodesde que o sinal foi emitidoaté que chegue ao receptor.

Considerando que as on-das de rádio viajam a uma ve-locidade próxima a da luz, adistância do satélite ao pon-to de medição sobre a terra secalcula multiplicando o valorda velocidade da luz pelo tem-po transcorrido desde que osinal foi emitido pelo satéli-te; a este respeito convém des-tacar que um erro na medida

do tempo de 1 milésimo desegundo pode dar lugara uma diferença emdistância de 300 km.

Junto com estainformação básica,que sozinha permitedeterminar a distânciaque se encontra o saté-lite de qualquer ponto daTerra em que está situa-do o receptor, há outras infor-mações complementares queajudam a melhorar a precisãona medida da distância, e quese emitem em duas frequên-cias (longitudes de onda L1~19cm y L2~24 cm), com códigosconhecidos como C/A (aber-to) e P (protegido), que duran-te alguns anos somente permi-tiam que esta informação so-mente chegasse aos proprietá-rios do sistema.

Assim, se o receptor querecebe a informação dos saté-lites dispõe da eletrônica apro-priada, a distância entre o sa-télite e o receptor se pode de-terminar em função do núme-ro de ondas contabilizado norecorrido entre o emissor e oreceptor (receptores com fre-quências L1 e L2).

Os erros na deter-minação da posição, comoconsequência dos desvios namedida das distâncias aos di-ferentes satélites, são causa-dos pela defasagem entre ahora dos relógios dos satéli-tes e a dos receptores, pelosdesvios que se produzem naórbita dos satélites, pela po-sição relativa dos satélites vi-síveis no horizonte, pelas al-terações da atmosfera sobre atrajetória das ondas emitidaspelos satélites e pelos errosque se produzem no próprioreceptor. Não se pode deixarde acrescentar os erros quedurante um tempo introdu-ziam os proprietários do sis-tema GPS, conhecidos comode “disponibilidade seletiva”,que foram eliminados desde2002.

Frequência Configuração Resolução Custemedia (cm) (€)

SIMPLES L1 500 250L1 + EGNOS 100 1 000

L1 + OMNISTAR 50 2 500(L1 + RTK) X 2 10 12 000

DUPLO L1 + L2 200 5 000L1 + L2 + EGNOS 50 6 000

L1 + L2 + OMNISTAR HP 10 8 000(L1 + L2 + RTK) X 2 1 20 000

RESOLUÇÃO DOS RECEPTORES GPS E CUSTOSRELATIVOS (ANO 2007)

Fonte: F. Mazzetto. Univ. de Milan

-AGRICULTURA PRECISON 13/4/10 18:32 Página 137

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AAGGRRIIWORLD138

A precisão também de-pende da capacidade do re-ceptor para processar a infor-mação que lhe chega dos sa-télites, o que se pode fazer emvários canais simultaneamen-te ou de maneira sucessiva.Com 8 canais de medida noreceptor se pode conseguiruma precisão na posição deuns 5 m, enquanto que com12 canais se poderia chegaraté um metro, sem que sejanecessária outra correção. Avelocidade com a qual se des-loca o receptor influencia in-versamente na precisão da de-terminação.

A correção diferencialPara corrigir esses erros,

melhorando a precisão na de-terminação da posição, se po-de utilizar o que se conhececomo “correção diferencial”,a partir das determinações re-alizadas em um ponto que semantém fixo no solo, e queenvia por rádio frequência ascorreções para compensar osdesvios que detecta em cada

momento. O ponto de referên-cia para correções deve estarperto do ponto no qual se re-aliza a medição.

Esses pontos de referênciapodem ser “oficiais”, como oserviço de balizas costeiras,ou bem situadas na própria ex-ploração por seu proprietário,ou por um prestador de ser-viços, ou também proceder deum satélite geoestacionário,

que recebe a informação e aenvia pelo rádio a todos os re-ceptores situados na sua áreade influência (sistemas Egnos,Starfire, etc.). Para usar esteserviço de correção é neces-sário pagar uma cota periódi-ca, cujo custo é proporcio-nal à melhora da precisão queo sistema oferece. Os de me-nor precisão costumam sergratuitos.

Resolução e precisãoSe o receptor do sistema

GPS é mantido em uma po-sição fixa, se observa que asleituras, em um período detempo estabelecido, variam demaneira contínua como con-sequência das mudanças naposição relativa dos satélites(como se indicou, as órbitasse descrevem num período deumas 12 horas). Com os valo-res obtidos nesse período seobtém uma curva de distri-

A TECNOLOGIAAGRÍCOLA

CLASSE DE APLICAÇÃO AGRÍCOLARESOLUÇÃO

Baixa Média Alta

PREC

ISÃO

Baix

aM

édia

Alta

Identificaçãolugar de trabalho

Detecçãotratores

Navegação frota

Conducciónasistida

Aplicaçõeslogísticas

Automatização distribuiçãofatores posição

Sistematizaçãodo terreno

Conduçãoautomática

Transplante

Geração mapas

PRECISÃO QUE OFRECEM OS SISTEMASDGPS E GPS COM RTK

-AGRICULTURA PRECISON 14/4/10 10:59 Página 138

Page 137: Agriworld edição 1

AAGGRRIIWORLD 139

buição normal com um va-lor médio e uns desvios comrespeito à média que se po-de quantificar com o parâme-tro estatístico conhecido co-mo desvio típico.

A partir dessa distribuição,se define como “resolução” adiferença que há entre a po-sição real e o valor da médiaobtida das medições corres-pondentes a um período detempo determinado. Define-se como “precisão” os desviosdas leituras a respeito da mé-dia no período de medição.

De forma genérica, o errona determinação da posiçãose quantifica com o conheci-do como “probabilidade deerro circular” (CEP), que é co-mo se denomina ao raio docírculo que contém 50% dasdeterminações realizadas numperíodo de tempo estabele-cido. É preciso distinguir en-tre a precisão que se conseguenas leituras dentro de um in-tervalo de 15 minutos e a co-rrespondente a 24 horas. Noprimeiro dos casos é o valorque se toma como referênciapara a maquinaria agrícolaquando se trabalha sobre umterreno em temporadas suces-sivas. A referência a 24 horaspermite voltar a qualquer mo-mento, com dita precisão, àposição marcada, e para con-segui-lo se necessita uma co-rreção diferencial de alta pre-cisão.

Sobre a precisão têm in-fluencia o tipo de antena quese utiliza no receptor e as ca-racterísticas deste, assim co-mo se dispõe de simples ou dedupla frequência (L1 e L2), do

número de canais (satélites quepodem ser captados simulta-neamente), e da forma de pro-cessamento da informação re-cebida (série ou paralelo) e otempo de aquisição. Além dis-so, está a possibilidade de uti-lizar sinais de outros gruposde satélites, como os do Glo-nass russo e do Galileu euro-peu (quando esteja operativo).Contando com os três sistemasde satélites se disporia de 48satélites operativos, dos quaisum valor médio de 14 esta-riam visíveis (mínimo de 8 emáximo de 20). Isto é o quese conhece com as siglasGNSS (Sistemas de NavegaçãoGlobal por Satélites) em alter-nativa ao GPS, que somenteleva em consideração a redede satélites dos EUA.

A correção RTK (Real TimeKinematic)

Quando se necessita umaprecisão centimétrica, é pre-ciso estabelecer um sistemade correção diferencial degrande precisão, o qual se re-aliza a partir de uma estaçãoterrestre estacionária, com umreceptor igual ao que se des-loca sobre o veículo, e um en-

lace por radio entre ambos re-ceptores, para que as variaçõesque se produzem no recep-tor fixo sirvam para corrigir aposição no receptor móvel.Com isso se consegue umaprecisão de 1-2 cm nas três di-mensões.

A distância admitida en-tre receptor fixo e móvel estáentre 3 e 5 km, pelo que se po-de utilizar um receptor fixoúnico para vários móveis si-tuados no raio indicado. Nosequipamentos móveis há queincluir um sistema para a co-rreção da posição derivada daposição da antena e das incli-nações que se produzam noveículo, já que de outra ma-neira os erros de posição su-perariam os potenciais do sis-tema.

A precisão e a resoluçãoque se necessitam nas diferen-tes aplicações agrícolas se in-dicam na figura adjunta, jun-to com o custo aproximadodos diferentes sistemas dispo-níveis e a precisão que de-monstram. O maior custo dossistemas RTK se deve em par-te à necessidade de contarcom dois receptores.❏

Luis Márquez

-AGRICULTURA PRECISON 13/4/10 18:32 Página 139

Page 138: Agriworld edição 1

AS MELHORES E MAIS INOVADORAS SOLUÇÕES EM TECNOLOGIA PARA AGRICULTURA

• Controla até 10 seções pulverização• ASC-10 elimina falhas e sobreposição• Reduz custos enquanto protege sua lavoura

Sistema de Barra de Luzes GPS

System 110Sistema de direcionamento automático

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Aumenta a produtividade e reduz custos

• Mapeamento automático de cobertura • Configuração simples na tela do terminal• 3 modos de aplicação para qualquer formato de lavoura• Fácil transferência entre máquinas

Tecnologia avançada para uma operação simples.

• Receptor de última geração G3 (GPS, GLONASS e Galileo)• 2 níveis de precisão: decimétrico -10 cm e centimétrico - 2 cm• Opcional correção de sinal em tempo real - RTK• Alta precisão para qualquer tipo de terreno • Mapeamento automático de cobertura • Configuração e operação simples, através da tela do terminal

• Praticidade elétrica, desempenho hidráulico• Precisão de até 2 cm• Operação inversa• Instalação simples e prática

Controlador opcional para o System 110/150Trabalha em conjunto com o System 150 para o melhor direcionamento automático

Direção elétrica de precisãoAES-25

Controle automático de seçõesASC-10

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Page 139: Agriworld edição 1

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Page 140: Agriworld edição 1

AAGGRRIIWORLD142

ESPAÇOSVERDES

Os jardins elegantes seapóiam na arquitetu-ra para dar caráter e

imprimir um estilo pessoal. Es-sa fusão de disciplinas é neces-sária na hora de organizar umjardim e dotá-lo de personali-dade carismática. Sem uma boaorganização do espaço median-te elementos de fusão, tais co-mo escadas, peitorais, muros,etc., o jardim pode ficar tãosimples que chama poucaatenção. No entanto, alguns es-tilos, como o colonial ou sil-vestre, não necessitam nenhumponto de referência arquitetô-nico: nesses casos as plantas

AARRQQUUIITTEETTUURRAA

AO DESENHAR UMJARDIM, O CONCEITO

ABSTRATO DAARQUITETURA SE MODELA

EM UM ESPAÇO REPLETODE LINHAS E PLANOSONDE O PAISAGISTA

COMBINA ELEMENTOS DAPAISAGEM COM

ELEMENTOSESTRUTURAIS.

DDOO JJAARRDDIIMM

-Arquitectura jardin 12/4/10 18:50 Página 142

Page 141: Agriworld edição 1

AAGGRRIIWORLD 143

e todo seu potencial estéticosão suficientes.

Como num edifício, se ne-cessitam critérios técnicosconstrutivos eficazes e umequilíbrio coerente de formas.Cada passo a ser dado deveser planejado com um senti-do especial de praticidade emperfeita sintonia com a esté-tica do conjunto. As grandessoluções não nos servirão pa-ra nada, se não forem acom-panhadas de uma vegetaçãocomplementar, já que enfim,trata-se de um jardim.

A composição e estrutu-ra de planos é uma apaixonan-te tarefa que o paisagista tem,por exemplo, em jardins comdesníveis em projetos de per-fil formal, onde a simetria éuma constante a seguir. Osmelhores jardins, sem dúvida,contam com elementos clás-sicos que proporcionamelegância e racionalidade. Es-sa aproximação do gosto pe-lo clássico serve de apoio emum jardim vanguardista pelasimplicidade de linhas e pelapureza de estilo; inclusive al-guns projetos minimalistas têmpresente um eixo ou um de-senho geométrico.

-Arquitectura jardin 12/4/10 18:50 Página 143

Page 142: Agriworld edição 1

AAGGRRIIWORLD144

Um aspecto importantea ser levado em conta é a pro-porção do conjunto e sua re-lação com a moradia: a facha-da e o estilo são transcenden-tais hoje em dia e servem co-mo um primeiro ponto de re-ferência. Os materiais, a cor,as texturas, etc., são elemen-tos de coesão que identificamo projeto. Tudo deve estar re-gido sob um parâmetro lógi-co de proporção, senão, o jar-dim fica órfão de estilo e se-guramente de beleza.

ESPAÇOSVERDES

A arquitetura é igualmentecapaz de expressar sentimen-to, admiração ou receio: tudodepende do tratamento de seusmateriais e suas diferentes for-mas no jardim. Quando se pro-jeta, por exemplo, uma escada,a forma, o tamanho ou o com-primento, oferecem possibili-dades e reações diferentes de-pendendo do uso: uma escadacurta e larga é facilmente re-conhecida, um lance de degrauslongos e estreitos convida a se-guir descobrindo o jardim.

Com a arquitetura pode-se potencializar o jogo de vo-lumes e sua dimensão dinâ-mica no jardim. Junto a ummuro, atrás de uma vala ouembaixo de um arco, é pos-sível criar um conjunto de ver-des que realcem a arquiteturapróxima. Essa forma arquitetô-nica de manejar as plantas émuito efetiva, por exemplo,em projetos vanguardistas on-de a fusão com a arquiteturapermite um atrevido manejodas plantas. O tom verde pe-rene de espécies como o bu-xo, o azevinho ou a magnóliasão capazes de construir umjardim estrutural onde a obracivil não apareça. São preci-samente as linhas retas dos re-cortes, as encarregadas de con-figurar um simbólico mundo

“Junto a um muro, atrás de uma vala ou

embaixo de um arco, é possível criar um

conjunto de verdes que ressalte o lugar”

-Arquitectura jardin 12/4/10 18:50 Página 144

Page 143: Agriworld edição 1

AAGGRRIIWORLD 145

geométrico imaginário e aomesmo tempo prático.

Dentro do jardim, a arqui-tetura desempenha um papelfundamental na variedade efuncionalidade dos pavimen-tos. Trata-se de um comple-mento vital que permite des-frutar de uma obra de manei-ra especial. Os pavimentos depedra, tijolo de demolição ouantigo e piso cerâmico reci-clado, seguem na moda e sem-pre permaneceram como alia-dos seguros do jardim: árabes,barrocos, românticos... O gos-to pelo antigo é atualmente

um luxo e um privilégio no jar-dim moderno.

Por último, vale destacara importância da simplicida-de diante da mistura excessi-va de materiais e formas arqui-tetônicas que se confundemdentro de um jardim e abar-cam o espaço com materiaisduros como o cimento. A ar-quitetura é um complementoque deve ser corretamente em-pregado e deve manter o equi-líbrio com o verde e todas assuas variantes.❏

Jesús Ibáñez

Os materiais, a cor, as texturas, etc., são

elementos de coesão que identificam o

projeto”

-Arquitectura jardin 12/4/10 18:50 Página 145

Page 144: Agriworld edição 1

AAGGRRIIWORLD146

AVIAÇÃO

A REALIZAÇÃO DEOPERAÇÕES COMO

SEMEADURA, ADUBAÇÃO,DISTRIBUIÇÃO DE

PESTICIDAS EPULVERIZAÇÃO COM A

UTILIZAÇÃO DEAERONAVES

ESPECIALIZADAS É UMAREALIDADE PRESENTE EM

MUITOS PAÍSES AOREDOR DO MUNDO E

PODE SER UMATENDÊNCIA CRESCENTE

NOS PRÓXIMOS ANOS.SOBRE TERRENOS

AGRÍCOLAS DE GRANDEEXTENSÃO, A APLICAÇÃO

AÉREA É NA VERDADEMAIS BARATA, MAIS

RÁPIDA E MENOSINVASIVA.

AAVVIIAAÇÇÃÃOO AAGGRRÍÍCCOOLLAA

-Aviones 12/4/10 18:46 Página 146

Page 145: Agriworld edição 1

AAGGRRIIWORLD 147

Ouso de aviões para fi-nalidades agrícolascomeçou nos Estados

Unidos por volta dos anos 20,quando o primeiro avião à hé-lice foi modificado para pul-verização de pesticidas. Umuso que alcançou sucesso emcurto espaço de tempo, em-bora poucos pudessem pagá-lo. A utilização de aviões per-mitia cobrir grandes extensõesde áreas agrícolas de formamais rápida e eficiente, semdanificar partes da cultura pe-la passagem de veículos agrí-

colas terrestres. Nos anos 40,outras nações seguiram oexemplo dos EUA, como No-va Zelândia, Alemanha, Aus-trália e União Soviética. As téc-nicas e a tecnologia foramaperfeiçoadas e os aviões fo-ram adaptados para outras ta-refas como a semeadura e adistribuição de fertilizantes epesticidas, e em alguns casos,a irrigação de áreas de difícilacesso. Hoje, a utilização deaeronaves é uma realidade emmuitos países, de modo quehá muitas companhias que seespecializam na concepção econstrução de aeronaves de-dicadas ao uso agrícola. Umexemplo é o Air Tractor, fabri-cado pela empresa norte ame-ricana Grumman com sede noTexas, que desde 1950 produzo Ag Cat, um biplano mono-motor especializado na pul-verização. A Fletcher é umaempresa norte americana quedesde 1960 alterou alguns deseus modelos FD-25, desen-volvendo o modelo PAC. Em-presas como a Rockwell, Lock-heed e outros grandes fabri-cantes também desenvolve-ram aeronaves especializadaspara uso agrícola. Normalmen-te, estes são pequenos aviões,de pequenas dimensões, mo-

-Aviones 12/4/10 18:46 Página 147

Page 146: Agriworld edição 1

noposto ou, no máximo, dedois lugares. Embora no iní-cio do século fossem utiliza-dos biplanos, a tendência atualé a utilização de aeronaves deasa baixa e cockpit elevadopara facilitar a visão do pilo-to. Raramente, especialmentena Europa Oriental e Austrá-lia, são usados aviões bimoto-res e maiores como o PACCresco. É ainda mais raro ouso de helicópteros, em funçãode um maior custo operacio-nal. Utilizar um avião para finsagrícolas é eficaz sempre queas superfícies de trabalho fo-rem mais vastas, dependendoprincipalmente do ganho deprodução por hectare. Para serclaro, o principal ganho é da-do em função da eficiência decombustível das aeronaves, davelocidade empregada, e maisimportante ainda, da dimi-nuição de perdas devido à pas-

sagem de máquinas terrestres.Para dar um exemplo prático,façamos a anáise de uma la-voura de 100 hectares de so-ja: O custo de uma aerona-ve para a utilização agrícolapode ser de aproximadamen-te US$ 9,00 por hectare e pa-ra uma máquina agrícola terres-

tre de US$ 4,00 por hectare.Considerando porém, que apassagem da máquina dani-fica uma percentagem de2,24% da área total da cultu-ra se pode quantificar a per-da de cerca de US$ 1.000,00em 100 hectares. Isso signifi-ca que ao final do uso da ae-

AVIAÇÃO

AAGGRRIIWORLD148

-Aviones 12/4/10 18:46 Página 148

Page 147: Agriworld edição 1

AAGGRRIIWORLD 149

ronave chega-se a uma dimi-nuição de custos líquida deUS$ 500,00. O avião permi-te cobrir áreas maiores emmenos tempo, além de che-gar em locais de difícil aces-so para veículos terrestres. Amaioria das aeronaves tempotência que varia entre 500e 1.300 CV e são equipadoscom motores radiais, moto-res em "V" ou motores em lin-ha. Os pesos de decolagemvariam de 3.500 a 7.000 kg,dependendo do modelo, e po-de acomodar uma carga quevaria de 1.600 a 4.000 kg deagrotóxicos ou fertilizantes,ou seja, de 400 a 3100 litros

de líquido. Naturalmente, es-ses números aumentam sig-nificativamente no avião bi-

motor, de maior dimensão,recomendado para as empre-sas que se especializam noapoio aéreo às atividades agrí-colas, raramente utilizado. Acarga pode estar alojada nafuselagem ou em parte dasasas. Os sistemas de bordo,dedicados à pulverização, sãocompostos de bombas hidráu-licas que obtém energia deuma hélice ou de uma peque-na ventoinha acionada dire-

tamente pelo fluxo de ar empleno vôo, não sendo neces-sário absorver a energia domotor. Usando uma hélice co-mo propulsão e uma estru-tura compacta, o avião agrí-cola pode alcançar grandescapacidades de vôo com al-ta manobrabilidade. Estas ca-racterísticas permitem vôosrasantes nos campos, duran-te a pulverização, a fim dedespender menor resistênciade ar. Muitos aviões dedica-dos a atividades agrícolas têmum sistema muito robusto detrem de pouso, que permiteos pousos e decolagens empistas não pavimentadas. Por-tanto, o uso de aviões agríco-las é adequado para grandesextensões de áreas agrícolas.No entanto é necessário pres-tar atenção aos regulamentosinternos de cada país e região,que muitas vezes colocam li-mites de utilização, por cau-sa de problemas relacionadoscom a propagação no ar dospesticidas pulverizados. Eatenção para fazer bem ascontas antes de investir.❏

AATT--440011BB AATT--880022FFFabricante: Air Tractor Air TractorMotor: Pratt & Whitney R-1340 Pratt & Whitney

PT6A-67AGArquitetura: Radial OfflinePotência máxima do motor (cv): 600 1350

Rotação de potência máxima do motor (rpm): 2250 1700

Peso de decolagem (kg): 3.565 7.257Carga útil (kg): 1.640 3.987Envergadura (m): 15,54 18,04Área de asa (m2): 28,45 37,29

AS SEGUINTES CARACTERÍSTICAS DE DOISMODELOS DO AIR TRACTOR

-Aviones 12/4/10 18:46 Página 149

Page 148: Agriworld edição 1

Um dos automóveismais vendidos da Fiatnasceu a pedido dos

consumidores da Família Pa-lio. Desde o seu lançamento,a Strada ganhou identidadeprópria, sempre acrescentan-do itens que reforçam seu con-forto, segurança, esportivida-de e robustez.

Essa pick-up é única deseu segmento no mercado bra-sileiro a oferecer versões comcabine estendida. Sem pararde evoluir, a Strada acrescen-

tou outras novidades, como acaçamba com tampa traseiraremovível e a nova fixação doestepe na cabine estendida.

Vale lembrar que a pick-up da Fiat também se diferen-cia ao oferecer equipamentosexclusivos em seu segmento,como computador de bordo,My Car Fiat, viva-voz para te-

lefone celular com tecnologiaBluetooth® e sensores de chu-va e crepuscular. Isso permi-te ao proprietário ampliar ain-da mais o conforto e o pra-

AAGGRRIIWORLD150

AUTOMOTOR

POR QUE SERÁ QUE A STRADA JÁ SETRANSFORMOU EM REFERÊNCIA ENTREAS PICK-UPS COMPACTAS?

TTUUDDOO

SSOOBB

RREE

SSTTRRAA

DDAA FF

IIRREE

FFLLEEXX

220011

00

-Fiat Strada 14/4/10 10:07 Página 150

Page 149: Agriworld edição 1

zer ao dirigir, sem interferir naexcelente relação custo-bene-fício do automóvel.

Mas a Fiat Strada não pá-ra de evoluir e também im-

AAGGRRIIWORLD 151

plantou o sistema Locker, debloqueio de diferencial, emsua versão Adventure. A tec-nologia ajuda o veículo a ven-cer situações adversas de ro-

dagem, reforçando a vocação“off-road” da versão. Juntocom este recurso também che-gam os novos amortecedoresPowershock, que reduzem orolamento da carroceria e au-mentam a segurança e a es-tabilidade.

Perfeita ao conciliar ap-tidões tanto para o trabalhoquanto para o lazer, a Stradaoferece várias opções de es-colha e vem equipada com omotores Fire 1.4 Flex ou 1.8Flex. Ambos se caracterizampela economia de combustí-vel e pelo bom desempenhoem baixas rotações.

A Strada também pode seradquirido na versão Trekking.Seja qual for a sua escolha, aStrada está pronta para aten-der suas exigências.❏

MMoottoorr Número de cilindros: 4 em linhaPosição do motor: Transversal Taxa de compressão: 10,35 ± 0.15 : 1Nº de válvulas por cilindro: 02 no cabeçoteEixo de comando de válvulas 01 no cabeçoteCilindrada total (cc): 1.368Potência máxima (cv): 85,0 (G) / 86,0 (A) a 5.750 rpmTorque máximo (kgf.m): 12,4 (G) / 12,5 (A) a 3.500 rpmIIggnniiççããoo Tipo de ignição: IAW 4 SFAAlliimmeennttaaççããooInjeção Eletrônica: MAGNETTI MARELLI multiponto,

sequencial indiretaCombustível: Gasolina/ÁlcoolCCââmmbbiioo ee eemmbbrreeaaggeemm Posição do diferencial: incorporado a caixa de câmbioNúmero de marchas: 5 à frente e uma à réRelações de transmissão: 1ª 4,273 2ª 2,238 3ª 1,444

4ª 1,029 5ª 0,872 RÉ 3,909Relação de transmissão do diferencial: 4,400Tração: Dianteira com juntas homocinéticas

-Fiat Strada 14/4/10 10:07 Página 151

Page 150: Agriworld edição 1

AAGGRRIIWORLD152

Onovo modelo alia arobustez característi-ca das pick-ups a uma

tecnologia inovadora, eleva-dos padrões de segurança edesempenho excelente emconsumo, conforto e ergono-mia

Para o lançamento, desen-volveu um motor turbodieselde alta tecnologia, confiável,econômico e com baixo índi-ce de emissões. O TDI 2.0 com120 kW / 163 cv e injeçãocommon-rail conta com doisturbocompressores sequen-ciais, que disponibilizam umtorque de 400 Nm a apenas1.750 rpm.

Conta com câmbio ma-nual, de 6 velocidades. Alémda pronta resposta à solicitaçãodo condutor, o motor impres-siona pelo baixo consumo, re-ferência para todo o segmen-to, com tração integral não per-

AUTOMOTOR

COM A AMAROK, A VOLKSWAGEN PASSA A ATUAR NOSEGMENTO DE PICK-UP MÉDIAS, SENDO A PRIMEIRADESENVOLVIDA NA ALEMANHA, COM MOTORES TDIECONÔMICOS E OS MAIS ALTOS NÍVEIS DESEGURANÇA ATIVA E PASSIVA, ESTABELECE NOVOSPADRÕES PARA PICK-UPS MÉDIAS.

CCOONNHHEEÇÇAA AA NNOOVVAAPPIICCKK--UUPP AAMMAARROOKK

-Amarok 14/4/10 10:10 Página 152

Page 151: Agriworld edição 1

AAGGRRIIWORLD 153

manente, mesmo no modo4x4 o motor TDI de 163 cv éeconômico, atingindo 12,8 kmpor litro.

Graças ao tanque de com-bustível de 80 litros, pode re-alizar viagens de mais de

1.000 km sem necessidadede reabastecimento. Atração 4 x 4 é acionada pormeio de um botão e o tor-que é dividido igualmentepara os dois eixos

Para situações mais di-fíceis, a pick-up conta comtração reduzida, que permi-te transpor caminhos bemmais difíceis. Esse recursopossibilita enfrentar subidascom 100% de inclinação (45º)com carga total. A suspensãoprogressiva de alta capacida-de, com três lâminas de mo-las principais e duas auxilia-res, garante proteção em casode sobrecarga

Para o mercado brasileiro,será oferecida inicialmente aAmarok Highline com mais

conforto. O modelo conta comretrovisores externos parcial-mente cromados, detalhes cro-mados no exterior e interiore molduras das caixas das ro-das alargadas, pintadas na corda carroçaria, alojando rodas

de alumínio de 18 polegadas.A versão topo de linha é

caracterizada, também, pelopainel de instrumentos comcor de fundo exclusiva, ar-con-dicionado digital (Climatro-nic), revestimento dos bancose detalhes de acabamento emcouro e sistema de som maissofisticado.

Além dos equipamentosde série, a Amarok conta tam-bém com uma variada lista deacessórios, como estribos la-terais, capota marítima, "san-tantonio", protetor de caçam-ba, ganchos de reboque, e ro-das de liga leve de 19 polega-das.

A caçamba da Amarokconta com as maiores di-mensões da categoria. Comaltura de acesso de apenas 779milímetros, tem área útil de2,52 m2 (1.555 mm de com-primento e 1.620 mm de lar-gura). Mas isso não é tudo: adistância de 1.222 mm entreas caixas das rodas é a maiordisponível no segmento.

Graças às suas medidase à capacidade de carga de até1,15 tonelada, é possível trans-portar equipamentos esporti-vos e de lazer, como motoci-cletas ou equipamentos de tra-

-Amarok 14/4/10 10:11 Página 153

Page 152: Agriworld edição 1

AAGGRRIIWORLD154

balho volumosos. Quatro pon-tos de amarração nos cantosda caçamba mantêm a cargano lugar. Além disso, com oacoplamento opcional, a Ama-rok pode rebocar trailers deaté 2,8 toneladas.

Seguridade

Airbags, ESP, ASR, ABS esistemas de assistência: a Ama-rok estabelece novos padrões

de segurançapara pick-ups mé-dias

Conta com cintos de se-gurança dos bancos diantei-ros com pré-tensores e senso-res de uso com alerta sonoroe visual no painel de instru-

mentos. ABS e ASR são desérie, assim como o blo-queio eletrônico do di-ferencial (EDL). A Ama-rok conta também comum sistema ABS específi-co para utilização off-ro-ad, acionável por meio deum botão, que reduz sig-nificativamente a distân-cia de frenagem em pisosde terra ou cascalho.

A pick-up equipadacom sistema eletrônicode estabilidade (ESP), emvelocidade abaixo de 30

km/h, além doABS para off-road conta tam-bém com o assistente de des-cida (Hill Descent Assist), equi-pamento que mantém a ve-locidade constante nas desci-das, aumentando a segurançae o controle em declives acen-tuados. Pela primeira vez nes-te segmento, o motorista po-de ajustar a velocidade nasdescidas, desde que abaixodos 30 km/h, através do freioou do acelerador.

Além disso, todos os veí-culos com ESP dispõem do as-sistente de subida (Hill HoldAssist), que imobiliza automa-ticamente o veículo nas su-bidas até que o condutor ace-lere o suficiente para impe-dir o recuo involuntário.❏

AUTOMOTOR

-Amarok 14/4/10 10:11 Página 154

Page 153: Agriworld edição 1

AAGGRRIIWORLD 155

NOTICIAS

FiatRecordes e na liderança

A Fiat encerrou o primeiro trimestre de 2010com recorde de vendas no mercadobrasileiro, mais uma vez na liderança dapreferência dos consumidores. No acumuladodos três primeiros meses do ano, foram167.528 automóveis e veículos comerciaisleves emplacados, com um crescimento de9,6% em relação ao mesmo período do anopassado. A participação de mercado noperíodo foi de 22,3%, com uma vantagem demais de 11 mil veículos à frente da segundacolocada no ranking. Os dados são doRegistro Nacional de Veículos Automotores(Renavam), divulgados no dia 07/04 pelaAssociação Nacional dos Fabricantes deVeículos Automotores (Anfavea).Em março, a Fiat emplacou 73.615 veículos,também na liderança, com crescimento de51,2% sobre fevereiro e de 14,2% sobremarço do ano passado. O desempenho devendas em março passa a ser o novo recordemensal da Fiat.

ToyotaCorolla mantém liderança

entre os sedãs médiosAs vendas da Toyota totalizaram 22.408unidades nos três primeiros meses de 2010, oque representou um crescimento de 20% emcomparação com o mesmo período do anopassado, quando a marca comercializou 18.734unidades. Em março último, a Toyota obteveseu melhor resultado de 2010, emplacando9.947 veículos novos no mercado interno (16%a mais que o mesmo mês de 2009, queencerrou com vendas de 8.604 unidades).Entre os produtos da Toyota comercializadosno Brasil, o que merece maior destaque nostrês primeiros meses do ano, no que dizrespeito a crescimento percentual, é o utilitárioesportivo SW4, cujas vendas tiveramincremento de 30%, é líder de mercado entreos utilitários esportivos médios, com 23,4% departicipação. A picape Hilux também registrouforte alta no período avaliado, com vendas de4.728 unidades, registrando crescimento de26%.

FordCrescimento Do Brasil No Mercado Global

Alan Mulally, presidente e CEO da Ford Motor Company, falou com a impressa brasileira hoje, em São Paulo,sobre a recuperação da empresa e o foco global do plano One Ford (Uma Ford). Como parte de sua primeiravisita à região no comando da empresa, Mulally também destacou a importância da Ford Brasil e da Américado Sul para a indústria automobilística global."O plano One Ford nos ajudou a reestruturar nossas operações mundiais, a utilizar melhor os nossosrecursos globais e nos colocará no caminho para assegurar um crescimento rentável de todos os parceirosligados ao nosso negócio - empregados, sindicatos, distribuidores, fornecedores e investidores",afirmouMulally. "O mais importante é que o nosso plano permite à Ford acelerar o desenvolvimento de produtosque os clientes realmente desejam - veículos que ofereçam a melhor segurança da categoria, qualidade,economia de combustível, design inteligente e valor agregado."

❂❂❂

-Noticias Motor 15/4/10 11:14 Página 155

Page 154: Agriworld edição 1

AAGGRRIIWORLD156

MERCADO

22000099:: IINNFFEERRIIOORR AA 22000088

Case 15

John Deere27

New Holland 92

TOTAL 134(Em unidades)

Case 551John Deere

1.331 New Holland1.126

TOTAL 3.683(Em unidades) AGCO 554

Valtra 121

VENDASCOLHEITADEIRASNACIONAIS 2009

Importadas3,5%

TOTAL 3.817(Em unidades)

Nacionais96,5%

VENDASCOLHEITADEIRAS

TOTAIS 2009

VENDASCOLHEITADEIRAS

IMPORTADAS 2009

Agrale S.A. 1.455

New HollandLatino Americana S.A.

(New Holland)12.623

AGCO do BrasilCom. E Ind. Ltda

(Massey Ferguson) 21.042

Valtra do Brasil S.A.(Valtra) 10.300

TOTAL 55.024(Em unidades)

CASE IH Brasil&CIA(Case IH) 600

John Deeredo Brasil S.A.(John Deere)6.825

Outras empresas 2.179

Agrale S.A. 19

New HollandLatino Americana S.A.

(New Holland)2.054

AGCO do BrasilCom. E Ind. Ltda

(Massey Ferguson) 7.590

Valtra do Brasil S.A.(Valtra) 800

TOTAL 12.344(Em unidades)

CASE IH Brasil&CIA(Case IH) 260

John Deeredo Brasil S.A.(John Deere) 1.557

Outras empresas 64

EXPORTAÇÃO TRATORES 2009PRODUÇÃO TRATORES 2009

AGCO 10

Case 228

John Deere 763

New Holland230

TOTAL 1.231(Em unidades)

VENDAS TRATORESIMPORTADOS 2009

Importados 2,7%

TOTAL 45.437(Em unidades)

Nacionais97,3%

VENDAS TRATORESTOTALES 2009

Importados18.1%

TOTAL 618(Em unidades)

Nacionais81.9%

VENDAS TRATORESDE ESTEIRAS 2009

-Mercado 15/4/10 11:46 Página 156

Page 155: Agriworld edição 1

O ANO DE 2009 FOI INFERIOR A 2008, EM VENDAS DE TRATORES ECOLHEITADEIRAS, MAS AINDA RESTA UM EFEITO POSITIVO DOS PROGRAMASOFICIAIS DE FINANCIAMENTO. EM COLHEITADEIRAS, JOHN DEERE E NEW HOLLANDMOSTRAM A SUA FORÇA. NOS TRATORES, A MASSEY FERGUSON SEGUELIDERANDO O MERCADO BRASILEIRO E O DE EXPORTAÇÃO.

Agrale S.A. 1.625

New HollandLatino Americana S.A.

(New Holland)10.808

AGCO do BrasilCom. E Ind. Ltda

(Massey Ferguson) 13.960

Valtra do Brasil S.A.(Valtra) 9.623

TOTAL 44.206(Em unidades)

CASE IH Brasil&CIA(Case IH) 401

John Deeredo Brasil S.A.(John Deere) 5.681

Outras empresas 2.108

VENDAS INTERNAS TRATORES2009

0

5.000

10.000

15.000

20.000

25.000

30.000

35.000

Ate

49 C

V

Ate

50 a

99

CV

De 1

00 a

199

CV

Acim

a de

200

CV

1.322

32.230

10.032

622

TOTAL 44.206(Em unidades)

DISTRIBUIÇÃO E VENDAS TRATORESDE RODAS NACIONAIS 2009

Fonte: Anfavea

-Mercado 15/4/10 11:46 Página 157

Page 156: Agriworld edição 1

AAGGRRIIWORLD158

MERCADO

RRooddaass CCoollhheeiittaaddeeiirraassAgrale S.A. 310 -Case IH Brasil & CIA 167 204New Holland Latino Am. S.A. 1.904 438AGCO do Brasil Com. E Ind. Ltda. 3.389 225John Deere do Brasil S.A. 1.253 595Valtra do Brasil S.A. 2.104 48Outras empresas 359 -TToottaall 99..448866 11..551100

PRODUÇÃO JAN-FEV 2010

RRooddaass CCoollhheeiittaaddeeiirraassAgrale S.A. 274 -Case IH Brasil & CIA 121 122New Holland Latino Am. S.A. 1.643 330AGCO do Brasil Com. E Ind. Ltda. 2.396 175John Deere do Brasil S.A. 922 424Valtra do Brasil S.A. 1.986 46Outras empresas 379TToottaall 77..772211 11..009977

VENDAS INTERNAS JAN-FEV 2010

RRooddaass CCoollhheeiittaaddeeiirraassAgrale S.A. 1 -Case IH Brasil & CIA 26 91New Holland Latino Am. S.A. 343 62AGCO do Brasil Com. E Ind. Ltda. 891 32John Deere do Brasil S.A. 92 126Valtra do Brasil S.A. 62 0Outras empresas - -TToottaall 11..441155 331111

EXPORTAÇÃO JAN-FEV 2010

0

1.000

2.000

3.000

4.000

5.000

6.000

7.000

8.000

9.000

10.000

7.436

9.486

177 230982

1.510

Rodas Esteiras Colheitadeiras

2009

2010

+29,9%

+53,8%

+27,6%

0

1.000

2.000

3.000

4.000

5.000

6.000

7.000

8.000

5.146

7.721

38 124617

1.097

Rodas Esteiras Colheitadeiras

2009

2010

+226,3%+77,8%

+50%

0

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1.600

1.800

2.0001.803

1.415

135182316 311

Rodas Esteiras Colheitadeiras

2009

2010

-25,8%-1,6%

-21,5%

JJAANN--FFEEVV 22001100NESTE INÍCIO DE ANO, O COMPORTAMENTO DO MERCADO INTERNO É PROMISSOR.A EXPORTAÇÃO, NO ENTANTO, DEIXA A DESEJAR

-Mercado 15/4/10 11:46 Página 158

Page 157: Agriworld edição 1

AAGGRRIIWORLD 159

22000088 22000099 VVaarriiaacciióónn %%Francia* 43.661 39.757 -8.9Alemania 31.250 29.465 -5.7Italia 27.261 27.240 -0.1Reino Unido 17.104 15.013 -12.2España 15.799 11.812 -25.2Irlanda 8.579 5.113 -40.4Austria 6.897 6.749 -2.1Portugal 5.889 5.207 -11.4Finlandia 4.491 2.851 -36.5Noruega 3.704 2.626 -29.1Bélgica 3.178 2.197 -30.9Dinamarca 2.951 1.686 -42.9Eslovenia 2.451 1.823 -25.6Suiza 2.114 2.031 -3.9Rep. Checa 3.096 1.693 -45.3Total 178.425 155.263 -13.0

*Incluidos todo tipo de tractores, telescópicas, espacios verdes, industriales…

22000099 22000088MMaarrccaa UUnniiddaaddeess %% UUnniiddaaddeess %%New Holland 5 628 20.7 6 270 23.00Same 2 901 10.6 3 135 11.45Landini 2 699 9.9 2 590 9.50Antonio Carraro 2 325 8.5 2 126 7.80John Deere 2 199 8.1 1 936 7.10Goldoni 2 031 7.5 1 963 7.20Lamborghini 1 846 6.8 1 963 7.20Deutz-Fahr 1 030 3.8 900 3.30Fendt 776 2.8 845 3.10Massey Ferg. 833 3.1 709 2.60Claas 755 2.8 682 2.50Case IH 585 2.1 572 2.10Valpadana 508 1.9 518 1.90McCormick 402 1.5 436 1.60Valtra 109 0.4 136 0.50Otros 2 613 9.6 2 480 9.10TTOOTTAALL** 2277 224400 2277 226611

ITÁLIA

*Incluídos tractores para espaços verdes

22000099 22000088MMaarrccaa UUnniiddaaddeess %% UUnniiddaaddeess %%John Deere 6 080 19.7 6 703 19.7Claas 4 722 15.3 4 578 13.5New Holland 4 537 14.7 6 216 18.3Massey Ferg. 3 179 10.3 3 551 10.4Case IH 2 839 9.2 3 109 9.1Fendt 2 438 7.9 2 759 8.1Deutz-Fahr 2 099 6.8 2 110 6.2Valtra 1 759 5.7 1 800 5.3Same 1 073 3.5 872 2.6McCormick 679 2.2 743 2.2Landini 337 1.1 447 1.3Lamborghini 247 0.8 245 0.7Otros 525 1.7 393 1.2TTOOTTAALL** 3300 886644 3333 998811

FRANÇA

* Distribuição estimada em incluir tratores industriais e veículos ATV

22000099 22000088MMaarrccaa UUnniiddaaddeess %% UUnniiddaaddeess %%John Deere 2.964 25,2 4.485 28,4New Holland 2.082 17,7 2.664 16,9Kubota 894 7,6 1.004 6,4Same 719 6,1 855 5,4Massey Ferg. 704 6,0 1.125 7,1Case IH 656 5,6 827 5,2Landini 542 4,6 631 4,0Fendt 478 4,1 702 4,4Deutz-Fahr 430 3,6 678 4,3Lamborghini 326 2,8 443 2,8Antonio Carraro 270 2,3 334 2,1Claas 255 2,2 422 2,7Valtra 193 1,6 250 1,6Pasquali 173 1,5 207 1,3McCormick 162 1,4 211 1,3Kioti 143 1,2 156 1,0Ferrari 113 1,0 149 0,9Iseki 101 0,9 106 0,7BCS 71 0,6 96 0,6Otros 508 4,3 454 2,9TTOOTTAALL** 1111..778844 1155..779999

ESPANHA

MERCADOS EUROPEOS

22000099 22000088MMaarrccaa UUnniiddaaddeess %% UUnniiddaaddeess %%John Deere 5 674 19.3 6 203 19.8Fendt 5 076 17.2 5 367 17.2Deutz-Fahr 3 109 10.6 3 608 11.5Case IH / Steyr 2 843 9.6 3 139 10.0Claas 2 305 7.8 2 067 6.6New Holland 1 695 5.8 1 771 5.7Massey Fer. 1 191 4.0 1 418 4.5Kubota 975 3.3 880 2.8Same/Lambo/Hürl. 898 3.0 1 001 3.2Iseki 768 2.6 771 2.5Valtra 537 1.8 603 1.9M.B. Unimog 513 1.7 481 1.5JCB 295 1.0 327 1.0Landini 246 0.8 302 1.0McCormick 230 0.8 336 1.1Belarus 212 0.7 328 1.0Lindner 208 0.7 209 0.7Carraro 143 0.5 150 0.5Zetor 139 0.5 183 0.6Holder 136 0.5 67 0.2Daedong-Kioti 117 0.4 49 0.2Egholm 95 0.3 70 0.2Hako 83 0.3 65 0.2Reform 67 0.2 78 0.2Foton 63 0.2 53 0.2Otros 1 847 6.3 1 724 5.5TTOOTTAALL** 2299 446655 3311 225500

ALEMANHA

* Incluídos tratores para espaços verdes mas não os ATV/Quads

* Incluídos tratores para espaços verdes mas não os ATV/Quads

-Mercado 15/4/10 11:46 Página 159

Page 158: Agriworld edição 1

AAGGRRIIWORLD160

PREÇOSAGRICOLAS

Preço (R$)Produto Unidade febr-09 marz-09 abri-09 mayo-09 juni-09Algodão 15 kg 14,21 13,71 14,21 13,91 13,94Algodao em pluma 15 kg 40,22 38,57 40,13 41,34 41,63Arroz em casca sc.60 kg 39,26 38,48 37,23 36,27 35,82Batata sc. de 50 kg 37,33 45,21 45,55 48,84 46Bezerro unidade 530,12 514,71 524,76 523,46 530,62Boi gordo 15 kg 80,56 76,67 78,11 77,52 78,42Boi magro unidade 879,18 855,17 875 862,28 888,62Borracha(coagulo) kg 1,26 1,29 1,22 1,28 1,31Cafe benef. cereja descasc. sc.60 kg 267,2 261,33 259,59 261,57 258,32Cafe benef. secagem natural sc.60 kg 248,64 240,36 238,05 244,56 243,07Cafe em coco 40 kg 75,89 74,21 73,68 74,26 73,32Cana de acucar t de ATR 32,13 32,19 32,73 34,41 33,32Cebola kg 0,74 0,72 0,69 0,73 0,66Feijao sc.60 kg 109,96 81,31 77,57 83,43 82,62Frango para corte kg 1,8 1,7 1,63 1,61 1,82Garrote unidade 740,34 721,63 727,67 718,46 738,13Laranja para industria cx.40,8 kg 8,04 7,35 7,24 6,78 5,95Laranja para mesa cx.40,8 kg 11,54 11,69 11,82 11,05 9,19Leitao de recria kg 4,2 4,01 4,2 3,96 4,22Leite tipo B litro 0,67 0,68 0,69 0,72 0,76Leite tipo C litro 0,57 0,57 0,59 0,63 0,68Mamona kg 0,88 0,84 0,93 0,85 0,7Mandioca para industria t 147,61 151,08 148,52 136,66 134,16Mandioca para mesa cx.23 kg 10,89 14,57 9,69 9,1 10,79Mel de Abelha kg 10,87 9,75 10,29 10,3 12,44Milho sc.60 kg 20,66 19,08 18,98 19,58 19,81Novilha unidade 658,85 646,63 652,67 659,8 662,13Ovos tipo extra cx.30 dz 44,29 45,69 45,16 42,64 43,91Ovos tipo grande cx.30 dz 42,01 44,54 43,7 41,76 42,78Ovos tipo medio cx.30 dz 40 42,41 41,1 39,61 40,94Poedeira descarte leve kg 0,47 0,46 0,48 0,44 0,52Poedeira descarte pesada kg 0,65 0,59 1,01 0,84 0,91Soja sc.60 kg 44,6 42,72 43,52 45,89 46,13Sorgo sc.60 kg 14,99 14,29 14,27 15,17 14,76Suino para abate 15 kg 48,91 47,79 49,38 44,92 48,31Tomate para industria kg 0,28 0,26 0,28 0,23 0,26Touro unidade 2023,24 2012,1 1963,17 1851,63 1931,11Trigo sc.60 kg 29,74 31,11 31,58 31,1 30,18Vaca de criar unidade 1054,95 972,18 997,08 1006,1 1011,67Vaca gorda 15 kg 72,67 69,29 70,12 69,94 71,43Vaca leiteira acima de 20l/dia unidade 2772,58 2749,58 2703,05 2784,71 2892,47Vaca leiteira de 10 a 20l/dia unidade 2075,18 2088,26 2037,62 2127,66 2206,82Vaca leiteira de 5 a 10 l/dia unidade 1431,8 1444,44 1408,06 1469,5 1473,24Vaca leiteira ate 5 l/dia unidade 1040,89 1033,89 996,32 1044,15 1073,98Vaca magra unidade 672,6 652,62 662,64 668,89 696,76

PREÇOS MÉDIOS MENSAIS RECEBIDOS PELOS AGRICULTORES

-PRECIOS AGRICOLAS 12/4/10 16:46 Página 160

Page 159: Agriworld edição 1

AAGGRRIIWORLD 161

Preço (R$)juli-09 agos-09 sept-09 octu-09 novi-09 dici-09 ener-10 febr-1013,9 13,87 13,96 13,66 13,85 13,6 14,5 15,3140,88 39,4 40,37 40,05 41,74 43,45 45,53 48,1134,21 34,96 33,94 36,61 36,47 35,66 38,83 38,4550,11 41,33 51,19 45,35 59,8 36,05 42,5538,3 530,71 529,12 670,95 626,45 623,74 623,41 623,0778,83 77,93 76,37 77,32 74,74 72,26 73,84 74,02905,67 901,43 883,82 1007,5 938,18 922,86 926,29 961,971,35 1,37 1,37 1,47 1,49 1,69 1,88 2,24

255,31 261,96 254,38 273,8 280,59 291,52 292,37 293235,04 237,74 238,3 247,57 259,86 269,99 270,51 271,0571,73 73,24 72,33 78,08 81,3 83,29 77,18 8532,68 32,98 33,64 299,6 309,64 318,06 326,24 3380,87 0,57 0,59 1,5587,12 76 73,36 58 72,72 55,46 50,63 58,751,81 1,58 1,41 1,51 1,52 1,64 1,58 1,63

748,46 749,68 751,32 845,55 751,83 748,03 746,38 769,825,17 5,42 5,02 5,92 6,44 7,19 7,36 9,897,73 7,36 8,43 7,92 8,07 8,43 9,84 19,814,1 4,05 4,11 4,27 4,48 4,77 4,93 4,490,78 0,81 0,81 0,85 0,82 0,79 0,78 0,790,71 0,73 0,72 0,74 0,72 0,68 0,67 0,690,65 0,67 0,75 0,45 0,67 0,7 0,75 0,71

125,64 130,99 133,66 134,94 158,06 158,25 157,34 166,478,26 8,22 9,55 6,35 6,57 5,76 5,5 6,1811,11 12,06 11,03 6,7508 5,9348 6,1584 6,426 5,282418,92 18,12 17,48 17,12 17,21 16,83 16,44 14,92664,24 652,25 662,17 667,79 642,04 663,42 671,41 701,6740,81 40,55 37,63 31,71 30,98 34,78 32,92 37,7539,51 39,01 35,66 30,33 29,11 32,87 30,77 35,9936,94 37,13 33,35 27,71 26,23 30,24 27,63 33,820,53 0,54 0,45 0,33 0,4 0,31 0,31 0,310,8 0,78 0,64 0,65 0,61 0,59 0,41 0,57

45,45 44,6 43,4 43,95 43,3 43,03 39,05 34,1113,82 13,59 13,07 11,85 11,96 10,93 10,57 9,4844,16 45,8 47,11 49,97 47,48 48,71 49,53 46,850,19 0,21 0,24 0,17029 0,23115 0,23847 0,20337 0,43662

1997,97 2059,64 2018,24 1878,63 1945,06 1889,68 1909,13 1822,430,93 29,75 27,75 27,16 26,81 25 25 24,26

1018,03 1026,29 1015,16 970,03 923,84 911,56 960,21 976,6671,72 70,74 70,03 73,15 70,53 69,44 70,87 70,57

2977,22 2937,97 2806,63 2949,75 2808,28 2743,45 2790,97 2674,932288,26 2194,18 2152,42 2156,56 2115 2038,57 2042,79 1999,561576,25 1506,51 1467,13 1468,09 1470,12 1432,34 1387,5 1459,571112,07 1061,33 1023,06 1063,73 1073,73 1058,25 1025,42 1042,14687,93 689,24 685,34 676,37 705,16 692,66 720,13 715,46

Fonte: Instituto de Economia Agrícola (IEA)

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