Upload
truongtruc
View
217
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
Avaliação toxicológica:
- Características físico-químicas
- Toxicidade aguda
- Neurotoxicidade
- Mutagenicidade
- Carcinogenicidade
- Efeitos sobre a reprodução
- Efeitos sobre o desenvolvimento
Agrotóxicos: Avaliação toxicológica
Agrotóxicos: Classificação toxicológica
(mg/kg de massa corporal)
http://slideplayer.com.br/3997111/12/images/10/Crit%C3%A9rios+de+classifica%C3%A7%C3%A3o+toxicol%C3%B3gica.jpg
https://reecetm.files.wordpress.com/2016/04/image4.jpeg?w=648
https://i.pinimg.com/736x/3b/23/f4/3b23f4b789c19904afad7
95c6ce1bdc7--cute-baby-animals-cutest-animals.jpg
• Resistência a degradação
• Volatilidade
• Solubilidade em água
• Bioacumulação
Agrotóxicos: Fatores determinantes de toxicidade
• Via de intoxicação
• Idiossincrasias (Idade, sexo,
polimorfismos, doenças pré-
existentes, etc...)
• Dose
• Tempo de exposição
Agrotóxicos: Considerações farmacogenéticas
http://www.moreirajr.com.br/images/revistas/8/816/farmacogenetica_f8.jpg
Enzimas de fase I
(oxigenases) Enzimas de fase II
(transferases)
Desativação e
eliminação por via renal
e/ou hepática
Formação de
metabólitos reativos
Interação com
biomoléculas (DNA,
RNA, proteínas)
Alterações estruturais Alterações funcionais
Agrotóxicos: Considerações farmacogenéticas
Agrotóxicos: Considerações farmacogenéticas
https://vignette4.wikia.nocookie.net/aia1317/images/7/75/Imagemm.png/revision/latest/scale-to-width-down/180?cb=20130421032025&path-prefix=pt-br
Agrotóxicos: Considerações farmacogenéticas
http://slideplayer.com.br/336319/1/images/12/Polimorfismos+Gen%C3%A9ticos+Que+afetam+o+metabolismo.jpg
http://slideplayer.es/152791/2/images/13/Enzimas+metabolizadoras+de+xenobioticos.jpg
Agrotóxicos: Considerações farmacogenéticas
Adaptado de León-Mejía et al., 2016
• PON
• Proteínas da via BER
(OGG1 e XRCC1)
Agrotóxicos: Considerações farmacogenéticas
http://www.emich.edu/chemistry/images/documents/albaugh_figure_2015.jpg
http://www.leadapreneur.com/uploads/6/4/0/5/6405825/1688122.jpg
Agrotóxicos: Considerações farmacogenéticas
https://nutricionpersonalizada.files.wordpress.com/2011/01/1_tmbs_58a.png?w=590
Agrotóxicos: Considerações farmacogenéticas
Weissman and Knudsen, 2009. Hijacking the Chromatin Remodeling Machinery: Impact of SWI/SNF Perturbations in Cancer
Agrotóxicos: Considerações farmacogenéticas
https://i1.wp.com/www.ciclocelular.com.br/wp-content/uploads/2015/06/ciclo-
celular-mecanismos-de-reparo-do-DNA.jpg?resize=800%2C604
Cruz, L.A., 2014. Estudo da interação entre remodeladores de cromatina e vias de reparação de DNA
em resposta ao dano induzido por agentes antineoplásicos e ditelureto de difenila em Saccharomyces
cerevisiae
Permetrina é um composto sintético
utilizado em inseticidas, acaricidas e
repelentes.
http://www.aimsci.org/wp-content/uploads/2017/02/Figure-6-2.png
Agrotóxicos: Farmacogenética do Parkinsonismo
http://www.neurology.org/content/82/5/419/F2.large.jpg
• Ditiocarbamatos
• Imidazóis
• Dicarboximidos
• Organoclorados
• Aldeído
desidrogenase 2
A relação entre o
polimorfismo de ALDH2 e
Parkinson só ocorre quando
há exposição aos pesticidas.
O polimorfismo per se não
predispõe à doença.
Agrotóxicos: Farmacogenética do Parkinsonismo
http://ars.els-cdn.com/content/image/1-s2.0-S0378427414000599-fx1.jpg
Potencialização Farmacocinética de Organofosfato Misturado a Veneno Piretróide Levando a Neuropatia Retardada Prolongada O organofosfato (OP) e o envenenamento misto de pesticidas continuam a ser uma importante causa de internação hospitalar. Consequentemente, o médico deve estar ciente das apresentações atípicas de complicações neurológicas atrasadas do envenenamento tomando a história do paciente. Relatamos o caso de uma mulher de 23 anos que apresentava marcha acelerada e perda de massa muscular nas mãos. A história do paciente revelou consumo de aproximadamente 4mL de pesticida misto, consistindo de 50% de clorpirifós com piretróide sintético, 5% de cipermetrina. A natureza prolongada e grave da neuropatia periférica tardia, persistindo em dois anos de seguimento, sugere que mesmo pequenas quantidades de OP em combinação com um piretróide podem resultar em morbidade significativa e é irreversível.
Efeitos auditivos periféricos e centrais da exposição a pesticidas: uma revisão sistemática A Organização Mundial da Saúde relata um total de 3 milhões de casos anuais de intoxicação aguda por pesticidas (2,1 milhões de casos apenas nos países em desenvolvimento). O uso de pesticidas atingiu proporções alarmantes no Brasil na última década. As vendas de pesticidas subiram de 2001 a 2008, tornando o Brasil o maior consumidor mundial de venenos. Este estudo teve como objetivo avaliar se a exposição a pesticidas causa distúrbios auditivos periféricos ou centrais e, portanto, focada na importância dos testes auditivos em populações com exposição aguda ou crônica. Esta foi uma revisão sistemática de estudos sobre os efeitos da exposição a pesticidas no sistema auditivo. A revisão identificou 143 estudos sobre o tema, 16 dos quais preencheram os critérios de inclusão. Todos os artigos mostraram que a exposição a pesticidas é ototóxica e leva à perda auditiva.
Exposição a pesticidas e transtornos mentais em uma população rural do sul do Brasil A exposição a pesticidas tem sido associada a transtornos mentais, especialmente em populações ocupacionalmente expostas, como agricultores. Este efeito foi atribuído à atividade neurotóxica e de perturbador endócrino dos pesticidas, tal como sugerido por estudos experimentais. Foi realizado um estudo transversal avaliando a prevalência de transtornos mentais comuns e depressão auto-referida em uma amostra de 869 indivíduos adultos residentes em Dom Feliciano, entre outubro de 2011 e março de 2012. A prevalência de transtornos mentais comuns e auto-relato de depressão na população da amostra foi de 23% e 21%, respectivamente. Os indivíduos que relataram depressão apresentaram maior probabilidade de exposição a piretróides (OR = 1,80; IC 95%: 1,01-3,21) e álcool alifático (OR = 1,99; IC 95%: 1,04-3,83). Um SRQ-20≥8 foi associado a probabilidades aproximadamente sete vezes maiores de exposição ao álcool alifático (IC 95%, 1,73-27,53). A depressão auto-referida correlacionou-se positivamente com um maior período de exposição à dinitroanilina (OR = 2,20; IC 95%, 1,03-4,70) e sulfonilureia (OR = 4,95; IC 95%: 1,06-23,04). Os resultados sugerem que a exposição a pesticidas pode ser relacionada com distúrbios mentais. Contudo, não podem ser excluídos outros fatores de risco comuns na cultura do tabaco, principal atividade econômica local.
Marcadores hemostáticos, inflamatórios e oxidativos em agricultores usuários de pesticidas O objetivo deste trabalho foi investigar parâmetros inflamatórios, oxidativos e trombóticos como biomarcadores em agricultores expostos a pesticidas. Cinquenta agricultores que usam pesticidas químicos e 60 homens não expostos (grupo controle) participaram deste estudo. Os achados mostraram estresse oxidativo refletido por um aumento nas concentrações de malondialdeído, de proteínas carboniladas e dos níveis de ânions superóxido, e uma diminuição nas vitaminas C e E, na glutationa, na catalase e na superóxido dismutase nos agricultores. Os níveis séricos de proteína C reativa, protrombina e fibrinogênio foram aumentados nesses agricultores. Em conclusão, a inflamação, o estresse oxidativo e as perturbações metabólicas refletiram os possíveis efeitos dos pesticidas sobre os agricultores.
Exposição a Insecticidas e histórico agrícola em relação ao risco de linfomas e leucemias no estudo observacional de coorte da Estratégia de Saúde da Mulher Em questionários, as mulheres auto-relataram sua história vivendo ou trabalhando em uma fazenda, misturando pessoalmente ou aplicando inseticidas, aplicação de inseticida em casa ou no local de trabalho por um serviço comercial e tratando animais de estimação com inseticidas. As mulheres que já viveram ou trabalharam em uma fazenda tiveram aumento de 1,12 vezes no risco de desenvolverem linfoma não-Hodgkin (intervalo de confiança de 95% [IC] = 0,95-1,32) em comparação com aquelas que não o fizeram. As mulheres que relataram aplicação de inseticida por um serviço comercial em seu ambiente imediato tiveram um risco 65% maior de leucemia linfocítica crônica/linfoma linfocítico pequeno (IC 95% = 1,15-2,38). Mulheres com menos de 65 anos que já aplicaram inseticidas tiveram um risco 87% maior de Linfoma difuso de grandes células B (IC 95% = 1,13-3,09). Exposição a inseticidas pode contribuir para o risco de linfomas. Estudos futuros devem avaliar as relações dos subtipos de linfoma Hodgkin com tipos específicos de inseticidas domésticos.
Estudos avaliados Tipo de estudo Obs.:
5 Estudos de coorte (câncer e exposição a glifosato Pulmão, mieloma, melanoma
múltiplo, NHL*, mamas, cânceres
infantis, cólon e reto, pâncreas
14 Estudos de caso-controle (leucemias e linfomas e
exposição a glifosato)
10 Estudos de carcinogenicidade em murinos Ingestão na água, na dieta e
aplicação na pele
5 Estudos dos efeitos genéticos do glifosato em
humanos expostos
DSBs e ensaio cometa (+),
aberrações cromossômicas (-),
formação de micronúcleos (+)
16 Estudos dos efeitos genéticos do glifosato (e
formulações) e AMPA, em células humanas in vitro
Danos ao DNA, danos
cromossomais
25 Estudos dos efeitos genéticos do glifosato (e
formulações) e AMPA, em não-humanos in vivo
8 Estudos dos efeitos genéticos do glifosato (e
formulações) e AMPA, em células de mamíferos, in
vitro
53 Estudos dos efeitos genéticos do glifosato (e
formulações) e AMPA, em sistemas não mamíferos
10 Estudos dos efeitos genéticos do glifosato (e
formulações) em não mamíferos in vitro
Agrotóxicos: O caso do Glifosato
Conclusões dos autores
• Em seres humanos, poucas evidências quanto à carcinogenicidade;
• Em animais, evidências experimentais suficientes quanto à carcinogenicidade;
• O glifosato pode operar através de características-chave de carcinógenos humanos
conhecidos
– Evidências de genotoxicxidade (seres humanos in vitro e animais experimentais);
– Danos cromossômicos (formação de micronúcleos) significativamente maiores após a
exposição, comparado a antes da exposição (seres humanos e animais experimentais);
– Indução de estresse oxidativo (seres humanos in vitro e animais experimentais).
Agrotóxicos: O caso do Glifosato
Agrotóxicos: A Lista...
Categoria 1: 194 substâncias com
atividade endócrina documentada em
pelo menos um estudo de um organismo
vivo. Prioridade para novos estudos;
Categoria 2: sem evidência suficiente
de atividade endócrina, mas com
evidência de atividade biológica
relacionada com a desregulação
endócrina;
Categorias 3a e 3b: Substâncias para
as quais não existem indícios de
propriedades perturbadoras do
endócrino ou que não podem ser
avaliadas devido à falta de dados.
http://eng.mst.dk/topics/chemicals/endocrine-disruptors/the-eu-list-of-potential-endocrine-disruptors/
Obrigada!
http://www.cartamaior.com.br/arquivosCartaMaior/FOTO/108/E311A5C08018590A24606D35D8E847BF68A5A8D9BDEBE278B5AE7A2914E75E31.png