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RELATÓRIO
DE
AUTOAVALIAÇÃO
INSTITUCIONAL
ANO LETIVO 2011/2012
2
INTRODUÇÃO
No sentido de obviar aos atrasos verificados na publicação do seu Relatório do ano transato, e que
se ficaram a dever fundamentalmente às consequências decorrentes das alterações na equipa
diretiva do Agrupamento, a Equipa de Autoavaliação Institucional (EAI) solicitou à Direção
(19/07/2012) todos os elementos informativos necessários à prossecução do seu trabalho e que
extravasam os domínios dos seus próprios instrumentos de monitorização. Esta solicitação foi
reiterada em 27/9/2012.
Com a informação disponibilizada até ao presente, foi possível elaborar este Relatório numa
perspetiva de que, mesmo com eventuais lacunas e imprecisões estatísticas (estas decorrentes da
discrepância entre alguns dados divulgados sobre as mesmas matérias pelas várias fontes internas
consultadas), o documento sirva a Instituição e cumpra a sua função legal, organizacional e
estratégica de propiciar a reflexão da Comunidade Educativa e de fundamentar as políticas
estruturais que os órgãos de gestão e administração entendam adequados à melhoria da qualidade
do Agrupamento.
Durante o período em análise (ano letivo de 2011/2012), a EAI prosseguiu a sua estratégia de
construção do modelo aprovado em 2009, visando a atinência, entre outros, dos seguintes objetivos:
Cumpliciar toda a Comunidade Educativa no esforço coletivo de transformar a prática
autoavaliativa num instrumento progressivamente mais potenciador de melhorias nos vários
níveis da Instituição;
Aperfeiçoar o modelo original utilizado desde 2009 (que, como se sabe, aproveita os outros
modelos existentes – com natural incidência para o da IGE – mas segue um percurso próprio
e contextualizado) e aferir permanentemente a sua eficiência;
Consolidar a monitorização dos domínios e campos de análise trabalhados desde 2009/10 e
ampliar progressivamente a diagnose institucional a um espectro mais alargado de áreas de
intervenção;
Melhorar a qualidade técnica dos instrumentos de análise utilizados.
A oportunidade de reflexão conjunta de todos os professores do Agrupamento aquando da sessão de
trabalho de 9/7/2011 designada “As 4 Estações” (promovida pela anterior Direção e pela EAI com a
preciosa colaboração dos nossos peritos externos e de outros convidados) teve um efeito catalisador
no enfoque desses agentes educativos nas questões consideradas mais nucleares e decisivas do
desempenho institucional e que decorrem, inevitavelmente, do quadro de problematização e dos
objetivos do nosso Projeto Educativo e sub-Projeto TEIP.
Como consequência dessa reflexão, o Agrupamento soube também construir um PAA para 2011/12
mais articulado com os outros documentos constituintes e mais macro-estruturado nas áreas de
enfoque que consubstanciam o tecido estruturante do trabalho a realizar, representando um
progresso muito significativo relativamente aos anteriores.
Outra das vertentes da ação da EAI prendeu-se com a questão imperativa da definição de metas
mensuráveis e indicadores do desempenho institucional (conforme aliás decorre dos resultados da
avaliação externa e interna produzidas desde 2009), obviamente compagináveis com os
compromissos institucionais assumidos no âmbito do sub-Projeto TEIP. Sob o patrocínio do diretor,
foram realizadas reuniões de trabalho da EAI com a Coordenação TEIP, representantes do JI e do 1º
3
ciclo e com os coordenadores de departamento e delegados de disciplina dos 2º e 3º ciclos, no
sentido de recolher contributos destes agentes educativos para a definição dessas metas.
Com a síntese de todas as sugestões recolhidas, a EAI apresentou ao Conselho Pedagógico um
documento de proposta que, após algumas alterações pontuais, mereceu a aprovação deste órgão, o
qual decidiu, no entanto, adiar a implementação das metas para o ano letivo de 2012/13.
Além destas iniciativas, a EAI continuou a sua ação de monitorização do modelo, avaliando as
medidas atinentes à consecução das Recomendações produzidas em 2009/10 e 2010/11. Com essa
finalidade, procedeu-se à análise detalhada das atas e dos documentos de balanço final que, até à
presente data, foram disponibilizados à EAI.
Acresce que, no âmbito do alargamento dos campos de análise do modelo utilizado, a EAI iniciou a
monitorização do grupo de alunos que se constituíram como o “núcleo-duro” da indisciplina na E.B.
2,3 (cruzando informação sobre a sua prestação em vários domínios) e aprofundou a diagnose da
qualidade do sucesso no Agrupamento.
Além disso, foi lançado um novo instrumento visando a mensuração do excesso de tempo de
permanência dos nossos alunos relativamente ao período normal de duração da sua escolaridade.
Prosseguiu-se ainda o trabalho de recolha de elementos para o barómetro relativo ao grau de
satisfação de alunos e encarregados de educação no que diz respeito ao atendimento e prestação de
serviço educativo por parte do Agrupamento. Assim, à semelhança dos anos anteriores, foram
lançados e tratados pela EAI inquéritos aos alunos e encarregados de educação de todo o
Agrupamento, com questões articuladas entre si de forma a propiciarem uma análise conjunta.
Também à semelhança dos anos anteriores, os resultados deste trabalho foram divulgados e
transmitidos à Direção e aos educadores/professores titulares/diretores de turma para reflexão
interna e utilização desses dados junto dos alunos e encarregados de educação.
No âmbito do domínio-chave “Clima e Ambiente Educativos” e tendo em vista o alargamento do
barómetro atrás citado a outros setores da Comunidade, a EAI considerou oportuna a concretização
de um inquérito ao Pessoal não-Docente do Agrupamento, comummente considerado, numa
apreciação global, como um elemento de mais-valia funcional da Instituição.
Este inquérito, ao qual respondeu a totalidade dos funcionários, visou medir o grau de satisfação
destes agentes educativos relativamente ao seu trabalho e solicitar-lhes a definição de “pontos fortes”
e “ pontos fracos” do Agrupamento. Os seus resultados foram divulgados aos responsáveis e são
objeto de uma referência específica nos capítulos seguintes deste Relatório.
Acresce que o já crónico adiamento das imprescindíveis obras de requalificação da Escola Sede
continua a constituir um mega-constrangimento dramaticamente limitativo do trabalho do
Agrupamento e da melhoria da sua qualidade.
Da progressiva degradação física, com a consequente deterioração da imagem e da diminuição da
“oferta de escola” da Instituição, resulta uma cada vez menor apetência de muitos pais para aqui
inscreverem os seus filhos e um cada vez maior número de transferências dos nossos melhores
alunos para outros destinos. Essa circunstância vem causando visível frustração no corpo docente e
não-docente ao serem confrontados, ano após ano, com uma população discente (e respetivas
famílias) progressivamente mais alheadas dos valores do trabalho.
Assim, e sendo cada vez menor a “modulação” desse quadro (como acontecia até há uns anos com
uma frequência significativa de alunos sem os estigmas atrás enunciados e oriundos de famílias mais
estruturadas e ambiciosas nas expectativas de sucesso escolar dos seus jovens), o Agrupamento
debate-se, neste momento, com uma “matéria-prima” pouco motivada e envolvida nos processos da
sua aprendizagem e com pouca predisposição para o esforço imprescindível à sua concretização.
Assiste-se, desta forma, às inevitáveis consequências de uma realidade cada vez mais “guetizada”
desta Comunidade Educativa. Como adiante se verá, para que este quadro não apresente contornos
ainda mais graves muito contribuiu o trabalho intenso e meritório dos técnicos do GAAF no seu
4
conjunto, constituindo esta estrutura uma mais-valia institucional cuja preservação urge garantir no
futuro.
Neste enquadramento, a dedicação, diversificação de estratégias e atividades e de mediação e
remediação de conflitos verificadas quotidianamente no corpo docente e não-docente do
Agrupamento não têm tido as desejáveis repercussões junto da maioria dos alunos e suas famílias
nem resultados diretamente proporcionais ao investimento realizado pela Instituição. Salienta-se que
esta situação é altamente injusta e prejudicial para o Agrupamento e para os seus profissionais (até
em termos de avaliação externa) já que dificulta a atinência de metas minimamente ambiciosas que
configurem um projeto de melhoria continuado e consistente.
Também por esta razão, se regista com apreço a inclusão no novo “Quadro de Referência da
Avaliação Externa” da IGE de uma perspetiva de “contextualização” (designadamente, dos resultados
escolares) sempre defendida pela EAI. Esta inovação do modelo da IGE vem introduzir um esquema
conceptual mais justo, porque menos discriminativo, em termos de comparação/diferenciação entre
Escolas/Agrupamentos com realidades muito diferentes. Estamos certos de que a justeza deste novo
ponto de vista será contemplada e salvaguardada com objetividade na próxima avaliação externa da
IGE.
Nota – Embora a Coordenação do sub-Projeto TEIP tenha produzido os seus próprios documentos
de balanço, o presente Relatório de Autoavaliação Institucional integra a informação relevante aí
divulgada.
5
ANÁLISE
Realizada uma análise criteriosa e exaustiva de todos os relatórios, atas e outros
documentos de balanço e avaliação final do ano de 2011/2012 produzidos pelas várias
estruturas da Comunidade Escolar e disponibilizados à EAI, foi possível identificar as
evidências que sustentam a observância de cada uma das “Recomendações” da Equipa de
Autoavaliação Institucional, aprovadas pelo Conselho Pedagógico e apropriadas pelo
Conselho Geral.
Voltaram a considerar-se as Recomendações produzidas pela EAI em 2009/10 dada a
pertinência de comparar evidências com períodos anteriores dentro do mesmo ciclo
avaliativo (2009-2013). Ao contrário do ano anterior e para simplificação conceptual, as
dezasseis Recomendações foram organizadas por áreas de enfoque.
Devido ao grande número de atividades realizadas, optou-se por referenciar as mais
abrangentes e/ou significativas, sem, no entanto, deixar de ter em consideração o contributo
de todas as outras para a atinência de cada “Recomendação”.
Relativamente aos pontos fracos mencionados nos relatórios do ano anterior e não referidos
nos deste ano, considera-se que esses aspetos estão resolvidos e/ou tiveram um progresso
significativo, não constando, portanto, da tabela seguinte.
Assim: Recomendações emanadas
dos relatórios de Autoavaliação
de 2010 e 2011
Áreas de enfoque
Evidências
. Definição de estratégias
que invertam, ou pelo menos
minimizem, os efeitos perversos
do divórcio existente entre os
valores da Escola e os de alguns
setores da Sociedade envolvente,
em ordem a tentar responsabilizar
mais as famílias pelos seus deveres
relativamente à Instituição e às
crianças e jovens a seu cargo.
.Continuação da promoção de
comemorações e eventos escolares
abertos à Comunidade e
preferencialmente ligados ao
desenvolvimento das competências
transversais dos alunos e ao
aprofundamento das relações Escola
/Família, tendo por base projetos
que a um tempo mais os justifique e
valorize.
Relação Escola
Família
- Elevado grau de satisfação dos EE em relação ao atendimento que o Agrupamento lhes presta:
Pelo educador/prof/d de turma 91,4% considera-o “muito bom” ou “bom”
Pelos funcionários 76,3% considera-o “muito bom”ou “bom”.
Pela secretaria 71,7% considera-o “muito bom”ou “bom”.
Pelo SPO, GAAF e NEE, 54,6% considera-o “muito bom”ou “bom”.
- Os alunos do Agrupamento consideram, maioritariamente que o atendimento/ apoio que lhes é facultado pela Escola é “muito bom”
- Os encarregados de educação inquiridos sobre a razão pela qual muitos EE não contactam a Escola respondem maioritariamente:
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“Nunca têm tempo” (35,7% )
“Têm pouco interesse pelos resultados escolares…” (29,4%)
A perceção dos alunos relativamente às mesmas questões é :
“Nunca têm tempo” 46,11%
“Têm pouco interesse…” 29,51%
A maioria dos EE (48,30%) afirma contatar o educador/ professor/dt uma vez por período . 4,20% admite nunca contatar.
A percentagem média de participação dos EE em reuniões com educador/prof titular/ d. de turma foi de 57,48%, assim distribuída:
JI 55,31%
1º ciclo 67,63%
2º ciclo 57,40%
3º ciclo 44,59%
E. não regular 38,89%
- A intervenção da técnica de Serviço Social sobre os 110 alunos sinalizados permitiu “melhorar o aproveitamento, a falta de assiduidade, o comportamento, as condições de saúde e higiene e colmatar algumas dificuldades económicas”.
-27 alunos/famílias receberam roupas brinquedos e bens alimentares.
O GAAF fez o encaminhamento de 42 alunos para várias entidades de cariz social, autárquico, religioso e judicial
Realizou 8 visitas domiciliárias
Projeto “Dia da Família”
“ Ciência que eu aprendi” dirigida a EE e dinamizada por alunos de três turmas do 3º ciclo.
Jornal Escolar das escolas do 1º ciclo com a participação de docentes e EE.
Festas de abertura e encerramento do ano letivo, comemorações do 50º aniversário da Escola BMD, Natal, Carnaval e dia do pai e da mãe nas
7
escolas do 1º ciclo.
Projetos: “Conto convosco para contar um conto” e “ Saborear histórias” que envolveram famílias na apresentação de histórias em contexto de sala de aula (JI e Escola 54).
Projeto da BE “Vai e Vem”
- Relatórios referem “Falta de pressão para o sucesso por parte das famílias” (TEIP).
- Os agentes educativos, fundamentalmente os educadores/professores titulares/diretores de turma, fizeram um trabalho sistemático de informação/responsabilização dos EE.
.Promoção inadiável de uma
Estratégia globalmente assumida e
corresponsabilizada no universo de
todo o Agrupamento, para o
desenvolvimento mais precoce das
competências sociais dos alunos,
fundamentalmente no domínio do
saber-estar, de forma a prevenir as
graves dificuldades de integração
crescentemente verificadas a todos
os níveis, mas com especial
incidência no 5º ano.
. Definição de um plano de ação
articulado entre todas as estruturas
e agentes mais diretamente
envolvidos no combate à indisciplina,
tendo em vista uma atuação
estratégica concertada que potencie
o trabalho quotidianamente
desenvolvido.
.Tratamento e análise estatísticas das
ocorrências disciplinares que
enforme um quadro conclusivo
sobre quais os alunos que constituem
o “núcleo duro” da indisciplina no
Agrupamento, em ordem a serem
implementadas estratégias
diferenciadas e mais cirúrgicas para a
abordagem destes casos.
Indisciplina.
A média de ocorrências disciplinares por aluno na escola sede foi de 4,21
A média de ocorrências disciplinares por aluno, dos alunos que constituem o “núcleo duro da indisciplina” foi de 19,22.
Mediação de Pátio: a ação do mediador foi no sentido de combater o absentismo, fazer gestão de conflitos e o acompanhamento dos alunos à sala de aula/Gabinete.
Animação de Pátio: “houve diminuição de conflitos e de problemas de agressão física e psicológica dos recreios, assim como controlo de assiduidade no JI e escolas do 1ºciclo”.
Animação Desportiva na Escola do Beato e na 54.
Projeto “Intervir”- CML nas escolas do Beato e BMD
- Projeto “Ser Saudável” – dos 318 alunos abrangidos (JI e 1º ciclo), 81,5% adquiriram competências a nível da motricidade e aquisição de regras sociais (TEIP).
8
Workshop : “ Construindo a
brincadeira” – escola 54
Foi definido pela direção um
grupo de 50 alunos que
constituem o “Núcleo
Duro da Indisciplina”.
Os 50 alunos que constituem o
“núcleo duro” (11,54% dos
alunos inscritos) são responsáveis
por 52,7% das participações
disciplinares da Escola sede.
Registou-se um grande
empenho/voluntarismo de todos
os agentes diretamente ligados
à indisciplina embora se continue
a verificar a ausência de um
plano articulado que potencie o
trabalho quotidiano
desenvolvido.
No Relatório de 2010/2011 (pág. 36)
“não se estabeleceu nenhuma recomendação específica no âmbito do combate ao insucesso por se considerar que a consecução desse objetivo central no nosso Projeto Educativo decorre, fundamentalmente, dos progressos que o agrupamento for capaz de realizar nas outras áreas”
. Implementação dos “Prémios de Mérito e Excelência”, com um figurino mais solenizante e com consequências mais estimulantes
para os alunos.
Insucesso
No Agrupamento verificou-se
um insucesso global de
cerca de 25%.
Assim distribuído:
No 1º ciclo 13,2%
No 2º ciclo 41,1%
No 3º ciclo 29,1%
A avaliação externa do
Agrupamento ficou muito
aquém da média nacional,
quer em LP quer em Matemática,
nos 4º, 6º e 9º anos.
Este fosso aumentou
relativamente a 2010/2011.
A distância entre a avaliação
externa e a interna diminuiu,
à exceção da Matemática do 4º
ano e LP do 9º.
A taxa de abandono foi de 2% (segundo Relatório TEIP).
9
A taxa de absentismo foi de 8% (segundo Relatório TEIP).
Nos 2º e 3º ciclos verificou-se, segundo dados do Observatório, um insucesso por falta de assiduidade de 18,50% (21% no 2º ciclo e 15% no 3º).
Dos 20 alunos tutorados, 5 não
transitaram de ano,
correspondendo a 2 5% de
insucesso(TEIP).
54% dos alunos sinalizados e acompanhados pelo GAAF tiveram insucesso.
27,4% dos alunos apoiados pelas
professoras do Ensino Especial
tiveram insucesso, assim distribuído:
1º ciclo 15,7%
2º ciclo 50%
3º ciclo 18,7%
A percentagem média de
excesso de permanência
relativamente à duração normal
da escolaridade dos
alunos do Agrupamento é 10,77%
assim distribuída:
1º ciclo 10,25%
2º ciclo 14,17%
3º ciclo 7,89%
A percentagem média de excesso de permanência de 38 alunos pertencentes ao “núcleo duro da indisciplina” é 59,92%
( sobre os outros 12 alunos deste núcleo não existem dados disponíveis)
. Implementação urgente de uma
articulação vertical consistente e
persistente, fundamentalmente
entre o 1º e o 2º Ciclos, no domínio
da Língua Portuguesa e da
Matemática.
Articulação
Presença de professores do
1º ciclo em algumas das
primeiras reuniões de Conselho
de Turma do 5º ano que
integravam alunos seus.
10
Integração do Ensino Pré-Escolar
no 1º ciclo.
Atividade “Salto de Gigante”
(transição do 4º para o 5º ano)
“Dia do Leitor” – parceria
(mensal) com a EB1 Madre de
Deus e com a EB1 do Beato
Utilização regular da Biblioteca
por parte de turmas do 4º ano
“Semana da Leitura”
“Jornadas do Departamento”
trabalho articulado entre a BE e
departamento de Ciências
Sociais e Humanas.
Teve lugar uma reunião entre os
professores de matemática do
2º ciclo e todos os professores
que lecionaram turmas do 4º ano.
Sessões de trabalho, formais e
informais, ao longo do
ano, entre os professores de
dos 2º e 3º ciclos para discussão
de atividades a realizar,
metodologias e troca de
experiências.
.Previsão de mais momentos de
reflexão e debate conjuntos em
torno das questões estruturantes
do Agrupamento.
.Elaboração de um PAA. Numa
perspetiva macroestruturante,
abandonando o figurino vigente de
uma certa “pulverização” de
projetos/atividades, antes
integrando-os em estruturas/ações
mais abrangentes
(tipo Departamento).
Gestão e
organização
G
O PAA de 2011/2012
apresentou-se mais articulado
com os outros documentos
constituintes e mais
macroestruturado nas áreas
de enfoque problematizadas
no PE e na reflexão dos
professores.
Foi criado um blogue da biblioteca.
Blogue da escola 54 : “foi considerado
um meio rápido e acessível de divulgar
a vida da instituição interagindo com
11
. Contabilização pelo Observatório da informação estatística do insucesso, separadamente da referente ao abandono/falta sistemática de assiduidade, após definição objetiva de critérios sobre essa matéria pelo Conselho Pedagógico.
. Aprofundamento da estreita colaboração funcional, mutuamente reconhecida, entre pessoal docente e não docente, dentro das suas respetivas esferas de competência, e alargamento desse estimulante clima relacional e colaborativo a todas as Escolas do Agrupamento.
.Continuação do processo de agilização na transmissão da informação dentro do Agrupamento, melhorando os critérios de oportunidade e seleção de conteúdos, e estabelecimento de mecanismos mais aperfeiçoados de divulgação interna e externa das atividades do Agrupamento.
. Divulgação mais alargada das múltiplas parcerias existentes e das suas valências e potencialidades.
. Normalização do modelo de
autoavaliação institucional e do seu Projeto, aperfeiçoando e agilizando os seus mecanismos processuais e a formação técnica dos seus agentes, em ordem a ser possível, através deles, produzir as alterações necessárias ao aperfeiçoamento continuado das nossas práticas e à melhoria da qualidade do Agrupamento.
a comunidade”.
Parcerias com a Gebalis, CML,
Escola Segura, Clube Oriental
de Lisboa,
“Educação para a Saúde “ em
articulação com estudantes da
Faculdade de Medicina de Lisboa.
Apresentação do Relatório de
Autoavaliação Institucional de 2010/11
ao C. Pedagógico para análise e
aprovação.
Apreciação do Relatório pelo Conselho
Geral.
Conclusão do trabalho de apoio
aos Departamentos para
construção do PAA.
Reuniões de trabalho com
Coordenação TEIP,
representantes do JI e 1º ciclo,
coordenadores de
Departamento e delegados de
disciplina dos 2º e 3º ciclos para
recolha de contributos na definição
de metas e respetivos indicadores.
Elaboração de um documento
síntese do trabalho realizado sobre
esta matéria para discussão e
apresentação ao C. Pedagógico.
Este documento foi aprovado, com
algumas alterações, tendo a sua
implementação sido adiada para o
ano letivo 2012/13.
Realização de inquéritos à totalidade
de alunos, EE e pessoal não docente
do Agrupamento. Tratamento e
estudo comparativo dos dados e sua
divulgação à Comunidade.
12
Lançamento de um novo instrumento
para determinação do tempo de
permanência de todos os alunos dos
4º, 6º e 9º anos que transitaram,
bem como dos alunos do “núcleo duro”
da indisciplina(ELAV),
independentemente do seu ano de
escolaridade.
Análise do binómio sucesso –assiduidade
e qualidade do sucesso nos 2º e 3º ciclos.
e ensino não regular.
Análise detalhada de todos os
documentos de balanço final de
ano facultados à EAI.
Recolha de toda a investigação
documental realizada e de todos
os documentos e materiais
produzidos em dossiês e
suporte informático.
Contatos com os nossos peritos
externos.
. Elaboração de um Plano de Formação do Agrupamento, que responda às necessidades do Agrupamento e do seu Projeto Educativo.
Formação
Ação de sensibilização, para docentes,
sobre Educação Sexual em
contexto escolar ( dinamizada pelo
Clube da Saúde).
Ação de formação para
assistentes operacionais.
A técnica do GAAF realizou uma ação de sensibilização sobre Intervenção das Comissões de Proteção de Crianças e Jovens em Risco aberta a todo o Agrupamento .
As partilhas de experiências e saberes
em reuniões de docentes constituíram-se
como momentos de formação em
contexto.
13
RELAÇÃO ESCOLA – FAMÍLIA A Comissão Internacional para a Educação para o século XXI considera que a “Educação se deve organizar em torno de quatro aprendizagens fundamentais que, ao longo da vida, serão de algum modo, para cada individuo, os pilares do conhecimento: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver juntos, aprender a ser” (Delors, 2006).
Mas para aprender é preciso querer aprender. É preciso a vontade/motivação do aluno, expectativas afirmativas da família, uma atitude positiva do meio social em que vive para o valor da aprendizagem, para a aquisição de valores e atitudes de comportamento, e não apenas a ação da Escola, por muito assertiva que seja.
Assim, analisámos alguns referenciais socioeconómicos e culturais da população escolar deste Agrupamento em 2011/2012.
Profissão dos pais
Profissão
Mãe
Pai
Total
Especialistas das Ciências Físicas, Matemática e Engenharia 1
3 4
Especialistas de ciências da vida e profissionais da saúde 8 2 10
Docentes do ensino secundário, superior e profissões similares 15 4 19
Outros especialistas das profissões intelectuais e científicas. 3 3 6
Técnicos e profissionais de nível intermédio de C.Físicas, Químicas, Engenharia.
0 8 8
Profissionais de nível intermédio de ciências da vida e saúde. 3 3 6
Profissionais de nível intermédio do ensino. 15 7 22
Empregados de escritório. 10 0 10
Empregados de receção, caixas, bilheteiros, vendedores e demonstradores. 31 18 49
Pessoal de serviços diretos (empregadas domésticas), de proteção e segurança.
105 27 132
Agricultores, trabalhadores qual. da agricultura, criação de animais e pescas 0 2 2
Condutores de veículos e embarcações e operadores de equip. pesado. 2 55 57
Operários da construção civil. 0 56 56
Mecânicos, trabalhadores da metalurgia e da metalomecânica. 0 25 25
Outros operários, artífices, trabalhadores de montagem, de instalações fixas, operadores de máquinas e similares.
2 16 17
Trabalhadores não qualificados dos serviços, comércio, obras públicas ... 55 9 64
Outras ou desconhecidas 492 456 948
Total 742 694 1436 Dados fornecidos pela Secretaria, em agosto de 2012
Habilitações dos pais
Habilitações
Mãe
Pai
Total
Mestrado 0 1 1
Licenciatura 12 14 26
Bacharelato 4 1 5
Secundário 63 38 101
Básico (3º ciclo) 105 90 195
Básico (2º ciclo) 74 79 153
Básico (1º ciclo) 94 103 197
Sem habilitações ou formação desconhecida 450 453 903 Dados fornecidos pela Secretaria, em agosto de 2012
14
Alunos do Agrupamento com subsídio de Ação Social Escolar
Total de alunos com
ASE
Total de alunos sem
ASE
Dados fornecidos pela Secretaria, em agosto de 2012
Por estes quadros podemos inferir:
- 57,12% dos pais dos alunos do Agrupamento estão registados como “sem habilitações ou
formação desconhecida”;
- 12,46% dos pais indica, como habitações, o 1º ciclo;
- 8,41% dos pais estão assinalados como tendo habilitações iguais ou superiores ao secundário;
- 57,71% dos alunos do Agrupamento beneficiam de apoio social escolar; - dos alunos do Agrupamento que beneficiam de apoio social escolar, a 62,65% foi atribuído
escalão A pela Segurança Social.
Foram, ainda, identificados com necessidades educativas especiais de caráter permanente 61
alunos. Para além deste número foram referenciados para avaliação especializada para despiste de
dificuldades e/ou encaminhamento terapêutico, 27 alunos. Nos alunos acompanhados predominam
problemáticas do domínio cognitivo 52% e do domínio emocional, 24%.
Destes números não constam os alunos com necessidades educativas especiais integrados em
turmas de percurso curricular alternativo (nos 5º, 6º e 7º anos de escolaridade).
Os alunos com necessidades educativas especiais do ensino regular constituem 9,85% dos alunos
do Agrupamento.
Ainda caracterizando a população escolar do Agrupamento, no inquérito sobre hábitos alimentares
promovido pelos professores de Educação Física, no âmbito do Projeto “Be.Wellness – Viver Bem”,
na Escola EB 2,3 de Luís António Verney, verificou-se que 65,52% afirmam tomar sempre o
pequeno almoço antes de vir para a escola, 23,08% tomam-no às vezes e 11,40%, raramente. Quando inquiridos sobre se faziam “um reforço alimentar a meio da manhã”, num horário de aulas
das 8:30 horas às 13:25 horas, 60,22% respondeu sim e 39,78%, não.
No mesmo inquérito indagava-se sobre as horas a que se deitavam. E os resultados foram conclusivos:
Ano de escolaridade entre as 21:00h
e as 22:00h
entre as 22:00h
e as 23:00h
entre as 23:00h
e as 24:00h
depois das 24:00h
5º ano 44 33 8 5
6º ano 52 30 9 8
7º ano 12 24 13 10
8º ano 6 18 7 8
9º ano 7 13 7 5
CEF 1 4 9 8 3
CEF 2 2 5 7 2
CENFIM 0 2 7 2
TOTAL 127 134 66 43
Total de alunos com ASE
498
Alunos com escalão A
312
Alunos com escalão B
186
15
Dos dados recolhidos podemos observar que saem da norma:
- 17,84% de alunos que se deitam entre as 23:00h e as 24:00h;
- 11,62% de alunos que se deitam depois das 24:00h.
Infere-se, ainda, que cerca de 40% dos alunos não tomam pequeno almoço e/ou não fazem reforço
alimentar a meio da manhã e 30% dos alunos deitam-se tarde.
Acrescente-se que nestas percentagens estão envolvidos alunos de todos os anos de escolaridade,
incluindo 5º e 6º anos.
Conclui o relatório sobre o desenvolvimento do projeto acima referido: “A sensibilização das famílias
para a importância do sono e da alimentação é uma tarefa que muito tem ainda de ser trabalhada (…)
a mais difícil, mas também uma das mais importantes (…) para o aumento dos níveis de
concentração e da atenção dos alunos.”
Podemos deduzir, pelos expressivos défices alimentares e de descanso, que um número significativo
de alunos encontra-se nas aulas com poucas condições para realizar trabalho, num período de maior
concentração de atividades letivas.
E se é indiscutível que “a escola reconhece desde sempre o peso das questões sociais,
nomeadamente as ligadas à funcionalidade familiar como suporte afetivo e de personalidade da
criança que determina em muitos casos o sucesso escolar…” é desde há muito reivindicada a
imprescindibilidade de “…fazer convergir para a escola equipas de técnicos … de modo a potenciar
as capacidades de aprendizagem e sucesso escolar dos alunos.” (Projeto de Intervenção Social, no
ano letivo 2011/2012). E continua o mesmo relatório do GAAF: “As famílias dos alunos (do
Agrupamento) são consideradas no geral multiproblemáticas, não só pelas vivências difíceis e até
dramáticas que esses agregados e os seus membros enfrentam mas, igualmente, pelas dificuldades
que colocam em termos de intervenção.”
Refira-se que a técnica de Serviço Social (este ano letivo o GAAF contou apenas com uma das três
técnicas que exerceram funções neste Agrupamento nos dois anos letivos anteriores), dando
continuidade ao modelo de intervenção anteriormente definido (na procura de uma maior
responsabilização do encarregados de educação e do reconhecimento do papel da Escola), articulou
a sua ação não só com “entidades da comunidade educativa como com instituições de intervenção
exteriores à escola”. Assim, dos 110 alunos intervencionados, 48 obtiveram sucesso (44%).
Apesar dos resultados, houve, no entanto, uma intervenção tão ampla quanto possível e uma procura
empenhada de encaminhamento de todos os alunos referenciados.
Outros relatórios de reflexão/balanço/avaliação do final do ano letivo 2011/2012 analisados são
perentórios sobre os obstáculos que se interpõem quando se pretende definir para os alunos com
dificuldades múltiplas uma linha convergente de articulação da ação educativa Escola – Família.
Muitos pais não comparecem, recusam os contatos que se pretende estabelecer (desligam
chamadas, não levantam correspondência com aviso de receção…), demitem-se e/ou
desresponsabilizam-se da atuação a que se comprometeram para ajudar os seus filhos a ter
sucesso. E dos 110 alunos sinalizados pela “…assistente social… 49 famílias recebem o RSI, ou
seja, cerca de 45% …”(Projeto de Intervenção Social, no ano letivo 2011/2012)
Um relatório de final de ano avança: “As dificuldades sentidas nos alunos relacionam-se,
essencialmente, com a postura assumida … muitas vezes com a codesresponsabilização dos
respetivos encarregados de educação no sentido de considerarem a escola como um local onde não
é preciso trabalhar nem empenharem-se. A maioria dos alunos evidencia quase total falta de hábitos
de estudo e de trabalho, falta de vontade de superar as dificuldades que sentem face a qualquer novo
conteúdo ou desafio…” E outro relatório acrescenta ainda: “… à baixa autoestima que muitos alunos
desenvolvem, não é alheia, pelo contrário é agravante a ação educativa de um número significativo
16
de famílias, que tende a ser cada vez mais negativa pelo crescente desinteresse/falta de expetativas
em relação ao futuro dos seus filhos, ao não estimularem/não se interessarem pelos bons resultados
escolares dos seus educandos, não valorizarem a aprendizagem como possibilidade de melhorar a
sua qualidade de vida (pelo contrário apresentarem outros modelos), vendo a Escola como “depósito”
de crianças/jovens e/ou uma garantia da manutenção de subsídio(s), desleixando a prestação dos
cuidados mínimos básicos (alimentação, higiene, saúde…). Consequentemente, aumentam os casos
de alunos que apresentam problemas de disfunção psicológica/emocional e intelectual e
agravamento da violência (do aluno em relação a si mesmo e aos outros). “
E várias foram as iniciativas desenvolvidas em todas disciplinas (além das referidas pelo GAAF, pelo
SPO, pelo Ensino Especial), tendo em vista o envolvimento parental no processo educativo e na
relação destas com a escola, procurando ajudá-las a ultrapassar as dificuldades e a melhorar o
sucesso educativo e escolar dos seus educandos. Citamos algumas pelo seu impacto, sem de forma
alguma menorizar todas as outras atividades que pela sua pertinência e oportunidade concorreram
para a construção de uma maior proximidade, na procura de uma escola de sucesso: “Ciência que eu
aprendi”, integrada no “Dia da Família”, “Química entre nós”, “Clube da Saúde”, “Projeto Escola a
Escola Pró-Ambiente” (concurso “Separar para Reciclar”), “Olimpíadas do Ambiente”, “Projeto Escola
Olímpica” (a escola foi agraciada “com a menção de Escola Olímpica”), Projeto “Nestum – Rugby nas
escolas”, encontros de Badminton, “O Jornal Escolar” (1º ciclo), festividades de abertura e
encerramento do ano letivo (1º ciclo), atividades desenvolvidas pela Biblioteca Escolar, mormente o
Projeto “Vai e Vem”, comemoração de datas festivas, Projeto “Conto convosco para contar um conto”,
entre muitos outros.
Apesar do esforço na procura/incrementação de novas estratégias ou atividades suscetíveis de uma
maior articulação entre famílias, crianças/jovens, educadores/professores de forma a contribuir para
um desenvolvimento pleno e harmonioso dos nossos alunos, independentemente da origem social e
económica, poucos foram os encarregados de educação que “tencionaram/puderam vir” ver os
trabalhos dos alunos e/ou “não colaboraram …”, não dando “…continuidade ao processo iniciado na
escola” (Clube da Saúde), tornando “desesperantemente” óbvia a dificuldade de construção de uma
relação de proximidade para uma escola de sucesso.
Idêntica é a perceção dos encarregados de educação traduzida nas respostas ao inquérito realizado
pela EAI a todos os encarregados de educação do Agrupamento, num total de 572 respostas (69,7%
da totalidade dos encarregados de educação). Ao serem inquiridos sobre as razões pelas quais
muitos EE não contactam regularmente a Escola, as razões mais assinaladas foram: nunca terem
tempo e terem pouco interesse pelos resultados escolares dos seus filhos, conforme se pode
observar no gráfico que se segue:
Respostas recolhidas junto de todos os encarregados de educação em maio de 2012
Inquérito realizado pela EAI
17
Em outras razões são apresentadas como justificações: “dificuldade em conciliar horários…” ou “o
trabalho neste momento está em risco e os pais não poderem faltar…” ou ainda “…porque tenho
confiança nos educadores/professores e demais funcionários da escola…”.
Surge, no entanto, reiteradamente, a perceção de que : muitos ”não querem saber…”, “…não têm
interesse pelos seus filhos/educandos.”, “…além do pouco interesse, pensam que a escola tem
obrigação não só de os ensinar, como também de educar” ou talvez “…não se lembrem.” ,
Outros apresentam motivos de saúde, assuntos familiares ou prorrogam “… a escola é que tem
obrigação de contatar os pais.”
Também no inquérito realizado pela EAI a todos os alunos do Agrupamento (adaptado a cada nível e
ciclo de escolaridade, com questões articuladas com as dos inquéritos aos EE, de forma a permitir
uma análise cruzada dos seus resultados), as crianças/jovens da E.B Luís António Verney têm
perceção similar (ainda que com percentagens superiores) de que os seus encarregados de
educação nunca têm tempo ou têm pouco interesse pelos resultados escolares dos seus filhos, como
se pode ler no gráfico:
Respostas recolhidas junto de todos os alunos da EB 2,3 Luís António Verney em março de 2012
Inquérito realizado pela EAI
Na justificação da opção outros motivos transparece o abandono afetivo a que muitas crianças/jovens
se sentem votados, o sentimento de que os encarregados de educação lhes dão pouca atenção e/ou
lhes disponibilizam tempo insuficiente: “…não se lembram de telefonar … , ou “…têm pouco tempo
...”, “…talvez pensem que se algo acontecer, a escola avisará de imediato. “ E mais à frente
lamentam-se: “… eu fico um pouco triste quando não vêm”.
Outros têm a perceção de que “… há pais que não vêm à escola porque sabem que os filhos se
portam muito mal e já têm vergonha…” ou “eu tenho alguns colegas que as mães não têm interesse
pelos seus filhos.”
E, na realidade, os encarregados de educação que responderam ao inquérito admitem que
contactam o(a) professor(a) titular/diretor(a) de turma, maioritariamente, uma vez por período,
embora uma percentagem que não deixa de ser significativa confesse que nunca contacta:
18
Respostas recolhidas junto de todos os encarregados de educação em maio de 2012
Inquérito realizado pela EAI
A análise das listas de presença de encarregados de educação nas reuniões com educador/professor
titular/diretor de turma permite contabilizar que, na média do Agrupamento, participaram nessas
reuniões 57,48% da totalidade dos encarregados de educação.
A frequência com que os EE vêm à escola parece não corresponder às expetativas da grande
maioria dos alunos que percecionando a falta de interesse dos seus pais pelos seus bons resultados
académicos e a pouca valorização do seu processo educativo e da Escola, o traduzem nas respostas
à questão aberta sobre uma situação concreta em que gostariam de ver os seus encarregados de
educação na Escola: “gostava que a minha mãe viesse cá à escola falar com o DT…”, “…para verem
como sou boa aluna…”, …como me esforço…”,“… para estar ao meu lado…”, “…saber o que se
passa comigo…” (5º ano) ou “gostava que o meu encarregado de educação viesse à escola para ver
a festa de final de ano e para saber o meu empenho escolar…”, “… queria que viessem cá ver as
minhas notas” (6º ano), “…numa situação em que estivesse tudo bem comigo.” , “…me portasse
bem,” , “…para a DT lhe falar do meu sucesso escolar.”, “…para saber como me ando a comportar,
se estou a melhorar ou a piorar.” , “…se tenho mais dificuldades.” , “…porque melhorei drasticamente
nas aulas.”(9º ano).
Expondo abertamente a importância dada à presença dos seus pais em reuniões e nos vários
eventos promovidos pelo estabelecimento de ensino, quer os próprios sejam atores ativos quer
passivos, apelam: “…se viesse à escola ajudava-me melhor e eu passava mais tempo com ele…”,
gostava que … o meu pai me viesse apoiar.”, “…e tivessem orgulho em mim.”
E essa mesma necessidade de manifestação de interesse da Família em relação ao trabalho que
realizam na Escola expressam-no, mesmo em situações que aparentemente lhes são adversas,
designadamente. “… quando falto às aulas e chego atrasado…” , “…quando me porto mal…” ,
“… quando eu tivesse muitas negativas…
O afastamento da Família não é ocasionado pela Escola na qual uma cultura do diálogo e a procura
do relacionamento humano baseado no respeito, na confiança e na liberdade pessoal com
responsabilidade prevalece e onde se promove a educação emocional e a educação de valores,
tendo em vista o desenvolvimento de personalidades socialmente equilibradas, como se pode
constatar em atas e relatórios de final de ano.
O mesmo reconhece a maioria dos encarregados de educação do Agrupamento inquiridos que
manifesta um elevado grau de satisfação em relação ao atendimento que lhes é prestado nas
Escolas do Agrupamento (maioritariamente muito bom ou bom), conforme gráfico que se segue:
19
Respostas recolhidas junto de todos os encarregados de educação em maio de 2012
Inquérito realizado pela EAI
- pelo (a) professor(a)/diretor(a) de turma
- pelos funcionários
- pela secretaria
- por outros serviços da escola (SPO, GAAF, Ensino Especial) – nº de respostas 395
Também a perceção dos alunos em relação ao atendimento/apoio que lhes é facultado na Escola é
muito positiva, como o traduzem as respostas recolhidas junto de todos os alunos do Agrupamento
no inquérito da EAI de março 2012. Assim,
Jardim de Infância
Nesta Escola …
a) A minha educadora ajuda-me quando preciso… 95,77% 4,23% -------
b) A auxiliar ajuda-me quando preciso… 88,73% 11,27% -------
c) Os meus colegas e amigos ajudam-me… 76,03% 22,56% 1,41%
E tu … ?
a) Fazes o que a tua educadora te pede… 71,84% 25,35% 2,82%
b) Fazes o que a auxiliar te pede… 67,60% 28,17% 4,23%
c) Ajudas os teus colegas e amigos… 83,10% 15,49% 1,41%
20
1º CICLO
Nesta Escola …
Muito
bem
Bem Razoavel-
mente
Mal Muito
mal
a) O(a) professor(a) da turma intervêm na resolução dos meus problemas…
76,15% 15,72% 8,13% ----- -----
b) Quando peço, os(as) meus (minhas) professores(as) apoiam-me…
80,49% 13,55% 5,96% ----- -----
c) Quando preciso, as auxiliares ajudam-me… 72,10% 21,13% 5,15% 1,35% 0,27% d) Quando preciso, os(as) meus (minhas) colegas colaboram comigo…
68,83% 18,70% 9,50% 1,89% 1,08%
E tu … ?
Muito
bem
Bem Razoavel-
mente
Mal Muito
mal
a) Segues as orientações do(a) teu(tua) professor(a) da turma…
51,22% 30,90% 13,82% 2,71% 1,35%
b) Respeitas os(as) teus(tuas) professores(as)… 63,23% 23,59% 10,02% 1,62% 0,54% c) Cumpres as indicações das auxiliares… 63,69% 26,01% 8,14% 1,62% 0,54% d) Colaboras com os teus(tuas) colegas… 67,48% 23,30% 8,14% 0,54% 0,54%
2º CICLO
Nesta Escola …
Muito
bem
Bem Razoavel-
mente
Mal Muito
mal
a) O(a) diretor(a) de turma intervém na resolução dos meus problemas…
68,02% 23,85% 7,62% 0,51% -----
b) Quando peço, os(as) meus (minhas) professores(as) apoiam-me…
46,20% 36,04% 14,72% 1,01% 2,03%
c) Quando preciso, os(as) contínuos(as) ajudam-me… 40,61% 36,55% 16,24% 5,07% 1,53%
d) Os(as) funcionários(as) da Secretaria atendem-me… 55,83% 29,45% 11,68% 2,03% 1,01%
e) Quando preciso, os(as) meus (minhas) colegas colaboram comigo…
42,64% 31,98% 18,28% 2,53% 4,57%
E tu … ?
Muito bem
Bem Razoavel-mente
Mal Muito mal
a) Segues as orientações do(a) teu(tua) diretor(a) de turma…
31,98% 42,13% 24,37% 1,01% 0,51%
b) Respeitas os(as) teus(tuas) professores(as)… 44,16% 32,99% 18,28% 4,06% 0,51%
c) Cumpres as indicações dos(as) contínuos(as)… 44,67% 38,57% 15,74% 0,51% 0,51%
d) Colaboras com os teus(tuas) colegas… 42,64% 37,56% 18,28% 1,01% 0,51%
3º CICLO
Nesta Escola … Muito
bem
Bem Razoavel-
mente
Mal Muito
mal
a) O(a) diretor(a) de turma intervém na resolução dos meus problemas…
33,60% 39,34% 22,96% 2,46% 1,64%
b) Quando peço, os(as) meus (minhas) professores(as) apoiam-me…
21,32% 54,92% 20,49% 2,46% 0,81%
c) Quando preciso, os(as) contínuos(as) ajudam-me… 20,50% 31,97% 42,63% 4,09% 0,81%
d) Os(as) funcionários(as) da Secretaria atendem-me… 29,50% 38,53% 27,88% 3,28% 0,81%
e) Quando preciso, os(as) meus (minhas) colegas colaboram comigo…
39,34% 43,45% 14,76% 0,81% 1,64%
21
E tu … ?
Muito
bem
Bem Razoável-
mente
Mal Muito
mal
a) Segues as orientações do(a) teu(tua) diretor(a) de turma…
22,13% 50,82% 24,60% 1,64% 0,81%
b) Respeitas os(as) teus(tuas) professores(as)… 38,53% 44,26% 15,57% 1,64% -----
c) Cumpres as indicações dos(as) contínuos(as)…
29,50% 44,26% 19,68% 4,92% 1,64%
d) Colaboras com os teus(tuas) colegas…
38,53% 45,90% 13,11% 2,46% -----
CEF(s)/CENFIM
Nesta Escola …
Muito
bem
Bem Razoavel-
mente
Mal Muito
mal
a) O(a) diretor(a) de turma intervém na resolução dos meus problemas…
11,63% 44,19% 25,58% 9,30% 9,30%
b) Quando peço, os(as) meus (minhas) professores(as) apoiam-me…
18,60% 48,84% 25,58% ----- 6,98%
c) Quando preciso, os(as) contínuos(as) ajudam-me… 20,93% 30,23% 37,21% 9,30% 2,33%
d) Os(as) funcionários(as) da Secretaria atendem-me… 25,58% 39,54% 23,25% 6,98% 4,65%
e) Quando preciso, os(as) meus (minhas) colegas colaboram comigo…
16,27% 39,54% 39,54% 4,65% -----
E tu … ?
Muito
bem
Bem Razoavel-
mente
Mal Muito
mal
a) Segues as orientações do(a) teu(tua) diretor(a) de turma…
9,30% 58,14% 25,58% 2,33% 4,65%
b) Respeitas os(as) teus(tuas) professores(as)… 27,90% 48,84% 20,93% 2,33% ----- c) Cumpres as indicações dos(as) contínuos(as)…
13,95% 48,84% 30,23% 6,98% -----
d) Colaboras com os teus(tuas) colegas… 27,90% 44,19% 25,58% 2,33% -----
Da análise dos resultados dos inquéritos continua a inferir-se (tal como no ano transato) que, desde o
Jardim de Infância até ao 9º ano, os alunos do Agrupamento têm a perceção de que o
atendimento/apoio que lhes é facultado na Escola pela educadora/professor(a) titular da
turma/diretor(a) de turma, professores e funcionários é superior à sua capacidade de seguir as
orientações dadas pela Escola.
22
INDISCIPLINA
Os (nossos) alunos transportam, em si mesmos, as dificuldades das suas famílias: famílias
desestruturadas, com múltiplas dependências (de subsídios, do álcool, da droga, do dinheiro fácil…),
que se demitem da sua função de educar, preferindo agredir a atuar, que aumentam/potenciam
discordâncias e ressentimentos, como fuga à atitude assertiva, “que dá trabalho” e exige esforço, de
apoio ao crescimento/desenvolvimento dos seus filhos e a uma articulação educativa Escola –
Família.
Este comportamento é denunciado por muitos encarregados de educação (no inquérito realizado a
todos os encarregados de educação em maio de 2012) na questão aberta sobre o que gostaria de
ver melhorado na Escola: “… é vergonhoso ver pais a serem piores que os educandos ao dizerem
palavrões direcionados aos professores. Isto demonstra uma enorme falta de respeito”. E adiantam
manifestando a sua indignação por ver professores e funcionários vilipendiados e ofendidos por
encarregados de educação: deveria haver “…castigos para alguns encarregados de educação mal
educados…” , “…que têm comportamentos pouco aceitáveis para com os docentes…”.
Argumentando com a necessidade de haver “mais consideração pelos professores “, sugerem “…que
se proibisse os pais problemáticos de entrar e fazer confusão perante as crianças…” Também em
relação às auxiliares de ação educativa expressam o desejo de “…mais funcionários de ação
educativa, porque são poucos e não conseguem estar em todo o lado ao mesmo tempo. Por isso,
são muitas vezes injustiçadas pelos pais, sem terem culpa.”
E se é verdade que “a infância modificou-se muito nos últimos anos, o que vem dificultar ainda mais o
aprendizado afetivo, … nas últimas décadas, uma visão desmedidamente liberal entre pais e filhos e
escola - crianças/jovens tem comprometido a educação e o aprendizado. O receio de produzir
crianças reprimidas está a gerar uma quantidade muito grande de crianças mal-educadas e
emocionalmente menos aptas” (Roberto L. Miranda, em Além da Inteligência Emocional: Uso integral
das aptidões cerebrais no aprendizado, no trabalho e na vida).
Assim, e apesar de apostar “no ensino sistemático das condutas sociais funcionais à relação e ao
trabalho…”, “…na promoção de uma atitude critica e responsável perante si e o meio onde se insere
e o desenvolvimento de capacidades de pensamento e de atitudes favoráveis à aprendizagem…”, os
professores continuam a sentir grandes dificuldades, angústias e frustrações que expõem nos
relatórios, atas e outros documentos de reflexão/balanço/avaliação de final do ano letivo.
O quadro que se segue traduz as dificuldades na aquisição de competências sociais, competências
de saber lidar com as emoções (as próprias e as dos outros), inibindo a aquisição de estratégias de
base e instrumentos para que se tornem crianças/jovens conscientes de si, tolerantes e autónomos.
23
Ocorrências disciplinares por turma e por mês na Escola E.B. 2,3 Luís António Verney
No ano letivo : 2011/2012
TURMA Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun TOTAL
5º1ª 0 5 10 3 14 12 5 1 9 2 61
5º2ª 11 9 13 1 10 7 7 10 2 0 70
5º3ª 0 5 16 4 24 4 4 1 16 3 77
5º4ª 0 2 1 2 3 1 5 10 20 7 51
5º5ª 2 29 21 5 15 23 31 5 20 1 152
5º6ª 2 8 4 2 3 3 2 2 0 0 26
6º1ª 0 3 3 3 5 0 2 3 12 2 33
6º2ª 8 10 8 9 17 13 15 3 9 4 96
6º3ª 7 10 9 9 17 26 32 10 2 1 123
6º4ª 2 20 21 10 10 3 4 6 9 0 85
6º5ª 2 15 22 2 7 2 3 12 7 0 72
6º6ª 5 17 11 10 31 21 7 7 8 1 118
7º1ª 2 12 21 2 4 7 17 4 16 3 88
7º2ª 9 23 16 0 12 14 12 5 14 2 107
7º3ª 15 26 28 8 41 30 25 17 53 14 257
8º1ª 1 1 6 0 2 1 2 1 3 0 17
8º2ª 0 4 6 1 7 10 2 3 7 2 42
9º1ª 0 0 0 0 0 0 0 1 3 0 4
9º2ª 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
CEF1 11 60 49 11 73 50 22 9 13 4 302
CEF2 2 7 7 0 6 3 1 0 0 0 26
CENFIM 2 4 2 2 3 1 0 2 0 0 16
TOTAL 81 270 274 84 304 231 198 112 223 46 1823 (a)
Dados recolhidos pelo Observatório da Qualidade da Escola
(a) Este número integra as participações de ocorrências disciplinares de uma aluna com comportamentos
disruptivos graves que conduziram à aplicação de medida disciplinar sancionatória de transferência da
Escola e a prática quotidiana de “expulsão dos alunos” da sala de aula de um professor na gestão da
disciplina (suspenso da atividade docente na sequência da instauração de um processo disciplinar).
Registe-se, comparando os dados disponibilizados referentes aos anos 2010/2011 e 2011/2012,
que:
- em 2010/2011, no ensino regular, a incidência de ocorrências disciplinares no 2º ciclo foi de
82,82%, enquanto no 3º ciclo foi de 17,18%; em 2011/2012 foi de 52,88% no 2º ciclo e 28,25% no
3º ciclo, sendo no 9º ano de 0,22%;
- o número de ocorrências disciplinares verificadas no ensino não regular em 2010/2011 (334)
representou 19,5% da indisciplina registada; em 2011/2012, correspondeu a 18,87% da indisciplina
registada, sendo que numa única turma verificou-se 87,80% do total das ocorrências disciplinares nos
Cursos de Educação e Formação;
- em 2010/2011, em cada dez ocorrências disciplinares, duas verificaram-se no 1º ciclo, sete no 2º
ciclo e uma no 3º ciclo; em 2011/2012, em cada dez ocorrências disciplinares no ensino regular, 6,5
ocorreram no 2º ciclo e 3,5 no 3º ciclo. Não foi possível comparar dados do 1º ciclo por falta de
informação;
- quer em 2010/2011 quer em 2011/2012, a maior percentagem de ocorrências disciplinares registou-
se no 2º ciclo.
24
Acrescente-se que muitos dos nossos alunos carregam para a Escola, para além da agressividade
(como “processo de fuga”) e da atitude displicente das suas famílias pelos seus resultados escolares
(apenas 57,48% de EE participam nas reuniões com o(a)educador(a)/professor(a) titular/diretor(a) de
turma e muitas demitem-se explicita ou implicitamente das estratégias de recuperação propostas
para os seus educandos e da sua responsabilidade), outros problemas colocados a montante da
escola: as lutas de “gangues” a que pertencem, a rivalidade entre famílias (por vezes extremamente
contundente), os confrontos de rua ou mesmo de prédio. E todo este conjunto de conflitos eclode nos
pátios, nas salas de aula, nas ruas limítrofes da Escola (porque ainda muitos destes alunos
preservam o espaço escolar como área “segura” de convívio, de refúgio), como o referem atas e
relatórios.
E, assim, surge um “núcleo duro” de alunos com dificuldades de integração e cumprimento de regras,
a quem pode ser acometida a responsabilidade por muitos dos atos/problemas de indisciplina.
Foram referenciados como integrando o “núcleo duro”da indisciplina:
no 2º ciclo - 28 alunos;
no 3º ciclo - 12 alunos:
CEFs/CENFIM – 10 alunos . Estes 50 alunos foram responsáveis por 52,7% das ocorrências disciplinares da escola sede (num total de 1823), discriminadas conforme quadro que se segue:
Nível de ensino
Número de participações
Percentagem
2º ciclo 460 47,8%
3º ciclo 243 25,3%
CEF 1 254 26,5%
CENFIM 4 0,4%
Total
961
100%
Importa ainda salientar:
- a média de ocorrências disciplinares por aluno da escola sede foi 4,21.
- a média de ocorrências disciplinares por aluno do “ núcleo duro” foi 19,22.
- a média de ocorrências disciplinares por aluno, excluindo as do “núcleo duro”, foi 2,25.
O problema da indisciplina e “…má formação de alguns alunos…”, bem como de “…encarregados de
educação que não compreendem…” (e, portanto, interagem negativamente) é a perceção mais
negativa dos funcionários do Agrupamento inquiridos pela EAI sobre o seu grau de satisfação em
maio de 2012, que sugerem uma maior intervenção “em relação à indisciplina que se vive
diariamente…” .
25
INSUCESSO
“O intelecto não pode dar o melhor de si sem uma inteligência emocional equilibrada: ambos são
parceiros integrais na vida mental. Quando esses parceiros interagem bem, a inteligência emocional
aumenta, assim como também a sua capacidade intelectual”. (Goleman, 2001)
Realçando o empenhamento e persistência dos professores, funcionários, estruturas de apoio e
coordenação educativa, diretor e equipa da direção no desenvolvimento do Projeto Educativo do
Agrupamento, gostaríamos de sublinhar a “coragem” da resiliência individual e conjunta nas
respostas aos desafios que se colocam no dia a dia da escola (evidenciada em atas e relatórios de
avaliação final), superando/contornando com determinação e criatividade muitos dos
constrangimentos existentes. E um desses desafios é, sem dúvida a partilha do esforço de fazer
acontecer uma escola onde dê gosto trabalhar e aprender, uma escola de sucesso: sucesso dos
alunos, sucesso dos professores, sucesso dos funcionários, sucesso das famílias.
No entanto, no Agrupamento, verificou-se, no ano letivo 2011/2012, um insucesso global de 24,64%,
a seguir referenciado.
No 1º ciclo, no ano letivo 2011/2012:
ESCOLA
ANO
INSUCESSO
(%)
EB 1 Nº 54 de Lisboa
1º
0%
2º
30,30%
3º
10,00%
4º
17,39%
EB 1 da Madre de Deus
1º
12,00%
2º
25,00%
3º
17,50%
4º
5,13%
EB 1 Beato
1º
0%
2º
16,7%
3º
0%
4º
13,30%
Dados fornecidos pela Direção
26
O quadro que se segue permite observar a evolução da falta de aproveitamento e da falta de
assiduidade nos últimos 15 anos, constatando-se que o índice de insucesso dos alunos dos 2º e 3º
ciclos da ELAV em 2011/2012 (independentemente das flutuações na definição de critérios de
“abandono/falta de assiduidade”) aumentou em relação ao ano anterior, tendo sido:
- 6,30% superior à média registada nos últimos 5 anos letivos;
- 7,20 % superior à média registada nos 3 anos letivos anteriores.
Ano
2.º ciclo
3.º ciclo
Total
letivo
Falta de
assiduidade
Falta de
aproveitamento
Falta de
assiduidade
Falta de
aproveitamento
Falta de
assiduidade
Falta de
aproveitamento
1997-98 4% 19% 2% 26% 3% 23%
1998-99 5% 12% 1% 7% 4% 12%
1999-00 3% 14% 2% 19% 2,5% 16,5%
2000-01 3% 16% 4,5% 17% 4% 16%
2001-02 5% 14% 4% 15% 4% 15%
2002-02 2% 25% 5% 24% 4% 24%
2003-04 3,5% 19,5% 5% 22% 5% 20%
2004-05 24% 37,2% 30,6%
2005-06 2% 22,8% 4,5% 35% 3% 29%
2006-07 5% 25% 5% 34% 5% 30%
2007-08 2% 24% 9,4% 20,1% 6% 22%
2008-09 5% 28% 10,7% 29,8% 8% 29%
2009-10 18% 18% 12% 22% 13% 22%
2010-11 10,6% 6,1% 2% 14% 6,7% 9,3%
2011-12 21,00% 20,00% 15,00% 14,00% 18,50% 18,00%
Observatório de Qualidade do Agrupamento
27
Sobre os resultados da avaliação interna no ano letivo 2011/2012 dos alunos do ensino regular
que transitaram, regista-se:
Alunos que
transi- taram
Resultados da avaliação interna
5º ano
nº de alunos
6º ano
nº de alunos
Total
2º
ciclo
7º ano
nº de alunos
8º ano
nº de alunos
9º ano
nº de alunos
Total
3º
ciclo
Níveis
inferiores
com três ou +
níveis 2
1(a)
0
1
3 (a), (b)
2 (b)
0
5
a 3 ou
Não
com dois
níveis 2
10
11
21
13
11
5
29
Satisfaz
nas ACND
com um
nível 2
26
20
46
13
5
7
25
Subtotal 37 31 68 29 18 12 59
Níveis
= ou
com nível 3 em todas as disciplinas
2
0
2
1
0
0
1
superiores
a 3 em
com um a três
níveis 4
9
8
17
7
0
2
9
todas as
disciplinas
e avaliação
= ou superior a quatro
níveis 4
3
2
5
2
0
2
4
igual ou
superior a
com um a três
níveis 5
15
12
27
6
8
11
25
Satisfaz
nas
ACND
= ou superior a
quatro
níveis 5
4
8
12
2
4
1
7
Subtotal 33 30 63 18 12 16 46
Total
70
61
131
47
30
28
105
a) Alunos com currículo específico – Decreto-Lei nº 3/2008, de 7 de janeiro b) Alunos a frequentar o ensino articulado da música
Nota: Neste quadro foram considerados os níveis nas disciplinas do Ensino Articulado da Música e Educação Moral e Religiosa.
Sobre a qualidade do sucesso no ensino regular, pode-se concluir:
No 2º ciclo 35,11% dos alunos transitou com um nível 2 e 20,62% teve um a três níveis 5;
No 3º ciclo 27,62% dos alunos transitou com dois níveis 2 e 23,81% teve um a três níveis 5;
Com nível 3 a todas as disciplinas as percentagens são baixas, tanto no 2º (1,53%) como
no 3º ciclo (0,95%).
Sobre os resultados da avaliação interna no ano letivo 2011/2012, dos alunos dos Cursos de
Educação e Formação verifica-se:
28
Alunos que
transi-
taram
Resultados da avaliação
CENFIM 2
nº de alunos
CEF tipo 3
nº de alunos
Total
Níveis com três ou + níveis 2
1
3
4
inferiores com dois níveis 2
0
9
9
a 3 com um nível 2
1
4
5
Subtotal 2 16 18
Níveis
= ou
com nível 3 em todas
as disciplinas
2
0
2
superiores
a 3 em
com um a três
níveis 4
2
0
2
todas as
disciplinas
= ou superior a quatro
níveis 4
1
0
1
com um a três
níveis 5
1
2
3
= ou superior a quatro
níveis 5
0
0
0
Subtotal 6 2 8
Total
8
18
26
Dos 8 alunos que concluíram o Curso de Desenho e Projeto de Construções Mecânicas:
Um aluno desistiu do estágio em contexto de trabalho, ficando certificada a conclusão do 9º ano;
No estágio em contexto de trabalho:
► 1 aluno foi classificado com nível 5;
► 4 alunos foram classificados com nível 4:
► 2 alunos foram classificados com nível 3.
Dos 18 alunos que concluíram o Curso de Instalação e Operação de Sistemas Informáticos,
Um aluno desistiu do estágio em contexto de trabalho, ficando certificada a conclusão do 9º ano;
No estágio em contexto de trabalho:
► 2 alunos foram classificados com nível 5;
► 11 alunos foram classificados com nível 4:
► 6 alunos foram classificados com nível 3.
O CEF tipo 2 - “Práticas Técnico-Comerciais” – encontra-se no 1º ano do curso.
Releva-se a ação do SPO no Programa de Orientação da Carreira: a intervenção dinâmica na
implementação dos Cursos de Educação e Formação, em estreita colaboração com os diretores de
turma, com a Direção da Escola e as entidades enquadradoras, designadamente, na identificação
dos interesses dos alunos da comunidade educativa, no levantamento das necessidades de
formação e das saídas profissionais emergentes na comunidade local, bem como, na divulgação da
oferta educativa; o apoio prestado aos alunos e encarregados de educação, incluindo o
encaminhamento para escolas do ensino secundário e/ou escolas profissionais.
Os quadros que se seguem referem as taxas de insucesso verificadas na avaliação interna e externa:
29
Assim, em 2010/2011, registaram-se :
Ano de
escolari
dade
Média
Nacional *
Língua
Portuguesa
Avaliação
Externa*
Língua
Portuguesa
Avaliação
Interna**
Média
Nacional *
Matemática
Avaliação
Externa*
Matemática
Avaliação
Interna**
4º
31,2%
48,9%
6,50%
32,2%
51,9%
6,50%
6º
35,4%
48,1%
26,37%
42%
60,9%
26,37%
9º
49%
46,34%
13,64%
58%
65,85%
36, 36%
*Dados do GAVE
**Dados do Observatório da Qualidade da Escola
e em 2011/2012 (vide nota retificativa na página 80):
Ano de
escolari
dade
Média
Nacional
Língua
Portuguesa
Avaliação
Externa
Língua
Portuguesa
Avaliação
Interna
Média
Nacional
Matemática
Avaliação
Externa
Matemática
Avaliação
Interna
4º
20,82%
51,02%
11,00%
44,91%
80,41%
14,00%
6º
25,21%
47,83%
50,86%
45,95%
68,12%
59,48%
9º
34,59%
66,67%
12,12%
44,49%
73,33%
48,48%
Dados do Relatório TEIP
Da análise dos dados atrás apresentados, observa-se:
- entre 2010/2011 e 2011/2012, a distância entre a avaliação externa e a avaliação interna diminuiu, à
exceção de:
no 4º ano - em Matemática aumentou 21,01 p.p.;
no 9º ano - em Língua Portuguesa aumentou 21,85 p.p..
- Relativamente à média nacional, a avaliação externa do Agrupamento ficou muito aquém da norma
quer em Língua Portuguesa quer em Matemática em todos os anos de final de ciclo, tendo
aumentado a distância relativamente a 2010/2011:
no 4º ano - em Língua Portuguesa 12,5 p.p. (2010/2011 – 17,7 p.p.; 2011/2012 – 30,2 p.p.);
- em Matemática 15,8 p.p. (2010/2011 – 19,7 p.p.; 2011/2012 – 35,5 p.p.);
no 6º ano - em Língua Portuguesa 9,92 p.p. (2010/2011 – 12,7 p.p.; 2011/2012 – 22,62 p.p.);
- em Matemática 3,27 p.p. (2010/2011 – 18,9 p.p.; 2011/2012 – 22,17 p.p.);
no 9º ano - em Língua Portuguesa 29,42 p.p. (2010/2011 – 2,66 p.p.; 2011/2012 – 32,08 p.p.);
- em Matemática 20,99 p.p. (2010/2011 – 7,85 p.p.; 2011/2012 – 28,84 p.p.).
É ainda de referir, conforme dados do relatório TEIP, que a classificação média nas provas finais foi:
30
- no 4º ano
em Língua Portuguesa – 2,59 (menos 0,76 que a média nacional – 3,35);
em Matemática – 2,14 (menos 0,64 que a média nacional – 2,78);
- no 6º ano
em Língua Portuguesa – 2,61 (menos 0,44 que a média nacional – 3,05);
em Matemática – 2,23 (menos 0,57 que a média nacional – 2,80);
- no 9º ano
em Língua Portuguesa – 2,30 (menos 0,53 que a média nacional – 2,83);
em Matemática – 2,27 (menos 0,60 que a média nacional – 2,87).
Sublinha-se que nos resultados da avaliação interna (segundo relatórios e atas) não foram
valorizados exclusivamente o binómio conhecimento lógico matemático e a capacidade de ler,
compreender e escrever bem, mas também a aquisição de ensinamentos essenciais para a vida: “o
ser responsável pela própria conduta (…); aprender e angariar confiança por meio da sua
autenticidade; admitir os próprios erros; e assumir posições firmes e coerentes, mesmo que não
sejam do agrado geral. (…) Ser emocionalmente alfabetizado é tão importante na aprendizagem
quanto a matemática e a leitura.” (Goleman, 2001)
É interessante analisar, ainda, alguns dados que foi possível recolher sobre a assiduidade.
O quadro que segue refere a assiduidade dos alunos do ensino regular com insucesso no ano
letivo 2011/2012:
Nº de faltas
5º ano nº de alunos
6º ano nº de alunos
Total
2º ciclo
7º ano nº de alunos
8º ano nº de alunos
9º ano nº de alunos
Total
3º ciclo
0 a 10
0
3
3
1
0
1
2
11 a 20
1
6
7
0
1
1
2
21 a 50
8
11
19
1
4
1
6
51 a 100
7
7
14
5
3
1
9
101 a 200
5
12
17
4
2
1
7
201 a 300
1
4
5
3
0
0
3
301 a 500
3
4
7
3
4
0
7
501 a 700
5
3
8
5
1
0
6
+ de 700
6
5
11
1
0
0
1
Total de alunos
36
55
91
23
15
5
43
Caracterizando um pouco mais aprofundadamente a falta de assiduidade dos alunos do ensino
regular com insucesso, podemos verificar:
31
Ano de
escolari -
dade
Total de
alunos com
insucesso
Persistente falta de assiduidade
Reiterada falta de
assiduidade/limite de
faltas injustificadas
ultrapassado
Falta de
aproveitamento/faltas
devidamente justificadas
501 a 700 faltas
+ de 701 faltas 501 a 600
faltas 601 a 700
faltas
5º ano
36
1
4
6
14
11
6º ano
55
1
2
5
21
18 (a) + 8
7º ano
23
3
2
1
11
6
8º ano
15
1
0
0
4
10
9º ano
5
0
0
0
0
1 (a) + 4
Total
134
14
12
50
58
(a) Admitidos à Prova Final
Da análise dos dados sobre a assiduidade dos alunos com sucesso na ELAV é possível concluir:
- 43,3% destes alunos têm insucesso por falta de aproveitamento, tendo todas as faltas justificadas;
- 37,3% dos alunos ultrapassaram o limite de faltas injustificadas;
- 19,4% apresentam uma persistente/sistemática falta de assiduidade.
Os quadros que se seguem referem a assiduidade dos alunos que transitaram no ano letivo 2011/2012:
Alunos do ensino regular
Nº de faltas
5º ano nº de alunos
6º ano nº de alunos
Total
2º ciclo
7º ano nº de alunos
8º ano nº de alunos
9º ano nº de alunos
Total
3º ciclo
0 a 10
19
14
33
10
11
6
27
11 a 20
11
16
27
11
1
5
17
21 a 50
23
13
36
10
8
12
30
51 a 100
12
11
23
8
8
3
19
101 a 200
4
6
10
8
2
2
12
201 a 300
0
1
1
0
0
0
0
+ de 300
1 (a)
0
1
0
0
0
0
Total de alunos
70
61
131
47
30
28
105
(a) Aluno com currículo específico – Decreto-Lei nº 3/2008, de 7 de janeiro
32
Alunos dos Cursos de Educação e Formação
Nº de faltas
CENFIM 2
nº de alunos
CEF tipo 2
nº de alunos
CEF tipo 3
nº de alunos
Total
0 a 10
1
0
1
2
11 a 20
1
0
2
3
21 a 50
2
0
4
6
51 a 100
2
4
5
7
101 a 200
2
1
5
7
201 a 300
0
0
0
0
+ de 300
0
6
1
1
Total de alunos
8
11
18
26
Dos 22 alunos inscritos no Curso de “Práticas Técnico-Comerciais”, 9 foram excluídos por faltas e 2
transferidos (uma aluna na sequência de MDS).
Sobre a assiduidade dos alunos que transitaram regista-se:
A maioria dos alunos que transitaram, tanto no 2º como no 3º ciclos, tem entre 21 a 50 faltas;
Transitaram com um número de faltas entre 101 e 200 faltas 7,6% dos alunos do 2º ciclo e
11,43% dos alunos do 3º ciclo;
No ensino não regular, e também com um número de faltas entre 101 e 200, transitaram
29,92% dos alunos;
Com um número de faltas compreendido entre 0 e 10 existem no 2º ciclo 25,20% dos alunos,
no 3º ciclo 25,72% e no ensino não regular 7,69%.
À semelhança do ano transato, e apesar do número de faltas dos alunos que transitaram ser inferior,
continuamos a verificar que a falta de assiduidade continua a ser um problema em aberto, limitando o
uso de tempo que o aluno deveria/necessitaria de usufruir para a aprendizagem e que diversas
matérias exigem para a sua efetivação. É de salientar (conforme atas e relatórios) a displicência com
que algumas famílias encaram a assiduidade e a pontualidade, não concretizando que a frequência
da Escola facilita/concretiza a aquisição de saberes e ajuda as crianças/jovens a desenvolver-se inter
e trans-socialmente.
Pode-se ainda constatar, após análise comparativa entre dados referentes à assiduidade e resultados
nas aprendizagens, no ano letivo 2011/2012, nos 2º e 3º ciclos da ELAV (uma vez que não foram
disponibilizados dados do 1º ciclo sobre esta matéria):
- dos 65 alunos que registaram de 0 a 10 faltas, transitaram 60 alunos;
- destes 60 alunos, 40 apresentam níveis iguais ou superiores a 3 em todas as disciplinas;
- dos 30 alunos do Quadro de Excelência, 16 tiveram de 0 a 10 faltas e nenhum ultrapassou as 28 de
faltas;
- os alunos do ensino articulado da música – 35 no total, a frequentar o 5º, 6º, 7º e 8º anos de
escolaridade – apresentam:
baixo índice de absentismo,
dos 35 alunos, 13 alunos tiveram de 0 a 10 faltas e 11 alunos de 11 a 20 faltas;
33
percentagem de sucesso superior à generalidade da escola,
dos 35 alunos, 29 transitaram (83%),
15 destes alunos obtiveram níveis iguais ou superiores a 3 em todas as disciplinas e
menções iguais ou superiores a Satisfaz nas ACND,
destes 15 alunos, 7 foram classificados com níveis 5 a três ou mais disciplinas,
7 destes alunos integram o Quadro de Excelência,
a classificação média nas finais de 6º ano foram de:
em Língua Portuguesa – 3,00 (média nacional – 3,05);
em Matemática – 2,75 (média nacional – 2,80).
“Apesar das várias estratégias de ensino utilizadas e da inteira disponibilidade por parte dos docentes
para ajudar os discentes, os resultados não correspondem ao desejado…”. Apesar de todo o
empenhamento, persistência e criatividade, os professores expõem as suas dificuldades e angústias
nos relatórios, atas e outros documentos de reflexão/balanço/avaliação final do ano letivo 2011/2012:
“As maiores dificuldades encontradas estão relacionadas com: a falta de hábitos de trabalho/estudo;
“…falta de vontade em aprender…”; “…fraco sentido de responsabilidade e dificuldades em gerir
comportamentos/atitudes. “
Também tiveram resultados escassos os esforços/estratégias desenvolvidas para aumentar o
envolvimento individual de muitos pais no dia a dia da vida escolar dos seus filhos (“apoiá-los no
trabalho de casa, controlar o visionamento da televisão, dar-lhes afetos, dialogar e exprimir
expetativas positivas relativamente ao sucesso escolar”, Wang et al., 1993), constatação claramente
expressa pelos alunos nas respostas ao inquérito e que a serem trabalhadas em articulação com a
Escola poderiam vir a constituir poderosos estímulos para os motivar para os estudos.
No entanto, a compreensão da necessidade de conjugação de esforços nos principais contextos em
que a criança/jovem se desenvolve – a Família e a Escola, transparece nas respostas dos
encarregados de educação à questão como considera que pode ajudar o seu filho/educando a ter
sucesso na Escola? :
Respostas recolhidas junto de todos os encarregados de educação em maio de 2012
Inquérito realizado pela EAI
34
Pena é que a ambivalência de atitudes e/ou inépcia de muitos encarregados de educação, a sua falta
de disponibilidade e entrega (afetiva e de apoio), comprometa os muitos e diversificados esforços
desenvolvidos pela Escola de aproximação e de desenvolvimento pessoal professor/pais tendo em
vista a formação integral dos alunos.
Em consequência, a não valorização do papel da Escola, o absentismo e o abandono traduzem-se no
acréscimo de tempo de que os alunos precisam para concluir o ciclo. O quadro seguinte expressa
claramente essa situação no letivo 2011/2012.
Ciclo
Número de alunos que
completaram o ciclo
Nº de alunos que transitaram com
retenções anteriores
Percentagem
1º ciclo
91
33
36,26%
2º ciclo
61
22
36,07%
3º ciclo
28
10
35,71%
Verificou-se que o tempo médio (em anos) de permanência dos alunos é de :
1º ciclo – 4,41 (norma 4 anos)
2º ciclo – 6,85 (norma 6 anos)
3º ciclo – 9,71 (norma 9 anos).
Esta situação piora muito significativamente ao considerarmos o tempo que os alunos do “núcleo
duro “ necessitam para cumprir os vários anos de escolaridade, como o demonstra o quadro que se
segue:
Ano de escolaridade
Nº de alunos
% de excesso de permanência
5º ano 14 104,2
6º ano 12 73,67
7º ano 11 49,29
8º ano 1 12,5
Em suma, a percentagem média de excesso permanência destes 38 alunos pertencentes ao “núcleo
duro” é 59,92%. Dos restantes 12 alunos que constituem o “núcleo duro” não existem dados
disponíveis.
De salientar ainda que dos 40 alunos do ensino regular referenciados como integrando o “núcleo
duro”, apenas 2 transitaram.
35
ARTICULAÇÃO ENTRE CICLOS
Da análise do PAA e dos documentos de balanço final pode-se concluir que foram realizadas
algumas atividades pontuais entre o 1º e o 2º ciclos, nomeadamente: “Salto Gigante” e ações
inseridas no plano de atividades da Biblioteca. Em Língua Portuguesa não foi realizada qualquer
reunião; em Matemática apenas uma, no 2º período.
No entanto, a necessidade de articulação entre o 1º e 2º ciclos vem expressa em muitos dos
relatórios de avaliação final. Assim, “… os professores do grupo de matemática….continuam a sentir
que os alunos provenientes do 1º ciclo chegam com lacunas várias, nomeadamente ao nível da
língua portuguesa (leitura e compreensão de enunciados escritos) que se refletem significativamente
na matemática, tornando-se uma barreira para o prosseguimento das aprendizagens.”E um outro
relatório de avaliação final de 2011/2012 refere: “(…)Ao longo do ano foram sendo apontadas muitas
das dificuldades, limitações e pressões do ambiente social que agravaram as condicionantes do
processo do ensino e da aprendizagem. Assim, foram identificadas uma significativa diversidade e
uma grande complexidade de problemas/dificuldades a nível de: aprendizagens básicas a nível da
leitura e da escrita (alunos do 5º ano que soletram na leitura de pequenos textos simples, que
escrevem palavras elementares com dois ou mais erros, manifestam grandes dificuldade de
compreensão, copiam com muita dificuldade do quadro, omitindo palavras e deixando sem sentido o
registo, estruturam dificilmente pequenas frases e não dominam conceitos básicos trabalhados no 1º
ciclo). A falta de aprendizagens básicas a nível da leitura foi considerada uma das mais graves por
constituir uma das competências estruturantes para o conhecimento, uma vez que o aluno que lê
mal, não compreende o que lê, não gosta de ler, e recusa-se a exercitar esta capacidade. A estes
défices somam-se dificuldades da compreensão/interpretação (textos escritos, iconográficos),
dificuldade de raciocínio lógico (hierarquizações simples, ordenações numéricas).
Acresce ainda que muitos alunos, nomeadamente no 5º ano, no domínio das atitudes, da
organização do trabalho e dos materiais, das capacidades de atenção/concentração, observação,
disponibilidade para o trabalho, encontram-se num nível muito baixo de competências.
E sem esses saberes de referência, quer disciplinares quer integradores, (que devem ser claramente
identificados numa articulação de ciclos), torna-se difícil alicerçar novas aprendizagens,
aprendizagens necessárias às subsequentes e que a não serem adquiridas, farão sobretudo falta
precisamente aos alunos provindos de estratos socioculturais mais desfavorecidos ou portadores de
diferenças, afastando-os da norma, decorrendo daí problemas de autoestima, dificuldades de
integração, de cumprimento das regras definidas e o questionar de qualquer tipo de autoridade.
Foi realçada uma vez mais a importância de certas fases do percurso do aluno para a realização de
aprendizagens que sustentem as subsequentes e frisada a importância de dar passos significativos
no sentido de uma efetiva articulação entre os vários ciclos do ensino básico e obviar ou pelo menos
minimizar muitos dos défices de aprendizagem observados na transição entre o 1º ciclo e o 2º ciclo,
nomeadamente, no desenvolvimento de saberes a nível das atitudes/valores, da
organização/intervenção na aula e desenvolvimento de hábitos de trabalho e estudo, bem como nas
aprendizagem das literacias, no que se refere ao domínio e uso dos vários códigos linguísticos (a
língua materna, a linguagem matemática, entre outras). Um aluno que não consolida e formaliza
estes conhecimentos fará, por certo, uma difícil integração no 2º ciclo”.
Na maioria dos departamentos, entre o 2º e o 3º ciclos continuaram a realizar-se de
reuniões/encontros formais e informais para uma articulação vertical de saberes (cognitivos, sociais,
capacidades de comunicação e de organização/participação no trabalho).
No entanto, insiste-se noutro documento: “(…) a falta de pré-requisitos dos alunos, nomeadamente
em conceitos matemáticos e dificuldades na aquisição/compreensão/expressão da língua portuguesa
(…) originam algum incumprimento do programa.” (3º Ciclo)
36
ADENDA
RELACIONAMENTO INTERPESSOAL / GRAU DE SATISFAÇÃO DE PROFESSORES E OUTROS
ELEMENTOS DA COMUNIDADE ESCOLAR
Destaca-se, ainda, no domínio do clima e ambiente educativo, “o trabalho em equipa”
implementado entre professores do mesmo conselho de disciplina e referido na maioria dos relatórios
de final de ano, que tornou “…muito profícua a partilha de experiências e saberes, contribuindo para
o enriquecimento próprio e dos outros professores do grupo de disciplina. Esta troca de
experiências resultou igualmente um contributo importante na procura de respostas integradoras e
motivantes às dificuldades encontradas na prática letiva e no combate ao insucesso e à exclusão.”
Nos departamentos trabalhou-se “…com base no respeito e na entreajuda de modo a permitir que
todos os seus membros se sintam à vontade para expressarem as suas opiniões e as debaterem…”.
Igualmente foi salientada a “grande disponibilidade/ colaboração diligente, flexível, competente, das
assistentes operacionais na resposta a múltiplas situações problemáticas colocadas pelos alunos e
na logística de recursos e materiais utilizados na prática letiva”.
Analogamente, o grau de satisfação do pessoal não docente é manifestamente elevado, como o
comprovam os resultados do inquérito realizado pela EAI, em maio 2012, (35 respostas, de um total
de 35 funcionários):
Classificação 1 2 3 4 s/resposta Sim
Estou satisfeito com as funções que me
foram atribuídos.
1 1 9 18 1 5
(1 significa o mínimo e 4 o máximo)
À questão o meu trabalho é respeitado por…, também transparece um bom nível de satisfação
relativamente a alguns elementos da comunidade educativa:
Classificação 1 2 3 4 s/resposta
. Alunos 1 5 20 9 --- . Pais/Encarregados de Educação 1 6 21 6 1 . Professores --- --- 10 25 --- . Meus colegas --- 1 10 23 1 . Coordenadora Operacional/ Chefe dos Serviços Administrativos
--- --- 6 28 1
. Diretor --- --- 8 27 ---
Quando inquiridos sobre “ um ponto forte e um ponto fraco deste estabelecimento de ensino”, foram
salientados como:
Pontos fortes: “o bom ambiente de trabalho e entreajuda excelente entre o pessoal”; “muita
solidariedade, compreensão, humanismo, disponibilidade, empenho e respeito mútuo”; “bom
relacionamento entre professores, funcionários e alunos”, numa escola que se pretende “acolhedora”
(“uma escola que qualquer criança deseja frequentar…”.) e onde há “preocupação e apoio/proteção
prestada aos alunos (incluindo alimentação às crianças mais carenciadas)”;
Pontos fracos : “Degradação das instalações e sistema informático, incluindo internet e,
nomeadamente, indisciplina e má formação de alguns alunos…”.
37
CONCLUSÕES A ausência de obras de requalificação, principalmente na Escola Sede, continua a ser um
macroconstrangimento com consequências cada vez mais gravosas no desempenho global da
Instituição, repercutindo-se nos vários domínios.
Com a decorrente diminuição de “oferta de escola”, regista-se uma menor modulação do corpo
discente, sendo cada vez maior a densidade de alunos provenientes de famílias multiproblemáticas,
sem expectativas em relação aos seus educandos, não valorizando o trabalho nem a escola.
Esta realidade está espelhada nos dados constantes do presente Relatório.
De todos os elementos apresentados neste Relatório, sempre que possível trabalhados em modelo
comparativo com o ciclo avaliativo anterior, extraiu-se um elenco de conclusões a seguir
apresentadas.
Assim, verificou-se que um número significativo de alunos provem de famílias carenciadas. 57,71%
dos alunos do Agrupamento são apoiados pelo ASE( destes, 62,65% pertencem ao escalão A).
A escolaridade dos pais é baixa (só 8,41% tem escolaridade superior ao ensino básico).
As necessidades básicas de alimentação e descanso são descoradas pelas famílias. Na ELAV,
cerca de 40% dos alunos não toma pequeno almoço e/ou não faz reforço alimentar a meio da manhã
e 30% deita-se tarde.
Apesar da redução, neste ano letivo, do número de técnicos do GAAF, a intervenção da técnica de
Serviço Social sobre os alunos sinalizados permitiu minorar estas e algumas necessidades (melhorar
o aproveitamento, a falta de assiduidade, o comportamento, as condições de saúde e higiene e
algumas dificuldades económicas). Também neste sentido tiveram uma contribuição significativa as
atividades desenvolvidas pelo SPO e Clube da Saúde.
Os alunos do ensino regular com necessidades educativas especiais correspondem a 9,85% dos
alunos do Agrupamento. Este valor é superior ao divulgado pelo Relatório da Comissão Europeia no
qual se diz que os alunos NEE correspondem a 8% dos estudantes portugueses.
Os EE reconhecem que muitos deles não contactam a escola, maioritariamente por não terem tempo
(35,7%) e também por terem pouco interesse pelos resultados escolares dos seus filhos (29,40%).
Os alunos responderam às mesmas questões de modo semelhante à dos seus EE.: 46,11% dizem
que é por falta de tempo e 29,51% por não terem interesse.
Comparando os dados recolhidos no inquérito aos alunos com o realizado no ano letivo anterior,
verificou-se uma redução na percentagem de respostas “Nunca têm tempo” (7,39 pp) e um
equivalente aumento na opção “ Têm pouco interesse pelos resultados escolares” (7,21 pp).
Os EE afirmam contactar maioritariamente o educador/professor titular/diretor de turma uma vez por
período (48,30%). 4,20% admite nunca contactar a escola.
A percentagem média de participação dos EE em reuniões com educador/professor titular/ diretor de
turma foi de 57,48%, sendo que a percentagem de participação vai diminuindo à medida que se
avança na escolaridade.
À semelhança do ano letivo anterior, o grau de satisfação dos EE em relação ao atendimento que a
escola lhes presta é maioritariamente “muito bom” e “bom”
Já quanto ao grau de satisfação dos alunos em relação ao apoio/atendimento que a escola lhes
presta, e em comparação entre este ano e o ano anterior, revela pequenas flutuações não
significativas, reconhecendo sempre porém, que a prestação da escola é muito superior à sua
própria.
38
Todos os agentes educativos, as suas estruturas dirigentes e, nomeadamente, os educadores, os
professores titulares de turma e os diretores de turma têm feito um esforço assinalável de informação
e responsabilização dos encarregados de educação relativamente ao seu papel junto dos seus
educandos.
Tal facto é corroborado por encarregados de educação e alunos ao reconhecerem que o esforço da
Instituição nessa matéria é superior à capacidade de famílias e alunos colaborarem com a Escola.
Na prevenção e combate à indisciplina e no desenvolvimento das competências sociais dos alunos
ao nível do saber estar, várias foram as medidas desenvolvidas e que contaram com a incondicional
dedicação, empenhamento e esforço dos agentes/estruturas educativas.
Neste ano letivo, o número médio de ocorrências por aluno aumentou ligeiramente em relação ao ano
anterior (de 4,18 para 4,21).
As medidas disciplinares sancionatórias (MDS) quase duplicaram (de 59 para 108).
No ensino regular, em cada 10 participações disciplinares (na escola sede), 6,5 ocorrem no 2º ciclo e
3,5 no 3º (não houve informação sobre o 1º ciclo).
O ensino não regular, tendo em conta o número reduzido de alunos, concorre (à semelhança do ano
anterior) com uma taxa elevada de participações (18,7%).
Releva-se que para este quadro muito contribuíram os 50 alunos referenciados como pertencentes
ao “núcleo duro” da indisciplina na ELAV. Estes alunos (cerca de 10% dos inscritos) foram
responsáveis por mais de metade das ocorrências disciplinares na Escola Sede. Dentro deste núcleo
a média de ocorrências disciplinares por aluno foi de 19,22. Também aqui a maior incidência de
ocorrências disciplinares se verifica no 2º ciclo (47,8%).
Assim, podemos concluir que, na prevenção e combate à indisciplina e no desenvolvimento das
competências sociais dos alunos ao nível do saber-estar, não foram conseguidos progressos,
malgrado todo o trabalho desenvolvido pela Instituição e os recursos complementares
disponibilizados pelo Projeto TEIP2.
Decorre das conclusões apresentadas anteriormente que as duas áreas de enfoque (Relação Escola
Família e Indisciplina) tiveram uma óbvia influência no Insucesso. Foi patente que o investimento
realizado pelos profissionais de educação deste Agrupamento não teve os resultados esperados em
termos de aquisição de saberes por parte dos alunos.
Senão vejamos:
No Agrupamento verificou-se um insucesso global de 25%.
No 1º ciclo o insucesso foi, em média de 13%, tendo duplicado em relação ao ano anterior. Comum
às três escolas do 1º ciclo, foi o fato da maior taxa de insucesso se verificar no 2º ano de
escolaridade (24%).
À semelhança do ano letivo anterior, o insucesso no 2º ciclo (41,1%) foi consideravelmente superior
ao do 3º (29,1%).
Embora, relativamente ao ano anterior, se tenha registado uma diminuição da distância entre a
avaliação externa e interna do Agrupamento (à exceção da Matemática no 4º ano e Língua
Portuguesa no 9º ano de escolaridade), esta decorre do aumento do insucesso na avaliação interna,
continuando a verificar-se um generalizado aumento do fosso entre a avaliação externa do
Agrupamento e a média nacional.
A taxa de abandono foi de 2% e a de absentismo 8%, segundo Relatório TEIP. Os dados do
Observatório de Qualidade de Escola apontam para uma taxa de insucesso por falta de assiduidade
na ELAV de 18,50%.
Na ELAV, mais de metade (56,7%) dos alunos que tiveram insucesso ultrapassaram o limite de faltas
injustificadas e/ou apresentaram uma persistente/sistemática falta de assiduidade.
39
No que respeita à assiduidade dos alunos que transitaram, e compaginando os dados com os
correspondentes do ano anterior, continua a verificar-se que:
- a maioria dos alunos do ensino regular que transitaram tem entre 21 e 50 faltas;
- a percentagem de alunos que transitaram no 2º ciclo, tendo entre 101 e 200 faltas diminuiu,
mantendo-se no 3º ciclo.
- a percentagem de alunos com um número de faltas entre 0 e 10 aumentou nos 2º (5 p.p.) e 3ºciclos
(7 p.p.) .
Constata-se que, dos alunos que transitaram, existem maioritariamente dois grupos extremados:
aqueles cujo aproveitamento é fraco (um ou dois níveis 2) e os com bom aproveitamento (um a três
níveis 5). Na “fatia do meio” (níveis 3 a todas as disciplinas) as percentagens são baixas, tanto no 2º
(1,53%) como no 3º ciclo (0,95%).
Já no ensino não regular, o aproveitamento aponta para fraco (34,62% dos alunos transitou com dois
níveis 2) ou médio (25% dos alunos com níveis 3 a todas as disciplinas). No entanto, nos estágios em
contexto de trabalho as suas classificações são elevadas (níveis 4 e 5).
Continua a verificar-se que os alunos do Quadro de Excelência e do Ensino Articulado da Música,
apresentam baixos índices de absentismo, sendo que também estes últimos revelam percentagens
de sucesso superior à generalidade da escola.
Os alunos do Agrupamento que transitaram de ciclo no ano letivo 2011/12 demoraram, em média,
mais 10,77% do tempo de permanência relativamente ao normal da sua escolaridade. O ciclo onde o
tempo de permanência é mais elevado é o 2º (+ 14,17%).
Relativamente aos alunos que constituem o “núcleo duro da indisciplina” da ELAV, foram
quantificados 38, verificando-se que a percentagem média de excesso de permanência é de mais
59,92%, sendo que no 2º ciclo atinge o valor de mais 104,2%, ou seja, estes alunos demoram o
dobro do tempo no cumprimento da sua escolaridade.
(Não se procedeu ao mesmo tipo de análise em relação a 10 alunos dos CEF e CENFIM a 2 outros
do ensino regular por não existir informação suficiente sobre o seu percurso anterior)
As iniciativas levadas a cabo na área “Articulação” são manifestamente escassas e pontuais
relativamente à importância da matéria e às conclusões das avaliações interna e externa produzidas
desde 2009.
Tiveram lugar atividades de articulação entre ciclos, nomeadamente de integração do JI no 1º ciclo e
do 4º ano no 2º ciclo, que foram avaliadas muito positivamente pelos intervenientes. No entanto, é
patente que o investimento do Agrupamento neste âmbito (fundamentalmente entre os 1º e 2º ciclos)
foi inferior ao demonstrado na esmagadora maioria das outras áreas de desempenho institucional.
Fizeram-se progressos significativos na construção do PAA, designadamente em termos de
articulação com os outros instrumentos constituintes do Agrupamento e da macroestruturação em
torno das áreas de enfoque decorrentes do quadro de problematização e objetivos do PE e do
subprojecto TEIP (Relação Escola Família, Indisciplina, Insucesso e Articulação).
A prática de avaliação quantitativa introduzida na avaliação final do PAA de 2010/2011 não teve
continuidade na avaliação homóloga de 2011/12 ( à exceção do JI e 1º ciclo) Foi abandonado o
figurino de mensuração do grau de concretização de cada uma das atividades e passou-se a
registar, tão só, os respetivos “pontos fortes” e “pontos fracos”.
Já no âmbito da formação, continua a constatar-se a ausência de um Plano de Formação do
Agrupamento, pese embora se tenham realizado iniciativas de formação em contexto para pessoal
docente e não docente.
40
Em termos de autoavaliação, o Agrupamento dispõe, neste momento, de um instrumento introspetivo
do desempenho institucional cada vez mais consistente, fornecendo informação objetiva,
fundamentada e fundamentadora das estratégias e decisões necessárias à melhoria.
Os instrumentos de observação têm vindo a ser tecnicamente aperfeiçoados e os domínios de
análise gradualmente alargados desde 2009.
O trabalho da EAI e os seus Relatórios têm sido divulgados e apropriados pela Comunidade
Educativa, verificando-se um progresso na cumpliciação desses agentes relativamente à prática
autoavaliativa.
41
RECOMENDAÇÕES
No Relatório do ano transato, optou-se por não estabelecer uma Recomendação específica no
âmbito do combate ao “Insucesso” por se entender que a consecução desse objetivo central do
nosso Projeto Educativo passa fundamentalmente pelos progressos que o Agrupamento for capaz de
realizar nas outras três área de enfoque – “Indisciplina”, “Relação Escola/Família” e “Articulação”.
Considerando que essa afirmação continua a ser correta e verdadeira, a EAI reconhece, porém, que
a ausência de uma Recomendação específica numa área tão nuclear e determinante pode ter sido
potencialmente geradora de ambiguidades. Ao não enfatizar mais esta questão correu-se o risco de
produzir em alguns agentes da Comunidade Educativa um efeito tranquilizador perverso e
indesejável sobre matéria tão determinante.
Neste sentido, foi decidido incluir no presente Relatório uma Recomendação autónoma para esta
área de enfoque, que não perca de vista, no entanto, o contributo decisivo que as outras três
vertentes acrescentam para a consecução dos objetivos atinentes ao sucesso educativo dos nossos
alunos.
Por outro lado, e tendo em conta a análise e as conclusões atrás enunciadas, considerou a EAI que a
atualidade e pertinência das “Recomendações” produzidas em 2010/11, bem como dos quadros de
aprofundamento de cada uma das três áreas nucleares enfocadas, justificam e fundamentam a sua
mera transcrição no presente Relatório.
Uma nota final para reforçar a premência da consensualização e interiorização de metas mensuráveis
que deem substância aos objetivos do nosso Projeto Educativo e que definam a forma como as
várias atividades/projetos contribuem para a atinência desses objetivos, aferindo o seu grau de
concretização.
42
Assim, e face à análise e diagnose produzidas no presente Relatório, a EAI do Agrupamento de
Escolas Luís António Verney decidiu pela proposição do seguinte elenco de
RECOMENDAÇÕES
Mobilização de toda a Comunidade Educativa no sentido de ser desenvolvida na
Instituição uma cultura de trabalho para o sucesso que funcione como elemento
catalisador e unificador de todos os agentes educativos (alunos, encarregados de
educação, professores, funcionários e parceiros) no combate aos preocupantes
índices de insucesso escolar e educativos verificados na generalidade do
Agrupamento.
É sabido que os preocupantes índices de insucesso verificados no nosso Agrupamento estão
fundamentalmente ligados a fatores macroestruturais e exógenos decorrentes da dificuldade de
alunos e famílias em interiorizarem as regras de convivência social e os valores do trabalho e do
sucesso.
Neste sentido e do ponto de vista endógeno, é notório que o trabalho quotidianamente empenhado e
até muitas vezes militante dos nossos profissionais da educação se debate com a frustração da
inatingibilidade constante e anualmente agravada dos objetivos pessoais e institucionais
relativamente ao sucesso educativo dos alunos.
Esta situação é dificilmente invertível se não forem encontradas soluções inovadoras que minimizem
o quadro atrás descrito. Em tese, talvez todo esse trabalho ganhasse maior sentido e motivação se
fosse enquadrado num projeto mais amplo e participado no seio da Comunidade Educativa
(eventualmente, com a criação de um grupo de reflexão e intervenção patrocinado pelo Conselho
Geral) que fizesse germinar um espírito de corpo mais resistente ao determinismo social e em que
todos juntos (alunos, famílias, professores, funcionários e parceiros comunitários) fôssemos
construindo no Agrupamento uma cultura que visasse promover os valores do sucesso e do trabalho
imprescindível para o concretizar.
Ainda neste domínio, releva-se a necessidade premente de serem ensaiadas medidas passíveis de
contribuir para a diminuição da distância entre os resultados da avaliação interna e da avaliação
externa nas disciplinas de Língua Portuguesa e de Matemática nos anos terminais de ciclo, e destes
em relação aos índices estatísticos da média nacional.
Implementação urgente de uma articulação vertical consistente e persistente,
fundamentalmente entre o 1º e o 2º Ciclos, no domínio da Língua Portuguesa e da
Matemática.
Considerando que, das áreas de enfoque, esta é a única que não está dependente de fatores
exógenos e apenas decorre quase integralmente da capacidade de trabalho interno e da
coordenação entre os vários agentes dentro do universo do Agrupamento, recomenda-se especial
empenho e perseverança nesta matéria.
43
Sugere-se que, no curto prazo e com caráter de urgência, seja definido e globalmente assumido
como imperativo da Instituição um quadro corresponsabilizado e corresponsabilizante de
competências mínimas atingíveis nestas duas vertentes, a desenvolver nos alunos desde o início da
sua escolaridade, e que propicie a sequencialização dos anos e ciclos sem as graves arritmias que
se verificam habitualmente num elevado número de alunos, frequentemente geradoras de
desmotivação, indisciplina e exclusão.
Promoção urgente de uma estratégia, globalmente assumida e corresponsabilizada no
universo de todo o Agrupamento, para o desenvolvimento mais precoce das
competências sociais dos alunos, fundamentalmente no domínio do saber-estar, de
forma a prevenir e combater a indisciplina e as graves dificuldades de integração
crescentemente verificadas a todos os níveis, mas com especial incidência no 5º ano.
Dada a enorme influência que o desconhecimento/desrespeito pelas mais elementares regras de
saber-estar tem vindo, crescente e preocupantemente, a fazer-se sentir no aumento galopante da
indisciplina e na qualidade do processo de ensino e de aprendizagem, torna-se imperioso que o
Agrupamento, no seu conjunto, encontre rapidamente formas expeditas e imaginativas de obviar a
esse fenómeno e de atenuar os seus efeitos perversos na degradação do nosso clima e ambiente
educativos.
À semelhança do que deve acontecer relativamente à articulação vertical no domínio do
desenvolvimento de competências cognitivas, também na prevenção e combate à indisciplina e no
desenvolvimento das competências sociais dos alunos ao nível do saber-estar se recomenda um
trabalho empenhado, articulado e continuado no universo de todo o Agrupamento.
Assim, e com caráter de urgência, sugere-se:
. A definição de um plano de ação sistematicamente articulado e coordenado no terreno entre todas
as estruturas e agentes mais diretamente envolvidos no combate à indisciplina, tendo em vista uma
atuação estratégica concertada que potencie o trabalho quotidianamente desenvolvido no
Agrupamento e em cada um dos estabelecimentos de ensino que o constituem;
. O tratamento e análise estatísticas em tempo útil das ocorrências disciplinares, que enforme um
quadro conclusivo sobre quais os alunos que constituem, a cada momento, o “núcleo duro” da
indisciplina no Agrupamento, tendo em vista a implementação de estratégias diferenciadas e mais
cirúrgicas para a abordagem desses casos;
. A implementação (após debate aprofundado no seio da Comunidade Escolar e Educativa) de um
“Quadro de Conduta do Aluno”, abrangente mas exigente e responsabilizante, que uniformize
procedimentos e atitudes no universo de todo o Agrupamento e passível de funcionar como um
elemento complementar regulador do processo de socialização dos alunos, propiciando-lhes uma
interiorização mais precoce e continuada das regras elementares do saber-estar, imprescindíveis à
normal decorrência do processo de ensino e de aprendizagem.
44
Definição de estratégias que invertam, ou pelo menos minimizem, os efeitos perversos
do divórcio existente entre os valores da Escola e os de alguns setores da Sociedade
envolvente, em ordem a tentar responsabilizar mais as famílias pelos seus deveres
relativamente à Instituição e às crianças e jovens a seu cargo.
Neste âmbito, cumpre referir que o Agrupamento tem desenvolvido um trabalho globalmente meritório
e persistente na informação/responsabilização dos encarregados de educação e na tentativa de
estreitamento da relação Escola-Família.
Esta evidência é, aliás, amplamente corroborada pelo resultado dos inquéritos efetuados aos
encarregados de educação e aos alunos, nos quais, indubitavelmente, é reconhecida a qualidade do
atendimento que o Agrupamento, no seu todo, disponibiliza aos seus utentes e o empenho com que
são desenvolvidos, nas várias vertentes, mecanismos e estratégias de acompanhamento/apoio aos
alunos.
Assim sendo, torna-se evidente que a atinência desta “Recomendação” decorre mais de fatores
exógenos (que se consubstanciam nos disfuncionamentos da matriz social) do que de fatores
endógenos e assacáveis à Instituição. De todo o modo, o Agrupamento deve continuar a desenvolver
e aprofundar esse trabalho de forma paciente, insistente e substantiva.
dezembro de 2012
Equipa de Autoavaliação Institucional
45
ANEXOS
46
ANEXO I
INQUÉRITOS AOS ALUNOS
47
RESULTADOS DOS INQUÉRITOS
AOS ALUNOS
Jardim de Infância
MARÇO
2012
Nesta Escola …
a) A minha educadora ajuda-me quando preciso… 95,77% 4,23% -------
b) A auxiliar ajuda-me quando preciso… 88,73% 11,27% -------
c) Os meus colegas e amigos ajudam-me… 76,03% 22,56% 1,41%
E tu … ?
a) Fazes o que a tua educadora te pede… 71,84% 25,35% 2,82%
b) Fazes o que a auxiliar te pede… 67,60% 28,17% 4,23%
c) Ajudas os teus colegas e amigos… 83,10% 15,49% 1,41%
48
RESULTADOS DOS INQUÉRITOS AOS ALUNOS
EB 1 do BAIRRO DA MADRE DE DEUS
MARÇO 2012
Nesta Escola …
Muito
bem
Bem Razoavel-
mente
Mal Muito
mal
a) O(a) professor(a) da turma intervêm na
resolução dos meus problemas…
74,44% 11,28% 14,28% ----- -----
b) Quando peço, os(as) meus (minhas)
professores(as) apoiam-me…
76,69% 18,80% 4,51% ----- -----
c) Quando preciso, as auxiliares ajudam--
me…
70,68% 23,31% 4,51% 1,50% -----
d) Quando preciso, os(as) meus (minhas)
colegas colaboram comigo…
73,69% 15,03% 8,28% 2,25% 0,75%
E tu … ?
Muito
bem
Bem Razoavel-
mente
Mal Muito
mal
a) Segues as orientações do(a) teu(tua)
professor(a) da turma…
48,88% 35,34% 11,28% 2,25% 2,25%
b) Respeitas os(as) teus(tuas)
professores(as)…
62,42% 19,55% 14,28% 3,00% 0,75%
c) Cumpres as indicações das auxiliares… 72,19% 21,80% 4,51% 1,50% -----
d) Colaboras com os teus(tuas) colegas… 72,19% 17,29% 9,02% 0,75% 0,75%
49
RESULTADOS DOS INQUÉRITOS AOS ALUNOS
EB 1 Nº 54
MARÇO 2012
Nesta Escola …
Muito
bem
Bem Razoavel-
mente
Mal Muito
mal
a) O(a) professor(a) da turma intervêm na
resolução dos meus problemas…
73,99% 21,39% 4,62% ----- -----
b) Quando peço, os(as) meus (minhas)
professores(as) apoiam-me…
78,61% 12,72% 8,67% ----- -----
c) Quando preciso, as auxiliares ajudam--
me…
67,64% 24,27% 6,36% 1,73% -----
d) Quando preciso, os(as) meus (minhas)
colegas colaboram comigo…
63,01% 23,12% 10,99% 2,31% 0,57%
E tu … ?
Muito
bem
Bem Razoavel-
mente
Mal Muito
mal
a) Segues as orientações do(a) teu(tua)
professor(a) da turma…
51,45% 27,75% 16,76% 4,04% -----
b) Respeitas os(as) teus(tuas)
professores(as)…
60,12% 29,49% 8,67% 1,15% 0,57%
c) Cumpres as indicações das auxiliares… 57,23% 27,17% 12,72% 2,31% 0,57%
d) Colaboras com os teus(tuas) colegas… 60,12% 31,22% 8,09% 0,57% -----
50
RESULTADOS DOS INQUÉRITOS AOS ALUNOS
EB 1 do BEATO
MARÇO 2012
Nesta Escola …
Muito
bem
Bem Razoavel-
mente
Mal Muito
mal
a) O(a) professor(a) da turma intervêm na
resolução dos meus problemas…
85,72% 9,52% 4,76% ----- -----
b) Quando peço, os(as) meus (minhas)
professores(as) apoiam-me…
93,65% 4,76% 1,59% ----- -----
c) Quando preciso, as auxiliares ajudam--
me…
87,30% 7,94% 3,17% ----- 1,59%
d) Quando preciso, os(as) meus (minhas)
colegas colaboram comigo…
74,60% 14,29% 7,94% ----- 3,17%
E tu … ?
Muito
bem
Bem Razoavel-
mente
Mal Muito
mal
a) Segues as orientações do(a) teu(tua)
professor(a) da turma…
55,56% 30,15% 11,12% ----- 3,17%
b) Respeitas os(as) teus(tuas)
professores(as)…
79,37% 15,87% 4,76% ----- -----
c) Cumpres as indicações das
auxiliares…
63,49% 31,75% 3,17% ----- 1,59%
d) Colaboras com os teus(tuas) colegas… 77,78% 14,29% 6,34% ----- 1,59%
51
RESULTADOS DOS INQUÉRITOS AOS ALUNOS
1º CICLO
MARÇO 2012
Nesta Escola …
Muito
bem
Bem Razoavel-
mente
Mal Muito
mal
a) O(a) professor(a) da turma intervêm na
resolução dos meus problemas… 76,15% 15,72% 8,13% ----- -----
b) Quando peço, os(as) meus (minhas)
professores(as) apoiam-me… 80,49% 13,55% 5,96% ----- -----
c) Quando preciso, as auxiliares ajudam--
me… 72,10% 21,13% 5,15% 1,35% 0,27%
d) Quando preciso, os(as) meus (minhas)
colegas colaboram comigo… 68,83% 18,70% 9,50% 1,89% 1,08%
E tu … ?
Muito
bem
Bem Razoavel-
mente
Mal Muito
mal
a) Segues as orientações do(a) teu(tua)
professor(a) da turma… 51,22% 30,90% 13,82% 2,71% 1,35%
b) Respeitas os(as) teus(tuas)
professores(as)… 63,23% 23,59% 10,02% 1,62% 0,54%
c) Cumpres as indicações das
auxiliares… 63,69% 26,01% 8,14% 1,62% 0,54%
d) Colaboras com os teus(tuas) colegas… 67,48%
23,30% 8,14% 0,54% 0,54%
52
RESULTADOS DOS INQUÉRITOS AOS ALUNOS
E.B. 2,3 LUÍS ANTÓNIO VERNEY 2º CICLO
MARÇO 2012
1. Como achas que o teu encarregado de educação/família te pode ajudar a ter
sucesso na Escola?
a) Criar-te condições para o estudo em casa 39,60%
b) Ajudar-te na organização dos materiais 15,21%
c) Orientar-te para um bom comportamento nas aulas 26,90% d) Contactar regularmente o(a) diretor(a) de turma 8,13% e) Outra(s) 10,16%
2. Sabias que muitos pais/encarregados de educação não contactam a Escola ?
Porque será?
a) Têm pouco interesse pelos resultados escolares dos seus filhos 34,01% b) Nunca têm tempo 44,67%
c) Não é necessário, porque os filhos são bons alunos 11,17%
d) Outras razões 10,15%
4. 1. Nesta Escola …
Muito
bem
Bem Razoavel-
mente
Mal Muito
mal
a) O(a) diretor(a) de turma intervém na
resolução dos meus problemas… 68,02% 23,85% 7,62% 0,51% -----
b) Quando peço, os(as) meus (minhas)
professores(as) apoiam-me… 46,20% 36,04% 14,72% 1,01% 2,03%
c) Quando preciso, os(as) contínuos(as)
ajudam-me… 40,61% 36,55% 16,24% 5,07% 1,53%
d) Os(as) funcionários(as) da Secretaria
atendem-me… 55,83% 29,45% 11,68% 2,03% 1,01%
e) Quando preciso, os(as) meus (minhas)
colegas colaboram comigo… 42,64% 31,98% 18,28% 2,53% 4,57%
4. 2. E tu … ?
Muito
bem
Bem Razoavel-
mente
Mal Muito
mal
a) Segues as orientações do(a) teu(tua)
diretor(a) de turma… 31,98% 42,13% 24,37% 1,01% 0,51%
b) Respeitas os(as) teus(tuas)
professores(as)… 44,16% 32,99% 18,28% 4,06% 0,51%
c) Cumpres as indicações dos(as)
contínuos(as)… 44,67% 38,57% 15,74% 0,51% 0,51%
d) Colaboras com os teus(tuas) colegas…
42,64% 37,56% 18,28% 1,01% 0,51%
53
RESULTADOS DOS INQUÉRITOS AOS ALUNOS
E.B. 2,3 LUÍS ANTÓNIO VERNEY 3º CICLO
MARÇO 2012
1. Como achas que o teu encarregado de educação/família te pode ajudar a ter
sucesso na Escola?
a) Criar-te condições para o estudo em casa 44,27%
b) Ajudar-te na organização dos materiais 10,65%
c) Orientar-te para um bom comportamento nas aulas 20,50% d) Contactar regularmente o(a) diretor(a) de turma 13,93% e) Outra(s) 10,65%
2. Sabias que muitos pais/encarregados de educação não contactam a Escola ?
Porque será?
a) Têm pouco interesse pelos resultados escolares dos seus filhos 33,60% b) Nunca têm tempo 40,17%
c) Não é necessário, porque os filhos são bons alunos 18,85%
d) Outras razões 7,38%
4. 1. Nesta Escola …
Muito
bem
Bem Razoavel-
mente
Mal Muito
mal
a) O(a) diretor(a) de turma intervém na
resolução dos meus problemas… 33,60% 39,34% 22,96% 2,46% 1,64%
b) Quando peço, os(as) meus (minhas)
professores(as) apoiam-me… 21,32% 54,92% 20,49% 2,46% 0,81%
c) Quando preciso, os(as) contínuos(as)
ajudam-me… 20,50% 31,97% 42,63% 4,09% 0,81%
d) Os(as) funcionários(as) da Secretaria
atendem-me… 29,50% 38,53% 27,88% 3,28% 0,81%
e) Quando preciso, os(as) meus (minhas)
colegas colaboram comigo… 39,34% 43,45% 14,76% 0,81% 1,64%
4. 2. E tu … ?
Muito
bem
Bem Razoável-
mente
Mal Muito
mal
a) Segues as orientações do(a) teu(tua)
diretor(a) de turma… 22,13% 50,82% 24,60% 1,64% 0,81%
b) Respeitas os(as) teus(tuas)
professores(as)… 38,53% 44,26% 15,57% 1,64% -----
c) Cumpres as indicações dos(as)
contínuos(as)… 29,50% 44,26% 19,68% 4,92% 1,64%
d) Colaboras com os teus(tuas) colegas…
38,53% 45,90% 13,11% 2,46% -----
54
RESULTADOS DOS INQUÉRITOS AOS ALUNOS
E.B. 2,3 LUÍS ANTÓNIO VERNEY ENSINO NÃO REGULAR
MARÇO 2012
1. Como achas que o teu encarregado de educação/família te pode ajudar a ter
sucesso na Escola?
a) Criar-te condições para o estudo em casa 20,93%
b) Ajudar-te na organização dos materiais 9,30%
c) Orientar-te para um bom comportamento nas aulas 48,83% d) Contactar regularmente o(a) diretor(a) de turma 16,29% e) Outra(s) 4, 65%
2. Sabias que muitos pais/encarregados de educação não contactam a Escola ?
Porque será?
a) Têm pouco interesse pelos resultados escolares dos seus filhos 20,93% b) Nunca têm tempo 53,49%
c) Não é necessário, porque os filhos são bons alunos 6,98%
d) Outras razões 18,60%
4. 1. Nesta Escola …
Muito
bem
Bem Razoavel-
mente
Mal Muito
mal
a) O(a) diretor(a) de turma intervém na
resolução dos meus problemas… 11,63% 44,19% 25,58% 9,30% 9,30%
b) Quando peço, os(as) meus (minhas)
professores(as) apoiam-me… 18,60% 48,84% 25,58% ----- 6,98%
c) Quando preciso, os(as) contínuos(as)
ajudam-me… 20,93% 30,23% 37,21% 9,30% 2,33%
d) Os(as) funcionários(as) da Secretaria
atendem-me… 25,58% 39,54% 23,25% 6,98% 4,65%
e) Quando preciso, os(as) meus (minhas)
colegas colaboram comigo… 16,27% 39,54% 39,54% 4,65% -----
4. 2. E tu … ?
Muito
bem
Bem Razoavel-
mente
Mal Muito
mal
a) Segues as orientações do(a) teu(tua)
diretor(a) de turma… 9,30% 58,14% 25,58% 2,33% 4,65%
b) Respeitas os(as) teus(tuas)
professores(as)… 27,90% 48,84% 20,93% 2,33% -----
c) Cumpres as indicações dos(as)
contínuos(as)… 13,95% 48,84% 30,23% 6,98% -----
d) Colaboras com os teus(tuas) colegas…
27,90% 44,19% 25,58% 2,33% -----
55
RESULTADOS DOS INQUÉRITOS AOS ALUNOS
E.B. 2,3 LUÍS ANTÓNIO VERNEY MARÇO 2012
1. Como achas que o teu encarregado de educação/família te pode ajudar a ter
sucesso na Escola?
a) Criar-te condições para o estudo em casa 38,95%
b) Ajudar-te na organização dos materiais 12,98%
c) Orientar-te para um bom comportamento nas aulas 27,35%
d) Contactar regularmente o(a) diretor(a) de turma 11,05%
e) Outra(s) 9,67%
2. Sabias que muitos pais/encarregados de educação não contactam a Escola ?
Porque será?
a) Têm pouco interesse pelos resultados escolares dos seus filhos 32,32%
b) Nunca têm tempo 44,20%
c) Não é necessário, porque os filhos são bons alunos 13,26%
d) Outras razões 10,22%
4. 1. Nesta Escola …
Muito
bem
Bem Razoavel-
mente
Mal Muito
mal
a) O(a) diretor(a) de turma intervém na
resolução dos meus problemas… 49,72% 31,50% 14,92% 2,21% 1,65%
b) Quando peço, os(as) meus (minhas)
professores(as) apoiam-me… 34,53% 43,92% 17,96% 1,38% 2,21%
c) Quando preciso, os(as) contínuos(as)
ajudam-me… 31,50% 34,25% 27,62% 5,25% 1,38%
d) Os(as) funcionários(as) da Secretaria
atendem-me… 43,37% 33,70% 18,51% 3,04% 1,38%
e) Quando preciso, os(as) meus (minhas)
colegas colaboram comigo… 38,40% 36,74% 19,61% 2,21% 3,04%
4. 2. E tu … ?
Muito
bem
Bem Razoavel-
mente
Mal Muito
mal
a) Segues as orientações do(a) teu(tua)
diretor(a) de turma… 25,97% 46,96% 24,59% 1,38% 1,10%
b) Respeitas os(as) teus(tuas)
professores(as)… 40,33% 38,68% 17,68% 3,04% 0,27%
c) Cumpres as indicações dos(as)
contínuos(as)… 35,91% 41,71% 18,79% 2,76% 0,83%
d) Colaboras com os teus(tuas) colegas… 39,50% 41,17% 17,41%
1,65% 0,27%
56
ANEXO II
INQUÉRITOS AOS ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO
57
RESULTADOS DOS INQUÉRITOS
AOS PAIS/ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO
Jardim de Infância
MAIO
2012
Número de respostas - 44
(55% do total de EE)
Grau de satisfação em relação ao atendimento que lhe é prestado nesta escola:
Muito
bom
Bom Razoável Mau Muito
mau
∙ pelo(a) educador(a) 65,9% 34,1% --- --- ---
∙ pelos funcionários 34,1% 59,1% 6,8% --- ---
∙ pela secretaria 25% 59,1% 13,6% 2,3% ---
O que gostaria de ver melhorado nesta escola.
- “Mais auxiliares, pelo menos uma em cada sala.”, “…não existem funcionários suficientes para
garantir a total segurança de tantas crianças.”
- “… nesta escola a equipa de auxiliares de educação podiam ter uma formação, serem mais
profissionais … terem mais gosto pelo que fazem.” , “Que as funcionárias dessem mais conta dos
alunos.” , “ter mais cuidado com as crianças”.
- “Melhor organização na entrega das crianças no final das aulas.”, “A receção dos alunos e a
entrega à hora de saída é muito confusa.”
- “… melhores condições à entrada e à saída (quando está a chover)”. “Não concordo com o facto
de os pais não poderem acompanhar as crianças do JI às salas. Entendo os motivos, mas acho que
deveria haver outra alternativa que não os entregar na porta principal.”
- “Casas de banho dos alunos com melhores condições e mais higiene”
- “Um parque para os mais pequenos com melhores condições” , “ O piso do recreio devia ser
mudado para aquele piso quadrado e maleável existente em muitos parques infantis atuais.”
- “Mais atividades”
- “…todos estão bem.”.
Nota: Estão sublinhadas as respostas ou propostas mais reiteradas pelos encarregados de educação.
58
RESULTADOS DOS INQUÉRITOS
AOS PAIS/ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO
Escola EB1 da Madre de Deus
Número de respostas - 125
(83,9% do total de EE)
1. Contacta o(a) professora:
a) Uma vez por período 56,0%
b) Uma vez por mês 20,0%
c) Mais que uma vez por mês 8,0%
d) Quando o meu educando tem maus resultados 12,8%
e) Nunca contacta 3,2%
2. Sabia que alguns pais/encarregados de educação contactam pouco a Escola ?
Porque será?
a) Têm pouco interesse pelos resultados escolares dos seus filhos 25,6%
b) Nunca têm tempo 36,8%
c) Não é necessário, porque os filhos são bons alunos 18,4%
d) Outras razões 19,2%
Outras razões:
- “No meu caso estou a trabalhar em dois sítios e não tenho muito tempo.”, “Falta de tempo associado
aos horários de atendimento, por dificuldade em conciliar…”
-“Assinalei a que melhor se identifica com o meu educando, mas tenho consciência que por causa do
trabalho, ou algum desinteresse, não contactam a escola.”
- “Não têm conhecimento do sistema de educação em Portugal ou problemas de compreensão da língua
portuguesa.”
- “Além da falta de tempo, se a professora não disser na caderneta, muitas vezes acabamos por não
saber.”
- “Todas as razões expostas são válidas, mas infelizmente a primeira opção e das que mais se vê.”
- “Por vezes, por motivos de saúde dos encarregados de educação.”
- “…serem outros familiares a ir à escola…”
- “O pouco tempo que tenho procuro a professora para saber do meu filho. Quando acontece algo de
errado com ele, estou sempre presente para tentar resolver.”
- “por não terem dinheiro.”
59
3. Como considera que pode ajudar o seu filho/educando a ter sucesso na Escola?
a) Criar-lhe condições para o estudo em casa 48,8%
b) Ajudá-lo na organização dos materiais 1,6%
c) Orientá-lo para um bom comportamento nas aulas 37,6%
d) Contactar regularmente o(a) professor(a) 4,0%
e) Outra(s) 8,0%
Outras razões:
- “Orientá-los para um bom comportamento nas aulas, recreio, para ser respeitador com a professora,
assistentes operacionais e colegas e por fim dar todo o apoio em casa nos estudos e falar sobre o seu dia
a dia na escola.”
-“É essencial o acompanhamento diário a todos os níveis.” - “…dentro do possível levar os trabalhos
feitos de casa. O meu educando é hiperativo.”
-“Tentar ajudar sempre o meu educando nas atividades em que existe maior dificuldade.”
- “Criar incentivos e paciência…”
- “ Todas as opções juntas são fundamentais para o sucesso na escola …”
- “Consultar o senhor professor para ser informado do dia a dia das prestações escolares e o
comportamento nas aulas.”
- “Seria importante e benéfico haver uma auxiliar para o estudo durante as aulas. Existem escolas que
eu visitei por motivos profissionais e existe uma a duas auxiliares na sala com a professora. Assim, os
alunos obtêm melhores resultados.”
- “criar-lhe condições de estudo na escola”.
4. Avalie o seu grau de satisfação em relação ao atendimento que lhe é prestado nesta escola:
Muito
bom
Bom Razoável Mau Muito
mau
∙ pelo(a) professor(a) 60,0% 25,6% 12,8% 1,6% ---
∙ pelos funcionários 38,4% 44,0% 16,8% 0,8% ---
∙ pela secretaria 26,4% 50,4% 21,6% 0,8% 0,8%
· por outros serviços da escola (SPO, GAAF,
EE.) - nº de respostas 81
29,6% 42,0% 27,2% --- 1,2%
5. O que gostaria de ver melhorado nesta escola.
- “Esta escola têm vindo a melhorar as suas instalações aos poucos, mesmo com os poucos recursos
que têm…”
- “Um local apropriado para os professores receberem os encarregados de educação, para não
prejudicar as aulas seguintes.”
- “Melhoria nas condições de higiene nas casas de banho”
-“…um espaço adequado para fazer educação física…”, “Ginásio para atividades desportivas não
terem de se realizar ao ar livre quando está mau tempo ou não se realizarem mesmo.” , “…o concerto
das balizas…” , “…que as crianças quando têm aulas de Educação Física, tivessem um local seguro
para deixar as suas mochilas e não na rua.”
- “Modernizar as salas de aula com mobiliário novo e uma melhor climatização, recorrendo a energias
alternativas.” , “…intervenção nos pavimentos…”
- “Arranjar áreas cobertas para que as crianças possam frequentar o recreio nos dias em que chove.”
- “A vedação…. o escorrega…deviam se melhorados…”
-“…um refeitório maior…”, “a alimentação fornecida pelo refeitório…”, “…ser em mais
quantidade…” , “…melhor qualidade.”
- “que a manutenção da relva não fosse feita no período em que as crianças estão a brincar no
60
intervalo.”
- “O transporte para as crianças que não existe.”
- “Acho que onde há mais necessidade de melhorar é no pessoal que auxilia os docentes todo o ano
escolar, pois acho que se nota um grande esforço por parte dos auxiliares para fazer um bom
trabalho.” , “há poucos funcionários…”, “gostaria que houvesse mais auxiliares …”, “…mais
auxiliares para que os alunos durante o tempo livre tenham alguém responsável a olhar por eles.” ,
“…para ajudar os alunos…” “…para maior vigilância no recreio para não andarem algumas vezes à
luta.” , “…e mais individualizada.”
- “Menos alunos na sala de aula para que o ensino seja melhor.”
- “Nível de exigência maior para os alunos… melhorar a aprendizagem dos mesmos.”
-“Penso que ter alunos de um só escalão em cada sala, sendo turmas só do 1º ano, só do 2º ano e
assim sucessivamente. Alunos do 2º ano ouvir matéria do 4º ano não me parece que vá levar alunos
ao sucesso. Escolher bem as AEC`s ou mesmo os professores dessas disciplinas. Um aluno está na
aula de Inglês a tentar concentrar-se e cá fora na aula de ginástica um professor dá aulas aos gritos,
como eu já presenciei, também não é bem. “
- “Igualdade perante os alunos” , “Gostaria que os professores não excluíssem alguns.”, “…ter um
professor que saiba levar as crianças com carinho e não as diferencie umas das outras.”
- Uma organização mais rígida e que os pais respeitassem mais os professores e houvesse respeito
entre pais uns com os outros.”
- “Mais atividades…”, “Aulas de natação durante todo o ano… no período das aulas extra
curriculares.”
- “Sistema de apoio aos estudantes imigrantes, explicando os sistemas de educação…”
- “Melhores condições de estudo, nomeadamente nas aulas de apoio aos alunos.”
- “Acho que a escola deveria ter um gabinete de apoio psicológico aos alunos.”
- “Uma reunião todos os meses entre pais e o professor do seu filho/educando para debater assuntos
como assiduidade, comportamento e evolução do aluno era muito bom.”, “Maior flexibilidade de
horários de reuniões e estreitamento das relações família – escola”.
-“Mais higiene de algumas crianças e responsabilizar os pais das mesmas para não haver tantos
piolhos…”, “O problema dos piolhos, porque já se prolonga há muito tempo e por muito que faça
tratamentos à cabeça do meu educando, as outras crianças estão infestadas e acabam por contagiá-la
novamente.” , “…acabasse a epidemia dos piolhos…” , “…as crianças referenciadas por
habitualmente terem pediculose deveriam ficar em casa até estarem devidamente tratadas …
-“…os palavrões (dos alunos) que dizem e não são próprios para a idade deles.”
- “Tudo normal” , “…tudo bem.”, “A única coisa que falta é o pré-escolar.”
- “Acho excelente o espaço que eles têm para brincar e a horta.”
-“Obrigado.”
- “Gosto muito da escola e não tenho razões de queixas.”
-“Estou satisfeita com a escola e com os resultados que a minha filha tem apresentado.” , “Estou
satisfeita com o desempenho da escola.”
- “Tenho um especial agradecimento a esta escola, num período muito difícil do meu filho, no qual
teve de ser acompanhado psicologicamente. Um especial agradecimento também às auxiliares. Em
comparação com muitas escolas esta é muito boa, em todos os níveis.
Nota: Estão sublinhadas as respostas ou propostas mais reiteradas pelos encarregados de educação.
maio 2012
61
RESULTADOS DOS INQUÉRITOS
AOS PAIS/ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO Escola EB1 54
Número de respostas - 138
(78% do total de EE)
1. Contacta o(a) professora:
a) Uma vez por período 50,7%
b) Uma vez por mês 12,3%
c) Mais que uma vez por mês 26,9%
d) Quando o meu educando tem maus resultados 7,9%
e) Nunca contacta 2,2%
2. Sabia que alguns pais/encarregados de educação contactam pouco a Escola ?
Porque será?
a) Têm pouco interesse pelos resultados escolares dos seus filhos 29,7%
b) Nunca têm tempo 30,4%
c) Não é necessário, porque os filhos são bons alunos 18,1%
d) Outras razões 21,8%
Outras razões:
-“Porque têm confiança nos educadores e demais funcionários da escola.”, ”Não tenho razões de
queixa nem da escola nem da professora, por isso só vou quando me é solicitado.”,“…quando é
necessário…” “… se não há problemas aparentes, não há necessidade de tal…”
- “Tenho estado presente nas alturas em que é necessário quando marco ou quando sou chamada.” ,
“Normalmente vou às reuniões…” , “…deviam ser marcadas mais…” ,“…sempre que sou chamada.”
-“Os horários de atendimento dos professores por vezes não são compatíveis com o horário dos pais.” ,
“…dificuldade em se ausentarem do emprego.”
- “No meu caso, nos 1º e 2º períodos só fui aquando das avaliações, visto não ter possibilidades visto
ter 3 filhos e não ter família cá…” , “tenho um prematuro…”
- “Falta de tempo.”, “Trabalho e nunca estou em casa.”, “Trabalho 12 horas por dia para poder
sustentar o meu filho e afins. Por isso peço aos meus pais para que quando necessário falarem com a
professora.” , “...pouco tempo disponível.” ,“Estou a trabalhar.”, “…trabalho das 16h às 24h.”,
“…porque não me encontro sempre no país.”
- “…a caderneta é muito útil porque pode-se falar por escrito.”
62
-“ Não sei…” , “Situações temperamentais.”
-“…por ter uma lesão no joelho direito.”, “…assuntos familiares, ir a médicos, tratar de papeis…”
- “Não querem saber.”
- “… a escola é que tem obrigação de contatar os pais.”
- “… acho que os professores não dão muito interesse ao que os pais acham…”
3. Como considera que pode ajudar o seu filho/educando a ter sucesso na Escola?
a) Criar-lhe condições para o estudo em casa 51,6%
b) Ajudá-lo na organização dos materiais 5,1%
c) Orientá-lo para um bom comportamento nas aulas 28,9%
d) Contactar regularmente o(a) professor(a) 7,2%
e) Outra(s) 7,2%
Outras razões:
-“Todas as alíneas são importantes…” “… todas são complemento umas das outras.”
- “… trabalho muito para que não lhe falte nada e ele tem que ajudar tendo boas notas e bom
comportamento. Não poderia escolher só uma. As três (primeiras) são importantes (…) no objetivo de
fazer dele um aluno bom.”
-“…contactar se for necessário.”
- “Ter apoio ao estudo que tanto necessita, porque na escola não existem professores suficientes.”
- “Incentivá-los ao estudo, educando-os para uma boa avaliação e desenvolvimento, para que obtenham
bons resultados e a respeitar os outros.”
- “Incentivar a aprendizagem em casa para se sentir motivado para aprender na escola.”, “Ficar
satisfeito com a sua boa evolução no dia a dia.”,“Mostrando interesse pelo seu desempenho escolar,
pelo seu comportamento, assistindo a todas as atividades dadas pela escola que incluam
pais/encarregados de educação.”
- “Bom ambiente em casa e ensino de valores morais e bom comportamento.”
- “Além de estudar com o meu educando em casa, peço que preste atenção nas aulas e coloque as suas
dúvidas.”
- “…o meu filho não necessita de apoio para os trabalhos, pois ele próprio não quer ajuda.”
- “… falar com a professora para que ambas vejam o que de melhor se pode fazer para que o educando
tenha bom aproveitamento escolar.”
4. Avalie o seu grau de satisfação em relação ao atendimento que lhe é prestado nesta escola:
Muito
bom
Bom Razoável Mau Muito
mau
∙ pelo(a) professor(a) 68,9% 26,0% 5,1% --- ---
∙ pelos funcionários 25,3% 47,1% 25,3% 1,5% 0,8%
∙ pela secretaria 13,8% 55,7% 27,5% 1,5% 1,5%
· por outros serviços da escola (SPO, GAAF,
EE.) - nº de respostas 100
18,0% 42,0% 36,0% 4,0% ---
63
5. O que gostaria de ver melhorado nesta escola.
- “Melhores condições de trabalho para os funcionários e professores da escola, pois as melhores
condições de trabalho naturalmente se refletem no sucesso das crianças.”
- “Mais consideração pelos professores pois há pais que têm comportamentos pouco aceitáveis para
com os docentes…”, “… é vergonhoso ver pais a serem piores que os educandos ao dizerem
palavrões direcionados aos professores. Isto demonstra uma enorme falta de respeito.”
- “A Diretora da escola ter mais tempo para atender os pais dos alunos.”
- “…poucas contínuas e são muito simpáticas e acessíveis.” , “…mais funcionários de ação educativa,
porque são poucos e não conseguem estar em todo o lado ao mesmo tempo. Por isso, são muitas vezes
injustiçadas pelos pais, sem terem culpa.” “Maior número de auxiliares e seguranças…são poucas
para tantos alunos.”
- “…mais disciplina.” , “O barulho que os alunos fazem em certas aulas.”
- “Castigos para alguns EE mal educados.” “…que proibissem os pais problemáticos de entrar e fazer
confusão perante as crianças…”
- “… em dias de chuva fossem criadas as condições adequadas para que os alunos ao entrarem nas
salas de aula não se molhassem e não criassem tantas confusões.”
- “O controle de segurança na entrada e saída, principalmente à saída, visto os encarregados de
educação indicam por escrito as pessoas autorizadas a levarem os seus educandos…” “…isto não
acontece. Tive um irmão que nem falo com ele, mora em Queluz, trabalha em Marvila, levou o rapaz
consigo sem autorização e a auxiliar entregou-o sem mesmo ser conhecido, nem autorizado. Tomem
atenção a esta preocupação que no meu ponto de vista é grave.” “Maior controle na saída… verificar
quem pode levar a criança.”
- “…evitar a confusão no portão…” , “… na saída da escola (…) os pais metem-se a monte e não se
veem as crianças que saem…”
- “Nos intervalos as funcionárias não vigiam a escola como era suposto fazerem e as crianças ….
arranjam problemas.”
- “Melhor segurança.”, “…maior vigilância…” , “…mais funcionárias no recreio para tomar conta das
crianças.”, “…maior atenção às crianças durante o recreio para que eles não se batam uns aos outros
(ninguém vê.)”
- “… maior controlo sobre o comportamento dos alunos problemáticos…para evitar brigas…” ,
“…muitas cenas de pancada no recreio e crianças a dizerem asneiras e palavrões…”, “…estão
praticamente sozinhos no recreio.”
- “Penso que a organização da escola poderia ser melhorada, bem como o atendimento prestado pelos
funcionários, uma vez que nem sempre demonstram disponibilidade.”
- “…melhorar as condições das casas de banho, refeitório e recreio, salas de aula.” “ Instalações
sanitárias limpas mais frequentemente e com papel higiénico.”, “…mais condições, porque esta escola
não tem.”
“…não houvesse pedras na areia.”, “…pois os alunos desta escola passam o dia inteiro a atirar pedras
para as janelas dos prédios …”
-“As grades” , “…Fechar mais as grades, porque os alunos saem por lá, por maior vigilância que haja
nos recreios.”
-“O recreio dos alunos.”, “…mais limpo.” , “…melhor pavimento no recreio ao ar livre.”, “maior
cuidado com os espaços verdes.”
- “…uma cobertura em volta da escola para que os alunos não estejam expostos às intempéries.”
- “…mais apoio ao estudo.”, “…em Português e Matemática…” “…salas de estudo acompanhados
pelos seus professores.”
- “…mais atividades …” , “… mais visitas de estudo…”, “…música…”, “…por exemplo
a piscina que são só 12 sessões”, “…mais desporto.”
- “…no início do ano escolar, terem professores colocados atempadamente.”
- “Os alunos terem mais meios para estudarem, outras tecnologias, pois são insuficientes.”
64
- “Criação de uma disciplina extra que pudesse ajudar os alunos a não serem violentos, a não
descriminarem os próprios colegas, de modo a diminuir mentalidades preconceituosas.”
- “Uma associação de pais mais ativa.”, “Maior colaboração dos pais.”
- “Atividades em que os pais pudessem participar com os filhos… de modo a promover a
socialização entre pais e filhos.”
- “Um serviço de apoio à família mais alargado, nomeadamente nos horários de abertura, uma vez que
a realidade do horário laboral dos pais requer que o CAI tivesse um serviço iniciado, pelo menos,
meia hora mais cedo.”
- “O lanche da manhã. Deveria haver alternativa ao leite com chocolate.”
- “O abate de algumas árvores. Existe uma espécie que provoca alergias a alunos, funcionários e
professores.”
- “Tudo, esta escola está cada vez pior.”, “…está tudo mal orientado…” (EE de 2 alunos do 1º ano)
-“Não tenho razões de queixa, a escola funciona normalmente e atende muito bem os alunos e seus
encarregados de educação…” , “No geral estou satisfeita com a escola e com todas as pessoas que a
fazem funcionar.” , “…gostaria que a professora fosse a mesma no 4º ano… houve muito
desenvolvimento com a minha neta … em todos os sentidos… até mais adulta e responsável ela está.
Estou satisfeita…”
Nota: Estão sublinhadas as respostas ou propostas mais reiteradas pelos encarregados de educação.
Maio 2012
65
RESULTADOS DOS INQUÉRITOS
AOS PAIS/ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO Escola EB1 do Beato
Número de respostas - 55
(88,7% do total de EE)
1. Contacta o(a) professora:
a) Uma vez por período 32,7%
b) Uma vez por mês 7,3%
c) Mais que uma vez por mês 52,7%
d) Quando o meu educando tem maus resultados 7,3%
e) Nunca contacta ---
2. Sabia que alguns pais/encarregados de educação contactam pouco a Escola ?
Porque será?
a) Têm pouco interesse pelos resultados escolares dos seus filhos 16,4%
b) Nunca têm tempo 49,0%
c) Não é necessário, porque os filhos são bons alunos 5,5%
d) Outras razões 29,1%
Outras razões:
- “Os trabalhos neste momento estão em risco, os pais não podem faltar.” , “É difícil conciliar
horários.”
- “… há casos em que não há necessidade de contacto constante.”
3. Como considera que pode ajudar o seu filho/educando a ter sucesso na Escola?
a) Criar-lhe condições para o estudo em casa 47,3%
b) Ajudá-lo na organização dos materiais ---
c) Orientá-lo para um bom comportamento nas aulas 29,0%
d) Contactar regularmente o(a) professor(a) 14,6%
e) Outra(s) 9,1%
Outras razões:
- “Todas as mencionadas (…), bem como ler livros de histórias, fazer diariamente os trabalhos de casa,
jogos de vários tipos que estimulem o seu crescimento e melhor aprendizagem.”
- “Se os pais estivessem em contacto permanente com os professores, as nossas crianças sentiriam que
alguém se preocupa com elas.”
66
- “Ajudá-lo e orientá-lo para o estudo ser bem realizado e assim ter bons resultados.” , “Apoio no
estudo …mas devem ser os dois pais”
4. Avalie o seu grau de satisfação em relação ao atendimento que lhe é prestado nesta escola:
Muito
bom
Bom Razoável Mau Muito
mau
∙ pelo(a) professor(a) 76,4% 21,8% 1,8% --- ---
∙ pelos funcionários 58,2% 34,5% 7,3% --- ---
∙ pela secretaria 34,5% 45,5% 16,4% 1,8% 1,8%
· por outros serviços da escola (SPO, GAAF,
EE.) - nº de respostas 34
17,6% 44,1% 35,3% 3,0% ---
5. O que gostaria de ver melhorado nesta escola.
- “Um aumento de funcionários (auxiliares), visto que são muito poucas para a quantidade de
alunos, não podendo dar uma ótima resolução aos seus desígnios. “
- “Gostaria de ver adultos (auxiliares e alguns professores) a usarem uma linguagem correta com
os alunos e pais. O respeito deve ser mútuo.”
- “ … o meu filho é mal tratado por uma contínua da escola. Gostava que a mudassem….mais
atenção aos meninos.”
- “O alargamento do horário de atendimento aos pais.”
-“Criação de ocupações (jogos orientados) em especial para intervalos maiores (30 minutos), jogos
tradicionais, que impedissem as crianças «mais desenvoltas» de porem em prática lutas do
«famoso Weestling» que muitos pais, como eu, não facultam aos seus filhos em casa.”
- “…atividades extra curriculares durante a semana.”, “…dinamizassem atividades como a leitura e
a representação.” “Gostaria que se desenvolvessem atividades para que os alunos fossem mais
calmos e menos barulhentos.”
- “o recreio.” , “…umas laterais no pátio, por causa da chuva…”
- “…melhores condições nas salas de aula, por exemplo um aquecedor para o inverno e cortinados
para o calor do verão de modo a proteger do imenso sol que bate nas janelas.”.
- “Materiais escolares, nomeadamente relacionados com a educação física… para atividades
extracurriculares.”
- “A alimentação escolar (variar mais vezes)”
- “Sendo uma escola pequena, deviam dar um pouco mais atenção à seleção nos alunos.”
- “Nada (a sugerir), a escola da minha filha é a melhor.”, “Nada, porque esta é uma escola com
boas instalações, pequena, logo acolhedora e familiar. O que faz com que o meu educando se sinta
em casa”
- “Estou satisfeita...”, “…, desde que vi o meu filho a sentir-se bem.” , “…estou muito satisfeita
com a escola…”
Nota: Estão sublinhadas as respostas ou propostas mais reiteradas pelos encarregados de educação.
maio 2012
67
RESULTADOS DOS INQUÉRITOS
AOS PAIS/ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO E.B 2.3 LUÍS ANTÓNIO VERNEY
Número de respostas - 254
(58,7% do total de EE)
1. Contacta o(a) professora:
a) Uma vez por período 46,5%
b) Uma vez por mês 12,2%
c) Mais que uma vez por mês 15,4%
d) Quando o meu educando tem maus resultados 19,3%
e) Nunca contacta 6,6%
2. Sabia que alguns pais/encarregados de educação contactam pouco a Escola ?
Porque será?
a) Têm pouco interesse pelos resultados escolares dos seus filhos 33,9%
b) Nunca têm tempo 35,0%
c) Não é necessário, porque os filhos são bons alunos 12,2%
d) Outras razões 18,9%
Outras razões:
- “Uns porque trabalham, outros porque não estão para se chatear com os assuntos das crianças.”
- “Além do pouco interesse, pensam que a escola tem obrigação não só de os ensinar, como também de
educar.” , “…acham que não é preciso ou não se lembram.” , “… outros não têm interesse pelos seus
filhos/educandos.”
- “Horários de atendimento não compatíveis com horários dos encarregados de educação.”,
“…dificuldade em conciliar horários.” “ Falta de tempo …quando não somos contatados, achamos que
está tudo bem.”
- “Eu tenho interesse pela minha filha, tenho tempo, não é boa nem má (média).” ,“porque o aluno
inspira uma certa confiança.”, “…só quando é necessário...” , “…quando é preciso estou sempre
presente.”, “uma vez em cada período …”, “… para saber as notas do meu filho.”, “O interesse pelos
resultados escolares da minha filha tem sido uma constante.”
-“Eu contacto a escola quando o aluno perde um documento.”
- Através da caderneta do aluno e sempre que solicitado a comparecer na escola.,”
- “por motivo de saúde…” , “…doença do avô…” , “por falta de tempo para ir à escola.”, “Eu, por
exemplo gostaria de poder acompanhar mais, mas motivos de trabalho e são três filhos é muito
complicado.” , “Tenho dois meninos pequenos, então torna-se difícil”
- “O comportamento dele, a falta de atenção.” , “se os castigassem mais vezes nas aulas quando eles se
portam mal.”
- “… muitas vezes não quer incomodar o diretor de turma.”
68
- “a mãe não tem tempo e a DT não comunica com a irmã que é quem agora trata dessas coisas.” (6º 5ª)
-“Converso com o meu educando sobre o que se passa na escola.”
- “Normalmente a Diretora de Turma sempre que o meu filho está com problemas liga-me o que eu
agradeço, porque se não fosse assim eu não saberia o que se passa pois só vou às reuniões ou se for
chamada à escola.”
- A escola não ouve os pais.” (9º ano)
3. Como considera que pode ajudar o seu filho/educando a ter sucesso na Escola?
a) Criar-lhe condições para o estudo em casa 47,2%
b) Ajudá-lo na organização dos materiais 2,8%
c) Orientá-lo para um bom comportamento nas aulas 37,4%
d) Contactar regularmente o(a) professor(a) 9,1%
e) Outra(s) 3,5%
Outras razões:
- “Ajudá-los a rever a matéria dada nas aulas, todos os dias.”
- “Todas as opções” , “…e também ajuda a paciência e vontade de ensinar por parte de alguns
professores”
- “Incentivando e orientando perguntando se as coisas estão bem e tentar dar um objetivo a
seguir.”,”Auxiliando-o a resolver as suas dúvidas nas várias disciplinas. E orientá-lo para que esteja
atento às aulas e assente as suas dúvidas, a fim de as conseguir esclarecer com o professor na aula…”,
“Conversando diariamente com o meu filho, ajudando-o, tirando dúvidas, mantendo-me informado do
seu dia a dia, tentando ajudar da melhor maneira possível.”, “Dar-lhe mais apoio em tudo e comprar o
material necessário para a escola.”
- “Porque não sei de algumas coisas porque a minha filha me esconde os trabalhos, os recados, etc”
- “O aluno tem de ter força de vontade para ultrapassar os problemas, para estudar, e ter um
acompanhamento dos pais.”
4. Avalie o seu grau de satisfação em relação ao atendimento que lhe é prestado nesta escola:
Muito
bom
Bom Razoável Mau Muito
mau
∙ pelo diretor de turma 60,6% 30,3% 9,1% --- ---
∙ pelos funcionários 26,8% 44,9% 27,9% 0,4% ---
∙ pela secretaria 19,3% 49,2% 28,3% 2,8% 0,4%
· por outros serviços da escola (SPO, GAAF,
EE.) - nº de respostas 180
15,6% 48,9% 32,7% 0,6% 2,2%
5. O que gostaria de ver melhorado nesta escola.
- “Arranjassem a escola.”, “… urgentemente de obras,”…está muito degradada…” , “… não tem as
mínimas condições para os alunos e professores…”,“…gostaria que pintassem a escola”, ”“Melhorar as
condições das salas de aula.” , “…as salas de EVT…” , “… o pavimento do ginásio … por causa das
farpas…” , “O equipamento escolar…mesas e cadeiras.”, “…os vidros partidos…”
- “Os jovens não têm condições para tomar banho na escola após Educação Física.” , “maior
limpeza…”, “…mais higiene nas casas de banho…”
-“Melhores condições de trabalho para os alunos, professores e funcionários da escola.”
69
- “Não é só a minha filha, mas sim todos, devia haver mais disciplina e respeito várias funcionárias são
tratadas abaixo de cão.”
- “Os comportamentos dos alunos dentro e fora do recreio.” , “A organização nos corredores quando
toca…”, “ O comportamento dos alunos e maior responsabilização dos encarregados de educação.” ,
“que os alunos tivessem mais respeito pelos colegas, porque só sabem arranjar problemas.”, “A
indisciplina e a falta e regras dos alunos são a minha maior preocupação.”, “… pô-los de castigo a
limpar a escola sempre que for necessário.” , “…expulsar ou suspender os maus comportados.”, “Mais
disciplina para com alunos com comportamentos desviantes.” (3º ciclo) “… trabalhos comunitários.”
- “ Mal os alunos se portassem mal deveriam avisar os pais, não deixar aumentar faltas disciplinares e
em conjunto dar o castigo adequado, não é vir para casa suspenso que vá resultar, pois eles vão ficar
em casa a fazer o que bem lhes apetece, uma vez que os pais estão a trabalhar.” (8º ano)
- “A escola precisa de chamar até si todos, para melhoria do desempenho e comportamento escolar,
para bem dos nossos filhos…” , “Empenhamento de todos, inclusive dos encarregados de educação no
bom ambiente escolar.”, “Também o ambiente fora da escola deveria ser tomado em conta.”
-“Melhorar as refeições.”, “Gostaria que as refeições que são disponibilizadas aos alunos tivessem mais
qualidade, pois estão em fase de crescimento e precisam de se alimentar convenientemente.” , “A
alimentação dos alunos nem sempre é boa, ou é em pouca quantidade ou algumas vezes está fria.” , “O
sistema informático…com o sistema em baixo não conseguem comprar as senhas para a refeição.”, “…
mais vistorias na alimentação … visto ser levada no princípio da semana…”, “ e não requentada … os
valores nutricionais estão alterados.” “Cozinha a funcionar, como no meu tempo…” “fornecimento de
leite a alunos, devido às dificuldades que muitos em silêncio passam.” (9º ano)
- “Gostaria que afixassem as ementas antes de se comprar as senhas para se optar se come no refeitório
ou não, porque se não for do agrado do aluno passa o dia inteiro na escola sem ter uma refeição, pelo
menos, completa.”
-“Podermos pagar as refeições por mês, não na semana antes.”
-“Os alunos com direito a ASE (seja do escalão A ou B) deveriam ter os almoços pré marcados, sem
necessidade de carregar o cartão magnético, para não perder as aulas . Se não carregar a tempo, não
almoça várias semanas, quando o seu almoço está assegurado pelo Estado que o paga…”
- Melhorar, mais ainda o atendimento escolar.”
- “Possibilidade de os pais conhecerem todos os professores do seu educando e não só a Diretora de
turma.”
- “mais informação aos pais através da caderneta escolar.”
- “…mais atividades na escola como por exemplo: ténis, natação, andebol, futebol, voleibol , etc, mais
trabalho de grupo e explicações …” , “…para os alunos terem o seu tempo ocupado.”
- “Nas disciplinas mais práticas, … fazerem mais experiências.”
- “…melhoramento dos métodos de ensino…”.
- “Melhoramento das competências dos professores … fardamento dos alunos” (1 EE do 8º ano) ;
“critérios de avaliação dos professores”, “melhorar as competências do pessoal docente e não docente
(8º ano)”, “Que os professores em dúvidas que os alunos tenham lhes expliquem a matéria…” (9º
ano); “Os professores devem ser mais professores e menos brincalhões.” (9º ano)
-“Mais aulas de apoio para alunos com dificuldades.”, “…e acompanhamento dos que mais
necessidade têm.”, “…melhores condições para o estudo dos alunos.”
- O plano de recuperação, acho que deveria ter, pelo menos, uma aula por semana, com trabalhos e
exercícios para fazer em casa e depois levar para ser corrigido nessa aula.” (8º ano)
- “ A constituição das turmas. Distribuir melhor os alunos problemáticos e com pouco
aproveitamento.” “…entre as turmas”, “Não haver na mesma turma alunos com uma diferença de
idades tão grande.” ,“Redução do número de alunos por turma.”
70
- “Mais imparcialidade nos professores e funcionários …..que sejam mais tolerantes com as crianças …
mais simpáticos para poderem cativar aquelas crianças que têm mais problemas, porque muitas vezes
são crianças difíceis que muitas vezes não têm carinho nem atenção dos pais em casa.” (5º 4ª) ,
“Acho que era importante a escola ter um meio de distração útil para os alunos, quando estes têm falta
de aulas. Seria bom existir na escola algo que eles gostassem de fazer para descomprimir e não verem a
escola apenas como obrigação e trabalho.” (5º 5ª).
- “A atitude dos funcionários com os alunos quando lhes pedem auxílio.”, “…bom ambiente entre
alunos e funcionários.”
- “ Maior segurança…”, “…mais funcionários que nos intervalos dessem mais atenção às crianças,
porque … (os mais velhos) fumam drogas, gozam com os miúdos e eles depois não querem ir para a
escola.” , “nos recreios controlar mais os alunos para não haver tantos desacatos” , “…mais
fiscalização sobre os alunos mais velhos, sobre a droga que há no interior.” “Maior vigilância.” ,
“Policiamento”.
- “Maior fiscalização na portaria da escola.” , “Maior controlo nas entradas e saídas.” “…ser com
cartão.”
- “Gostava que a escola tivesse um sistema informático de modo a que os encarregados de educação
acompanhassem o que o filho faz a partir de casa, como carregamentos de cartão, entradas e saídas.”,
“Criar um sistema, onde pela NET, os encarregados de educação pudessem ver a ementa escolar e
saber se o seu educando almoçou .”,
- “Melhor atendimento na secretaria, melhor horário na papelaria”
- “Não sei.”, “Sem opinião formada.”, “Nada”
- “De momento penso que está tudo dentro do possível melhorado… com as possíveis condições para
os alunos.”, “… em termos de professores e funcionários é muito boa.” (9º ano)
Nota: Estão sublinhadas as respostas ou propostas mais reiteradas pelos encarregados de educação.
maio 2012
71
RESULTADOS DOS INQUÉRITOS
AOS PAIS/ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS LUÍS ANTÓNIO VERNEY
Número de respostas - 572
(69,7% do total de EE)
1. Contacta o(a) professora:
a) Uma vez por período 48,3%
b) Uma vez por mês 13,5%
c) Mais que uma vez por mês 20,1%
d) Quando o meu educando tem maus resultados 13,9%
e) Nunca contacta 4,2%
2. Sabia que alguns pais/encarregados de educação contactam pouco a Escola ?
Porque será?
a) Têm pouco interesse pelos resultados escolares dos seus filhos 29,4%
b) Nunca têm tempo 35,7%
c) Não é necessário, porque os filhos são bons alunos 14,3%
d) Outras razões 20,6%
3. Como considera que pode ajudar o seu filho/educando a ter sucesso na Escola?
a) Criar-lhe condições para o estudo em casa 48,6%
b) Ajudá-lo na organização dos materiais 2,8%
c) Orientá-lo para um bom comportamento nas aulas 34,6%
d) Contactar regularmente o(a) professor(a) 8,1%
e) Outra(s) 5,9%
4. Avalie o seu grau de satisfação em relação ao atendimento que lhe é prestado nesta escola:
Muito
bom
Bom Razoável Mau Muito
mau
∙ pelo(a) professor(a)/diretor de turma 64,0% 27,4% 8,2% 0,4% ---
∙ pelos funcionários 31,9% 44,4% 23,0% 0,6% 0,1%
∙ pela secretaria 21,0% 50,7% 25,5% 1,9% 0,9%
· por outros serviços da escola (SPO, GAAF,
EE.) – nº de respostas 395
19,3% 45,3% 32,7% 1,5% 1,2%
maio 2012
72
ANEXO II
INQUÉRITOS AO PESSOAL NÃO DOCENTE
73
RESULTADOS DO INQUÉRITO AO PESSOAL NÃO
DOCENTE
TOTAL DE RESPOSTAS – 35 (de um total de 35 funcionários).
Classificação 1 2 3 4 s/resposta Sim
1. Estou satisfeito com as funções que
me foram atribuídos.
1 1 9 18 1 5
2. O meu trabalho é respeitado pelos:
Classificação 1 2 3 4 s/resposta
. Alunos 1 5 20 9 --- . Pais/Encarregados de Educação 1 6 21 6 1 . Professores --- --- 10 25 --- . Meus colegas --- 1 10 23 1 . Coordenadora Operacional/ Chefe dos Serviços Administrativos
--- --- 6 28 1
. Diretor --- --- 8 27 ---
3. Indique um ponto forte e um ponto fraco deste estabelecimento de ensino.
Sem resposta - 7
Pontos fortes:
- Bom ambiente de trabalho e entreajuda excelente entre o pessoal; - Muita solidariedade, compreensão, humanismo, disponibilidade, empenho e respeito mútuo; - Interajuda e interação entre todos os membros da comunidade escolar (ambiente familiar), incluindo responsáveis; - Bom relacionamento entre professores, funcionários e alunos; - Uma escola acolhedora – preocupação e apoio/proteção prestada aos alunos (incluindo alimentação às crianças mais carenciadas). - Esta é “uma escola que qualquer criança deseja frequentar…”.
Pontos fracos: - Degradação das instalações e sistema informático, incluindo internet; - Indisciplina e má formação de alguns alunos; - Pouco apoio dos dirigentes/Direção da escola em relação à resolução de problemas que vão surgindo com os alunos – a Direção deveria estar mais presente; - Fechados e estanques os órgãos de decisão do Agrupamento – “P.N.D relegados para último plano”; - Falta de apoio de alguns docentes; - Os EE não compreendem muitas vezes o trabalho dos auxiliares; - Falta de pessoal – assistentes operacionais; - Segurança insuficiente, incluindo no portão da escola; - Muito barulho das 8:00h às 10:00h; - Uma sala de aula fechada ; - “Existe muita gente a querer mandar”/“a coordenadora deveria ser mais inflexível”.
74
4. Comentários e sugestões. Sem resposta - 11
- Obras urgentes/melhoramento de todo o espaço físico, possibilitando também melhores condições de trabalho, nomeadamente nos serviços administrativos (por exemplo: atendimento por senhas); - Gradeamento da Escola deveria ser arranjado para que certos alunos deixem de sair e entrar por lá; - Renovação/melhoria de todo o sistema informático; - Se possível, mais assistentes operacionais; - Realização de ações de formação; - Informações devem ser passadas a tempo e com tempo a toda a comunidade escolar; - A Direção deveria ser mais interventiva em relação à indisciplina que se vive diariamente na Escola; - Maior diálogo e aproveitamento dos recursos humanos; - Abrir mais uma sala de aula. “Há muita gente a tocar à campainha e a dizer que queria vir para cá.”; - Maior disponibilidade de segurança entre as 12:00 e as 13:00 horas; - Porteiro na Escola para um melhor controlo das entradas e saídas/ intercomunicador com a rua; - Horário do pessoal não rotativo, mas fixo; - As férias do pessoal deveriam ser rotativas; - Pessoal não docente deveria trabalhar em equipa, “que na minha maneira de pensar não acontece”; - Preços praticados nos bares da escola são muito elevados comparativamente a outras escolas; - Firma para limpezas.
Maio 2012
75
ANEXO IV
PRESENÇAS DOS ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO
NAS REUNIÕES
76
Presenças dos encarregados de educação em reuniões com o professor titular de turma/educador
ESCOLA
Nº de
alunos
% de
presenças dos
EE na 1ª
reunião com o
prof.
titular/educad
or
% de
presenças dos
EE na 2ª
reunião com o
prof.
titular/educad
or
% de
presenças dos
EE na 3ª
reunião com o
prof.
titular/educad
or
% de presenças
dos EE na
4ª reunião com
o prof.
titular/educador
Jardim de Infância 80 61,25% 53,75% 60,00% 46,25%
EB 1 nº 54 177
58,19% 64,41% 60,10% 70,09%
EB 1 da Madre de
Deus 151 65,57% 55,63% 56,95% 66,23%
EB 1 Beato 62
90,32% 79,03% 96,77% 75,80%
Total 1º ciclo 390 63,85% 65,13% 64,62% 76,92%
A percentagem média de participação dos encarregados de educação nas reuniões com:
- o educador foi de 55,31%
- o professor titular foi de 67,63%
Presenças dos encarregados de educação em reuniões com o diretor de turma
Ciclos/ tipo de
ensino
Nº de
alunos
% de presenças de
EEs na 1ª reunião
com o DT
% de presenças de
EEs na 2ª reunião
com o DT
% de presenças de
EEs na 3ª reunião
com o DT
2º ciclo 223
60,09% 46,19% 57,40 %
3º ciclo 148
51,35% 45,27% 44,59%
Ensino não regular 54
35,19% 31,48% 38,89%
Total 425 53,88% 44,00% 50,59%
A percentagem média de participação dos encarregados de educação nas reuniões com o diretor de
turma foi de 49,49%
A percentagem média de participação dos encarregados de educação do Agrupamento nas reuniões
com educador/prof. titular/ diretor de turma foi de 57,48%.
77
ANEXO V
RESULTADOS DAS PROVAS NACIONAIS
78
Explicitando, foram os seguintes os resultados das provas do 4º ano:
Língua Portuguesa Matemática
Nível E 2 7
Nível D 48 71
Nível C 37 17
Nível B 10 2
Nível A 1 0
Dados do Relatório TEIP
Os resultados das provas finais do 6º ano foram:
Língua Portuguesa Matemática
Nível 1 1 13
Nível 2 32 34
Nível 3 29 16
Nível 4 7 5
Nível 5 0 1
Dos 69 alunos admitidos às provas finais no 6º ano:
- 18 encontravam-se em risco de retenção,
16 classificados com nível 2 a Português e 17 com nível 2 a Matemática;
1 aluno com dois níveis dois (Português e Matemática);
7 alunos com três níveis inferiores a três;
10 alunos com quatro níveis inferiores a três.
- destes 18 alunos, nenhum obteve nas provas finais resultados que lhe permitisse melhorar o nível final e ser aprovado.
79
E os resultados das provas finais do 9º ano foram:
Português Matemática
Nível 1 1 (a) 2 + 1(a)
Nível 2 19 19
Nível 3 10 5
Nível 4 0 3
Nível 5 0 0
a) Aluno do Curso de Educação e Formação, nível 3, “Instalação e Operação de Sistemas Informáticos”.
Dos 29 alunos admitidos às provas finais no 9º ano, um aluno tinha classificação de frequência de nível 2 a Língua portuguesa e Matemática e manteve esta classificação nas provas finais, pelo que não foi aprovado.
Ainda alguns dados sobre os resultados das provas finais:
Nº de alunos que melhoraram
o nível
Nº de alunos que
mantiveram o nível
Nº de alunos que
baixaram o nível (a)
Português
Matemática
Português
Matemática
Português
Matemática
6º ano
6
2
37
29
26
38
9º ano
0
1
7
14
22
14
(a)Tiveram nível inferior à classificação de frequência, mas igual ou superior a 3:
- Em Língua Portuguesa, 10 alunos do 6º ano e 4 alunos do 9º ano;
- Em Matemática, 8 alunos do 6º ano e 3 alunos do 9º ano.
80
NOTA RETIFICATIVA
Em 18 de dezembro de 2012, após a entrega da versão preliminar para aprovação do “RELATÓRIO
DE AUTO AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL – ANO LETIVO 2011/2012”, foram enviadas à EAI, pela
Direção, as “Tabelas de Análise Comparativa por Prova e Domínio/Área Temática entre Turmas,
Escolas e Regiões, das Escolas Luís António Verney” emanadas do GAVE (Gabinete de Avaliação
Educacional) .
Examinados os referidos documentos a EAI comprovou, face a estes novos dados (divergentes
daqueles com que tinha trabalhado), a necessidade de retificar o quadro referente às taxas de
insucesso verificadas na avaliação externa no ano letivo de 2011/2012 (procedentes do Relatório
TEIP), bem como a análise de dados daí decorrentes (página 29).
Assim, em 2011/2012:
Ano
de
escola
ridade
Média
Nacional **
Língua
Portuguesa
Avaliação
Externa **
Língua
Portuguesa
Avaliação
Interna *
Média
Nacional **
Matemática
Avaliação
Externa **
Matemática
Avaliação
Interna *
4º
34,0%
51,1%
11,00%
46,6%
61,9%
14,00%
6º
40,6%
52,9%
50,86%
46,3%
62,7%
59,48%
9º
46,3%
60,1%
12,12%
45,6%
57,6%
48,48%
*Dados do Relatório TEIP
** Dados do GAVE
Da análise comparativa dos dados referentes aos anos letivos 2010/2011 e 2011/2012 observa-se:
- a distância entre a avaliação externa e a avaliação interna diminuiu, à exceção de:
no 4º ano – em Matemática aumentou 2,5 p. p.;
no 9º ano – em Língua Portuguesa aumentou 15,28 p. p. ;
- relativamente à média nacional, muito embora ainda muito aquém da norma quer em Língua
Portuguesa quer em Matemática em todos os anos de final de ciclo,
diminuiu a distância relativamente a 2010/2011 no 4º ano e no 6º ano em Língua Portuguesa e
em Matemática:
no 4º ano – em Língua Portuguesa 0,6 p. p. (2010/2011 – 17,7 p. p. ; 2011/2012 – 17,1 p. p. );
– em Matemática 4,4 p. p. (2010/2011 – 19,7 p. p. ; 2011/2012 – 15,3 p. p. );
no 6º ano – em Língua Portuguesa 0,4 p. p. (2010/2011 – 12,7 p. p. ; 2011/2012 – 12,3 p. p. );
– em Matemática 2,5 p. p. (2010/2011 – 18,9 p. p. ; 2011/2012 – 16,4 p. p. );
mas aumentou no 9º ano quer em Língua Portuguesa quer em Matemática:
– em Língua Portuguesa 11,14 p. p. (2010/2011– 2,66 p. p.; 2011/2012 – 13,8 p. p.);
– em Matemática 4,15 p. p. (2010/2011 – 7,85 p. p. ; 2011/2012 – 12,0 p. p. ).
Em conformidade, na página 8 em vez de Este fosso aumentou relativamente a 2010/2011, deverá
ler-se “Este fosso aumentou relativamente a 2010/2011 no 9º ano em Língua Portuguesa e
Matemática” e na página 38, em vez de …continuando a verificar-se um generalizado aumento do
fosso entre a avaliação externa do Agrupamento e a média nacional, deverá ler-se “…continuando a
verificar-se um aumento do fosso entre a avaliação externa e a média nacional no 9º ano em Língua
Portuguesa e Matemática”.