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S R É V RÉS-VÉS Agrupamento de Escolas Padre Bartolomeu de Gusmão - Escola Básica e Secundária Josefa de Óbidos - Ano 3 - nº1- fevº 20140,70 RV Escola Sexagenária sempre jovem 5 de Janeiro 2014 - EUSÉBIO O país parou para te agradecer pag.2

Agrupamento de Escolas Padre Bartolomeu de Gusmão - Escola ... · Escola Básica e Secundária Josefa de Óbidos Editorial ... através deste excelente texto de Paulo Mendes Pinto,

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S R É

V RÉS-VÉS

Agrupamento de Escolas Padre Bartolomeu de Gusmão - Escola Básica e Secundária Josefa de Óbidos - Ano 3 - nº1- fevº 2014—0,70 RV

Escola Sexagenária sempre jovem

5 de Janeiro 2014 - EUSÉBIO

O país parou para te

agradecer pag.2

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2 Agrupamento de Escolas Padre Bartolomeu de Gusmão

Escola Básica e Secundária Josefa de Óbidos

Editorial

Rés-Vés Propriedade do Agrupamento de Escolas Padre Bartolomeu de

Gusmão. Escola sede - Escola Básica e Secundária Josefa de Óbi-

dos - Rua Coronel Ribeiro Viana, nº11 - 1399-040 Lisboa - tel.

213929000, fax.-213929003

COORDENACÃO: Francisco R. Lopes, Eduardo Roque,

Miguel Vieira, Ana Margarida Carvalho

COLABORADORES: Ana Maricato. Graça Nunes, Luzia

Ramos, Maria do Céu Pereira, Luís Martins

JORNALISTAS: (alunos): Afonso da Câmara Pereira, Ale-

xandre Loureiro, Anaíssa Neto, Constança Silvério Marques,

Eva Catalino, Fábio Gonçalves, Frederico Brito, Guilherme

Fernandes, Guilherme Rocha, Inês Oliveira, João Carvalho,

João Gonçalves, Leonor Martins, Margarida Bernardino,

Margarida Claro, Maria Silva, Maria Teresa Costa Lobo,

Martim Marques, Martim de las Casas dos Santos, Martim

Neto, Miguel Ribeiro,, Raquel Ferreira, raquel Silva, Rodrigo

Soares, Vasco Lobo.

A Abrir fevereiro 2014

Escola sexagenária. A Escola Josefa de Óbidos comemorou no

ano passado o seu sexagésimo ani-

versário. Na impossibilidade de

publicar um artigo nessa data, e devido à grande pertinência do

tema, vimos neste número suprimir

essa lacuna.

Rés-Vés com sangue novo. O nosso jornal revitalizou-se com a

chegada de novos alunos e docentes ao nosso agrupamento. Desde o

início do ano tem havido uma forte

adesão por parte dos alunos, estan-

do envolvidos até ao momento na elaboração do mesmo cerca de trin-

ta elementos. Esta participação é de

importância inequívoca, uma vez que tem esta publicação um papel

preponderante na divulgação da

vida do agrupamento. Além disso é uma forma de “despertar” os nossos

alunospara este meio de comunica-

ção e para a importância do saber o

que se passa à nossa volta, no nosso mundo!

Tributo a Mandela e Eusébio

Duas nuvens negras pairaram sobre o mundo no final de 2013 e no iní-

cio do de 2014, com o desapareci-

mento de duas figuras do mundo.

Ambas compreendiam o que signi-ficava lutar, desde a extrema pobre-

za vivida em África até ao topo dos

topos .Duas figuras do Mundo, inesquecíveis, uma do futebol Eusé-

bio e outra da política, Nelson Man-

dela, igualmente uma apaixonado confesso pelo desporto rei são

relembrados nesta edição do

Rés-Vés.

Nasceu Eusébio! No passado dia 5 de janeiro faleceu em Lis-boa Eusébio da Silva Ferreira, imortalizado para o mundo do

futebol como o “Pantera Negra”. A consternação do país foi

geral e, de norte a sul, multiplicaram-se as homenagens a um

dos melhores jogadores de sempre. Três dias de luto nacional foram decretados pelo governo, insignes personalidades

reservaram-lhe palavras de apreço e saudade. Mas o que fez

deste homem uma referência nacional? Teremos de ir muito além do futebol para entender a sua dimensão. Foi a sua humildade que cativou

pessoas da esquerda à direita, a sua cordialidade que uniu pessoas de todos os

quadrantes clubísticos, em torno da sua estátua numa manifestação espontânea de dor e consternação. Todos reconhecem a sua grandeza nos relvados do mun-

do inteiro. Tendo dado os primeiros passos no Sporting de Lourenço Marques

(actual Maputo em Moçambique), foi no Sport Lisboa e Benfica que realmente

despontou e conquistou diversos títulos. Foi de rubro vestido que passeou a sua classe e deslumbrou todos os que tiveram o privilégio de assistir aos seus

“recitais”. No entanto, foi o mundial de 1966 em Inglaterra que lhe deu dimen-

são mundial e o tornou nosso, de Portugal e dos portugueses. Fez vibrar de ale-gria multidões de portugueses espalhados pelo mundo. Dele foram as lágrimas

de um país quando finalmente caímos nas meias-finais frente à equipa anfitriã. Para sempre será lembrado pelo que fez dentro das quatro linhas. Contudo,

deverá ser também recordado como um exemplo de abnegação, de companhei-

rismo e de entrega a uma causa (clube). É por estes motivos que Eusébio deve

ser reconhecido como um exemplo para os nossos jovens. No dia em que Eusé-bio partiu os céus choraram, e abateu-se sobre Lisboa um imenso temporal.

Morreu Eusébio, nasceu um mito!

A Preto e a Cores

Eusébio, o lendário “Pantera Negra”, deixa-nos aos 71 anos devido a uma insu-

ficiência cardíaca, no dia 5 de janeiro de 2014.

Nesse dia, todas pessoas pararam para se despedirem da lenda que ajudou não só o Benfica, como também a nossa adorada seleção. Todos mesmo! Benfiquis-

tas, sportinguistas, portistas, brancos, pretos, toda gente parou para ver Eusébio

na partida da sua viagem para a eternidade. Frederico de Brito; N.º 8; 8 ºF

O Pantera Negra—Eusébio

Miguel Viena

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fevereiro 2014 Testemunho de ex aluno da Josefa

3 Agrupamento de Escolas Padre Bartolomeu de Gusmão

Escola Básica e Secundária Josefa de Óbidos

Feiras do Natal Houve duas feiras no âmbito das fes-

tividades natalícias, uma realizada

pelo 12ºC do Curso Profissional

Técnico de Vendas e outra pelo

EMRC.

Entre os dias 9

a 13 de

Dezembro esti-

veram presen-

tes todos os

alunos da tur-

ma e alguns

professores.

A turma foi dividida em dois grupos.

Um deles organizou uma banca de

rifas onde se pôde ganhar vários pré-

mios tais como: brinquedos, canetas

e muitas outras coisas. O segundo

organizou uma banca onde estiveram

produtos alimentares, como, arroz

doce e chá de ervas.

Alguns dos objetivos desta feira per-

mitem estimular o gosto pelas técni-

cas de vendas, estimular o gosto pela

atividade comercial e angariar fun-

dos para viagens de estudo.

A Educação Moral e

Religiosa Católica tam-

bém promoveu uma

banca onde se pode

encontrar diversos pro-

dutos alimentares e arte-

sanato

As festividades também previram o

tradicional presépio e efeites.

A Maldição do Americano O Halloween está a

chegar, e se querem

saber, não gosto lá

muito dessa quadra

festiva.

S e qu er em

saber a razão,

vão descobri-la na história da pró-

pria tradição.

O Halloween é uma tradição dos

povos celtas da Britânia. Acredita-

vam que, na noite de 31 de Outu-

bro para 1 de Novembro, as almi-

nhas dos mortos saíam das suas

sepulturas para se apoderarem dos

corpos dos vivos.

Por isso, nessa noite, eles masca-

ravam-se para não serem reconhe-

cidos pelas almas perdidas e imor-

tais.

O que me leva ao assunto seguin-

te, essa tradição NÃO É NOSSA!

Exatamente, os portugueses cele-

bram-na, mas não faz parte da

nossa cultura.

Raios! Ainda pior, os americanos

estão a dizer que é deles essa arre-

piante tradição, que as abóboras e

o famoso “Trick or Treat”.

Volto a repetir: NÃO É NOSSA!!!

Agora, se querem que critique o

filme “Halloween: O Regresso do

mal” (feito em 1978 pelo realiza-

dor, compositor e argumentista

John Carpenter – realizador de

Vampiros; Nova Iorque, 1997 e

Christine - baseada na obra arre-

piante de Stephen King -) achei-o

significativo, mas muito mal feito!

Se um dia leres isto, John, não

leves a mal.

Se querem descobrir sobre o Hal-

loween (tradição ou filme), John

Carpenter ou Stephen King, vão à

Net, por amor de Deus!

Feira 12ºC Feira EMRC

Frederico de Brito

Halloween - Tradição Importada Na Josefa e na Ressano Garcia—Fotogaleria

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Notícias da Josefa fevereiro 2014

Magusto na escola As celebrações ocorrem por todo o país e esta tradição que

dizem comemorar o Outono já vem de há muito tempo e

como não podíamos faltar,

a escola tam-

bém festejou o Magusto. Várias

iniciativas rece-

beram as popu-

lares castanhas e acompanhan-

tes, novembro

foi um pouco mais quente.

RV

5 de dezembro de 2013

UM DIA MUITO TRISTE

Homenagem a Madiba

Nobreza de carácter, riqueza de sentimentos (sensatez, amor e humildade) e superior no estender da mão ao tor-

cionário. Por tudo isto, e por mais do que isto, Nelson Mandela pertence a uma elite de seres humanos cuja luz

vai perdurar para sempre. O Rés-Vés presta a sua homenagem a Nelson Mandela, talvez, a maior figura do

século XX, através deste excelente texto de Paulo Mendes Pinto, sobretudo pela forma desassombrada, direta e

assertiva como o faz.

Numa vida inteira que viva, não deverei conhecer

ninguém como Mandela. É hoje uma marca de egoís-mo que tenho e que quero afirmar na minha peque-

nez. Não conheci Mandela. Dificilmente no meu

tempo, entre os vivos, aparecerá outro ser humano da sua grandeza.

Apenas posso falar disso que é um não conhecer.

Mas tantos são os “que não conhecemos” que nos

entram por casa dentro nos noticiários! Com Mande-la era diferente. Ele não nos entrava pela casa dentro.

Ele sorria à porta e pedia licença.

Que história de vida, e que capacidade para nunca abandonar aquele sorriso que lhe marcava sempre o

rosto. Ao mesmo tempo frágil e tenaz, Mandela era

uma imagem que cativava pelo que ela representava de impossível. Ele era Utopia transformada em pes-

soa, em ser, e em coletivo.

A História, todos a sabemos. Da luta, da prisão, da liberdade, da unidade, dos desafios e da construção de uma Nação. E

exatamente porque todos a sabemos é que ela é de uma magnitude que foge ao comum dos estadistas. É que Mandela não era um estadista. Ele era muito mais, era um líder que interpretava, de facto, um povo.

E era um líder, não dos que lideram porque vencem eleições, mas dos que lideram porque a sua ação faz com que todos

nele vissem uma capacidade e um exemplo acima de todas as definições da ação política. A África do Sul não está de luto. Bendita a Pátria que tal Filho teve! Poderíamos dizer seguindo o poeta. De luto esta-

mos nós que não conhecemos Mandela. Não do luto de uma morte, mas do luto de uma vida sem ninguém da sua escala

que nos lidere. Paulo Mandes Pinto

Mandela

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fevereiro 2014 Notícias da Josefa

5 Agrupamento de Escolas Padre Bartolomeu de Gusmão

Escola Básica e Secundária Josefa de Óbidos

Já visitaste o “renovado” Mercado de Campo de Ourique?

Abriu no passado dia 26 de novembro o renovado Mercado de

Campo de Ourique que podes visitar das 10h00 às 23h00 e às

sextas e sábados até à 1h00.

Inaugurado em 1934 e já com uma remodelação, em 1991, na

sua história, este é um dos mercados mais antigos de Lisboa e

está desde 2006 a sofrer uma remodelação a fundo. Mas agora,

depois de uma temporada de obras mais intensivas, surge definitivamente "de cara lavada" e com uma vasta oferta.

Do champagne com ostras ao hamburger com batata frita, passando pelos mais diversos petiscos, podes provar um pou-

co de tudo no Nosso Mercado.

À semelhança do mercado madrileno de San Miguel, pretende-se que os

produtos utilizados por quem explora os espaços de restauração, sejam

os que se vendem no mercado. Como tal existem também um sem

número de bancas com produtos frescos.

A tradição e a modernidade juntam-se aqui sob a forma de "tasquinhas"

que prometem fazer as delícias (literalmente) dos visitantes. O que espe-

ras então? Dá lá um saltinho!

RV

Na Feira de S. Martinho Nos dias 11 e 12 de Novembro, decorreu uma feira na nossa escola intitulada

“Feira de São Martinho”. Nesta atividade fomos orientados e acompanhados

pela Professora Natália Aguiar, Diretora do nosso Curso Técnico de Vendas.

Para a feira, todos os nossos colegas contribuíram, trazendo vários tipos de

bolos (tortas, doces caseiros, etc.)

Fomos repartidos por grupos, de modo a que todos participassem e ajudas-

sem na Feira, revesando-nos.

Os bolos estavam expostos numa vitrina, no pátio da escola, de maneira a

que os compradores os conseguissem ver, sem qualquer tipo de dificuldade,

admirando-os e levando-os assim a comprar.

Além dos bolos, tínhamos também doces caseiros de abóbora, geleia, cereja e pêssego, com os quais barrámos tostas e

bolachas de água e sal. Tanto os bolos como os canapés com doce foram apresentados na sala de professores, permitindo

que alguns professores os adquirissem com maior comodidade.

A feira teve tanto sucesso que alguns Professores tiveram dificuldade em escolher o bolo que iam comer e, inclusiva-

mente, uma professora ficou interessada em adquirir um frasco de compota produzida pelo avô de uma aluna.

Marisa Nº14, Carolina Nº4, Cateline Nº6, Zulanda Nº22

TAP Portugal

Dia 5 de Dezembro os alunos do CEF (9ºF) realizaram uma visita de estudo à TAP

no âmbito das disciplinas de Stocks e Merchandising, Procedimentos Administrati-

vos em contexto comercial , Inglês e Atividades Económicas.

Os alunos tiveram a oportunidade de visitar no Hangar 6 e o interior de um A330.

Foi uma visita bastante enriquecedora e inesquecível para alguns alunos que nunca

tinham tido a oportunidade de entrar dentro de um avião.

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Destaque fevereiro 2014

6 Agrupamento de Escolas Padre Bartolomeu de Gusmão

Escola Básica e Secundária Josefa de Óbidos

Eu estive no dia da inauguração da Josefa!

A conversa com

Helena Félix,

foi conduzida

pela neta

Mafalda Félix,

também ela ex

aluna da Josefa.

MF Fale-nos

um pouco sobre

o início da histó-

ria da Josefa. HF Entrei para a Escola Industrial

Josefa de Óbidos, aquando da sua

inauguração. Acabei o curso de

Formação Feminina com 17 anos. Quando frequentei a escola era

obrigatório o uso de bata branca

tanto nas alunas como nas profes-soras. A escola era exclusivamente

feminina; tanto alunas, como

empregados e a diretora.

Qual a grande diferença para a

escola de hoje em dia?

Havia muita disciplina. Tratávamos

as Professoras por “Dona”.

Quais as disciplinas que consta-

vam do curso?

Tínhamos aula de Economia Doméstica onde se aprendia a

governar uma casa. Tínhamos tam-

bém aulas de cozinha e doçaria.

Gostei muito e ainda hoje utilizo os conhecimentos

que aí adquiri.

Algum episódio especial

ocorrido nalguma aula? Um dia, na aula de culi-

nária, lecionada pela Sra

Professora Dona Judite, fizemos um bolo de cho-

colate,. Não me recordo

se tinha recheio ou não, penso que era um bolo

simples. No final, quise-

mos rapar a tigela, mas a

Dona Judite não deixou. Pôs água a correr para cima da

tijela e despejou o chocolate restan-

te pelo cano abaixo.

Gostou do curso que tirou?

Gostei de todo o curso, onde

aprendi a fazer vestidos, casacos de fazenda e pele e a bordar todo o

tipo de bordados.

A Professora D. Conceição lecio-

nava bordados.

Como eram as aulas e a avalia-

ção?

Recordo-me que geralmente nos sentávamos aos estiradores, três

meninas de cada lado e passávamos

três, quatro horas a bordar. Era

esta a duração media de cada aula. E por vezes

era inevitável dar umas

risotas. A D. Conceição

não deixava, vinha logo ralhar. Mas nunca casti-

gava.

Um dos exames desta aula consistiu em fazer

por completo um vesti-

do a partir do croqui que a Professora deu.

Demorámos algumas

semanas até acabar.

Na aula de desenho , alem de desenho a vista, fazíamos

desenhos para toalhas, tabuleiros,

vestidos, etc. Pintávamos também a aguarela, guache, óleo e tinta da

china.

Que tipo de brincadeiras

tinham?

As brincadeiras eram muito inocen-

tes. Andávamos de patins no claus-

tro do edifício principal. Por vezes apareciam uns rapazitos

à porta da escola para esperar as

meninas. Mas a policia afugentava-os, não permitia encontros.

No fim do ano letivo havia sempre

uma excursão a alguns lugares do

país e uma festa de variedades organizada pelas alunas e realizada

no palco do ginásio.

O que fez depois de concluir os

estudos?

Quando acabei o curso quis concor-

rer para professora de trabalhos manuais, mas a diretora não me

autorizou; disse que não queria que

eu desse aulas a meninas que

tinham sido minhas colegas. Mais tarde, com 19 anos, entrei

para a Força Aérea Portuguesa

onde passei 30 anos da

minha vida.

Hoje estou reformada.

Revisitamos a Josefa de Óbidos através da memória de Helena Félix, aluna desta escola

no dia 18 de outubro de 1952 , dia da sua inauguração.

Helena Félix

Mafalda Félix

Helena Félix com as suas colegas na Escola Josefa de Óbidos.

Escola sexagenária

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fevereiro 2014 Destaque

7 Agrupamento de Escolas Padre Bartolomeu de Gusmão

Escola Básica e Secundária Josefa de Óbidos

De aluna a professora da Josefa Anabela Antunes foi aluna da Josefa no ano letivo 1986/87. Em 2009/10 regressa como professora.

Tendo sido aluna da escola no ano letivo 1986/1987, regressei em 2009/1010

enquanto professora de Português.

A expectativa era imensa, porque a perspe-

tiva seria a inversa. Sentar-me-ia do outro lado da sala onde outrora me sentara.

Frequentei o 11º ano da turma G e tinha

como professores a Profª Maria da Luz que lecionava sociologia, o Profº Camões a

Português, a Profª Eurídice a Inglês e a Profª Gabriela

Ornelas a Francês. Tinha, claro, mais professores, mas ape-nas retive estes na memória. Curiosamente, neste meu

regresso com um estatuto diferente, tenho a graça de ainda

ter comigo – agora enquanto colega – a Profª Gabriela

Ornelas. Sinto saudades do degrau que havia nas salas, da majestosa

entrada principal . Lembro-me do sítio em que ficava a papelaria… Olho para os espaços e ainda permanece em

mim a memória vívida dos mesmos.

Continua a ser gratificante trabalhar nesta escola: quer

como aluna, quer como professora.

Foi uma das coisas que mais me marcou quando andei

na Josefa de Óbidos. Estávamos no ano letivo de

19882-83 e quando chovia, as aulas de ginástica era

uma aventura: chovia no ginásio, havia alguidares pelo chão e nós quando corríamos contornávamos

esses obstáculos; refeitório só na imaginação pois não

havia,. Cansados de esta situação tão degradan-te, a Associação de Estudantes juntamente com

os professores de EF tiveram a ideia de fazer EF na rua, mais propria-

mente no jardim dos Prazeres em frente aos Salesianos. Lembro-me de irmos com mini-trampolins e colchões para a rua ,numa manif não

autorizada e de a RTP a filmar. Foi um acontecimento histórico mes-

mo no bairro, nós uns adolescentes a lutarmos pelo que achávamos

que tínhamos todo o direito: praticar uma atividade física. por isso faz-me, muita confusão haver miúdos que hoje não sabem

aproveitar o que têm e não lutam por nada. Ficam serenos à espera que as coisas lhe caiam do céu.

Os seis anos que passei na Escola Secundária Josefa de Óbidos encerram neles uma parte muito impor-

tante da minha vida. Uma das primeiras memórias que me vêm à cabeça é, sem dúvida, o impacto do primeiro dia. O Prof.

Francisco Lopes era o meu diretor de turma. Nesse dia mostrou-nos a escola, apresentou-nos às pes-

soas, e lembro-me distintamente de nos ter dito que os seis anos que estavam à nossa frente seriam anos que teríamos de aproveitar da melhor maneira, que definiriam quem nós iríamos ser enquanto

cidadãos, que seriam a base do trabalho para fazermos do nosso futuro o que quiséssemos. Do que

pude até agora ver, não estava enganado. Antes pelo contrário, cada vez me parecem mais certas as suas palavras.

Ricardo Santos

História de Ricardo Santos

17-03-1983, LUTA POR UMA CAUSA - O GINÁSIO

Anabela

Antunes

Ana Cristina Serrão

Escola sexagenária

A manifestação dos alunos

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8 Agrupamento de Escolas Padre Bartolomeu de Gusmão

Escola Básica e Secundária Josefa de Óbidos

DESPORTO– “VIDA SÃ EM CORPO SÃO” fevereiro 2014

CLUBE DE XADREZ O xadrez é um jogo de tabuleiro, consti-

tuído por 64 casas e 32 peças sendo

essas o peão, o cavalo, o bispo, a torre, a rainha e o rei.

O xadrez é um jogo de estratégia, lógica

e tática. Temos que procurar a melhor

jogada e prever a jogada do adversário. Um dos objetivos do xadrez é fazer

xeque-mate ao rei assim ganhando o

jogo. Também há outros objetivos estra-tégicos fundamentais como o desenvol-

vimento, o posicionar dos cavalos e dos

bispos em casas-chave onde possam

exercer grande impacto na partida, con-trole das casas do centro, a segurança

do rei e a estrutura dos peões de modo a

evitar peões dobrados, isolados, atrasa-

dos, ou presos. Estes objetivos são fun-damentais para termos mais hipóteses

de ganhar a partida. Podemos ganhar a

partida ou empatá-la. Nas aulas aprendemos táticas, fazemos

exercícios e no final da aula jogamos

partidas de xadrez. Os membros dizem que se divertem nas aulas e que gostam

de jogar xadrez

Estas aulas são às 3ªfeiras e às 4ªfeiras

das 14:30 às 15:30 com o professor Ri-

cardo. No final do ano é hábito haver

torneios.

JUDO NA JOSEFA A Associação de Pais e Encarregados

de Educação da Escola Josefa de Óbi-dos, APEEJO iniciou a atividade de

judo no ano letivo de 2010/2011. Exis-

tem muitos alunos pelos corredores da escola que são grandes campeões de

judo obtendo grandes resultados em

campeonatos. Estes dignificam e honra

o nome na Josefa. Isto é o resultado da parce-

ria entre a escola, a APEJ-

JO e a escola judo Nuno

Delgado la Nuno Delgado. Este grupo de judocas con-

seguiu ser a melhor escola

do país desta modalidade em alguns escalões.

Miguel Carvalho 8ºC e Pedro Silva 8ºA

Andebol - Josefa ganha a taça Com disciplina, tática e muito treino, a equipa de andebol da nossa escola,

Josefa de Óbidos, sagrou-se campeã

no torneio infantis masculinos, no ginásio da Boa Hora. O 1º lugar e a

taça foram conquistados, pela nossa

equipa, nos dias 27, 28 e 29 de

dezembro, no confronto direto entre as equipas da Boa Hora, Odivelas,

Ginásio Sul e Josefa de Óbidos. Parti-

ciparam os alunos da escola Josefa de Óbidos: Guilherme Fernandes; Guilherme Nogueira; Tiago

Nogueira; Hugo Carvalho; Rafael Delgado; Pedro Santos; Dio-go Gonçalves; João Gonçalves; Pedro Gouveia; Railan Guima-

rães; António Rego; Hélder Xavier e com os treinadores Bélo-

ne Moreira e Cesar Cristóvão.

Desporto adaptado No passado dia cinco de fevereiro, no ginásio da nossa escola,

os grupos de Educação Física e Educação Especial, com a aju-

da e colaboração da Federação Portuguesa de Desporto para Pessoas com Deficiência, promoveram uma atividade com os

alunos, com objetivo de promover uma atividade com o objeti-

vo de desenvolver várias modalidades adaptadas para jovens

com necessidades educativas especiais (NEE); Participaram nesta atividade as turmas do 5ºD ;5ºG ;6ºA ;7ºE ;10º e 12ºA/B,

para além de todos os alunos e professores que quiseram parti-

cipar. Foi uma manhã bem passada em que se cumpriram todos os objetivos, a vários níveis:

- Fisiológicas: observa-se uma melhoria da aptidão física geral

e da saúde, trabalhando-se o controlo do movimento voluntário e a exploração dos limites articulares;

- Psicológicas: o domínio

do gesto por parte do aluno

que conduz a um aumento de autoconfiança, redução

da ansiedade e melhoria da

comunicação; Sociais: o desporto adapta-

do contribui para o desen-

volvimento da autonomia e da reintegração social. Prof José Rodrigues

Guilherme Fernandes Guilherme Fernandes

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9 Agrupamento de Escolas Padre Bartolomeu de Gusmão

Escola Básica e Secundária Josefa de Óbidos

fevereiro 2014 Da Josefa para o Mundo

O incrível Nuno Nuno Alexandre Silva é atleta de competição na variante de natação adaptada, no Sporting

Clube de Portugal. Começou a praticar natação, a conselho do médico de família, como for-

ma de combater a epilepsia. Em 2011, participa no Special Olympics, em Atenas. Ganha a

medalha de ouro nos 100 metros mariposa. Atualmente está a treinar para atingir os mínimos

para se qualificar para o europeu 2014, pela selecção da natação adaptada.

Nuno Silva entrou para o 1º ciclo em

2000, para a Escola Bartolomeu de

Gusmão. Começou a frequentar a

Josefa a partir do 7º ano, em 2007 e saiu em 2010, com o 9º ano concluído.

A seguir, tira o curso Profissional de

Cozinheiro, o qual concluiu em abril deste ano. Atualmente está desempre-

gado.

O professor da Josefa que o mais mar-cou foi Luciano Santos, uma vez que

Nuno Silva gostava muito de arte e

pintura.

Treina todos os dias, de segun-

da a sexta, na piscina do Spor-

ting, com o treinador Rui Gama. O Nuno é um atleta

inscrito na Associação Nacio-

nal de Desporto para a Defi-ciência Mental—ANDDEM—

ANDDI Portugal. Trata-se de

uma instituição sem fins lucra-tivos, cuja principal atividade é

fomentar e organizar a prática

de atividades desportivas de

competição, para atletas nacio-nais portadores de deficiência mental/

incapacidade intelectual, a levar a

efeito tanto em Portugal como no

estrangeiro, com o objetivo fundamen-

tal da plena reabilitação e integração

na sociedade. É através desta associa-ção que o Nuno compete no Special

Olympics. Esta é uma organização

internacional criada para apoiar as pessoas portadoras de deficiências

intelectuais, desenvolver a sua auto-

confiança, capacidades de relaciona-

mento interpessoal e sentido de reali-

zação. Entre outros, a Special Olym-pics leva a cabo os Jogos Mundiais

Olímpicos Especiais de dois em dois

anos, alternando entre Jogos de Verão

e Jogos de Inverno. Foi no Special Olympics de 2011, em Atenas, Grécia,

que o Nuno conseguiu uma medalha

de ouro para Portugal. Os próximos jogos são este ano, no inverno, na

República da Coreia. Vamos ver se o

Nuno estará a representar-nos neste evento.

O nosso atleta Iniciou a aprendiza-gem técnica de Natação no SCP com o Treinador Miguel Montez. Entrou na Equipa de Natação Adaptada do Sporting Clube de Portugal em 2006 com a Treinado-ra Clara Lourenço. Participou pela primeira vez numa competição no mesmo ano em Estarreja na cate-goria de iniciado. Em 2011 fez parte da Seleção Nacional no Campeonato Mundial Special Olympics que decorreu entre 25 de Junho e 4 de Julho em Atenas, Grécia. Nesta competição conquistou os seguintes títulos: Campeão Mundial dos 100 metros Estilos; Campeão Mundial dos 100 metros Mariposa; Vice-campeão dos 4x25 metros Livres e um hon-roso 6º lugar nos 200 metros Esti-los. Este fantástico desempenho foi reconhecido pelo Sporting CP, o qual o galardoou, em 2011, com o Prémio Stromp devido à sua pres-tação no Special Olympics de Ate-nas. O Rés-Vés enaltece este novo homem.

RV

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10 Agrupamento de Escolas Padre Bartolomeu de Gusmão

Escola Básica e Secundária Josefa de Óbidos

Notícias do Agrupamento Bartolomeu de Gusmão fevereiro 2014

A DECOJovem é um

projeto promovido pela

DECO, dirigido às esco-las do Ensino Básico e

Secundário. As Escolas

DECOJovem contem-plam um espaço privile-

giado para a educação e formação das

crianças e jovens enquanto consumi-dores.

Assim, iremos ter à disposição da

comunidade escolar, informação e

recursos que permitem desenvolver atividades e projetos na área do consu-

mo com o objetivo de promover a for-

mação de crianças e jovens esclareci-dos, críticos e responsáveis nos seus

atos de consumo.

Conjugando sinergias pretende-se a

colabora-ção de

todos participando, promovendo e

partilhando projectos inovadores e

transdisciplinares no âmbito da temá-tica da educação e defesa do consu-

midor.

Brevemente, a Deco vai estar na nos-sa escola promovendo uma sessão

sobre Literacia Financeira (em data a

divulgar) pretendendo contribuir para a concretização da edu-

cação financeira no

âmbito:

- da dimensão transver-sal da Educação para a

Cidadania;

- do desenvolvimento de projetos e iniciativas

que contribuam para a

formação pessoal e

social dos alunos; - da oferta de componentes curricula-

res complementares, nos 1.º, 2.º e 3.º

ciclos do ensino básico

O 1º de Dezembro de 1640 nos dias de hoje! Apoiados na vontade de estabelecer a independência de Portugal, perante o domínio Filipino, um grupo

de conjurados iniciou assim a revolta, a 1 de Dezembro de 1640, que culminou na anulação do poder Cas-

telhano sobre o Reino Português, sendo instaurada, assim em Portugal, a 4ª Dinastia, com a aclamação de D. João IV, Rei de Portugal. Ficou assim conhecido como o Primeiro de Dezembro, dia em que se come-

mora o fim dos 60 anos de domínio Filipino e a Restauração da Independência Portuguesa. Uma das pri-

meiras decisões da República Portuguesa, em 1910, foi tornar este dia feriado nacional como medida

popular e patriótica. No entanto, esta decisão foi revogada pelo XIX Governo Constitucional, de Passos Coelho, passando o feriado a comemorar-se em dia não útil a partir de 2012.

Restauração da independência - 1 de Dezembro de 1640; Implementação da República - 5 de Outubro de 1910 e

“Revolução dos Cravos” - 25 de Abril de 1974 – actualmente, destas três datas com importância histórica para Portu-

gal e para o seu povo, apenas o 25 de Abril é um feriado Nacional. Não serão as outras duas datas de igual valor históri-co ou superior? Não serão a Restauração da Independência (1640) e a Implementação da República (1910), datas tão

importantes como a “Revolução dos Cravos”? Não serão todas estas datas dignas de serem feriados devido à viragem

que proporcionaram na História de Portugal?

Luís Martins

Graça Nunes

A Josefa De Óbidos já é uma escola DecoJovem!

VAMOS SER SOLIDÁRIOS

A turma do 9ºE, decidiu, desenvolver ao longo deste ano letivo, várias ações que permitam ajudar associações ou pes-

soas que se enfrentam dificuldade de vária ordem . Assim, ao longo dos meses de novembro e dezembro fizemos uma

recolha de brinquedos e comida, de forma a auxiliar algumas associações, contribuindo para o seu “cabaz de natal”. No segundo período, iremos desenvolver uma ação relacionada com os animais, através de uma visita guiada à união zoófi-

la, de forma a entender o trabalho relacionado com esta associação e também aderir às campanhas em curso. Finalmente

no terceiro período, continuaremos a nossa ajuda a outrem, visitaremos instituições de voluntariado, relacionado com a

terceira idade, de forma a minimizar a solidão e contribuir para a melhoria da qualidade de vida destas pessoas.

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11 Agrupamento de Escolas Padre Bartolomeu de Gusmão

Escola Básica e Secundária Josefa de Óbidos

fevereiro 2014 Escritores com Talento

NOVOS ESCRITORES AS NOVE BADALADAS Vasco Lobo e Cª depois da obra EM BUSCA DA voltam

às escrituras agora com uma nova obra intitulada “AS

NOVE BADALAS” Os criadores levantaram um pouco o

véu e, mostraram ao Rés Vés aquilo que têm em mão nes-

te momento:

“A obra tem como foco principal uma turma, que aparente-

mente é normal: é composta por 28 alunos que frequentam o 9º ano de escolaridade da Escola Josefa de Óbidos.

Porém, seria monótono se contássemos uma extensa histó-

ria com muitos personagens que pouco interviessem na

ação. Por isso, demos corda à nossa imaginação e tentámos que o leitor (enquanto estudante) se identificasse nos perso-

nagens e nas atitudes que vão tomando ao longo da narrati-

va. Para que a história se tornasse mais verosímil, incorpo-rámos novo vocabulário que os jovens gostam de usar. Tentámos “reunir” na turma uma grande variedade de

temperamentos presentes e comuns nas

tradicionais turmas, aproveitando para efe-

tuar algumas críticas à sociedade escolar contemporânea.

Alguns dos personagens são, por exemplo:

Maria do Rosário Espírito Santo, uma rapa-riga extremamente beata e crente em Deus,

mas interesseira, oportunista e calculista

que não olha a meios para atingir os seus objetivos;

Neusa Silva, uma jovem gótica

que gosta de viver a vida terre-

namente, sem stresses. Não larga o telemóvel, gosta de tocar guitarra, usar

muitas pulseiras de cabedal pretas, andar

de unhas pintadas e mastigar pastilha.

César Benzo, um rapaz com excesso de peso;

Felismina e Solange Rodrigues, duas

irmãs gémeas, estando uma sempre de bom

humor e a outra de mau humor;

Eva Dory, uma rapariga que se preocupa

bastante com o seu aspeto e fica horas em frente do espelho para arranjar a “figura ideal”;

Narciso Campos – um jovem atleta que gosta de Desporto e só se preocupa com a sua forma física;

pratica cinco desportos extracurriculares;

Ana Aguiar – uma jovem sisuda, presunçosa e pou-

co tolerante. Não gosta que lhe preguem partidas ou

qualquer outra brincadeira que a afetem. Aproveita o

facto de a mãe ser advogada para ameaçar os seus colegas.

E existem muitos outros, capazes de criar divertidas peripécias, onde esperamos que o leitor se divirta…!”

Sol de Ócio

“Ai, Salvador, eu amo-te”.

“Matilde, também te amo”.

São estas algumas das frases que nós ouvimos constantemente

numa novela. Mas o que é uma novela? Tecnicamente, é um

enredo muito longo, em que cada assunto que uma personagem

tem de enfrentar demora episódios a ser resolvido. Pessoalmente,

acho que estas “teletretas” são uma maneira de as pessoas se

esquecerem da atualidade e, para as pessoas que gostam mesmo

delas, verem a nossa vida num modo muito destorcido. Por

exemplo, há pessoas que acreditam que a superstar do povo

Liliane Marise é real, mas por favor, ela é uma personagem. Para

além disso, a maioria das pessoas que cada vez que vêem um

ator ou uma atriz que faz um vilão, essa, desculpem a expressão,

cambada de idiotas, dizem que o próprio ator ou atriz é igualzi-

nho(a) à personagem que ele ou ela faz.

É uma grande estupidez, não é?

A história da novela em Portugal começou em 1982, quando a

RTP produziu a primeira telenovela, Vila Faia, para ocupar o

espaço televisivo. De seguida, vieram outras, uma pior que a

outra. Mas essas maluqueiras televisivas não ficaram pela RTP.

Surgiu em 1993 a novela, “Telhados de Vidro”, produzida pela

TVI (QUE FOI UM FRACASSO). Depois, veio a SIC com a

telenovela, “Ganância”, em 2001.

Se ao menos pudéssemos acabar com essas tretas!

Por isso, peço-vos que não acreditem em tudo aquilo que vêem

na televisão e faço alguma coisa por vocês. Usem a vossa imagi-

nação, porque é ela que vos mostra os vossos limites.

*RTP (Radio Televisão Portuguesa)

*SIC (Sociedade Independente de Comunicações)

*TVI (Televisão Independente)

Frederico de Brito; 8ºF; Nº8

Frederico Brito, Ana, Vasco Lobo e João Dinis

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12 Agrupamento de Escolas Padre Bartolomeu de Gusmão

Escola Básica e Secundária Josefa de Óbidos

Última Página fevereiro 2014

A pessoa que sou hoje deve muito ao que aprendi naqueles anos, nesta escola. Lembro-me dos colóquios que se orga-

nizavam na escola,

e de como neles

comecei a ter con-tacto com histórias

e pedaços de Histó-

ria que até então desconhecia. De

entre eles, o que

mais marcou foi, sem dúvida, aquele

em que nos foi dada

a conhecer a histó-

ria de Aristides de Sousa Mendes, um

nome que era até

então perfeitamente desconhecido para

mim.

Mais do que toda a matemática, ciência

ou línguas que aqui aprendi, aprendi sobretudo a ser um

cidadão, a ter consciência daquelas que iriam ser as minhas

responsabilidades, e de que deveria ter um papel ativo na construção de um país e de um mundo melhores. Então ten-

tei retribuir à escola um pouco do que ela me tinha dado.

Durante algum tempo fiz parte do Plural, que era o jornal

da escola na altura, até que o projeto teve de ser abandona-do. Já no meu secundário a escola passou por grandes

transformações. Vi começarem as obras que a tornaram

naquilo que é hoje e assisti à entrada dos alunos mais

novos, do 5º e 6º ano. A adaptação à nova realidade não foi fácil, e nessa altura fiz parte do Conselho Geral Transitório

do novo agrupamento, enquanto representante dos alunos,

porque senti que era meu dever, e durante esse tempo, entre outras coisas, ajudei a escrever aquilo que viria a ser o novo

Regulamento Interno.

Já depois de ter acabado o 12º ano tive a ideia de criar um grupo no facebook que promovesse o reencontro de antigos

colegas que já tivessem frequentado a escola, muito antes

de mim e dos meus colegas, numa altura em que não havia

telemóveis, nem as redes sociais que hoje temos e que nos põem à distância de um click uns dos outros.

Foi com agrado que vi que através desse grupo se combi-

nou uma reunião de antigos alunos que permitiu que velhos amigos se reencontrassem ao fim de todos aqueles anos.

Apesar de tudo, sinto que foi muito mais aquilo que a esco-

la me deu a mim do que aquilo que eu dei à escola. E por isso não posso deixar de estar agradecido a todas as pessoas

que fizeram parte do meu percurso nesses seis anos. Desde

as senhoras da limpeza aos professores, todos contribuíram

com algo para a minha formação e para a pessoa que sou hoje.

POSTAL DE LONDRES Olá a todos, o meu nome é Isabel Maria Ribeiro de Sousa, antiga aluna da escola. Fui aluna na Josefa

desde o ano letivo de 80/81 até 84/85, completei o 10º ano. O meu 12º ano foi feito no processo

RVCC( Reconhecimento, validação e certificação de competências). Vim para Londres a 17/02/2013 onde o meu marido já estava a trabalhar. Desde o início

que procurávamos uma oportunidade de negócio. Em

Agosto passado, por acaso, deparamo-nos com o Elétrico

28 em Lisboa. Fez se luz! Porque não? Propusemos ser franchisados da Marca Nata28 e cá estamos nós. Tenho

em Londres o único “elétrico” de Lisboa com lugar fixo de

terça a domingo das 9 às 18 em Camden Lock Market, o mercado mais famoso de Londres. Para todos os que cá vivem ou venham de férias e se

identifiquem como antigos Josefistas, ofereço o café Delta na compra de um

pasteL de nata ou um pão com chouriço.

Cá vos esperamos!

Isabel Santos

Ricardo Santos, Vânia Rodrigues e Flá_

via Abadesso na Josefa de Óbidos

RECORDANDO

-Jogo do pátio

-Dia da Europa, 2009,

com a presença da atual presidente da

assembleia da republi-

ca