50

AGRUPAMENTO DE OTTOBACIAS PARA - Emater · Vinculado à Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento - SEAB ... ANA e pela Câmara Técnica de Cartografi a e Geoprocessamento

Embed Size (px)

Citation preview

AGRUPAMENTO DE OTTOBACIAS PARAO MANEJO DE SOLO E ÁGUA NO PARANÁ:

CONTRIBUIÇÃO DA EXTENSÃO RURAL

Milton Satoshi Matsushita 1

Adelson Raimundo Ângelo 2 Reinaldo Tadeu de Oliveira Rocha 3 Luiz Marcos Feitosa dos Santos 4 Oromar João Bertol 5

Curitiba - PR

2013

1 Engenheiro Agrônomo, Doutor em Economia e Política Florestal, Instituto Emater, Unidade Estadual, Curitiba-PR.2 Geógrafo, Especialista em Gestão de Recursos Hídricos, Instituto Emater, Unidade Estadual, Curitiba-PR.3 Engenheiro Agrônomo, Especialista em Georreferenciamento e Solos, Instituto Emater, Unidade Estadual, Curitiba-PR.4 Engenheiro Agrônomo, Mestre em Engenharia Agrícola, Área de Concentração Irrigação e Drenagem, Instituto Emater, Unidade Estadual, Curitiba-PR.5 Engenheiro Agrônomo, Doutor em Conservação da Natureza, Instituto Emater, Unidade Estadual, Curitiba-PR.

Copyright© 2013, by Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão RuralGOVERNO DO ESTADO DO PARANÁInstituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural - Instituto EmaterVinculado à Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento - SEABSérie Informação Técnica nº 087, 2013Elaboração Técnica:Engenheiro Agrônomo Milton Satoshi Matsushita, Doutor em Economia e Política Florestal, Instituto Emater, Unidade Estadual, Curitiba-PR.Geógrafo Adelson Raimundo Ângelo, Especialista em Gestão de Recursos Hídricos, Instituto Emater, Unidade Estadual, Curitiba-PR.Engenheiro Agrônomo Reinaldo Tadeu de Oliveira Rocha, Especialista em Georreferenciamento e Solos, Instituto Emater, Unidade Estadual, Curitiba-PR.Engenheiro Agrônomo Luiz Marcos Feitosa dos Santos, Mestre em Engenharia Agrícola, Área de Concentração Irrigação e Drenagem, Instituto Emater, Unidade Estadual, Curitiba-PR.Engenheiro Agrônomo Oromar João Bertol, Doutor em Conservação da Natureza, Instituto Emater, Unidade Estadual, Curitiba-PR.Colaboração:O trabalho contou com a colaboração dos estagiários Ivan Rodrigo Leonardi, Graciela Aparecida da Cruz e Solo Remonatto Rizzi.Revisão: Licenciado em Letras-Português José Renato Rodrigues de CarvalhoIlustração Capa/Diagramação: Marlene Suely Ribeiro Chaves e Roseli Rozalim Silva1ª Edição1ª Tiragem: 2.000 exemplaresTrabalho publicado com recursos do Programa de Gestão do Solo e da Água em MicrobaciasExemplares em forma digital desta publicação podem obtidos no site da EmaterInstituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural - EMATERSAC - Serviço de Atendimento ao Cliente - Fone: (41) 3250-2166Rua da Bandeira, 500, CEP 80035-270, Cabral - Curitiba-PRe-mail: [email protected] http://www.pr.gov.br/emater

Todos os direitos reservados.Reprodução autorizada desde que citada a fonte: Instituto Emater.

M662 MATSUSHITA, Milton Satoshi Agrupamento de Ottobacias para o Manejo de Solo e Àgua no Paraná: Contribuição da Extensão Rural. / Milton S. Matsushita, Adelson R. Ângelo, Reinaldo T. de O. Rocha, Luiz Marcos F. Santos, Oromar J. Bertol. -- Curitiba: Instituto Emater, 2013. 48 p.: il. color.; (Série Informação Técnica, n. 087) ISBN: 978-85-63667-34-2 1. Ottobacias. 2. Bacias Hidrográfi cas. 3. Tipos de Microbacias. 4. Forma de Ocupação das Microbacias. 5 Distribuição Microbacias. I. Matsushita, Milton S.. II. Ângelo, Adelson. III. Rocha, Reinaldo T. de O.. IV. Santos, Luiz Marcos F.. V. Bertol, Oromar. VI. Título.

CDU 556.51:631.4(816.2)Maria Sueli da Silva Rodrigues - 9/1464

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 4

2 MATERIAIS E METODOLOGIA ....................................................................... 52.1 DADOS ORIGINAIS UTILIZADOS ................................................................... 52.2 METODOLOGIA ............................................................................................... 102.2.1 Caracterização da área de trabalho – microbacia hidrográfica ........................ 102.2.2 Delimitação das microbacias hidrográficas ..................................................... 12

3 RESULTADOS ..................................................................................................... 143.1 BACIAS HIDROGRÁFICAS ............................................................................ 173.2 TIPOS DE MICROBACIAS HIDROGRÁFICAS ............................................ 193.3 FORMAS DE OCUPAÇÃO DAS MICROBACIAS HIDROGRÁFICAS ....... 223.4 DISTRIBUIÇÃO DAS MICROBACIAS HIDROGRÁFICAS NAS REGIÕES .................................................................................................. 233.4.1 Distribuição das microbacias hidrográficas na região de Apucarana .............. 263.4.2 Distribuição das microbacias hidrográficas na região de Campo Mourão ...... 273.4.3 Distribuição das microbacias hidrográficas na região de Cascavel ................. 283.4.4 Distribuição das microbacias hidrográficas na região de Cianorte .................. 293.4.5 Distribuição das microbacias hidrográficas na região de Cornélio Procópio ....................................................................................... 303.4.6 Distribuição das microbacias hidrográficas na região de Curitiba .................. 313.4.7 Distribuição das microbacias hidrográficas na região de Francisco Beltrão ............................................................................................. 323.4.8 Distribuição das microbacias hidrográficas na região de Guarapuava ............ 333.4.9 Distribuição das microbacias hidrográficas na região de Irati ......................... 343.4.10 Distribuição das microbacias hidrográficas na região de Ivaiporã ................ 353.4.11 Distribuição das microbacias hidrográficas na região de Laranjeiras do Sul .......................................................................................... 363.4.12 Distribuição das microbacias hidrográficas na região de Londrina ............... 373.4.13 Distribuição das microbacias hidrográficas na região de Maringá ................ 383.4.14 Distribuição das microbacias hidrográficas na região de Paranaguá ............. 393.4.15 Distribuição das microbacias hidrográficas na região de Paranavaí .............. 403.4.16 Distribuição das microbacias hidrográficas na região de Pato Branco .......... 413.4.17 Distribuição das microbacias hidrográficas na região de Ponta Grossa ........ 423.4.18 Distribuição das microbacias hidrográficas na região de Santo Antonio da Platina ................................................................................ 433.4.19 Distribuição das microbacias hidrográficas na região de Toledo .................. 443.4.20 Distribuição das microbacias hidrográficas na região de Umuarama ............ 453.4.21 Distribuição das microbacias hidrográficas na região de União da Vitória ............................................................................................. 46

4 CONCLUSÃO ..................................................................................................... 475 REFERÊNCIAS ................................................................................................... 48

1 INTRODUÇÃO

O crescimento da economia e da população paranaense nos últimos anos, particularmente a população urbana, tem gerado aumento nas demandas de produtos agropecuários. Apesar do uso de técnicas agro-nômicas avançadas que colocam o estado em destaque em termos de produtividade, continua o processo de degradação dos recursos naturais do Paraná, em particular do solo, da água, das fl orestas e da biodiversidade.

Motta (1998) e Brown (2003) fazem referência sobre as ações em que os seres humanos causaram alterações sem precedentes nos ecos-sistemas nas últimas décadas para atender as crescentes demandas por alimentos, água, fi bras e energia. Alterações que ajudaram a melhorar a vida de bilhões de pessoas, ao mesmo tempo, enfraqueceram a capacidade da natureza de prover outros serviços fundamentais, como a formação natural dos solos e a purifi cação do ar e da água. A tecnologia e conhe-cimento disponíveis, incluindo o sistema de informações geográfi cas, podem contribuir para reduzir consideravelmente o impacto humano nos ecossistemas, porém, a participação das comunidades (locais, regionais ou globais) que compartilham dos benefícios aumentam as chances de sucesso na preservação e recuperação dos recursos naturais.

As bases de dados do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social - IPARDES (2010) e Secretaria de Estado da Agri-cultura e Abastecimento -SEAB (2010), indicam que o Paraná possui uma diversidade agrícola, sendo o maior produtor nacional de grãos, destacando-se a soja, o milho, o trigo e o feijão. Já na pecuária, destaca-se a avicultura, bovinocultura e suinocultura. A importância dos recursos naturais solo, água e biodiversidade para a agropecuária paranaense ressaltam a necessidade de ter uma visão global, inclusive integrando o rural com o urbano para o desenvolvimento de uma agricultura sustentável nos aspectos ambiental, social e econômico.

Este trabalho tem como objetivo agrupar as ottobacias do Estado do Paraná para o desenvolvimento de trabalhos de manejo e conservação dos recursos naturais nessas unidades fi togeográfi cas, com o uso de sistemas de informações geográfi cas, subsidiando os técnicos que atuam na assis-tência técnica e extensão rural do Paraná, agilizando e qualifi cando as 4

ações para a elaboração de diagnóstico, planejamento, implementação, acompanhamento, monitoramento e avaliação de programas e projetos ambientais visando o desenvolvimento rural do Estado do Paraná.

O resultado obtido através do agrupamento das ottobacias serve como referência aos trabalhos em manejo de água, solos e biodiversi-dade, porém não deve ser considerado como defi nitivo, uma vez que ainda poderão ocorrer novas combinações através de reagrupamentos de microbacias, sem causar alteração em sua base conceitual.

2 MATERIAIS E METODOLOGIA

A metodologia aplicada está baseada no uso do geoprocessamen-to para agrupar ottobacias, constituindo um instrumento facilitador a organização dos produtores rurais com vistas à execução de ações em manejo integrado de solos, água e biodiversidade no Estado do Paraná.

O agrupamento realizou-se a partir das ottobacias de menores ní-veis hierárquicos do estado, produto do Projeto da Base Hidrográfi ca do Estado do Paraná - 1:50.000, resultante da hierarquização das áreas de contribuição hídrica, defi nidas pela Agência Nacional de Águas (ANA) a partir da metodologia de Otto Pfafstetter, (ANA, 2008).

O Projeto Base Hidrográfi ca do Estado do Paraná foi coordenado tecnicamente pela AGUASPARANÁ e com participação de um grupo de técnicos composto por diversas instituições estaduais e federais para o desenvolvimento dos trabalhos. As ottobacias permitem gerar mapea-mentos diversos (microbacias e sub-bacias) com utilização de Sistemas de Informações Geográfi cas (COPEL/AGUASPARANÁ, 2011).

Como resultado obteve-se o delineamento das microbacias hidro-gráfi cas para o Estado do Paraná que, posteriormente, combinado com as massas d’água e áreas urbanizadas possibilitou a obtenção do mapa completo do Estado.

2.1 DADOS ORIGINAIS UTILIZADOSA seguir são relacionados os dados originais utilizados para esta-

belecer os limites das microbacias hidrográfi cas do Estado do Paraná, 5

base para o desenvolvimento de trabalhos em manejo de água, solos e biodiversidade.

Os dados utilizados são originários da base hidrográfi ca do Estado do Paraná - 1:50.000, disponibilizado pela Companhia Paranaense de Energia e Instituto das Águas do Paraná (COPEL/AGUASPARANÁ, 2011).

a) Ottobacias (COPEL/AGUASPARANÁ, 2011)Arquivo digital em formato shapefi le, escala 1:50.000, projeção

UTM, Datum Horizontal SAD-1969 e Meridiano Central 51º W (COPEL/AGUASPARANÁ, 2011).

Segundo a ANA (2008) e Copel/Aguasparaná (2011), ottobacia é uma bacia relacionada à rede hídrica através de um código hierárquico sendo que para cada trecho da rede existe uma ottobacia hidrográfi ca associada.

Segundo a ANA (2008, p. 12 a 14),ao longo da rede hidrográfi ca podem-se determinar infi -nitos pontos a partir dos quais está associado uma bacia de contribuição.Com isso, considerando a segmentação de bacias, inter-bacias e intrabacias, é possível associar diversos atributos a cada trecho de curso d’água e a sua respectiva área de contribuição. Por outro lado, essas áreas discretizadas de contribuição podem ser agregadas para reconstituir, assim, a bacia de todos os trechos a montante considerados.A codifi cação de bacias de Otto Pfafstetter permite a hie-rarquização das bacias hidrográfi cas, ou seja, a defi nição da posição relativa e o ordenamento entre as bacias1 e interbacias2.De posse do código de Otto Pfafstetter pode-se identifi car a posição relativa de uma bacia com relação às demais, se-jam estas subdivisões localizadas a montante ou a jusante.Cada bacia, devidamente codifi cada e discretizada, con-forme o nível de detalhe para o trecho, passa a ser uma Ottobacia.

1 Área drenada por um tributário.2 Região hidrográfi ca remanescente, compreendida entre a confl uência de dois tributários (bacias).

6

b) Rede hídrica (COPEL/AGUASPARANÁ, 2011)Arquivo digital em formato shapefi le, escala 1:50.000, projeção

UTM, Datum Horizontal SAD-1969 e Meridiano Central 51º W (COPEL/AGUASPARANÁ, 2011).

Segundo a Copel/Aguasparaná (2011), a rede hídrica é um arquivo digital composto dos eixos dos rios, segmentados em trechos, conectados por nós e identifi cados por meio de código único e hierárquico obtido através da metodologia adotada pela ANA, segundo o método de Otto Pfafstetter (ANA, 2008). O produto foi ofi cialmente homologado pela ANA e pela Câmara Técnica de Cartografi a e Geoprocessamento do Estado do Paraná (CTCG).

c) Base Hidrográfica Unificada (COPEL/AGUASPARANÁ, 2011)

A Base Hidrográfi ca Unifi cada é a representação cartográfi ca digi-tal dos elementos hidrográfi cos apresentados em um produto contínuo para toda a área do estado. Arquivo digital em formato shapefi le, escala 1:50.000, projeção UTM, Datum Horizontal SAD-1969 e Meridiano Central 51º W (COPEL/AGUASPARANÁ, 2011).

A Base Hidrográfi ca Unifi cada deu origem a 6 (seis) arquivos temá-ticos: massas d’água, drenagem, ilha, queda d’água, sumidouros, verte-douros e terrenos sujeitos a inundação, utilizados para o agrupamento e geração das microbacias hidrográfi cas.

A Copel/Aguasparaná (2011, p.13 e 14) descreve cada mapa temá-tico:

- Massas d’água: são os seguintes elementos: rios de margem dupla, canais, represas, açudes, lagos, lagoas, reservatórios, viveiros de peixes, baías e oceano;

- Drenagem: corresponde a um corpo d’água, cuja geometria linear representa o fl uxo d’água, permanente ou temporá-rio. São os seguintes elementos: cursos d’água, canais e valas;

- Ilha: porção de terra emersa circundada de água doce ou salgada em toda a sua periferia. Pode ser fl uvial, marítima ou lacustre;

7

- Queda d’água: degrau, em um curso d’água, onde a cor-rente forma um desnível acentuado. Representa cachoeiras, cataratas e corredeiras;

- Sumidouros e vertedouros: representa, através de um pon-to, um local de infi ltração ou afl oramento (ressurgimento) de um curso d’água;

- Terrenos sujeitos a inundação: são as áreas passíveis de inundação sazonal ou esporádica, representadas através de polígonos.

d) Curvas de nível e pontos cotados (COPEL/ AGUASPARANÁ, 2011)

As curvas de nível e pontos cotados foram unidos e compatibilizados para todo o Estado do Paraná com equidistância (distância vertical entre as curvas de nível) de 20 metros. Arquivo digital em formato shapefi le, escala 1:50.000, projeção UTM, Datum Horizontal SAD-1969 e Meri-diano Central 51º W (COPEL/AGUASPARANÁ, 2011).

Matsushita e Hagemaier (2010), descrevem as curvas de nível como linhas imaginárias do terreno que ligam pontos de mesma altitude na superfície do terreno, acima ou abaixo de uma determinada superfície da referência, geralmente o nível médio do mar. Os intervalos entre curvas devem ser constantes na mesma representação gráfi ca. Os pontos cota-dos são pontos com cotas que identifi cam os topos de morros ou pontos elevados intermediários entre as curvas de nível.

Segundo Rennó (2003), as curvas de nível são representadas por linhas (abertas ou fechadas) que, por sua vez, são formadas por pontos e a cota, a qual ela representa, é armazenada como um atributo desta linha.

As curvas de nível e pontos cotados servem de indicativo para veto-rização dos rios, localização de nascentes, delimitação de microbacias e para correção do mapa de solos, além da geração de mapas de altimetria e classes de declividade. Quando sobrepostas e analisadas em conjunto com outros mapas temáticos, as curvas de nível facilitam a visualização do relevo do terreno e a sua relação com os demais temas MATSUSHITA E HAGEMAIER (2010).

8

e) Perímetros urbanos (PARANACIDADE, 2011)Para delimitar os perímetros urbanos existentes no Estado do Para-

ná, foram tomados por base os polígonos existentes e disponibilizados pelo Serviço Social Autônomo Paranacidade (PARANACIDADE), em arquivo digital em formato shapefi le, escala 1:50.000, projeção UTM, Datum Horizontal SAD-1969 e Meridiano Central 51º W (PARANA-CIDADE, 2011).

f) Imagens de satélitesSegundo Sano et al. (1998), as imagens obtidas por sensores co-

letores a bordo de satélites que orbitam ao redor da Terra representam formas de captura indireta de informação espacial. Estas imagens, uma vez georreferenciadas e corrigidas geometricamente dos efeitos da Terra (rotação, esfericidade, variações de altitude e outros) e do satélite (alti-tude, velocidade e outros) constituem valiosos instrumentos para uso no trabalho da extensão rural.

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE (2009) escla-rece que o potencial de aplicação de um dado sensor é estabelecido em função de suas características de resolução espacial, resolução temporal e características espectrais e radiométricas.

Existem diversas imagens obtidas de sensores de satélites, públicos ou comerciais, dentre os quais destacamos o SPOT, pela sua utilização na delimitação de perímetros urbanos, complementando os polígonos existentes do PARANACIDADE. A imagem SPOT 5 (Satellite Pour l’Observation de la Terre), satélite francês com imagens em alta reso-lução, adquirida pelo Estado do Paraná com resolução espacial de 5 metros referentes ao imageamento em 2004 e 2005, com capacidade de identifi car diversos usos e ocupação do solo e outros tipos de objetos PARANACIDADE (2005).

Matsushita e Hagemaier (2010) descrevem que em trabalhos desen-volvidos no Instituto Emater, o uso das imagens de satélite servem de subsídio para identifi car estradas, perímetros urbanos, uso e ocupação do solo, sistema de manejo e práticas conservacionistas, verifi car os rios e nascentes. A interpretação de imagens através de técnicas e equipamentos

9

de sensoriamento remoto facilita a classifi cação do uso e ocupação do solo. As imagens SPOT (com resolução espacial de 5 metros) utilizadas proporcionam grande detalhamento na interpretação, minimizando assim a confusão entre as classes.

2.2 METODOLOGIAPara o agrupamento das ottobacias utilizou-se equipamentos com-

putacionais e softwares de Cartografi a, Geoprocessamento e Sistemas de Informações Geográfi cos, mantendo-se as características dos dados básicos em arquivo digital em formato shapefi le, escala 1:50.000, pro-jeção UTM, Datum Horizontal SAD-1969 e Meridiano Central 51º W da zona 22 S.

2.2.1 Caracterização da área de trabalho – microbacia hidrográfica

O arquivo básico de ottobacias do Estado do Paraná está constituído por 976.222 ottobacias (polígonos), originados a partir de cada trecho da rede hídrica delimitada localmente pelo divisor d`água, estando re-lacionada a esta rede através de um código hierárquico, sendo que para cada trecho da rede existe uma ottobacia hidrográfi ca associada (COPEL/AGUASPARANÁ, 2011).

A área para o desenvolvimento do trabalho restringe-se ao perímetro da área estadual, excluindo-se as bacias ou parte destas que estejam fora desta área de trabalho. Nas áreas em que a divisa de estado é formada por rios de margem dupla e lagos, considerou-se a rede hídrica traçada pelos eixos centrais virtuais destes rios e lagos, considerando a porção de massa d’água pertencente ao Estado do Paraná.

Após a eliminação dos polígonos externos ao Estado do Paraná, restaram 952.874 ottobacias que pertencem totalmente ou em parte ao território paranaense. Estas ottobacias apresentaram uma grande variação em seu tamanho, desde áreas inferiores a 0,01 ha a áreas superiores a 10.000,00 ha, com uma média de 20,87 ha.

Devido à impossibilidade de executar com efi ciência o trabalho de planejamento do uso sustentável dos recursos naturais em um número tão

10

elevado de ottobacias com grande variação em relação ao tamanho de suas áreas, optou-se pelo agrupamento destas ottobacias, organizando-as em bacias que passam a ser denominadas de microbacias hidrográfi cas.

Segundo Ferraz (2003), uma microbacia é entendida como unidade fi siográfi ca básica de análise, sendo uma área relativamente homogênea, drenada por cursos d’água conectados e que convergem direta e indireta-mente para um leito ou espelho d’água comum. As bacias hidrográfi cas são áreas do terreno para onde convergem todos os declives, isto é, para onde convergem as águas de uma propriedade, ou até da cidade ou do município (SEAB, 1992 e OSAKI,1994).

Portanto, é uma área geográfi ca compreendida entre um fundo de vale, que pode ser um rio, riacho, várzea ou sanga, e os espigões que são os divisores de água, que delimitam os pontos dos quais as águas das chuvas escorrem para o mesmo lugar, que é esse fundo de vale.

Ainda Osaki (1994), sugere a área de 2.000 a 3.000 ha como uma dimensão ideal de microbacia, sendo a melhor unidade de planejamento por se encontrar fi sicamente bem caracterizada, constituída de proprie-dades agrícolas existentes na área, seus respectivos produtores e suas famílias, além dos equipamentos e infraestrutura econômica e social.

A metodologia de planejamento e gestão de microbacia hidrográfi ca permite ações interdisciplinares, levando-se em conta a diversidade da paisagem, manutenção do meio ambiente, uso sustentável dos recursos naturais, bem como a conservação dos recursos hídricos, solo, atmosfe-ra e da qualidade de vida das pessoas, respeitando suas características sócio-culturais MATSUSHITA E HAGEMAIER (2010).

Segundo Hogan (2004), devido à importância dos recursos hídricos para as atividades humanas, as bacias hidrográfi cas têm emergido como unidade de planejamento, sendo ainda importante o uso de georreferen-ciamento para localização dos sistemas de indicadores referentes aos recursos naturais e problemas ambientais.

Com o objetivo de facilitar e agilizar o desenvolvimento de traba-lhos em manejo de água, solos e biodiversidade, procurou-se agrupar as microbacias hidrográfi cas do Estado do Paraná para que mantivessem prioritariamente uma área entre 2.000 ha e 5.000 ha.

11

2.2.2 Delimitação das microbacias hidrográficas

a) Agrupamento das ottobaciasAs microbacias hidrográfi cas com áreas entre 2.000 e 5.000 ha

resultaram do agrupamento das ottobacias dos tributários com áreas menores em torno de um rio principal, caracterizado pelo curso d’água que drena a maior área e os seus tributários que drenam áreas menores.

O agrupamento foi realizado a partir do arquivo básico de ottobacias, levando-se em consideração as divisas das ottobacias de níveis hierár-quicos superiores, defi nidas pelas áreas de contribuição hídrica geradas a partir da base hidrográfi ca e mapa de relevo. Este agrupamento uniu várias ottobacias, porém, sempre procurou-se manter o menor código da bacia original (código da bacia mais próximo de sua foz).

Em função da diversidade das características físicas do Estado do Paraná, tais como formação geológica, geomorfológica, pedológica e distribuição da rede hidrográfi ca, entre outros, determinam os diferentes formatos e tamanhos das microbacias, difi cultando a defi nição de um padrão para o estado, impedindo que algumas sejam delimitadas com áreas inferiores a 2.000 ha ou superiores a 5.000 ha.

b) Segmentação de ottobacias pelas massas d’águaEm função dos trabalhos da extensão rural e considerando a con-

veniência da participação da comunidade através de suas organizações formais ou informais como fator preponderante para o sucesso das ações socioambientais em microbacias, defi niu-se por segmentar as microba-cias pelas principais massas d’água (rios de margem dupla, represas, reservatórios) existentes no interior ou na divisa do Estado do Paraná.

As massas d´água foram subdivididas pelo eixo dos rios que compõe a sua rede hídrica, permitindo que metade da massa d’água pertença às microbacias da margem esquerda e outra metade às da margem direita.

Após a conclusão e verifi cação do procedimento de subdivisão das massas d’água, realizou-se a combinação (união) das microbacias hidrográfi cas com as massas d’água, resultando em uma segmentação com nova delimitação das microbacias.12

A segmentação permitiu adequar as microbacias, impedindo que elas fi cassem subdivididas pelas grandes massas d’água do estado, tais como os rios Iguaçu, Ivaí, Tibagi, Piquiri, Pirapó, Cinzas, Ribeira, Capivari e seus grandes afl uentes e reservatórios.

Esta segmentação subdividiu muitas microbacias que transpassavam as massas d’água, porém, na sequência as menores foram agregadas a áreas contíguas maiores, mantendo-se o código da microbacia maior.

c) Combinação das microbacias com os perímetros urbanosOs perímetros urbanos que possuíam uma delimitação defi nida

pelo PARANACIDADE (2011) foram mantidas e consideradas como áreas urbanas, enquanto as áreas urbanas sem delimitação, foram com-plementadas através de vetorização visual sobre as imagens de satélite SPOT 5 com imageamentos obtidos em 2004 e 2005, disponibilizados pelo PARANACIDADE (2005).

A combinação (união) das microbacias hidrográfi cas com as áreas urbanas, resultou em uma nova divisão interna das microbacias, possibi-litando a defi nição de três tipos de microbacias: Rural (constituída apenas de áreas rurais), Rural Urbana (constituída de áreas rurais e urbanas) e Urbana (constituída apenas de áreas urbanas). Outra informação com-ponente das microbacias é a sua ocupação, composta por área rural, área urbana, corpos d’água, ilhas, ilhas marítimas e mar.

As microbacias possuem uma tabela contendo informações sobre: código da microbacia, nome da microbacia, nome da bacia, tipo de mi-crobacia, ocupação e área em hectares.

13

3 RESULTADOS

Com base na Resolução n° 30 do Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH) do Ministério do Meio Ambiente (MMA, 2003a) e Resolução n° 32 (MMA, 2003b), que estabelece uma base organizacional que contemple bacias hidrográfi cas como unidade do gerenciamento de recursos hídricos para a implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos e do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, com uma base de dados referenciada por bacia, em âmbito nacional, visando a integração das informações em recursos hídricos.

Estas resoluções estabelecem metodologia de codifi cação e proce-dimentos de subdivisões em agrupamentos de bacias e regiões hidrográ-fi cas, defi nindo como região hidrográfi ca o espaço territorial brasileiro compreendido por uma bacia, grupo de bacias ou sub-bacias hidrográfi cas contíguas com características naturais, sociais e econômicas homogêneas ou similares, com vistas a orientar o planejamento e gerenciamento dos recursos hídricos.

A partir da Resolução n° 32 (MMA, 2003b), o Brasil passou a ser dividido em doze regiões: Região Hidrográfi ca Amazônica; Região Hi-drográfi ca do Tocantins/Araguaia; Região Hidrográfi ca Atlântico Nor-deste Ocidental; Região Hidrográfi ca do Parnaíba; Região Hidrográfi ca Atlântico Nordeste Oriental; Região Hidrográfi ca do São Francisco; Região Hidrográfi ca Atlântico Leste; Região Hidrográfi ca Atlântico Su-deste; Região Hidrográfi ca do Paraná; Região Hidrográfi ca do Uruguai; Região Hidrográfi ca Atlântico Sul e Região Hidrográfi ca do Paraguai conforme pode ser observado na Figura 1.

14

FIGURA 1 - DIVISÃO HIDROGRÁFICA NACIONALFONTE: MMA (2003B)

15

FIGURA 2 - REGIÕES HIDROGRÁFICAS NO ESTADO DO PARANÁFONTE: MMA (2003B), ADEQUADO PELOS AUTORES (2012)

O Estado do Paraná está subdividido em 16 bacias hidrográfi cas que pertencem a três regiões hidrográfi cas defi nidas pelo MMA (2003b): Região Hidrográfi ca Atlântico Sudeste composta pela bacia do Ribeira, Região Hidrográfi ca Atlântico Sul pela bacia Litorânea e Região Hidro-gráfi ca do Paraná composta pelas demais bacias do estado, conforme apresentado na Figura 2.

16

3.1 BACIAS HIDROGRÁFICASConforme a SEMA (2011), com base na resolução nº 49 do Con-

selho Estadual de Recursos Hídricos do Paraná de 20/12/2006, defi ne a distribuição das bacias hidrográfi cas do Estado do Paraná, em número de 16 (Cinzas, Iguaçu, Itararé, Ivaí, Litorânea, Paraná 1, Paraná 2, Paraná 3, Paranapanema 1, Paranapanema 2, Paranapanema 3, Paranapanema 4, Piquiri, Pirapó, Ribeira e Tibagi), além das baias de Paranaguá e Gua-ratuba com suas ilhas, conforme apresentado na Figura 3.

FIGURA 3 - BACIAS HIDROGRÁFICAS DO ESTADO DO PARANÁFONTE: SEMA, 2011. ADEQUADO PELOS AUTORES (2012)

As 16 bacias hidrográfi cas do estado contém 6.180 microbacias, com área média de 3.208 ha, sendo a menor com 639 ha e a maior com 16.185 ha. As principais bacias do estado em área e número de microbacias são

17

respectivamente: Iguaçu com 1.718 microbacias e área total de 5.471.809 ha; Ivaí com 1.069 microbacias e 3.651.537 ha; Piquiri com 770 micro-bacias e 2.417.836 ha e Tibagi com 758 microbacias e 2.493.724 ha. As informações completas contendo o número de microbacias, área média, área total, menor e maior bacia podem ser verifi cadas na Tabela 1.

TABELA 1 - MICROBACIAS HIDROGRÁFICAS DO ESTADO DO PARANÁ

Microbacias por Bacia Hidrográfi caBacia Bacias Área (ha) Nº Média Total Menor MaiorCinzas 303 3.169 960.290 796 8.118 Iguaçu 1.718 3.185 5.471.809 752 7.782 Itararé 167 3.024 505.076 941 7.534 Ivaí 1.069 3.416 3.651.537 822 16.185 Litorânea 170 3.312 563.084 1.429 12.752 Paraná 1 35 3.376 118.156 1.408 11.954 Paraná 2 85 3.140 266.939 896 7.095 Paraná 3 275 3.129 860.390 936 6.981 Paranapanema 1 49 2.594 127.098 942 4.596 Paranapanema 2 26 2.795 72.657 1.299 5.404 Paranapanema 3 114 3.393 386.806 943 8.647 Paranapanema 4 133 3.399 452.025 1.126 6.114 Piquiri 770 3.140 2.417.836 868 8.451 Pirapó 140 3.583 501.677 957 8.312 Ribeira 368 2.659 978.642 639 7.116 Tibagi 758 3.290 2.493.724 1.304 8.856

Total geral 6.180 3.208 19.827.746 639 16.185 FONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2012)

18

3.2 TIPOS DE MICROBACIAS HIDROGRÁFICASCom o objetivo de facilitar o diagnóstico, o planejamento e o en-

volvimento de instituições que participarão das ações nas microbacias, as mesmas foram classifi cadas em três tipos de microbacias (Rural, Rural Urbana e Urbana), cuja combinação das ottobacias com as massas d’água e com as áreas urbanas, resultaram em 27 (0,4 %) microbacias localizadas exclusivamente em áreas urbanas, 1.671 (27,1 %) microba-cias ocupadas por áreas rurais e urbanas e 4.482 (72,5 %) microbacias totalmente localizadas em áreas rurais.

Devido ao sistema de colonização e formação das áreas urbanas no Estado do Paraná, a maioria das cidades desenvolveu-se nos interfl úvios, em regiões de altitude, compreendidas entre dois cursos d’água de maior importância de uma mesma bacia hidrográfi ca. Essas áreas são geral-mente ricas em nascentes, constituindo-se em cabeceiras de drenagem de rios e bacias importantes nos municípios e regiões do estado, conforme ilustrado na Figura 4.

FIGURA 4 - BACIAS HIDROGRÁFICAS, CORPOS D’ÁGUA E ÁREAS URBANASFONTE: COPEL/AGUASPARANÁ, 2011. ADEQUADO PELOS AUTORES (2012)

19

A maioria das microbacias exclusivamente urbanas está localizada no Alto Iguaçu (22 microbacias) na região metropolitana de Curitiba, sendo três na bacia do Paraná 3 em Foz do Iguaçu, uma em Londrina na bacia do Tibagi e uma no Litoral, totalizando 27 no estado.

O Estado do Paraná possui 4.482 microbacias exclusivamente rurais com uma área total de 13.784.249 ha e 1.671 microbacias compostas por áreas rurais e urbanas com área total de 5.954.854 ha. Proporcionalmente a bacia do Pirapó apresenta maior número de microbacias formada por áreas rurais e urbanas, representando 53,6 % das microbacias, seguida pela bacia do Paraná 3 (45,1 %) e Paranapanema 3 (41,2 %). As bacias que apresentam maior proporção de microbacias exclusivamente rurais são Ribeira com 87,8 %, Itararé com 85,6 %, Paraná 1 com 82,9 % e Litorânea com 82,4 %.

Os dados individuais de cada bacia podem ser analisados com mais detalhe na Tabela 2.

20

Tipo

de

Mic

roba

cia

Bac

ia

Rur

al

Rur

al U

rban

o

Urb

ano

Tota

l

Áre

a N

º Á

rea

Áre

a N

º Á

rea

ba

cias

(h

a)

baci

as

(ha)

ba

cias

(h

a)

bac

ias

(ha)

Cin

zas

224

6

78.9

44

79

2

81.3

46

303

9

60.2

90

Igua

çu

1.2

87

4.0

05.9

48

409

1

.393

.970

2

2

71.

891

1

.718

5

.471

.809

Ita

raré

1

43

421

.604

2

4

83.

472

1

67

505

.076

Iv

714

2

.341

.841

3

55

1.3

09.6

96

1.0

69

3.6

51.5

37

Lito

râne

a 1

40

463

.327

2

9

97.

327

1

2

.430

1

70

563

.084

Pa

raná

1

29

8

8.37

6

6

29.

780

3

5

118

.156

Pa

raná

2

66

1

98.9

73

19

6

7.96

6

85

2

66.9

39

Para

ná 3

1

48

434

.981

1

24

413

.755

3

1

1.65

4

275

8

60.3

90

Para

napa

nem

a 1

35

8

7.18

7

14

3

9.91

1

49

1

27.0

98

Para

napa

nem

a 2

16

4

1.71

5

10

3

0.94

2

26

7

2.65

7 Pa

rana

pane

ma

3 6

7

210

.292

4

7

176

.514

1

14

386

.806

Pa

rana

pane

ma

4 1

01

330

.030

3

2

121

.995

1

33

452

.025

Pi

quiri

5

36

1.5

78.4

95

234

8

39.3

41

770

2

.417

.836

Pi

rapó

6

5

190

.012

7

5

311

.665

1

40

501

.677

R

ibei

ra

323

8

47.0

80

45

1

31.5

62

368

9

78.6

42

Tiba

gi

588

1

.865

.444

1

69

625

.612

1

758

2

.493

.724

Tota

l ger

al

4.4

82

13.7

84.2

49

1.6

71

5.9

54.8

54

27

8

5.97

5

6.1

80

19.

827.

746

FON

TE: E

LAB

OR

AD

O P

ELO

S A

UTO

RES

(201

2)

TAB

ELA

2 -

TIPO

S D

E M

ICR

OB

AC

IAS

HID

RO

GR

ÁFI

CA

S D

O E

STA

DO

DO

PA

RA

21

3.3 FORMAS DE OCUPAÇÃO DAS MICROBACIAS HIDROGRÁFICASConsiderando as 6.180 microbacias com área total de 19.827.746 ha

distribuídas em três tipos (exclusivamente rural, exclusivamente urbana e rural urbana), a priori foram identifi cadas como rural, independente de seu uso, ocupação ou situação legal, 19.007.065 ha (95,86 %) das áreas das microbacias; com ocupação urbana 480.525 ha (2,42 %) e o restante 1,72 % composta por corpos d’água, baias e ilhas fl uviais e marítimas, conforme pode ser observado na fi gura 3.

As 1.671 microbacias classifi cadas como tipo rural urbana totalizam uma área de 5.954.854 ha, sendo 5.485.197 ha (92,1 %) ocupadas por áreas rurais e 392.494 ha (6,6 %) por áreas urbanas, demais áreas são compostas por massas d’água com 72.394 ha (1,2 %) e ilhas fl uviais com 4.755 ha (0,1 %).

O Estado do Paraná, independente do uso e ocupação atual do solo, apresenta uma signifi cativa área rural, conforme podemos observar através da Figura 5.

FIGURA 5 - OCUPAÇÃO RURAL, URBANA E CORPOS D’ÁGUAFONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2012)

22

3.4 DISTRIBUIÇÃO DAS MICROBACIAS HIDROGRÁFICAS NAS REGIÕES ADMINISTRATIVAS DA SEAB E INSTITUTO EMATER

O Estado do Paraná está organizado em 21 regiões administrativas da SEAB e do Instituto Emater baseado na divisão política municipal, enquanto as microbacias estão adequadas conforme a rede hidrográfi ca, possibilitando a existência de microbacias que pertencem integralmente ou parcialmente a uma região, conforme pode ser visualizado na Figura 6.

FIGURA 6 - DISTRIBUIÇÃO DAS MICROBACIAS NAS REGIÕES ADMINIS-TRATIVAS DA SEAB E INSTITUTO EMATERFONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2012)

23

A análise da concentração regional de microbacias considerou que as microbacias que pertencem parcialmente a mais de uma região serão atendidas por uma região quando 80 % de sua área pertencer a uma deter-minada região, e nas demais situações o atendimento será compartilhado pelas regiões envolvidas.

As regiões administrativas da SEAB e do Instituto Emater que apre-sentam as maiores áreas e número de microbacias são: Ponta Grossa com 765 microbacias (12,4 % do estado) e área de 2.431.645 ha (12,3 %); Curitiba com 567 microbacias (9,2 %) e área de 1.659.242 ha (8,4 %); Guarapuava com 443 microbacias (7,2 %) e área de 1.401.865 ha (7,1 %); Cascavel com 400 microbacias (6,5 %) e área de 1.272.409 ha (6,4 %); Campo Mourão com 338 microbacias (5,5 %) e área de 1.158.157 ha (6,4 %); Ivaiporã com 346 microbacias (5,6 %) e área de 1.102.845 ha (5,6 %); Paranavaí com 284 microbacias (4,6 %) e área de 1.012.796 ha (5,1 %); Umuarama com 317 microbacias (5,1 %) e área de 1.004.976 ha (5,1 %); e demais regiões que podem ser analisadas na Tabela 3.

24

TAB

ELA

3 –

DIS

TRIB

UIÇ

ÃO

DA

S M

ICR

OB

AC

IAS

NA

S R

EGIÕ

ES A

DM

INIS

TRAT

IVA

S D

A S

EAB

E

INST

ITU

TO E

MAT

ER

Reg

ião

Tota

l na

regi

ão

Entre

2 re

giõe

s To

tal d

e m

icro

baci

as

Are

a (h

a)

Are

a (h

a)

Tota

l (ha

) M

édia

(ha)

Apu

cara

na

77

262

.202

16

54.8

56

9

3

3

17.0

58

3.4

09

Cam

po M

ourã

o 32

7

1.1

21.6

29

11

36.

528

33

8

1.1

58.1

57

3.4

27

Cas

cave

l

390

1.2

39.6

23

10

32

.786

40

0

1.2

72.4

09

3.1

81

Cia

norte

118

401

.490

13

4

4.40

3

131

445

.893

3

.404

C

orné

lio P

rocó

pio

2

31

727

.375

6

19.8

04

237

747

.179

3

.153

C

uriti

ba

5

55

1

.622

.542

12

36.7

00

567

1

.659

.242

2

.926

Fr

anci

sco

Bel

trão

2

61

763

.421

5

13.3

62

266

776

.783

2

.920

G

uara

puav

a

423

1.

334.

183

20

67

.682

44

3

1.4

01.8

65

3.1

64

Irat

i

160

5

35.3

88

18

63

.151

17

8

5

98.5

39

3.3

63

Ivai

porã

328

1.0

41.8

45

18

60

.962

34

6

1.1

02.8

07

3.1

87

Lara

njei

ras d

o Su

l

208

6

12.0

29

9

33

.073

21

7

6

45.1

02

2.9

73

Lond

rina

2

09

694

.060

10

32.8

91

219

726

.951

3

.335

M

arin

1

67

617

.199

13

48.7

45

180

665

.944

3

.700

Pa

rana

guá

1

59

536

.426

2

5.1

01

161

541

.527

3

.364

Pa

rana

vaí

2

79

993

.345

5

19.4

51

284

1

.012

.796

3

.566

Pa

to B

ranc

o

273

8

99.3

90

8

24

.764

28

1

9

24.1

54

3.2

89

Pont

a G

ross

a

738

2.3

39.8

41

27

91

.804

76

5

2.4

31.6

45

3.1

79

Sant

o A

nt. P

latin

a

261

7

79.8

72

13

43

.875

27

4

8

23.7

47

3.0

06

Tole

do

2

53

816

.949

6

19.2

35

259

836

.184

3

.229

U

mua

ram

a

307

9

70.5

97

10

34

.379

31

7

1.0

04.9

76

3.1

70

Uni

ão d

a V

itória

214

6

92.6

87

11

42

.107

22

5

7

34.7

94

3.2

66

Tota

l 5

.938

1

9.00

2.09

3

2

42

825

.653

6.18

0

19.8

27.7

46

3.2

08

FON

TE: E

LAB

OR

AD

O P

ELO

S A

UTO

RES

(201

2)

25

3.4.1 Distribuição das microbacias hidrográficas na região de ApucaranaA região de Apucarana é formada por 13 municípios com uma área

total de 317.490 ha, composta por 93 microbacias hidrográfi cas perten-centes às bacias do Rio Ivaí com 182.618 ha (57,5%), Rio Tibagi com 73.077 ha (23,0%) e Rio Pirapó com 61.795 ha (19,5%), conforme pode ser visualizado na Figura 7.

FIGURA 7 - DISTRIBUIÇÃO DAS MICROBACIAS NA REGIÃO DE APUCARANAFONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2012)

26

3.4.2 Distribuição das microbacias hidrográficas na região de Campo MourãoA região de Campo Mourão é formada por 24 municípios com uma

área total de 1.161.001 ha, composta por 338 microbacias hidrográfi cas pertencentes à bacia do Rio Piquiri com 666.701 ha (57,4%) e bacia do Rio Ivaí com 494.299 ha (42,6%), conforme pode ser visualizado na Figura 8.

FIGURA 8 - DISTRIBUIÇÃO DAS MICROBACIAS NA REGIÃO DE CAMPO MOURÃOFONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2012)

27

3.4.3 Distribuição das microbacias hidrográficas na região de CascavelA região de Cascavel é formada por 28 municípios com uma área

total de 1.283.311 ha, composta por 400 microbacias hidrográfi cas pertencentes à bacia do Rio Iguaçu com 616.834 ha (48,3%), bacia do Paraná 3 com 354.918 ha (27,8%) e bacia do Rio Piquiri com 304.468 ha (23,9%), conforme pode ser visualizado na Figura 9.

FIGURA 9 - DISTRIBUIÇÃO DAS MICROBACIAS NA REGIÃO DE CASCAVELFONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2012)

28

3.4.4 Distribuição das microbacias hidrográficas na região de CianorteA região de Cianorte é formada por 12 municípios com uma área total

de 439.779 ha, composta por 131 microbacias hidrográfi cas pertencentes à bacia do Rio Ivaí com 375.574 ha (85,4%) e bacia do Rio Piquiri com 64.205 ha (14,6%), conforme pode ser visualizado na Figura 10.

FIGURA 10 - DISTRIBUIÇÃO DAS MICROBACIAS NA REGIÃO DE CIANORTEFONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2012)

29

3.4.5 Distribuição das microbacias hidrográficas na região de Cornélio ProcópioA região de Cornélio Procópio é formada por 23 municípios com

uma área total de 744.557 ha, composta por 237 microbacias hidrográ-fi cas pertencentes à bacia do Rio Tibagi com 387.473 ha (52,1%), bacia do Rio Cinzas com 258.236 ha (34,7%), bacia do Rio Paranapanema 2 com 71.837 ha (9,7%) e bacia do Rio Paranapanema 1 com 26.478 ha (3,6%), conforme pode ser visualizado na Figura 11.

FIGURA 11 - DISTRIBUIÇÃO DAS MICROBACIAS NA REGIÃO DE CORNÉLIO PROCÓPIOFONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2012)

30

3.4.6 Distribuição das microbacias hidrográficas na região de CuritibaA região de Curitiba é formada por 29 municípios com uma área

total de 1.662.593 ha, composta por 567 microbacias hidrográfi cas pertencentes à bacia do Rio Ribeira com 810.804 ha (48,8%), bacia do Rio Iguaçu com 795.534 ha (47,9%) e bacia Litorânea com 54.995 ha (3,3%), conforme pode ser visualizado na Figura 12.

FIGURA 12 - DISTRIBUIÇÃO DAS MICROBACIAS NA REGIÃO DE CURITIBAFONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2012)

31

3.4.7 Distribuição das microbacias hidrográficas na região de Francisco BeltrãoA região de Francisco Beltrão é formada por 27 municípios com uma

área total de 777.089 ha, composta por 266 microbacias hidrográfi cas pertencentes à bacia do Rio Iguaçu com 777.089 ha (100,0%), conforme pode ser visualizado na Figura 13.

FIGURA 13 - DISTRIBUIÇÃO DAS MICROBACIAS NA REGIÃO DE FRANCISCO BELTRÃOFONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2012)

32

3.4.8 Distribuição das microbacias hidrográficas na região de GuarapuavaA região de Guarapuava é formada por 12 municípios com uma

área total de 1.402.391 ha, composta por 443 microbacias hidrográfi cas pertencentes à bacia do Rio Iguaçu com 795.100 ha (56,7%), bacia do Rio Ivaí com 370.976 ha (26,5%) e bacia do Rio Piquiri com 236.152 ha (16,8%), conforme pode ser visualizado na Figura 14.

FIGURA 14 - DISTRIBUIÇÃO DAS MICROBACIAS NA REGIÃO DE GUARAPUAVAFONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2012)

33

3.4.9 Distribuição das microbacias hidrográficas na região de IratiA região de Irati é formada por 9 municípios com uma área total de

607.253 ha, composta por 178 microbacias hidrográfi cas pertencentes à bacia do Rio Iguaçu com 317.506 ha (52,3%), bacia do Rio Tibagi com 234.077 ha (38,5%) e bacia do Rio Ivaí com 55.670 ha (9,2%), conforme pode ser visualizado na Figura 15.

FIGURA 15 - DISTRIBUIÇÃO DAS MICROBACIAS NA REGIÃO DE IRATIFONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2012)

34

3.4.10 Distribuição das microbacias hidrográficas na região de IvaiporãA região de Ivaiporã é formada por 22 municípios com uma área total

de 1.103.920 ha, composta por 346 microbacias hidrográfi cas pertencen-tes à bacia do Rio Ivaí com 968.537 ha (87,7%) e bacia do Rio Piquiri com 135.338 ha (12,3%), conforme pode ser visualizado na Figura 16.

FIGURA 16 - DISTRIBUIÇÃO DAS MICROBACIAS NA REGIÃO DE IVAIPORÃFONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2012)

35

3.4.11 Distribuição das microbacias hidrográficas na região de Laranjeiras do SulA região de Laranjeiras do Sul é formada por 10 municípios com

uma área total de 642.251 ha, composta por 217 microbacias hidrográfi -cas pertencentes à bacia do Rio Iguaçu com 403.266 ha (62,8%) e bacia do Rio Piquiri com 238.986 ha (37,2%), conforme pode ser visualizado na Figura 17.

FIGURA 17 - DISTRIBUIÇÃO DAS MICROBACIAS NA REGIÃO DE LARANJEIRAS DO SULFONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2012)

36

3.4.12 Distribuição das microbacias hidrográficas na região de LondrinaA região de Londrina é formada por 19 municípios com uma área

total de 722.618 ha, composta por 219 microbacias hidrográfi cas perten-centes à bacia do Rio Tibagi com 335.221 ha (46,4%), Paranapanema 3 com 313.904 ha (43,5%) e bacia do Rio Pirapó com 72.919 ha (10,1%), conforme pode ser visualizado na Figura 18.

FIGURA 18 - DISTRIBUIÇÃO DAS MICROBACIAS NA REGIÃO DE LONDRINAFONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2012)

37

3.4.13 Distribuição das microbacias hidrográficas na região de MaringáA região de Maringá é formada por 29 municípios com uma área total

de 662.314 ha, composta por 180 microbacias hidrográfi cas pertencentes à bacia do Rio Pirapó com 331.343 ha (50,0%), bacia do Rio Ivaí com 256.157 ha (38,7%), bacia do Paranapanema 3 com 63.715 ha (9,6%) e bacia do Paranapanema 4 com 11.099 ha (1,7%), conforme pode ser visualizado na Figura 19.

FIGURA 19 - DISTRIBUIÇÃO DAS MICROBACIAS NA REGIÃO DE MARINGÁFONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2012)

38

3.4.14 Distribuição das microbacias hidrográficas na região de ParanaguáA região de Paranaguá é formada por 7 municípios com uma área

total de 540.443 ha, composta por 161 microbacias hidrográfi cas perten-centes à bacia Litorânea com 508.025 ha (94,0%) e bacia do Rio Ribeira com 32.418 ha (6,0%), conforme pode ser visualizado na Figura 20.

FIGURA 20 - DISTRIBUIÇÃO DAS MICROBACIAS NA REGIÃO DE PARANAGUÁFONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2012)

39

3.4.15 Distribuição das microbacias hidrográficas na região de ParanavaíA região de Paranavaí é formada por 29 municípios com uma área

total de 1.015.587 ha, composta por 284 microbacias hidrográfi cas per-tencentes à bacia Paranapanema 4 com 438.730 ha (43,2%), bacia do Rio Ivaí com 416.200 ha (41,0%), bacia do Paraná 1 com 117.684 ha (11,6%) e bacia do Rio Pirapó com 42.973 ha (4,2%), conforme pode ser visualizado na Figura 21.

FIGURA 21 - DISTRIBUIÇÃO DAS MICROBACIAS NA REGIÃO DE PARANAVAÍFONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2012)

40

3.4.16 Distribuição das microbacias hidrográficas na região de Pato BrancoA região de Pato Branco é formada por 15 municípios com uma

área total de 926.282 ha, composta por 281 microbacias hidrográfi cas pertencentes à bacia do Rio Iguaçu com 926.282 ha (100,0%), conforme pode ser visualizado na Figura 22.

FIGURA 22 - DISTRIBUIÇÃO DAS MICROBACIAS NA REGIÃO DE PATO BRANCOFONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2012)

41

3.4.17 Distribuição das microbacias hidrográficas na região de Ponta GrossaA região de Ponta Grossa é formada por 18 municípios com uma

área total de 2.423.894 ha, composta por 765 microbacias hidrográfi cas pertencentes à bacia do Rio Tibagi com 1.429.010 ha (59,0%), bacia do Rio Itararé com 296.093 ha (12,2), bacia do Rio Ivaí com 233.843 ha (9,6%), bacia do Rio Cinzas com 219.064 ha (9,0%), bacia do Rio Ribeira com 134.800 ha (5,6%) e bacia do Rio Iguaçu com 111.084 ha (4,6%), conforme pode ser visualizado na Figura 23.

FIGURA 23 - DISTRIBUIÇÃO DAS MICROBACIAS NA REGIÃO DE PONTA GROSSAFONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2012)

42

3.4.18 Distribuição das microbacias hidrográficas na região de Santo Antonio da PlatinaA região de Santo Antonio da Platina é formada por 23 municípios

com uma área total de 824.013 ha, composta por 274 microbacias hidro-gráfi cas pertencentes à bacia do Rio Cinzas com 482.992 ha (58,6%), bacia do Rio Itararé com 207.248 ha (25,2), bacia do Paranapanema 1 com 99.281 ha (12,0%) e bacia do Rio Tibagi com 34.492 ha (4,2%), conforme pode ser visualizado na Figura 24.

FIGURA 24 - DISTRIBUIÇÃO DAS MICROBACIAS NA REGIÃO DE SANTO ANTONIO DA PLATINAFONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2012)

43

3.4.19 Distribuição das microbacias hidrográficas na região de ToledoA região de Toledo é formada por 20 municípios com uma área total

de 835.551 ha, composta por 259 microbacias hidrográfi cas pertencentes à bacia do Paraná 3 com 504.878 ha (60,4%) e bacia do Rio Piquiri com 330.644 ha (39,6%),conforme pode ser visualizado na Figura 25.

FIGURA 25 - DISTRIBUIÇÃO DAS MICROBACIAS NA REGIÃO DE TOLEDOFONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2012)

44

3.4.20 Distribuição das microbacias hidrográficas na região de Umuarama

A região de Umuarama é formada por 21 municípios com uma área total de 1.006.101 ha, composta por 317 microbacias hidrográfi cas pertencentes à bacia do Rio Piquiri com 441.345 ha (43,9%), bacia do Rio Ivaí com 297.673 ha (29,6%) e bacia do Paraná 2 com 266.911 ha (26,5%), conforme pode ser visualizado na Figura 26.

FIGURA 26 - DISTRIBUIÇÃO DAS MICROBACIAS NA REGIÃO DE UMUARAMAFONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2012)

45

3.4.21 Distribuição das microbacias hidrográficas na região de União da Vitória

A região de União da Vitória é formada por 9 municípios com uma área total de 728.373 ha, composta por 225 microbacias hidrográfi cas pertencentes à bacia do Rio Iguaçu com 728.373 ha (100,0%), conforme pode ser visualizado na Figura 27.

FIGURA 27 - DISTRIBUIÇÃO DAS MICROBACIAS NA REGIÃO DE UNIÃO DA VITÓRIAFONTE: ELABORADO PELOS AUTORES (2012)

46

4 CONCLUSÃO

A organização das microbacias trabalhadas no Programa de Gestão de Solos e Água em Microbacias, através do agrupamento das ottobacias, facilita o diagnóstico, planejamento, execução e monitoramento das ações implementadas, visando o desenvolvimento sustentável da área atendida e seu entorno.

Como a grande parte das microbacias recebe infl uência direta ou indireta das áreas urbanas e outras áreas não agrícolas, faz-se necessária uma ação interinstitucional e conjunta envolvendo empresas que atuam nas áreas rurais e urbanas, visando o desenvolvimento de trabalhos que atendam as áreas sociais, econômicas e ambientais.

47

5 REFERÊNCIAS

AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS. Manual de construção da base hidrográfi ca Ottocodifi cada: fase 1 – construção da base topológica de hidrografi a e ottobacias conforme a codifi cação de bacias hidrográfi cas de Otto Pfafstetter. Brasília: ANA/SGI, 2008.AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS. Bacias hidrográfi cas. Brasília: ANA, 2012a. Disponível em: http://www2.ana.gov.br/Paginas/portais/bacias. Acesso em: 07/05/2012.AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS. Topologia hídrica: método de construção e modelagem da base hidrográfi ca para suporte à gestão de recursos hídricos. Brasília: ANA, 2012b. Disponível em: http://www.ana.gov.br. Acesso em: 03/05/2012.BROWN, L. Eco-Economia. EPI - Earth Policy Institute / UMA - Universidade Livre da Mata Atlântica. 2003. 437 p. Disponível em <http://www.uma.org.br>. Acesso em 16 nov 2009.COPEL/AGUASPARANÁ. Base Hidrográfi ca do estado do Paraná – 1:50.000. Curitiba: Copel/Aguasparaná, 2011.FERRAZ, J. M. G. Proposta metodológica para a escolha de indicadores de sustentabilidade. In: MARQUES, J. F. et al. (Org.). Indicadores de Sustentabilidade em Agrosistemas. Jaguariúna: Embrapa Meio Ambiente, 2003.HOGAN, D. J. Indicadores Sociodemográfi cos de Sustentabilidade. In: ROMEIRO, A. R. (Org.). Avaliação e Contabilização de Impactos Ambientais. Campinas: EDUNICAMP, 2004. v. 1MATSUSHITA, M. S. e HAGEMAIER, N. P. C. Roteiro para elaboração de projetos socioe-conômicos e ambientais com uso de Sistemas de Informações Geográfi cas. Curitiba: Instituto Emater, 2010.MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE (MMA). Conselho Nacional de Recursos Hídricos. Re-solução nº 30, de 11 de dezembro de 2002. Dispõe sobre Codifi cação de Bacias Hidrográfi cas. Brasília, DF: Diário Ofi cial da União, 2003a.MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE (MMA). Conselho Nacional de Recursos Hídricos. Re-solução nº 32, de 15 de outubro de 2003. Dispõe sobre Divisão Hidrográfi ca Nacional. Brasília, DF: Diário Ofi cial da União, 2003b.MOTTA, R. S. da. Manual para valoração econômica de recursos ambientais. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos e da Amazônia Legal, 1998. 218p.OSAKI, F. Microbacias – Práticas de conservação de solos. Curitiba: Câmara brasileira do livro, 1994.RENNÓ, C. D. Construção de um sistema de análise e simulação hidrológica: aplicação a bacias hidrográfi cas. São José dos Campos: INPE, 2003. 158p. – (INPE – 10437-TDI/925).SANTOS, L. M. F., MAXIMIANO, G. A. e MATSUSHITA, M. S. Planejamento de uso da terra: metodologia alternativa usada no projeto Paraná Biodiversidade. VIII Seminário de Atualização em Sensoriamento Remoto e Sistemas de Informações Geográfi cas Aplicados à Engenharia Florestal. Curitiba, 07 a 09 out. 2008.SECRETARIA DE ESTADO DA AGRICULTURA E DO ABASTECIMENTO DO PARANÁ-SEAB. Manual operativo de fundo de manejo e conservação dos solos e controle da poluição. 4ª versão. Curitiba: SEAB, 1992. 96 p.SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE E RECURSOS HÍDRICOS-SEMA. Plano Estadual de Recursos Hídricos do Paraná. Curitiba: SEMA, 2011. 57 p.

48