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Agua quente solar parte 3

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Page 1: Agua quente solar   parte 3

Criar um mercado sustentável de colectores solares

com garantia de qualidade para o aquecimento de água em Portugal

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Iniciativa promovida e financiada por

Page 2: Agua quente solar   parte 3

PEDIDOS DE INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR

Destaque-se o reduzido número de pedidos de informaçãocomplementar (10% do total de contactos com a Linha AQS),o que denota a profundidade e boa qualidade do guião deFAQ elaborado.

De referir a importância da televisão, enquanto o principalmeio da campanha publicitária através do qual as pessoasque acederam à linha AQS tiveram conhecimento da suaexistência, bem como o elevado número de contactosprovenientes de particulares.

No que diz respeito à caracterização dos registos de pedidosde informação complementar, a natureza das questõescolocadas através da Linha AQS permitiu identificar 7 gruposprincipais de questões:

Todas as questões foram respondidas e a todos osinteressados foram enviados folhetos e brochuras referentes àIP-AQSpP e à energia solar em geral.

Linha Água Quente Solar

2

pedidos de orçamento

6%

questões colaterais

24%

tecnologia, preços

e instaladores

42%

energia solar e a

IP-AQSpP

6%

certificação/acreditação

de instaladores

10%

correcção dos dados

dos instaladores

12%

Lin

ha Á

gua Q

uente S

ola

rA campanha publicitária "Água Quente Solar", lançada no dia 29 de Maio, na televisão, rádio e imprensa, foiacompanhada pela activação de uma linha de atendimento telefónico, a "Linha Água Quente Solar", e peladinamização do website www.aguaquentesolar.com. Ambas as iniciativas provaram ser importantes facilitadoresde contacto e informação junto dos interessados na utilização de colectores solares para o aquecimento de água.

Neste Destacável nº 3 da Iniciativa Pública "Água Quente Solar para Portugal" apresentam-se os principaisresultados da Linha AQS e do referido website. Para além destes dois temas, descrevem-se os desenvol-vimentos mais relevantes noutras áreas fundamentais do programa, nomeadamente as acções de formação deprofissionais do sector e as actividades de arranque do Observatório para o Solar Térmico. Este último,sediado na Agência para a Energia (ADENE), constitui peça essencial no acompanhamento da execução daIniciativa Pública e na monitorização do Programa "Água Quente Solar para Portugal".

Linha AQS808 10 90 90

Rádio

22%

Imprensa

20%

Não se recorda

7%

TV

51%

Empresa

22%

Organismo Público

7%

Não Identificado

1%

Particular

70%

Em simultâneo com o arranque da campanha publicitária"Água Quente Solar" na televisão, rádio e imprensa, no dia29 de Maio foi activada uma linha de atendimento telefónico- Linha Água Quente Solar (Linha AQS, tel.: 808109090) -com a colaboração da empresa Espirito Santo ContactCenter (ESCC).

Prevendo-se que a campanha, com um plano de meiosalargado, suscitasse dúvidas sobre questões relacionadascom a instalação, financiamento, assistência técnica, etc., deequipamentos e sistemas solares, pretendia-se deste modocriar uma interface eficaz com os potenciais interessados nautilização de colectores solares para o aquecimento de água.

Assim, foi preparada uma lista detalhada de FAQ (Questõesmais frequentes) e formada a equipa de operadoresresponsáveis pela realização do atendimento que, instaladana central de call centers da ESCC, manteve operacional aLinha AQS até meados de Setembro.

A partir de 22 de Setembro, o serviço de atendimento daLinha AQS passou a ser realizado directamente pela ADENE.Durante o período em que o atendimento foi realizado pelaESCC, a ADENE e o INETI actuaram como back-office,respondendo a pedidos de esclarecimentos adicionais, ouseja, questões não previstas no guião de FAQ.

Com o objectivo de avaliar o impacto da implementação daLinha AQS - a qual registou cerca de 530 contactos,fundamentalmente, nos meses de Junho e Julho - foramdesenvolvidos dois estudos pelo Observatório para o SolarTérmico.

Um dos estudos pretendeu caracterizar os cerca de 60pedidos de informação adicional recebidos e o outro visouconhecer a sequência dada à informação obtida através daLinha AQS. O primeiro estudo incidiu sobre a totalidade doscontactos registados (50), enquanto que o segundo permitiurecolher informação junto de aproximadamente 25% (131)do número total de pessoas que acederam à Linha AQS.

Conhecim

ento

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QS

Ori

gem

do c

onta

cto

Page 3: Agua quente solar   parte 3

IMPACTO DA LINHA AQS

A avaliação do impacto da implementação da Linha AQSrealizou-se de 15 a 30 de Setembro por entrevista telefónicaconduzida por técnicos do Observatório para o SolarTérmico, com base num "guião de entrevista" previamentetestado.

O universo de pessoas a contactar tinha sido estimado em381 pessoas, seleccionadas de acordo com os seguintescritérios (a) utilizadores da Linha AQS que solicitaraminformação adicional (este grupo serviu para o ensaio eafinação do guião da entrevista), e (b) todos os registos decontactos com a Linha AQS com os números de telefonecorrectos. Responderam ao inquérito 131 pessoas, ou seja,34% das pessoas contactadas.

As figuras seguintes apresentam sucintamente os resultadosdas respostas às entrevistas realizadas, agrupadas nas 3secções do “guião da entrevista”. Do conjunto de 16questões que integravam o guião, apresentam-sesucintamente os resultados das questões consideradas maisrelevantes para a avaliação da acção.

Questão: Através da Linha AQS obteve ainformação que pretendia ?Esta pergunta permite avaliar o grau de satisfação dosutilizadores da Linha AQS. Cerca de 60% dos inquiridosrevelaram que a Linha AQS foi útil e esclarecedora naresposta às questões colocadas. Esta percentagem mostraque a maioria das questões relacionadas com esta fonte deenergia foi identificada e correctamente incluída nas FAQ ourespondida em posterior contacto.

3

Não e acabei por desistir9%

Apenas parcialmente23%

Utilizadores da Linha Azul

que responderam ao inquérito

Obteve a informaçãoque pretendia ?

Contactou algumaempresa do sector ?

Como classifica o contacto que estabeleceu ?

Não59%

Sim41%

100%

100%

Outras respostas11%

Sim, foi esclarecedor57%

A empresa apresentou orçamento

37%

A empresa "quase não ligou"

17%A empresa foi profissional e atenta39%

Desisti devido ao preço9%

I - Contacto com a Linha Azul e empresas.

Utilizadores da Linha Azul

que responderam ao inquérito

Adquiriu umsistema solar ?

100%

100%

Sim. Estou satisfeito com trabalho da empresa5%

Não. Investimento é muito elevado

23%

Não mas ainda não desisti33%

Não. Ainda não percebi se vale mesmo a pena

13%

Não. Por outras razões26%

Prédio oumoradia ?

Prédio15%

Moradia85%

Contrato demanutenção ?

Não32%

Sim68%

Garantia escritado instalador ?

Não3%

Sim97%

Residênciapermanente ?

Não9%

Sim91%

II - Aquisição de sistemas solares.

Utilizadores da Linha Azul

que responderam ao inquérito

Recurso alinha de crédito ?

100%

Sim4%

Depende dascondições propostas

23%

Não78%

Conhece osbenefícios fiscais ?

Sim,mas...4%

Não21%

30%31%

50%19%

Sim63%

Percentagem parabenefício fiscal ?

25%2%

40%3%

Não sabe78%

III - Financiamento.

Questão: Adquiriu um sistema solar na sequênciado contacto com a Linha AQS ?Esta pergunta permite avaliar a mobilização das pessoas paraa aquisição de colectores solares após a campanhapublicitária. Cerca de 5% dos inquiridos responderam afirma-tivamente, sendo o elevado investimento inicial a razãoapontada para a não aquisição por 23% do total de respostasnegativas. Verifica-se que cerca de 33% ainda não desistiu dapossibilidade de vir a adquirir este tipo de equipamentos.

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Questão: Quanto estaria disposto a pagar por umsistema solar ?Esta pergunta pretendia avaliar o nível de predisposição parainvestir dos potenciais utilizadores e/ou a informação retidasobre o custo dos sistemas solares. Como esperado, adispersão das respostas impossibilitou a identificação de umpadrão:

> cerca de 12% dos inquiridos indicaram 1000 euros comoo investimento que estariam dispostos a efectuar, tendometade deles referido que o sistema seria utilizado porapenas 2 pessoas.

> 1500 euros foi o valor de investimento referido por cercade 12% dos inquiridos, tendo a maioria mencionado queo sistema seria utilizado por 4 pessoas.

> o valor de investimento inicial de 2000 euros foi indicadopor 18% dos inquiridos, com cerca de metade a referir 4utilizadores do sistema.

Apenas 20% do número total de inquiridos revelaram algumconhecimento sobre o custo de um sistema solar, comoresultado de contacto recente com empresas do sector ou deinformação obtida através na Linha AQS. As restantesrespostas foram obtidas a partir de valores sugeridos pelosentrevistadores, "validados" pelos inquiridos. Mesmo assim,cerca de 16% dos inquiridos não foram capazes de indicarum valor para o custo de um sistema solar para o seu própriocaso, nem de estimar quanto estariam dispostos a pagar porum equipamento desta natureza.

CONCLUSÕES

Para além da análise estatística dos inquéritos, aheterogeneidade das respostas obtidas apenas permite umaapreciação qualitativa e genérica, resumida nos seguintescomentários:

> o formato actual dos benefícios fiscais e o regime do IVAaplicável aos equipamentos e sistemas solares foramobjecto de críticas. Da inutilidade prática do benefíciofiscal - dada a impossibilidade de acumulação com ocrédito à habitação - até a sugestões de aumento dolimite de dedução disponível ou de alterações ao regimedo IVA, a generalidade dos entrevistados consideramque são situações que importa corrigir.

> a Linha AQS foi avaliada como particularmente útil naobtenção de contactos de empresas do sector e de escla-recimentos em relação aos apoios/benefícios existentes.No entanto, notou-se alguma tendência para as pessoasesquecerem o tema "energia solar", caso não sejam man-tidos canais de informação massificada e independente.Quanto às empresas, deverão promover os seus produtosem mais larga escala, facultando informação sobre o seupreço e oferecendo facilidades de pagamento, nomeada-mente o pagamento faseado sem juros.

> diversos utilizadores da Linha AQS tinham como objectivoprincipal o aquecimento ambiente e não (apenas) a pro-dução de AQS, ou seja, verifica-se que a importância doconsumo de energia para o aquecimento de água, no-meadamente no sector residencial, é ainda poucoreconhecida.

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Website “Água Quente Solar”A manutenção e actualização do website "Água QuenteSolar" constitui uma peça fundamental no esforço dedisseminação de informação desenvolvido no âmbito daIP-AQSpP. Lançado em Janeiro de 2003, o websitecomplementou de modo efectivo a campanha publi-citária iniciada nos media em 29 de Maio, revelando-seuma fonte de recursos informativos sobre o solar térmicoadequada às necessidades dos diferentes públicos-alvo,nomeadamente através das FAQ, das publicaçõeseditadas e dos dados sobre as empresas e instaladoresinseridos nos respectivos Directórios.

Com a prestação da empresa Vitral Digital, o site temsido mantido actualizado com elementos sobre odesenvolvimento da Iniciativa Pública e as possibilidadesde utilização dos colectores solares para o aquecimentode água. Desde Maio de 2003 foram criadas novaspáginas do site, inseridas novas publicações e ampliadasas funcionalidades e serviços deste instrumento dedisseminação de informação e suporte às actividades doprojecto.

Destaquem-se a novas secções "Mostra TecnológicaVirtual" e "Casos de Aplicação", a possibilidade desolicitação de vistorias a sistemas de colectores solares,através do preenchimento on-line de uma fichadisponível na secção "Observatório", para além dasversões electrónicas de publicações como o número umdo folheto informativo das actividades do Observatóriopara o Solar Térmico, os destacáveis da IP-AQSpP

publicados na Revista "Energia Solar" da SPES, o folhetosobre certificação de equipamentos e as brochurassectoriais AQS Doméstico e AQS Indústria.

No início de Outubro de 2003, o número total de “hits”atingiu os 367 000, correspondentes a perto de 8 700visitas desde a última semana de Maio. Como seria deesperar, o maior número de visitas registou-se em Junho,sendo as secções "Observatório" e "Publicações" as maisvisitadas e com períodos de consulta mais prolongados.Os documentos e informações mais acedidas foram asrespeitantes aos equipamentos e instaladores certifi-cados, as FAQ e as linhas de apoio. O Destacável nº1da IP-AQSpP e o folheto "Linhas de Apoio" foram osdocumentos que registaram o maior número de downloads.

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Foi editada a brochura"Utilização de colectoressolares para a produçãode calor de processoindustrial", a terceira dasérie de brochuras sec-toriais previstas editarno âmbito da IniciativaPública "Água QuenteSolar para Portugal".

Esta brochura constituiuma reimpressão parcial

e actualizada do relatório "POSHIP - Potencial daenergia solar no calor de processo industrial",publicado no nº 48 da revista "Energia Solar" da SPES,o qual foi produzido no quadro do projecto POSHIP eresume os principais resultados do estudo. Dada asua limitada divulgação no seio do referido projecto,optou-se por promover a sua mais vasta divulgação

Brochuras Sectoriais

Observatório para o Solar Térmico

A intervenção do Observatório para a realização devistorias a sistemas solares térmicos pode ser solicitadapelos instaladores – que, de acordo com o regulamentodo respectivo Directório publicado no Destacável nº1(Jun/Dez 2002), devem reportar ao Observatório todosos trabalhos realizados – bem como pelas empresas ouparticulares que pretendam obter uma opiniãoindependente sobre as instalações existentes. Para oefeito deverá ser preenchida e enviada ao Observatóriouma ficha de solicitação de vistoria, disponível emwww.aguaquentesolar.com e no número 1 do Triptico doObservatório. As vistorias ficam sujeitas a uma processode selecção aleatória, salvo em caso de indicação daexistência de problemas, situação em que será semprefeita uma vistoria.

O Observatório já realizou mais de duas dezenas devisitas a instalações de colectores solares para oaquecimento de água (muito recentes ou com cerca de5-6 anos de operação), recolhendo informações úteissobre o funcionamento das instalações e o desempenhodos instaladores. Estas visitas constituem uma amostrarelativamente representativa do universo de utilizaçõesde colectores solares para aquecimento de água nonosso país. No segundo número do Triptico doObservatório será reportado o estado real de implemen-tação destas tecnologias em Portugal, com base numaamostra mais alargada de instalações vistoriadas.

O Observatório para o Solar Térmico funciona naAgência para a Energia (ADENE) e é um instrumento demonitorização do programa "Água Quente Solar paraPortugal". Tendo por missão a recolha e tratamento dedados referentes a componentes, instalações, empresas,instaladores e utilizadores de colectores solares no mer-cado português, o Observatório permite o conhecimentodetalhado do mercado de energia solar em Portugal e adefinição de medidas que contribuam para uma maiorpenetração desta tecnologia.

Através de um folheto específico, o Observatório divulgaregularmente elementos sobre o estado do mercadonacional de colectores solares, nomeadamente dadossobre operadores do sector, produtos comercializados nomercado nacional, área de colectores instalados e outrasestatísticas pertinentes. Editado em Outubro de 2003, oprimeiro número do "Tríptico do Observatório" apresentadados sobre o estado actual do mercado, focando emparticular o impacto dos programas de financiamento àinstalação de colectores solares, para além deinformações sobre os principais resultados dasactividades já realizadas pelo Observatório.

no âmbito da IP-AQSpP. Tendo em atenção o público-alvo e o carácter mais restrito do conteúdo, estabrochura será apenas disponibilizada, em versãoelectrónica, no site www.aguaquentesolar.com.

Algumas das actuais tecnologias de colectoressolares permitem a obtenção de calor a temperaturasentre 80º C e 250º C com um excelente rendimento.Assim, os sistemas industriais solares térmicospermitem satisfazer uma parte signif icativa dasnecessidades de calor industrial em aplicações tãodiversas como a produção de vapor, lavagem,secagem, destilação, pasteurização, etc. A brochuradescreve o potencial de aplicação dos colectoressolares em diferentes sectores industriais, bem comoas tecnologias disponíveis, os critérios para aavaliação da viabil idade, alguns exemplos deaplicação em Portugal e Espanha e os programas deincentivos existentes.

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Tipo de formandos e proveniência por zona geográfica TOTAL

Norte Centro LVT Alentejo Algarve RAM

Instaladores 9 29 65 5 22 1 131

Projectistas 8 12 46 4 1 71

Formadores 15 13 28

TOTAL 32 41 124 5 26 2 230

baseado na frequência destes Cursos de Formação. Talinteresse reflectiu-se na impossibilidade de acesso aosCursos de Formação, realizados no âmbito da IP-AQSpP,por parte de um número significativo de candidatos nasdiferentes áreas. Neste contexto, uma vez esgotadas asvagas nos cursos apoiados pela Iniciativa Pública, defrequência gratuita, o INETI tomou a iniciativa de realizarcursos adicionais fora do âmbito da IP-AQSpP, em que oscustos são suportados pelos formandos.

O aumento dos encargos para os formandos não setraduziu até ao presente, numa diminuição do interesse porparte dos técnicos, tendo já sido realizados dois Cursos deFormação de Projectistas e três Cursos de Formação deInstaladores, num total de 27 projectistas e 40instaladores, estando igualmente inscritos formandos paraa realização de mais 5 cursos até 30 de Abril (2 cursos deinstaladores e 3 cursos de projectistas, um dos quais porsolicitação de uma empresa). O ritmo previsto a partir deAbril de 2004, será de 1 curso por mês - de projectista oude instalador - de acordo com as inscrições recebidas,para além da realização de dois Cursos de Formação deFormadores para os quais já existem 19 inscrições.

Pode concluir-se que a formação de técnicos na área dosolar térmico tem tido grande receptividade junto doactual mercado da energia solar térmica, bem comojunto de técnicos e empresas de outras áreas relacio-náveis, tais como o gás ou as instalações térmicas, queencaram o solar térmico como forma de diversificar a suagama de serviços.

Dados os objectivos previstos no Programa AQSpPquanto à área de colectores solares a instalar até 2010,importa encarar esta iniciativa de formação como umesforço que deve ser prosseguido, de forma continuada,ao longo dos próximos anos, quer por via da acção doINETI, quer por via da acção de outras Instituições quevenham a ser acreditadas para o efeito.

A certificação de pessoal técnico foi identificada, no âm-bito do Programa "Água Quente Solar para Portugal"(AQSpP), como um dos pilares essenciais do desenvolvi-mento sustentado do mercado da energia solar térmicaem Portugal. Assim, no decorrer do último ano,realizaram-se Cursos de Formação Técnica para insta-ladores e projectistas de instalações solares térmicas,bem como Cursos de Formação de Formadores na áreada energia solar térmica (colectores).

A organização, definição de conteúdos e realização dosCursos de Formação ocorreu sob a égide do INETI -Instituto Nacional de Engenharia e Tecnologia Industrial,no âmbito das suas responsabilidades enquanto entidadeexecutora da Iniciativa Pública AQSpP, reunindo ascompetências técnico e científicas adequadas e quepermitiram, no passado, a realização de acçõessemelhantes, nomeadamente em 1998 (Lisboa) e 2001(Funchal).

Deste modo, e no âmbito da referida IP-AQSpP, tiveramlugar entre Julho de 2002 e Novembro de 2003, 7 Cur-sos de Formação de Instaladores (Lisboa), 6 Cursos deFormação de Projectistas (Lisboa) e 2 Cursos deFormação de Formadores (Lisboa e Porto), reunindo umconjunto de formandos distribuídos geograficamente deacordo com o quadro seguinte. Do quadro registe-se oexpressivo número de participantes nos cursos.

No decorrer deste período, verificou-se um enormeinteresse por parte de técnicos que já operavam nomercado da energia solar térmica e de técnicos de outrasáreas relacionáveis, tais como as áreas do gás, dasinstalações térmicas ou da arquitectura, entre outras, noacesso ao esquema de Certificação de Técnicos,

Ins

tala

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ole

cto

res

S

ola

res Cursos de Formação

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7

As empresas instaladoras reconhecidas no quadro doPrograma "Água Quente Solar para Portugal" emitemgarantias de instalação de sistemas solares térmicose de utilização de equipamentos certificados sempreque realizam instalações de aproveitamento de ener-gia solar para o aquecimento de águas. As empresasreportam ainda os trabalhos realizados ao Observa-tório para o Solar Térmico.

A APISOLAR - Associação Portuguesa da IndústriaSolar tem vindo a desenvolver várias acções de divul-gação daquelas medidas junto dos seus associados,dada a importância de que se revestem para o suces-so da IP-AQSpP e a credibilização da energia solarjunto de potenciais utilizadores.

Workshops para Instaladores

Dirigidos aos instaladores de colectores solares comactividade em Portugal, terão lugar no primeirotrimestre de 2004, dois workshops em Fátima eGrândola, nos quais serão apresentadas as primeirasconclusões obtidas nas visitas a instalações efectua-das pelo Observatório para o Solar Térmico, em ter-mos da sua qualidade e do seu desempenho ao fimde alguns anos de funcionamento.

Será também apresentado o "Guia do Instalador",documento que contém informações úteis e orien-tações técnicas para a qualidade das instalações, eserá promovida e discutida a disseminação da utiliza-ção do "certificado de garantia de instalações decolectores solares" por parte dos instaladores.

Aguarda-se a participação activa de uma larga maio-ria de profissionais do sector nestes eventos, con-dição essencial para o progresso e sucesso do pro-grama AQSpP, bem como para a definição consen-sual das práticas profissionais a adoptar no futuro. Aúnica forma de garantir o cumprimento das metasquantitativas do programa AQSpP em termos de áreade colectores instalada anualmente implica a adesãode todos os profissionais envolvidos no mercadonacional dos equipamentos e serviços para o aqueci-mento de água com colectores solares.

A Garantia de Qualidade

A garantia da qualidade dos equipamentos e dasinstalações, duas componentes chave da IP-AQSpP,constituem a base para restabelecer a confiança domercado nesta tecnologia, assegurando ao utilizadoruma alternativa fiável, capaz de competir com asoutras formas de conversão de energia disponíveis,que contam com uma longa tradição de fiabilidadejunto dos consumidores. Assim, o certificado degarantia é uma mais valia crucial para a promoçãodesta tecnologia, contribuindo para credibilizar osinstaladores de sistemas solares térmicos e reforçar oseu posicionamento no mercado.

O certificado de garantia é um documento, emitidopelo instalador e entregue ao proprietário dainstalação, no qual deve constar uma garantia totalde pelo menos seis anos, cobrindo todos os compo-nentes da instalação, incluindo a manutenção duran-te o funcionamento. Para acompanhamento da evo-lução do mercado nacional de colectores solares,uma cópia da garantia é enviada pela empresa insta-ladora para o Observatório para o Solar Térmico, emfuncionamento na ADENE-Agência para a Energia.

Ao emitir um certificado de garantia, o instaladorpoderá, eventualmente, ter a necessidade de fazeralguma correcção no valor global a propor ao clien-te relativamente à prática actual, sem garantia. O

ajuste pode ser calculado, por exemplo, como umapercentagem do custo por metro quadrado de áreainstalada, com base em dados estatísticos estabeleci-dos pelas Associações representativas do Sector, oupor tempo previsto para intervenção técnica anual,considerando um número mínimo de visitas por ano.A opção da base de cálculo deve ser negociada como cliente, assim como a forma de pagamento daprópria garantia, que pode ser, por exemplo, trans-formada num custo anual de assistência previamentecombinado.

Os participantes nos workshops para instaladores queterão lugar no primeiro trimestre de 2004 deverãodebater a(s) forma(s) de concretização das garantiase chegar a um consenso sobre este tema.

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Água Quente Solar para Portugal (AQSpP)

O programa "Água Quente Solar para Portugal" tem por objectivo a criação de um mercado nacional

de energia solar térmica de cerca de 150 000 m2 de colectores instalados por ano, capaz de atingir a

meta de 1 milhão de m2 de colectores instalados e operacionais até 2010.

Para potenciar este programa e aumentar a contribuição da energia solar para o aquecimento de água,

a Direcção Geral de Geologia e Energia (DGGE) promoveu a Iniciativa Pública "Água Quente Solar para

Portugal", potenciando sinergias entre várias instituições com vista à sua concretização: a Agência para

a Energia (ADENE), o Instituto Nacional de Engenharia e Tecnologia Industrial (INETI), a Sociedade

Portuguesa de Energia Solar (SPES) e a Associação Portuguesa da Indústria Solar (APISOLAR).

O financiamento da Iniciativa é assegurado pelo Programa de Incentivo à Modernização da Economia (PRIME)

e pelo Fundo Social Europeu, através da Medida 2.3 – Apoio para a qualificação de recursos humanos.

Este destacável faz parte integrante do

nº52 da Revista Energia Solar, sendo

editado no âmbito da Iniciativa Pública

“Água Quente Solar para Portugal”.

Iniciativa executada por