AH - Principal | 24 de junho de 2016

Fechamento da edição: 21h

Lajeado, sexta-feira,24 de junho de 2016Ano 13 - Nº 1620

Avulso: R$ 2,00

Fundado emjulho de 2002

Sol entre nuvens

Mínima: 9°C - Máxima: 20ºC

FONTE: CIH/UNIVATES

OPERAÇÃO GOTA D’ÁGUA: agentes da Receita Estadual e integrantes do Ministério Público verificaram ontem de manhã as más condições na produção

Exemplos parainspirar lojistas

ÁGUA CONTAMINADA

MP fecha empresa, prende três e afasta gestor da CRSO

Ministério Público (MP) deflagrou ações em Pro-gresso, Lajeado, Porto Alegre e no estado do Per-nambuco. Foram presos os gerentes da empresa de

água Do Campo Branco, Ademar Paulo Ferri e Paulo Moacir

Vivian, além do químico e professor da Univates, Marce-lo Colling. São acusados de organização criminosa. O res-ponsável pela 16ª Coordenadoria Regional de Saúde, Vitor Gerhardt, foi afastado do cargo por se omitir.

MARCELO GOUVÊA

TEMPONO VALE

A Frigovale obteve a liberação

para operar e inicia o abate de gado

na segunda-feira. Empresa abre 120

postos de trabalho.

Como forma de reaproximar

as pessoas da orla do Rio Ta-

quari, as melhorias no belvede-

re chegaram na segunda etapa

ontem, com cerimônia de rei-

nauguração.

Frigorífico começa produção

Governo entrega 2º belvedere

Página 6

Unidade no bairro Rui Barbosa

custou R$ 670 mil. Entrega à comu-

nidade ocorre amanhã.

ARROIO DO MEIO

Município inaugura posto de saúde

Página 8

TEUTÔNIA

LAJEADO

EDUARDO AMARAL

O maestro João Carlos Martins deu o tom da 16ª Convenção

CDL. Maior pianista brasileiro teve que interromper a carreira.

Martins emocionou a plateia ao tocar Parabéns a Você em

homenagem ao cinquentenário da entidade. Ele e mais quatro

painelistas desafiaram os 800 participantes a superarem as

dificuldaes da economia.

CONVENÇÃO CDL 50 ANOS

Página 10

Páginas 4 e 5

Páginas 14 e 15

ANDERSON LOPES

Editorial

Reconhecê-la pela promoção das políticas de

saneamento que contribuem para uma vida mais

digna e saudável

2 A HORA · SEXTA-FEIRA, 24 DE JUNHO DE 2016

INDICADORES ECONÔMICOS

REDAÇÃOAv. Benjamin Constant, 1034/201

Fone: 51 3710-4200CEP 95900-000 - Lajeado - RS

[email protected]

COMERCIAL E ASSINATURASAv. Benjamin Constant, 1034/201

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Os artigos e colunas publicados não traduzem necessariamente a opinião do jornal e são de inteira responsabilidade

de seus autores.

Tiragem média por edição: 7.000 exem-plares. Disponível para verificação junto

ao impressor (ZH Editora Jornalística)

Fundado em 1º de julho de 2002Vale do Taquari - Lajeado - RS

EXPEDIENTE

MOEDA COMPRA VENDA

Dólar Comercial 3,3429 3,3435

Dólar Turismo 3,2900 3,4900

Euro 3,8019 3,8026

Libra 4,9610 4,9632

Peso Argentino 0,2533 0,2357

Yen Jap. 0,0317 0,0370

ÍNDICE MÊSÍNDICE

MÊS (%)

ACUMU-LADO

ANO (%)

ICV Mes (DIEESE) 05/2016 0,67 4,25

IGP-DI (FGV) 05/2016 1,13 4,31

IGP-M (FGV) 05/2016 0,82 4,15

INPC (IBGE) 05/2016 0,98 4,60

INCC 05/2016 0,19 2,25

IPC-A (IBGE) 05/2016 0,78 4,05

BOLSAS DE VALORES

PONTOVARIAÇÃO

(%)FECHAMENTO

Ibovespa (BRA) 51560 2,80

cotação do dia anterior até 17h45min

Dow Jones (EUA) 16.027 -1,10

S&P 500 (EUA) 1.853 -1,42

Nasdaq (EUA) 4.910 1,59

DAX 30 (ALE) 10.257 1,85

Merval (EUA) 11.400 0,00

Cotação do dia anterior até 17:45h, Valor econômico.

Ouro (dólar) – Onça Troy – USD 1268.0 cotação do dia 22/06/2016

Petróleo (dólar)/Brent Crude – barril – USD 49,88 em 23/06/2016

Salário Mínimo/2016 R$ 880,00

TAXAS E CERTIFICA-DOS (%)

MÊSÍNDICE

MÊS (%)ACUMULADO

ANO (%)

TJLP 7,5

Selic 14.25%(meta)

TR 05/16 0,2043 0,9361

CDI (Mensal) 05/16 1,1074 5,4955

Prime Rate 05/16 3.25 3,25 (Previsto)

Fed fund rate 05/16 0.50 0,25 (Previsto)

Diretor Geral Adair G. WeissDiretor de Conteúdo Fernando A. Weiss

Diretor de Operações Fabricio de Almeida

A operação do Minis-tério Público, com apoio da Vigilância Sanitária Estadual, da

Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) e da Receita Estadual desnudou, ontem pela manhã, prática perversa e cri-minosa. Uma soma de omissão, negligência e irresponsabilida-de macula o nome do Vale do Taquari no cenário estadual.

O alvo foi a empresa Mine-ração Campo Branco Ltda, de Progresso, que industrializa a água mineral Do Campo. Dois sócios e um químico industrial foram presos, acusados de comandarem a operação ilegal. Conforme o Ministério Público, a empresa vendia água mineral com presença acima do permiti-do da bactéria pseudomonas ae-ruginosa, coliformes totais, limo e mofo, além de partículas de sujeira. Para piorar, funcionava com as licenças sanitária, docu-mento expedido pelo município de Progresso, e a de Operação da Fepam, vencidas desde 2013.

Uma mancha no Valedos Alimentos

O acúmulo de irregularidades alimenta reação na socieda-de e desperta ira com ampla justificativa e explicação. A Organização Mundial de Saúde estabelece que a água engar-rafada para consumo humano deve ser totalmente livre de coliformes e pseudomonas aeruginosa, devido à vulnera-bilidade de crianças e idosos a esses micro-organismos. A pseudomonas aeruginosa causa infecções respiratórias, uriná-rias e sanguíneas em pessoas com a saúde debilitada. Já a ingestão de coliformes provoca, em geral, graves distúrbios gastrointestinais.

Por mais que as informações a respeito das irregularidades tenham ganho a rua apenas ontem, a investigação das autoridades vem de meses. Os autos de infração emitidos pelo MP acompanham laudos de 2015, quando os empresá-rios foram comunicados das inconformidades existentes na água envazada. Simplesmente

ignoraram os alertas. Os fatos ganham em drama-

ticidade a partir das suspeitas que recaem sobre a atuação permissiva do coordenador regional de Saúde, Vitor Hugo Gerhardt. Segundo a promoto-ria, o responsavel pelo órgão na região teria afrouxado as punições e aplicado apenas ad-vertência, enquanto os técnicos da coordenadoria sugeriam aplicação de multa e interdição da linha de produção.

Diante do exposto, o MP e as instituições de fiscalização cumprem seu papel e dão luz aos fatos. Assim como ocorrera no setor leiteiro, com suces-sivas fraudes reveladas nas operações Leite Compen$ado, o Vale dos Alimentos é mancha-do por práticas criminosas e fraudulentas. Ao mesmo tem-po, os flagrantes de irregulari-dades devem servir de impulso para qualificar e aumentar ainda mais a vigilância sobre toda produção alimentícia regional e estadual.

Ao mesmo tempo, os flagrantes de irregularidades devem servir de

impulso para qualificar e

aumentar ainda mais a vigilância

sobre toda produção alimentícia regional

e estadual.”

José Ivo Sartori, governador do RSArtigo

Lição da Corsan: fazer

mais com menos

O slogan da Corsan diz mui-to: “A vida tratada com respeito”. Respeito na pres-

tação do serviço; respeito nas re-lações entre Estado e municípios; respeito ao que é de todos; respeito aos gaúchos, merecedores de mais eficiência, presteza e resultados. Há um acúmulo de carências materiais. A União não repassa recursos suficientes aos estados, e os estados ficam impossibilitados de oferecer serviços adequados aos municípios. Avançar coletiva-mente, portanto, torna-se missão. O exemplo da Corsan, na substi-tuição de 1,2 mil veículos, deve servir de modelo. Essa é a nova forma de governar o Rio Grande.

A troca da frota antiga por uma nova, zero-quilômetro, be-

neficiará 267 municípios aten-didos pela Companhia, ou seja, 85,4% da sua área de atuação. São 84 caminhões, 836 cami-nhonetes e 281 automóveis. Esse contrato possibilitou a econo-mia de R$ 12 milhões devido ao aumento de veículos locados e o período mais longo de contra-tualização, com 24 meses. Eis a prova de que se pode fazer mui-to mais com muito menos.

Os veículos atuarão no serviço do dia a dia, oferecerão mais agi-lidade no atendimento, ao quali-ficar a promoção do saneamen-to, e propiciar mais segurança aos funcionários. A Corsan está presente em 316 municípios gaú-chos. É responsável por oferecer água tratada para seis milhões

de pessoas. O tamanho dessa res-ponsabilidade é do tamanho do compromisso com a melhoria da vida das comunidades

É preciso valorizar a equipe da Corsan pelo trabalho inteligen-te na elaboração de um contra-to mais eficiente e mais barato. Reconhecê-la pela promoção das políticas de saneamento que con-tribuem para uma vida mais dig-na e saudável. Ainda temos muito a fazer na área do tratamento da água e do saneamento. O mesmo é verdade para outras áreas de atuação do Estado e das prefei-turas. Desejo que a cinquentená-ria Corsan siga em sua trajetória de avanços e que seu exemplo sir-va de modelo para outras esferas do poder público rio-grandense.

3A HORA · SEXTA-FEIRA, 24 DE JUNHO DE 2016


CONVENÇÃO CDL

Evento desafia lojistas a ultrapassar limites

Heinz Rockenbach

Presidente da CDL

Primamos pela qualidade e trouxemos

profissionais renomados porque

acreditamos na melhoria dos nossos negócios a partir do

conhecimento.”

O aumento do ICMS foi um tiro no pé”

Lucas Schifino Giane Guerra

A sede social do Clube Tiro e Caça recebeu ontem a 16ª

edição da Convenção CDL. Ao todo, 800 pessoas de

30 municípios do RS e SC participaram do evento, que

marcou os 50 anos da entidade, sob o tema “O Amanhã

se Faz Agora. Você está Preparado?”

Principal atração do dia, o maestro João Carlos Mar-

tins emocionou o público ao tocar no piano Parabéns a

Você. As dificuldades motoras não impediram a home-

nagem de Martins ao cinquentenário da CDL.

Lajeado

Em sua palestra, Martins contou as histórias de superação que marca-ram a vida daquele que é reconhe-cido mundialmente como o maior

pianista brasileiro de todos os tempos. Na ju-ventude, teve a carreira interrompida por um acidente durante um treino de futebol. Encon-trou motivação no brasileiro campeão mun-dial de boxe, Éder Jofre, para voltar a tocar.

Em 1995, sofreu um golpe na cabeça em um assalto, causando a perda dos movimen-tos das mãos. Novamente conseguiu reto-mar a carreira, após uma série de cirurgias. Quando novamente os médicos disseram que não poderia mais tocar, se tornou ma-estro, tendo se apresentado para mais de 13 milhões de pessoas em dez anos.

Na palestra, comparou a superação desses problemas com os desafios enfrentados pelos lojistas diante da crise. Para ele, uma empre-sa deve funcionar como uma orquestra, de forma harmoniosa, mas com liderança.

A palestra “Inovação e Estratégia para Obter Melhores Resultados”, do arquiteto e especialista em Design Estratégico no Varejo Adriano Braga, abriu o evento. Ele destacou a importância de as empresas conhecerem melhor seus clientes, lembrando que o con-sumidor deve ser o protagonista da compra.

“Precisamos aprender a escutar e perceber e um dos exercícios mais interessantes é o empresário sair da sua sala e ser consumi-dor da própria loja”, desafia. Entre outras dicas, citou parcerias, revisão de estratégias e a definição do que é relevante no negócio. “Reavaliem as operações, cortem o que não é vital e concentrem os esforços naquilo que é mais importante.”

Os rumos da economia pós-crise foram abordados pela jornalista Giane Guerra

e o economista da Fecomércio-RS, Lu-cas Schifino, em painel mediado pelo presidente da Convenção, Ricardo Diedrich.

Schifino abriu o debate falando sobre o momento de dificuldade enfrentado pelo Brasil. “Se por um

lado não adianta apenas reclamar sem tomar atitudes, por outro, ignorar este

momento singular resulta em tomadas de decisões erradas.”

O economista lembra que a economia precisa da demanda de pessoas e empresas com capacidade de consumir aliada a uma capacidade produtiva capaz de atender a essa demanda. “Nos últimos anos, o Brasil adotou medidas que olhavam apenas para o aumento do consumo, sem pensar em fazer as empresas produzirem mais.”

O cenário se agravou, alega, devido ao dé-ficit fiscal. Para ele, a retomada da economia passa pelo controle dos gastos governamen-tais. Para Schifino, o pós-crise pode ser de retomada de crescimento a taxas mais altas que as naturais, uma vez que a capacidade

A Hora – O quanto as políticas so-ciais influenciaram o avanço da eco-nomia nos governos passados e qual a influencia delas na crise atual?

Lucas Schifino – Estudos mostram que essas políticas devem ser a últi-ma coisa a ser cortada pelo governo, porque representam o maior impacto no PIB. Beneficiam as camada de menor renda, que consome muito. Temos que cuidar com a perpetuação da desigual-dade e saber se esse dinheiro é aplicado de forma a colocar essas pessoas no mercado de trabalho definitivamente.

Giane Guerra – O problema é o prazo. Geralmente se pensa em quatro

anos, até a próxima eleição. Ao invés de investir em educação, se investe onde o efeito é imediato. São

extremamente impor-tantes para reduzir a desigualdade,

mas estão sendo feitas?

Diante do aumento do

ICMS, qual a avalia-ção sobre a política

econômica estabelecida

pelo governo Sartori?Giane – É delicada, pois todo mês

é um desafio até mesmo para pagar o funcionalismo. A retomada da economia pode dar um fôlego, mas se aumentar-mos impostos e também as despesas públicas não resolve. O aumento do ICMS foi um tiro no pé.

Schifino – Vai na direção certa ten-tando atacar os problemas das finan-ças, mas aumento de impostos não é solução. No Estado 70% do problema é a previdência, que consome entre um quarto e um terço de todas as recei-tas liquidas. Por isso o pessimismo em relação ao futuro, pois só se resolve no longo prazo. Precisa reformar, tentar mudar a regras. Para isso, é preciso fazer um acordo nacional. Aumento de tributos só adia o problema e ainda cria o subterfúgio para o governo continuar gastando. Neste mo-mento de crise, é altamente punitivo para a economia. O RS é hoje o campeão em inflação no Brasil. Muito disso se expli-ca pela alta no ICMS.

dicas, cite a defi“Reavalié vital e é mais i

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o nacional. butos só a e ainda io para inuar e mo-

anos, até a preleição. Ao investir em se investe oefeito é ime

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mas esfeitas

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A 16ª Convenção Lojista comemorou os 50 anos da CDL Lajeado. Eventou no salão social do CTC, que receb


Reportagem: Thiago Maurique

João Carlos Martins Ricardo Cappra

O futuro aponta para a inteligência de dados”Uma empresa deve funcionar como uma orquestra”

produtiva está represada pela recessão. Para Giane Guerra, o fim da crise ainda

não está bem definido. A jornalista afirma que o mercado reagiu positivamente ao im-peachment, mas com desconfiança à nome-ação de ministros citados na Lava-jato pelo governo interino de Michel Temmer.

“Isso reduz a confiança alcançada com o fim de um governo populista”, ressalta. Mes-mo assim, alega que o momento é de opor-tunidade para os empresários que investem pensando no longo prazo. Quando a econo-mia for retomada, aponta, esses estarão na frente da concorrência.

Análise de dados na era da informação

Uma sociedade conectada gera um fluxo infinito de informações que estão disponí-veis em tempo real em um grande banco de dados mundial. Na palestra “Marketing Ha-cking: utilizando a informação para agregar valor e construir relacionamentos”, o cien-tista de dados, Ricardo Cappra, apresentou fórmulas para decifrar os códigos e alcançar resultados positivos para as empresas.

O conceito é relativamente novo, diz Cap-pra, surgido por meio do advento da inter-

net. Segundo ele, hoje todas as ações reali-zadas por qualquer pessoa na rede geram dados que são compilados pelas grande em-presas de tecnologia da informação.

“Fornecemos dados como nunca se viu. Qualquer postagem, curtida ou navegada no Facebook gera muitas informações dire-tamente ao ‘Big Data’”, relata. Como resul-tado, aponta, as empresas de tecnologia des-cobrem cada vez mais detalhes sobre gostos, hábitos e tendências.

Segundo o cientista, essas situações po-dem gerar incômodo, mas não por causa dos dados gerados, e sim do mau uso das infor-mações. Para ele, plataformas como o Spo-tify, serviço de streeming de música, e o Ne-tflix, de filmes, são exemplos de uso benéfico.

As redes sociais, ressalta, ampliaram ainda mais essa gama de informações. Lembra que todos os dias 60 milhões de brasileiros aces-sam diariamente o Facebook. “É uma pesqui-sa em tempo real em 30% da população.”

Conforme o cientista, com as ferramen-tas de análise, é possível decodificar os pa-drões sociais de cada público. Segundo ele, o desafio das empresas diante dessa nova realidade é saber utilizar esses dados para tomar decisões capazes de trazer benefício dos negócios.

A Hora – Quais são as seme-lhanças entre o funcionamento de uma empresa e o de uma orques-tra?

João Carlos Martins – A música é algo que simboliza a eternidade. Quando falamos de música erudi-ta, algo que foi composto há 250 anos continua, hoje, nos ouvidos da população. O problema é que, quando é feita por uma orquestra, cada naipe precisa respeitar o outro e todos têm que ter uma liderança. Não uma liderança autoritária, mas democrática. Uma empresa deve funcionar como uma orquestra. Com liderança, mas, antes de tudo, com harmonia. Essa é a ligação.

Você tem uma história de vida em que precisou

passar por muitas supe-rações. Neste momento

de crise na economia, quais as

atitudes que os empresá-

rios precisam ter para superar as

adversidades?Martins – Os lojistas são os

primeiros a sentir a crise e a saber o momento de saída da crise. Im-portante é jamais perder o foco da esperança. Depois de 22 operações, descobri o significado da palavra re-siliência. Os médicos falaram que eu não conseguiria tocar profissional-mente, me reinventei como maestro. Não podemos tratar uma tragédia com piedade e sim com amor á vida, e até com humor. De uma adversida-de, você tem que fazer uma platafor-ma para dar um voo mais alto e não para se atirar em um abismo.

Você também integra projetos sociais que levam a música erudi-ta para as camadas mais pobres da sociedade, contrariando a ideia de que essa população não está disposta a consumir cultura de qualidade. Como é essa expe-riência?

Martins – Eu prefiro esquecer a lenda e acreditar nos fatos. Nestes dez anos, atingimos mais de 13 milhões de pessoas ao vivo, não só nas grandes salas de concertos, mas também nas periferias. Para mudar essa visão, basta todos os artistas de ponta saírem de suas torres de marfim e irem ao encontro da popu-lação. Por que não fazer?

A Hora – Como aplicar os con-ceitos da análise de dados em pequenas e médias empresas do mercado local?

Ricardo Cappra – O principal é entender que todas as pessoas estão gerando conversas públicas sociais. Sobre sua região, localida-de, bairro e loja. Ao mesmo tempo, existem ferramentas que pegam essas conversas em tempo real e geram dados em formato de Excel. Você baixa essas informações e começa a fazer descobertas. Dá para saber se as pessoas que vão na loja falam bem ou não dela. A partir dessas informações dá para fazer as análises. Quando o

dono do negócio olha os dados, faz a leitura que outras pessoas não fariam. Porque ele conhece

o negócio. É relati-vamente simples.

Qual o limite entre o volume de informações disponíveis e

a nossa

capacidade de utilizá-las?

Cappra – Tem que entender quais perguntas fazer para os dados. Primeiro, coletar de forma mais aberta. Depois, fazer perguntas específicas, sobre pessoas de de-terminada região e com determina-das características. Se não limitar, chega em uma situação em que não se faz descoberta nenhuma porque não consegue processar e analisar devido ao grande volume de informações.

Muita gente tenta descobrir uma fórmula para ganhar dinheiro na internet. A pergunta mais adequa-da não seria: como usar a internet como ferramenta para conseguir melhores resultados?

Cappra – É exatamente isso. Como usar as informações que a internet proporciona para respon-der as dúvidas sobre meu negócio? Minha empresa não precisa estar na internet, mas precisa saber o que as pessoas que estão na in-ternet, ou seja, todas, estão falan-do sobre o meu produto para eu poder escolher o melhor caminho e tomar as melhores decisões. O futuro aponta para a inteligência de dados.

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fazer as análises. Quando o dono do negócio olha os dados, faz a leitura que outras pessoas não fariam. Porque ele conhece

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Qual o limite entre o volume de informações disponíveis e

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ANDERSON LOPES

A 16ª Convenção Lojista comemorou os 50 anos da CDL Lajeado. Eventou no salão social do CTC, que recebeu 800 pessoas de 30 cidades do RS e SC

CidadesInscrições abertas para contratos emergenciais

ESTRELA – A Secretaria de Educação recebe

até hoje inscrições para o cadastro reserva

de profissionais, para o ano letivo de 2016,

ao cargo de professor de professor de Música.

As inscrições serão recebidas na Smed, na

rua Pinheiro Machado, 343, centro (prédio da

antiga Polar), no horário das 9h às 11h e das

14h às 16h. A documentação necessária e

demais informações estão disponíveis no Edital

de Processo Seletivo nº 012-04/2016, que pode

ser acessado no www.estrela.rs.gov.br, em

processo seletivo.

A HORA · SEXTA-FEIRA, 24 DE JUNHO DE 20166

Teutônia

A indústria de abates

de bovinos insta-

lada no município

contribuirá para

abertura de novas vagas de

emprego e ampliará arreca-

dação de impostos. A Frigo-

vale, instalada na localidade

de Linha Clara Fundos, inicia

atividades na segunda-feira.

Desde fevereiro, a direção da

empresa aguardava licença de

operação por parte do Minis-

tério da Agricultura e Serviços

de Inspeção Federal (SIF).

Com o documento, a empre-

sa projeta abate de 60 animais

por hora, chegando a 400 por

dia. Serão preparados cortes de

carne, carcaça e miúdos para

mercado interno. Além disso, a

Planta industrial em Linha Clara Fundos ofertará até 130 vagas de emprego diretos

Frigorífico inicia abates na segunda-feira

Frigovale tem certificado para

exportação aos mercados euro-

peu e norte-americano podendo

chegar ao faturamento bruto

de R$ 700 mil por dia.

Em primeiro momento, serão

contratados 65 funcionários que

passarão por treinamento de 20

dias na sede. A meta para aten-

der a demanda de produção é

contratar 130 profissionais da

cidade. Em área de 7,8 hectares,

foram construídos 6.750 metros

quadrados para a indústria.

Segundo o secretário da In-dústria, Comércio e Serviços, José Mirto Peter, a parceria com a empresa iniciou em 2014. A principal preocupa-ção na época era encontrar facilidades para acelerar a instalação. Para isso, a Fri-govale adquiriu propriedade que já estava licenciada pela Fepam, permitindo agilida-de no processo ambiental. “Como já estava tudo regula-rizado, apenas destruíram o prédio que havia lá e recons-truíram dentro de padrão modelo nacional”.

Outro fator importante para o desenvolvimento da empresa na cidade é localização em cem quilô-

metros de diversos meios de transportes. Hoje, a principal ligação é com Porto Alegre, para onde pode ser enviada a carne e transportada até Rio Grande para exportação via navio.

As estradas que ligam à Ser-ra Gaúcha também permitem que a produção seja escoada para o mercado interno. A esperança é da reabertura do Porto de Estrela e linha ferro-viária para agilizar entregas e reduzir custos com logística.

Para Peter, a infraestrutura ofertada na cidade facilita o trabalho. A região é co-nhecida pela mão de obra especializada e abundante para o setor.

Logística favorável

Na planta industrial serão abatidos 400 bovinos por dia e gerados 65 empregos

DIVULGAÇÃO

Lajeado

A coligação entre PMDB e PDT

foi confirmada oficialmente on-

tem à noite, em reunião na sede

dos funcionários da prefeitura.

Os partidos anunciaram Márcia

Scherer como pré-candidata à ca-

deira executiva, tendo como vice

Renato Worm.

A chapa para a disputa da admi-

nistração municipal é alvo de es-

peculações desde dezembro do ano

passado, quando o PMDB deixou a

base do governo de Luís Fernando

Schmidt. A decisão resultou na

desfiliação do vice-prefeito, Vilson

Jacques, que agora integra o PTB.

Em março deste ano, foi a vez do

PDT abandonar a base governista.

A confirmação foi dada pelo depu-

tado estadual Enio Bacci, presiden-

te do partido.

Márcia e Worm formam a quar-

ta chapa anunciada para o pleito

de outubro. No início do mês, foi

confirmada a coligação entre PP e

DEM, PSD e PSDB, com os progressis-

tas Marcelo Caumo, para prefeito, e

Glaucia Schumacher, para vice.

Na semana passada, foi a vez do

PT confirmar coligação com PSC,

PTB, PPL e PR. Luís Fernando Sch-

midt, do PT, e Wilson Jacques, do

PTB, repetem a dobradinha vence-

dora em 2012.

O diretório local do PMN tam-

bém lançará chapa própria, com o

presidente da sigla, Basílio Ramos,

como pré-candidato a prefeito.

Márcia Scherer e Renato Worm apresentam pré-candidatura


Cidades8 A HORA · SEXTA-FEIRA, 24 DE JUNHO DE 2016

INAUGURAÇÃO EM ESTRELA

Arroio do Meio

A nova Unidade Básica de Saúde, construída no bairro Rui Barbo-sa, inicia os atendi-

mentos à população a partir de segunda-feira. Conforme o se-cretário da Saúde, Gustavo Za-notelli, a obra desafoga o movi-mento no posto central, já que todos os 2,6 mil moradores do bairro eram atendidos no local.

O investimento é de R$ 670 mil. Do total, R$ 408 mil são provenientes do Ministério da Saúde e R$ 260 mil de contra-partida do município. O prédio tem 302 metros quadrados, divididos em salas para aten-dimentos médicos e odontoló-gicos, salas de atividades co-letivas, vacinação, farmácia e outros.

Segundo Zanotelli, a equipe de profissionais é formada por médicos (clínico-geral, gineco-logista e pediatra, conforme agendamento semanal), enfer-meira, técnica em Enfermagem, agentes de Saúde, secretária e auxiliar de serviços gerais.

De acordo com o prefeito Sid-nei Eckert, o município passa a contar com seis unidades de saúde. “Nosso foco é ampliar o número de especialidades, pro-cedimentos e ações de saúde preventiva e curativa.”

Novo posto de saúde pode atender 2,6 mil pacientesComplexo será entregue amanhã, às 9h

Este é o segundo posto de saúde inaugurado pela administração em um ano

DIVULGAÇÃO

A inauguração ocorre ama-nhã, 25, a partir das 9h. A es-trutura está localizada na rua São Jorge, próxima à escola e à área de lazer. Os atendimen-tos começam na segunda-feira, 27, no horário das 7h30min às 11h45min e das 13h às 16h45min.

Números O Executivo aplica cerca de 24%

do orçamento no setor, o equi-valente a R$ 11 milhões por ano. Entre janeiro e abril, foram reali-zadas 23.988 consultas médicas, 25.502 retiradas de medicamen-tos, 9.233 visitas domiciliares de agentes, técnicas e enfermeiras.

O governo municipal entrega amanhã, a partir das 10h, a nova Unidade Básica de Saúde do bairro Boa União, cujo investi-mento chega a R$ 590 mil. Com uma média de 2,7 mil atendimentos por mês, o posto é referência para o bairro, além do Pinhei-

ros e São José. Segundo o secretário Elmar Schneider, até semana passada, a uni-dade funcionava em prédio alugado pelo município, a um custo mensal de pouco mais de R$ 1,2 mil mensais. Em um ano, a economia aos cofres públicos será de R$ 15 mil, enfatiza.

Santa Clara do Sul

Com o objetivo de melhora-mento ambiental nas proprie-dades e nas áreas de degradação ambiental e/ou de preservação ambiental, a Certel doa mudas arbóreas nativas à comunidade em uma parceria com a admi-nistração municipal.

Interessados devem se inscre-ver na Secretaria de Agricultu-ra e Meio Ambiente. É necessá-rio apresentar documento de identificação (RG ou CPF) para preenchimento e assinatura da planilha de encomendas. Poste-riormente, a Certel fará o moni-toramento de plantio das mudas doadas.

As mudas podem ser retiradas na Secretaria de Desenvolvimen-to Urbano e Rural. Ressalta-se que isso não vale para quem já tem obrigação de reposição florestal de mudas como quem solicitou licença para corte de árvores. Mais informações pelo [email protected]

ou 3782-2250.

Parceria com a Certel permite doação de mudas nativas

Estado

O governador José Ivo Sartori participa hoje, no Salão de Atos da Unijuí, a partir das 9h30min, da primeira edição do Fórum Es-tadual do Leite - Rumo Excelência, evento alusivo ao Dia Internacio-nal do Leite (Lei 14.835/ 2016). Será assinado decreto regulamentando a legislação, que visa regrar o setor e evitar fraudes.

O evento reúne produtores, in-

dústria, pesquisadores, acadêmi-cos e líderes políticos e setoriais para debater os novos rumos da produção de lácteos com o advento da regulamentação da Lei do Leite.

O projeto é uma iniciativa do Sindicato da Indústria de Lati-cínios do RS (Sindilat), Sistema Farsul, Fetag e Canal Rural, e tem apoio da Embrapa, Unijuí, Fecoa-gro, Setrem, Emater, Famurs, IGL, Ocergs e Secretaria Estadual da Agricultura.

Sartori assina decreto que regula Lei do Leite


Cidades10 A HORA · SEXTA-FEIRA, 24 DE JUNHO DE 2016

Lajeado

A segunda etapa do pro-jeto de melhorias da orla do Rio Taquari foi finalizada ontem com a

entrega das reformas do segundo belvedere da rua Oswaldo Aranha. A área de 277 metros quadrados, localizada na esquina da rua Júlio de Castilhos, recebeu novos bancos e iluminação de LED. Além disso, o piso no local foi trocado. O custo da reforma foi de R$ 76,6 mil.

O primeiro belvedere da Oswal-do Aranha foi entregue à popula-ção no mês de março. A terceira obra do tipo é realizada a poucos metros do local reinaugurado on-tem. Após finalizar as reformas na orla do Taquari, a próxima eta-pa do projeto do Centro Histórico é a Praça da Matriz.

Com as melhorias, o governo acredita poder levar a população de volta à beira do rio. A medida

Com a entrega das reformas, governo espera atrair população para a beira do Taquari

Segundo belvedere na orla é reinaugurado

é um pedido do Comitê Gestor do Centro Histórico. Para o presidente do grupo, Ítalo Reali, os trabalhos devem começar a surtir efeito du-rante os meses mais quentes. “No verão, com esse belvedere, as pes-soas ocuparão o espaço.”

Segundo Reali, além da reforma

dos belvederes, outro espaço pre-cisa ser modificado para atrair os moradores para o Taquari. O Comitê cobra o melhor aprovei-tamento de uma área próxima aos belvederes. “Queremos a ins-talação de quadras esportivas, criação de praças para as crian-

ças. Com isso, nós damos atrações para o público ir até o rio”, desta-ca o presidente.

A área referida por ele fica na esquina da Bento Gonçalves com

Oswaldo Aranha. Reali defende a instalação de uma marina no local. Com isso, os moradores po-deriam utilizar barcos para apro-veitar melhor o rio.

Mesmo reconhecendo a importância das reformas, Reali lembra da neces-sidade de pensar outras medidas. “É preciso lim-par a barranca para que as pessoas possam enxer-gar o rio, como quando eu era jovem.”

O presidente ressalta também a necessidade de o governo pensar em atrativos para o público. “A prefeitura vai precisar pensar ações que atraiam público.”

O alerta não impede Reali de comemorar as reinaugurações dos belve-deres. “Primeiro tenho de ter o espaço para disponi-bilizar aos moradores.”

Mesmo sendo impor-tantes, as reformas dos espaços não são as únicas medidas necessárias para atrair a população de volta às margens do rio. Uma sé-rie de atividades precisa ser pensada nos próximos anos para alcançar o objetivo, como lembra Reali.

ATRAIR AS PESSOAS

EDUARDO AMARAL

Obra é parte do projeto para melhorar o aspecto na orla do Rio Taquari

Cidades 11A HORA · SEXTA-FEIRA, 24 DE JUNHO DE 2016

Vales do Taquari e Rio Pardo

Diariamente empresários

e moradores acumulam

prejuízos em razão das

perdas com o transpor-

te de sua produção por estradas

de chão a outros municípios da

região e estado.

Para mudar essa realidade,

conter o êxodo rural, fortalecer o

agronegócio, o turismo rural e a

criação de agroindústrias, prefei-

tos elaboram projetos e buscam re-

cursos estaduais para pavimentar

estradas do interior.

Um dos programas utilizados

é o BRDE Municípios, criado em

2015. Durante a semana passada,

em meio às festividades de 55 anos

do banco, foi anunciado o repasse

de R$ 40 milhões para obras de in-

fraestrutura em 16 municípios do

estado, entre eles, Mato Leitão, Ve-

nâncio Aires e Westfália.

A prefeita de Mato Leitão, Car-

Municípios projetam obras no interior para melhorar escoamento da produção

BRDE financia recursos para asfaltamento

men Goerck, conseguiu a liberação

de R$ 2,4 milhões. O valor será apli-

cado no asfaltamento de três ruas

no centro (Santa Inês, João Auré-

lio Wildner e Arnaldo Bourscheid)

e dois trechos no interior, na Vila

Sampaio e Arroio Bonito. A contra-

partida será de R$ 300 mil.

Em 2014, 5,25% do orçamento

do município foi investido na re-

cuperação de estradas. Sem con-

dições, acessos a agroindústrias,

frigorífico, complexo de silos, os

produtores de leite, suínos e grãos

são afetados.

Para Westfália, o valor liberado

será de R$ 500 mil, para obras de

recuperação e recapeamento do

trecho asfáltico na estrada geral

da Linha Paissandu. Em Venâncio

Aires, que receberá o maior aporte

financeiro dentre os projetos apro-

vados pelo BRDE, o financiamento

chega a R$ 7,2 milhões.

O recurso será destinado à pa-

vimentação de sete segmentos de

rua no bairro Santa Tecla, na zona

urbana, além de três segmentos

rurais em Vila Teresinha, Centro Li-

nha Brasil e Linha Olavo Bilac (en-

trada Grão-Pará). As obras iniciam

após o pleito eleitoral, em outubro.

Em Travesseiro, dois trechos serão pavimentados na comunidade de Picada Essig, cujo valor aplicado se aproxima de R$ 2,5 milhões. Desse montante, R$ 700 mil são financiados pelo Badesul.

As obras de pavimentação em Santa Clara do Sul estão em ritmo acelerado. Na comunidade de Picada San-

ta Clara, a colocação da camada asfáltica em trecho de 1,7 quilômetro está em fase final. Em Nova Santa Cruz, onde será asfaltado um trecho de 2,8 quilô-metros, os trabalhos estão concentrados na construção da base e na drenagem pluvial. São aplicados cerca de R$ 1,8 milhão, com recursos próprios.

TRAVESSEIRO E SANTA CLARA DO SUL

Em Mato Leitão, serão aplicados R$ 2,7 mi em três ruas e dois trechos no interior

DIVULGAÇÃO


Lorenzon Plásticos expande fábrica

Encantado

A Lorenzon Plásticos, que

atua na recuperação de

resinas plásticas, inaugu-

rou ampliação de 1,3 mil

metros quadrados. Segundo o diretor

César Lorenzon, a ampliação está

orçada em R$ 2,5 milhões. “Além da

extensão do prédio, adquirimos ma-

Lajeado

A Construtora Diamond abriu as

portas do seu apartamento decora-

do no Edifício Golden Park, na rua

Machado de Assis, 116, bairro Ameri-

cano. Com um espaço de 233 metros

quadrados, o apartamento tem hall,

sala de estar, sala de jantar, espaço

gourmet, três dormitórios (todos

com suíte), cozinha e lavanderia.

O evento ocorreu no dia 9 e sur-

preendeu os visitantes com a in-

fraestrutura que foi montada. Os

César, Eleutério e Alceu Lorenzon inauguraram ampliação no dia 18

JUREMIR VERSETTI

quinários de alta tecnologia com este

montante. Nosso planejamento de

ampliação iniciou em 2011.”

O espaço, apresentado no dia 18

pelo fundador Eleutério e seus fi-

lhos César e Alceu Lorenzon, abriga

o armazenamento de matéria-prima

assim como a sua seleção. Além do

setor de estocagem, trituração e

aglutinação dos produtos.

São Cristóvão recebe agência dos Correios

Maciel, Sonia e Von Muhlen recepcionaram a comunidade

ROSE'S FOTOS

Lajeado

A nova agência franqueada dos

Correios no município, localizada na

avenida Senador Alberto Pasqualini,

no bairro São Cristóvão, foi aberta

nesta semana.

Segundo o sócio Paulo César Ma-

ciel, o estabelecimento oferece todos

os serviços de coleta, captação de en-

comendas, sedex, entre outros. “No

RS existem 66 agências franqueadas

e a nossa está nessa estimativa. Fico

realizado por isso. Sendo que no país

são mil. O lançamento que ocorreu

nessa quarta-feira é fruto de muito

trabalho que começou em 2012”, fri-

sou Maciel.

Na ocasião, os sócios Sonia Von

Muhlen e Leonel Renato Von Muhlen

recepcionaram a comunidade. Assim

como outras agências franqueadas,

a do São Cristóvão não fornece o ser-

viço de banco postal (parceria com o

Banco do Brasil). A agência funciona

de segunda a sexta-feira, das 9 às

17h45min sem fechar ao meio-dia.

Diamond apresenta apartamento decorado

Visitas ao empreendimento podem ser agendadas

ambientes foram planejados com

móveis, mobiliário exclusivo, objetos

de decoração e iluminação, além de

um sistema de automação. Visitas

podem ser agendadas pelos 3714-

6648 ou 9990-0998.

DIVULGAÇÃO

DIVULGAÇÃO

De acordo com Lorenzon, a em-

presa produziu no ano passado 230

toneladas de matéria-prima e o de-

safio para 2016 é alcançar 300 to-

neladas. “Atendemos os estados do

RS, Santa Catarina e Paraná. Para

acompanhar a nossa demanda, te-

mos planos de seguir adquirindo

equipamentos e expandir o setor de

estocagem. Contando com essa nova

ampliação, o prédio tem 3 mil me-

tros quadrados de área construída.”

Conforme o empresário, a em-

presa fornece matéria-prima para

a indústria dos segmentos de em-

balagens, materiais de limpeza,

brinquedos e automobilística, entre

outros. “Transformamos materiais

recicláveis em matéria-prima para

as indústrias utilizarem.”

Localizada na rua Coronel Sobral,

811, bairro Nossa Senhora de Fátima,

a Lorenzon Plásticos completou 11

anos de atuação no dia 1º de abril.

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Polícia 13A HORA · SEXTA-FEIRA, 24 DE JUNHO DE 2016

Estado

A Polícia Civil indiciou

três pessoas pelo assas-

sinato de Mineia Ma-

chado Silva, 39, funcio-

nária do aeroporto Salgado Filho.

A vítima foi sequestrada no dia

10 por um homem e um adoles-

cente. A dupla foi indiciada jun-

to com uma mulher apontada

como esposa do adulto.

Os assassinos, moradores de

Lajeado, foram presos no domin-

go, 12, e confessaram o crime. Os

dois disseram à polícia que o ob-

jetivo era roubar o carro de Mi-

neia, um Fiat Uno 1996.

Dione Maicon Camargo, 32, foi

indiciado por três crimes, latrocí-

nio, ocultação de cadáver e cor-

rupção de menor. Ele está detido

na Penitenciária Modulada de

Charqueadas (PEC). Já o adoles-

cente, recolhido na Fase, respon-

derá por latrocínio.

Apenas a esposa de Camargo

Polícia indicia três por morte de MineiaAlém dos assassinos confessos, polícia apontou uma mulher por favorecer o crime

diciarem Daiane. “O marido dela

chegou com carro e esses objetos,

apontando que ela sabia do crime”,

detalha o delegado.

Investigações levaram à Daiane

Mesmo tendo confessado o se-

questro e assassinato de Mineia,

a dupla não colaborou com a

polícia para encontrar Daiane.

A participação dela no crime foi

verificada pela investigação. Isso

porque, segundo Ferreira, ne-

nhum dos dois acusou a mulher.

Após a reconstituição do cri-

me, realizada na terça-feira, 21,

a polícia confrontou a versão dos

criminosos. Com o procedimento,

a investigação manteve a hipó-

tese de roubo seguido de morte.

Para o delegado, a funcionária

do Salgado Filho foi uma vítima

ocasional, pois o crime não foi

planejado.

Entre as evidências que confir-

mam a tese, está o uso do cartão

de crédito da vítima. A dupla gas-

tou cerca de R$ 600 em lojas de

Porto Alegre e Lajeado.

Crime gera revoltaA morte de Mineia chocou os co-

legas, que realizaram protestos nas

redes sociais após o crime. Os três

apontados pela polícia como res-

ponsáveis são considerados suspei-

tos. Nos próximos dias, o Ministério

Público decide se eles são réus.

Relembre o CasoNa sexta-feira, 10, o adulto e o

adolescente abordaram Mineia,

com uma arma de brinquedo,

quando ela entrava no carro. Eles

pretendiam usar o carro para as-

saltar um posto de combustível. Os

dois foram presos no domingo, 12,

após serem identificados pelas câ-

meras do aeroporto Salgado Filho.

Mineia era moradora do bairro

Rio Branco, em Canoas, e trabalha-

va no aeroporto há 18 anos.

xxx

Daiane Bastos de Godói não foi

presa. Segundo o delegado respon-

sável pelo caso, Cléber Ferreira, ela

responde por crime de menor po-

tencial. Ela foi indiciada por favore-

cimento real. “O Dione escondeu o

carro na boate de propriedade dela.

Além disso, ele comprou fogão e

máquina de lavar em Porto Alegre

e deixou com ela”, relata Ferreira.

A posse dos objetos foi determi-

nante para as investigações in-

FOTOS REPRODUÇÃO

Funcionária foi abordada no estacionamento do aeroporto Salgado Filho

Mineia morava no bairro Rio Bran-

co, em Canoas. Ela tinha 39 anos


O Ministério Público do Estado (MPE) deflagrou, ontem, a Operação Gota D’Água. A ofensiva ocorreu em Progres-so, Lajeado, Porto Alegre e no estado do Pernambuco. Foi cumprido mandado de busca e apreensão na sede da Campo Branco Ltda, e foram presos preventi-vamente os sócios da empresa, Ademar Paulo Ferri e Paulo Moacir Vivian, além do químico industrial e professor da Uni-vates, Marcelo Colling.

Operação prende três e afasta coordenador de Saúde

Venda de água contaminada

Flávio Ferri

Sócio da empresa investigada

Já estamos tomando as providências necessárias. E

estamos espantados com a pirotecnia

apresentada pelo MP

Vale do Taquari

Uma megaoperação do MPE, da Vigilância Sanitária Estadual, Fundação Estadual de

Proteção Ambiental (Fepam) e da Receita Estadual resultou na in-terdição da sede da empresa, loca-lizada em Progresso, em função da venda de água mineral conta-minada. As investigações sobre o caso iniciaram após informação anônima no início do ano. A pro-curadoria de Justiça segue inves-tigando pelo menos outras cinco fontes naturais no estado.

A Operação Gota D'Água foi realizada pelo Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organiza-do (Gaeco) Segurança Alimentar, em conjunto com as promotorias de Justiça Especializada Crimi-nal, de Defesa do Consumidor e de Combate aos Crimes contra a Ordem Tributária. Participaram da operação os promotores Mauro Rockenbach, da área criminal, e Alcindo Luz Bastos da Silva Filho, da Defesa do Consumidor.

Em entrevista coletiva, realiza-da na sede do MP de Lajeado, os promotores apresentaram o con-teúdo de 400 páginas do processo

Promotor criminal, Mauro Rockenbach (esq), ao lado do

promotor da Defesa do Consu-midor, Alcindo Luz Bastos Sil-

va Filho, falou sobre ganância dos empresários e criticou a

indicação política do cargo de coordenador da 16ª CRS

RODRIGO MARTINI


Reportagem: Rodrigo Martini e Marcelo Gouvêa

Promotor Rockenbach

Sobre relação do coordenador da 16ªCRS

Apuramos, por meio de

interpcetação telefônica, que ele

não deveria agir com o rigor porque foi

indicado pelo partido para estar no cargo

que ocupava

de investigação, divididos em dois volumes. Eles informaram sobre as três prisões. Conforme a inves-tigação, houve dolo na venda da água, já que os empresários e o químico industrial teriam pleno conhecimento, por meio de laudos encomendados pela própria em-presa, da contaminação do produ-to por bactérias.

Sobre o afastamento do coorde-nador da 16ª CRS e responsável pela vigilância sanitária local, Vitor Hugo Gerhardt, o MPE alega prevaricação por parte do ser-vidor estadual. Segundo o pro-motor, ele deixou de interditar a empresa, mesmo após sugestão de seu subordinado, e diminuiu a multa de R$ 20 mil para R$ 2 mil.

“Ele estava acobertando a ati-vidade ilícita da mineradora, por ligações políticas. Ele foi in-dicado pelos sócios da fonte para que ocupasse o cargo”, afirma Rockenbach. Gerhardt foi procu-rado durante a manhã de ontem em sua casa, em Lajeado, na sede da 16ª CRS, e também em Porto Alegre. Mas, até o fechamento desta edição, não havia sido ofi-cialmente notificado pelo MPE sobre a denúncia.

Ferri foi preso pela manhã em seu escritório, localizado em La-jeado. Ele foi encaminhado ao Presídio Estadual de Lajeado. Conforme seu irmão e sócio, Flá-vio Ferri, a defesa pode indicar o advogado, José Antonio Paga-nella Boschi, para atuar em favor do empresário. “Já estamos to-mando as providências necessá-rias. E estamos espantados com a pirotecnia apresentada pelo MP”, afirma Flávio.

A reportagem não conseguiu contato com os defensores do outro empresário preso em Por-to Alegre, e tampouco com a do químico industrial, detido na ci-dade de Arco Verde (PE). Ele atua também como professor no curso Técnico em Química da Univates. Conforme a assessoria, a institui-ção “está acompanhando as in-vestigações do MP e aguardando os desdobramentos para tomar as medidas cabíveis”.

Detalhes da operaçãoOs três presos fazem parte de

um grupo criminoso que orques-trou a venda de água mineral com presença acima do permitido da bactéria pseudomonas aerugi-

nosa – a mesma encontrada no Centro Oftalmológico de Encan-

tado – coliformes totais, limo e mofo, além de partículas de su-jeira. As irregularidades foram comprovadas por diversos laudos da própria empresa obtidos pelo MP em lotes de fevereiro e abril de 2015, de bombonas de 20 litros.

Esses laudos deram origem a uma autuação do Executivo de Progresso pela presença de bac-térias. Além disso, o próprio MP solicitou à Vigilância Sanitária a realização de novas coletas, cujos laudos, realizados pela Univates, apontaram que, pelo menos, ou-tros dois lotes de água mineral com gás de 1,5 litro, com validade até setembro de 2016, são impró-prios para o consumo humano pelo mesmo motivo. “As substân-cias estavam a olho nu em alguns casos”, diz o promotor.

Segundo a Organização Mun-dial de Saúde (OMS), a água en-garrafada para consumo huma-no deve ser livre de coliformes e pseudomonas aeruginosa, devi-do à vulnerabilidade de crianças e idosos a esses micro-organis-mos. A bactéria, por exemplo, é causadora de infecções respirató-rias, urinárias e sanguíneas em pessoas com saúde debilitada. Já a ingestão de coliformes provoca, em geral, graves distúrbios gas-trointestinais.

Ontem, a Fepam constatou que na sede da empresa a área tinha o dobro de metragem informado, e também lacrou os dois poços de extração de água mineral por pés-simas condições de higiene, o que, em tese, teria provocado a conta-minação. Além disso, um dos po-ços não era de conhecimento das autoridades públicas. Já a Licen-ça de Operação da Fepam estava vencida desde abril de 2013.

Outras marcasAlém de envasar para a marca

Do Campo Branco, a mineradora – uma das maiores de Progres-so, com mais de R$ 4 milhões em retorno em 2015 – também envasa para Carrefour, Biri Biri e Roda D’Água. De acordo com a Associação Gaúcha de Super-mercados (Agas), as quatro cor-respondem a menos de 10% do mercado de águas no estado.

Em nota, a rede Carrefour co-municou a suspensão da Mine-ração Campo Branco do quadro de fornecedores durante a apu-ração.

A empresa aérea Azul também utilizava os produtos, mas, tam-bém em nota, avisa já ter can-celado a compra do produto em abril, antes mesmo da operação do MPE. Ela também teria recla-mado da contaminação.

Interferência partidária para evitar interdição

Segundo o MP, em julho de 2015, uma inspeção da 16ª CRS verificou os problemas nos lotes citados. A empresa se limitou a informar que havia descartado o produto. Diante disso, o servidor sugeriu multa de R$ 20 mil. Essa foi reduzida a R$ 12,5 mil pela pri-meira instância julgadora, e, me-diante recurso por parte dos em-presários, baixou para R$ 2 mil.

Já em janeiro de 2016, em uma nova inspeção, também realizada pela 16ª CRS e Cevs para verifi-cação do cumprimento e eficácia das ações propostas na defesa ao auto de infração, foram detecta-das novas fragilidades no contro-le de qualidade da água mineral, bem como problemas na infraes-trutura da empresa.

Dessa vez, além da multa de R$ 5 mil, o fiscal pediu a interdição da fábrica. No entanto, a medida foi transformada pelo comando da 16ª CRS em advertência. O MP intercep-tou ligações entre o coordenador do órgão estadual e outros investiga-dos. Nos áudios, é possível perceber que a decisão de não interditar a fábrica foi tomada por influência política, já que ambos são filiados ao PMDB. Hoje, o partido deve se mani-festar oficialmente sobre a operação.

“Apuramos, por meio de inter-ceptação telefônica, que ele não deveria agir com o rigor porque foi indicado pelo partido para es-tar no cargo que ocupava”, afirma Rockenbach. A reportagem entrou em contato com Gerhardt, mas ele não quis se pronunciar. “Estou indo na secretaria para esclarecer o assunto. Eu estou muito nervoso, não entendo direito. Vou lá, e só de-pois vou falar.”

Gerhardt foi assessor parlamen-tar do ex-deputado federal, Júlio Redecker (PSDB). Deixou o cargo em 2007, depois a morte do político no acidente com avião da TAM em Congonhas.

Após, ele auxiliou o filho do par-lamentar, Lucas Redecker (PSDB), e também atuou como assessor do ex-vereador de Lajeado, Rui Henke (PSDB). Em 2014, Gerhardt assumiu como gerente da empre-sa Stacione, responsável pela co-brança do rotativo em Lajeado, e onde ficou por um curto período. Em março de 2015, já filiado ao PMDB, assumiu a coordenadoria da 16ª CRS.

Os pedidos do MP

O MP entende que os

investigados se associa-

ram, de forma ordenada

e caracterizada pela

divisão de tarefas com o

objetivo de obter vanta-

gens, para praticar os

crimes de adulteração

de bebidas, com pena

de quatro a oito anos de

prisão;

Eles agiram intencio-

nalmente, permitindo

que a água fosse enva-

sada e comercializada

mesmo sabendo da con-

taminação bacteriológi-

ca por laudos solicitados

pela própria empresa;

O MP solicitou à Jus-

tiça, além das prisões,

a proibição de acesso à

sede e à filial da em-

presa, a outros cinco

suspeitos, bem como a

suspensão do exercício

da função pública ao co-

ordenador da 16ª CRS.

MARCELO GOUVÊA

Durante a fiscalização na fábri-ca, foram encontradas bombonas vencidas ou em condições impró-prias e misturadas às embalagens para reutilização. Unidades sujas também eram utilizadas. O am-biente de trabalho, segundo o MP, apresenta condições precárias, com ferrugem, prateleiras reves-tidas por papelão, área externa da indústria não pavimentada, canos abertos, buracos e trincas. Já os funcionários não usavam avental e, em alguns casos, calça-vam chinelos de dedos.

O MP também contatou com o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) para que sejam emitidas circulares a todas as vi-gilâncias sanitárias do Estado, com intuito de retirar os lotes 410, 421, 028 e 272 do mercado. O Cevs lavrou auto de infração pela pro-dução e comércio de produtos im-próprios ao consumo. Já a Receita Federal fala em problemas fiscais próximos de R$ 3,2 milhões.

Operação lacrou a produção de água mineral na empresa de Progresso

Arla realiza assembleia extraordináriaLAJEADO – Ocorre amanhã, a partir das

11h, a assembleia geral extraordinária da

Associação Rural de Lajeado (Arla), no au-

ditório da entidade, na rua rua Bento Gon-

çalves, 665, no centro. Entre os assuntos,

está a criação de uma cooperativa, com a

unificação da Arla com a Cooperativa Rural

dos Vales (Cooperval). Também serão eleitos

os Conselho de Administração para o triênio

2017/2019 e o Conselho Fiscal para o exercício

de 2017 e haverá fixação da cédula de pre-

sença para os conselheiros e da diretoria.

A HORA · SEXTA-FEIRA, 24 DE JUNHO DE 201616

Vale do Taquari

A pós amargarem uma

queda de até 65% na

safra passada, os pro-

dutores de uva estão

otimistas com a geada que cobre

as paisagens. Isso porque as bai-

xas temperaturas propiciam a

dormência dos parreirais, que ne-

cessitam de até 400 horas de frio

abaixo de 7ºC por ano para man-

ter a vitalidade.

Segundo os registros da Embra-

pa, em 2015, foram registradas

apenas 140 horas de frio. Confor-

me o técnico em Agropecuária da

Emater de Dois Lajeados, maior

produtor de uvas da região, Jorge

Vinhedos precisam até 400 horas de frio abaixo de 7ºC no ano para estimular dormência

Baixa temperatura beneficia parreirais

Luís Cappellaro, além do clima

gélido, considerado ideal para a

cultura, a atuação do fenômeno

El Niña, com períodos maiores de

seca e frio intenso, terá impac-

to positivo na safra de uva em

desenvolvimento. “Calor fora de

época, geada, chuvas intensivas e

ocorrência de doenças como míl-

dio causaram perdas de 50% no

último ciclo.”

Enquanto a oferta de frutas

reduziu, o preço pago por quilo

duplicou, mantendo a renda das

famílias. No caso da uva america-

na, para a produção de suco, o va-

lor saltou de R$ 0,70 para R$ 1,50.

As viníferas chegaram a R$ 3.

Segundo Cappellaro, com os es-

toques baixos, produtos como vi-

nhos e sucos registram aumento.

De R$ 9, o litro saltou para R$ 13,

com tendência de novos reajustes,

destaca. Em dois Lajeados, são em

torno de 200 produtores, cuja área

cultivada chega a 550 hectares.

“Estimamos uma safra boa, com

frutos de qualidade e preços aci-

ma da média”, projeta.

De acordo com ele, nos últimos

cinco anos, 250 hectares deixa-

ram de cultivados com videiras.

Como principais motivos, cita:

baixo preço, falta de mão de obra,

ataque de doenças nos parreirais

e migração para outras ativida-

des como a produção de leite.

Outras culturas beneficiadas

com o frio são maçã, figo e pês-

sego. Já cultivos como hortaliças

(pepino, berinjela, tomate e folho-

sas como alface) foram prejudica-

dos com o frio.

Retomada da produção Alberto Furlanetto, de Linha Ma-

rechal Hermes, Roca Sales, regis-

tra prejuízos no parreiral há dois

ciclos seguidos. Atribui a baixa

produtividade à ausência de frio,

aliada ao calor e geadas fora de

época, ataque de doenças e chuvas

em excesso na fase de floração.

Com 1,8 mil pés cultivados há

oito anos, a estimativa era de

colher até 20 mil quilos na safra

passada. “Colhemos apenas qua-

tro mil. A qualidade ficou compro-

metida e o valor pago por quilo foi

ruim, apenas R$ R$ 0,70.”

As baixas temperaturas das úl-

timas semanas trouxeram novo

ânimo ao produtor. O frio inten-

so faz as folhas caírem e a videi-

ra entrar em dormência. Assim,

acumula força e vitalidade para

atingir o máximo potencial pro-

dutivo, argumenta.

Inverno seco e frio De acordo com a agrometeoro-

logista da Fundação Estadual de

Pesquisa Agropecuária (Fepagro),

Bernadete Radin, o inverno, que

iniciou nessa segunda-feira e se

estende até 22 de setembro, será

marcado pela atuação do fenô-

meno La Niña (esfriamento das

águas do oceano Pacífico Equa-

torial) com temperaturas baixas

e pouca chuva. Essa condição é

benéfica para a cultura do trigo

e fruticultura, pois não cria con-

dições favoráveis para o apare-

cimento de doenças fúngicas e a

ocorrência de pragas, esclarece.

Bernadete recomenda aos pro-

dutores deixar o solo coberto, para

melhorar a absorção das uvas e

manter uma boa umidade para a

safra de verão.

Para Furlanetto, ocorrência de frio intenso ajuda plantas a ganhar vitalidade

GIOVANE WEBER

JOGOS

A HORA · SEXTA-FEIRA,

24 DE JUNHO DE 2016

PATROCÍNIO:

Copa Piá

Parque do Imigrante sedia as partidas

Oitava rodada ocorre amanhã

A 7ª rodada do Campeo-

nato Piá 2016 manteve

a alta média de gols.

Em 32 partidas, os ar-

tilheiros balançaram as redes em

256 oportunidades – média su-

perior a oito gols por confronto.

Amanhã, a partir das 13h, ocor-

rem os jogos da oitava rodada no

Parque do Imigrante.

Ginásio velho – Quadra 113h – Madre Bárbara x Gol de Placa (09)13h55min – Estrela FC x Rui Barbosa/Marques de Souza (07)14h30min – Futura FC x Pratas da Casa (08)15h5min – Madre Bárbara x Assoeva (06)15h40min – Afab x Rui Barbosa/Travesseiro (06)16h15min – Gol de Placa x ALE/Pumas (07)16h50min – Cia da Bola x Assoeva (07)17h25min – ALE/Pumas x Canhotos (06)

Ginásio velho – Quadra 213h – Oficina de Futsal x Rui Barbosa (06)13h55min – Imigrante x CEF (05)14h30min – Assoeva x EM Capitão (05)15h5min – Assoeva 0 x 2 Nova Estrela (04)15h40min – Juventude Unidos da Bola A x Oficina de Futsal (04)16h15min – Rui Barbosa/Travesseiro 2 x 0 Estrela FC (04)16h50min – Gol de Placa x Estrela FC (05)17h25min – Afab x Rui Barbosa (05)

Ginásio novo – Quadra 113h – Juventude Conventos x Imigrante (02)13h55min – Canhotos FC x Rui Barbosa/Santa Clara (03)14h30min – Aerc Juventus x Rui Barbosa (04)15h5min – Cia da Bola x Imigrante (03)15h40min – Estrela x Prata da Casa (03)16h15min – CEM São Cristóvão x Prata da Casa (02)16h50min – Juventude Unidos da Bola B x Cia da Bola (04)17h25min – Nota 10 0 x 2 Asas Futsal (01/02)

Ginásio novo – Quadra 213h – Nova Estrela/Ajes x Estrela FC (02)13h55min – Black Widow x São Luís (02)14h30min – Imigrante x Oficina Futsal (01/02)15h5min – Nota 10 A x Ale/Pumas (02)16h15min – Juventude Unidos da Bola x São Luís (01)16h50min – Só Canelas x Oficina de Futsal (01)

Vinte e sete partidas movimentam a oitava rodada da Copa Piá amanhã

FÁBIO KUNH

Futsal de Progresso

Cinco jogos do campeonato mu-

nicipal são disputados hoje. Vai

que Cola e As Amigas do Salão, pela

categoria feminino, abrem a roda-

da. Na sequência, jogam Sempre

Unidos de Apetiri versus Achados

e Perdidos, BS Precisão/Morro Azul

versus Cruzeiro de Tiririca, D'Casa

Materiais de Construção versus

Móveis Progresso e BS Precisão/Em-

baixada versus Brutamontes.

Rodada segue hoje à noiteFutsal Marques de Souza

A Associação Esportiva Marques

de Souza realizou na quarta-feira

à noite reunião para definir deta-

lhes finais do campeonato futsal

força livre e sub-16. A competição

inicia na próxima sexta-feira, 1o,

às 19h15min, no ginásio da Socie-

dade Escolar.

Na força livre, 14 equipes partici-

pam, classificando-se as 12 melho-

res para a próxima fase. Na sub-16,

cinco agremiações disputam as

quatro vagas às semifinais.

Competição inicia na próxima sexta-feiraA primeira rodada tem: Jurupi-

ta FC versus Xuta Kanela FC (força

livre), Badalados FC versus Ipiran-

ga FC (força livre), Ludibriados FC

versus Amigos da Bola (sub-16),

Cerâmica versus Ki Locura Teno

(força livre) e Maravilha versus

Ser Picada Flor (força livre).

GRUPOS

Chave A: Jurupita, Xuta Kanela FC, Maravilha FC, Ser Picada Flor e Aprovados

Chave B: Badalados, Ipiranga FC, Amigos da Bola, Toca Fogo e Parceiros FC

Chave C: Cerâmica Barrinha, Ki Locura Teno, Vileiros FC e São José;

Sub-16: Ludibriados FC, Amigos da Bola, Nova Geração FC, Tabajara FC e GE Guarani.


E ze q u i e l N e i t z k e

e ze q u i e l @ j o r n a l a h o r a . i n f. b r

O zagueiro do Juventude,

Carlos Francisco Griesang, o

“Carlão”, comemorou no domin-

go o oitavo título municipal. Em

17 competições municipais, o

defensor chegou em dez decisões

e perdeu apenas duas.

Papa-títulos deMarques de Souza

* Ruimar Kunzel assinou com o União Campestre para a disputa do

Regional.

* Destaque do União Campestre no ano passado, Roger Rieger

permanece na equipe.

* Procurado por diversas equipes, Natanael de Almeida, o “Natan

Girafa”, parece estar acertado com o EC Brasil, de Marques de

Souza. Os outros atletas de fora devem ser Gilson, Fernando

e Buda. Todos jogaram o municipal de Progresso com o Alto

Honorato, treinado por Rogério Lourenço, o “Rocha”.

* Jacó Sattler é o novo reforço do Amigos, de Picada Arroio do Meio.

* Multicampeão com o União Carneiros, Sírio Pereira Duarte não

treinará nenhum clube nesta edição.

* O zagueiro Amarelo deve permanecer no Ecas.

* Destaque do Sete de Capitão no Regional passado, o meia-atacan-

te Tadeu Manini é disputado por todas as equipes de Arroio do

Meio.

Bastidores do Regional

Voleibol

A etapa classificató-

ria da Copa Cláudio

Braga ocorre neste

fim des semana em

Estrela. A Languiru/Martin Lu-

ther/Avates recebe Recreio da

Juventude e APAAVôlei, ambas

de Caxias do Sul, e Grêmio

Náutico União, representante

de Porto Alegre.

As partidas iniciam às 9h no

Ginásio Ito Snell, com entrada

gratuita. As duas equipes que

se classificarem na chave dis-

putarão a etapa final, no dia

2 de julho, na casa da melhor

classificada na primeira etapa.

No domingo, a equipe infantil

busca o título da competição.

Classificada como a melhor da

primeira etapa, conquistou o

direito de jogar em casa na bus-

ca por mais um título no ano.

Os adversários são Ceat, de La-

jeado, Sinodal, de São Leopol-

do, e Recreio da Juventude, de

Caxias do Sul.

Neste ano, o grupo já come-

morou os títulos da Copa RS, do

Festival Mercosul e do Festival

Internacional Cidade de Estrela.

Estrela sedia jogos da Copa Cláudio Braga no fim de semana

A Alaf realiza uma boa sequência de partidas em casa.

Amanhã, a equipe enfrenta o Cachoeira Futsal pelo Estadual

Série Ouro. Na segunda-feira, o duelo é contra o Florianó-

polis Futsal. Os jogos ocorrem no Complexo Esportivo da

Univates. Ingressos estão à venda na Imprimix, Comercial

São Cristóvão, DMF Esportes, Bruxellas Esportes e na sede

social da Alaf ao preço de R$ 10. Na hora, custam R$ 15.

A direção faz uma promoção: ingressos para os dois jogos

custam apenas R$ 15.

Hora de apoiar


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Dia para disputar a 15a rodada

Resultados – 14ª rodada

Classificação

Agenda – 15ª rodada

Primeira divisão

Galera 3 x 0 Viracopos/Imobiliária Antares

Viracopos/Lebber Imóveis 1 x 0 Tabajara B

Renegados FC 4 x 1 Dinamite FC

Tabajara A 0 x 2 Real Madruga

Futebolzinho FC 0 x 0 R7

FuteBar Avaí 3 x 2 JéDuCa

Segunda divisão

Só Pela Ceva 0 x 1 Só Na Sorte

Barsemlona 6 x 3 Mercenários

Arranca Toco 3 x 2 Cervejetarianos FC

Alcatraz FC 0 x 8 Dogs United FC

Kamikazi FC 6 x 1 Sobras FC

UFC 4 x 0 Copeiros FC

Primeira divisão: Tabajara A e Mercenários (25

pontos), Galera (23), Tabajara B e Renegados

(20), Viracopos/Lebber Imóveis (19), Futebol-

zinho (18), Real Madruga (17), Polêmicos (15),

FuteBar Avaí (14), Alcatraz (13), R7 (12), JéDuCa

(9), Cataluña (5), Viracopos/Imobiliária Antares

(2) e Dinamite (1).

Segunda divisão: UFC (28 pontos), Arranca

Toco (23), Sobras (21), Dogs United e Barse-

mlona (20), EC Coringa (19 pontos), SNS (16),

Kamikaze e Cervejetarianos (15), Debilitados

(14), Copeiros (13), Mercenários (10), Galáticos

e Alcatraz (7), Renegados (5), Só Pela Ceva (4).

Primeira divisão

12h15min – Cataluña x Alcatraz

13h15min – Polêmicos FC x Tabajara B

14h15min – Mercenários FC x Viracopos/Imobiliária

Antares

15h15min – Viracopos/Lebber imóveis x Galera

16h15min – Renegados FC x Real Madruga

17h15min – Dinamite FC x R7

Segunda divisão

12h15min – Galáticos x Debilitados FC

13h15min – Renegados FC x Mercenários

14h15min – EC Coringa x Só Na Sorte

15h15min – Barsemlona x Só Pela Ceva

16h15min – Arranca Toco x Dogs United FC

17h15min – Cervejetarianos FC x Sobras FC

A primeira fase da

Copa Sete/CBM Ma-

teriais Elétricos/

STR Supermercados

entra na reta decisiva. A seis

rodadas do fim da fase classi-

ficatória, as equipes seguem

na briga por vagas na Série

Ouro. Confira alguns desta-

ques da competição.

Equipes na Série PrataA poucas rodadas do fim

da primeira fase, Dinamite

e Viracopos/Imobiliária An-

tares não têm mais chances

de classificação para a Série

Ouro da elite. As equipes ain-

da brigam contra o rebaixa-

mento. O primeiro time fora

do rebaixamento é o Cataluña

com 5 pontos.

Campeonato de futsalO Clube Sete de Setembro

organiza a Copa Sete de Fut-

sal. As inscrições podem ser

feitas até o dia 30. O certame

inicia no dia 11 de julho.

Competição registra 837 golsEm 168 jogos, as redes balança-

ram em 837 oportunidades – quase cinco gols por partida. Na segunda divisão, os clubes marcaram 462 gols. Na elite, o número cai – 375 gols anotados.

Maior goleadaNa rodada passada, o Dogs

United (foto) venceu o Alcatraz por 8 a 0 e repetiu a façanha do UFC, que no dia 21 de maio aplicou o mesmo placar no Renegados. O resultado é o mais expressivo registrado na segunda divisão.

Primeiro 0 a 0Depois de 168 partidas, o certa-

me registrou o primeiro empate em 0 a 0. No sábado, Futebolzinho e R7 (foto) não balançaram as redes em jogo válido pela primeira divisão. Esse foi o 12º empate na elite. Na segunda divisão, houve igualdade em 12 partidas.

FOTOS EZEQUIEL NEITZKE

Lajeado,sexta-feira, 24 de junhode 2016

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AH - Principal | 24 de junho de 2016