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  Ai, bem-v inda, mensageira De uma indizível ventura!  A uma vi da de am argura, Ridente imagem, põe fim! Para longe esta tristeza,  Vejo en fim form osos dias! Oh! dá-me, dá-me alegrias, Que me cansa a vida assim! Qual a terra desflorida Pelas mãos do Inverno agreste, Que de gelos a reveste, E lhe afrouxa a luz do Sol; Cinge as vestes de verdura,  Toda de amor p alpitante, Qual virgem junto do amante Da Primavera ao arrebol;

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7/18/2019 Ai

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 Ai, bem-vinda,mensageira De umaindizível ventura!

 A uma vida de amargura,

Ridente imagem, põe fim!

Para longe esta tristeza,

 Vejo enfim formosos dias!

Oh! dá-me, dá-me alegrias,

Que me cansa a vida assim!

Qual a terra desflorida

Pelas mãos do Inverno agreste,

Que de gelos a reveste,E lhe afrouxa a luz do Sol;

Cinge as vestes de verdura,

 Toda de amor palpitante,

Qual virgem junto do amante

Da Primavera ao arrebol;

7/18/2019 Ai

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 Tal minha alma envolta em trevas

De um passado de incerteza,

Rasga o seu véu detristeza, Ao ver-te surgir,amor!

E num hino de alegria

Saúda a risonha aurora,

Que deslumbrante a namora

Com fatídico fulgor,

Bela flor, fragrante rosa

Nos agros campos da vida,Entre as outras escondida,Como pudeste florir!

Como os vendavais furiosos

Das tempestades humanas,

Em suas fúriasinsanas Te não

puderam ferir?

7/18/2019 Ai

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Foi condão do Céu por certo,