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AJES-INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA ESPECIALIZAÇÃO EM FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO E TREINAMENTO DESPORTIVO APROVADA NOTA: 9,0 O BULLYING COMO FATOR DE DESINTERESSE NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA DE ACORDO COM A OPINIÃO DOS ALUNOS DO 9º ANO DA ESCOLA ESTADUAL 19 DE MAIO, NO NUNICÍPIO DE ALTA FLORESTA – MT, NO ANO DE 2013. Erildu da Silva [email protected] Orientador: Prof. Ilso Fernandes do Carmo. ALTA FLORESTA/2016

AJES-INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO …biblioteca.ajes.edu.br/arquivos/monografia_20160502210955.pdf · bullying é um termo oriundo da palavra inglesa bully; a qual

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AJES-INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA

ESPECIALIZAÇÃO EM FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO E TREINAMENTO DESPORTIVO

APROVADA

NOTA: 9,0

O BULLYING COMO FATOR DE DESINTERESSE NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA DE ACORDO COM A OPINIÃO DOS ALUNOS DO 9º ANO DA ESCOLA ESTADUAL 19 DE MAIO, NO NUNICÍPIO DE ALTA FLORESTA – MT, NO ANO

DE 2013.

Erildu da Silva

[email protected]

Orientador: Prof. Ilso Fernandes do Carmo.

ALTA FLORESTA/2016

AJES-INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA

ESPECIALIZAÇÃO EM FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO E TREINAMENTO DESPORTIVO

O BULLYING COMO FATOR DE DESINTERESSE NAS AULAS DE EDUCAÇÃO

FÍSICA DE ACORDO COM A OPINIÃO DOS ALUNOS DO 9º ANO DA ESCOLA ESTADUAL 19 DE MAIO, NO NUNICÍPIO DE ALTA FLORESTA – MT, NO ANO

DE 2013.

Erildu da Silva

[email protected]

Orientador: Prof. Ilso Fernandes do Carmo.

“Trabalho apresentado como exigência parcial para obtenção do título de Especialização em Fisiologia do Exerdidio e Treinamento Desportivo.”

ALTA FLORESTA/2016

AGRADECIMENTOS

A DEUS. Aos meus familiares e professores que estiveram presente nesta caminhada. E a todos que colaboraram direta ou indiretamente.

DEDICATÓRIA

Aos meus familiares, pela compreensão de Minha ausência e a todos que contribuíram para realização deste trabalho.

RESUMO

A Educação Física na escola deve promover um trabalho significativo com

os alunos, através de seus profissionais, contribuir para a superação da violência e

das discriminações. Sendo assim o bullying deve ser discutido nas aulas de

Educação Física para se entender as conseqüências, problemas e transtornos

causados pela ação do mesmo. Saber identificar, distinguir e diagnosticar o

fenômeno bullying, para promover as estratégias de intervenção e prevenção,

adequadas à realidade da escola nas aulas de Educação Física é importante, pois o

mesmo é multifacetado e altamente doloroso para as partes envolvidas, destacando

que várias são as causas que o geram, mas as consequências muitas vezes,

culminam em tragédias como assassinatos, suicídios e anulação do sujeito em

relação a sua autoestima. A presente pesquisa teve como objetivo discutir sobre o

problema do bullying nas aulas de Educação Física na Escola Estadual 19 de Maio

em Alta Floresta. A população e a amostra foram 20 alunos do 9° ano da Escola

Estadual 19 de Maio em Alta Floresta – MT. Conclui-se que o bullying acontece

através de atos agressivos, competitivos, discriminatórios, e faz parte das relações

do dia a dia entre crianças e adolescentes, mas atualmente essas situações se

tornaram muito fortes, graves, repetidas Acredita-se que nas aulas de Educação

Física ocorre devido ao contato físico e os alunos ficam mais próximos, se sentem

mais à vontade e muitas vezes se esquecem que estão dentro do espaço físico da

escola, desse modo se faz necessária a realização de um trabalho que busque

passar para os alunos a importância do respeito mútuo, do diálogo, da justiça, da

solidariedade, assim como trabalhar as diferenças e os direitos das crianças em sua

sala de aula, desse modo ele estará em seu cotidiano contribuindo para que o

ambiente escolar seja um ambiente favorável a aprendizagem para todos os alunos.

Palavras - chave: Bullying: Escola: Educação Física.

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO...........................................................................................................06

CAPITULO I: CONCEITUANDO BULLYING ...........................................................08

CAPITULO II: O BULLYING NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA.....................13

CAPÍTULO III: ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS.................................17 CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................30 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................32

ANEXO.......................................................................................................................37

INTRODUÇÃO

A Educação Física enquanto componente curricular da Educação Básica

deve introduzir e integrar o aluno na cultura corporal de movimento, formando o

cidadão que vai produzi-la, reproduzi-la e transformá-la, instrumentalizando-o para

usufruir do jogo, do esporte, das atividades rítmicas e dança, das ginásticas e

práticas de aptidão física, em benefício da qualidade de vida.

A prática da atividade física é importante para a promoção da saúde dos

indivíduos, ao ser aplicado na escola tal prática vai além desse benefício, pois é

possível trabalhar os inúmeros aspectos relacionados ao desenvolvimento,

crescimento, características motoras, cultura corporal, questões de sociabilidade,

afetividade, cooperação, aptidões físicas, formação do cidadão e outros.

As aulas de Educação Física devem estimular atividades esportivas, a

dança, os jogos, permitindo a vivência de movimentos, buscando estimular a

criatividade e o senso crítico dos alunos, na resolução de problemas e

melhoramento no convívio social dando alicerces para a formação do senso crítico

e a leitura da realidade.

A escola é a instituição onde ocorre o convívio social, é nela que está a

maioria das crianças e jovens. A prática esportiva é um elemento do processo

educativo e deve ser utilizada em benefício da maioria da população escolar. Desse

modo o presente trabalho busca estudar se as aulas de Educação Física

proporcionam o convívio social e a troca de experiências, possibilitando ao

educando a produção e aquisição do conhecimento de forma organizada,

sistematizada e, também, significativa.

O fato das aulas de educação física ser o espaço em que se constrói a

linguagem corporal ajuda em muito a agressão física, Às vezes as agressões

ocorrem não porque os alunos não gostam da pessoa, mas porque querem

demonstrar alguma coisa que não conseguem demonstrar com palavras ou com

gestos sem encostar a mão. Às vezes as brincadeiras são uma maneira de tocar pra

chamar a atenção da pessoa, ou ficar perto, mas, as pessoas não entendem assim.

A problematização da pesquisa é como solucionar o problema do bullying

nas aulas de Educação Física na Escola Estadual 19 de Maio em Alta Floresta?

O bullying tem como consequências negativas imediatas e tardias sobre

todos os envolvidos: agressores, vítimas. Desse modo as hipóteses são de que o

bullying nas aulas de Educação Física na Escola 19 de Maio é constante por ser

uma aula onde os jovens e crianças se sentem livres para praticarem brincadeiras;

Nas aulas de Educação Física o bullying ocorre porque existe contato físico e os

alunos ficam mais próximos, se sentem mais á vontade e muitas vezes se esquecem

que estão dentro do espaço físico da escola; O bullying nas aulas de Educação

Física dificulta o desenvolvimento integral do aluno, a socialização, espírito de

equipe; Geralmente os alunos que sofrem bullying nas aulas de Educação Física,

não gostam da aula e ficam isolados.

O objetivo geral da pesquisa é discutir sobre o problema do bullying nas

aulas de Educação Física na Escola Estadual 19 de Maio em Alta Floresta.

Os objetivos específicos são: Realizar estudo sobre o bullying nas aulas de

Educação Física; Identificar os tipos de bullying mais sofridos pelos alunos na

Escola 19 de Maio; Identificar as reações dos alunos em relação ao bullying nas

aulas da Educação Física; Pesquisar a opinião dos alunos da Escola 19 de Maio em

relação ao bullying nas aulas de Educação Física; Discutir as questões de bullying

nas aulas de Educação Física.

Para FANTE (2005, p. 29),

o bullying é um comportamento cruel, intrínseco nas relações interpessoais, em que os mais fortes convertem os mais frágeis em objetos de diversão e prazer, através de brincadeiras que disfarçam o propósito de maltratar e intimidar.

A principal forma para combater-se o bullying é a conscientização baseada

no respeito mútuo, na ética e na cidadania, ou seja, o respeito entre os indivíduos.

Um dos maiores desafios da atualidade, no século XXI é combater e

erradicar a violência nas escolas, que nos últimos anos adquiriu dimensão

alarmantes o que a torna preocupante devido à grande incidência de sua

manifestação na instituição escolar.

A presente pesquisa está dividida em três capítulos. No primeiro capitulo

será conceituado o Bulling. No segundo será descrito como ocorre o Bulling.nas

aulas de Educação Fisica. No terceiro será representado análise dos dados da

pesquisa realizada na Escola Estadual 19 de Maio.

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CAPITULO I: CONCEITUANDO BULLYING

De acordo com FANTE (2005, p. 45), “bullying é uma palavra de origem

inglesa, utilizada em diversos países para conceituar o desejo consciente e

deliberado de maltratar outro indivíduo e pressioná-lo.”

Segundo CAVALCANTE (2004, p. 25),

bullying é um termo oriundo da palavra inglesa bully; a qual se refere aos termos de valentão e brigão. Já como verbo, tem o significado de ameaçar, amedrontar, tiranizar, oprimir, intimidar e maltratar.

Ainda conforme FANTE (2005) há muitos estudos sobre a fenomenologia do

bullying nos últimos anos. No entanto, há algumas dificuldades encontradas pelos

estudiosos, e entre estas dificuldades está: encontrar termos correspondentes ao

bullying em diversos idiomas, nos mais variados países.

Conforme FANTE (2005), em comparação, no Brasil, o bullying ainda não é

muito conhecido, sendo pouco comentado e pesquisado, razão pela qual existem

poucos estudos nos quais se possa ter uma visão geral sobre o tema para que se

consiga compará-lo aos demais países. O que se sabe é que em comparação com a

Europa, no que se refere às pesquisas e tratamento desse comportamento, o Brasil

está com pelo menos quinze anos de atraso.

De acordo com CAVALCANTE (2004), a primeira pessoa a relacionar a

palavra ao bullying foi o professor Dan Olweus, da Universidade da Noruega, ao

estudar sobre as tendências suicidas entre jovens. Como é um assunto considerado

novo, ou seja, estudado há pouco tempo, pois, as primeiras pesquisas são da

década de 90, cada país deve encontrar uma palavra em seu próprio vocábulo que

se refira a este conceito, tendo o mesmo significado.

De acordo com FANTE (2005, p. 78), “o Brasil adotou o termo que é utilizado

na maioria dos países: Bullying”.

O bullying na escola define-se do seguinte modo: "um aluno está a ser provocado/vitimado quando ele ou ela está exposto, repetidamente e ao longo do tempo, a ações negativas da parte de uma ou mais pessoas" Considera-se uma ação negativa quando alguém intencionalmente causa, ou tenta causar, danos ou mal-estar a outra pessoa. Esse repetido importunar pode ser físico, verbal, psicológico e /ou sexual (FANTE, 2005, p. 28).

A prática do bullying se concentra na humilhação das pessoas, geralmente

passivas ou que não exercem o poder sobre alguém ou sobre um grupo.

O termo bullying compreende toda e qualquer forma de atitudes agressivas, intencionais ou repetidas, que ocorrem sem motivação evidente, adotadas por estudantes contra outros, causando angústia e dor. Há um desequilíbrio na relação de poder que torna possível a intimidação da vítima (PEREIRA, 2002, p. 58).

De acordo com CAVALCANTE (2004, p. 47),

no ambiente escolar, grande parte das agressões é ocasionada principalmente pelo uso de apelidos e expressões pejorativas. No entanto, as práticas do bullying no ambiente escolar também se referem às agressões físicas.

O fenômeno bullying é caracterizado como sendo um subconjunto de atos agressivos, repetitivos, nos quais evidenciam um desequilíbrio de poder, incapacidade de defesa da vítima, seja essa por variados fatores, tais como: menor estatura ou força física, por estar em minoria, por ser pouco habilidoso em se defender, pela falta de assertividade e pouca flexibilidade psicológica perante o autor ou autores do ataque. Os critérios acima citados muitas vezes não são aceitos universalmente, mas ainda assim não deixam de ser empregados em muitas ocasiões. Alguns estudiosos consideram ser necessários no mínimo três ataques contra a mesma pessoa ao longo do ano para que este seja caracterizado como bullying (FANTE, 2005, p. 28).

De acordo com PEREIRA (2002), o bullying é caracterizado por uma série

de comportamentos agressivos de intimidação e que apresentam várias

características comuns, entre as quais se identificam várias estratégias de

intimidação do outro e que resultam em atos violentos desempenhado por um

indivíduo ou por pequenos grupos de modo regular e frequente.

Segundo CAVALCANTE (2004, p. 87), “bullying pode ser classificado de

duas maneiras: indireta e direta.”

O bullying direto caracteriza-se pelo ataque ás vítimas diretamente, sendo utilizados neste ataque as seguintes atitudes: colocar apelidos, agressões físicas, fazer ameaças, roubar, ofensas verbais ou expressões e gestos que provoquem mal-estar às vítimas. Este tipo de bullying é mais frequente entre os meninos, pois, a porcentagem é quatro vezes maior entre eles (CAVALCANTE. 2004 p. 87) .

Segundo CAVALCANTE (2004, p. 12), já o bullying indireto é caracterizado

pela ausência da vítima em questão, dessa maneira os comportamentos utilizados

são: atitudes de indiferença, isolamento, exclusão, difamação e negação de desejos,

sendo este mais praticado entre as meninas.

De acordo com PEREIRA (2002, p. 45), as diferenças quanto ao modo de

praticar bullying entre os meninos e as meninas, isso se deve ao fato de que se

espera que as meninas sejam dóceis, boazinhas e passivas, e para expressar seus

sentimentos elas utilizam meios mais discretos, mas não menos prejudiciais.

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[...] Para se esquivarem da desaprovação social, as meninas se escondem sob uma fachada de doçura para se magoarem mutuamente em segredo. Elas passam olhares dissimulados e bilhetes, manipulam silenciosamente o tempo todo, encurralam-se nos corredores, dão as costas, cochicham e sorriem. Esses atos, cuja intenção é evitar serem desmascaradas e punidas, são epidêmicos em ambientes de classe média, em que as regras de feminilidade são mais rígidas (SIMMONS, 2004, p. 33).

De acordo com CAVALCANTE (2004, p. 45), as crianças e adolescentes

podem se envolver de três maneiras com o bullying conforme o modo de agir

perante a situação. Sendo assim, elas podem assumir os seguintes papéis: vítimas,

agressores ou testemunhas.

FANTE (2005, p. 21), descreve classificações utilizadas por especialistas do

tema, são elas:

Vítima típica: é aquele aluno que serve de bode expiatório para um determinado

grupo;

Vítima provocadora: aquele aluno que provoca e atrai reações agressivas contra

as quais não possui habilidades para lidar com eficiência;

Vítima agressora: aquele aluno que reproduz os maus-tratos sofridos por ele em

outro aluno;

Agressor: aquele aluno que pratica o bullying com os demais, ou seja, ele agride

os demais;

Espectador: é aquele aluno que não pratica e nem sofre com o bullying, mas o

presencia em seu ambiente escolar.

Para CAVALCANTE (2004, p. 12), os fatores individuais também podem

influenciar na adoção de atitudes agressivas, tais como: hiperatividade,

impulsividade, distúrbios comportamentais, dificuldade de atenção, déficit de

inteligência e baixo rendimento escolar.

O autor de bullying é tipicamente popular; tende a envolver-se em uma variedade de comportamentos antissociais; pode mostrar-se agressivo inclusive com os adultos; é impulsivo; vê sua agressividade como qualidade; tem opiniões positivas sobre si mesmo; é geralmente mais forte que seu alvo; sente prazer e satisfação em dominar, controlar e causar danos e sofrimentos a outros. Além disso, pode existir um componente benéfico em sua conduta, como ganhos sociais e materiais. São menos satisfeitos com a escola e família, mais propensos ao absenteísmo e à evasão escolar e tem uma tendência maior para apresentarem comportamentos de risco (consumir tabaco, álcool ou outras drogas, portar armas, brigar, etc.). As possibilidades são maiores em crianças ou adolescentes que adotam atitudes antissociais antes da puberdade e por longo tempo (CAVALCANTE, 2004, p. 67).

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São muitos fatores que contribuem para a prática do bullying, desse modo

não basta apenas punir os agressores. De acordo com FANTE (2005), é necessário

que se tenha conhecimento do ambiente familiar em que está inserido, qual o papel

desempenhado nesse ambiente, quais são suas dificuldades e de que maneira é

tratado por seus familiares; pois estes fatores, aliados a um ambiente escolar

propício para a violência, contribuirão cada vez mais para que este aluno se torne

muito mais agressivo com seus colegas e até com seus professores.”

Estes alunos não ajudam os alvos e nem denunciam os autores com medo de represálias, e com o medo de que este tipo de atitude possa a vir acontecer consigo. O fato de não ajudar uma vítima ou denunciar o autor, não significa dizer que eles concordam com este tipo de atitude, pois a maioria reprova, o que ocorre é o medo de se tornar à próxima vítima de seus colegas (BENCINI 2005, p. 67) .

A maioria dos alunos não denunciam os atos de bullying por medo de ser a

próxima vítima, ou por não saberem como agir diante da situação .

De acordo com BAUMAN (2007, p. 47),

não há possibilidades para se prever em qual papel o aluno irá se encaixar; ou seja, se ele será agressor, vítima ou testemunha, já que este papel poderá sofrer mudanças de acordo com o meio em que este estudante estará inserido.

Algumas pesquisas apontam que os autores de bullying vêm de famílias pouco estruturadas, com pobre relacionamento afetivo entre seus membros, são pouco supervisionados pelos seus pais e vivem em ambientes onde o modo de resolver problemas é baseado no uso de comportamentos agressivos ou explosivos (BALLONE, 2005, p. 54).

De acordo com MOURA (2005, p. 45), “a educação é compreendida como

uma forma de prover o pleno desenvolvimento da pessoa e seu preparo para o

exercício da cidadania” .

De acordo com SILVA (2006, p. 12) [...] a instituição escolar, assim como os outros setores da sociedade, também estão passando por profundas alterações, tanto no ensino/aprendizagem quanto na esfera relacional dos seus diferentes agentes. [...].

Atualmente vivemos num período de crise da educação, onde o papel da escola não está mais claro. Sua finalidade já não é somente ensinar conteúdos educacionais tradicionais. O espaço escolar vai, além disso, tornando-se um espaço de interação entre seus participantes, é um lugar onde as crianças e adolescentes aprendem a se relacionar, adquirem valores e crenças, desenvolvem senso crítico, autoestima e segurança. (OSÓRIO, 1992 p. 45).

De acordo com MESQUITA (2003, p. 45), “a crise na educação é reflexo de

muitos fatores, dentre eles: a desestruturação familiar, o desemprego, problemas

sociais, o tráfico de drogas, roubos, tiroteios, más-condições de moradia, etc.”

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Segundo OSÓRIO (1992), a violência tem muitas causas e existe tanto na

escola pública quanto na privada. Na pública existe precarização de recursos físicos

e humanos e na privada a educação tem se transformado até se mercantilizado, ou

seja, não é mais a autoridade pelo conhecimento, mas sim pelo que eu adquiro e

vendo.

Na sociedade em que se vive a violência nas escolas constitui um problema

social grave e complexo, sendo provavelmente a maneira mais frequente e

perceptível da violência juvenil.

Pesquisas realizadas por CODO (1999), apud SISTO (2005, p. 118), revela

que “as situações mais frenquentes relatadas por professores foram depredações,

furtos ou roubos em relação à escola, agressões físicas entre alunos e agressões de

alunos contra professores”.

Não é por acaso que depredações, arrombamentos e furtos atendem pela maior parte das atitudes de violência na escola. Os alunos não veem sentido na instituição escolar e, ao contrário de perceber este local como sendo de todos, o consideram como de ninguém [...].(ABRAMOVAY (2006), apud FERRARI, 2006, p. 31):

Conforme MOURA, (2005), a escola é de suma importância para crianças e

adolescentes, os que não gostam dela têm maior chance de apresentar um fraco

desempenho, além de comprometimentos físicos e emocionais à sua saúde ou

sentimentos de insatisfação em relação a sua vida.

Segundo NOGUEIRA (2005), a violência no ambiente escolar no Brasil e no

mundo deriva tanto da situação de violência social que atinge os estabelecimentos

(violência na escola), como pode apresentar modalidades de ação que se originam

no ambiente pedagógico, neste caso a violência da escola.

MOURA (2005), aponta que:

Fatores econômicos, sociais e culturais, aspectos inatos de temperamento e /influências familiares, de amigos, nas escolas e da comunidade, constituem riscos para a manifestação do bullying e causam impacto na saúde e desenvolvimento de crianças e adolescentes (MOURA, 2005, p. 66).

A escola nos últimos anos tem recebido crianças, adolescentes e jovens

provenientes das classes menos favorecidas essa situação provocou mudanças no

interior das instituições escolares.

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CAPITULO II: O BULLYING NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Segundo CAVALCANTE, (2004), como o bullying não é somente qualificado

como agressão física, mas caracterizado por agressões verbais, essa prática se

destaca nas aulas de Educação Física através de xingamentos e apelidos, e esses

atos ocorrem a toda hora, em qualquer local de qualquer escola e necessita ser

combatido.

Entre os agressores, observa-se um predomínio do sexo masculino, enquanto que, no papel de vítima, não há diferenças entre os gêneros. O fato de os meninos envolverem-se em atos de bullying mais comumente não indica necessariamente que sejam mais agressivos, mas sim que têm maior probabilidade de adotar esse tipo de comportamento. Já a dificuldade em identificar-se o bullying entre as meninas pode estar relacionado ao uso de formas mais sutis (MOURA, 2005, p. 66).

Os estudantes alvos do bullying passam a obter um baixo rendimento

escolar, ou se recusam a ir para o colégio.

Segundo CAVALCANTE (2004, p. 67), “algumas características físicas,

comportamentais ou emocionais podem torná-lo mais vulnerável às ações dos

outros e dificultar a sua aceitação pelo grupo [...].”

Segundo BENCINI, (2005, p. 45), “nas aulas de educação física o bullying

ocorre em relação as características físicas: ser mais alto que o resto da turma, mais

baixo, acima do peso, ser muito magro, usar óculos; ter uma pele muito branca, etc.”

Embora não haja estudos precisos sobre métodos educativos familiares que incitem ao desenvolvimento de alvos de bullying, alguns deles são identificados como facilitadores: proteção excessiva, gerando dificuldades para enfrentar os desafios e para se defender; tratamento infantilizado, causando desenvolvimento psíquico e emocional aquém do aceito pelo grupo; e o papel de bode expiatório da família, sofrendo críticas sistemáticas e sendo responsabilizado pelas frustrações dos pais. (BENCINI, 2005, p. 67).

De acordo com CAVALCANTE, (2004), “a tendência desse aluno é ser

depressivo, inseguro e inoportuno, eles buscam humilhar seus colegas com a

finalidade de encobrir suas limitações.”

Segundo BENCINI (2005), são diferenciados dos alvos típicos por não

serem populares e pelo alto índice de rejeição por parte de seus colegas, e muitas

vezes pela turma inteira. Estes indivíduos podem ter sintomas depressivos,

pensamentos suicidas e distúrbios psiquiátricos.

Algumas condições familiares adversas parecem favorecer o desenvolvimento da agressividade nas crianças. Pode-se identificar a desestruturação familiar, o relacionamento afetivo pobre, o excesso de tolerância ou permissividade e a prática de maus-tratos físicos ou explosões emocionais como forma de afirmação dos pais (MOURA, 2005, p. 67).

Segundo BENCINI (2005, p. 45), “vítimas, agressores e testemunhas

enfrentam consequências físicas e emocionais de curto e longo prazo, as quais

podem gerar dificuldades acadêmicas, sociais, emocionais e legais.”

[...] O caráter persistente do bullying tem aspectos marcadamente negativos para as vítimas que são diretamente atormentadas no seu dia-adia e afetadas no seu rendimento escolar, mas igualmente pelos efeitos a longo prazo que lhe estão associados, tais como a depressão na vida adulta [...] (PEREIRA, 2002, p. 20).

Segundo FANTE (2005, p.14), as consequências desse tipo de agressão afeta todos os envolvidos e em todos os níveis, porém a vítima é particularmente afetada, de modo que esta pode continuar a sofrer seus resultados negativos, muito além do período escolar.

Conforme BAUMAN (2007, p. 78), “pessoas que sofrem bullying quando

crianças têm maior tendência a sofrerem depressão e baixa autoestima quando

adultos.”

De acordo com FANTE (2005), no que se refere à saúde física e emocional,

a baixa resistência imunológica e na autoestima, o estresse, os sintomas

psicossomáticos, transtornos psicológicos, a depressão e o suicídio. Muitas crianças

que sofreram com o bullying desenvolveram medo, pânico, depressão, distúrbios

psicossomáticos e geralmente evitam voltar à escola.

A fobia escolar usualmente tem como causa alguma forma dessa violência. Outras crianças que sofrem bullying dependendo das características de sua personalidade e de seu relacionamento com o meio onde vivem, particularmente entre suas famílias, poderão não superar completamente os traumas sofridos no ambiente escolar. Elas tendem a crescer com sentimentos negativos e com baixa autoestima, apresentando graves problemas de relacionamento no futuro. Poderão também assumir um comportamento agressivo, vindo a praticar o bullying no ambiente sócia- oucupacional adulto e em casos extremos, poderão tentar ou cometer suicídio (BALLONE, 2005, p. 54).

De acordo com PEREIRA (2002), os agressores podem ter suas vidas

destruídas, acreditar que a força é a solução para resolver seus problemas,

dificuldades em respeitar a lei, e os problemas que daí advém entendendo as

dificuldades na inserção social, incapacidade e/ou dificuldade de autocontrole e

atitudes antissociais.

Os agressores poderão sofrer com o distanciamento e a falta de adaptação aos objetivos escolares, a supervalorização da violência com um meio para

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obter poder, o desenvolvimento de capacidades para futuros atos delituosos, caminho que pode levá-lo ao mundo do crime, além da projeção desses comportamentos violentos na vida adulta, tornando-se um indivíduo de difícil convivência nas mais variadas áreas da vida: pessoal, profissional e social (FANTE, 2005 p. 65).

De acordo com BALLONE (2005), há fortes indícios de que as crianças ou

adolescentes que praticam o bullying tenham grande tendência de se tornarem

adultos com comportamentos antissociais, psicopáticos, e/ou violentos, tornando-se

inclusive delinquentes ou criminosos.

O agressor (de ambos os sexos) envolvido no fenômeno bullying estará propenso a adotar comportamentosdel delinquentes, tais como: agressão a grupos delinquentes, agressão sem motivo aparente, uso de drogas, porte ilegal de armas, furtos, indiferença à realidade de que o cerca, crença de que deve levar vantagem em tudo, crença de que é impondo-se com violência que conseguirá obter tudo o que quer na vida... afinal foi assim nos anos escolares (FANTE, 2005, p. 81).

ABRAMOVAY (2002), pontua que as crianças e adolescentes que sofrem

e/ou praticam bullying podem vir a precisar de múltiplos serviços, tais como: saúde

mental, justiça da infância e da adolescência, educação especial e programas

sociais. No que se refere às testemunhas, elas também são afetadas, pois convivem

num ambiente de tensão, tornando-se inseguras e temerosas de que possam ser a

próxima vítima.

Segundo BAUMAN (2007, p. 68), “o simples testemunho de atos de bullying

já é suficiente para causar descontentamento com a escola e comprometimento do

desenvolvimento acadêmico e social.”

Os educadores não conseguem detectar os problemas, e, muitas vezes, também demonstram desgaste emocional originado do seu dia adia sobrecarregados de trabalhos e conflitos em seu ambiente de trabalho. Em razão disso, muitas vezes, alguns educadores contribuem com o agravamento do problema, através da rotulação com apelidos pejorativos ou reagindo de forma agressiva ao comportamento indisciplinado de alguns colegas. (SILVA, 2006 p. 45).

Ainda de acordo com MOURA (2005, p. 68), “a negação ou indiferença da

direção e professores, pode gerar desestímulo e a sensação de que não há

preocupação pela segurança dos alunos.”

De acordo com ABRAMOVAY (2002), a escola não deve ser somente um

lugar de ensino formal, mas também, deve exercer um papel na formação cidadã, de

direitos e deveres, amizade, cooperação e solidariedade. Agir contra o bullying é

uma maneira barata e eficaz de diminuir a violência entre alunos e na sociedade em

geral.

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Para ABRAMOVAY (2002, p. 23),

as agressões frequentes no ambiente escolar, atualmente não é raro se deparar, através dos meios de comunicação com notícias de agressão entre estudantes e até entre a equipe de profissionais que trabalham em escolas.

OLIVEIRA (2002, p. 25) diz que “a violência em todas as suas formas

preocupa-nos. Ela não está restrita a determinada região ou cidade. Atinge a malha

social independente de localidade, espaço.”

Ainda discutindo essa questão, PEREIRA (2002), afirma que o bullying

atinge principalmente os cidadãos que estão na adolescência, que é a fase mais

complexa para serem educados, de acordo com experiências relatadas por

profissionais da educação. A adolescência é o período da vida que se caracteriza

entre a infância e a idade adulta. Ainda nesse sentido, ABRAMOVAY (2004, p. 15),

“a prática do bullying pode ocorrer a partir dos três anos de idade, quando a

intencionalidade desses tipos de atos já pode ser observada.”

OLIVEIRA (2002), diz que a Educação, através de ações pedagógicas deve

levar o educando a agir e a pensar de uma determinada maneira imposta, sem se

darem conta de que agem e pensam sob coação, constituindo-se um instrumento de

violência simbólica/visível, porque reproduz os valores existentes na sociedade

elitizada de modo uniforme a todos.

Conforme GADOTTI (2003, p. 70), “[...] se a comunidade educativa não tiver

a oportunidade de analisar a sua prática docente, sua postura e procurar alternativas

para mudá-la, dificilmente favorecerão a autonomia.” Um ensino deve tornar os

alunos capazes de pensar, refletir e construir o próprio conhecimento de forma

significativa.

Se a escola deseja contribuir com a construção de uma sociedade mais justa, ela precisa considerar as contradições do contexto em que está inserida, identificando formas de violência real e simbólica e pleitear a adoção de posturas éticas. Isso implica em caminhar na perspectiva de romper com antigas cisões, por exemplo, entre concepção-execução, teoria-prática, educador-educando e a cruel expropriação do poder, da autonomia, da emancipação e participação nos processos sociais e escolares (BOCK, 2002, p. 58).

OLIVEIRA (2002), diz que nessa perspectiva a relação professor-aluno,

aluno-comunidade educativa se dará em espaços mais abertos, favorecendo o

diálogo, e o desenvolvimento da consciência crítica que permite analisar,

compreender, interpretar, valorar atitudes e comportamentos face aos

acontecimentos do mundo físico, social, simbólico e político.

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CAPÍTULO III: ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS

Este capítulo mostra os resultados referentes às pesquisas feitas por

questionários e entrevista aos alunos referente ao problema do bullying nas aulas de

Educação Física com os alunos do 9° ano da Escola Estadual 19 de Maio em Alta

Floresta – MT.

3.1 DADOS DA ESCOLA ESTADUAL 19 DE MAIO

A Escola Estadual 19 de Maio, com sede no município de Alta Floresta/MT,

na Rua São Judas Tadeu, nº 349 - Bairro Boa Nova I é mantida pela rede oficial de

ensino do Estado, através da Secretaria de Estado de Educação, conforme Decreto

de Criação nº 3371/93 Autorização Portaria nª 182/2008 CEE/MT.

A Escola Estadual 19 de Maio obedece a estrutura administrativa do serviço

público e funciona em regime de externato, com três turnos de funcionamento:

matutino, vespertino e noturno. A Escola mantém os seguintes níveis de ensino

fundamental e médio.

Vincula ao Ensino Estadual de Ensino estruturando sua organização

curricular no regime escolar por ciclo de formação humana.

Considerando princípios da finalidade da Educação Nacional; Educação,

direito de todos, dever da Família e do Estado, promovida com a colaboração da

sociedade, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade

humana, igualdade, bem-estar social e no respeito à natureza a Escola Estadual

“19 de Maio” tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo

para o exercício da cidadania e convivência social, seu engajamento nos

movimentos da sociedade e sua qualificação para o trabalho e a formação

humanística cultural, ética, política, cientifica, artística e democrática.

3.2 FORMATAÇÃO DE TABELAS E FIGURAS

A análise inicia-se com os resultados obtidos através dos questionários

aplicados aos alunos da Escola Estadual 19 de Maio, em Alta Floresta – MT, sendo

estes indispensáveis para o desenvolvimento desta pesquisa.

Gráfico 1: Qual o seu Sexo? Fonte própria.

Quanto ao sexo dos entrevistados 50% são dos sexo masculino e 50%

feminino.

O que percebe-se neste gráfico é que a sala entrevistada é mista.

Gràfico 2: Qual a sua idade? Fonte própria.

Em relação a idade observa-se que 70% possuem idade de 12 a 15 anos e

30% de 15 a 18 anos.

18

O que se pode observar em relação a idade dos alunos que a maioria está

dentro do padrão de escolaridade aceitável para o 9° ano.

Gràfico 3: Há quanto tempo você estuda nessa Escola ‘’ Fonte própria.

Observa-se no grafico 3 que 70% estudam na escola hà mais de 9 anos, e

que 30% de 3 a 5 anos.

Observa-se neste gráfico que a maioria dos alunos estuda hà mais de 9

anos na escola, esse fato se dá por serem moradores do bairro e pela escola ter 20

anos que foi construìda no bairro.

Gràfico 4: Você já ouviu falar sobre bullying Poderia descrever? Fonte própria

19

Segundo os dados 100% disseram que já ouviram falar sobre bullying, e

definiram como agressão física e verbal

O que se pode observar é que a maioria dos alunos já conhece o bullying,

como agressão física e verbal, isso se dá ao fato da escola já estar trabalhando com

o tema.

O que ocorre nas escolas no convívio entre crianças e adolescentes, e que

muitas vezes suas características egocêntricas o desejo ou possessão de um

espaço ou brinquedo ou mesmo na busca pela atenção de um adulto, os mesmos

criam situações, apelidos, expressões intencionais ou repetidas, que acabam

ocasionando atitudes agressivas sem motivação evidente contra outros e acaba

gerando agressões verbais e físicas.

Segundo CAVALCANTE (2004), como o bullying não é somente qualificado

como agressão física, mas caracterizado por agressões verbais, essa prática se

destaca nas aulas de Educação Física através de xingamentos e apelidos e esses

atos ocorrem a toda hora, em qualquer local de qualquer escola e necessita ser

combatido.

Gràfico 5: Em sua opinião o bullying ocorre com mais frequencia nas aulas de Educação Física? Por quê? Fonte própria

De acordo com as respostas 70% disseram que sim, pois os mesmos ficam

à vontade nas aulas e 30% disseram que o bullying ocorre em todas as aulas.

Observa-se neste gráfico é que os alunos reconhecem que o bullying não

20

ocorre somente nas aulas de Educação Física e que o mesmo ocorre em todas as

aulas, mas que nas aulas de Educação Física ocorre com mais frequência por se

sentirem mais à vontade. De acordo com as respostas confirmou-se a hipótese de

que nas aulas de Educação Física o bullying ocorre porque existe contato físico e os

alunos ficam mais próximos, se sentem mais a vontade e muitas vezes se esquecem

que estão dentro do espaço físico da escola.

A realidade escolar na atualidade merece uma reflexão em relação aos atos

agressivos, nos mais diversos ambientes, a necessidade de se pensar em uma

proposta para lidar com o comportamento agressivo das crianças, como meio

facilitador para trabalhar com essa situação a todos os níveis de ensino, se faz

necessário um trabalho em conjunto com toda a equipe escolar que busquem

incentivar a valorizar atitudes positivas, e um trato não só com as crianças

agressivas, mas também com as que sofrem agressões objetivando uma educação

de qualidade, com resultados positivos para todos.

De acordo com CAVALCANTE (2004, p. 47),

no ambiente escolar, grande parte das agressões é ocasionada principalmente pelo uso de apelidos e expressões pejorativas. No entanto, as práticas do bullying no ambiente escolar também se referem às agressões físicas.

Gráfico 6: Para você é nas aulas de Educação Física que o bullying ocorre porque existe contato físico e os alunos ficam mais próximos, se sentem mais a vontade? Fonte própria

21

Segundo os dados 100% disseram que sim, que o bullying ocorre porque

existe contato físico e os alunos ficam mais próximos, se sentem mais à vontade.

O que se pode observar é que o fato de existir contato físico e os alunos

ficarem mais próximos e se sentirem mais à vontade nas aulas de Educação Física,

favorece a prática do bullying . De acordo com as respostas confirmou-se a hipótese

de que bullying nas aulas de Educação Física na Escola 19 de Maio é constante por

ser uma aula onde os jovens e crianças se sentem livres para praticarem

brincadeiras.

Especificamente nas aulas de Educação Física, pelos alunos se sentirem

mais á vontade e os corpos ficarem mais em destaque, os alunos se tornam alvos

do bullying, devido a altura ou baixa estatura, os que usam óculos, os gordos, os

magros, o negro, o menino mais delicado, dentre outros, esses atos acabam

excluindo ou gerando atos violentos nos alunos.

De acordo com PEREIRA (2002), o bullying é caracterizado por uma série

de comportamentos agressivos de intimidação e que apresentam várias

características comuns, entre as quais se identificam várias estratégias de

intimidação do outro e que resultam em atos violentos desempenhado por um

indivíduo ou por pequenos grupos de modo regular e frequente.

Gràfico 7: Em sua opinião o bullying nas aulas de Educação Física dificulta o desenvolvimento integral do aluno, a socialização, espírito de equipe? Fonte própria

22

De acordo com as resposta 100% disseram que o bullying nas aulas de

Educação Física dificulta o desenvolvimento integral do aluno, a socialização,

espírito de equipe.

Observando as resposta em que os alunos acreditam que o bullying nas

aulas de Educação Física dificulta o desenvolvimento integral do aluno, a

socialização, espírito de equipe, fica claro que os mesmos reconhecem as

consequências do fator bullying e os problemas causados pelo mesmo. De acordo

com as respostas confirmou-se a hipótese de que o bullying nas aulas de Educação

Física dificulta o desenvolvimento integral do aluno, a socialização, espírito de

equipe.

As crianças e adolescentes que sofrem ou praticam bullying podem precisar

de múltiplos serviços, tais como: saúde mental, justiça da infância e da

adolescência, educação especial e programas sociais. As testemunhas também são

afetadas, pois convivem num ambiente de tensão, tornando-se inseguras e

acovardadas com medo de que possam ser a próxima vítima.

Segundo FANTE (2005, p. 14),

as consequências desse tipo de agressão afeta todos os envolvidos e em todos os níveis, porém a vítima é particularmente afetada, de modo que esta pode continuar a sofrer seus resultados negativos, muito além do período escolar.

Gràfico 8: Para você geralmente os alunos que sofrem bullying nas aulas de Educação Física, não gostam da aula e ficam isolados? Fonte própria

23

De acordo com as respostas 100% consideram que os alunos que sofrem

bullying nas aulas de Educação Física, não gostam da aula e ficam isolados.

Pode-se observar que a maioria dos entrevistados consideram o bullying

como um fator que faz com que os alunos que sofrem essa violência, não gostem

das aulas de Educação Física e ficam isolados . Diante das respostas confirmou-se

a hipótese de que geralmente os alunos que sofrem bullying nas aulas de Educação

Física, não gostam da aula e ficam isolados.

Se o objetivo da Educação Física no contexto escolar é contribuir para a

plenitude da cidadania, pois a mesma defende a inclusão de conhecimentos teóricos

a respeito da cultura corporal através dos conteúdos pelos quais o aluno deve

analisar e abordar a realidade na construção de significados em torno do que se

aprende na escola e do que se vive, será inaceitável que o aluno não participe das

atividades propostas nas aulas por sofrerem bullying. Desse modo trabalhar nas

aulas de Educação física conteúdos sobre a compreensão, a paciência, a

solidariedade e fraternidade, irá ajudar crianças e adolescentes a superar problemas

ocorridos devido ao bullying e a conviver na sociedade.

Os agressores poderão sofrer com o distanciamento e a falta de adaptação aos objetivos escolares, a supervalorização da violência com um meio para obter poder, o desenvolvimento de capacidades para futuros atos delituosos, caminho que pode levá-lo ao mundo do crime, além da projeção desses comportamentos violentos na vida adulta, tornando-se um indivíduo de difícil convivência nas mais variadas áreas da vida: pessoal, profissional e social (FANTE, 2005 p. 65).

Gràfico 9: Em sua opinião quais os tipos mais comuns de bullying sofridos pelos alunos nas aulas de Educação Física? Fonte própria

24

De acordo com o gráfico 60% responderam sofrer bullying por ser alto,

magro e gordo, 30% por ser gordo, negro e jogar bem e 10% por não saber jogar.

Observa-se nesta questão que os alunos sofrem bullying pelas suas

características físicas (alto, magro, gordo, negro) bem como pelo seu desempenho

(por jogar bem nas aulas) ou por não saber jogar .

O preconceito é o principal motivador do fenômeno bullying, pois limita e

exclui e impede uma formação integral da criança ou adolescente. Se na escola há

falta de limites, respeito ao próximo e às regras e não houver um trabalho voltado

sobre as ações e consequências do bullying, dificilmente se conseguirá combater

essa prática.

Segundo BENCINI (2005, p. 45), “nas aulas de Educação Física o bullying

ocorre em relação as características físicas: ser mais alto que o resto da turma, mais

baixo, acima do peso, ser muito magro, usar óculos, ter uma pele muito branca, etc.”

Gráfico 10: Alguma vez agrediu verbalmente ou fisicamente os colegas nas aulas de Educação Física? Fonte própria

No gráfico aparecem que 100% já agrediu verbalmente ou fisicamente os

colegas nas aulas de Educação Física.

O que se percebe no gráfico é que a maioria dos alunos praticam bullying

nas aulas de Educação Física.

Percebe-se nas respostas que os alunos praticam bullying, nas aulas de

Educação Física, esse fato ocorre devido a participação de meninos e meninas nas

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aulas em determinadas modalidades de esporte, que acaba gerando conflitos entre

os sexos, de quem deve ou pode participar de determinada prática corporal ou

esportiva.

Às vezes nas aulas de Educação Física os mais fortes sempre tem

vantagem em determinadas brincadeiras, esportes e lutas e acabam utilizando

essas habilidades dentro da aula como meio de violência e estabelecem as regras,

e quem não o respeitar não pode fazer parte deste grupo.

Outro problema dentro das aulas de Educação Física é quando os

conteúdos das aulas estão voltados para a competição, o que acaba por resultar em

uma alteração no comportamento das turmas.

De acordo com BAUMAN (2007), as vítimas de bullying podem sofrer paro o

resto da vida com problemas emocionais e de socialização. Nas aulas de Educação

Física, se observam muitos apelidos de caráter discriminatório, quando por muitas

vezes, os alunos/as são vitimas de preconceito de gênero e passam a sofrer com

piadas maliciosas.

Gráfico 11: Se foi vítima dos colegas, o que fez? Fonte própria

De acordo com as resposta 70% revidou a agressão e 30% não fez nada.

Considerar essas respostas defende-se a ideia que muitos alunos reagem

às agressões sofridas, mas que alguns não fazem nada em relação a agressões

sofridas pelos colegas.

Às vezes a crianças depois de muito sofrer, não suporta mais ser agredido

26

ou chamado por apelido, acaba reagindo e se tornando o agressor, isso ocorre por

sofre com esses atos praticados e por observar que a escola não consegue tomar

atitudes para que se acabe essa violência, ai o mesmo resolve utilizar de meio

impróprios através de atos violentos para tentar solucionar esse problema.

De acordo com CAVALCANTE (2004, p. 47),

no ambiente escolar, grande parte das agressões é ocasionada principalmente pelo uso de apelidos e expressões pejorativas. No entanto, as práticas do bullying no ambiente escolar também se referem às agressões físicas.

Gràfico 12: Poderia descrever o motivo que sofre ou sofreu bullying? Fonte própria

No gráfico aparecem que 43% sofreram bullying por ser negro, 43% por ser

gordo e 14% por ser magro

O que se percebe no gráfico é que a maioria doa alunos sofre bullying por

ser negro, gordo ou ser magro.

A prática do bullying é muito próxima à discriminação, pois a vítima

geralmente é perseguida e alvo de diversas ações, que tendem a inferiorizá-la

apenas por ser e não por fazer algo, desse modo a educação deve ensinar que não

se deve discriminar. A principal forma para combater-se o bullying é a

conscientização baseada no respeito mútuo, na ética e na cidadania, ou seja, o

respeito entre os indivíduos.

MOURA (2005), aponta que fatores econômicos, sociais e culturais,

27

aspectos inatos de temperamento e influências familiares, de amigos, nas escolas e

da comunidade, constituem riscos para a manifestação do bullying e causam

impacto na saúde e desenvolvimento de crianças e adolescentes.

Gráfico 13: Você conhece as consequencias do bullying? Poderia descrevê-la? Fonte própria

De acordo com o gráfico 60% consideram problemas quando ficar adulto,

30% assassinato e 10% morte.

Observa-se nesta questão que os alunos consideram problemas quando

ficar adulto, assassinato e morte as consequencias do bullying.

Na escola, o professor deve orientar os alunos para não utilizam de

palavrões ou que a vitima não se importe com as brincadeiras, esse método deve

auxiliar para que os mesmos reflitam sobre suas ações, mantendo um diàlogo com

eles e mostrando que o bullying pode acarretar consequências para as suas vitimas

e que as consequências variam de pessoas para pessoa, de acordo como a pessoa

lidar com a situação.

Segundo BALLONE (2005, p. 45), “vítimas, agressores e testemunhas

enfrentam consequências físicas e emocionais de curto e longo prazo, as quais

podem gerar dificuldades acadêmicas, sociais, emocionais e legais.”

De acordo com FANTE (2005, p. 78), “no que se refere à saúde física e

emocional, a baixa resistência imunológica e na autoestima, o estresse, os sintomas

psicossomáticos, transtornos psicológicos, a depressão e o suicídio.”

28

Gráfico 14: Em sua opinião o que deveria ser feito para solucionar o problema do bullying nas aulas de Educação Física? Fonte própria

De acordo com as respostas 60% disseram ter mais rigor nas aulas, 30%

punir os alunos e 10% mais palestras.

Pode-se observar que a maioria dos entrevistados considera que ter mais

rigor nas aulas, punir os alunos e mais palestras são alguns meios para solucionar o

problema do bullying nas aulas de Educação Física.

Para que o professor possa combater ou prevenir o bullying na sala de aula

não é necessário que mesmo passe conhecimentos sobre o conceito de bullying,

mas passar para os alunos a importância do respeito mùtuo, do diálogo, da justiça,

da solidariedade, assim como trabalhar as diferenças e os direitos das crianças em

sua sala de aula, desse modo ele estará em seu cotidiano contribuindo para que o

ambiente escolar seja um ambiente favorável a aprendizagem para todos os alunos.

OLIVEIRA (2002), diz que a Educação, através de ações pedagógicas deve

levar o educando a agir e a pensar de uma determinada maneira imposta, sem se

darem conta de que agem e pensam sob coação, constituindo-se um instrumento de

violência simbólica/visível, porque reproduz os valores existentes na sociedade

elitizada de modo uniforme a todos.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Esta etapa do trabalho tem por objetivo apresentar os principais resultados

obtidos, bem como a conclusão da pesquisa, a análise crítica dos objetivos, algumas

considerações, limitações, vantagens, sugestões e recomendações para os futuros

trabalhos na área de Educação Física.

Esta pesquisa buscou avaliar o problema do bullying nas aulas de Educação

Física, com o intuito de analisar como solucionar o problema do bullying nas aulas

de Educação Física na Escola Estadual 19 de Maio em Alta Floresta.

Os tipos de bullying mais frequentes sofridos pelos alunos são relacionados

às suas características físicas (alto, magro, gordo, negro) bem como pelo seu

desempenho (por jogar bem nas aulas ou por não saber jogar).

Observou-se que muitos alunos reagem quando sofrem bullying nas aulas

de Educação Física; e que a maioria dos entrevistados considera que se deve ter

mais rigor nas aulas, punir os alunos que praticam esse ato para solucionar o

problema do bullying nas aulas de Educação Física.

Não houve limitações durante o trabalho, obteve-se muito acesso com livros

que abordam o tema da pesquisa, muitas coisas encontradas na internet, o acesso

aos alunos também foi fácil e todos responderam o questionário.

Através da pesquisa, foi possível reunir informação a respeito do tema,

sobre o problema do bullying nas aulas de Educação Física na Escola Estadual 19

de Maio.

Percebeu-se nesta pesquisa que por mais que se tente diminuir os casos de

violência nas aulas, os professores têm muita dificuldade ao lidar com alunos de

comportamento agressivo. Acredita-se que enquanto a sociedade não estiver pronta

para lidar com este fenômeno, serão mínimas as chances de diminuição dos

comportamentos agressivos e destrutivos, pois, a maioria das causas dos atos

agressivos derivam das influências sociais, afetivas, familiares ou comunitárias, que

não cabe somente aos educadores resolver tais problemas, mas sim, uma

sociedade unida.

Na escola pesquisada existem projetos voltados para a questão do bullying,

através de palestras, seminários que buscam oferecer atividades que trabalhem

valores como tolerância e solidariedade em relação as diferenças, despertando-lhes

a consciência crítica e o resgate das regras principais de convivência, valorizando o

respeito ao próximo e a si mesmo através de atitudes diárias que estimulam o

companheirismo, a amizade e o respeito ao outro tanto no ambiente escolar e

familiar, mas também na sociedade.

Todas as transformações sociais se refletem na realidade escolar. Por isso,

o dia a dia das escolas é cheio de casos de violência que vão desde alunos que se

agridem verbal, física e psicologicamente, os mais indefesos, que escrevem

palavrões nas paredes, que amedrontam os próprios professores, e destroem as

instalações.

As aulas de Educação Física ser o espaço em que em que os alunos se

sentem mais a vontade, ajuda na agressão física e verbal através de palavras e

gestos e brincadeiras para chamar a atenção.

Observou-se no decorrer da pesquisa que existe problema de bullying na

Escola Estadual 19 de Maio, tanto nas aulas de Educação Física bem como em

outras aulas.

Este trabalho depois de concluído demonstra que Escola Estadual 19 de

Maio, deve fazer um trabalho significativo com os alunos voltado para todas as

áreas, através de seus profissionais, para contribuir na superação da violência da

discriminação e desse modo combater o bullying e as suas consequências

Em relação às aulas de Educação Física é muito importante que se trabalhe

a formação de valores dos alunos voltados ao trabalho em equipe, companheirismo,

solidariedade responsabilidade se torna indispensável e fundamental para o

processo de desenvolvimento do aluno, seja essa prática relacionada à

aprendizagem motora ou à interação social.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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SILVA, Geane de Jesus. Bullying: quando a escola não é um paraíso. Revista Mundo Jovem. Porto Alegre, n. 365, p. 26-27, 2006. Disponível em: <http://www.mundojovem.pucrs.br/bullying.php>. Acesso em 23 maio 2011. SIMMONS, Rachel. Garota fora do jogo: a cultura oculta da agressão nas meninas. Rio de Janeiro: Rocco, 2004. SISTO, Fermino Fernandes. Aceitação-rejeição para estudar e agressividade na escola. Psicol. Est., Maringá, v.10, n.1, p. 117-125, 2005. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S141373722005000100014&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt>. Acesso em 23 maio 2011. SOARES, Carmen Lúcia et al. Metodologia do ensino de educação física. São Paulo: Cortez, 1992.

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ANEXO

QUESTIONÁRIO

1 ) Qual o seu Sexo? ( ) Masculino ( ) feminino

2) Qual a sua idade?

( ) de 10 a 12 ( ) de 12 a 15 ( ) de 15 a 18 ( ) mais de 18

3) Há quanto tempo você estuda nessa Escola ? ( ) de 1 a 2 anos ( ) de 3 a 5 anos ( ) de 6 a 8 anos ( ) mais de 9 anos

4) Você já ouviu falar sobre bullying? Poderia descrever?

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5) Em sua opinião o bullying ocorre com mais frequencia nas aulas de Educação Física? Por quê?

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6) Para você é nas aulas de Educação Física que o bullying ocorre porque existe contato físico e os alunos ficam mais próximos?

( ) Sim ( ) Não

7) Em sua opinião o bullying nas aulas de Educação Física dificulta o desenvolvimento integral do aluno, a socialização, espírito de equipe?

( ) Sim ( ) Não

8) Para você geralmente os alunos que sofrem bullying nas aulas de Educação Física, não gostam da aula e ficam isolados?

( ) Sim ( ) Não

9) Em sua opinião quais os tipos mais comuns de bullying sofridos pelos alunos nas aulas de Educação Física?

( ) Por ser alto

( ) Por ser magro

( ) Por ser gordo

( ) Por ser negro

( ) Por jogar bem

( ) Por não saber jogar

10) Alguma vez agrediu verbalmente ou fisicamente os colegas nas aulas de Educação Física?

( ) Sim ( ) Não

11) Se foi vítima dos colegas, o que fez?

( ) Revidou a agressão

( ) Não fez nada

( ) Nem ligou

12) Poderia descrever o motivo porque sofre ou sofreu bullying?

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13) Você conhece as consequencias do bullying? Poderia descrevê-la?

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13) Em sua opinião o que deveria ser feito para solucionar o problema do bullying nas aulas de Educação Física?