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Suplemento do JORNAL DE LEIRIA, da edição 1176, de 25 de Janeiro de 2007 e não pode ser vendido separadamente « Viver nas residências 03 e 04 António Manuel Ribeiro Vocalista dos UHF “Nunca me vendi, nunca fiz música pimba nem música a metro” 06 e 07 14 A k adémicos ANA PINTO E ANDREIA BRANCO

Akadémicos 14

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Edição N.º 14 do Jornal Akadémicos Kapa: Viver nas Residências

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Suplemento do JORNAL DE LEIRIA, da edição 1176, de 25 de Janeiro de 2007 e não pode ser vendido separadamente «

Viver nas residências03 e 04

António ManuelRibeiroVocalista dos UHF

“Nunca me vendi, nunca fiz música pimba nem música a metro”

06 e 07

14Akadémicos

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Akadémicos«02 JORNAL DE LEIRIA 25.11.2007

O Akadémicos apresenta-sehoje com novas cores, novapaginação e novo parceiro

editorial. O projecto inicial mantém-se,mas renova-se para melhor se adaptaraos desafios dos tempos. Recorde-se que se trata de um jornaloficina, produzido no âmbito do cursode Comunicação Social e EducaçãoMultimédia, leccionado na EscolaSuperior de Educação do Instituto Poli-técnico de Leiria, com a missão de

permitir o exercício de competênciasprofissionais aos futuros diplomadosna área, mas aberto à colaboração detodos os alunos e professores do IPL.Não se pretende um órgão institucio-nal, mas sim um produto jornalísticoda responsabilidade da equipa que oproduz, a quem compete definir os cri-térios de oportunidade editorial e ospadrões de qualidade de cada edição. Embora ancorado na ESE, o Akadémi-cos deve ser cada vez mais uma das

imagens de marca do IPL, reflectindoas novas dinâmicas em curso no Insti-tuto, traduzidas num reforço da identi-dade institucional do conjunto, semesquecer a história e a especificidadede cada escola.Uma palavra de agradecimento é devi-da aos parceiros que colaboraram nafase anterior do Akadémicos – jornalRegião de Leiria e jornalista AntónioJosé Laranjeira - que muito contribuí-ram para a qualidade reconhecida do

projecto. Do novo parceiro – Jornal deLeiria - espera-se que contribua deci-sivamente para um Akadémicos aindamelhor.À equipa de professores e alunos queo produzem, votos de confiança e bomtrabalho. Ao público leitor, um pedidoque seja exigente na avaliação e cons-trutivo na crítica.

José Manuel Silva

FICHA TÉCNICADirector: José Ribeiro [email protected] Adjuntos: João Nazá[email protected] Editorial:Alexandra Barata, Catarina Menezes, Cristina Parente, Paulo MarquesCoordenadora de RedacçãoAlexandra [email protected] PedagógicaCatarina [email protected] à EdiçãoAlexandre [email protected]ção e colaboradoresAna Pinto, Andreia Branco, Angela Duarte, Cláudia Monteiro, CristinaParente, Daniel Pereira, Mário Ventura, Micaela Jorge, Míriam Gil,Paulo Marques, Pedro Santos, Sónia Olaio, Verónica FerreirinhoDepartamento GráficoJorlis - Edições e Publicações, ldaPaginaçãoIsilda Trindade, Rita CarlosDepartamento ComercialRui Pereira

Abertura Um projecto renovado

Uma agenda do mês

CONCERTOS

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25 de Janeiro Brad Mehldau O concerto doprestigiado pianista de jazz terálugar no Cine-Teatro de Alcoba-ça, pelas 21:30 horas. O preçodos bilhetes é de 15 ou 12euros.

2 de FevereiroRodrigo Leão & Cinema Ensemble. Concerto O Mundono Cine-teatro José Lúcio da Silva, em Leiria.

3 de FevereiroThe Gift. A banda oferece aexperiência de assistir a um con-certo intimista no bar Clinic, emAlcobaça, pelas 23 horas. Parater acesso a este evento exclusi-vo, os interessados terão depreencher um formulário parareservar lugar emhttp://www.thegift.pt/flash/spe-

cial.php. Os bilhetes custam 10 euros e são limitados.

15 de FevereiroDavid Fonseca. O concerto terá lugar no Cine-teatro JoséLúcio da Silva, em Leiria.

Tatiana Silva

TEATRO

1 de FevereiroO local exacto. Estreia da peça encenada por João Lázaro elevada à cena pelo Te-Ato – Grupo de Teatro de Leiria, na SalaJaime Salazar Sampaio.

9 e 10 de FevereiroHamlet, de William Shakespeare,no Teatro José Lúcio da Silva.

FOTOGRAFIA

5 de Fevereiro a 1 de MarçoO Workshop de iniciação à fotografia terá lugar no Espa-ço Myomi. As inscrições devem ser feitas no Páteo do Barão, emLeiria. Para mais informações, telefone para o 244 836 262 ouenvie um e-mail para [email protected].

CONFERÊNCIAS

12 de FevereiroCertificação Energética e da Qualidade do Ar Interiordos Edifícios – Como nos vai afectar? é a conferênciaque se realizará pelas 14:30 horas, no auditório 1 da EscolaSuperior de Tecnologia e Gestão de Leiria.

TUNAS

24 de FevereiroEm 2007 coube à cidade de Leiria acolher o IV PortugalTunas Party. Para participar nesta festa, as inscrições podemser feitas via e-mail ([email protected]) até o dia 21 de Feve-reiro. O preço do jantar será de 10 euros.

OUTROS EVENTOS

31 de JaneiroÀ conversa com MartaCrawf a propósito do seu livroSexo Sem Tabus, na LivrariaArquivo, em Leiria, pelas21:30 horas.

7 de FevereiroLançamento do livro Introdução à Engenharia do Som, deNuno Fonseca, docente do Departamento de Informática naEscola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG) de Leiria, naBiblioteca José Saramago, localizada na ESTG, pelas 17:30horas.

Vai lá, vai....

Presidente do Instituto Politécnico de Leiria

Luciano de Almeida

[email protected]

Presidente do Conselho Directivo da ESE

José Manuel Silva

[email protected]

Directora do Curso de Comunicação Social

e Educação Multimédia

Alda Mourão

[email protected]

Os textos e opiniões publicados não vinculam quaisquer órgãos do IPL

e/ou da ESE e são da responsabilidade exclusiva da equipa do Akadémicos.

Akadémicos«3JORNAL DE LEIRIA 25.11.2007

Está a dar

Viver nas ResidênciasOs estudantes chegam às residências do IPL, na maior parte dos casos, por necessidade. Osilêncio entoa pelos corredores, o cheiro a limpo faz-se sentir, o ambiente é quente eacolhedor. Apesar de nem tudo ser fácil, tira-se o curso e fazem-se amigos

Telma Freire tem 22 anos efrequenta o curso de Comuni-cação Social e Educação Mul-timédia na Escola Superior deEducação. É de Ansião e estáalojada numa das residênciasde estudantes do Instituto Poli-técnico de Leiria (IPL). É ape-nas um exemplo dos muitosalunos que encontraram naresidência uma forma de supe-rar as dificuldades económi-cas e poder continuar a estu-dar. João, que frequenta o 1ºano de Engenharia Automó-vel na Escola Superior de Tec-nologia e Gestão, afirma quese não fosse assim “era muitomais difícil frequentar o ensi-no superior”.

Além das bolsas de estudo, osalunos mais carenciados do IPLtêm oportunidade de concorrerao alojamento da instituiçãoatravés dos Serviços de AcçãoSocial (SAS), que disponibilizamsete residências para estudantes(quatro em Leiria, duas nas Cal-das da Rainha e uma em Peni-che), num total de 690 camas.

Os quartos estão equipadoscom mobiliário e telefone. Nosquartos duplos, o roupeiro e olavatório são partilhados. Qua-se todas as divisões dos edifíciosdispõem de aquecimento cen-tral. Aos estudantes, são facul-tados lençóis, cobertores/col-chas, almofadas e toalhas. Têmainda oportunidade de levar osseus objectos pessoais para queos quartos se tornem mais fami-liares.

Partilhar o espaçoCarina Rodrigues é de Óbidos,

frequenta o 3º ano do curso deComunicação Social e Educa-ção Multimédia e está tambémalojada na residência. Afirmaque dividir o quarto com outrapessoa não lhe causou grandetranstorno, uma vez que já emcasa dos pais dividia o quartocom a irmã. “Sei que estou a par-tilhar espaço, mas estou na minhavida. Se cada um estiver na suavida e respeitar os outros, nãohá conflitos.”

Mas a partilha de espaçonem sempre é fácil e existemalgumas situações menos agra-dáveis. Telma explica que “tro-car de companheira de quar-to causa muita instabilidade.Tudo é novidade, a maneira deser, a maneira de estar…” Porexemplo, uma das companheirasde quarto de Telma tinha porhábito acender a luz sempreque chegava, fossem que horasfossem. Telma explica que oque lhe dava forças para aguen-tar aquele tipo de situação erao facto de saber que tinha queestar ali, pois se não estivesse,provavelmente não poderiaestudar. Esta dificuldade é tam-bém referida por João Félix queafirma não ser “muito com-patível” com o colega, nomea-damente no que diz respeitoaos horários e às limpezas.

Ainda assim, a partilha deespaço é encarada por todos comouma aprendizagem importan-te. Para Telma, partilhar o quar-to com outras raparigas ajudou-a a respeitar mais os outros.“Apesar de me irritar »»»

ANA PINTO E ANDREIA BRANCO

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Eu tenho amigas aqui na residência. Não são daminha turma, não são aquelas que andam comigotodos os dias, mas sim as que me apoiaram emmaus momentos e que sempre me ajudarammuito TTeellmmaa

Sei que estou a partilhar espaço mas estou naminha vida. Se cada um estiver na sua vida erespeitar os outros, não há conflitos CCaarriinnaa

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imenso, tive de aprender a lidarcom isso…”

Comissão de residentesA lavagem da roupa de cama

e de casa-de-banho é assegura-da, gratuitamente, pelos SAS epara o tratamento da roupa pes-soal os alunos podem recorrerao serviço de self-service já queexiste uma máquina de lavar,uma de secar e uma tábua depassar a ferro em cada ala.

As residências oferecem ain-da espaços de estudo e salas deinformática equipadas. O bar éuma zona de convívio onde osalunos não residentes tambémpodem permanecer.

Na opinião dos alunos, oambiente é acolhedor, cuidadoe limpo. Isto deve-se, segundoCarina, “às senhoras da limpe-za” e “aos alunos que tambémtêm a responsabilidade de nãosujar os espaços comuns”.

As críticas, quando surgem,são endereçadas aos próprioscolegas, no que respeita sobre-tudo a questões de convivência.Relativamente ao barulho, Tel-ma diz imediatamente: “Este éum bloco muito calmo, mas oprincipal, onde eu estive no anopassado…”. A residência Afon-so Lopes Vieira (Edifício A) é oedifício onde se situam os espa-ços comuns como a lavandaria,a sala de estudo e o bar, o moti-vo do aborrecimento da aluna:“O meu quarto era por cima dobar, às 8 horas da manhã já esta-va acordada e às vezes eram 4horas da madrugada e ainda seouvia barulho.”

Quando pensa em aspectosnegativos, Miguel Oliveira, alu-no da Escola Superior de Edu-

cação, refere também o barulho.Já para Carina, que diz não ouvirnada por ter o sono pesado, umponto a melhorar seria a res-ponsabilização pelas zonas par-tilhadas, uma vez que “existempessoas que ainda não percebe-ram que têm de limpar o quesujam, porque é um espaçocomum”.

No primeiro ano que Telmaesteve na residência acontece-ram situações desagradáveis,como o desaparecimento de ali-mentos. A partir daí, todos osestudantes passaram a ter a cha-ve dos espaços comuns da suaala, como a cozinha. Assim, sehouver algum problema, serámais fácil saber quem é o res-ponsável.

Os próprios estudantes têmcolaborado na resolução destassituações através da Comissãode Residentes, que é constituídapor um representante de cadaala, eleito pelos colegas. Segun-do os SAS, “os estudantes aloja-dos têm, até à data, tido a capa-cidade de resolver os problemasque se geram na sequência davivência ao longo do ano lecti-vo”. “A boa gestão, conjunta-mente com a colaboração daComissão de Residentes, tem sidoessencial para a prevenção deconflitos e de situações que pos-sam pôr em causa o bom fun-cionamento das residências.”

Seguir as normasNo Regulamento de Funcio-

namento das Residência de Estu-dantes constam como infracçõesfumar, utilizar ferros de engomare outros aparelhos eléctricos nosquartos sem autorização dos SAS,bem como a entrada de pessoas

estranhas além da sala de con-vívio, a não ser com autorizaçãoprévia. Quanto à divisão entrealas masculinas e femininas, queexiste em todas as residências(excepto na de Peniche, que émista), João diz não se importar,já que existem salas de convívioonde podem estar todos juntos.

“Não posso pensar só no meubem-estar, tenho de pensar nosoutros”, afirma Telma, acres-centando que para poder estarna residência a estudar “há alguéma pagar.” Segundo informaçõesdo SAS, o financiamento é pro-veniente das receitas resultan-tes da cobrança da mensalidadebase paga pelos estudantes bol-seiros (15 por cento do saláriomínimo nacional), das mensa-lidades dos não bolseiros e deoutras receitas próprias dos SAS.Os serviços acrescentam que adespesa mensal inerente à manu-tenção das residências, nomea-damente, gás, água, luz, pessoale produtos de higiene, ronda os11.400 euros.

Sempre acompanhadosFazendo uma apreciação glo-

bal, Telma considera que as resi-dências de Leiria são muito boas,melhores do que esperava. Ain-da assim, refere que melhoravaa cozinha. “Era importante termais frigoríficos, uma mesa maiore mais espaço para pormos asnossas coisas”.

Os alunos apontam o piore o melhor das residências,mas afirmam gostar de lá estar.João diz estar bem “porque ahigiene é uma constante”.“Gosto. Estou perfeitamenteà vontade, estou a poupardinheiro aos meus pais”, afir-

ma Carina.Também para Telma com-

pensa mais ficar alojada na resi-dência do que numa casa arren-dada, mas o melhor é o convívio.“Tenho amigas aqui. Não são daminha turma, não são as queandam comigo todos os dias, massim as que me apoiaram em bonse maus momentos e que sempreme ajudaram muito”. Nuncaestar sozinho e poder conviver é,também para Miguel, o melhordas residências.

Procura ultrapassa oferta

Segundo os SAS, o alojamentopara estudantes tem sido consi-derado uma prioridade, na medi-da em que permite “superar desi-gualdades económicas e sociais”e “assegurar a igualdade de opor-tunidades de acesso, frequênciae sucesso escolar” aos estudan-tes que entram nas escolas doInstituto Politécnico. Em Caldasda Rainha, por exemplo, a entra-da em funcionamento da resi-dência feminina, com capaci-dade para 111 estudantes, permitiuque, além dos alunos bolseiros,seja possível alojar estudantesnão bolseiros. Mas, em Leiria ePeniche, a procura tem aindasido superior à oferta.

A selecção das candidatu-ras é da responsabilidade dosSAS e é realizada com baseem factores como rendimen-to do agregado familiar, dis-tância da localidade de ori-gem, aproveitamento escolar,sendo que para os estudantesde 1º ano estão reservadas 25por cento das vagas existen-tes.

Akadémicos«04 JORNAL DE LEIRIA 25.11.2007

Está a dar

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“Existem pessoas que ainda não perceberam quetêm de limpar o que sujam, porque é um espaçocomum CCaarriinnaa

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Akadémicos«05JORNAL DE LEIRIA 25.11.2007

Dois dos cinco projectos vencedo-res no âmbito do Concurso Nacionalde Ideias, promovido pela AssociaçãoNacional de Jovens Empresários (ANJE)e pela Academia dos Empreendedo-res, são da autoria de estudantes doPolitécnico de Leiria. As duas ideiasforam seleccionadas por uma equipade consultores da ANJE, e estavamentre as 25 propostas do IPL.

RIA- Restauração Infantil e Ani-mação e SIPT- Sistema de Interrupçãoda Programação Televisiva foram as

ideias empreendedoras apresenta-das por estudantes da Escola Supe-rior de Tecnologia do Mar (ESTM),em Peniche, e da Escola Superior deTecnologia e Gestão (ESTG) de Lei-ria, respectivamente.

Desafiados por docentes, os alunosaventuraram-se neste novo desafio. InêsFernandes, promotora do projecto SIPT,afirma que “o reconhecimento nacio-nal ultrapassou todas as expectativas,mostrando ser uma ideia com bastan-te potencial”. O grupo vencedor desteprojecto, que frequenta o curso de Orga-nização e Gestão de Empresas, adian-

ta ainda ter a intenção de dar conti-nuidade a esta ideia.

Com o objectivo de incentivar oempreendorismo, o IPL e a ANJE esta-beleceram uma parceria para incen-tivar a capacidade empreendedora dosestudantes. A ideia passa por colocaros alunos em contacto com a realida-de, estimular a iniciativa e saber comoenfrentar o mercado de trabalho.

Os cinco grupos vencedores rece-beram uma acção de formação no Por-to e um certificado de jovem empreen-dedor do ano como prémio departicipação.

Depois de na última época o des-porto do Instituto Politécnico de Lei-ria (IPL) ter ganho novos títulos anível nacional, o novo ano traz ago-ra mais novidades, nomeadamenteao nível das chamadas às selecçõesnacionais de cada modalidade. A equi-pa de Andebol Feminino é o melhorexemplo deste facto: depois de se tersagrado campeã nacional universi-tária em 2005/2006, Raquel Pinho,do curso de Relações Humanas e

Comunicação no Trabalho da Esco-la Superior de Educação (ESE) estreia-se agora em convocatórias para aselecção nacional da modalidade,seguindo as pisadas da sua compa-nheira de equipa Ana Lúcia Pedrosa,também da ESE mas do curso de Edu-cação de Infância. Aos 23 anos, RaquelPinho, que representa também aJuventude Desportiva do Lis há 9 anos,começa o ano com uma chamada àselecção nacional universitária deandebol feminino, depois de se ter dis-tinguido como uma das melhores

guarda-redes da época passada.O IPL vai estar representando tam-

bém nas selecções masculinas: Rui Pei-xoto, aluno de Engenharia Electrónicada Escola Superior de Tecnologia e Ges-tão, e jogador da equipa de futsal mas-culino do Instituto que tem dado boaconta de si nos últimos campeonatosnacionais, foi convocado para a Selec-ção Nacional que se prepara para dis-putar o 10º Campeonato Mundial Uni-versitário de Futsal, a decorrer na cidadede Poznan, na Polónia, entre 28 de Agos-to e 3 de Setembro deste ano.

Está a dar

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Convocados para a selecção

Atletas do IPL em defesa de Portugal

Jovens Empreendedores

IPL destaca-se no Concurso Nacional de Ideias

Tomografia Axial Komputorizada

ÂNGELA DUARTE

MÁRIO RUI VENTURA

O que mais a estimula é “tentar fazermudar mentalidades e mostrar quetodos somos válidos”. É este o espíritode Célia Sousa, coordenadora do Cen-tro de Recursos para a Inclusão Digi-tal – CRID, que iniciou a sua activida-de no dia 7 de Dezembro na EscolaSuperior de Educação de Leiria. Maisdo que um espaço dotado de tecnolo-gias e equipamento informático paracidadãos com necessidades especiais,o CRID é um local onde se abrem por-tas, se constroem esperanças e se for-jam sorrisos.

Foi por essa razão que Célia Sousaaceitou o desafio de implementar ecoordenar o CRID. Se o receio e a res-ponsabilidade de levar a cabo um pro-jecto de tanta responsabilidade não aaliciaram de princípio, o gosto pelainvestigação e o objectivo final do pro-jecto fizeram-na reconsiderar. Impôsa si mesma a primeira semana de Dezem-bro para inaugurar o Centro. E assimfez.

Quando se formou, era mais umaprofessora. A curiosidade fê-la parti-cipar num seminário sobre ensino espe-cial. Daí a ser convidada para projec-tos na área e coordenar outros tantosfoi um passo.

O sucesso do projecto já lhe preen-che a agenda e os convites para apre-sentar o CRID chegam de Espanha,Canadá e até Japão. É a representan-te do IPL no EDEAN, um grupo de pres-são e de investigação internacional naárea das necessidades especiais, e temrecebido elogios de toda a parte. Con-tudo, para Célia Sousa, “o mais grati-ficante é o sorriso de felicidade das pes-soas que ajudamos aqui”.

Célia Sousa

Trabalhar para a inclusão

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Akadémicos«06 JORNAL DE LEIRIA 25.11.2007

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Sentado no mochoSentou, vai ter k explicar

“Nunca me vendi, nunca fiz música pimbanem música a metro”

António Manuel Ribeiro, vocalista dos UHF

Acabou de comemorar 28 anos de car-reira com os UHF. Que balanço faz?

Não gosto muito de comemorações. Háalguns anos apeteceu-me acabar com abanda: foram formações desastrosas, compessoas agarradas a drogas duras. Foi ummau bocado. Num País onde tudo é difícil,as pessoas não reconhecem o músico comoprofissional. Hoje, as coisas são mais con-sistentes, mas, ainda assim, não é fácil sermúsico num País em crise económica.

O que pensa do actual panorama damúsica portuguesa?

A música reflecte o estado geral do País:desarticulado e de mentira constante. Hámúsicos que querem gravar discos combase em subsídios. Por isso, a música emPortugal está em desespero. A piratariainformática também prejudica as vendasde CDs. Somos uma sociedade onde faltamuito em democracia, respeito e decên-cia. Em Portugal, por cada disco gravado,vendem-se dez discos virgens. Os “chicosespertos” acham-se o máximo por ouvirmúsica sem pagar. Mas isto não pode durarpara sempre, porque custa milhares deeuros gravar um disco. A rádio é tambémuma mentira pegada, um baú de canções.As rádios são comandadas por consulto-res estrangeiros, que nada percebem deportuguês. Se há algo que matou a músi-ca foram as playlists. Estamos à espera dealguém, com ideias independentes, quecrie uma rádio diferente.

A moda de cantar em Inglês é uma dascausas para as rádios não tocarem músi-ca portuguesa. Concorda?

Às vezes. Não sei porque é que os meuscolegas cantam em Inglês, a não ser queseja para exportar. Como não é, acho umapatetice. Na língua inglesa escrevem-se as

maiores vulgaridades com o ar mais nobredo mundo. Sou muito meticuloso e regra-do. Os UHF apostam num discurso musi-cal adequado ao País: falamos de coisasconcretas nacionais. Há uma mania deque é moda cantar em Inglês. É aí que estáo problema. A moda faz vender e a manianão!

Compôs “Sou Benfica”. Como surgiuesta oportunidade?

O convite surgiu em 1999, por parte deuma das claques do Benfica, mas a músi-ca já estava escrita há dois anos. A cançãopresta homenagem ao clube e também aomeu pai, que tinha morrido recentemen-te. Foi ele que me levou para o Benfica. “SouBenfica” é uma canção muito positiva. Soudesportivista acima de tudo e o futebol épara nos divertirmos, sem guerras entreclubes.

Teve algum significado especial inter-pretar esta canção?

Cantar no Estádio da Luz é fantástico.Houve momentos em que tremi. E eu souum homem experiente. Arrepio-me mui-tas vezes com o cântico que as pessoasfazem com a minha música. Quando oantigo estádio foi abaixo, os UHF foram oúltimo grupo a tocar lá. Na altura, desa-fiei as pessoas a cantar de pé. De repente,vejo 60 mil pessoas a levantarem-se. Sen-ti-me pequenino: fiquei marcado pelo ladopositivo e emocional.

Qual a sua relação com os concertos? Actualmente, gravam-se discos para

promover espectáculos. Charlie Watson,baterista dos Rolling Stones, disse numaentrevista, que vendiam cada vez menosdiscos, ou vendiam os suficientes para faze-rem concertos, o que já se passa em Por-tugal há muitos anos.

As letras das músicas são todas da suaautoria?

Sim, menos duas letras e meia. Uma

CCoomm 2288 aannooss ddee ccaarrrreeiirraa,,AAnnttóónniioo MMaannuueell RRiibbeeiirroo,, 5511aannooss,, vvooccaalliissttaa ddooss UUHHFF,,pprreeppaarraa,, eessttee aannoo,, oollaannççaammeennttoo ddee ttrrêêss ddiissccooss::uumm ddee oorriiggiinnaaiiss,, uummaaccoolleeccttâânneeaa ee uumm DDVVDD.. MMaassnnããoo ssee ffiiccaa ppoorr aaqquuii.. MMoommeennttooaa SSeegguuiirr éé oo nnoommee ddoo lliivvrroo ddeeppooeemmaass oorriiggiinnaaiiss,, aapprreesseennttaaddooaa 1144 ddee DDeezzeemmbbrroo

« CLÁUDIA MONTEIRO, DANIEL PEREIRA E MICAELA JORGE

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07JORNAL DE LEIRIA 25.11.2007

escreveu o Tó. Outra escolhi de uma sériede poemas oferecidos por uma amiga. Aletra de Matas-mecom o teu olhar é minhae de outro rapaz.

Como surge a sua inspiração?A inspiração vem do sistema em que

estou inserido e, por isso, sou violento aescrever. A composição tem a ver com ins-piração e, sobretudo, com trabalho. Maseu não me obrigo a escrever. Já o fiz, masnão gosto: ainda respeito a inspiração. Defi-no a inspiração como uma amante a quemdemos a chave de casa, que se foi emborae só entra quando lhe apetece.

De que forma surge a escrita na suavida?

Na adolescência escrevi dois livros erasguei-os. Eram um pouco premoni-tórios da minha vida. A escrita cons-tante surge por vontade de imitar, mal[risos], José Afonso.

Se o amor fosse azul que faríamos nósda noite? Porquê este título para o livro?

Há coisas que não vou explicar. Um ami-go diz que a poesia não se explica, implica.

Qual a actividade com que mais se iden-tifica – a música ou a escrita?

Coabitam. Ambas fazem parte da minhavida. Só a pintura é que abandonei porcompleto. Recentemente, acabámos os coli-seus e as digressões. Como o meu novo livrosaiu a 14 de Dezembro, tive de me fecharem casa e começar a trabalhar. Chama-seO Momento a Seguir e aposta em poemasoriginais. De momento também estou aseleccionar canções para uma colectâneae, em breve, começo a trabalhar diaria-mente num livro de contos, que pretendolançar em Maio.

Podemos esperar um romance?Sim, mas está parado na página 38, há

quatro anos. Já há personagens e algunslugares, mas tenho de escrever todos osdias porque senão perco-me. Para fazerum romance tenho de parar o resto e ago-ra não tenho tempo. Talvez daqui a unsmeses.

Está a desenvolver outros projectos?Estou a escrever um livro de contos,

em prosa. Ainda não sei que temáticasvou abordar. Tenho um lado muito mor-daz, pois as pessoas vivem divididasentre o trabalho e as prestações. Pas-sam o tempo a lamentar o passado, aprojectar o futuro e não vivem o pre-sente. Na música, tenho três discospara fazer: um de originais, uma colec-tânea e um DVD. Além disso, temos

também o encontro anual de fãs naCosta da Caparica.

Consegue-se viver só da música?Vivo só da música e os outros elemen-

tos da banda também. Para ser músico,em Portugal, é necessário perceber o País.Há uma idiossincrasia nacional em tudo,inclusive na arte. Sou músico mas não soucoitadinho. Nunca me vendi, nunca fizmúsica pimba nem música a metro. Tenhoa minha identidade e há uma série de pes-soas que gostam, senão não estava cá. Nãotenho subsídios, só tenho os rendimentosque a música me dá.

Qual a sua relação com a política?Já fui mais participativo. Fui deputado

municipal em Almada, como indepen-dente, e foi interessante conhecer o outrolado da vida política. Mas nunca tive gran-

de estômago para isso. Sou um grande crí-tico e estou sempre na oposição. Recente-mente, participei na campanha de ManuelAlegre, porque me revi no seu discurso.

Recorda-se de algum episódio engra-çado com os UHF?

Numa viagem a Angola, pediram-nospara tocar em Luanda, onde iriam estarrepresentantes do Governo português.Estava uma banda a fazer os ensaios desom e, de repente, começam a ouvir-seuns ruídos em palco. Era o público, queestava farto da música, a atirar-lhespedras! Actuámos em seguida e, nessaaltura, senti que era preciso coragem.Não tenho muita relação com a músi-ca africana, mas fiz um repertório dife-rente e as 40 mil pessoas presentes, quenão conheciam a nossa música, rece-beram-nos maravilhosamente.

Na língua inglesa escrevem-se as maioresvulgaridades com o ar mais nobre do mundo.

Houve momentos em que tremi na Luz. E eusou um homem experiente.

Os “chicos espertos” acham-se o máximo porouvir música sem pagar.

Akadémicos«08 JORNAL DE LEIRIA 25.11.2007

Dois prémios para a ESTG

ESELAssociação de Estudantes e Núcleos tomam posse

Miss Alibi

Alunas da ESE ganham concurso

António do RosárioMacedo, aluno do 3º anodo curso de Organizaçãoe Gestão de Empresas daESTG, venceu o primeiroprémio Luiz Chaves deAlmeida - 2006, pelaAssociação Portuguesade Técnicos de Contabili-dade (Apotec) no valorde mil euros com Em tor-no do Justo Valor. O traba-lho foi realizado no âmbi-to da disciplina de estágio,sob a orientação da pro-fessora doutora NatáliaCanadas. Foi tambématribuído a LilianaPimentel, docente doDepartamento de Gestãode Empresas da ESTG, osegundo prémio do Con-curso Aberto, realizadono âmbito do Prémio LuizChaves de Almeida. O tra-balho premiado temcomo título A aferição daqualidade do resultado:Uma análise para empresascotadas na Euronext-Lisboa. Trata-se de umexcerto da tese de mestra-do da docente, sob aorientação da professoradoutora Natália Canadas.A entrega do prémio terálugar no dia 1 de Março,na Culturgest, aquandoda realização da XIII Jor-nada de Contabilidade eFiscalidade da Apotec.

Concurso de estratégia e marketingAs inscrições para o EDPUniversity Challenge2007, concurso destina-do a estudantes universi-tários, prosseguem até 28de Maio. O objectivo dainiciativa é desenvolverum projecto na área deestratégia e marketing.

Imagine Cup

Incentivar o uso da imagi-nação e criatividade paraa criação de inovaçõestecnológicas que possamfazer a diferença no mun-do actual é o objectivo doconcurso Imagine Cup,destinado a estudantes.Mais informações em:http://imaginecup.com/default.aspx e/ou o Gabi-nete de Projectos do IPL.

No dia 11 de Janeiro decorreu a ceri-mónia de tomada de posse da Associa-ção de Estudantes da ESEL (AE ESEL) edos Núcleos dos cursos de ComunicaçãoSocial e Educação Multimédia e de Turis-mo. Paulo Marques, anterior Presiden-te da AE foi substituído por Pedro San-tos, estudante do 2º ano do Curso deComunicação Social e Educação Mul-timédia.

Os Núcleos são uma novidade na ESEL.A ideia é que todos os cursos possuam oseu próprio Núcleo, de modo a que “osalunos ganhem força e representativi-dade”. No entanto, “as duas listas quetomaram posse foram as únicas apre-sentadas”, comenta o novo Presidenteda Associação de Estudantes.

Um Núcleo consiste num conjuntode alunos de um mesmo curso que seunem e que “ficam responsáveis por orga-nizar conferências, debates, eventos aca-démicos, como é o caso dos desfiles, querda Recepção ao Caloiro, quer da Sema-na Académica”, explica Pedro Santos.Dentro desse grupo não existe hierar-quia. O grande objectivo é criar uma pon-te que permita perceber melhor as neces-sidades dos universitários. Se os estudantesde Turismo, por exemplo, sentirem algu-ma dificuldade, transmitem-na ao seu

Núcleo que, por sua vez, se encarrega departicipar a informação aos responsá-veis pela AE. “Existe, assim, uma melho-ria na comunicação. Por isso, é do inte-resse da Associação de Estudantes quese desenvolvam estas iniciativas porque,por muito que queiramos, não temosnoção das necessidades de todos os cur-sos. A ESEL já não é uma escola só deEducação e, por isso, a cada dia surgemnovas necessidades que têm de ser satis-feitas”, esclarece Pedro Santos.

Para este ano, a Associação de Estu-dantes tem como grande objectivo lutar

pela união e por uma maior participa-ção dos alunos. “Só assim conseguimosfazer-nos ouvir junto da Direcção da esco-la, junto dos Serviços de Acção Social ejunto do próprio IPL. É o meio mais viá-vel e legítimo para reivindicarmos melho-res condições para a ESEL”, sublinha oPresidente. Além disso, os estudantesnão esquecem que em 2007 a AE com-pleta 20 anos, sendo a mais antiga dodistrito. Apesar de ainda não estaremdefinidos os moldes, fica a promessa deuma gala de comemoração do vigésimoaniversário.

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MÍRIAM GIL

Avaliadas ao longo das eliminatórias pelo seu desempenho em várias provas, duas alu-nas da ESE (Letícia e Inês), conquistaram, respectivamente, o primeiro e segundo prémiosdo concurso Miss Universidade U. 94 Alibi. A concorrente Maria João, aluna do ISLA ficouem terceiro lugar. Esta iniciativa das quatro associações de estudantes das escolas supe-riores de Leiria (ESE, Isla, Escola Superior de Saúde e Escola Superior de Tecnologia e Ges-tão) contou com o apoio da Rádio 94 FM e discoteca Alibi. As claques também foram ava-liadas e a mais animada (apoiante da aluna Inês) ganhou uma viagem para seis pessoas,com destino ainda a definir.

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Pedro Santos, o segundo à esquerda, em baixo

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