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Al. Linhas de Torres, 2 1750-146 LISBOA [email protected]
Pastoral vocacional “em saída” no
dia da Diocese
Irmãs Juniores Portuguesas em Roma:
Ida, Paula, Maria Francisca
Presença Doroteia em Loulé
há 25 anos
Na Feira Social de
Vila do Conde
Leigos presentes pela 1ª vez no Capítulo Geral
Comunidade dos Açores
Irmãs: Rosário, Judite, Amélia
Bodas de Ouro da Irmã São Paiva
2
Coimbra
Residência
Universitária
Capítulo Geral XXI
Foi assim que na REVISTA ECCLESIA nº 133, de 8 de outubro
de 2015, página 67, apareceu a notícia sobre o Capítulo:
PAULA
Uma Mulher
Um Carisma
Uma Profecia
Um Dom
Uma Esperança
para o Mundo!
A SUA CONGREGAÇÃO
fortalecida pelo Espírito
em fraternidade e serviço
– com Cristo, na Igreja,
para o Mundo –
anuncia a possibilidade
de viver já o Amor
que permanecerá sempre.
(Const. 41)
No dia 12 de outubro a Comissão
Coordenadora do Capítulo ficou assim
constituída.
Na foto, a partir da esquerda:
Ir. Ada Tavilla (Itália)
Ir. Jaci Pessoa (Brasil)
Ir. Maria Teresa Lopez (Espanha)
Ir. Lúcia Soares (Portugal)
Ir. Margarida Adelaide (Angola)
Agradecemos as notícias que encontramos todos os dias no site da Congregação (doroteefrassinetti.org) e
nos ajudam a rezar e a acompanhar com muito interesse o andamento dos trabalhos.
3
Presença Portuguesa nos Capítulos Gerais
das Irmãs Doroteias da Frassinetti
Fazendo memória agradecida da Presença Portuguesa nos Capítulos Gerais, desde Santa Paula até aos
nossos dias, gostamos de rezar estes nomes que temos na memória do coração… para que estas nossas
queridas IRMÃS nos ajudem a viver o presente com paixão para abraçarmos o futuro com esperança!
1. 1876 Maria Rosa Podestà
Luigia Guelfi
Giuseppina Beau
2. 1882 Maria Rosa Podestà
Giuseppina Beau
Carlota Castelo
3. 1893 Luigia Trabuco
Ana do Espírito Santo Morais
Carlota Castelo
4. 1900 Ana do Espírito Santo Morais
Filomena Ordaz
Maria Carmela Cabras
Joana Bacelar
5. 1906 Ana do Espírito Santo Morais
Maria Augusta Alves Pereira
Maria da Penha Lemos
6. 1913 Maria Augusta Alves Pereira
Maria da Penha Lemos
Eugénia Monfalim
7. 1920 Eugénia Monfalim
Maria Augusta Alves Pereira
Maria da Penha Lemos
8. 1922 Eugénia Monfalim
Maria da Penha Lemos
Mariana Cesimbra
9. 1930 Eugénia Monfalim
Maria da Penha Lemos
Maria do Carmo Côrte Real
10. 1947 Maria do Carmo Côrte Real
Maria da Penha Lemos
Maria del Carmen Refojo
11. 1954 Maria Manuela Ferreira de Brito
Maria José Lencart
Maria Lúcia Abranches de Soveral
12. 1961 Maria Manuela Ferreira de Brito
Maria José Lencart
Maria Lúcia Abranches de Soveral
Maria Júlia Manzi Valente (Angola)
13. 1966 Maria Margarida Furtado Martins
Maria Manuela Ferreira de Brito
Maria José Lencart
Maria Lúcia Abranches de Soveral
Maria Isabel Malheiro (Angola)
14. 1973 Maria de Lourdes Magalhães
Margarida Moreno (Sub Prov N)
Maria Lúcia Abranches de Soveral (Sub Prov S)
Maria Margarida Furtado Martins
Maria Hermínia Mendes Paulo
Maria Gabriela de Figueiredo (Angola)
Maria Angélica Silva (Angola)
15. 1979 Maria Margarida Furtado Martins (Prov N)
Maria Emília Vaz Teixeira Diniz
Maria de Lourdes da Silva Maia
Maria de Lourdes Magalhães (Prov S)
Maria Antónia Marques Guerreiro
Maria Hermínia Paulo
16. 1985 Maria Emília Vaz Teixeira Diniz (Prov N)
Maria Margarida Furtado Martins
Maria de Lourdes da Silva Maia
Fernanda Farinha Nogueira (Prov S)
Maria de Lourdes Magalhães
Maria João Vieira Neves
17. 1991 Maria Menéres Ferreira Fontes (Prov. N);
Maria Emília Vaz Teixeira Diniz;
Maria de Lourdes da Silva Maia;
Maria Hermínia Mendes Paulo (Prov. S);
Maria de Lourdes Magalhães;
Maria Adelaide dos Santos Costa;
Maria Zilda Filipe (Moçambique)
18. 1997 Maria Antónia Marques Guerreiro (Prov. N);
Maria Emília Vaz Teixeira Diniz;
Maria Teresa Magalhães;
Maria Manuel Campos Oliveira (Prov. S);
Maria Hermínia Mendes Paulo;
Maria Lúcia Ferreira Soares;
Maria Teresa Nóbrega Rodrigues (Moçambique);
Fernanda Farinha Nogueira (Moçambique)
19. 2003 Maria Gabriela de Figueiredo (Prov. N);
Maria Antónia Marques Guerreiro;
Maria da Conceição Ribeiro;
Maria Lúcia Ferreira Soares (Prov. S);
Rositta Raabl;
Maria da Conceição da Rocha Amorim
20. 2009 Maria Lúcia Ferreira Soares (Prov S)
Maria da Conceição da Rocha Amorim
Maria João Vieira Neves
Maria de Fátima Ambrósio (Prov N)
Maria Antónia Leitão Marques Guerreiro
Maria da Conceição Ribeiro
21. 2015 Maria Lúcia Ferreira Soares
Maria Antónia Leitão Marques Guerreiro
Margarida Maria Macedo Ribeirinha
Maria da Conceição da Costa Oliveira
Lisete da Natividade Barrigão Gonçalves
Maria da Conceição da Rocha Amorim
Conselho Provincial Ampliado
Reaviva o dom de Deus que está em ti…
Vai e caminha com os teus irmãos…
Em 29 e 30 de Agosto, estivemos reunidas em Fátima
45 Irmãs a refletir sobre o modo de implicar toda a
Província na preparação e vivência do Capítulo Geral XXI
e a definir alguns pontos da programação
para o próximo ano em que celebramos 150 anos
da vinda das primeiras Doroteias para Portugal.
Rezámos alguns dons de Deus que desejamos
reavivar em nós e que inspiraram à Irmã Gracinda
o texto seguinte:
Reaviva o dom da Fé que está em ti…
Vai e caminha com teu irmão
Traduz o evangelho em vida
Olha o passado com gratidão
Lê, com os olhos da fé, os sinais,
Os de todos os tempos, com o coração
Louva e agradece os dons, que são vitais.
Reaviva o dom da Caridade…
Vai e caminha com teu irmão
Ama, cada um, verdadeiramente
Com ternura e amor de coração
A todos, misericordiosamente
E, a quem passar pelo teu caminho,
Não recuses, a cada um dá a tua mão.
Reaviva o dom da Esperança…
Vai com teus irmãos a caminhar
Abraça o futuro com esperança
Para o Senhor volta o teu olhar
Coloca n’Ele toda a tua confiança
Contigo, o Senhor faz coisas grandes
É o Seu Espírito que te impele à mudança.
Reaviva o dom da Alegria…
Vai com teus irmãos a caminhar
Manifesta a todos a tua alegria
Procura este dom, em ti, reavivar
Na tua comunidade e na vida-missão
Sempre, sempre, ao longo de cada dia
Porque só Deus preenche o teu coração.
Reaviva o dom da Escuta/Vigilância…
Vai e caminha com teu irmão, lado a lado,
Coloca o Evangelho no centro, como essencial
Medita-o, interioriza-o antes de ser proclamado
Não vivas a vida instalada, de forma virtual
Mas com pujança, vigor, discernimento-ousado
De forma audaz, criativa, convincente, original.
Reaviva o dom da Profecia…
Caminha com os irmãos, são teus e meus
Vive o dom da profecia, da fraternidade
Vigia, escuta como sentinela de Deus
Perscruta, da história, todos os momentos
Vive o dom do acolhimento, na diversidade
Dela procura interpretar os acontecimentos.
Reaviva o dom da Comunhão…
Vai e caminha, lado a lado, com teu irmão
Não esqueças quem faz contigo comunidade
Perdoa, sê perita no amor de comunhão,
Não esqueças pequenos gestos de gratuidade
Com eles se criam verdadeiros laços de união
Sê atenta e abre-te ao novo da fraternidade.
Reaviva o dom da Fraternidade…
Vai com os irmãos, caminha com eles, dá a mão
Vive a fraternidade com gestos concretos
Reforça os laços de confiança mútua na relação
Acolhe os fragilizados de braços bem abertos
Nunca feches a ninguém as portas do coração
Não imponhas teus desejos como decretos.
Reaviva o dom da Ternura/Misericórdia…
Vai e caminha, com o outro, é teu irmão
Dá-lhe sinais de bondade, perdão, misericórdia
Não te curves, nem te centres demasiado em ti
Acolhe o outro com ternura e compreensão
Sara-lhe as feridas, abre-te ao amor-concórdia
Com sinceridade e transparência de coração.
Reaviva o dom da proximidade…
Vai com tuas irmãs e teus irmãos a caminhar
Abre as portas, sai de ti e vai ao seu encontro
Faz-te servidora daquele que de ti precisar
Sê verdadeiramente humana, faz-te solidária,
Caminha lado a lado, dá a mão em gesto pronto
De forma livre, humilde, gratuita, humanitária.
Pinhel – 2015, Irmã Gracinda
5
Encontro de Juniores em Roma
O Deus das surpresas faz maravilhas na vida das
Juniores da Europa.
Em pleno Ano da Vida Consagrada, realizou-se
em Roma, entre os dias 15 e 19 de Setembro, o
1° Congresso de Jovens Consagrados sob o tema
“Despertai o mundo: Evangelho, Profecia e
Esperança”.
Neste encontro estiveram presentes 8 Irmãs
Doroteias: 3 juniores de Portugal (Ida, Paula e
Maria Francisca), 2 juniores da Albânia (Denada
e Ganxhe), 1 junior da Itália (Graziella) e 2
irmãs professas que estão a residir na Casa Geral
(Fabiana e Teresa).
Os grandes temas do encontro foram:
“Ouvindo o chamamento”,
“No coração da fraternidade”,
“As esperanças e as angústias do mundo”,
“Na Igreja-Comunhão”.
Os dias começavam na Sala Paulo VI (Vaticano), onde se escutavam as interpelações de vários oradores
conduzidos pelo Prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida
Apostólica, D. João de Braz de Aviz, e pelo Secretário, D. José Carballo. À tarde realizavam-se partilhas
em grupo pelas línguas dos participantes, terminando com a Eucaristia.
As noites ofereceram a possibilidade de fazer diferentes experiências: visitar a Capela Sistina, ir ao
encontro dos mais pobres com a Comunidade de Santo Egídio, escutar testemunhos de Irmãs que apoiam
as jovens que sofreram violências diversas. Tivemos uma noite de
música e testemunhos de consagrados, e a última foi de oração em
memória dos mártires e santos do século XX e XXI, uma manifestação
de fé pelas ruas do fórum imperial até ao Coliseu.
O ponto alto do congresso foi o encontro com o Papa Francisco que
nos provocou “a dizer não ao narcisismo e sim à adoração ao
Senhor”, a não alimentar a maledicência que é terrorismo, e a não
deixar de sonhar pelo bem dos outros.
Ficou-nos também no coração o desafio à Vida Consagrada a ser o
perfume de alegria para o mundo: “Centrem-se, concentrem-se e
descentrem-se!”.
Nos dias 20 e 21, as Juniores da Europa tiveram um encontro para se
conhecerem melhor, partilharem as suas missões e enriquecerem-se
com os ecos que o Congresso deixou no coração de cada uma.
Estes dias terminaram em beleza com a possibilidade de percorrer e
conhecer alguns dos lugares que Santa Paula pisou, onde ainda hoje
ela se faz muito presente.
Irmã Maria Francisca Dias
CCoollééggiioo ddee NNªª SSªª ddee FFááttiimmaa -- AAbbrraanntteess
Completaram-se no dia 13 de outubro os 75 anos da fundação, mas a
celebração ficou adiada para 21 de novembro.
É bonito recordar que nestes anos quinze alunas do Colégio foram
chamadas pelo Senhor a ser Doroteias!... Algumas já estão no Céu, mas
todas somos chamadas a marcar presença nesse dia.
Dizemos como Santa Paula: Agradeçamos a Deus de todo o coração.
Jovens Doroteias na audiência do Papa
6
Juventude Missionária Doroteia
Coimbra, 15. outubro. 2015
Queridas Irmãs,
Como é do conhecimento de todas, pelas notícias enviadas, vivemos, em agosto passado, uma missão
com um grupo de jovens, no Brasil-Recife, com muito proveito para elas e para quem nos recebeu.
As jovens que integraram o grupo eram do Porto, Algarve e Alentejo. Viveram connosco várias
experiencias de missão e, de uma forma ou de outra, permaneceram ligadas a nós. Mostraram ser um
grupo com sentido de missão e de corpo, com maturidade humana e espiritual. Agiram sem protagonismo
pessoal, ponderando, sempre, a partir das motivações que nos levaram à missão.
Pretendemos dar continuidade a esta experiência e pedimos a colaboração das Irmãs para a formação do grupo.
Não conhecem, na realidade em que se encontram, alguma jovem (rapaz ou rapariga) com este perfil e
que deseje viver uma experiência missionária ao serviço dos mais pobres?
Envio o desdobrável com as formações e requisitos para a missão.
A nossa gratidão pela colaboração de cada uma.
Pela equipa, Irmã Goreti Faneca
7
Açores - Mexe-te e reaviva o Dom de Deus que há em ti!
As Irmãs Doroteias, em conjunto com 26 jovens
ligados à Congregação e ao Centro Comunitário Cais
de Remar, estiveram no Faial em agosto, numa
iniciativa de “evangelização direta” em tempo de
verão.
“Mexe-te! Reaviva o Dom de Deus que há em ti” foi
a proposta das três religiosas que vivem na Salga, na
ouvidoria do Nordeste, em São Miguel, que com o
auxílio de uma Irmã do Continente português [Irmã
Fernanda Manso] e de dois jovens leigos ligados à
Congregação, também no território continental,
acompanharam mais de duas dezenas de jovens
desta zona da ilha de São Miguel até ao Faial para
um intercâmbio com as comunidades faialenses.
Do programa destacaram-se passeios, trabalhos de grupo, mostra de talentos, caminhada espiritual,
espaços de oração e convívio e de interação com a comunidade local.
“Uma das iniciativas que desenvolveram foi uma caminhada desde a freguesia dos Cedros até ao
Santuário de Nossa Senhora de Fátima, no Faial, que integrou um momento de oração e partilha para que
os jovens despertem a capacidade de partilhar aquilo que são e o que têm” disse, ao Sítio Igreja Açores, a
responsável pela comunidade religiosa em São Miguel, Irmã Judite Moinheiro.
A viagem de barco implicou uma paragem na ilha Terceira, o que “também permitiu um conhecimento
da riqueza e diversidade das nossas ilhas, abrindo-lhes horizontes”, acrescentou a religiosa.
Esta iniciativa, que decorreu entre 19 e 24 de agosto, está integrada nas atividades de verão da
Congregação, que em 2016 assinala 150 anos de presença em Portugal.
As Irmãs Doroteias chegaram aos Açores em 1993, fixaram-se na Ilha de S. Miguel, primeiro na Maia e
agora a residir na Salga, embora continuem a dar o seu contributo a duas ouvidorias - Nordeste e Fenais
de Vera Cruz - onde desenvolvem trabalho de evangelização, seja na promoção da catequese seja no
âmbito de ações sociais.
De resto, coordenam um centro comunitário nos Fenais da Ajuda cujo principal objetivo é promover a
dignidade da pessoa, assente essencialmente na promoção sócio-profissional da mulher, com uma atenção
especial aos adolescentes e mais jovens.
LOULÉ celebrou 25 anos de Fundação
Nova Missão Novos Desafios
Dia 15 de Setembro de 1990 - novo marco na vida das Doroteias e
da Igreja em Loulé.
O Padre Varela, tendo conhecido a Irmã Lúcia Soares e a Irmã
Paulo num curso do “Movimento por um Mundo Melhor”,
realizado em Espanha, aceitou o desafio de iniciar um novo
trabalho de Evangelização (Nova Imagem de Paróquia), mas… se
fosse possível a presença de uma comunidade de Irmãs que
trabalhasse com ele e com o Padre Nobre, já falecido, diretamente
na pastoral. O Governo de então aceitou a proposta.
A comunidade fundadora, formada pela Irmã Maria Isabel Malheiro, Irmã Clementina, Irmã Lurdes Silva e
Irmã Orlanda, deu início a uma nova forma de trabalhar em Igreja como comunidade inserida e
totalmente dedicada à Pastoral. A Irmã Lúcia e a Irmã Paulo deram uma ajuda preciosa na sensibilização a
uma Nova Imagem de Paróquia (NIP), quer dizer, a uma nova forma de viver e trabalhar em igreja
fazendo caminho com todos.
8
Depois de vários encontros de apresentação do projeto, os párocos e o povo sentiram que a renovação
da Igreja passava por chamar todos a uma maior participação e a sentirem-se responsáveis por uma Igreja
mais dinâmica e mais próxima de todos.
As paróquias dividiram-se em 25 zonas, e cada zona tinha uma pequena equipa que estava atenta em
chamar os que viviam na mesma área geográfica a fazerem experiências de gostarem de estar juntos e de
se sentirem parte de um todo através das ações do conjunto, isto é: ações para todos. Criou-se a folha de
ligação às famílias que fazia o convite à participação através da rede de mensageiros. Havia, neste
trabalho, um critério que era sagrado: é preferível que muitos façam pouco do que poucos a fazerem
tudo… Ainda hoje, a Irmã Maria Isabel é recordada pela sua alegria e pelo grande impulso que deu na
criação das zonas. Esta experiência desafiante para os Párocos e para as Irmãs foi rica de grandes vivências,
de grandes alegrias, de muito sofrimento. Ainda hoje é recordada a marca de sofrimento vivido e
testemunhado pelas nossas Irmãs que ali deram a vida até ao fim, com um amor incondicional: a Irmã
Maria Isabel Malheiro e a Irmã Maria Elisa Castro Lopes apaixonada por esta nova forma de viver e estar
em Igreja. A Irmã Maria Elisa foi a pioneira e a grande desafiadora de um novo estilo de vida inserida:
Viana do Castelo, Bragança, Montes Velhos e Loulé, onde terminou a sua carreira na terra.
Outras Irmãs passaram em Loulé e deixaram a sua
marca: Natércia João, Amélia Santos… e agora
continuamos nós: Alcina, Lurdes Xavier e Céu
Laranjeira.
Também recordo com gratidão as Irmãs que foram
presença nesta caminhada em ações pontuais. As Irmãs
Maria Manuel, Filomena Marques, Rosita, foram ajuda
nos vários encontros que se fizeram na descoberta da
Bíblia. Nessa fase foram vendidas mais de duas mil
Bíblias. Tudo era novidade. A Irmã Paulo e a Irmã Lúcia
ajudaram imenso na elaboração dos programas e dos
temas, ao longo de vários anos, para a novena da
Padroeira, a Mãe Soberana. Imprimiu-se um cunho
novo à novena que ainda hoje permanece com a
participação, durante 15 dias, de muitos colaboradores e dos vários sectores da vida da sociedade. Além
deste trabalho pastoral, a Orlanda dava aulas na escola E.B. 2-3, e a Céu na Escola Secundária.
As mudanças que se têm dado na sociedade são muitas e muito profundas, e exigem de nós uma atenção
à realidade e aos novos desafios.
Neste ano Pastoral houve grandes mudanças na vida das Paróquias. O padre António Freitas, que estava
há 6 anos na Paróquia, foi estudar para Roma. O diácono, que esteve 2 anos a fazer estágio e foi
ordenado sacerdote, no santuário da Mãe Soberana, assumiu novas missões. Veio, como Pároco, o Padre
Carlos Aquino que, graças a Deus, assumiu as paróquias em colaboração com o Padre Varela, ainda a
recuperar de uma grave cirurgia à cabeça mas, graças a Deus e às muitas orações, a recuperar bastante
bem…
Os párocos não quiseram deixar de assinalar os 25 anos de presença das Irmãs nestas paróquias.
Convidaram as pessoas para a celebração de Ação de graças, no próprio dia 15 de Setembro, solenidade
de Nossa Senhora das Dores. Estiveram connosco a Irmã Lúcia e a Irmã Guida Ribeirinha. A presença da
Provincial e da Conselheira foi um momento de alegria e de muito carinho. Os párocos e o povo
mostraram-se muito gratos; claro está, pediram a continuidade da presença da Comunidade nestes
meios…
O Padre Aquino, ao ler os pensamentos da Madre Fundadora, ficou entusiasmado com a frase: “Vontade
de Deus, és o meu Paraíso.” Foi com este pensamento e com outros que situou muito bem a nossa
presença em Loulé.
No final da Eucaristia foram vários os que quiseram agradecer. O Padre Varela comoveu-se e fez-nos
comover a todos. As suas palavras de agradecimento e de estímulo estendem-se a todas as Doroteias que
passaram por Loulé. Com a ternura e o acolhimento manifestados nas palavras de agradecimento só nos
resta dizer: “Eis-nos aqui, Senhor, para continuar a fazer a tua vontade” e, como diz a nossa Fundadora e
foi sublinhado na homilia: “O Senhor quer-nos apoiadas somente n’Ele”.
Os Párocos terminaram a celebração confiando-nos a Maria com as palavras de Santa Paula: Senhora
Minha, lembrai-vos de que somos vossos filhos.
9
Seguiu-se, no Centro Paroquial, o jantar convívio partilhado por todos. À chegada tínhamos um grande
girassol feito pelos jovens e catequistas que têm vivido experiências de encontro e de formação connosco.
No final só nos resta dizer: “A minha alma glorifica o Senhor pelas maravilhas realizadas no meio do seu
povo”.
(Pela Comunidade, Irmã Céu Laranjeira)
Coimbra Residência universitária
Ao abrir a porta da nossa casa confrontamo-nos com o
quadro que sugere as primeiras notícias: agradecer –
descobrir. É o que todas temos como meta deste ano.
Agradecemos os grupos que por aqui têm passado,
toda a vida vivida e, acima de tudo, o presente com
todos os desafios a descobrir.
Este ano, temos já em andamento, na nossa casa, um
curso que pretende formar pessoas para fazer
acompanhamento espiritual.
Quisemos começar com um grupo pequeno, porque é
um curso que ainda não está experimentado em
Portugal, e as primeiras pessoas serão cobaias. Está a ser
coordenado por mim, supervisionado pelo P. Belchior,
sj, e temos uma leiga como coordenadora adjunta.
Tivemos já o primeiro fim-de-semana em que aprofundámos o Princípio e Fundamento. Nos dias 17 e 18
de outubro incidiremos na formação sobre a primeira semana, e pensamos terminar em janeiro,
abordando o acompanhamento espiritual em todo o percurso dos Exercícios Espirituais. Ainda não
descobrimos onde é que esta veia nos vai levar, estamos a responder ao que a vida nos está a pedir.
Às segundas-feiras temos cá em casa um tempo de oração. É uma hora. Chamamos-lhe: “para o teu bem”,
relaxar para rezar ou rezar para relaxar. O que
queremos é que aconteçam as duas coisas e que as
pessoas saiam mais em comunhão consigo e com
Deus. Nos diferentes encontros seguimos a
metodologia dos EE, tendo presente o serenar, a
consciência da presença de Deus, a aplicação dos
sentidos, o rezar com imaginação… o grupo ainda se
está a formar mas está a aumentar. As jovens cá de
casa participam, as que querem. Tenho orientado eu
e uma leiga. A Ir. Joaquina faz de porteira e a Ir.
Graciosa prepara o chá de despedida.
Também em relação a isto, ainda não descobrimos
para onde é que Deus nos está a conduzir.
Já foram lançados os EE na vida corrente. Faço parte
da equipa, pelo terceiro ano consecutivo, e faço
acompanhamento espiritual às pessoas que me pedem. Este ano inscreveram-se 16. Cá em casa, temos
neste momento um grupo de sete jovens que também se estão a adaptar a esta novidade.
Estiveram presentes na missa da bênção do caloiro, na Sé nova; fomos à abertura oficial do CUMN e
fazem um ambiente muito bom na nossa casa.
Já começou a latada, a primeira para as caloiras.
Estão a vivê-la com entusiasmo e moderação.
Continuam a passar por aqui as que já não
vivem connosco, mas o tempo que aqui
permaneceram foi referência nas suas vidas.
Agradecer tudo o que vamos vivendo e
descobrir para onde é que Deus nos está a
conduzir é para nós desafio forte a ter presente
em tudo o que estamos a ser e a fazer.
Irmã Goreti Faneca
10
Lisboa – Externato do Parque
Todos os alunos, professores, outros colaboradores e alguns pais
entregaram o ano a Jesus na Capela do Colégio, momento forte
deste início do ano e cheio de significado.
Junto ao altar, dentro de um baú, encontrava-se um tesouro que
cada um levou para a sala, para
relembrar ao longo do ano o
tema que queremos viver e o
agradecimento que queremos
partilhar com as Irmãs nesta
comemoração dos 150 anos da
sua chegada a Portugal.
No final, na presença de duas mães delegadas, fizemos a
inauguração da Imagem de Cristo Rei deixada pelos alunos do 4º
ano que este ano partiram cheios de vontade de serem agentes de
transformação nos locais onde se encontram.
É sempre um momento de agradecimento e esperança por mais um
ano que vamos viver em Família.
Rosas de várias cores...
A Irmã Elvira foi passar o dia das suas Bodas de Ouro, 7 de
outubro, a Fátima. No dia seguinte quisemos agradecer estes
cinquenta anos vividos como Irmã Doroteia, uma vida de entrega
a Jesus e ao serviço da educação evangelizadora.
Reunimo-nos todos com muita alegria, cantámos e rezámos.
Depois entregámos-lhe um cesto com 50 rosas de cores diferentes,
símbolo dos 50 anos e das diversas tonalidades da vida.
Foi um dia de Festa!
IInnssttiittuuttoo ddee SSããoo JJoosséé –– VViillaa ddoo CCoonnddee
O período letivo vai correndo velozmente, apesar de termos iniciado a 1 de Setembro!...
Após a adaptação ao novo ano escolar, sempre com alterações na Resposta Social do CATL, seguiram-se
as várias reuniões e desenvolveram-se iniciativas e atividades previstas no Plano Anual de Atividades.
À semelhança dos anos anteriores, nos dias 9, 10 e 11 de Outubro decorreu a 6ª Feira Social de Vila do
Conde, tendo por objetivo “divulgar os serviços e projetos sociais existentes no Concelho, estimular o seu
conhecimento junto da população e potenciar o convívio e intercâmbio interinstituições”.
O nosso Instituto de S. José participou, como é habitual, dando
a conhecer a sua Identidade e Missão, assim como o Tema do
Ano e a Celebração dos 150 Anos das Irmãs Doroteias em
Portugal, fazendo ainda uma referência particular à presença das
Irmãs Doroteias em Vila do Conde há 138 anos!
Aos visitantes interessados foi entregue um desdobrável que, de
certa forma, completava a informação do stand.
A animação do “Espaço Criança”, que algumas educadoras e
auxiliares orientaram na tarde de sábado e de domingo,
proporcionou momentos de alegria e entusiasmo a muitas
crianças.
A um outro nível, na sequência da inscrição da Província na PAR
(Plataforma de Apoio aos Refugiados), algumas de nós estamos
empenhadas na preparação da Casa que a Província
disponibilizou para receber/acolher as pessoas que nos forem
enviadas.
11
FFiigguueeiirraa ddaa FFoozz
7 de outubro – “Um Tesouro a descobrir, uma História a agradecer”
No dia 7 de outubro celebrámos de um modo especial o dia de Nossa Senhora do Rosário, padroeira da
nossa Casa.
Ao longo do dia, em grupos, dirigimo-nos à Capela, onde a Irmã Orlanda nos apresentou o tema para
este ano: “Um Tesouro a descobrir, uma História a agradecer”.
O Grande Tesouro é Jesus e a Ele queremos, neste novo ano letivo, agradecer e comemorar os 150 anos
da chegada das Irmãs Doroteias a Portugal (16 de junho de 2016) e celebrar os 85 anos da chegada das
Irmãs Doroteias à Figueira da Foz (24 de outubro deste ano).
Recebemos uma chave/símbolo que nos ajudará a chegar a Jesus e a abrir o nosso coração, descobrindo o
Tesouro que há dentro de cada um de nós. Recordámos Santa Paula Frassinetti que nos diz: “No coração
de Jesus encontra-se tudo aquilo de que temos necessidade: fortaleza para os fracos, coragem para os
tímidos, luz e conselho para os hesitantes; e para todos caridade, paz, alegria e tudo o mais”.
Graça Peixoto
16 de outubro - Dia da Alimentação
Celebrámos o Dia da Alimentação com um lanche ainda mais colorido que o habitual, confecionado com
a nossa colaboração: sandes de fiambre, queijo, tomate, cenoura ralada e alface, acompanhadas de uma
saborosa limonada.
Um dia para recordarmos que todos os dias devemos comer de forma saudável, equilibrada e variada.
No final do dia, os alunos do 1.º CEB brindaram os Colaboradores cantando uma canção, ensaiada nas
aulas de Música com o Prof. André Pleno, letra e música fruto de uma pesquisa na Web e que nos
encantou. Vejam se não gostam:
Comer bem ou comer mal…
Eu não sou palerma,
E sei muito bem,
Se quero crescer,
tenho que comer!
Mas não é igual,
Comer bem ou mal!
É bom comer carne,
E peixe sem medo,
Se quero ser forte,
É esse o segredo.
Massa, arroz, puré,
Para dar energia!
Legumes, verduras,
Duas vezes ao dia.
Sopa nem se fala,
É fundamental,
E fruta madura,
Sempre essencial.
As batatas fritas,
As gomas, as pizzas,
Em dias especiais,
E nunca demais!
O pequeno almoço,
Tem de ser sentado,
Leite, pão, manteiga,
E bem mastigado!
E ao lanche também,
Não há confusões,
Tenho que comer,
Quatro refeições.
Equipa da Comunicação
12
CCoovviillhhãã –– FFuunnddaaççããoo IImmaaccuullaaddaa CCoonncceeiiççããoo
Visita ao “Parkurbis to kids – Semana dedicada à ciência”
Nada como iniciar o ano letivo com atividades divertidas.
Nos dias 16 e 17 de setembro, o Parkurbis - Parque de Ciência e
Tecnologia - com o apoio da Câmara Municipal da Covilhã,
convidou as nossas crianças para a
2ª edição do "Parkurbis to Kids -
Semana dedicada à Ciência".
O principal objetivo foi estimular,
nos mais novos, o interesse pelos
fenómenos naturais, pela tecnologia e a sua incorporação na aprendizagem.
As crianças puderam participar na elaboração de várias experiências
com materiais do dia-a-dia, orientadas por uma monitora especializada.
Tiveram também a presença da RTP que divulgou o evento com uma
reportagem no “Portugal em Direto”.
Festa do Acolhimento
No dia 25 de setembro foi a Festa do Acolhimento. Demos as boas-vindas às crianças
que agora começam numa nova escola e reencontram amigos.
Tendo por base, neste ano letivo, a descoberta do “tesouro” que foi a vinda das Irmãs
Doroteias para Portugal, - comemoramos agora 150 anos da sua chegada - foi
importante descobrir o “tesouro” que são os amigos, os que já conhecemos e revemos
no arrancar de um novo ciclo, e também os novos com quem temos tanto que
aprender. É um dia muito alegre, em que as crianças cantam diversas músicas e, como
diz a canção, “Um amigo é um tesouro. É Deus mesmo quem o diz, vale mais que
montes de ouro para a gente ser feliz. Amigos vamos ser, amigos de verdade, vivendo
na alegria, vivendo na amizade.”
As Irmãs Doroteias chegaram à Figueira da Foz
no dia 24 de Outubro de 1930.
Há 85 anos!
É muito bonita a História desta vinda!
Unamo-nos em ação de graças por todas as Irmãs e
Colaboradores que deram a sua vida nesta Cidade e,
ao jeito de Paula, educaram, promoveram,
integraram, procurando que houvesse mais VIDA.
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Visita da Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima
Nos dias 9 e 10 de Outubro, tivemos a visita da Imagem Peregrina de Nossa Senhora ao Arciprestado da
Covilhã.
Maria, nossa Mãe, foi recebida no pelourinho da nossa cidade pela população e pelas nossas crianças que,
num gesto de fé, levaram uma flor.
Às 20h30, celebrou-se a eucaristia campal, presidida Pelo Senhor Bispo,
e mais tarde fez-se a procissão das velas para a Igreja da Santíssima
Trindade.
No dia 10 aconteceram os tempos de oração, a Eucaristia de
encerramento e o adeus, com passagem pelo hospital e pelo
estabelecimento prisional.
A visita de Nossa Senhora Peregrina motivou a fé de todos os cidadãos
que se juntaram em grande número para a receber.
IX Semana do Bebé
Inserido na IX Semana do Bebé, organizada pelo Centro Hospitalar Cova da
Beira, no dia 12 de outubro tivemos uma ação de formação direcionada para as
crianças sobre alimentação saudável, principalmente no que diz respeito ao
lanche.
Nesta formação estiveram presentes os nossos finalistas que, com ajuda da
enfermeira Rosa Carlos, aprenderam quais os alimentos mais indicados para
levarem para o lanche quando ingressarem na escola primária.
No dia 14 de outubro, ainda integrado
na IX edição consecutiva da Semana do
Bebé, as nossas crianças dirigiram-se ao
Hospital para participar nas diversas atividades que tinham
preparadas. “Pintores
de um mundo FELIZ”
foi o tema central da
iniciativa, que este ano
visa, uma vez mais, polarizar os cuidados de qualidade nos
primeiros anos de vida do bebé, mas também promover o
desenvolvimento da criatividade e motricidade dos bebés e
crianças, pelas artes plásticas, a música e a dança, para assim
explorarem o seu mundo real e imaginário."
AAggrraaddeecciimmeennttooss
Neste momento de ação de graças, um sentimento de profunda gratidão
vai para todas as Irmãs que se associaram a mim, para comigo louvar o
SENHOR pelo chamamento à Família de Paula que durante estes 50 anos
me proporcionou tantos meios para que, fazendo da VONTADE DE DEUS
o meu pão quotidiano, seja para todos um dom do Seu Amor.
Irmã Maria da Conceição Barata
Irmãs,
Deus é maior que o nosso coração. Muito obrigada por terem dado graças a Deus
comigo por ter sido chamada à nossa Congregação, ao serviço dos Irmãos.
Passei parte de 21 e 22 de outubro junto de Maria, em Fátima. Louvei e agradeci tantas
graças de Deus, tantas Irmãs que me ensinaram e ajudaram a ser Doroteia.
Obrigada a cada uma por tanta presença, por tanto carinho para comigo e para com a
minha família.
Um abraço grande da vossa
Irmã Alice Videira
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CCoollééggiioo ddaa IImmaaccuullaaddaa CCoonncceeiiççããoo –– VViisseeuu
BBooddaass ddee OOuurroo ddaa IIrrmmãã SSããoo PPaaiivvaa
Foi um dia de festa muito familiar
que desde Fevereiro estava marcado
para a visita do nosso Bispo a esta
Comunidade, por ser o Ano da Vida
Consagrada.
Veio a irmã e o cunhado da São, a
Irmã Lúcia, nossa Provincial, e todo
o Colégio se uniu em ação de graças
na Eucaristia e na merenda partilhada.
Houve muitos presentes, telefonemas e outras manifestações de carinho
que foram chegando ao longo do dia. Mas o mais engraçado foi a
coincidência do presente da Comunidade com o da Associação de Pais.
Sabemos que a Irmã São é especialista nos beijinhos a toda a gente e,
depois de muita procura, até encontrámos para lhe oferecer uma imagem
de Nossa Senhora que parece beijar a cabeça de Jesus Menino…
Chamámos-lhe Nossa Senhora do Beijo, e entregámos-lha ao almoço com
um pequeno cântico que substitui o antigo ”cumprimento” feito nestas
ocasiões… Sem termos combinado nada, a APACIC ofereceu depois a
mesma imagem em tamanho bastante maior! Foi uma simpática surpresa!
À querida Irmã São Paiva
Queremos hoje cantar
Muitos PARABÉNS amigos
BODAS DE OURO celebrar.
Cinquenta anos de vida
Ao serviço do Senhor
Na educação dos jovens
Pela via do amor.
O caminho mais perfeito,
A via do coração,
Nos ensina Santa Paula
Para amarmos o Irmão,
Beijinhos repenicados,
Quem é que não vai gostar?
Com força e suavidade,
É uma forma de educar.
Nossa Senhora do Beijo
Abençoe a Irmã São
E satisfaça os desejos
Que guarda no coração.
Irmã Casimira Marques
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O meu OBRIGADA muito agradecido a tantas pessoas que se uniram à
minha FESTA de BODAS DE OURO.
Quis celebrá-las com os ALUNOS que me acompanharam ao longo da
vida e tive o gosto de ver a nossa Capela cheia! Mas também os
Professores, os Auxiliares da Ação Educativa, muitos Encarregados de
Educação, as nossas Irmãs e a minha Família marcaram presença.
Na sua visita canónica, que também foi neste dia, tivemos a presença do
nosso Bispo, D. Ilídio Leandro, por ser o ano da Vida Consagrada.
Senti-me muito amada por Deus neste carinho de toda a gente!
Bem hajam todos! Peço a Deus que lhes faça sentir a minha gratidão.
Irmã Maria da Conceição Paiva
AAccoonntteecceeuu...... AAccoonntteeccee...... AAccoonntteecceerráá......
A nossa Província integra a Plataforma de
Apoio aos Refugiados (PAR),
disponibilizando alguns dos nossos espaços
para os acolher e implicando ao máximo
todas as nossas Instituições no apoio direto e
na sensibilização de todos os Educadores e
Pais para que também eles participem
ativamente.
A noviça Susana Santos está em Portugal para
acompanhar à família na situação em que se
encontra o pai, após uma operação muito
delicada.
Como sabemos, pela primeira vez houve
participação de leigos no Capítulo Geral (entre
17 e 20 de Outubro). De Portugal foram as
professoras Ana Isabel Santos (Calvanas) e Ana
Márcia Serra Fernandes (ESEPF). Com a mesma
finalidade passaram por Lisboa, a caminho de
Roma, os leigos Hirundina e Edgar, de Angola, e
Francisco, de Moçambique. Este último ficou
uns dias na Casa Provincial, para ir a Fátima,
regressando à Angónia no dia 23.
Fazem as Bodas de Ouro as Irmãs: Maria João
Vieira Neves, da Comunidade Escolar das
Calvanas, no dia 8 de Dezembro; e Luisa Reis
Carneiro, da Comunidade de Évora, no dia 25
de Dezembro.
Os nossos Centros Educativos já iniciaram as
celebrações dos 150 anos de PRESENÇA das
Irmãs Doroteias em Portugal.
Continuamos a rezar pelo Capítulo Geral que
termina a 14 de novembro.
Familiares de Irmãs falecidos:
Dia 11 de setembro, uma irmã da Irmã Celina Carvalho, da comunidade do Sardão.
Dia 16 setembro, um cunhado da Irmã Ilda Cardina, da Comunidade da Paz.
Dia 28 setembro, uma irmã da Irmã Marieta Pinho, da comunidade de Vila do Conde
Dia 4 de outubro, uma cunhada da Irmã Isaura Salazar, comunidade escolar das Calvanas e também prima
da Irmã Maria Emília Mesquita, da comunidade do Linhó.
Dia 19 de outubro, a irmã mais velha da Irmã Fernanda Barros, da Comunidade de Viseu.
No dia 21 de outubro, um irmão da Irmã Maria da Conceição Reis, do Linhó
Dia 23 de outubro, um irmão da Irmã Deolinda dos Anjos, da comunidade do Seixal.
Dia 27 de outubro, um cunhado da Irmã Boavida Gil, da Comunidade da Covilhã.
IIrrmmãã MMaarriiaa AAmméélliiaa FFeerrnnaannddeess
A IRMÃ MARIA AMÉLIA FERNANDES faleceu no dia 13 de Setembro, pelas 22.30 horas, na
Comunidade do Instituto de S. José – Vila do Conde, com 93 anos.
A sua fragilidade física há já algum tempo inspirava cuidados, mas ainda participava em
todos os momentos comunitários: refeições, tempos de oração e de convívio. Jantou
normalmente e esteve, como de costume, a ouvir as notícias da noite na TV.
Morreu serenamente, tal como viveu. A sua presença silenciosa e discreta, a sua bondade e
espírito de sacrifício deixa muitas saudades a todas as Irmãs da Comunidade.
Ir. Maria de Fátima Ambrósio
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IIrrmmãã EEmmíílliiaa AAuugguussttaa MMaarrttiinnss PPiinnttoo
A Irmã Emília Pinto foi hospitalizada no dia 2 de Julho depois de lhe terem diagnosticado
uma pneumonia como tantas outras que já tinha tido. Mas desta vez, o desfecho final viria a
ser bem diferente!
Depois de fazer alguns exames de diagnóstico complementar e de um mês de internamento,
a 2 de Agosto foi pela primeira vez ao Bloco para ser operada ao intestino. No dia 11 de
Agosto à tarde teve alta médica, pois tudo tinha corrido bem. Umas horas depois, e já na
manhã do dia 12 de Agosto voltava a dar entrada na urgência do Hospital Fernando Fonseca na Amadora, para
ser submetida a uma nova intervenção cirúrgica.
Já em casa e nos últimos dias, gostava muito de ouvir uma palavra de conforto, de consolação… e estando
muito agitada eu disse-lhe: “A Irmã já pensou que é muito amada por Deus? Foi escolhida para completar em si
o que falta à Paixão de Jesus”. Ela agradeceu e sorriu de felicidade dizendo: “Obrigada pelas suas palavras, sinto-
me mais tranquila. Eu precisava mesmo de ouvir isto”. A partir daquele momento, os seus últimos três dias foram
vividos em comunhão profunda com o seu Jesus.
Foi assistida no Hospital por excelentes equipas médicas, quer na Medicina quer na Cirurgia, mas acabou por
falecer no dia 28 de setembro na sua Comunidade do Linhó.
No momento inicial da Eucaristia do funeral, a Irmã Margarida Ribeirinha, rezou este louvor ao Senhor:
Nesta Eucaristia queremos dar graças a Deus pela nossa Irmã Emília Augusta, por tudo quanto foi como mulher e
mulher consagrada.
Louvamos o Senhor pelo seu testemunho de Amor a Jesus Cristo e à Eucaristia;
Louvamos o Senhor pelo modo como transmitia Jesus às crianças da catequese;
Louvamos o Senhor pelo seu espírito missionário;
Louvamos o Senhor pela profundidade da sua espiritualidade e pelo seu interesse pelos
acontecimentos do mundo, da Igreja e da Congregação;
Louvemos o Senhor pelo seu espírito de sacrifício e dimensão comunitária;
Louvemos o Senhor pela sua retidão de coração e atenção à vivência da caridade;
Louvamos o Senhor pelo seu coração agradecido e humilde;
Louvamos o Senhor pelo seu amor à criação.
Façamos desta Eucaristia um hino de louvor e gratidão por tudo quanto recebemos da Irmã Emília Augusta…
Irmã Maria da Conceição Rodrigues dos Santos
IIrrmmãã MMaarriiaa ddaa CCoonncceeiiççããoo AAppaarríícciioo
A Irmã Aparício nasceu em Vila de Rei numa família em que a fé era intensamente
vivida pelo que nela florescia a paz e a harmonia.
Aos domingos, quando ouvia a transmissão da Missa pela rádio, frequentemente
lembrava as pessoas da sua terra que tinham de percorrer a pé alguns quilómetros
para ir à Igreja, o que ela também fazia acompanhada pelos pais e irmãos, quando
era criança.
Manifestava grande amor ao Senhor a quem consagrou a sua vida, por um intenso
espírito de oração que a levava a estar muitas horas junto do sacrário, a fazer
diálogos com Ele em voz alta e a ler as Cartas de Santa Paula, por quem tinha uma especial devoção, pelo
que decorava passagens que mais a tocavam e repetia em comunidade.
Durante quase toda a sua vida religiosa teve o ofício de cozinheira que desempenhou sempre com uma
inexcedível dedicação, procurando as ementas que as alunas mais apreciavam. Nos últimos anos contava
com muita frequência o prazer que sentia em lhes proporcionar uma alimentação bem confecionada e a
alegria que elas manifestavam por serem satisfeitos os seus desejos.
Era com muito prazer que recordava os bons tempos vividos em família, nomeadamente aqueles que se
distinguiram pelo seu amor a Deus como os pais e alguns familiares que foram chamados a integrar-se na
Companhia de Jesus.
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Decorridos 54 anos vividos na Comunidade de Abrantes,
manifestou o desejo de passar os últimos tempos junto da sua
irmã, a nossa Irmã Ludovina Aparício, o que lhe foi concedido.
Porém, o Senhor, passado pouco mais de um mês, veio buscá-
la, já na comunidade de Coimbra, para gozar da eterna
felicidade.
Por coincidência faleceu no dia 12 de Outubro, véspera dos 75
anos da fundação do Colégio de Nossa Senhora de Fátima,
missão que serviu com tanta dedicação, sendo sepultada no dia
13, na sua terra natal junto dos seus pais, a pedido da família por quem tinha muito carinho e amizade.
Irmã Maria Adelaide Santos Costa
IIrrmmãã CClleemmeennttiinnaa PPeerreeiirraa ((VViillaarr))
Depois de 98 anos de peregrinação por esta terra, deixou-nos com saudade, a
nossa Irmã Clementina Pereira. 98 anos de entrega e serviço que ela foi
preenchendo de boas obras agradáveis ao Senhor.
A maior parte dos anos (48) viveu-os nesta Casa de Vilar, onde tanto se dedicou
aos alunos/as que por aqui foram passando. Todos(as) a recordam como uma
grande educadora e amiga, sempre com um sorriso delicado e acolhedor, muito
sacrificada e muito de Deus. Assim o confirmam alguns testemunhos no facebook
na hora da sua partida:
“… Nunca vou esquecer esta Irmã tao boa. Muitas vezes falei com ela ao
telefone, paz à sua ALMA, pois estará com DEUS.”
“Sempre recordada com muita ternura... a partir de agora uma linda
estrela vai começar a brilhar no céu... paz à sua alma.
“Será recordada para sempre, com um enorme sorriso…”
“...Minha Estrela, continua a brilhar muito… Descansa em Paz!
”Obrigada por ter feito parte da minha vida, nunca vai ser esquecida. Ficará para sempre na minha
memória e no meu coração.”
“Partiste sem poder dizer adeus, mas sabemos que mesmo lá de cima estarás a olhar por nós. Só podemos
agradecer pela bênção de termos podido aprender tanto contigo. Um enorme obrigado por teres enchido
nossos corações de amor e nossas cabeças de aprendizagens que levaremos para a vida toda. Um
obrigado nunca será o suficiente pelo que fizeste por nós. Mas mesmo assim obrigada por tudo, Irmã
Pereira, nosso anjinho.”
“Minhas Queridas! Nem sei como vos dizer. Mas acabaram de me dar a notícia de que a nossa Irmã
Pereira partiu para junto de tantas outras que já cá não se encontram. A nossa Freirinha do Refeitório e
da distribuição dos trabalhos, com os números de cada menina na ponta da língua: Ninguém escapava!...
Mais uma Estrela…”
Nós, irmãs, recordámo-la pela sua alegria, boa disposição sempre pronta a colaborar nas brincadeiras,
com palmas e cantigas em convívios comunitários.
Mas deixou-nos, muito silenciosamente, sem esperarmos que o Senhor batesse à porta tão
repentinamente. Ficou como um “passarinho”, porque a sua medida já estava “cheia, recalcada, a
transbordar”
A Irmã Pereira já está a gozar daquela LUZ que ela tantas vezes pronunciou ao cantar o seu cântico
preferido: “Quem Me seguir não andará nas trevas. Eu sou a Luz que em vós há-de brilhar”…… Assim
acreditamos, assim o desejamos!
As Irmãs da Comunidade de Vilar
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AAnnoo ddaa VViiddaa CCoonnssaaggrraaddaa
UUmmaa vvooccaaççããoo mmiissssiioonnáárriiaa
IIrrmmãã MMaarriiaa AAuugguussttaa PPrraaggaannaa
Sou natural da Carrapichana, aldeia do Concelho de Celorico da Beira, distrito
da Guarda. Sou a mais velha de quatro irmãos, tendo Deus levado uma menina
em criança. Os meus Pais educaram-nos na Fé cristã, e os conselhos da Tia – Irmã
Cunha – ajudaram-nos a crescer na Fé.
Aos onze anos, depois da Primária, fui frequentar o Liceu da Guarda, ficando
interna no Lar da Acão Católica; fui membro da JEC, o que contribuiu para a
minha formação cristã.
Terminado o curso do Magistério Primário, fui lecionar em diversas Escolas.
Gostava de exercer esta profissão, mas sentia um vazio em mim que era preciso
preencher. Sentia o Senhor bater à porta, recordando as noviças de véus brancos que a Tia, no Linhó, nos
mostrava aquando das visitas da família.
Tocada mais fortemente por Deus, senti que poderia ir fazer a experiência e comuniquei-o à família, que
se opôs terminantemente. Fui esperando, pedindo ao Senhor que tocasse os seus corações, mas não via
mudança.
Comuniquei o meu desejo à Tia, a Irmã Cunha, esperando que me animasse a seguir de imediato, mas a
resposta foi esta: “Pensa bem, pois a vida religiosa requer muita doação e sacrifício, mas escreve à Madre
Mestra – Irmã Magalhães”. Fiquei um pouco triste, mas aliviou-me a resposta da Madre Mestra que me
mandou ir. Esperei que acabassem as aulas. No fim fiz um retiro organizado pela JEC no Colégio da
Imaculada Conceição, em Viseu, sendo mais uma ocasião para confirmar a minha vocação. Deus tocou-
me de tal maneira que decidi ir dali para o Linhó sem voltar a casa, por saber que me impediam.
Escrevi aos Pais a comunicar a minha decisão e, nesse mesmo dia 5 de Agosto de 1964, segui para o Linhó
em carro alugado com outras pessoas.
A família desligou-se de mim por completo, mas eu ia dando notícias em cartas, às quais não recebia
resposta. Nelas eu manifestava os meus sentimentos de alegria e felicidade. Passados dois anos, os meus
Pais escreveram-me e diziam: “Os pais querem a felicidade dos filhos, se tu dizes que estás feliz na tua
vocação, a partir de hoje, tudo como dantes”. A família foi aos meus Votos, e do almoço que levaram
para comermos juntos na mata fazia parte uma cabeça de borrego, por saberem que eu gostava! A Graça
divina opera quando Deus o determina.
Ao longo do Noviciado fui sentindo um segundo chamamento – ser missionária.
O Senhor enviou-me em missão para Angola onde estive três anos como júnior, dando aulas à Primária e
catequese na Paróquia. Regressei para a Terceira Provação e, depois de fazer os Votos Perpétuos, fui
enviada para Moçambique onde permaneci 40 anos. Fiz parte da Comunidade destinada à fundação de
Lichinga, na altura Vila Cabral. Um ano depois da minha chegada, Moçambique adquiriu a sua
independência e começou a guerra de Partidos que muito fez sofrer o Povo e que de alguma maneira nos
atingiu, mas Deus que me enviou não me abandonou e assim pude permanecer ali até agora. Dava aulas
de Português na Escola Secundária, pois era uma segunda língua, e tinha a organização da catequese,
preparando jovens e adultos, trabalho que fui fazendo até à altura de regressar. Também estive no
Maputo e na Angónia. Embora haja um maior número de pessoas preparadas para o anúncio da Palavra
não me dispensaria, se a saúde mo permitisse.
Regressei este ano e vou ficar na Comunidade de Viseu, uma vez que a saúde não me permite regressar.
No entanto continuo ligada às Irmãs e ao Povo daquelas terras. Continuarei a ser missionária através da
oração, dos contactos e da partilha, com o desejo de viver a mensagem de Santa Paula:
Rezemos muito, muito, cansemo-nos muito, para dar a conhecer o nosso Bom Jesus.
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Humanização no quotidiano em Santa Paula
II – No relacionamento com as alunas
Santa Paula interessava-se muito pelas alunas, não só enviando-lhes lembranças e
afectuosos ‘recadinhos’, através das Irmãs, mas também correspondendo-se
pessoalmente com elas. Infelizmente só nos restou uma carta dirigida às alunas do
Recife-Brasil:
Minhas caríssimas amigas no Senhor
Não vos posso exprimir a grande consolação que me trouxeram as vossas cartinhas,
por descobrir nelas o vosso aproveitamento nos estudos, o vosso bom coração (…). E, quando, completada
a vossa educação, regressardes ao seio das vossas famílias, sereis para elas verdadeiros anjos de paz e de
consolação; e os vossos exemplos atrairão outras jovens, como vós, a amar a virtude e a praticá-la (…).
Sereis apóstolas, no meio do mundo (Carta 336,1-3).
Ao longo do seu epistolário, são frequentes as referências às alunas:
Hoje é dia de vignata [passeio que consistia em passar o dia inteiro numa vinha] mas, devido ao mau
tempo, não se pode ir ao campo, e eu aproveito o tempo e escrevo enquanto me deixarem; entretanto, as
crianças fazem uma enorme barulheira, mas são muito boas e dão-me verdadeira consolação (266,10).
Dê-lhes [às alunas] por mim muitas lembranças afectuosas e assegure-lhes que sempre penso nelas, que as
encomendo ao Senhor e que muito frequentemente falo delas (410,2).
Recomende-me às Irmãs e a essas boas alunas, a quem escreverei de Roma (459,9).
Recomende-me também às alunas e diga-lhes que recordo sempre as consolações que me deram durante
o tempo que passei em sua companhia; que lhes peço que façam muito bem o mês de Maio e que rezem
um pouquinho pelas minhas intenções, todos os dias desse mês (498,10).
As alunas sempre boas; quase todas fazem a Sagrada Comunhão todos os dias. A Rosinha está feliz por ter
sido admitida como Filha de Maria. Além dos frutos de cera, fez uma cestinha de flores de pano, e saiu-se
muito bem; hoje apresenta tudo ao pai, por intermédio da tia, e espero que fique contente. Também a
Madalena dá boa conta de si; fez os frutos de cera melhor do que a Rosinha e agora deseja fazer flores
(505,11).
Tive boas notícias do Brasil, mas ainda não souberam do êxito do álbum; felicitaram-me muito pela
minha festa e as alunas enviaram-me diversos passarinhos pintados por elas; mando-lhe um para si
(505,12).
Interrompi a escrita para ir comer o pastel de macarrão no jardim, onde jantámos todas (506,13).
Consolam-me grandemente as notícias dessas boas alunas, do bom espírito que adquirem na sua educação
e como o mantêm, mesmo no seio das suas famílias. Deus seja bendito! (532,6).
Quando me escrever, e desejo que seja depressa, dê-me notícias (…) das caras educandas, de quem é
Mestra Geral; diga-me quantas são, se são boas, capazes, etc., e dê-lhes lembranças minhas (546,3).
Na quarta-feira fomos à Villa Borghese; estava um dia belíssimo e divertiram-se muito, inclusive as
noviças. Ontem fizemos a vignata nas vinhas do Irmão Settimio, mas a chuva honrou-nos todo o dia e
obrigou-nos a estar sempre dentro de casa, quer dizer, no refeitório, por não haver outro sítio aberto; ali
comemos presunto, salame e fruta, e jantámos às 6, e eu estive em perfeita vida comum; digo-lhe isto
como prova de que estou bem (812,2).
20
PPaappaa FFrraanncciissccoo
Neste ano de 2015, o Dia Mundial das Missões tem como pano
de fundo o Ano da Vida Consagrada, que serve de estímulo
para a sua oração e reflexão. Na verdade, entre a vida
consagrada e a missão subsiste uma forte ligação, porque, se
todo o baptizado é chamado a dar testemunho do Senhor
Jesus, anunciando a fé que recebeu como dom, isto vale de
modo particular para a pessoa consagrada. O seguimento de
Jesus, que motivou o aparecimento da vida consagrada na
Igreja, é resposta ao chamamento para se tomar a cruz e O
seguir, imitar a sua dedicação ao Pai e os seus gestos de serviço e amor, perder a vida a fim de a
reencontrar. E, dado que toda a vida de Cristo tem carácter missionário, os homens e mulheres que O
seguem mais de perto assumem plenamente este mesmo carácter.
A dimensão missionária, que pertence à própria natureza da Igreja, é intrínseca também a cada forma de
vida consagrada, e não pode ser transcurada sem deixar um vazio que desfigura o carisma. A missão não
é proselitismo, nem mera estratégia; a missão faz parte da «gramática» da fé, é algo de imprescindível para
quem se coloca à escuta da voz do Espírito, que sussurra «vem» e «vai». Quem segue Cristo não pode
deixar de tornar-se missionário, e sabe que Jesus «caminha com ele, fala com ele, respira com ele, trabalha
com ele. Sente Jesus vivo com ele, no meio da tarefa missionária» (Exort. ap. Evangelii gaudium, 266).
A missão é uma paixão por Jesus Cristo e, ao mesmo tempo, uma paixão pelas pessoas.
(…) Dentro desta dinâmica complexa, ponhamo-nos a questão: «Quem são os destinatários
privilegiados do anúncio evangélico?» A resposta é clara; encontramo-la no próprio Evangelho: os pobres,
os humildes e os doentes, aqueles que muitas vezes são desprezados e esquecidos, aqueles que não te
podem retribuir (cf. Lc 14, 13-14). Uma evangelização dirigida preferencialmente a eles é sinal do Reino
que Jesus veio trazer: «existe um vínculo indissolúvel entre a nossa fé e os pobres. Não os deixemos jamais
sozinhos!» (Exort. ap. Evangelii gaudium, 48).
(…) Para viver o testemunho cristão e os sinais do amor do Pai entre os humildes e os pobres, os
consagrados são chamados a promover, no serviço da missão, a presença dos fiéis leigos. Como já
afirmava o Concílio Ecuménico Vaticano II, «os leigos colaboram na obra de evangelização da Igreja e
participam da sua missão salvífica, ao mesmo tempo como testemunhas e como instrumentos vivos» (Ad
gentes, 41). É necessário que os consagrados missionários se abram, cada vez mais corajosamente, àqueles
que estão dispostos a cooperar com eles, mesmo durante um tempo limitado numa experiência ao vivo.
São irmãos e irmãs que desejam partilhar a vocação missionária inscrita no Baptismo. As casas e as
estruturas das missões são lugares naturais para o seu acolhimento e apoio humano, espiritual e
apostólico.
(…) A Obra Missionária do Sucessor de Pedro tem um horizonte apostólico universal. Por isso, tem
necessidade também dos inúmeros carismas da vida consagrada, para dirigir-se ao vasto horizonte da
evangelização e ser capaz de assegurar uma presença adequada nas fronteiras e nos territórios alcançados.
Queridos irmãos e irmãs, a paixão do missionário é o Evangelho. São Paulo podia afirmar: «Ai de mim, se
eu não evangelizar!» (1 Cor 9, 16). O Evangelho é fonte de alegria, liberdade e salvação para cada
homem. Ciente deste dom, a Igreja não se cansa de anunciar, incessantemente, a todos «O que existia
desde o princípio, O que ouvimos, O que vimos com os nossos olhos» (1 Jo 1, 1). A missão dos servidores
da Palavra – bispos, sacerdotes, religiosos e leigos – é colocar a todos, sem excluir ninguém, em relação
pessoal com Cristo. No campo imenso da actividade missionária da Igreja, cada baptizado é chamado a
viver o melhor possível o seu compromisso, segundo a sua situação pessoal. Uma resposta generosa a esta
vocação universal pode ser oferecida pelos consagrados e consagradas através duma vida intensa de
oração e união com o Senhor e com o seu sacrifício redentor.
Da Mensagem do Papa Francisco para o DIA MUNDIAL DAS MISSÕES de 2015
De 25 a 30 de novembro, o Papa Francisco visitará o Quénia, o Uganda e a República
Centro-Africana: 19 discursos em encontros com católicos, muçulmanos e evangélicos.
Vamos acompanhar esta viagem apostólica do Papa com a nossa oração.