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Al. Linhas de Torres, 2 1750-146 LISBOA [email protected]
A Irmã Aguiar fez 99 anos
na “Praça da Alegria”
Irmã Maria Eduarda Fernandes
75 anos de Vida Religiosa
Encontro de Formação
Colégio da Paz
Irmã Maria Emília Mesquita
e os seus dois 'netos' - Linhó
Encontro de Formação
Vila do Conde
Encontro de Formação
Abrantes
Covilhã
Encontro de Formação
Covilhã
Missão Açores 2012
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EEnnccoonnttrrooss ddee FFoorrmmaaççããoo ppaarraa ddoocceenntteess ee
nnããoo ddoocceenntteess ddooss CCeennttrrooss EEdduuccaattiivvooss
Com o tema «Ser pessoa-dom em espírito de serviço»,
realizaram-se, de 22 de setembro a 27 de outubro, 13 ações de
formação para docentes e não-docentes dos nossos Centros
Educativos.
Perguntámos:
Em que se está a traduzir, na vida desse Centro,
esta Ação de Formação?
CCoollééggiioo ddee NNªª SSªª ddaa PPaazz -- PPoorrttoo
O compromisso do Colégio da Paz: Seguindo o exemplo de Santa Paula…
Fazer todos os dias todo o bem que pudermos, com alegria, entusiasmo e generosidade.
Olhar sempre aqueles com quem nos cruzamos no Colégio. Queremos ser solidários e não fazer somente
aquilo que nos é pedido, mas ter o coração aberto a todos, sem exceções.
Aceitar os desafios com alegria, certos de que receberemos mais do que damos. Colaborar com todos,
independentemente de a tarefa estar inerente à nossa função.
Com alegria, estar atentos e disponíveis na procura do bem comum, não nos cingindo apenas àquelas que
consideramos serem as nossas responsabilidades.
Reconhecer e valorizar as atitudes, os gestos e as entregas dos outros, na concretização do bem comum.
Dar a todos com alegria genuína e de forma continuada, valorizar o
contributo dos outros, por menor que ele nos possa parecer.
Dar com alegria:
- as saudações a todos os que connosco se cruzam
- as explicações, os esclarecimentos e respostas às solicitações dos alunos
- a ajuda necessária aos colegas
Dar continuidade. Disponibilidade em termos pedagógicos e
institucionais. Para além das obrigações estritamente profissionais.
Abraçar a Obra como um projeto comum.
IInnssttiittuuttoo ddee SS.. JJoosséé -- VViillaa ddoo CCoonnddee
O tema do ano “SER DOM, EM ESPÍRITO DE SERVIÇO” foi anunciado aos
docentes da Instituição ainda no ano letivo anterior, após o Encontro das
Equipas Diretivas, no Linhó. Isso permitiu que, no final do ano, a Programação
de 2012/2013 tivesse sido pensada de modo a integrar diferentes atividades e
iniciativas relativas ao Tema.
A Formação para os Colaboradores, este ano nos próprios Centros e
orientada por elementos da Equipa
de Animação Educativa da
Província, foi importantíssima, não só como enriquecimento
pessoal/de grupo na linha do que, como Província, queremos seja o
perfil do educador dos nossos Centros Educativos, como também
pela motivação para a vivência do Ano na perspetiva do Tema.
Para lá das atividades já realizadas, vamos vivendo o dia-a-dia
procurando crescer, como pessoas e como Comunidade
Educativa, neste espírito de “Ser Dom, servindo”, com o desejo
de que ele marque tudo o que procuramos ser e fazer.
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CCoollééggiioo ddee SSaannttaa DDoorrootteeiiaa -- LLiissbbooaa
Ser Dom em Espírito de Serviço
Foi um dia de reflexão que, em termos pessoais, me abriu para a descoberta de outras dimensões da Dádiva e
do Espírito de Serviço, que associava apenas ao trabalho de voluntariado.
Na verdade, tanto no âmbito de uma atividade específica profissional, como em todos os momentos que constituem a
nossa vida diária, um verdadeiro Espírito de Serviço torna a nossa intervenção no viver em família, na profissão e em
sociedade, menos pesada, mais alegre, muito mais solidária e, portanto, mais gratificante. Além disso, quando nos
move um verdadeiro espírito de serviço, quando nos dispomos a servir todas as pessoas que Deus coloca no nosso
caminho, sem fazer distinções de qualquer espécie, não só nos desenvolvemos e elevamos como pessoas, cidadãos e
profissionais, como contribuímos para o crescimento e aprimoramento dos que nos rodeiam.
Tantas vezes, não é um caminho fácil. Servimos partindo do que somos e estamos longe de ser perfeitos. Mas
não estamos sozinhos. Como cristãos, a vivência da fé motiva e tem uma fonte orientadora inesgotável, Jesus
Cristo. A partir do seu exemplo somos conduzidos no caminho da dádiva, ou seja, do serviço realizado sem
expectativa, garantia ou procura de retribuição. A mesma orientação recebemos do testemunho de Santa
Paula. Através das suas palavras nas “Constelações do Dom” pudemos descobrir a forma simples do seu modo
de servir e encontrar inspiração para traduzir essa atitude de bem servir no nosso quotidiano.
Foi um dia com muitos momentos marcantes, certamente diferentes para cada um dos participantes, mas que
teve, além disso, a riqueza acrescida de ter sido vivenciado e partilhado em grupo. Haver tempo e espaço para
partilhar estas experiências com os nossos colegas do dia-a-dia é também, em si mesmo, um tesouro. Um
tesouro que faz crescer em nós o dom do serviço. (Ana Sofia Ferreira, bibliotecária)
OObbrraa SSoocciiaall PPaauulloo VVII -- LLiissbbooaa
Decorreu no dia 26 de Outubro na Obra Social Paulo VI em Lisboa a
ação de formação com o tema SER PESSOA EM ESPÍRITO DE SERVIÇO.
A partir desta formação ficámos mais alertadas/os para a importância
de estarmos disponíveis e atentas/os às/aos outros, bem como para
colocar os nossos talentos ao serviço gratuito.
De forma a sensibilizar toda a comunidade escolar (crianças, famílias,
profissionais) a estes valores, e aproveitando a proximidade de um
momento de encontro habitual nesta época (Festa de S. Martinho e
Festa dos Avós), construímos na nossa praça um jardim de Outono ao
qual demos o nome de JARDIM DOS DONS. Nele criámos vários
espaços que proporcionam momentos de partilha entre avós e netos:
o Poço da Poesia, a Árvore dos Desejos, o Banco das Histórias e o Chá das Cinco.
O espaço principal do jardim é, no entanto, o Banquete dos Dons, um espaço onde se expõem os diversos
dons oferecidos pelos avós – pinturas, poemas, desenhos, orações, trabalhos em lã, fantoches, etc. Há também
o lago das pedras com pedrinhas que os avós levam com o objetivo de “saberem o caminho de volta”.
Paralelamente, convidámos os avós a virem às salas dos seus netos e partilharem com eles os seus DONS.
Vieram muitos avós contar histórias, cantar canções, fazer receitas, teatro ou simplesmente estar um pouco a
saborear a presença das crianças.
No dia de S. Martinho uma das educadoras preparou um teatro de sombras com a história deste santo, que
nos desafia a SER DOM. (Equipa de Pastoral da Obra Social Paulo VI)
VViivvêênncciiaa ddoo tteemmaa ddoo aannoo nnoo CCoollééggiioo ddoo SSaarrddããoo
No início de Julho foi apresentado em reunião de docentes, o tema para o ano de 2012-2013
“Ser Dom em Espírito de Serviço”.
Este “mote” deu logo que pensar. Os docentes começaram a organizar a vida das suas turmas e o seu
projeto de turma com este pano de fundo.
Foi abordado o tema de forma muito simples, e todos partilharam algum valor que ele lhe sugeria.
No início de Setembro voltámos a fazer uma mini-formação para se perceber melhor o que se pretendia. Falou-se
um pouco sobre Jesus Cristo, o DOM por excelência, e de Santa Paula, como DOM, em pessoa. Jesus Cristo e Santa
Paula são, pois, os nossos guias.
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O resultado da reflexão foi traduzido em valores a viver ao longo do ano:
doação, amor, entrega, reconciliação, acolhimento, partilha, dignidade, gratidão,
altruísmo, união, tolerância, humildade, escuta, solidariedade, valorização,
confiança, bondade, perdão.
Depois, foi a reflexão em grande grupo, com o pessoal docente e não docente,
por Instituições, prevista na Programação da Província, e surgiu um compromisso
mais abrangente.
O tema foi levado aos alunos, com um pequeno PowerPoint, fez-se a introdução para essa vivência que irá ser
transversal, isto é, vai ser vivido por todas as crianças, pelos Professores, pelos não docentes e pelos Encarregados
de Educação, ao longo de todo o ano, acentuadamente nos tempos litúrgicos mais fortes. Aos Encarregados de
Educação o tema foi apresentado e explicado em reuniões parcelares, para poderem dialogar com os filhos.
Há iniciativas ligadas ao tema, como por exemplo sermos dom para aqueles que mais necessitam e, neste
momento, são tantos! Assim, ao longo do ano cada turma trará géneros alimentares, que serão distribuídos,
através de uma associação, a idosos e outros que vivem isolados, ou em “pobreza escondida”. Temos tentado de
várias formas viver esta atitude de Doação, Amor e Entrega a todos os que se aproximam de nós.
O Logotipo do tema lembra a todos os que por ali entram que ser “Dom em espírito de serviço” é um
mandato a viver cada dia!
CCoovviillhhãã
No dia 29 de setembro de 2012 deslocaram-se à Fundação Imaculada Conceição a Irmã Milita (Maria Emília
Nabuco) e a psicóloga da Obra Social Paulo VI, Isabel Duarte, para orientarem a formação sobre o tema que
unifica este novo ano letivo: Ser Pessoa-Dom em Espírito de Serviço.
O tema da formação foi deveras pertinente e mereceu ser tratado de uma forma profunda e séria. A Irmã
Milita e a Dra. Isabel Duarte fizeram-no de uma forma hábil, levando-nos a refletir através de exemplos da
vida de Jesus e de Santa Paula.
O dar com gratuitidade, neste mundo turbulento e agitado em que vivemos, é difícil. Somos facilmente
ofuscados por solicitações de toda a espécie. Por isso, estes momentos de reflexão ajudam-nos a pensar no
nosso modo de agir enquanto pessoas e seguidoras da pedagogia de Santa Paula.
No final deste encontro foi bom percebermos o quanto nos pode preencher o conseguirmos dar sem estar à
espera de receber algo em troca. Sentimo-nos agora com mais coragem para estarmos atentos aos outros mais
do que a nós mesmos e darmo-nos com gratuidade.
À entrada da nossa casa está o nosso placar para este ano com a nossa “menina” envolta em esboços de
crianças que aprendem a brincar e como num arco-iris aí estão palavras soltas que significam tudo aquilo em
que acreditamos e queremos oferecer a todos quantos por aqui passam.
Santa Paula orienta-nos, e nós vamos passar a mensagem em atitudes do nosso dia-a-dia.
Com humildade pedimos a Santa Paula a sua força e orientação; depois todas leram em voz alta o
compromisso do ano letivo:
Reforçar a coesão como equipas
Dizer a todos “Bom-Dia”
Dar exemplo daquilo que defendemos
Ser exigentes com o pré-estabelecido
Promover a dinâmica da dádiva
Desafiar cada uma a pôr a render os seus talentos e colocá-los ao serviço de todos
Um compromisso assente na alegria e na disponibilidade
Se conseguirmos, com o nosso exemplo, colocar-nos ao serviço dos outros e
passarmos esta mensagem para toda a comunidade educativa, vamos sentir-
nos muito mais felizes e perto de Deus. Como diz Santa Paula, “façamos
todo o bem que pudermos pois há muita necessidade”.
Quase no fim do primeiro mês realizámos a Festa de Acolhimento para os
novos elementos da nossa “família”. Houve surpresas preparadas e partilhadas
por todos. Cantámos e dançámos. Oferecemos doces e distribuímos alegria.
Fizemos o nosso magusto na sexta-feira, dia 9 de Novembro; o S. Martinho fez-nos
uma grande surpresa e mandou um dia lindo e cheio de sol…
Santa Paula, que nos orienta sempre, diz-nos “O padeiro, quando mete mais
lenha na fornalha, pretende que nela aumente o calor do fogo; o mesmo pretendo eu, isto é, que procurem
animar-se mutuamente e crescer cada vez mais no amor de Deus e do próximo”.
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CCoommuunniiddaaddee EEdduuccaattiivvaa ddee AAbbrraanntteess
O tema do ano foi acolhido com muito interesse e entusiasmo. O diálogo entre pais e filhos estabeleceu-
se e puseram-se à descoberta do que era “SER DOM” e dos dons de cada um.
Na Eucaristia do início das atividades, esses dons foram levados ao ofertório com o desejo de serem
postos ao serviço de todos.
As mães fizeram para os filhos um avental em que eles puseram a marca das suas mãos como
compromisso do seu empenho em crescer na gratuidade do dom e do serviço; este avental será quando
fizerem atividades em favor dos outros.
Também eles foram ao ofertório; e, no fim da Eucaristia, em que participou o grupo coral dos alunos e
dos adultos do Orfeão do Tramagal, regido pela mãe de uma aluna, o Celebrante fez o seu envio.
Iniciou-se o projeto ”artIDEIAS” em que a comunidade educativa participa com iniciativas a favor dos
AMIGOS do Hospital (grupo de voluntariado), Casa de São
Miguel (crianças em situação de risco), Banco Alimentar contra a
Fome e Cruz Vermelha.
Entre outras atividades as crianças já fizeram uma compota,
arranjaram os frascos e fizeram a “Feira” na portaria do Colégio.
Muito se alegraram ao ver que, em pouco tempo, se esgotou todo o
produto do seu trabalho.
Os pais e os filhos participaram no Festival Nacional de Doçaria
Tradicional que se realizou em Abrantes por iniciativa da Câmara
Municipal. A Comunidade Educativa empenha-se em projetar já o
tempo do ADVENTO e do NATAL – a FESTA do grande DOM para o Mundo – JESUS, Filho de DEUS!
LLiinnhhóó:: PPrroojjeettoo IIrrmmãã -- AAvvóó
Objetivo: Viver experiências do que significa ser “Dom gratuito”.
Como surgiu: Este ano, ao sermos desafiadas para desenvolver o tema do ano (“Ser Pessoa–Dom, em
Espírito de Serviço”) tomámos consciência de que uma das formas de concretizar o “ser dom”, com
crianças tão pequeninas, teria de passar por ações simples de voluntariado, por elas desenvolvidas.
Pensámos, então, criar uma rotina de visitas e de atividades de inter-relação com as Irmãs da 3ª idade da
Comunidade, em que cada criança “adota” uma “Irmã - Avó”.
Como se tem desenrolado o projeto: 1ª Parte – Elaboração do projeto com as crianças nas salas
Primeiro que tudo, era preciso falarmos do tema nas salas. Ao questionarmos as crianças sobre o que é
“Ser Dom” foi com grande espanto que ouvimos o Samuel dizer:
“Ser dom… dom… dom é dar!”. Perante esta resposta, outra
questão surgiu: “E o que podemos nós dar? O que temos e
podemos dar?” Surgiram muitas respostas… “… Sabemos cantar,
desenhar, pintar, fazer teatros, fazer jogos, brincar … e sabemos
fazer colares de matemática…”
Ao olharmos à nossa volta e “saindo” do “nosso” espaço, quem é
que encontramos primeiro? - São as Irmãs. Combinado então e
decidido o que podíamos fazer - “Vamos visitar as Irmãs mais
velhinhas e fazer diferentes brincadeiras com elas!”.
2ª Parte – Juntos com as Irmãs
Houve um primeiro encontro entre todas as crianças da escola e
as Irmãs. Para descobrir a “Irmã-Avó” fizemos um jogo. Primeiro – Cada criança escolheu um envelope
fechado que continha uma fotografia de uma Irmã. Depois, e já de foto na mão, foram procurar a Irmã
que lhe correspondia. Aconteceu um momento lindo de relação entre “avó” e “neto”, com abraços,
olhares e sorrisos. Firmou-se um compromisso entre todos: os “netos” prometeram voltar muitas vezes
para trazerem muita alegria às “avós” e, por sua vez, as “avós” disseram que rezavam por eles e suas
famílias. O eco desta experiência chegou de imediato às famílias: “Mãe, agora tenho uma avó da escola!
Podemos levar a fotografia para casa?”. A Irmã já fazia parte da família, por isso era importante levar a
fotografia para casa. Criamos uma rotina semanal de visitas em pequenos grupos, que têm dado já os seus
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frutos, quer na alegria visível no rosto das Irmãs durante as várias atividades desenvolvidas, quer na
aprendizagem feita por crianças tão pequeninas, que conseguem perceber o QUANTO TÊM e PODEM
DAR.
Disto é prova a afirmação de uma criança - Joana: “Os olhos das Irmãs que estão doentes também
brilham quando estão contentes, não é?” E outra criança - Vasco - numa das visitas entrou na sala da
Comunidade dizendo: “Eu quero ver a minha avó, ela não está aqui?” e, quando a viu, correu para a
abraçar.
EExxtteerrnnaattoo ddoo PPaarrqquuee -- ““SSeerr DDoomm eemm EEssppíírriittoo ddee SSeerrvviiççoo””
Foi com enorme alegria que pude assistir à comunicação do Sr. Padre António Vaz Pinto, no Externato do
Parque, no dia 13 de Outubro de 2012. Sinto alegria e comoção pois não seria previsível poder estar,
devido à minha cirurgia recente. Mas, como a Deus nada é impossível, tive a Graça de poder estar e
participar com entusiasmo naquele encontro sobre o tema “Ser Dom em Espírito de Serviço”.
Foi uma “formação” em jeito de conversa sobre os desafios que nos eram propostos para este ano. Fazer
parte desta grande família Doroteia torna-nos mais responsáveis e comprometidos perante tamanho convite.
Como ser dom? Como estar ao serviço e em espírito de serviço?
Só seremos dom se estivermos dispostos a mostrá-los e a dá-los (esses dons) aos outros que nos rodeiam.
Estar ao serviço é viver com outros e para os outros de uma forma voluntária, desinteressada pelos
supostos retornos e trabalhando com alegria.
Nem sempre é fácil… diria até que poderá ser difícil e exigente, mas não é impossível. Um cristão que
vive a sua vida inspirada no Evangelho e nos exemplos de Jesus poderá fazer maravilhas. Também a nossa
Santa Paula nos pode ajudar “a fazer bem e com alma o pouco que se pode”.
O Sr. Padre fixou-se também na passagem do Evangelho sobre o lava-pés. Jesus fez-se pequenino e serviu
sempre os seus amigos. Assim devemos fazer nas nossas casas, nos nossos ambientes de trabalho, na nossa
cidade e no nosso país. Só assim poderemos transformar o Mundo que nos rodeia.
Estamos no Ano da Fé! Vamos pedir a Deus que nos dê força e ânimo para, juntos dos nossos alunos,
sermos Dom em espírito de serviço. (Sancha Pinto Correia)
NNoovvooss ddoocceenntteess
EEnnccoonnttrroo ccoomm uummaa MMuullhheerr cchhaammaaddaa PPaauullaa
Foi em espírito de Família, Partilha e Fé que se realizou, nos
passados dias 9 e 10 de Novembro, na casa do “Monte
Moro”, em Fátima, mais um encontro de “novos
colaboradores” dos Centros Educativos das Irmãs Doroteias.
Professores e educadores do Colégio da Paz (Porto), do
Externato do Parque e do Colégio de Santa Doroteia (Lisboa),
da Casa da Imaculada Conceição (Covilhã), e do Instituto de S.
José (Vila do Conde) - um simpático grupo de 20 pessoas! -
fomos recebidos em ambiente de família, bem ao estilo de
Santa Paula, pelo caloroso abraço das Irmãs Maria da
Conceição Amorim e Maria Antónia Marques Guerreiro.
Deixando-nos tocar pela simplicidade do acolhimento, pelo chá quente com biscoitos acabados de fazer,
pelas palavras inspiradoras das Irmãs, pelo exemplo de Santa Paula, juntos percorremos uma caminhada
de reflexão e comunhão. Aprendemos mais sobre a vida excecional de Santa Paula, que sempre se
inspirou em Jesus Cristo; escutámos as suas palavras e relembrámos que a verdadeira felicidade está na Fé
e na crença de que Deus tem, para cada um de nós, uma missão. Refletimos sobre o que é educar com
amor e entrega na simplicidade e em espírito de família e de serviço, procurando reconhecer os “retratos de
Deus sem moldura” para quem podemos Ser Dom. E saímos fortalecidos no nosso sentido de missão: Educar
para transformar, para que “o mundo tenha Vida e Vida em abundância”.
E, num fim-de-semana chuvoso, o “Sol nascente” apareceu com toda a sua força para nos lembrar que há
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sempre sol, até nas gotas de chuva! E que “pela via do coração e do amor” tudo se pode conseguir!
Despedimo-nos no final do dia de Sábado, já com saudade, mas partimos com a certeza de, em breve,
repetir a experiência, naquela que é agora também a nossa casa de família, onde podemos sempre voltar
para renovar a chama da Esperança e da Fé! E o novo encontro, esse está já marcado para os dias 2 e 3
de Março, para juntos celebrarmos os 204 anos do nascimento de Santa Paula – e que belo encontro de
família será! (Isabel Figueiredo, professora de Inglês do Colégio da Paz)
AAttiivviiddaaddeess eemm fféérriiaass -- MMiissssããoo AAççoorreess 22001122
O mais importante na vida não é onde estamos, mas a direção para onde caminhamos
Ao longo de vários meses preparámos a nossa missão para que a nossa bússola fosse a vontade de Deus.
Durante 17 dias, em espírito de missão, procurámos deixar a marca da Juventude Doroteia em todas as
gerações da Ilha de S. Miguel.
Na primeira semana desafiámos adolescentes (entre os 11 e os 15 anos)
para um campus, cujo tema era “Não sou o único, mas sou único”. As
dinâmicas desenvolvidas incidiram na descoberta do eu, do outro e do
mundo, a fim de cada um explorar a sua individualidade, relacionar-se
com o próximo e assim refletir acerca do seu papel na sociedade.
A segunda semana foi marcada
pelo serviço a um povo em
conjunto com três jovens
micaelenses (entre os 16 e os 22 anos). Durante estes dias
dinamizámos as manhãs dos idosos no lar da Vila do Nordeste e as
tardes das populações de diversas freguesias.
“O que vale na vida não é o ponto de partida, mas sim a caminhada.
Caminhando e semeando, no fim terás o que colher” (Cora Coralina).
E, com esta mensagem, pretendemos transmitir a alegria que sentimos
por a missão, que Ele nos confiou, ter sido cumprida. “Está na hora de darmos as mãos e
construirmos a civilização do amor”. (Irmã Maria Francisca Dias)
AA IIrrmmãã MMaarriiaa HHeelleennaa AAgguuiiaarr nnaa ««PPrraaççaa ddaa AAlleeggrriiaa»»
Irmã Gracinda Martins
E foi mesmo uma grande notícia: “A Irmã Aguiar vai à Praça da Alegria!”.
Os promotores deste evento foram os seus primos, Dr. Carlos Aguiar
Gomes e Dra. Luísa Aguiar Gomes. E começaram os preparativos. A Irmã
Teresa Magalhães pôs-se em ação e fez os contactos necessários com a
Rádio e a RTP.
Acompanharam a Irmã Aguiar as Irmãs Teresa Magalhães e Gracinda
Martins, assim como algumas antigas e atuais alunas de piano, incluindo o
Francisco de 7 anos; e uma voz, presença virtual, da sua antiga aluna que
vive na Alemanha. E nós deixámos a casa, atravessámos o rio e chegámos à praça. Aqui, fomos acolhidas
com muita simpatia por quem aguardava a nossa presença. Conduziram-nos à sala da maquiagem onde
nos alindaram, e assim o nosso aspeto exterior era um pouco o reflexo do sentimento interior que ali nos
movia. Já dentro da Praça, o Jorge Gabriel e a Sónia Araújo - os apresentadores - encarregaram-se de nos
fazer soltar a voz. Esta traduziu todo o nosso sentir ternura-carinho-amizade, pela nossa querida Irmã
Aguiar, na celebração das suas 99 primaveras, que não dispensam as outras 3 estações que também lhe
passaram pela vida.
A Irmã Aguiar manteve sempre uma atitude sorridente, calma e serena, reveladores da sua simplicidade e
pacificação interior. Depois dos nossos testemunhos, a Irmã Aguiar foi carinhosamente conduzida ao
piano pelo Jorge Gabriel. Tocou uma peça de Mozart intitulada “La Tartina di Burro”. Ao som das
palmas, foi-lhe oferecido um lindo ramo de flores e um bolo. Cantámos os tradicionais parabéns e, ao
apagar das velas, ressoaram as palmas que a Irmã Aguiar acolheu com um lindo e terno sorriso de
agradecimento.
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Depois ofereceu aos apresentadores uma pequenina lembrança de Santa Paula. Por fim, deixámos a Praça
e nela deixámos também testemunhos de vida, juntamente com esta singela lembrança de família.
A Irmã Aguiar tem recebido muitas prendas e telefonemas de felicitações assim como presenças amigas,
via mail e facebook, através destes contactos da Irmã Gracinda. Gosto de referir que uma senhora da
zona, sem a conhecer pessoalmente mas porque a viu na Praça, veio oferecer-lhe um lindo vaso de flores
brancas, porque ficou muito sensibilizada, com o seu testemunho de vida. Outras antigas fizeram questão
de a vir buscar para tomar uma refeição, em sua casa. A Irmã Aguiar sente-se uma pessoa feliz!
Como é habitual, a Irmã Gracinda versejou...
Anunciámos na praça,
Em jeito familiar,
A simplicidade no dar
A vida feita aventura,
Gestos simples de ternura,
Testemunhos de amigos,
Dos presentes,
Dos ausentes
Dos atuais e dos antigos.
Vivemos a boa notícia
Nesta experiência de praça
Onde a ternura e a graça
Transbordam do coração.
E, com profunda emoção,
Tocou uma peça-magia,
A nossa Irmã Aguiar,
Que nos levou a cantar
Na Praça que é d’Alegria.
Gostaria de agradecer em particular a todas as Irmãs, os delicados e amigos
parabéns que recebi.
Peço ao Senhor agradeça por mim e as recompense, como só Ele sabe, de
tantas provas de amizade, que profundamente me enterneceram. Para todas
as minhas queridas Irmãs a minha gratidão e a certeza das minhas orações.
Irmã Aguiar
IIrrmmãã MMaarriiaa EEdduuaarrddaa FFeerrnnaannddeess -- 7755 aannooss ddee VViiddaa CCoonnssaaggrraaddaa
Irmã Maria Casimira Marques
Foi em Coimbra, no dia 17 de Outubro 2011, que se festejaram os 75 anos
da entrada da Irmã Maria Eduarda Fernandes da Cunha no Noviciado das
Irmãs de Santa Doroteia.
Uma festa íntima, quase sem convidados! Só para dar graças pelas
maravilhas de Deus na sua vida.
O Padre Dário celebrou a Missa do Coração de
Jesus, devoção principal da festejada, que decorou a
fórmula dos Votos Perpétuos para fazer a sua
renovação solene, por estar com algumas
dificuldades de visão em consequência dos seus 94 anos («Nosso Senhor pegou-me
pela letra O e vai-me limitando nos olhos, nos ossos e nos òvidos!» – diz com graça).
E foi uma interpelação para algumas de nós, depois do Ofertório, ver como a luz da
vela, que a Irmã Maria Eduarda conserva desde as suas Bodas de Ouro, se refletia
exatamente sobre o Coração de Jesus de um quadro da sua devoção.
Passou muitos anos da sua juventude em Angola e conserva um bonito relacionamento com alunas
daquele tempo que se fizeram representar na festa.
No final do almoço, cantaram-se os PARABÉNS, e foram referidos alguns aspetos da sua vida nestes
versinhos simples feitos por uma Irmã que a teve duas vezes por superiora:
Nem toda a gente celebra
As BODAS DE DIAMANTE,
Só quem tem muita virtude
Numa entrega constante.
A sua vida serena,
Oração e humildade,
É certamente o segredo
Da sua longevidade.
Muito amiga do silêncio
E da mortificação,
Cultiva a simplicidade
E o amor à Congregação.
Amiga de Santa Paula,
Pois como Ela quer ser,
Fazendo da sua vida
Aquilo que Deus quiser,
Já ficou proverbial
A disponibilidade
Com que vai, como Abraão,
De Deus fazer a Vontade.
Atenciosa com todas
Fraterna e maternal
Tem p’las Antigas alunas
Um carinho especial.
Muito amiga das Irmãs,
De todas sem exceção,
E dos seus familiares
Que mete no coração.
Quem passa na sua vida
Tão boas lembranças guarda.
Bem haja pela amizade,
Irmã Maria Eduarda.
Bendito seja o Senhor
Que lhe of’receu tantos dons
Ele a abençoe e proteja
Por muitos anos e bons!
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DDaa EEqquuiippaa ddee sseerrvviiççoo ààss IIrrmmããss ddaa TTeerrcceeiirraa IIddaaddee
“As dádivas do envelhecer bem não são destituídas de significado espiritual. “Àqueles a quem muito foi
dado – sabemos – muito será pedido”, e isso também é para nós. A idade não desculpa a nossa
responsabilidade de devolver a Deus um mundo um pouco melhor do que era antes de estarmos aqui.
(…) A idade não é coisa de que se tenha pena, de que se peça desculpa, de que se tenha medo, (…). Só o
idoso pode fazer da idade um lugar brilhante e vibrante. E devemos fazê-lo. Se não o fizermos,
preparamo-nos para desperdiçar vinte e cinco a trinta por cento das nossas vidas. E o desperdício é
sempre uma pena.” (Joan Chittister em A Dádiva dos anos – amadurecer com graciosidade”
AA FFaammíílliiaa aauummeennttaa......
Irmã Maria Antónia Marques Guerreiro
No dia 1 de Novembro - um dia significativo da comunhão com Todos os Santos - iniciou o
seu Postulantado a Alexandra Capelo, numa celebração muito simples. A Irmã Lúcia acolheu-
a nesta etapa inicial de formação, entregando-lhe o livro das “Memórias”, explicando que elas
são um pouco como os “Atos dos Apóstolos”: uma narração das nossas raízes como
Congregação, que incarna um ideal de vida sempre atual, que nos é oferecido pelo olhar de duas
contemporâneas da Madre Fundadora. As palavras que lhe dirigiu, do formulário, indicam a
meta deste tempo com sabor a início: “Deus te fortaleça com a sua Graça, em Cristo, te encha do
seu Amor e te conceda a sua Luz para bem discernires o seu Plano a respeito da tua vida”.
Uniram-se duas Irmãs da Comunidade do Colégio das Calvanas, onde a Alexandra dá um meio
tempo de trabalho no Gabinete de Psicologia; a breve oração das Irmãs presentes é significativa
do que pedimos para a nova Postulante e, no fundo, para todas nós na perspetiva da Formação
Permanente, tal como a entendemos no pós-Capítulo: “Senhor, Tu que dás a graça da vocação,
atende a oração da Alexandra, e faz que ela continue cada dia mais disponível ao teu
chamamento e à tua Vontade”. Que todas nós vamos também continuando cada vez mais
disponíveis ao chamamento e vontade de Deus, manifestando-se em cada dia da nossa vida, toda
a vida!
Agora, ficamos unidas pela oração à Alexandra, entregando ao Senhor de todos os caminhos o
seu desejo de seguir Jesus Cristo na Família de Paula Frassinetti.
Gostamos de partilhar uma breve oração que nesse dia rezámos, à luz do evangelho do dia:
Escolhem ser pobres
porque acreditam que existem tesouros mais valiosos que a prata e o ouro.
Procuram ser humildes
porque sabem que só Deus é Bom e a todos envolve com a sua ternura.
Aprendem a chorar
porque acreditam que todas as lágrimas serão transfiguradas em alegria.
Escolhem ser famintos de justiça
porque acreditam que a sede de Fraternidade habita o coração de todos os homens.
Escolhem ser misericordiosos,
porque acreditam que é a benevolência que constrói a Comunhão do Reino de Deus.
Procuram ser puros de coração
porque acreditam que só o olhar do Amor os faz ver tudo e todos como Deus os vê.
Escolhem construir a paz
porque semeiam a vida, cuidam dela e assim todos serão chamados filhos de Deus.
Estes são os teus Santos, Senhor, os que escolheram ser felizes ao Teu jeito, Jesus!
Hoje e sempre, quero caminhar com eles e ser feliz assim!
(adpt. de Orar com o Evangelho - Charles Singer )
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AA IIrrmmãã HHeelleennaa CCaarrddoossoo rreeggrreessssaa aa MMooççaammbbiiqquuee
Queridas irmãs
Faz nove meses que cheguei de Moçambique, combalida pela doença que assolava o meu organismo.
Hoje, restabelecida e rejuvenescida, faço chegar a minha voz através do 'Doroteias', para expressar a
minha gratidão a cada irmã da Província que, pela oração, mensagens e de diversas formas, me
acompanhou e me apoiou, neste processo. Ndapandula tchalwa! (muito
obrigada). O meu obrigada, particularmente, dirige-se a irmã Lúcia Soares, que me
acolheu de mãos abertas e de coração, por todas as palavras de encorajamento e
confiança em Deus. Foi verdadeiramente Paula a dizer-me: “Asseguro-lhe que
sinto vivamente os seus sofrimentos, mas se por um lado as suas penas me
dilaceram o coração, por outro confortam-no, dando-me a certeza de que Deus
tirará grande glória…”. Entreguei-me assim, e muito confiante como Maria nossa
mãe.
Fiquei no Externato do Parque, na Comunidade do 1º andar, onde fui integrada como um dos seus
membros, participando nos atos comuns da comunidade. Senti vivamente o nosso espírito de família pela
simplicidade de cada uma partilhar o que é e tem. Mergulhar nesta atmosfera suavizou a minha
preocupação e facilitou a minha rápida recuperação. Agradeço à Irmã Mª Otília, Coordenadora desta
comunidade, pelas vezes que sacrificou o seu descanso, para me levar a conhecer alguns lugares históricos
da cidade de Lisboa e da nossa congregação, como a fundação do “Quelhas”. Hoje posso situar-me no
tempo e espaço.
Obrigada, Irmãs!... pelo vosso despojamento, pela partilha do pão, da vossa mesa, e sem medo de que
vos viesse a faltar. Um bem-haja para todas, e Deus vos abençoe com a sua Divina Graça.
Algumas vezes, fui ao recreio dos meninos do colégio, para vê-los a brincar.
O que despertou neles curiosidade e perguntavam-me: «Quem é a
senhora?...». Conversando, fizemo-nos amigos, e algumas vezes
encontrávamo-nos para lhes contar estórias. Foi enriquecedor para mim este
contacto com os meninos. Percebe-se que as crianças bebem do nosso
“poço”, pela capacidade de relação com os colegas e os demais. Está bem
patente no artº 36 das nossas Constituições. Também tive a oportunidade
de lhes falar da nossa missão em Moçambique, na semana das Missões.
Agradeço ainda de alma e coração à Irmã Elvira que me deu a oportunidade de ter algumas aulas de
música e de informática, com os professores de música (piano e viola), e à Mila que me deu algumas
noções de informática. A eles o meu KANIMAMBO! (obrigada) por toda a sua disponibilidade.
Deus é tão meu amigo que até me deu um mimo!... A Irmã Marques! Há muitos anos que não nos víamos.
Foi a Irmã Marques que acompanhou todo o meu processo vocacional e hoje acompanha-me neste
peregrinar para o hospital!!! Obrigada, Irmã Marques. Só Deus a pode recompensar por tudo o que fez por
mim.
Ao longo deste tempo passado em Portugal, Deus foi-me oferecendo várias oportunidades de rever as
amigas. Fui ao Norte estar com as Irmãs conhecidas e amigas. A Irmã São Ferreira Pinto com quem fiz
comunidade em S. Tomé, a Irmã Leite de Castro que se deu toda para todos em Angola… Como não
podia deixar de ser, fui passar alguns dias com a minha Madre Mestra, Irmã Júlia Maria!... Foram graças
que não consigo descrever. Renovo a minha mais profunda gratidão.
''CCoolleeggiinnhhoo'' ddoo LLiinnhhóó ((11995544 –– 22001122))
No dia 13 de Outubro de 2012, pelas 10h da manhã, teve lugar a primeira reunião do primeiro grupo de
antigas alunas do “Coleginho do Linhó”, assim chamado.
A Manuela, que era chamada por nós “Lela”, teve a feliz ideia de nos contactar uma a uma, com muito
carinho e dedicação, quer por telefone quer pela seguinte mensagem:
Cara Amiga
Estás convocada para o nosso almocinho que se realizará no Colégio no dia 13 de Outubro. Será bom
encontrarmo-nos lá pelas 10h a fim de termos algum tempo para conversar (é que conversa de 50
anos… não se faz de uma hora para a outra!).
Quem tiver fotos dessa época fará o favor de levar, bem como máquina fotográfica para fazermos a
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foto de grupo. O almoço começará às 13h, e lá mais para o fim da tarde teremos a Celebração da
Eucaristia. De acordo? Um abraço da Lela
É escusado dizer que a resposta não se fez esperar! Pois, passados 56 anos de “separação”, era natural
querer recordar o tempo vivido em conjunto recordando os bons anos da nossa juventude e meninice
entre as Irmãs. Como seria a nossa reação ao vermo-nos adultas, de cabelos brancos, tendo na memória
visual os rostos de criança? Seria que nos iríamos identificar?
À medida que íamos chegando, olhando umas para as outras, perguntávamos: Quem és tu? Ah! És a
Fernandinha, a Beatriz, etc., e lá seguiam os abraços e as gargalhadas.
Recordámos quem nos recebeu no Colégio e nos apresentava a Nossa Senhora - a saudosa Madre Vassalo
Santos; a Madre Estrela, Madre Felicidade Martins, que foi quem nos preparou para a Admissão ao Liceu,
a Irmã Guerra que nos abria a porta, a Irmã Baptista também porteira, a Irmã Margarida [Figueiredo] que
nos dava o pão, a Irmã [Luzia Dias da] Silva que nos vendia as tangerinas e as flores, a Madre Neves que
nos acompanhou nos últimos 2 anos e nos ajudou a crescer e a sermos mulheres, etc. Ainda tínhamos na
memória as muitas Irmãs que nos acompanhavam e educavam.
À disponibilidade das Irmãs do Linhó devemos o bom almoço preparado com todo o carinho e que nos
ajudou à confraternização. Partilhámos lembranças, e não faltou o bolo em forma de livro aberto,
mandado fazer pela Kikas, em que estavam espalhados, à maneira de bandeiras, pedacinhos de
pergaminho com o nome das 16 alunas, das quais só estiveram ausentes 3, por falta de contacto.
Seguiu-se a exposição e reconhecimento das fotos trazidas, fazendo memória dos passeios e piqueniques
pelos arredores do Colégio, assim como a visita às instalações onde passámos o tempo em que estivemos
no “Coleginho”, que foram 3 bons anos.
Não havendo possibilidade de arranjar Sacerdote para nos celebrar a Eucaristia, por ser o dia 13 de Outubro,
integrámo-nos na Celebração da Eucaristia da Comunidade, encerrando assim o nosso dia em Ação de Graças,
agradecendo ao Senhor “A Vida” e este lindo dia 13 de Maria e de sol, tudo o que recebemos de cada uma das
Irmãs, o que nos tem orientado ao longo do nosso caminhar, e pedir a proteção de Santa Paula.
Gostaríamos de recordar tantas coisas, mas só a alegria de estarmos juntas, e com as Irmãs que aceitaram
acolher-nos, diz tudo o mais que fica por dizer.
Coube-nos a honra e o prazer de termos sido as precursoras do “Coleginho do Linhó” nos anos de 1953 a
1956. Bem hajam, Irmãs! (Irmã Ana Margarida Marreiros)
Alguns dados históricos de Diários guardados no Arquivo da Província:
A 7 de Outubro de 1953, por iniciativa da Madre Provincial Maria Manuela Ferreira de Brito, começou a
funcionar, na nossa casa do Linhó, uma Escola Gratuita, secundando assim as disposições do Legado da
Condessa de Cuba.
A 11 de Outubro 1954 reabriu o Colégio, que ficou a cargo da Madre Maria Olegária Neves, tendo por
auxiliares as Noviças.
No ano letivo de 1966/67 abriu-se, no Linhó, um Posto de Telescola, que funcionou em simultâneo com
o «Coleginho» até ao encerramento deste no ano letivo de 1969/70.
A Telescola foi mais tarde transformada em ensino mediatizado, que no ano letivo de 2004/05 foi extinta
em todo o país, por determinação ministerial.
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AAccoonntteecceeuu...... AAccoonntteeccee...... AAccoonntteecceerráá......
UUnniiddaaddee ddee MMooççaammbbiiqquuee
Foram nomeadas, pelo Governo Provincial de Angola, as Irmãs: Coordenadora da Unidade - Maria
de Lourdes Lima (da Província Brasil Sul, que está em Moçambique desde 21 de Agosto de 2009);
Conselheiras - Maria Alice da Cruz Miranda e Roseta Cecília Mandeca (angolana).
O novo Governo da Unidade de Moçambique assumirá a sua missão no dia 26 de Fevereiro de 2013.
A Irmã Maria José, angolana, que foi para Moçambique a 05 de Abril de 2004, regressa a Angola
no fim deste ano.
01 Novembro - Entrada da Alexandra Capelo
(ver notícia)
16 Novembro - Pudemos finalmente abraçar a
Irmã Rositta. Tem bilhete marcado por 3 meses.
A morada 'base' é na Casa Paula, mas irá girar por
vários locais, incluindo a sua pátria!
17 Novembro - Encontro do Governo Geral
com Irmãs ligadas aos Centros Educativos.
25 Novembro - Chega de Angola a Irmã Maria
Alice Monteiro.
06 Dezembro - A Irmã Helena Cardoso
regressa a Moçambique, pois não pode prolongar
o visto de permanência. No fim de 6 meses deve
voltar para uma revisão médica.
08 Dezembro - A Irmã Ana Fernandes (Linhó)
faz 50 anos de Vida Religiosa.
15 Dezembro - Assembleia com o Governo
Geral, em Fátima.
20 Dezembro - Regresso do Governo Geral a
Roma.
A Irmã Adélia Rodrigues, de Viseu, foi operada
à cabeça para evacuar um coágulo que se tinha
formado não se sabe como e lhe causava
perturbações. Tudo correu bem. Acharam-na
muito simpática… A certa altura, aflita com as
cataratas, disse ao neurocirurgião: “Como é tudo
na cabeça, podia-me operar também às
cataratas!”. Mas essas ficaram para a próxima…
OOss qquuee nnooss ddeeiixxaarraamm
Irmã Maria da Conceição Lucas Rodrigues
Na Eucaristia da despedida - Linhó, 12 de Novembro de 2012
A nossa Irmã Lucas partiu aos 92 anos de idade para a Casa do Pai, a Quem tanto
amou e a Quem sempre confiou a sua vida.
Entrou na Congregação no dia 13 de Novembro de 1945, em Abrantes, e fez o
Noviciado em Vila do Conde. Em 1952, ainda muito jovem, partiu para Angola;
com o coração de missionária dedicou-se de corpo e alma a todos os que lhe eram
confiados, em especial às crianças e aos mais pobres. Os 40 anos de África foram
vividos nas comunidades de Sá da Bandeira, onde fez os Votos Perpétuos,
Moçâmedes, Vila Paula, Chibia, Alto Liro, Benguela, Luanda e Navegantes.
Em 1992 nova missão lhe era pedida: deixar Angola e vir para a Comunidade do
Linhó – onde se encontrava atualmente – para cuidar das Irmãs doentes como enfermeira.
Dos seus 66 anos de vida religiosa gostamos de destacar:
A vida simples e discreta - tudo fazia com serenidade e no silencio do seu coração.
A delicadeza no trato que se manifestava para com todos, o que se via no modo como agradecia o
mais pequeno gesto ou cuidado que lhe fosse prestado.
A sua disponibilidade e espírito de sacrifício eram invulgares. Quantas vezes se levantava de noite
para atender às doentes, sem nunca se lamentar; era de uma bondade extrema. Tudo o que fazia, fazia-o
e aceitava-o com amor.
Enraizada em Deus a oração era a fonte de relação que a levava à intimidade com Ele. A sua vida era vivida
na busca e na procura de ver e fazer sempre a Vontade de Deus. Já na fragilidade da idade e da doença, era
notório o esforço que fazia para acompanhar e seguir de perto a vida de oração da Comunidade.
De todos os testemunhos recolhidos salientamos este: “A Irmã Lucas, era uma pessoa de Deus!”
Hoje, já sem dor e com a certeza de que a Irmã Lucas se encontra a viver a verdadeira Paz em Deus e que
nos acompanha do Céu, cantemos com muita serenidade: Minha Paz, minha Alegria, minha Esperança, é
Jesus Cristo meu Senhor.
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Familiares de Irmãs falecidos:
Uma irmã da Irmã Conceição Leal (Viseu); um irmão da Irmã Conceição Morais (Coimbra); uma irmã da
Irmã Palmira Cardoso (Res. Santa Doroteia - Lisboa).
ATENÇÃO! MUDANÇAS DE ENDEREÇO ELETRÓNICO:
Irmã Fátima Ambrósio - [email protected]; Irmã Maria Filomena Marques -
[email protected]; Itália: Sr. Porzia: [email protected]; Segreteria:
[email protected]; Sr. Amalia Usai: [email protected]
O tempo do Concílio nos Diários das Comunidades:
Comunidade das Calvanas
24 Fevereiro 1965 - (...) à noite, a R. M. Superiora e algumas rmãs foram assistir a uma conferência sobre a
nova liturgia, feita pelo padre Mário, digníssimo Prior da freguesia do Lumiar (...)
25 Fevereiro 1965 - Pelas 18 h. houve uma belíssima conferência sobre a nova reforma litúrgica. Assistiram as
alunas do 2º e 3º ciclos e grande número de Irmãs. As Irmãs catequistas da freguesia do Lumiar foram a outra
conferência sobre a nova liturgia e a um ensaio sobre modificações introduzidas na Santa Missa. O Sr. Prior
mostrou-se visivelmente satisfeito
10 Outubro 1965 - Saíram à tarde várias Irmãs: umas para um concerto, outras para a paróquia, outras para o
teatro para assistir a uma peça de Gil Vicente (...).
Janeiro de 1966 - De uma Folha do Jornal paroquial inserida no DIÁRIO: "Perfeitamente integrada na
paróquia, tanto quanto lho permitem os seus trabalhos, a Comunidade vai compreendendo melhor o lugar da
vida religiosa na Igreja. Fica aqui o muito obrigada por tudo e de um modo especial pela cedência da sua casa
e espaços para os encontros e festas paroquiais".
01 Março 1966 - Ontem foram à Sé Patriarcal, para receber as indulgências do Jubileu extraordinário pós-
conciliar, algumas Irmãs que se incorporaram na paróquia do Lumiar.
09 Abril 1966 - Às 23 h foi a Vigília Pascal na nossa capela, segundo a nova liturgia; foi das cerimónias mais
belas que se têm realizado na nossa capela. A riqueza da liturgia desta noite, o ambiente religioso, os cânticos
fizeram-nos viver em plenitude toda a alegria e devoção desta santa vigília.
27 Dezembro 1966 - Fomos dar as Boas-Festas às Irmãs de S. Vicente de Paulo, cantando... Foram amabilíssimas.
02 Janeiro 1967 - Vieram as Irmãs de S. Vicente de Paulo agradecer as boas-festas. Houve merenda. No final
fomos todas acompanhá-las a casa...
O que foi para mim o Concílio Vaticano II
Irmã Maria de Lourdes Magalhães
Ao tentar recolher alguns dados para esta partilha sobre o Vaticano II, tomei mais consciência das sucessivas
experiências que o Senhor me proporcionou, desde 1962 até 1981, e que me levaram a estudar e a aprofundar
progressivamente esta riqueza constituída pelos documentos do Concílio.
1ª - Em 4 de Novembro de 1962 acompanhei a Irmã Furtado Martins a Roma para participar num turno de
Exercícios Espirituais e numas Reuniões para as recém-nomeadas Provinciais e Mestras de Noviças.
Decorria então a 1ª Sessão Conciliar. Soubemos que, por volta do meio-dia, os Padres Conciliares interrompiam
os seus trabalhos e saíam da Basílica de S. Pedro. A Irmã Furtado Martins pediu à Madre De Piro, ainda Vigária
mas que presidia às Reuniões, que nos autorizasse alguma vez a suspender a nossa participação para irmos até à
Praça de S. Pedro assistir àquele espetáculo único. Eram centenas e centenas de Bispos, Padres... Diante daquela
multidão – eram mais de dois mil participantes –, havia em mim um misto de curiosidade, de interesse mas
também de respeito e admiração. Eram os Bispos de todo o mundo que ali se encontravam, escolhidos por
Deus para delinearem caminhos de reforma e renovação da Igreja, do desejado aggiornamento de que falara
João XXIII na primeira Missa de abertura do Concílio.
Também gostei de ver membros de outras Igrejas que participavam como observadores.
Tivemos ainda o gosto de, alguma vez, encontrar um ou outro Bispo português com quem a Irmã Furtado
Martins conversou. Mas, a respeito do andamento dos trabalhos conciliares, pouco se sabia.
Apesar de ter sido uma experiência mais exterior, criou em mim laços bem fortes com este acontecimento
ainda em gestação, e que marcaria profundamente a vida da Igreja.
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Uma nota pitoresca: chamou-me a atenção o modo como os Padres Conciliares se deslocavam a partir da
Praça de S. Pedro! Uns, conduzindo o ‘seu’ automóvel; outros, sós, sentados no banco de trás com o motorista
à frente; outros, com as suas pastas na mão, caminhando a pé; outros ainda tentando apanhar algum
autocarro. Era a diversidade da Igreja, ali patente até nos meios de locomoção, com tudo o que representava
em estilos de vida, uso de bens, etc., etc.
A 20 ou 21 de Novembro tive ainda possibilidade de participar numa audiência com o ‘bom Papa João XXIII’,
numa sala do Palácio do Vaticano. As palavras simples, a atitude muito próxima e os gestos cheios de ternura
do Santo Padre tocaram-me muito, sobretudo pelo contraste com a experiência que eu tivera em Setembro de
1950, numa audiência com Pio XII: este, magro, alto, de braços em cruz; João XXIII, forte, mais baixo, sentado
numa poltrona, com ar bondoso, de um avô cheio de ternura.
2ª - No Verão de 1965 tinha havido uma Semana de Vida Religiosa, em Madrid, para apresentação de alguns
documentos conciliares e um breve estudo dos mesmos.
A Irmã Furtado Martins, tendo contactado não sei bem se as nossas Irmãs se os Padres Claretianos, soube que
se iria realizar idêntico Curso em Barcelona, com início na 2ª feira da Páscoa de 1966. Era quase impensável a
participação de algumas Irmãs portuguesas, dada a época e a distância Lisboa-Barcelona; mas a Irmã Furtado
Martins não desistiu. O Sr. Manuel, motorista do Linhó, foi levar-nos de carro a Madrid, onde chegámos a
meio da tarde daquela 2ª feira de Páscoa; ali apanhámos o comboio para Barcelona, ao fim da tarde, tendo
feito a viagem durante toda a noite. Chegámos de manhã cedo e, assim, já alojadas, pudemos participar no
início da tarde nos trabalhos daquela Semana de Estudos. Éramos quatro: a Irmã Maria Gabriela de Figueiredo,
Secretária Provincial e Instrutora da Terceira Provação, a Irmã Maria Fernanda Anciães, encarregada do Pré-
Postulantado, a Irmã Maria do Céu Nogueira e eu, Mestra de Noviças.
Destaco este acontecimento por o considerar revelador do empenho que sempre tem existido na nossa
Província na busca do 'mais' para a nossa formação e, sobretudo, pelo que representou de enriquecimento para
cada uma das participantes, comprometida como estava no campo da formação.
3ª - Outra possibilidade de aprofundar alguns documentos conciliares foi a de me inscrever nuns Cursos que se
realizaram no Patriarcado, então no Campo de Sant’Ana, orientados por alguns Sacerdotes. Creio que fui
motivada pela Irmã Margarida Moreno, então Superiora nas Calvanas, enquanto eu exercia as mesmas funções
no Externato do Parque. Desta experiência destaco, sobretudo, a possibilidade de me encontrar com a Irmã
Margarida Moreno e dialogarmos sobre possíveis passos a dar nas nossas grandes Comunidades, o pôr em
comum de experiências bem sucedidas, etc. A riqueza maior foi a da partilha fraterna e respetiva inter-ajuda.
4ª - Curso Longo, promovido pelo M.M.M., em Los Molinos (Madrid), de 5 de Julho a 1 de Agosto de 1981. O
tema-base era «Comunhão e participação na Pastoral de Conjunto». Estava orientado para a renovação da
Igreja a partir do movimento paroquial. Entre os participantes havia Bispos, Padres, Religiosos/as e Leigos/as, o
que proporcionou uma partilha mais rica porque mais variada. A par do aprofundamento bíblico que nos foi
proporcionado, houve também oportunidade de aprofundar sobretudo a «Lumen Gentium» e a «Gaudium et
Spes», na perspetiva de uma vivência eclesial.
A metodologia usada permitiu longos tempos de oração e reflexão pessoal e em pequenos grupos, com
diálogo e partilha que permitiram uma melhor assimilação do que era proposto e do próprio espírito do
Concílio. Sublinho a dimensão celebrativa que traduzia a riqueza da descoberta que se ia fazendo.
Termino com a convicção bem funda de que quem realizou o Concílio foi o Espírito Santo...
JORNADAS SOBRE O CONCILIO VATICANO II
FÉ - IGREJA - MUNDO
A toda a Família Doroteia – Irmãs e Leigos/as – aos Amigos
As Jornadas realizam-se entre as 10h30 e as 17 horas. Participe na data e local que lhe for mais próximo
e conveniente. Envie a inscrição para a Irmã indicada, pelo menos 15 dias antes da respectiva data.
Um dia para vivermos juntos
- a memória do grande acontecimento que foi o Concílio Vaticano II…
- o dom que foi para a Igreja e o Mundo, nestes 50 anos… que é para nós ainda, hoje…
- o desafio de apostarmos na construção de uma Igreja fermento de um Mundo novo…
Dia 5 Jan/2013 – LISBOA - Externato do Parque - Irmã M. Otília Melo Fernandes [email protected]
Dia 6 Jan/2013 – LISBOA - Colégio das Calvanas - Irmã Maria da Conceição Amorim [email protected]
Dia 2 Fev/2013 – PORTO - Colégio Nª Sª da Paz - Irmã Maria Teresa Magalhães Ferreira [email protected]
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Dia 3 Fev/2013 – OLIVEIRA DO DOURO – Colégio do Sardão - Irmã Anabela Pereira [email protected]
Dia 16 Mar/2013 – VISEU - Colégio da Imaculada Conceição - Irmã Maria da Conceição Paiva [email protected]
Dia 17 Mar/2013 – COIMBRA - Salão Paroquial Olivais - Irmã Maria Goreti Faneca [email protected]
Dia 6 Abr/2013 – ÉVORA – Lar dos Trigais – Irmã Maria Manuela Farias [email protected]
Traga consigo amigos, alegria, coração aberto, desejo de entrar na Porta da Fé e… 5€ para almoço!
9. Convocatória do concílio: a salvação do mundo
25 DE DEZEMBRO DE 1961: O PAPA, “ACOLHENDO COMO VINDA DO ALTO
UMA VOZ ÍNTIMA DO NOSSO ESPÍRITO”, CONVOCA OFICIALMENTE O
CONCÍLIO VATICANO II COM A BULA HUMANAE SALUTIS.
A Igreja assiste nos nossos dias a uma grave crise da humanidade,
que trará consigo profundas mutações. Uma ordem nova está
a gerar-se.
Nós acreditamos vislumbrar, no meio de tantas trevas,
não poucos indícios que nos dão esperanças de tempos
melhores para a Igreja e para a humanidade.
O que se exige hoje da Igreja é que infunda nas
veias da humanidade atual a virtude perene,
vital e divina do Evangelho.
Será esta uma demonstração da Igreja, sempre
viva e sempre jovem, que percebe o ritmo do
tempo, que em cada século se adorna de novo
esplendor, irradia novas luzes, consegue novas
conquistas.
Encomendamos o êxito do Concílio, de modo
especial, às orações das crianças e aos doentes e aflitos.
NA MENTE DO PAPA, OS TRÊS GRANDES ASSUNTOS DO CONCÍLIO DEVERIAM SER:
O ESTUDO (AD INTRA) E APRESENTAÇÃO (AD EXTRA) DA PRÓPRIA IGREJA; A UNIÃO
DOS CRISTÃOS; A PAZ DO MUNDO.
Em novembro de 1960, John F. Kennedy foi eleito presidente dos
EUA. Era o primeiro presidente católico desse país. A sua figura
despertava muitas expetativas.
Em 15 de maio de 1961, João XXIII publica a sua encíclica “Mater et
Magistra”, sobre questões sociais, recordando que “a árdua missão
da Igreja consiste em ajustar o progresso da civilização presente
com as normas da cultura humana e do espírito evangélico.”
Algo novo está a nascer, não o notais?
Tradução de Irmã Casimira Marques e Irmã Ana Barrento - (A numeração é a do original espanhol)
16
11. Abertura do concílio Vaticano II
Depois de 3 anos e 10 meses desde o seu anúncio, começa o 21º Concílio da Igreja.
Era o dia 11 de outubro de 1962.
Desde 23 de Setembro o Papa sabe que tem cancro.
AO CONCÍLIO DE TRENTO ASSISTIRAM 200
PADRES CONCILIARES. E 700 AO VATICANO I,
TODOS EUROPEUS. O VATICANO II REUNIRÁ
2.540, SENDO 1041 EUROPEUS, 965 DA
AMÉRICA, 379 AFRICANOS E 155 ASIÁTICOS.
60% TINHA MENOS DE 62 ANOS.
O MAIS JOVEM ERA UM BISPO PERUANO
DE 34 ANOS APENAS.
FORAM ACREDITADOS 1200 JORNALISTAS
DE TODO O MUNDO.
A faustosa cerimónia inaugural, estilo “Antigo Regime”, não agradou
a muitos. Houve missa solene… sem comunhão. Entre os
convidados havia ortodoxos, luteranos, anglicanos, cuáqueros…
Mais de 50 observadores de confissões não católicas, entre eles
o prior de Taizé. Entre as personalidades estava Segni, presidente
da Itália. O único leigo, convidado pessoalmente por João XXIII,
foi o filósofo francês Jean Guitton. Não esteve nenhuma mulher.
José Luis Cortés - http://blogs.periodistadigital.com/hermano-cortes.php?cat=12130
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Calendário do Ano da Fé (conclusão)
De 20 de dezembro de 2012 até maio seguinte, haverá no Castelo Santo Ângelo uma exposição sobre
o Ano da Fé.
Nos dias 25 e 26 de fevereiro de 2013, em Roma, um congresso internacional debaterá o tema “São
Cirilo e São Metódio entre os povos eslavos”.
18 de maio - vigília de Pentecostes presidida pelo Papa com a participação dos Movimentos eclesiais.
02 de junho, Corpo de Deus - o Papa preside à solene adoração eucarística, e em todo o mundo, nesse
mesmo dia, dioceses, paróquias e outras comunidades são convidadas a promover adorações.
22 de junho - um grande concerto na Praça de São Pedro a celebrar o Ano da Fé.
23 a 28 de julho, no Rio de Janeiro, a Jornada Mundial da Juventude com a participação do Papa.
29 de setembro - Jornada dos Catequistas; Bento XVI recorda 20 anos da publicação do Catecismo da
Igreja Católica.
13 de outubro - o Papa preside a uma celebração em honra de Nossa Senhora, com a participação das
associações marianas.
24 de novembro - celebração conclusiva do Ano da Fé.
Nota: Podemos encontrar apoios com muito interesse no Site «ABC da Catequese» - Ano da Fé.
Sínodo - Mensagem final ao Povo de Deus
Citando o episódio da Samaritana do Evangelho de S. João, a mensagem compara «o Povo de Deus – por
vezes distraído e confuso - a uma ânfora vazia. Nele há sede e nostalgia de Deus». «É uma urgência
conduzir a humanidade contemporânea a Jesus».
O primeiro apelo dos Bispos diz respeito a uma necessária conversão a partir da própria Igreja, porque
para evangelizar é preciso ser evangelizado: «Para evangelizar o mundo, a Igreja deve, antes de tudo,
colocar-se à escuta da Palavra», porque «as fraquezas e os pecados pessoais dos discípulos de Jesus pesam
sobre a credibilidade da missão».
Na última parte, a Mensagem olha para a Igreja em cada região do mundo: «À Igreja do Oriente, faz
votos de que possa praticar a fé em condições de paz e de liberdade religiosa; À Igreja na África pede
que desenvolva a evangelização no encontro com as antigas e novas culturas, pedindo aos governos que
acabem com conflitos e violências. Aos cristãos da América do Norte, que vivem numa cultura com
muitas expressões distantes do Evangelho, pede-se que ponham em primeiro lugar a conversão e estejam
abertos ao acolhimento de imigrantes e refugiados». À Igreja da América Latina deixam um sentimento
de gratidão: «Impressiona de modo especial como no decorrer dos séculos se tenham desenvolvido
formas de religiosidade popular, de serviço da caridade e de diálogo com as culturas». A Igreja na Ásia,
muitas vezes às margens da sociedade e perseguida, é encorajada e exortada à firmeza da fé. A Europa,
marcada por uma secularização agressiva, é chamada a enfrentar dificuldades no presente e, diante delas,
os fiéis não se devem abater, mas devem enfrentá-las como um desafio. À Oceânia, por fim, pede-se que
continue a pregar o Evangelho. A Mensagem termina fazendo votos de que «Maria, Estrela da nova
evangelização, ilumine o caminho e faça florescer o deserto».
(http://www.vatican.va/roman_curia/synod/index_sp.htm)
Átrio dos Gentios em Portugal - «O valor da Vida»
O QUE ERA O ÁTRIO DOS GENTIOS? - Um espaço que existiu no Templo de Jerusalém onde podiam
aceder os não-judeus ou gentios (isto é, estrangeiros e pessoas de outras religiões). Por isso, aquele átrio
era um lugar natural de encontro, diálogo, e até de negócios! É precisamente deste lugar que Jesus expulsa
os vendilhões, segundo o relato de Mc 11,15-19. Nesse espaço todos podiam refletir e até orar livremente.
Ao mesmo tempo, era o primeiro contacto com o pensamento e o culto judaicos.
O QUE É HOJE O ÁTRIO DOS GENTIOS? - Uma iniciativa do Papa Bento XVI que em 2009 afirmou:
«Penso que a Igreja deveria também hoje abrir uma espécie de “pátio dos gentios”, onde os homens
pudessem de qualquer modo agarrar-se a Deus, sem O conhecer, e antes de terem encontrado o acesso ao
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seu mistério. Ao diálogo com as religiões deve acrescentar-se hoje o diálogo com aquelas pessoas para
quem a religião é uma realidade estranha, para quem Deus é desconhecido; e contudo a sua vontade não
é permanecer simplesmente sem Deus, mas aproximar-se d’Ele pelo menos como Desconhecido».
Algumas realizações, todas em 2012:
24 e 25 de Março, em Paris (na sede da UNESCO), com o tema Religião, luz e razão comum.
13 e 14 de Setembro, em Estocolmo (na sede da Academia Real das Ciências), com o tema O mundo
com ou sem Deus?
19 de setembro, em Bolonha, assinalando o 3º centenário do nascimento de Rosseau.
06 de Outubro, em Assis, antecipando o início do Ano da Fé. Tema: Deus,
este desconhecido.
16 e 17 Novembro, em Guimarães e Braga, com o tema O valor da
vida. A Agência Ecclesia apresenta abundante material, e serão
publicadas as Atas. Pode aceder-se a vídeos indo ao Site agência
ecclesia, clicando em «átrio dos gentios» (logotipo à direita ao alto).
(http://www.atriodosgentios.pt/media/%C3%A1trio1A.pdf)
Advento-Natal em Ano da Fé
(http://www.reflejosdeluz.net/)
Advento,
tempo para o abraço.
Abre o teu coração
para que Deus encontre
um lugar na tua vida,
nos teus projetos,
nos teus sentimentos...
para começar,
a partir de ti,
a fazer brilhar a luz
no nosso mundo. Marcelo Murúa