64

Alberto Ackilla Todo Dizimo e Uma Oferta

  • Upload
    alberto

  • View
    11

  • Download
    0

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Muitos ensinamentos divergentes permeiam as igrejas evangélicas sobre o assunto dos "dízimos e ofertas". Afinal, por que a doutrina do dízimo se difundiu tanto no meio eclesiástico? Uma pergunta simples é esta, mas que produz variadas respostas dos que são a favor e dos que são contra a oferta mais famosa do Brasil. Este livro responde várias dúvidas sobre contribuições religiosas baseado na Palavra de Deus. São revelações claras que conduziram o jovem Alberto a expô-las no caminho dos livros. Além das verdades apresentadas, o livreto traz um real testemunho de alguém que começou a viver pela fé e, hoje, não vive amedrontado pela recente crise que está abalando a nação brasileira.

Citation preview

Page 1: Alberto Ackilla Todo Dizimo e Uma Oferta
Page 2: Alberto Ackilla Todo Dizimo e Uma Oferta

Dados internacionais de catalogação na publicação (CIP)

Câmara Brasileira do Livro.

___________________________________________

Todo dízimo é uma oferta – Mendes, Alberto Áckilla.

Planaltina, Distrito Federal.

66 p.: 14x21 cm

Edição Popular

ISBN 978-85-918207-5-7

1. Religioso. I – Título.

___________________________________________

Todo dízimo é uma oferta – Copyright © 2015

By Alberto Áckilla. 1ª Edição

O conteúdo desta obra é de total responsabilidade do autor.

Proibida a venda e distribuição parcial ou total sem autorização.

Os textos das referências bíblicas foram extraídos da versão

Almeida Revista e Corrigida

Page 3: Alberto Ackilla Todo Dizimo e Uma Oferta

DEDICATÓRIA

Ao meu Pai

CARLOS ALBERTO

Que me ensinou

O Caminho da Luz

Page 4: Alberto Ackilla Todo Dizimo e Uma Oferta

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO

Capítulo 1

PESQUISA NA BÍBLIA

Capítulo 2

JESUS E O ESPÍRITO

Capítulo 3

DESCOBERTAS

Capítulo 4

PLANO ORIGINAL

Capítulo 5

DESAFIOS À VISTA

Capítulo 6

AVENTURA DE FÉ

Page 5: Alberto Ackilla Todo Dizimo e Uma Oferta

INTRODUÇÃO

Dizem por aí que a Bíblia fechada é apenas um livro.

Que grande mentira! E não são poucos os que acreditam nessa

maneira falaciosa de descrever as Palavras que existem neste

incomparável Testamento. Infelizmente, o mundo não dedica

tempo para se auto conhecer através da Sagrada Escritura e

consome a maior parte do dia com trabalho e estudos seculares.

À noite, o cansaço toma conta dos olhos, olhos que poderiam

contemplar a Vida. É isso o que a Palavra de Deus traz para

nós: Vida. Um livro qualquer não te faz sentir mais vivo, mas o

Verbo que Se fez carne não só preenche tal lacuna como Ele é a

própria Fonte de Existência (João 1:14; 14:6).

Mesmo sabendo bem disso, eu precisei ouvir várias

vezes de uma amiga algo revelador que, aos poucos, fez-me

perceber o que estava me impedindo de desfrutar esta Vida

exuberante (João 10:10). Ela me dizia que tudo o que acontece

de grandioso em mim deve ser para a glória do Senhor. A meu

ver, isso soava na forma de um julgamento. Contudo, ela me

corrigia estando sempre certa. Sinceramente, eu não me

humilhava o bastante a ponto de reconhecer que o poder de

Deus atuou dentro do meu ser quando maravilhas aconteceram

comigo. Como resultado, as suas insistentes admoestações

transportaram o meu espírito para um patamar transcendental

que, sozinho, nunca teria alcançado. Os próximos seis capítulos

são o início deste testemunho. Aqui, vai ser falado sobre alguns

ensinamentos concernentes a ofertas que a maioria dos

evangélicos não teve a oportunidade de aprender. São textos

Page 6: Alberto Ackilla Todo Dizimo e Uma Oferta

com explicações simples, porém que transformaram o meu

modo de pensar e de agir. Tenho a esperança que o meu Deus

também transforme o seu. Deixo a vocês uma amiga orientação:

Quem ler todas as referências bíblicas compreenderá melhor os

assuntos tratados. Eu garanto que vale a pena conferi-las.

Page 7: Alberto Ackilla Todo Dizimo e Uma Oferta

Capítulo 1

PESQUISA NA BÍBLIA

Quando eu era criança, via um amigo do meu pai se

ocupar na igreja como tesoureiro. Essa é a função das pessoas

que cuidam da parte financeira de uma instituição. Como eu fui

criado num ambiente religioso, aprendi desde cedo a reservar

um décimo do meu dinheiro para a igreja. Em todos os cultos

tinha o momento de recolher os dízimos e as ofertas, pois assim

era falado por eles. Existia uma salva que alguém segurava e

sempre passava pelo nosso assento. Ali, dentro dela, era onde

eu colocava as moedas que o meu pai me dava.

Quando adolescente, trabalhei vendendo picolé e, pela

primeira vez, ofertei do meu suor. Eu ouvia dizer que o meu

dízimo seria abençoado e Deus iria multiplicá-lo. Esse dinheiro

era entregue em um envelope porque na sua parte externa,

vinha um espaço para marcar qual o mês recebido. Isso servia

para a igreja manter o controle dos fiéis mensalmente. Como eu

era um rapaz inconstante, desisti do meu primeiro trabalho.

Apesar disso, não parei de ofertar. Uma vez e outra sempre

tinha algum dinheiro.

No envelope do dízimo era impresso o versículo bíblico:

"Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja

mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim, diz o

Page 8: Alberto Ackilla Todo Dizimo e Uma Oferta

Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e

não derramar sobre vós uma bênção tal, que dela vos advenha a

maior abastança".

Diante dessa promessa eu pensava que, ao cumprir esse

mandamento, ia ser bastante abençoado independentemente de

estar trabalhando ou não.

Ao cursar o ensino médio, consegui uma bolsa de

iniciação ao trabalho. Assim, pela manhã trabalhava e, à tarde,

estudava. Ao mesmo tempo, fui fiel ao meu compromisso

financeiro com a igreja todos os meses. Mas, em vista do pouco

tempo que eu tinha para revisar as matérias escolares, o meu

rendimento começou a piorar. Por causa disso, abri mão

daquela atividade por ficar com medo de reprovar no segundo

ano. "Eu ainda sou jovem, tenho um futuro brilhante, vou cursar

uma faculdade e, quando me formar, ganharei muito dinheiro".

Este era o meu pensamento. Porém, ao concluir o ensino médio,

não fui aprovado no vestibular que prestei e estava sem

trabalho.

Graças a isso, me senti um fracassado e fiquei em casa

durante um ano. Sem dinheiro e entediado por não fazer nada,

fui procurar emprego. Consegui um rapidamente. Não era algo

de que gostava, mas era melhor do que a minha ociosidade. No

primeiro dia, até que a animação foi boa. Contudo, permaneci

dez dias apenas; era um serviço muito estressante. Recebi meus

direitos e, desse pouco valor, ofertei o dízimo à igreja. Após

dois dias, consegui outro emprego e me dediquei melhor a essa

ocupação. Passado alguns meses, desisti em virtude de alguns

desentendimentos pessoais com o meu tio, pois tinha sido

Page 9: Alberto Ackilla Todo Dizimo e Uma Oferta

através dele que conseguira o tal cargo. Como me senti

prejudicado, pedi as contas, ofertei do recebido e deixei a

tristeza tomar conta de mim por um tempo.

A minha vida até o instante tinha sido de várias

desistências. Mas, não obstante, nunca deixei de dar o dízimo

para a igreja. Foi isso que aprendi do meu pai e o que

aprendemos desde cedo, não esquecemos. Entretanto, com

aquelas experiências percebi que o dízimo não trazia pra mim a

resposta de como ser próspero. Infelizmente, atribuía o meu

fracasso profissional à igreja, pois pensava que por ser

compromissado com ela financeiramente, o meu trabalho

estaria livre de obstáculos. Porém, eu não entendia o real

significado do dinheiro sagrado. Passado algum tempo e devido

a algumas circunstâncias que me sobrevieram, comecei a

pesquisar na Bíblia onde falava sobre o dízimo. Além disso, a

experiência de frequentar quatro instituições religiosas

diferentes me fez perceber que todas elas ensinavam sobre a

famosa contribuição. Tudo isso esclareceu muitas verdades que

vamos discorrer adiante.

O Erro do Roubo

Nas igrejas que assisti, observei que todos os seus líderes

usam um capítulo do profeta Malaquias para se referir ao

dízimo do cristão. O livro dele contém somente quatro capítulos

Page 10: Alberto Ackilla Todo Dizimo e Uma Oferta

e foi escrito durante uma época de apostasia espiritual entre o

povo de Israel. Jesus Cristo não tinha vindo ainda em nosso

mundo e o tal profeta foi o último que profetizou àquela nação

antes de João Batista (Mt 3:1). Como o versículo citado é

bastante explícito acerca do dízimo, não é de se admirar que

seja o mais usado durante o momento dos dízimos e ofertas de

sua igreja.

No tempo dessa ocasião é normal ouvir que quem não dá

o dízimo rouba a Deus. A maioria dos guias eclesiásticos cita

Malaquias 3:8 que diz:

"Roubará o homem a Deus? Todavia, vós me roubais e dizeis:

Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas alçadas".

Porém, é totalmente errado afirmar que quem não dá esse

dinheiro está roubando a Deus. "Mas, por quê?", talvez você me

perguntaria. Porque Deus, na época da vigência da lei de

Moisés, cobrava do povo israelita segundo essa lei. Se

observarmos bem o texto, este diz: "nos dízimos e nas ofertas

alçadas" (ênfase do autor). A conjunção e indica que as duas

referências não podem ser separadas da frase. Com isso, o

roubo mencionado somente seria válido se os dois mandos

simultaneamente fossem descumpridos. Segundo o contexto, as

ofertas alçadas denotavam a parte que os levitas tinham que

oferecer, dos dízimos recebidos do povo, ao sumo sacerdote

(Nm 18:26,28). Sabemos que o ministério levítico (Nm 18:21),

e o sacerdócio (Ex 28:1), eram conforme a lei de Moisés (Hb

7:11). Ora, como era de acordo com essa lei, não é certo falar

que quem não entrega o dízimo rouba ao Senhor. Se ainda

restou alguma dúvida sobre esta verdade, atentemos para o fato

Page 11: Alberto Ackilla Todo Dizimo e Uma Oferta

de que não estamos debaixo de uma lei que Jesus mudou (Hb

7:12; 1ª Co 9:21).

Amigos, Jesus ao instituir os Seus princípios declarou:

"Não julgueis, para que não sejais julgados, porque com o juízo

com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que

tiverdes medido vos hão de medir a vós" (Mt 7:1,2).

Que a Palavra do Espírito Santo esteja em nossas

mentes!

Obras de Abraão

Algo que deve ser notado em Malaquias 3:10 é que os

israelitas traziam os seus dízimos à casa do tesouro. Entende-se

que essa casa, na verdade, era uma sala de depósito que existia

no Templo de Israel, pois a sequência "para que haja

mantimento na minha casa" é uma referência ao Templo

reconstruído durante o governo de Zorobabel (Ed 6:16; Ne

10:37-39).

Agora, como o dízimo era um mandamento da lei

israelita e o seu objetivo era sustentar principalmente os levitas

Page 12: Alberto Ackilla Todo Dizimo e Uma Oferta

(Lv 27:30-33; Nm 18:21), é certo ofertar desse modo na igreja

hoje? Vejamos!

Essa prática já existia antes da lei mosaica. Abraão, que

na época desse acontecido se chamava Abrão, deu a alguém o

dízimo dos despojos conseguidos numa guerra (Gn 14:12-20).

Sabemos também que o neto dele fez uma oração a Deus e

prometeu dar-Lhe a mesma oferta (Gn 28:20-22). Então, o

dízimo não é encontrado somente na lei de Moisés. Nela, Deus

o santificou para que os levitas usufruíssem esta parte como

uma herança da terra prometida (Nm 18:24).

Atualmente algumas denominações religiosas instruem

os seus membros contra o ensinamento abraâmico lhes dizendo

que este não pode ser praticado. Os responsáveis por tal

argumento defendem que nós estamos debaixo da Graça de

Deus e nessa Graça não opera a lei que regula aquela oferta.

Isso é verdadeiro porque o fim da lei é Cristo (Rm 10:4).

Contudo, após um relato particular darei esclarecimento sobre o

dinheiro sacro comparando versos bíblicos.

Certa vez, ao passar pela Rodoviária do Plano Piloto em

Brasília, recebi de um homem vestido socialmente uma folha

impressa com um texto. Geralmente, eu não pego a maioria dos

folhetos que me são oferecidos na rua. Mas, como esse homem

gritava para chamar a atenção dos transeuntes, percebi que o

conteúdo da sua mensagem era do meu interesse. Como eu

estava estudando o assunto tratado, guardei aquela folha.

Depois de lê-la com atenção, fiquei bastante admirado pelas

mentiras ali expostas. Lá dizia que todos os pastores que

ensinam a prática do dízimo são ladrões e que Jesus Cristo

Page 13: Alberto Ackilla Todo Dizimo e Uma Oferta

aboliu-a morrendo na cruz. Diferente é essa forma de pensar, no

entanto muitos concluem assim. Não sei se aquele homem

conseguiu ganhar almas para o Senhor Jesus, mas, penso eu,

que ele conseguiu distorcer a função dos pastores e criar uma

imagem negativa desses líderes na mente de várias pessoas.

Para aqueles que ensinam que o antigo exemplo

patriarcal é uma atitude ilegal por estarmos na era da Graça,

consideremos essas declarações:

"Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação

a todos os homens" (Tt 2:11, ênfase do autor).

É uma linda frase do Novo Testamento, mas também

gosto dessa:

"Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus por

nosso Senhor Jesus Cristo; pelo qual também temos entrada

pela fé a esta graça, na qual estamos firmes" (Rm 5:1-2a,

ênfase do autor).

E dessa: "Sabei, pois, que os que são da fé são filhos de

Abraão" (Gl 3:7, ênfase do autor).

Portanto, quem é filho de Abraão faz as obras de seu pai.

"Se fôsseis filhos de Abraão, faríeis as obras de Abraão" (Jo

8:39b, ênfase do autor).

Page 14: Alberto Ackilla Todo Dizimo e Uma Oferta

"E [Abraão] deu-lhe o dízimo de tudo" (Gn 14:20b, ênfase do

autor).

Água Celeste

Continuando a explicação de Malaquias 3:10, o que é

"uma bênção tal"? Algumas pessoas poderiam dizer que são

casas, carros e muito dinheiro. Outras talvez diriam que é uma

aprovação de concurso público ou que são grandes contratos

empresariais. Porém, se lermos cuidadosamente o contexto em

que se encaixa essa definição, acharemos uma resposta

diferente. Apesar do ensino do dízimo ser cristão, não podemos

imaginar que o profeta escreveu para os adeptos do

cristianismo. O destinatário dos seus escritos era o povo judeu

em uma época anterior ao nascimento de Cristo. O versículo

subsequente do estudado diz assim:

"E, por causa de vós, repreenderei o devorador, para que

não vos consuma o fruto da terra; e a vide no campo não vos

será estéril, diz o Senhor dos Exércitos".

As palavras fruto e vide nos dão uma ideia de safra da

terra. Porém, somente existe colheita se, antes, houver um

fenômeno sobre essa terra. Assim, a tal bênção é a chuva. Para

comprovar isso, veremos o que aconteceu quando Deus abriu as

Page 15: Alberto Ackilla Todo Dizimo e Uma Oferta

mesmas "janelas" do versículo citado (Ml 3:10), em outro livro

bíblico:

"e as janelas dos céus se abriram, e houve chuva sobre a terra

quarenta dias e quarenta noites" (Gn 7:11b-12, ênfase do autor).

A chuva é a bênção prometida. A nação israelita vivia

um período de seca, pois Deus tinha fechado as Suas janelas. A

água que cai do céu rega o solo. Sem ela, não existe colheita. A

falta dessa produção provoca a fome trazendo pobreza e miséria

para o povo. No tempo de Malaquias houve seca porque o texto

diz que a vide no campo não seria mais estéril (Ml 3:11). Numa

situação semelhante, quando o povo de Israel era governado

pelo rei Acabe, o profeta Elias profetizou que não choveria

durante alguns anos. Essa palavra se cumpriu e, por três anos e

meio, ninguém viu a água celeste (Tg 5:17). Isso causou tantos

estragos na natureza que até um ribeiro se secou (1ª Rs 17:1,7).

Imagine homens e animais sofrendo sem a fonte de vida.

Portanto, o que o antigo escritor queria dizer ao povo

israelita era que, se eles voltassem a cumprir aquele

mandamento, as janelas dos céus iriam se abrir novamente

trazendo a bênção da chuva.

Page 16: Alberto Ackilla Todo Dizimo e Uma Oferta

O Tempo da Promessa

Nós entendemos que o dízimo do povo de Israel lhes

proporcionava o inverno regularmente. Se a nação

desobedecesse este preceito haveria uma prolongada estiagem.

Mas, eu tenho a certeza que esta explicação ainda não é

convencedora para fazer com que uma quantia do nosso

dinheiro se consagre à igreja. O que se ouve dentro dela é que

se formos colaboradores, Deus vai abençoarmos

financeiramente. Não vou entrar neste ponto agora. Antes,

ressalto que, no livro de Malaquias, o que foi prometido para os

israelitas não é algo que nós sentimos falta. Todos os anos

chove na nossa terra e essa precipitação não acontece por causa

dos fiéis. Apesar disso, é importante entendermos algo implícito

nesse fenômeno. Em Deuteronômio 28:12a diz:

"O Senhor te abrirá o seu bom tesouro, o céu, para dar chuva à

tua terra no seu tempo e para abençoar toda a obra das tuas

mãos".

A obra aludida acima é, sem dúvida, a agricultura. A

atividade agrícola é beneficiada pelo ciclo chuvoso. Para quem

trabalha no campo, essa bênção faz sentido. Porém, o que tudo

isso tem a ver com o dízimo hoje? Muita coisa. A chuva está

relacionada com o céu, pois ela não vem de nenhum outro

lugar. Aliás, tudo de que necessitamos vem do céu. É por essa

razão que, depois de Abraão ter ofertado o seu dízimo para

Melquisedeque, Deus o visitou e lhe falou: "Olha, agora, para

os céus" (Gn 15:5, ênfase do autor). Observando esta história,

Page 17: Alberto Ackilla Todo Dizimo e Uma Oferta

vemos que Deus não lhe prometeu chuva, e sim um filho (Gn

15:4). Mas, o Senhor pediu que ele olhasse para cima porque

era de lá que seria abençoado. Da mesma forma, ao darmos o

dízimo, precisamos olhar para os céus, pois Deus vai nos

prometer alguma coisa. Foi assim com o hebreu e será assim

com todas as pessoas que creem.

A promessa que Jeová fez ao Seu amigo, Ele a cumpriu.

Talvez, você não consiga entender até então a relação que

existe entre a chuva prometida (Ml 3:10), e o filho prometido.

Esse vínculo se encontra no tempo. Uma promessa precisa de

tempo para se cumprir. Vemos isso claramente na época de Noé

quando Deus arrependeu-Se de ter criado a humanidade e

pressagiou um dilúvio sobre a terra (Gn 6:17). Noé, que foi o

primeiro a saber acerca desta inundação universal, o anunciou

para o mundo durante anos até que as águas de juízo caíram na

terra (1ª Pe 3:20; Gn 7:11,12; Am 5:24). Igualmente aconteceu

com Abraão que esperou alguns anos até que o seu filho Isaque

nasceu (Gn 16:16; 17:16; 21:5). Ambos exemplos nos mostram

que sem o tempo não existe promissão. Sendo assim, por que

Deus promete para cumprir anos depois? Observe leitor: a

promessa que Ele faz sempre transcende a compreensão

humana e a paciência do Senhor é tamanha que Ele começa a

preparar os leais para realizar aquilo que falou. Quão agradável

é compreender que Deus nos dá a esperança de um bom futuro.

Por consequência, tenha certeza que a tua fidelidade

atrairá as promessas do Senhor. Deus olhará dentro de você e

contemplará lindos planos. Se você já possui as promessas

dEle, continue sendo fiel e não desanimes, pois no tempo certo

elas se cumprirão.

Page 18: Alberto Ackilla Todo Dizimo e Uma Oferta

Capítulo 2

JESUS E O ESPÍRITO

Há uns 2000 anos, o Mestre dos mestres veio ao nosso

universo. Com a Sua infinita sabedoria, Ele encantou os Seus

discípulos (Mc 1:22). Como este livro fala sobre dinheiro, eu

não poderia deixar de revelar aos leitores um pouco do que

Jesus ministrou sobre esse tema. Os Seus ensinamentos

aplacarão as nossas angústias financeiras se tão-somente os

colocarmos em prática (Mt 7:24).

Em primeiro lugar, durante o Seu ministério terreno,

Jesus se relacionou mais com os pobres (Mt 11:5). Ele foi bem

explícito quando disse que é difícil entrar um rico no Reino dos

Céus (Mt 19:23). Então, se você deseja riquezas materiais, sabe

que a sua entrada nesse Reino vai ser conquistada por meio de

muitas dificuldades; porém o Senhor não deseja que essa

sedução seja um obstáculo para você. Ele quer te dar algo mais

valioso do que o ouro. O que seria? As riquezas

incompreensíveis de Cristo (Ef 3:8). Ele quer te enriquecer em

toda a palavra e conhecimento (1ª Co 1:5; 2ª Co 8:9), e para

isso acontecer da melhor forma possível, precisamos aprender a

lidar com os recursos financeiros.

Em Mateus 6:25-33 está escrito: “Por isso, vos digo: não

andeis cuidadosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de

comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo,

Page 19: Alberto Ackilla Todo Dizimo e Uma Oferta

pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o

mantimento, e o corpo, mais do que a vestimenta? Olhai para as

aves do céu, que não semeiam, nem segam, nem ajuntam em

celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes vós

muito mais valor do que elas? E qual de vós poderá, com todos

os seus cuidados, acrescentar um côvado à sua estatura? E,

quanto ao vestuário, porque andais solícitos? Olhai para os

lírios do campo, como eles crescem; não trabalham, nem fiam.

E eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória,

se vestiu como qualquer deles. Pois, se Deus assim veste a erva

do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, não vos

vestirá muito mais a vós, homens de pequena fé? Não andeis,

pois, inquietos, dizendo: Que comeremos ou que beberemos ou

com que nos vestiremos? (Porque todas essas coisas os gentios

procuram.) Decerto, vosso Pai celestial bem sabe que

necessitais de todas essas coisas; Mas buscai primeiro o Reino

de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão

acrescentadas” (ênfase do autor).

Como essas palavras são lindas! Nessa ocasião, Jesus

estava começando a ensinar os Seus novos mandamentos (Mt

5:21,22). Versículos antes do texto bíblico acima, o Mestre

disse que o dinheiro não pode de maneira nenhuma se tornar

um ídolo na nossa vida (Mt 6:19-24). Depois, Ele discorreu

sobre o cuidado, a falta de fé e a inquietação humana para com

as necessidades materiais. Em outro ensino similar, o Senhor

disse que quem se sufoca com os cuidados da vida não produz

um fruto perfeito (Lc 8:14). Apesar desse fruto significar uma

vida de sacrifício (Mt 19:21), o seu sabor é de tranquilidade, de

calmaria sem aquele desespero que sentimos quando nos

inquietamos com as contas a pagar. Assim, não devemos nos

preocupar com a nossa situação financeira a fim de nos tirar a

Page 20: Alberto Ackilla Todo Dizimo e Uma Oferta

paz. Antes, precisamos prosseguir para a perfeição lançando

sobre o Senhor as nossas ansiedades (Hb 6:1; 1ª Pe 5:7).

Esse texto é interessante quando mostra que as aves “não

semeiam, nem segam, nem ajuntam em celeiros”. Aqui é

ensinado o cuidado que o Pai tem pelas suas criaturas. Semear

equivale a trabalhar; segar, a receber um salário. Quantos, hoje,

não têm uma conta poupança depositando uma grande

segurança no dinheiro ali guardado? Entretanto, notemos isso:

todos aqueles espécimes não ajuntam em celeiros, mas Deus os

mantém. Não estou dizendo que é errado guardar dinheiro. Do

contrário, vejo essa atitude como prudência. A minha ênfase

está no fato de que se assegurar em algo material não garantirá

a ninguém o suprimento preciso.

Em Mateus 21:21 é revelado que se tivermos fé e não

duvidarmos, qualquer problema será resolvido. Percebo que

quem não acredita até perde o sono por causa dos “montes”

financeiros que nunca desaparecem. Se você tem muitas

dívidas, tenha fé que o Senhor Jesus é maior do que elas. Em 1ª

Coríntios 12:27 diz que nós somos o Corpo de Cristo. Creia que

Ele te tirará dessa situação porque “nunca ninguém aborreceu a

sua própria carne; antes, a alimenta e sustenta, como também o

Senhor à igreja” (Ef 5:29, ênfase do autor). O Senhor cuida do

Seu corpo, Ele cuida dos Seus membros. Acredite!

Ele também explicou que a inquietação é o resultado de

ser preocupado e duvidoso. Alguém assim conseguiria ofertar

alguma coisa para a igreja?... Mas, Jesus nos convida a procurar

primeiramente a justiça do Seu Reino (Mt 6:33). Visto de um

ângulo diferente, isso se refere a primazia da nossa renda (Cl

Page 21: Alberto Ackilla Todo Dizimo e Uma Oferta

1:18). Cristo não nos ensinou a confiar naquilo que recebemos

do trabalho para termos a suficiência econômica (2ª Co 9:8). A

nossa confiança precisa estar apenas em Deus Pai. Ele é a fonte

do nosso sustento. Talvez, você não consiga comprar a sua casa

ou manter o próprio carro. Contudo, as palavras de Jesus são

dignas de crédito: nem mesmo Salomão que foi um rei muito

rico se vestiu como um lírio que não trabalha, nem recebe

salário, mas recebe o cuidado do Pai. Agora, imagine o cuidado

que Deus tem por aqueles que buscam o Seu Reino! Não dá

nem para imaginar. Deus tem reservado a você toda a

suficiência necessária para pagar suas obrigações financeiras;

basta a justiça dEle ser priorizada.

Portanto, é um desejo do Senhor que nós dependamos da

Sua Palavra. Assim, o Pai vai suprir aquilo que muitas vezes

nos causam preocupações. Ele almeja que nós durmamos

tranquilos confiando no Seu cuidado. Por isso, nós podemos

confiar nEle.

Convencimento

Eu sou um estudante das Escrituras Sagradas. Fui criado

na igreja evangélica, mas atualmente sirvo ao Senhor Jesus por

minha própria vontade. Falo assim porque não é por obrigação

o nosso trabalho na obra de Deus. Em Zacarias 4:6b diz: “Não

por força, nem por violência, mas pelo meu Espírito, diz o

Page 22: Alberto Ackilla Todo Dizimo e Uma Oferta

Senhor dos Exércitos”. O que faço para Jesus, o faço pelo

Espírito do Senhor. Como sinto o Espírito de Deus, sou

motivado a servi-Lo.

Por isso, em hipótese alguma, vou dizer a você que o

dízimo é uma obrigação. Jesus Cristo nos disse que o Seu fardo

é leve, ou seja, não pesa (Mt 11:30). É triste ver vários

ministros de Deus ensinando que é um dever de todo o cristão

ofertar. Sei que eles fazem isso na ignorância, mas o dízimo não

é um encargo. Então, o que leva alguém a dar sempre parte do

seu dinheiro à igreja sem se sentir constrangido na hora das

petições? Ser totalmente convencido pelo Espírito Santo de

Deus. Em João 16:8-11 está escrito:

“E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da

justiça, e do juízo: do pecado, porque não creem em mim; da

justiça, porque vou para meu Pai, e não me vereis mais; e do

juízo, porque já o príncipe deste mundo está julgado” (ênfase

do autor).

Quem é “Ele”? O Espírito da verdade (v.13), Aquele que

é a inspiração da Palavra do Senhor. Em 2ª Timóteo 3:16-17

diz:

“Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para

ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça,

para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente

instruído para toda boa obra” (ênfase do autor).

Page 23: Alberto Ackilla Todo Dizimo e Uma Oferta

Como o Espírito é Deus (At 5:3,4), é Ele Quem te ensina

em justiça para toda ação necessária. Em 2ª Coríntios 3:17

também é falado que:

“Ora, o Senhor é Espírito; e onde está o Espírito do Senhor, aí

há liberdade”.

Aí há liberdade! Nesse caso, todos os que se

comprometem seriamente em dar o dízimo vão fazê-lo por livre

espontânea vontade, não por imposição. Vão fazer assim, pois o

Espírito do Senhor os instruiu acerca dessa obra. Essa que é a

lei do Espírito de vida em Cristo Jesus (Rm 8:2). A lei de

Moisés obrigava os judeus a ofertarem, mas em Jesus podemos

estar firmes na liberdade (Gl 5:1).

Portanto, se o Espírito não te convenceu ainda sobre o

dízimo, não dês o seu dinheiro. Nenhum pastor ou quem quer

que seja tem este poder de convencimento. Muitos cristãos se

frustram com esta obra porque são motivados pela pessoa

errada. Quando Deus tocar no seu coração para fazê-la, tenho a

convicção que você nunca se sentirá sujeito a ela.

Page 24: Alberto Ackilla Todo Dizimo e Uma Oferta

Em Meu Nome

- Áckilla, estou convencido. Sinto o Espírito me instruindo a ser

um colaborador fiel e quero começar o mais rápido possível. O

que preciso fazer?

Como você O sentiu para agir dessa maneira, eu me

alegro muito. Se não foi convencido ainda, eu agradeço pela sua

atenção. Que Deus te ilumine. Agora, vamos ter que entender a

quem são destinados os dízimos a partir do Novo Testamento.

Nós sabemos que Abraão é o pai daqueles que creem em Deus

segundo a revelação de Gálatas 3:7. Por conseguinte, os filhos

da fé irão agir como ele. E para quem vai ser dado o dízimo?

Essa pergunta é indispensável ao nosso estudo, pois

compreenderemos Quem de fato recebe essa oferta. Abraão

ofertou para Melquisedeque que era rei de Salém e sacerdote do

Deus Altíssimo (Gn 14:8-20). Como era ministro e mediador

religioso ao mesmo tempo, isso significa que ele tinha

autoridade. Entretanto, não era qualquer poder público porque

esse vinha diretamente de Deus. Então, parte do subsídio

precisa ser dado para uma autoridade constituída pelo Altíssimo

na sua vida. Em Lucas 1:32 está escrito que Jesus é chamado “o

Filho do Altíssimo”. Como Jesus igualmente é Deus (Jo 20:26-

28), é Ele Quem constitui os homens para serem autoridades na

terra.

Em 1ª Coríntios 12:28 o Senhor nos mostra a primeira

autoridade que Ele estabeleceu para a igreja: os apóstolos. Um

apóstolo é alguém enviado de Deus para trabalhar na Sua obra e

Page 25: Alberto Ackilla Todo Dizimo e Uma Oferta

algumas de suas funções são: pregar o Evangelho (Rm 1:1),

instituir as igrejas (At 14:21-23), e apascentar o rebanho do

Pastor (1ª Pe 2:25; Jo 10:11). Certa vez, Jesus disse para o

apóstolo Pedro: “Apascenta as minhas ovelhas” (Jo 21:17,

ênfase do autor). O significado da palavra destacada é: levar as

ovelhas ao pasto, cuidar delas e protegê-las. Essas ovelhas

representam cada homem e mulher que são acrescentados pelo

Senhor à igreja (At 2:47; 1ª Pe 5:2).

Logo, algumas ofertas são reservadas especialmente a

quem tem a maior responsabilidade pelas almas dentro da

igreja. Destarte, todos os pastores são homens enviados de Deus

e são dignos de salário, pois eles velam por nossa alma, como

aqueles que hão de dar conta delas ao Senhor (Hb 13:17; 1ª Tm

5:17).

No entanto, quando damos uma oferta para essa

autoridade, na verdade, estamos presenteando o Autor e

Consumador da fé (Hb12:2). Foi assim que Abraão fez. Mas ele

não ofertou para Melquisedeque? Sim, porém eu te pergunto:

Quem foi realmente aquele rei? Vejamos!

No Salmo 110 é enfatizado que, segundo a ordem dele, o

Senhor é um sacerdote eterno e em Hebreus 7 é dito que ele foi

feito semelhante ao Filho de Deus. De imediato, essas

declarações fazem o Melquisedeque ser um homem

excepcional. Afora este fato, o nome dele significa rei de justiça

e o título rei de Salém quer dizer rei da paz. Não existe registro

na Bíblia inteira da sua ascendência e descendência.

Igualmente, nada é falado sobre o seu nascimento e a sua morte.

Page 26: Alberto Ackilla Todo Dizimo e Uma Oferta

Assim, esses relatos nos indicam que o soberano é uma

prefiguração de Jesus Cristo.

- Ainda não compreendeu? Calma, vou explicar!

Nos livros de Mateus e Lucas são nos apresentadas a

genealogia de Jesus. Somente possui genealogia seres humanos.

É por isso que esses dois escritores a registram: para comprovar

a humanidade do Senhor. Contudo, o evangelho segundo João

inicia as suas palavras de referência a Cristo como Ele sendo o

Filho de Deus. Se procurarmos um registro de origem no livro

desse apóstolo, não o encontraremos. Assim, Jesus como o

Filho do Homem possui genealogia. Mas, como o Filho de

Deus não a possui.

Da mesma forma, Melquisedeque não tem sua origem

registrada. O Espírito Santo ocultou-a da Palavra para que esse

rei fosse uma figura de Cristo. Examinemos o seu título de rei

de justiça e paz. Essas designações se referem a Jesus. Em

Isaías 32:1 foi profetizado, acerca dEle, que reinaria um “rei

com justiça” e, capítulos antes, é nos dito que o Messias possui

o nome de “Príncipe da Paz” (Is 9:6). Então, o sacerdote do

Altíssimo representa o Senhor e é a Ele que ofertamos o dízimo.

Sei que ainda podem existir dúvidas relacionadas a tal

explicação, pois os nossos apóstolos ou pastores não são figuras

tão ilustres como o ministro de Salém. Porém, Jesus nos

ensinou que eles O representam. Em Marcos 9:41 os apóstolos

ouviram do Rei:

Page 27: Alberto Ackilla Todo Dizimo e Uma Oferta

“Porquanto qualquer que vos der a beber um copo de água em

meu nome, porque sois discípulos de Cristo, em verdade vos

digo que não perderá o seu galardão” (ênfase do autor).

O versículo lido fala de água e não de dízimo, mas o

princípio é o mesmo. Além do mais, todas as autoridades

constituídas por Jesus estão na igreja em Seu Nome (1ª Pe

4:14). Por isso, podemos descansar no Senhor porque Ele

receberá a nossa oferta e nos abençoará.

Page 28: Alberto Ackilla Todo Dizimo e Uma Oferta

Capítulo 3

DESCOBERTAS

Uma das maiores alegrias do cristão é saber que no final

da caminhada ele receberá o seu maior prêmio: Cristo. Que

alegria será ao ouvir: “Vinde, benditos de meu Pai” (Mt

25:34a). Não existem palavras para descrever como será essa

sensação. Jesus Cristo morreu por nós, nos perdoou e ainda nos

chama para reinar com Ele. Isso é uma grande honra para os

Seus servos.

Até o momento, aprendemos que Melquisedeque

representa o Amado do Pai (Mt 3:17). A narrativa de Gênesis

14 nos relata que foi o rei que veio ao encontro de Abraão. Não

foi o fiel que se interessou pela vinda majestosa. Assim, o

Senhor veio ao nosso encontro para dar a Sua vida e nos

resgatar com o Seu próprio sangue (Mc 10:45; At 20:28). Dê-

me alguns segundos para agradecê-Lo: Obrigado, Deus, por nos

salvar!

Como aquele notável rei é uma figura do Filho do

Homem, observe o que Ele trouxe para Abraão: pão e vinho.

Foi a primeira vez que essas palavras apareceram juntas no

Antigo Testamento. É surpreendente tomarmos nota de que na

época de Jesus, antes dEle ser preso, o Senhor Se reuniu com

Seus discípulos e substituiu a Páscoa com uma ceia diferente

Page 29: Alberto Ackilla Todo Dizimo e Uma Oferta

(Mc 14:12-24). O apóstolo Paulo em sua primeira carta aos

Coríntios relata as palavras do Mestre naquela ocasião:

“que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão; e,

tendo dado graças, o partiu e disse: Tomai, comei; isto é o meu

corpo que é partido por vós; fazei isto em memória de mim.

Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice,

dizendo: Este cálice é o Novo Testamento no meu sangue; fazei

isto, todas as vezes que beberdes, em memória de mim. Porque,

todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice,

anunciais a morte do Senhor, até que venha” (1ª Co 11:23b-26,

ênfase do autor).

Diante de tais palavras, o meu entendimento se abre para

a revelação. O pão e o vinho que o rei de Salém trouxe para

Abraão é a salvação do Senhor Jesus. A maior bênção que o pai

da fé recebeu na sua vida foi a morte do Salvador. Sei que Jesus

nasceu e morreu centenas de anos depois dessa história

acontecer, mas a morte do Senhor já era anunciada em figura.

Glória a Ele!

Então, como o rei de justiça é figura de Cristo, a comida

sagrada, da Sua morte, o dízimo dado pelo patriarca também é

uma figura? Exatamente. Esse dízimo é uma representação do

verdadeiro ato de dar. Seja sincero comigo. Qual é o motivo da

maioria das pessoas darem dinheiro para a igreja hoje? Quais

são os motivos que muitos pastores (não todos), apresentam na

igreja para estimular as contribuições?

Page 30: Alberto Ackilla Todo Dizimo e Uma Oferta

Abraão não ofertou esperando granjear uma bênção

financeira. Ele não fez isso esperando Deus lhe dar um filho,

pois quando Jeová lhe apareceu, não disse assim:

- Deus, visto que eu dei o meu dízimo para o teu sacerdote, que

me hás de dar?

Confira Gênesis 15:2 e você verá. Muitas pessoas

querem barganhar com Deus através das doações, mas isso não

é bíblico. É totalmente errado ofertar ao Senhor visando acima

de tudo bênçãos materiais. Esse não é o significado do dízimo

dos despojos (Hb 7:4). O “amigo de Deus” deu o dízimo de

tudo por gratidão à salvação recebida (Tg 2:23). Com a ajuda de

Deus, Abraão e os seus 318 criados libertaram duas cidades que

tinham sido saqueadas (Gn 14:11-16). Deus guerreou ali por

eles, e o Seu servo retribuiu o “rei da paz” com uma oferta de

reconhecimento. Outro acontecimento que revela essa

ilustração também é visto quando Jesus curou dez leprosos e

apenas um veio Lhe agradecer:

“E caiu aos seus pés, com o rosto em terra, dando-lhe graças; e

este era samaritano” (Lc 17:16).

É maravilhoso ver que o tal leproso tinha recebido muito

mais do que a cura. Ele recebeu a salvação da sua alma (Lc

17:19, interpretação minha por deduzir que ele virou um

seguidor do Mestre e que posteriormente esteve presente entre

os cento e vinte no dia de Pentecostes). A sua alegria era tão

grande que se expressava diante de Deus com agradecimento.

Como muitas igrejas brasileiras estão esquecendo o verdadeiro

motivo dessa colaboração!

Page 31: Alberto Ackilla Todo Dizimo e Uma Oferta

E nós? Será que podemos ser gratos ao Pai, através das

ofertas, pela preciosa Salvação que nos foi dada? (Hb 2:3; Cl

2:15).

“Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em

Cristo Jesus para convosco” (1ª Ts 5:18, ênfase do autor).

O Valor do Dízimo

Uma coisa me intrigava. A maioria dos cristãos acredita

assim como eu acreditei que o valor certo do dízimo é o que

está entendido no seu próprio significado: dez por cento.

Porém, o que é o dízimo para Deus? Uma oferta. É aquilo que

se dá. Eu aprendi desde criança que existia uma grande

diferença entre dízimo e oferta, mas não há essa distinção na

Nova Aliança. Todo dízimo é uma oferta. Não existe

desigualdade entre os significados dessas duas palavras em

termos neotestamentários. Além disso, por ser oferta, não há um

valor específico. Não estou dizendo que quem mantém um

compromisso de dez por cento da sua renda esteja fazendo algo

errado. Não me entenda mal. Mas, nós precisamos analisar um

ensinamento de Jesus para compreender melhor esta verdade.

Em Mateus 23:23, o Senhor disse para os escribas e os

fariseus assim: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois

que dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e

Page 32: Alberto Ackilla Todo Dizimo e Uma Oferta

desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a

fé; deveis, porém, fazer essas coisas e não omitir aquelas”

(ênfase do autor).

Quando Cristo falou para não omitir o mandamento do

dízimo de três plantas, ele estava lidando com as classes mais

religiosas dos judeus e explicando que a lei de Moisés devia ser

cumprida por completo. Como eram doutores da lei, não

deviam obedecer-lha parcialmente (Lc 5:17). Curioso é que a

Graça de Deus ainda não tinha se manifestado. Enquanto ela

não vinha, Jesus cumpria a lei e também fazia outros

cumprirem-na. Isso é percebido melhor na ocasião em que Ele

curou um homem e o mandou que se apresentasse ao sacerdote

com a oferta da purificação (Lc 5:12-14). Vemos nesse

incidente uma ordem intrinsecamente mosaica.

O dízimo referido acima tem o seu valor, a sua

importância para a época anterior ao da Graça. Jesus não taxou

um valor exato para os cristãos ofertarem na igreja. Uma vez,

certa viúva ofertou no templo duas pequenas moedas.

Observada pelo Mestre, Ele falou para os Seus discípulos: “Em

verdade vos digo que esta pobre viúva depositou mais do que

todos os que depositaram na arca do tesouro” (Mc 12:43). Aqui

está o verdadeiro valor que o dízimo abrange: a fé. Na história

dessa mulher é recordado que foram homens ricos os

responsáveis pela soma alta da caixa de ofertas. Quem sabe, o

valor que ofertavam era apenas dez por cento de tudo que

recebiam. Talvez, era isso que sobrava dos seus gastos. Mas,

para Deus, o que vale não é o valor financeiro. Ele não está Se

importando com a quantia, e sim com a fé. A fé atribui valor à

sua oferta. Por isso, dízimo é oferta e não um tributo. Quando

Abraão ofertou o dízimo de tudo, ele ofertou conforme o que o

Page 33: Alberto Ackilla Todo Dizimo e Uma Oferta

seu coração mandava dar. Não há menção de Deus nem do

sacerdote fixando uma porcentagem para aquela oferta (Gn

14:20). Fomos ensinados de uma forma errada e acredito que

quando se fala em dízimo e oferta como contribuições distintas,

há uma ignorância do que está escrito nas páginas do Novo

Testamento. Entenda que todo o dinheiro que você der na

igreja, para o Senhor será uma só oferta. Ele não fará nenhuma

separação caso você se comprometa em dar o dízimo e algo a

mais, pensando que apenas este último é oferta.

Agora, visto que o dízimo cristão não tem valor

exclusivo, precisamos fazer da mesma forma que aquela mulher

fez, dando todo o seu sustento? (Mc 12:44). Se você tiver a

mesma fé que ela teve, vá em frente. Se não tem, não se

arrisque, pois sem fé é impossível agradar a Deus (Hb 11:6).

Assim, o valor da sua oferta é você quem decide. O apóstolo

Paulo nos explana:

“Cada um contribua segundo propôs no seu coração” (2ª Co

9:7a, ênfase do autor).

Portanto, contribua em harmonia com a sua fé.

Page 34: Alberto Ackilla Todo Dizimo e Uma Oferta

A Ceifa

Quanto custa o Dízimo de Deus?

“Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho” (Jo

3:16a, ênfase do autor).

Toda a riqueza mundial não é suficiente para ser avaliada

em 0,1% do Senhor Jesus, pois o Filho de Deus é a Oferta do

nosso Pai para a igreja, uma Oferta que paga o preço da

redenção da humanidade (Sl 49:6-8; 1ª Tm 2:6). Glória a Deus

por Ele ter nos amado sem limites!

Esta gloriosa Dádiva nos mostra que a revelação máxima

do Antigo e Novo Testamentos paira sobre Jesus. Ele é a razão

da salvação existir. Por meio dEle foi reconciliado Consigo

mesmo todas as coisas (Cl 1:20). E, assim como o Cristo é a

Oferta do Criador, o Rei dos reis também é a Sua Semente. Em

1ª Jo 3:9 diz:

“Qualquer que é nascido de Deus não vive na prática do

pecado; porque a sua semente permanece nele; e não pode

viver pecando, porque é nascido de Deus” (ênfase do autor).

O trecho realçado se refere ao Verbo Divino, pois só

nEle alguém será “justo” (Lc 8:11; Jo 1:1; 1ª Jo 1:1; Rm 5:19;

2ª Co 5:21). Agora, como o Dízimo do Pai para nós é uma

Page 35: Alberto Ackilla Todo Dizimo e Uma Oferta

Semente, o nosso dízimo para Deus também o é. Antes de

Paulo falar sobre o ato de contribuir, ele disse:

“E digo isto: Que o que semeia pouco pouco também ceifará; e

o que semeia em abundância em abundância também ceifará”

(2ª Co 9:6).

Semear pouco ou muito diz respeito à ofertas. Mas, o que

são esses dois modos de lançar? Vou te responder de um jeito

diferente. Há segredos escondidos nesse versículo que somente

uma minoria percebe. A maioria supõe que o apóstolo está

fazendo alusão a valores indiscutíveis; no entanto, a sabedoria

infinita de Deus pode nos maravilhar outra vez. Analisando a

contextura descrita (9:6,7), descobrimos que o pouco está

igualmente relacionado à tristeza ou necessidade. Deste modo,

se alguém semeia com tristeza, está dando sem vontade. Se

semeia por necessidade, está dando por ganância. Deus abençoa

os que agem dessa forma? Sim. A Palavra afirma: “pouco

também ceifará”. Ceifar pouco equivale a ajuntar tesouros na

terra (Mt 6:19). É ser próspero pela conta bancária sem se

importar com a valorização da alma. É ser como a igreja de

Laodiceia que se enriqueceu, porém se tornou morna, tão tépida

que o Senhor disse que a vomitaria (Apc 3:16,17). Para os tais,

Deus aconselha que ouçam o Seu Espírito enquanto é tempo

(Apc 3:22). Logo, quem plantar pouquissimamente acabará se

corrompendo (Gl 6:8a).

Por outro lado, semear em abundância é dar estando

alegre no Espírito (Rm 14:17b; At 13:52), pois mesmo que

alguém ofertasse a sua riqueza inteira para Deus, isso não seria

muito para Ele, não é verdade? Portanto, o que faz Deus

Page 36: Alberto Ackilla Todo Dizimo e Uma Oferta

considerar alguém como dando muito é por fazê-lo no Espírito

(Lc 1:41,44). O Espírito Santo é “muito” para Deus porque é o

Seu próprio Espírito (Jo 7:38,39). Como está revelado: “Eu vim

para que tenham vida e a tenham com abundância (Jo 10:10b,

ênfase do autor). A Vida abundante demonstrada é, com

certeza, o Espírito (Rm 8:2; Jo 6:63, verifique as duas

referências). Ainda em 1ª Coríntios 2:10b é mostrado que: “o

Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de

Deus” (ênfase do autor). Então, é Ele Quem Se encarrega de

levar o presente, embrulhado com alegria, ao profundo coração

do Senhor. Essa sim é a copiosa semeadura que ocorre no

mundo espiritual.

Quanto à colheita, admito que fiquei surpreso por saber o

que a verdadeira fartura denota: o ajuntamento de tesouros no

Céu (Mt 6:20). Em Mateus 19:21,29 podemos observar que

uma dessas preciosidades unitivas condiz com a herança dos

santos na luz (Cl 1:12). Aqui está o maior objetivo de Deus ao

nos ensinar o porquê da oferta nas igrejas. Por isso, o meu

propósito ao te encontrar através das palavras é torcer para que

você sempre oferte abundantemente: “o que semeia no Espírito

do Espírito ceifará a vida eterna” (Gl 6:8b, ênfase do autor).

Amém? Espero que essas descobertas o tenham ajudado a

entender a melhor e maior bênção que o dízimo/oferta dados da

maneira certa pode lhe proporcionar. Doravante, vou continuar

a minha história por onde parei.

Page 37: Alberto Ackilla Todo Dizimo e Uma Oferta

Capítulo 4

PLANO ORIGINAL

Doze de Abril de 2012. Com uma voz firme, eu disse a

um dos meus superiores:

- Bom Dia. Vim pedir as minhas contas!

Depois de uma conversa explicando o motivo da minha

desistência, recebi o que eu tinha de direito e fui embora.

Estava decidido, queria seguir o meu sonho. Mas, o que não

ponderava era que Quem primeiramente nos abençoa com um

trabalho é Deus. É Ele Quem dá oportunidades para

desenvolvermos a vocação que existe dentro de nós. Por isso,

além de sermos avaliados pela empresa à qual trabalhamos, ou

pelos clientes financeiramente, caso sejamos empresários,

existe outra prova mais importante: a avaliação de Deus.

Jeová, ao apresentar para Adão a vida que ele viveria no

mundo após a queda, disse: “No suor do teu rosto, comerás o

teu pão, até que te tornes à terra” (Gn 3:19a). Era como se o

Criador falasse para o homem: “Trabalhe até quando eu não

quiser mais”. Assim, Quem nos privilegia com um emprego é

Deus e Ele não Se alegra com quem não quer trabalhar (1ª Co

3:8). Infelizmente, fiz o que não devia. Mal sabia eu que o Todo

Poderoso estava me avaliando.

Page 38: Alberto Ackilla Todo Dizimo e Uma Oferta

Quem sabe o seu emprego não é aquele dos sonhos, mas

é o que você possui. Talvez sendo incômodo, eu digo: é o

emprego que Deus te deu. O Senhor não é injusto. Ele oferece

segundo a nossa instrução o que merecemos. Quanto mais

estudarmos, melhores cargos nós alcançaremos. Contudo,

entenda: através do seu emprego, Deus está te avaliando. Em

razão da minha ignorância, passei quatro meses sem trabalhar.

Melhor dizendo, desperdicei dois bimestres de serviço.

Quando tomei essa iniciativa de deixar o meu sustento,

fui morar com o meu pai. Fazia dois meses que eu tinha saído

de sua casa e estava dividindo um aluguel com um colega. Mas,

como me demiti, voltei para lá. A razão dessa voluntária

demissão era porque eu queria ter mais tempo para estudar a

fim de ser aprovado no vestibular da Universidade de Brasília.

O meu sonho era fazer um curso superior de Música na área de

ritmo, pois sou baterista. Assim, imaturamente tentei realizar o

meu desejo. O resultado foi que não consegui nada porque nem

inscrição eu fiz. Por ser um jovem inexperiente em

planejamento, desisti por um momento da arte e fui procurar

uma ocupação.

O interessante na minha vida era que tudo o que eu

tentava fazer, não prosseguia. Foram cursos profissionalizantes,

serviços e até a tentativa de viver independente da minha

família. Talvez eu tenha aprendido isso com o meu pai Carlos

Alberto. Da minha infância até a adolescência nunca o tinha

visto trabalhar de carteira assinada em alguma empresa. Tenho

uma irmã especial e era da aposentadoria dela que mantínhamos

o sustento. Durante este tempo não pagávamos aluguel porque

morávamos de favor na casa dos nossos familiares. Às vezes,

Carlos fazia uns pequenos serviços, mas não o presenciei

Page 39: Alberto Ackilla Todo Dizimo e Uma Oferta

trabalhar constantemente, tirar férias, receber o décimo terceiro

salário ou ser promovido. Apesar disso, não tenho razão para

culpá-lo por não me dar um exemplo de alguém persistente e

contínuo no trabalho. Ele ficou viúvo depois de sete anos

casados e não recebeu ajuda dos mais próximos para cuidar de

suas três crianças. Por causa dessa dificuldade, fui criado por

um homem que se dividia entre ser pai e mãe simultaneamente.

Quiçá por isso eu tenha me tornado um jovem profissional

inconstante. Mas, graças a Deus, eu não seria desse jeito a vida

toda.

Acredito que a maturidade chega a épocas diferentes e

não ao mesmo tempo para todas as pessoas. Algumas

amadurecem cedo, acordam cedo, se esforçam muito, lutam e

conseguem alcançar os seus objetivos mais cedo que outras.

Esses outros como eu, despertam num dia e pensa: “Eu preciso

mudar”. E foi dessa forma que aconteceu.

Primeiro Salário

Certo dia, acordei disposto a ir à agência do trabalhador.

Como não tinha dinheiro nem para a passagem do transporte

público, caminhei por uma hora até àquele local. Sentia-me

empolgado, pois chegara o momento de mostrar para todos da

minha família que eu já era maduro e ia lutar por mim a partir

daquele dia. Ao entrar, peguei uma senha. Aguardei um pouco e

Page 40: Alberto Ackilla Todo Dizimo e Uma Oferta

fui atendido. Nesse momento, o meu íntimo se alegrou. Eu

tinha certeza que iria sair dali com uma carta de apresentação.

Saí com a carta, apesar de o emprego ali disponível não ser o

que eu queria. A entrevista estava marcada. Posso dizer que as

minhas orações e a fé depositada nelas começaram a surtir

efeito.

Existe uma diferença quando nós queremos algo e

quando Deus quer algo para os Seus filhos. Se você acredita em

sorte, eu acredito que vivo o que o Pai quer para mim. Isso

intrinsecamente implica em ser-Lhe obediente. Naquela tarde,

Ele tocava no meu coração e dizia: “Vá meu filho que tenho um

emprego para ti”. Sei que poucos se alegrariam com um salário

de R$ 700,00 no ano de 2012. Mas, comigo não faltava sorrisos

porque sei que Deus sabe o que faz e me guiava dentro dos

Seus planos.

A primeira entrevista foi tranquila. Estava concorrendo a

uma vaga de operador de caixa em um Supermercado.

Precisaria passar por mais uma entrevista e pronto: teria o

emprego. Bastava uma ligação e o jovem aqui se apresentava.

Convicto da minha iminente admissão, não esperei me ligarem

para providenciar a documentação necessária. Entretanto,

depois que se passaram três semanas, a euforia diminuiu. Um

pouco duvidoso, liguei para saber se desistiram de mim. Após a

ligação, um grande alívio. Esperei mais uma semana e fui

entrevistado.

Gostaria de te fazer uma pergunta. Se você fosse meu

entrevistador e na conversa descobrisse que trabalhei em três

empresas, com uma permanência de seis meses na primeira, dez

Page 41: Alberto Ackilla Todo Dizimo e Uma Oferta

dias na segunda, quatro meses na última e em todas soubesses

que eu tinha pedido as contas, você confiaria a mim algum

emprego? É claro que não! Nem eu me daria. Mas, pela mão de

Deus estendida na minha direção, o funcionário passageiro aqui

conseguiu.

Após a conferência da minha documentação, recebi o

uniforme, a passagem e, alguns dias depois, o crachá. O local

era na Asa Norte em Brasília e eu gastaria por dia duas horas

em média andando de ônibus para chegar lá e voltar para casa.

Agora, eu era mais um na lista dos empregados. Para minha

surpresa, não iria operar em um caixa, porém repondo

mercadorias. Entrava 13h 40 min e saía às 22h 00 min. As

folgas eram uma vez por semana alternando entre um dia

semanal e um domingo.

No começo, eu cuidava da seção dos cereais e dos

farináceos. O único detalhe que me atrapalhava nesse serviço

era o peso, pois pegar nas costas fardos de arroz e de feijão

exige muito esforço físico. Como sempre fui alto e magro,

imagine o meu sofrimento. Mas, eu não tinha do que reclamar;

estava no lugar certo trilhando um caminho orientado por Deus.

Por eu ter conseguido este emprego, fiz um propósito

inusitado com Jesus. Para que você possa me entender melhor,

minhas crenças sobre o dízimo eram baseadas num valor

específico, os dez por cento. Como o assunto já foi explicado

no capítulo 3, não quero que pense que eu sempre soube disso.

Todas as revelações vistas até o momento são tão novas para

mim como para o leitor. Assim, durante muitos anos a minha

vida de contribuição se restringiu ao dízimo no seu significado

Page 42: Alberto Ackilla Todo Dizimo e Uma Oferta

literal. Explicando o propósito, eu me prontifiquei a dar todo

mês para a igreja dez por cento da minha renda mais um

percentual como “oferta” a partir do segundo salário. No

segundo, esse percentual seria de dez por cento. No terceiro,

vinte por cento e o meu objetivo era crescê-lo até chegar a cem

por cento. Por que queria agir dessa forma? Eu senti no meu

coração uma necessidade de viver pela fé e iria experimentar

esta vida através da minha renda também. Parece loucura,

contudo esse foi o meu plano original.

Depois de duas semanas trabalhando, recebi o tão

esperado primeiro salário. A quantia? Um líquido de R$ 327,00.

Tirei o dízimo do valor total do meu contracheque e ofertei-o na

igreja. A minha alegria ao dar aquele pequeno valor foi grande

porque era o primeiro degrau que eu tinha alcançado do

propósito em acordo. Fiz este plano e comecei a cumpri-lo no

mês de Setembro. Passado mais duas semanas, surgiu uma vaga

no período da manhã e o encarregado da nossa equipe de

repositores me escolheu no lugar dos outros para assumi-la. Por

isso, fiquei apenas um mês no turno da tarde. Pela manhã,

entrava 08h 00 min e saía 16h 20 min. Já não mais precisava

repor a seção dos cereais; fiquei responsável pelos produtos de

limpeza. Os fardos foram trocados por caixas mais leves e eu

não chegava tão tarde em casa. Fui abençoado por Deus e

acredito que, se o propósito não fosse iniciado, essa

oportunidade não teria me alcançado.

Page 43: Alberto Ackilla Todo Dizimo e Uma Oferta

Duplo Sacrifício

O meu segundo salário foi proporcional a um mês

trabalhado. Com o dinheiro, a primeira coisa que fiz foi separar

uma parte e deixá-la no banco, pois era destinado à igreja. Em

um dia de domingo, o dia de cumprir com a promessa, fui numa

agência bancária com o objetivo de sacar R$ 170,00. Eu

guardava no bolso R$ 30,00. O meu acordo com Deus naquele

mês era de R$ 200,00. O motivo de ser esse o valor é porque eu

também tirava um percentual das passagens por acreditar que

não me faria falta. Eu estava errado: fez muita falta. Mas,

felizmente, entendi depois que o dinheiro do transporte não faz

parte do salário. Enfim, agi na ignorância.

Quando cheguei à instituição financeira, fiquei surpreso.

Somente havia dinheiro em um caixa e, ainda assim com notas

de R$ 2,00. Pensei: “Graças a Deus, vou sacar mesmo que

sejam 85 notas”. Enfrentei a fila, só sairia dali com o dinheiro.

Chegada a minha vez, inseri o cartão no leitor. Uma mensagem

de erro apareceu na tela informando que não foi reconhecido.

Como isso é normal ocorrer, retirei-o e repeti a operação. O que

não esperava era fazer aquilo várias vezes até me ver

preocupado com essa situação. Cogitei em outra agência, mas

aquela era a única da cidade. Sem entender, deixei o teimoso

caixa e fui pensar em alguma solução.

Para mim, fazer uma promessa a Deus é algo

extremamente sério. Prometi que ofertaria tanto na igreja e,

naquele momento, me senti culpado por não prover a oferenda

Page 44: Alberto Ackilla Todo Dizimo e Uma Oferta

antecipadamente. Dá-la em outro dia seria uma possibilidade,

entretanto a minha promessa poderia não ser cumprida.

Acreditei nisso, pois o Diabo e os seus anjos trabalham contra

os fiéis a Deus. Ele faria de tudo para que eu gastasse o dinheiro

reservado. Assim, hesitante, voltei à boca do caixa e fiz a última

tentativa. Adivinha! Exatamente, quase quebrei o inútil cartão.

Frustrado, não tive outra alternativa a não ser sair de lá e

caminhar.

Alguns minutos se passaram. Pensamentos de como

arranjar dinheiro emprestado instantaneamente me

perturbavam. De repente, veio-me uma ideia; mas eu precisava

de coragem para pô-la em ação. Bastava eu procurar um

comércio aberto e pedir ao dono, como favor, uma troca que

seria feita através duma transação bancária. Eu passaria o valor

preciso para a conta dele, via cartão de débito, e o pegaria de

volta em dinheiro. Ao menos não me custaria tentar. Logo, vi

uma loja próxima e conversei com a responsável, porém ela se

recusou a me ajudar. Agradeci-lhe e encontrei outra, mas, da

mesma forma, não houve interesse. Nesse momento, me deu

uma vontade de desistir. Quem é que gosta de ouvir vários

“não”? Nem eu. Segui em frente e percebi um bar aberto. Passei

direto porque a minha antiga religiosidade me proibia de entrar

num ambiente desses. E, se alguém me visse ali? “Não vou me

arriscar assim”, pensei. Além disso, acreditava que o dinheiro

de um bar não serviria para um propósito como o meu. Acharia

que Deus me reprovaria por tal atitude. No entanto, algo me fez

parar e voltar para frente daquele estabelecimento. Por um

momento, esqueci de levar comigo a capa da religião.

Ao entrar ali, esperei o atendente. Ele falou comigo e

após ter ouvido a minha explicação, pediu-me para aguardar.

Page 45: Alberto Ackilla Todo Dizimo e Uma Oferta

Depois de atender vários clientes, disse-me que faria o serviço,

contudo cobraria dez por cento do valor que eu precisava. A

princípio, iria recusar essa proposta. “Eu apenas queria um

favor e o sujeito viu uma oportunidade de lucrar comigo!”.

Contudo, uma voz soou no meu coração dizendo: “Você não

está perdendo, mas ganhando”. Por isso, concordei em pagá-lo.

Um detalhe: o meu cartão foi reconhecido.

Ao deixar o local, antes marginalizado por mim, eu

estava admirado, confiante e convicto de uma missão prestes a

ser finalizada. Cheguei à igreja, ofertei aquele duplo sacrifício e

me alegrei. Digo “duplo”, pois era a primeira vez na minha vida

que eu dava R$ 200,00 para a igreja, ou melhor, R$ 217,00.

Feito isso, eu esperava alguma bênção da parte de Deus. Quem

sabe um milagre financeiro! Agi por fé. Sei que o meu Pai iria

me abençoar. Contudo, a semana seguinte subtraiu o meu

entusiasmo.

Page 46: Alberto Ackilla Todo Dizimo e Uma Oferta

Capítulo 5

DESAFIOS À VISTA

O meu trabalho não era muito divertido. Um mês e meio

já tinham se passado desde a minha admissão e eu estava lá

repondo mercadorias. Algumas amizades começaram a ser

cultivadas entre os corredores, mas sempre fui reservado. Por

isso, conversava pouco com os colegas.

A experiência de trabalhar em um supermercado me

trouxe alguns conhecimentos sobre como funciona este

negócio. Existe uma hierarquia na operação dos serviços da

loja. Eu era repositor, acima de mim vinha o segundo

encarregado, acima dele, o encarregado principal, acima do

principal, o gerente, acima desse, o gerente geral e, finalmente,

acima do gerente, o dono da empresa. Como a loja que eu

trabalhava era a sede, também se encontrava ali o Departamento

de Pessoal, o Departamento de Informática e o Departamento

Comercial, pela qual eram negociados e comprados todos os

produtos dessa rede de supermercados. Era uma loja grande

com uma média de duzentos funcionários. O quadro chegava a

esse número devido à loja funcionar vinte e quatro horas por

dia.

A parte operacional se dividia em seções como:

Mercearia, PAS (Produtos de Alto Serviço), Salsicharia,

Açougue e Peixaria, FLV (Frutas, Legumes e Verduras),

Page 47: Alberto Ackilla Todo Dizimo e Uma Oferta

Padaria e para fiscalizar todas essas, a Prevenção de Perdas.

Havia a possibilidade de um repositor ir para outra seção caso

fosse necessário. Essa necessidade surgia pela vontade de

algum encarregado. Ele podia escolher qual funcionário queria.

Se o encarregado do tal desejado o liberasse, a mudança de

equipe era certa.

Quando dei a minha segunda oferta para a igreja, o

encarregado simultâneo das seções PAS/Padaria me procurou.

Os funcionários da primeira seção eram responsáveis pelos

produtos refrigerados e congelados como iogurtes em geral e

pizzas, e também de manipulação de queijos e presuntos. O que

me procurara me fez uma proposta para eu ficar responsável

pelo abastecimento dos iogurtes. Ainda me disse que ganharia

um uniforme branco e que os seus liderados não trabalhavam

tanto como os da Mercearia, minha seção. Para quem repunha

produtos químicos, a proposta dele não era ruim. Porém, o meu

salário continuaria o mesmo. Devido a não ter a garantia de um

ganho maior, eu recusei esta oportunidade e agradeci pelo

interesse do meu serviço.

Embora me ocorresse isso, eu não entendia até então que

Deus estava por trás do interesse daquele líder. Eu ficava me

perguntando por que o tempo passava e eu não era abençoado.

Infelizmente, naquele momento, não vi o agir do Pai bem

exposto na minha frente. O encarregado interessado ficou um

pouco desanimado, mas esse desânimo não duraria muito

tempo. Assim, continuei trabalhando na mesma função.

Page 48: Alberto Ackilla Todo Dizimo e Uma Oferta

Nova Despesa

Como eu disse antes, morei de aluguel dois meses, mas

voltei para a casa do meu pai. Nessa casa éramos em seis

pessoas: eu, duas irmãs, Carlos e a recente esposa com sua

filha. Morávamos em um sobrado que continha apenas dois

quartos. Por não dispor de um espaço adequado para dormir, eu

me acomodava na sala.

Após quinze anos viúvo, Carlos se casou com Anisabela.

Duas famílias diferentes se uniram tendo um grande desafio de

compartilharem a mesma convivência. A adaptação desse

convívio foi difícil para todos, porém a minha se tornou

efêmera. Como conviver com uma mulher que não te criou?

Como aceitar alguém que tenta substituir o lugar de sua mãe?

Isso é difícil e se torna ainda mais quando se perde a mãe com

cinco anos de idade; eu me encontrava nessa situação. Eu sei

que tudo que acontece tem um propósito. O meu pai se casou

novamente e sempre desejei a sua felicidade. Contudo, eu não

imaginava que um dia conflitos apareceriam por causa desse

casamento.

Quando fui dividir o mesmo espaço com os recém

casados, Anisabela me recebeu muito bem. Entretanto, alguns

meses depois, eu me desentendi com ela. Na mesma hora,

fiquei decidido que ia morar sozinho e não voltaria atrás. Se eu

tivesse condição financeira, teria me mudado na mesma semana

que ocorreu a tal desavença. Porém, esperei um mês para

planejar melhor essa mudança. Após receber meu próximo

Page 49: Alberto Ackilla Todo Dizimo e Uma Oferta

salário, procurei um canto para eu morar. Logo, consegui uma

residência. O local era simples e fazia vizinhança com duas

outras casas no mesmo lote. Continha dois cômodos mais o

banheiro. Era perfeito para quem queria começar uma nova

história e recebia um salário bruto de R$ 700,00; o valor mensal

era R$ 290,00 sem as despesas de água e energia. Assim, no

mês de Novembro de 2012 eu me mudei.

Foi arriscado o que fiz, pois eu ainda estava em período

de experiência no trabalho e tinha que cumprir pelos próximos

meses o prometido. No entanto, dentro de mim pulsava uma fé

nunca sentida antes. Acreditei que Deus ia suprir as minhas

necessidades mesmo que eu ficasse sem dinheiro. Aliás, o meu

pagamento líquido daquele mês foi em torno de R$ 600,00.

Desse montante, 80% ficaram comprometidos devido à nova

despesa e a oferta. Devo confessar que não foi fácil ofertar.

Entrementes, a minha palavra cumpriu o seu propósito mais

uma vez.

Como eu abri mão de quase todo o meu salário e a

empresa à qual trabalhava oferecia lanche/almoço aos

funcionários da manhã e janta aos da tarde, comecei a jantar por

ali. A janta era servida das 16hs às 18hs. Após o meu

expediente, eu ia para o refeitório e garantia o sustento corporal

das próximas horas. Dessa forma, eu não sentia tanta fome ao

anoitecer. Com o pouco dinheiro que restava, eu comprava

biscoitos recheados por serem baratos. Foi a época que eu mais

comi esses biscoitos em toda a minha vida. É claro que não

comprava só biscoito. O necessário para a higiene do corpo e a

limpeza da casa, produtos básicos, também eram garantidos.

Page 50: Alberto Ackilla Todo Dizimo e Uma Oferta

Apesar de eu iniciar minha independência de um jeito

limitado financeiramente, eu gostava daquilo. Agora, tinha a

chave da minha casa e amava falar para os colegas de trabalho

que morava sozinho. Sozinho mesmo, pois eu senti na pele o

que é solidão.

Aonde fui morar era longe da casa do meu pai. Um

bairro distante chamado Arapoanga. Essa distância nos afastou

bastante por um tempo. Embora longe, eu quis morar nesse

lugar porque um tio meu o qual eu gostava muito vivia ali.

Precisava andar apenas uns minutos para chegar à sua casa. Ele

também morava só, mas, infelizmente, ele era alcoólatra. Por

ser dependente químico e entender que ele era bastante

solitário, quis morar perto dele para visitá-lo mais vezes. De

alguma forma, eu acreditava que iria ajudá-lo a sair daquele

vício. Apesar da intenção, não o visitava com frequência. Eu

saía tarde do serviço e chegava cansado em casa. Muitas vezes,

ao chegar, o meu pensamento ansiava o sono. Por isso, o meu

tempo se esvaziava em trabalho e descanso.

Oportunidade

Novembro de 2012 foi um mês apertado para mim.

Oferta e aluguel juntos quase consumiram toda minha renda.

Pelo menos no trabalho algo aconteceu. O encarregado que me

procurara antes me procurou de novo. Ele era um cara

Page 51: Alberto Ackilla Todo Dizimo e Uma Oferta

insistente. Naquele instante, disse-me que surgiu uma vaga de

padeiro. Eu treinaria durante um mês e aprenderia a fazer pão

sendo que essa seria a minha principal função. Trabalharia

menos e ganharia um pouco mais. Como era urgente, ele me

deu somente um dia para dar a resposta. No outro dia me decidi.

Ao me procurar, conversei e expliquei que eu não me via como

padeiro. Receber mais seria bom, mas não queria esse ofício.

Ele entendeu e deu a vaga para outro funcionário. Realmente,

fazer pão não é um serviço que eu tenha interesse. Assim,

continuei repondo as mesmas prateleiras. E continuei a

perguntar para Deus se Ele não ia me abençoar; Deus

graciosamente não me respondeu uma só vez.

Passado umas três semanas, esse mesmo encarregado

queria falar comigo outra vez. Deveras, ele não tinha desistido

de mim. Conversou comigo e me pediu que eu assumisse a vaga

de líder da seção PAS. A empresa tinha mudado a denominação

“segundo encarregado” para “líder de seção”. O funcionário

que ocupava essa vaga estava de mudança para outra loja. Ele

disse que na equipe dele não tinha ninguém competente para

assumir a liderança e que sempre me observava. O que mais

chamou a atenção dele para me escolher foi o fato de nunca me

ver conversando durante o expediente. E o que mais me

chamou a atenção neste ensejo é que na antiga função de

segundo encarregado o salário era equiparado ao dos

repositores. A única vantagem adquirida era ter o direito de

folgar todos os domingos. Diferentemente, o líder receberia um

salário maior além das folgas dominicais. A função em si era a

mesma que o do encarregado. Eu e ele dirigiríamos a equipe

juntos.

Page 52: Alberto Ackilla Todo Dizimo e Uma Oferta

Eu não estava acreditando naquilo que me foi oferecido.

Numa empresa para se conseguir uma promoção é necessário

bastante esforço. Isso e mais um tempo suficiente para ser

avaliado. Essas duas características juntas favorecem a mente

com o conhecimento. Você precisa conhecer bem o seu

ambiente profissional. No meu caso, conhecer bem a seção,

todos os seus produtos, quais deles vendem mais, quais não

vendem, os problemas mais comuns, enfim, uma boa bagagem

que me faltava. Eu acabara de sair do período de experiência e

não tinha nenhum conhecimento daquele setor. Entretanto, eu

fui escolhido para liderar. Diante disso, aceitei o desafio e me

tornei o líder do PAS.

Deus usara aquele encarregado antes duas vezes, porém

eu não percebia que estava sendo atraído para a Sua bênção.

Deus me surpreendeu. Eu não sou melhor do que ninguém.

Todos somos iguais. Deus viu a minha fé e me honrou com uma

oportunidade almejada por muitos. Não estou falando de um

cargo de liderança na área do varejo. Enfatizo qualquer função

de chefia, pois o que muda entre as empresas são o ambiente e o

serviço prestado aos clientes. Quem não gostaria de ser

promovido? Porém, a despeito da minha promoção precoce,

atribuo a Deus esse milagre. Não sei se você irá receber a

mesma bênção que eu caso faça a mesma coisa que eu fiz. Eu

agi por fé e não esperava assumir a direção de uma equipe. Na

verdade, lembro-me que naquele mês eu tinha entregado um

currículo em outra empresa, pois alguns colegas me coagiram a

fazer assim. Eles me falaram que eu ganhava pouco e poderia

conseguir um emprego com salário melhor. Como Deus é

tremendo! Assim, Ele me deu aquela oportunidade e eu a

agarrei.

Page 53: Alberto Ackilla Todo Dizimo e Uma Oferta

Capítulo 6

AVENTURA DE FÉ

Um propósito feito com Deus deve ser cumprido mesmo

que isso exija de você um período de preparação. Eu havia feito

nos últimos meses de Outubro e Novembro de 2012 as minhas

maiores ofertas para uma igreja. No último mês daquele ano

deveria ofertar uma ainda maior. Seria 30% além do dízimo.

Porém, as minhas mãos não estavam preparadas para liberar

essa graça (2ª Co 9:8). Deus tocou no meu coração para eu não

me sacrificar nos próximos dois meses. Ele sabia que algo

poderia dar errado, pois uma oferta custosa precisa ser doada

sem arrependimento. Enquanto este tempo passasse, Deus iria

preparar o meu coração para as próximas oferendas. Por isso,

durante um bimestre respirei aliviado ofertando só o dízimo.

Algo que aprendi sacrificando os meus recursos é que

Mamom, um espírito maligno que age colocando amor pelo

dinheiro nas pessoas (Mt 6:24), não consegue ter êxito na vida

do fiel. Este é um dos motivos pelos quais vários cristãos não

prosperam. Eles estão servindo ao dinheiro e não a Deus.

Dinheiro é necessário, mas precisamos dominá-lo. Se não essas

simples folhas de papel se tornam o nosso senhor. Outro

aprendizado é que Deus te abençoa com aquilo que você tem. O

que você possui? É um emprego humilde? Então, através deste

emprego surgirão oportunidades melhores. Não saia do seu

emprego, a não ser que Deus lhe autorize a partida. É onde você

está que a bênção está. No meu caso, tinha entregado um

Page 54: Alberto Ackilla Todo Dizimo e Uma Oferta

currículo em um hotel e pensava que ia conseguir um emprego

lá, pois meus colegas me garantiram isso. Contudo, se eu

tivesse desistido do meu emprego de repositor de mercadorias,

não conseguiria a oportunidade de liderar e crescer

profissionalmente naquele ano.

Nesta ocasião, vou falar para quanto foi meu salário

depois de ser promovido. Após dois meses trabalhando no

supermercado, a categoria de repositores recebeu um aumento

de R$ 55,00 por motivo de dissídio coletivo. O aumento pela

promoção veio em Janeiro de 2013: meu salário foi para R$

910,00. Alguns leitores podem pensar que é pouco, no entanto

para quem começou a ver o resultado de sua fé surgindo, foi

excelente. Não vou entrar em detalhes do começo da minha

liderança porque precisei aprender com o tempo a ser um

exemplo digno de ser seguido. Apenas digo que as cobranças

aumentaram e muito. Felizmente, Deus sempre esteve comigo

me ajudando.

Dois meses se passaram. Para minha surpresa o meu

salário de R$ 910,00 foi para R$ 1.150,00. Era início de

Fevereiro justamente o mês que eu tinha que dar 40% da minha

renda. O motivo do aumento era por enquadramento. Essa

diferença exigiria de mim mais sacrifício. Vale lembrar aqui

que há três meses eu vinha morando de aluguel. Porém, eu

estava preparado para aquilo. Deste modo, Fevereiro foi mais

um mês apertado. Isso porque Março ainda não chegara. Logo,

foram dois meses de puro sacrifício financeiro.

Nesses dias, o que me sobrava do pagamento nem

sempre me garantia comida. Recordo que aos domingos eu

Page 55: Alberto Ackilla Todo Dizimo e Uma Oferta

cumpria um propósito de jejuar pela libertação do meu tio

alcoólatra. Num belo dia desses, quando terminei a oração, saí

de casa e fui a casa dele. Eu estava com muita fome e me

humilhei pedindo um prato de comida. Ele disse que não tinha

almoço, mas me ofereceu pão com salsicha e um suco. Até hoje

relembro o quanto aquela simples refeição estava gostosa. Foi

um dos melhores almoços da minha vida. Graças a Deus, pois

Ele sempre me sustentou.

Três Ofertas

Você já pode imaginar como foram os meus próximos

dias. Nos meses de Abril e Maio pude recuperar o fôlego das

minhas finanças. Uma vez ouvi uma explicação sobre oferta

que dizia que o nosso dinheiro é o nosso suor, o nosso sangue.

Realmente, eu ofertei bastante sangue do meu trabalho e agora

estava me restabelecendo, se bem que esses sessenta dias

passariam rápido. Logo, logo, eu estaria no altar com minha

oferta de 60%. Em seguida, 70% e pronto: eu teria atingido o

meu limite, o sacrifício máximo até aquele instante. Chegando

nesses dias fiz o que pude para não deixar de cumprir com

minha promessa. O que aconteceu? Não fui promovido de novo

nem ganhei aumento. Mas, perdi o meu tio alcoólatra para a

morte. Ele tinha cirrose. Diante disso, senti-me um pouco

culpado do seu óbito, pois eu tinha parado de jejuar por ele uns

dois meses antes.

Page 56: Alberto Ackilla Todo Dizimo e Uma Oferta

No bairro o qual morávamos não residia mais ninguém

dos nossos familiares. Como evangélico, aprendi a

responsabilidade que precisamos ter para com a salvação dos

entes queridos. Eu estava conseguindo cumprir um propósito

material, mas falhando no espiritual. Por causa disso e da culpa

sentida, eu não queria mais viver ali. Além do mais, a minha

oferta de Junho de 2013 me obrigou a pagar menos da metade

do aluguel à dona da casa. Eu conversei com ela e disse que no

próximo mês (Julho), eu dava o resto. Ela entendeu. Nesse

próximo mês eu tinha que ofertar 70% do meu salário e ainda

devia parte do aluguel passado. O que fazer? Cumpri o

propósito, porém saí do aluguel.

A morte do meu tio e a falta de dinheiro me fizeram me

humilhar e pedir moradia na casa de um amigo. Morei um mês

com ele. Depois, um mês com meu pai. Em Agosto, o meu pai

passou um lote comercial dele para o meu nome. Ele fez isso

porque o seu casamento não estava indo bem. Para não correr o

risco de ser vendido o tal lote, inacreditavelmente, ele e a sua

esposa assinaram em cartório um documento cedendo o direito

do terreno para mim. Eu entendi como profético essa cessão,

mas, por enquanto, só o tempo dirá. Em Setembro, eu tirei

férias do trabalho. Aproveitei e fui morar com a minha tia. Ela

foi minha segunda mãe quando eu era criança e sempre fui bem

vindo na sua casa. Após 120 dias morando com ela, eu me senti

preparado para dar à igreja a última e maior oferta do meu

propósito (eu não sabia que era a última).

Como trabalhador, nós não vemos a hora de receber o

décimo terceiro salário. Passamos 365 dias suando a camisa

para, em Dezembro, receber a recompensa. No último mês do

ano de 2013 eu ofertei para a Casa do Senhor 80% desse

Page 57: Alberto Ackilla Todo Dizimo e Uma Oferta

salário. Aparentemente, não aconteceu nada de novo no meu

serviço. Contudo, a cada dia que passava, eu me estressava cada

vez mais. Em Fevereiro de 2014, os líderes de seção receberam

um aumento de quase R$ 200,00 de gratificação, por sermos

nós os treinadores dos novos funcionários que entravam na

empresa; aquela loja administrava outras oito lojas. Apesar do

aumento, eu fui preenchido com um sentimento de insatisfação

pessoal. Eu queria crescer profissionalmente, entretanto fazendo

o que eu gosto, o que eu amo. São duas as áreas pelas quais eu

sou apaixonado: o conhecimento da Palavra de Deus e a

Música. Eu não estava satisfeito com o emprego que eu tinha.

Foi Deus Quem me deu, mas eu sentia que estava na hora de

sair e viver algo melhor. Nos meses de Fevereiro a Julho, eu

não tinha feito nenhuma oferta especial. Unicamente dava dez

por cento. Quando chegou Julho de 2014, eu tomei uma

decisão: iria tirar férias em Agosto e ia sair do supermercado.

O meu gerente não aceitou a ideia de eu tirar férias em

Agosto e tentou me desanimar dizendo que, diante da lei

brasileira (CLT), isso seria impossível. No entanto, Deus

estendeu a Sua mão na minha direção e, milagrosamente, eu

recebi as férias como planejado. Por que digo que foi um

milagre? Eu entrei naquela empresa no dia 14 de Agosto de

2012. Fiz um ano em Agosto de 2013 e dois anos em Agosto de

2014. Os primeiros trinta dias de repouso são concedidos após

doze meses trabalhados. Após este descanso, as próximas férias

virão depois de mais um ano trabalhado. Entretanto, eu não

tinha dois anos completos e gozei férias legalmente no mês de

Agosto de 2014 mesmo sem a autorização do meu gerente de

loja. Somente Deus faz isso. Glória a Ele!

Page 58: Alberto Ackilla Todo Dizimo e Uma Oferta

“SE DEUS PROMETEU O IMPOSSÍVEL PARA TI, ELE

TORNARÁ POSSÍVEL O CUMPRIMENTO DE SUA

PALAVRA. NÃO DUVIDES. ACREDITA!”

Page 59: Alberto Ackilla Todo Dizimo e Uma Oferta

A Provação

Havia cinco meses que eu tinha me mudado para a casa

das minhas irmãs Hanna e Thalita. A Thalita é por enquanto

uma pessoa que tem deficiência mental. Ficamos longe um do

outro por um tempo, contudo não existe nada melhor do que

viver com a família que Deus nos deu. Elas estavam morando

com o meu pai. Ele estava “separado” da sua esposa. Quando

esses dois se reconciliaram, eu fui morar com elas. Assim, nas

férias tive a oportunidade de viver mais próximo de minhas

irmãs.

E por falar em férias, a minha trégua foi inesquecível.

Descansei, relaxei a mente e me desestressei. Terminada essa

folgança, eu deveria voltar no dia 1° de Setembro. Orei a

respeito e Deus confirmou que eu não precisava mais daquele

serviço. Recentemente, tinha feito uma prova de concurso e

estava confiante na minha aprovação. Quando a classificação

saiu, levei um susto. Eu passei, passei bem longe de estar entre

os classificados. Assim, o mês de Setembro chegou, porém

confiei em Deus e, profissionalmente, permaneci em inércia.

Não sabia o que o meu Pai planejava para mim. Pensei que ia

receber uma ligação da empresa me informando a demissão

sem justa causa. Isso seria mais um milagre e até desejei

bastante isso; mas, a ligação não se tornou realidade. Os dias

foram passando até que o Senhor me disse que Ele estava me

provando. Essa notícia veio como um balde de água fria

molhando dentro da alma. Eu nunca acreditei em provação

financeira. Sempre pensei que os evangélicos que passavam por

Page 60: Alberto Ackilla Todo Dizimo e Uma Oferta

dificuldade material tinham algum problema com a fidelidade.

Mas eu era fiel. Por que isso tinha que acontecer? Como vou

pagar as minhas contas? Essas eram as perguntas que eu me

cansei de fazer.

Entretanto, Deus viu em mim uma fé grande em questões

materiais. Hoje, entendo o que Ele me pediu para realizar. Eu

não saí do emprego por sair. Eu obedeci ao Senhor. Ele estava

testando a minha fé. Ele queria mais e era como se me dissesse:

“Filho, eu sei que você pode ofertar mais do que o dinheiro.

Agora, oferte o seu trabalho e confie em mim”. Apenas a

experiência de passar por uma provação me revelou claramente

essa verdade. Ficar sem trabalhar não é a vontade de ninguém.

Ser dependente é uma situação que incomoda qualquer jovem.

Apesar de eu fazer a coisa certa, fiquei desesperado. Tinha

dívidas e sempre fui um bom pagador. Por que eu teria que

abrir mão do meu próprio nome sendo que Deus nos prometeu

uma vida financeira abundante (2ª Co 9:8)? Perguntas e mais

perguntas, questionamentos, murmurações e reclamações foram

as minhas conversas com o Senhor. Assim, os dias vinham e

sumiam do calendário, mas eu teimosamente continuava

argumentando com o meu Pai.

Alguns meses se passaram. Deus disse que queria que eu

orasse mais. A verdade é que eu estava orando pouco, no

máximo uns quinze minutos diários quando a prece estava boa.

Obedeci e comecei a orar. Também fiz um propósito de ler mais

a Bíblia. Eu lia somente um capítulo por dia. Essas tarefas

gradualmente foram me transformando. Eu já não era o mesmo

Alberto Áckilla, líder de seção estressado em um supermercado,

e sim um cristão que começou a amadurecer. Preciso dizer aqui

Page 61: Alberto Ackilla Todo Dizimo e Uma Oferta

que, quanto às minhas necessidades básicas, Deus me

sustentou. Glória ao Senhor!

Quando se passa por uma prova em que é necessário

sacrificar o “ganha pão”, você aprende a ser grato a Deus por

tudo, aprende a ajudar o próximo, e o melhor de tudo, você se

aproxima do seu Pai de uma forma nunca vista e nunca sentida.

Ganhar bem é ótimo, mas tudo pertence a Deus. O seu dinheiro

é dEle. É Ele Quem te abençoa. É Ele Quem te sustenta. É Ele

Quem te mantém no poder. Tudo é dEle. A glória é dEle. O

mundo é dEle. O universo é dEle. Seja grato ao Senhor por tudo

o que você tem, pois foi Ele Quem te deu. Não foi pelo seu

esforço que você conseguiu grandes vitórias, bens materiais e

sucesso. Foi Deus Quem resplandeceu o Seu rosto sobre ti e te

prosperou (1ª Tm 6:17).

Durante dois anos de serviço secular eu me ajudei, mas

não ajudei ninguém. Nós, cristãos, somos responsáveis pela

pregação do Evangelho de Jesus. Deus outorgou a nós uma obra

(Mt 28:19). Essa obra é muito séria. O apóstolo Paulo em sua

carta aos Coríntios disse: “AI DE MIM SE NÃO ANUNCIAR

O EVANGELHO” (1ª Co 9:16b, aqui tudo está em negrito

para destacar o quão circunspecta é a Missão). Ai de nós se

nossos parentes não ouvirem dos nossos lábios a Verdade. Por

isso, todos que servem a Deus têm um ministério. Deus

distribui dons para Seus filhos (1ª Co 12:8-11). Precisamos usar

os nossos talentos para a salvação, libertação e cura do mundo.

E é quando somos provados que esses talentos começam a ser

requeridos pelo Senhor. Ele quer desenvolver em nós aquilo

que preparou para cada um. Ele quer nos usar em Sua obra.

Page 62: Alberto Ackilla Todo Dizimo e Uma Oferta

Eu comecei a orar e ler a Bíblia de um jeito que nunca

imaginei. Hoje, tenho um ministério e sirvo a Deus

intercedendo pela libertação das pessoas ao meu redor e

ensinando os meus discípulos a Palavra de Jesus. Tenho visto

ótimos resultados e não me arrependo do que faço. Hoje,

sacrifico o meu tempo buscando a Deus, conhecendo a Ele

através da Sua Palavra e orando no Espírito. Esses momentos

têm sido os melhores do meu dia. Deus Pai tem Se revelado

para mim e isso me faz ser feliz. Hoje, não vivo sem a Presença

dEle e o que é muito bom saber é que o Senhor não Se esquece

da nossa obra e do nosso trabalho (Hb 6:10). Um dia, Ele irá

nos recompensar (Apc 2:26).

Sei que falar de ministério é extático. Porém, você deve

estar pensando que eu não trabalho mais. Pelo contrário, eu

trabalho. Deus me pediu para ofertar aquele cargo de líder

porque esse serviço estava me afastando dEle. A provação

também serve para afastar de você aquilo que está te afastando

do Pai. É uma decisão muito difícil deixar de trabalhar, mas se

foi Deus Quem mandou sair é porque Ele tem um ofício melhor

e que não te afasta de Jesus. Hoje, tenho a oportunidade de

trabalhar em um ofício que não suga tanto o meu tempo, durmo

bem, aproveito o dia e, claro, invisto na música que é uma das

minhas alegrias nessa vida. Se Deus te pedir para você ofertar o

seu trabalho, Ele não vai te deixar desempregado para sempre.

Lembro que eu fiquei nove meses sem dinheiro. Entretanto,

esse tempo foi necessário, pois aprendi a depender de Deus.

Entenda que o seu salário é dEle. Você trabalha, mas é Ele

Quem te sustenta. Os mais ricos do mundo são sustentados por

Deus, pois tudo é dEle. E quando Deus te abençoar com um

emprego melhor é porque Ele te aprovou.

Page 63: Alberto Ackilla Todo Dizimo e Uma Oferta

Finalmente, contar a você minha aventura de fé me fez

muitíssimo bem. Este pequeno livro nasceu um pouco depois de

eu ser mandado embora por justa causa da empresa varejista a

qual eu trabalhava. Eu não fui mais, as faltas se acumularam e,

quase um ano depois, reapareci por lá para dar baixa na minha

carteira de trabalho. Uns oito meses antes dessa reaparição, eu

tinha feito alguns rascunhos como de costume, curtas

mensagens que me vinham na mente ao ler a Palavra. Graças a

Deus, nenhum desses rabiscos veio parar aqui, pois não

formavam um texto coerente com as Santas Escrituras. Ainda

assim, essas minutas me levaram a buscar uma direção celeste

para saber se Deus queria que eu escrevesse uma obra.

Acreditei que viriam revelações sobre o dinheiro que eu nunca

percebia na Bíblia caso a resposta do Senhor fosse sim. Não

preciso falar mais nada, apenas agradeço de coração a todos que

se interessaram por ler “Todo Dízimo É Uma Oferta”. Que

Deus continue iluminando vocês. Um abraço.

Toda glória à

MAJESTADE, JESUS!

[E-mail do autor: [email protected]]

Page 64: Alberto Ackilla Todo Dizimo e Uma Oferta

EM BREVE...

23:23