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Elaborado em 01/2001. Página 1 de 1 Desativar Realce A A

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A insalubridade e os "álcalis cáusticos"Fernando dos Santos Wilges

É bastante comum, em laudos confeccionados na

Justiça do Trabalho, verificar-se conclusões periciais, quando o

assunto é o contato do trabalhador com produtos à base de

cloro (clorofina, alvex, etc.), saponáceos (sapólio, etc.),

hipoclorito e amoníacos, utilização de soda cáustica e

Detergente Amoniacal, que culminam na constatação de

condições insalubres de trabalho em grau médio, com apoio no

Anexo 13, da NR 15 da Portaria 3214/78 do Ministério do

Trabalho, que prevê o adicional de insalubridade em grau médio

para a fabricação e manuseio de álcalis cáusticos.

A CLT considera atividades insalubres as que por sua

natureza, condições ou métodos de trabalho exponham os

empregados a agentes nocivos à saúde acima dos limites de

tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente, e do tempo de exposição aos seus efeitos (artigo

189). É da competência do Ministério do Trabalho aprovar quadro de atividades e operações insalubres. O artigo 190

preceitua que o mesmo Ministério deve adotar normas sobre os critérios de caracterização de insalubridade, os limites de

tolerância aos agentes agressivos, meios de proteção e o tempo máximo de exposição do empregado a esses agentes.

De posse dessas informações, chega-se à conclusão de que o legislador delegou a competência ao Poder

Executivo (Ministério do Trabalho e da Administração) para aprovar o quadro das atividades e operações insalubres (artº

190, "caput", CLT). Assim, somente as atividades descritas no referido quadro podem ensejar o jus ao adicional, não

cabendo, inclusive, que se faça qualquer interpretação a respeito. Chega-se à conclusão, portanto, que as atividades não

arroladas nos quadros do Anexo da NR 15 não podem ser consideradas como insalubres.

Observe-se, nesse sentido, a seguinte jurisprudência, comprovante de que o Tribunal Superior do Trabalho já

apresenta Precedente Jurisprudencial da Seção de Dissídios Individuais (Enunciado 333):

"4. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE –

NECESSIDADE DE CLASSIFICAÇÃO DA ATIVIDADE

INSALUBRE NA RELAÇÃO OFICIAL ELABORADA

PELO MINISTÉRIO DO TRABALHO, NÃO BASTANTO

A CONSTATAÇÃO POR LAUDO PERICIAL – CLT art.

190 APLICÁVEL ". E-EE 43338/92, Ac. 1521/96, DJ

28.6.96, Min. Francisco Fausto, Decisão Unânime E-EE

1213/88, Ac. 2251/94, DJ 27.10.94, Min. Francisco

Fausto, Decisão por maioria E-EE 15118/90 Ac. 2324/93,

DJ 29.10.93 Min. Ney Doyle, Decisão por maioria.

Tendo-se tal orientação jurisprudencial em mãos,

note-se que o ANEXO 13 da NR 15, com todo o respeito

dos inúmeros profissionais da área, não caracteriza o

uso dos produtos acima arrolados como atividades

insalubres em grau médio.

Utilizo aqui as razões de estudo elaborado pelo

Engenheiro Gilberto Pons:

"Os produtos de limpeza empregados nas tarefas

de limpeza são sabão em barra ou líquido, álcool, água

sanitária, saponáceo e desinfetantes.

O álcool etílico é neutro, ou seja pH 7 e, a água

sanitária, cujo pH é 12 no estado puro, na condição de

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diluição empregada (proporção de 0,003%) fica,

igualmente, pH 7 (neutro).

Não existe alcalinidade nestas condições de

emprego de água sanitárias nas condições de diluição

empregado.

O saponáceo, que é empregado na remoção de

manchas em paredes, tampos de mesas e panelas, tem

pH de 10,5 em condição de diluição nágua. Sua forma de

aplicação é restrita à colocação do produto numa

extremidade do pano de limpeza ou sobre a superfície a

ser limpa e, com o pano, esfrega-se a área que se

deseja limpar. Assim, não existe o contato direto do

sapólio com as mãos. A verificação de alcalinidade

encontrada no emprego do saponáceo, colocando-se a

fita de medição entre a mão e o pano de limpeza

umedecido, foi de pH 8 (neutro), ou seja, não

encontramos alcalinidade.

Na situação de limpeza de pisos, onde é

empregado sabão líquido, em pó ou em barra, existe a

alcalinidade em torno de 10,5, ou seja, tais produtos são

elementos de baixa alcalinidade.

Para a alcalinidade encontrada, somente existe

risco de danos na hipótese destes produtos atingirem os

olhos, o que provocará ardência, como ocorre quando se

lava o cabelo e o shampoo atinge os olhos.

Cabe salientar que o termo alcalinidade refere-se

ao número de íons (OH) disponíveis para reação e,

causticidade é o fato relativo ao efeito causado pela

corrosão. Assim sendo, o termo álcali cáustico aplica-se

aos produtos que tem efeito imediato sobre a pele pelo

processo de corrosão, como é o caso do hidróxido de

amônia, hidróxido e óxido de cálcio, potássio, sódio,

peróxido e silicatos sódicos e fosfato trisódico em

soluções concentradas, onde o pH situa-se acima de 13.

A manipulação direta com estes produtos, sem

as medidas de proteção causam queimaduras

gelatinosas na pele. Apesar de denominar-se como

produtos alcalinos os elementos que tem pH superior a

8, não é correto rotular-se os mesmos como cáustico por

conter-se hidróxidos livres.

A título de exemplo, cabe relatar que a

Resolução nº 12 da Comissão Nacional de Normas e

Padrões para Alimentos – Ministério da Saúde, aprova

como norma técnica sobre águas de consumo alimentar

(água potável) à característica de faixa de tolerância

permitida entre 5 e 10 de pH. Assim, se uma água de

poço apresentar pH 10 é plenamente, pelos padrões de

potabilidade destinada ao consumo humano e,

evidentemente, não se trata de substância "cáustica",

termo restrito a indicar produtos que ocasionem "o que

queima" ou "que carboniza os tecidos".

Analogia similar deve ser efetuada para os produtos de limpeza em geral, assim como o sabão não provoca

queimaduras, não é correto classificá-lo como elemento álcalis cáustico.

Ressalte-se, ainda, que o hipoclorito de sódio (NaClO) é uma substância obtida pelo borbulhamento de Cloro em

solução de Hidróxido de Sódio, apresentando-se sob o aspecto de solução aquosa alcalina e integrando a composição

dos tradicionais produtos de limpeza doméstica vendidos nos supermercados.

Segundo informações do fabricante Carbocloro, seu pH varia entre 9 e 11, não se caracterizando, portando,

como um "álcalis cáustico". (in www.carbocloro.com.br/produtos/hipo.html, 14.09.1999).

Diante do exposto, não se pode considerar como gerador de insalubridade o trabalho de limpeza com o emprego

de clorofina, sapólio, ALVEX, hipoclorito de sódio e detergente amoniacal, pois não se tratam de produtos caracterizados

como "álcalis cáusticos". Corrobora com este entendimento, inclusive, as próprias donas de casa que, habitualmente,

fazem uso deste produtos sem que se tenha notícia dos efeitos danosos daí advindos.

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Dessa forma, chega-se à conclusão de que em inúmeros processos verificam-se condenações demasiadamente

benéficas aos trabalhadores, em detrimento da necessária observância ao sistema legal vigente.

Autor

Informações sobre o texto

Como citar este texto: NBR 6023:2002 ABNT

WILGES, Fernando dos Santos. A insalubridade e os "álcalis cáusticos". Jus Navigandi, Teresina, ano 6, n. 49, 1 fev.

2001. Disponível em: <http://jus.uol.com.br/revista/texto/1161>. Acesso em: 6 jun. 2011.

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