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RESUMO SOBRE AS DEFICIENCIAS
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UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ
COORDENAÇÃO DE PÓS – GRADUAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA
RESUMO SOBRE AS DEFICIÊNCIAS
ROSEMAR ARRAIS ALENCAR MENDES
FORTALEZA - CEARÁ
NOVEMBRO DE 2010
UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ
COORDENAÇÃO DE PÓS – GRADUAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA
RESUMO SOBRE AS DEFICIÊNCIAS
ROSEMAR ARRAIS ALENCAR MENDES
RESUMO SOBRE AS DEFICIÊNCIAS, APRESENTADO A PROFESSORA MARIA FLAVIA VIEIRA DA SILVA.
FORTALEZA - CEARÁ
NOVEMBRO DE 2010
ÍNDICE
1.0 DECLARAÇÃO DE SALAMANCA 03
2.0 DEFICIÊNCIA MENTAL 04
3.0 DEFICIÊNCIA VISUAL 07
4.0 DEFICIÊNCIA AUDITIVA 10
5.0 DEFICIÊCIA FÍSICA 12
6.0 CONDUTAS TÍPICAS 14
7.0 ALTAS HABILIDADES 15
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1.0 DECLARAÇÃO DE SALMANCA
Entre sete e dez de Junho de 1994, foi reafirmado o nosso compromisso para com a
Educação para Todos, reconhecendo a necessidade e urgência do providenciamento de
educação para as crianças, jovens e adultos com necessidades educacionais especiais dentro
do sistema regular e ensino e re-endossamos a Estrutura de Ação em Educação Especial, em
que, pelo espírito de cujas provisões e recomendações governo e organizações sejam guiados
“ ...
2º Acreditamos e Proclamamos que:
toda criança tem direito fundamental à educação, e deve ser dada a oportunidade de
atingir e manter o nível adequado de aprendizagem,
toda criança possui características, interesses, habilidades e necessidades de
aprendizagem que são únicas,
sistemas educacionais deveriam ser designados e programas educacionais deveriam
ser implementados no sentido de se levar em conta a vasta diversidade de tais
características e necessidades,
aqueles com necessidades educacionais especiais devem ter acesso à escola regular,
que deveria acomodá-los dentro de uma Pedagogia centrada na criança, capaz de
satisfazer a tais necessidades,
escolas regulares que possuam tal orientação inclusiva constituem os meios mais
eficazes de combater atitudes discriminatórias criando-se comunidades acolhedoras,
construindo uma sociedade inclusiva e alcançando educação para todos; além disso,
tais escolas provêem uma educação efetiva à maioria das crianças e aprimoram a
eficiência e, em última instância, o custo da eficácia de todo o sistema educacional”.
( Fonte: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/salamanca.pdf )
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2. DEFICIENCIA MENTAL
O conselho Diretor da AAMR (American Assocation for the Mentally Retarded) de
1992 conceitua o retardo mental da seguinte forma: “Retardo mental refere-se a limitações
substanciais do desenvolvimento atual, caracterizando-se por um funcionamento intelectual ,
significativamente abaixo da media, coexistindo com limitações relativas, a duas ou mais
áreas, das seguintes habilidades adaptativas: comunicação, auto-cuidado, habilidades sociais,
participação familiar e comunitária, autonomia, saúde e segurança, funcionalidade acadêmica,
lazer e trabalho, manifestando-se antes dos dezoito anos de idade”.
A partir deste conceito, a deficiência mental deixa de ser algo q a pessoa tem ou é, e
passa a ser entendida, como um modo particular de funcionamento, enfatizando a influência
do ambiente sobre este funcionamento. O retardo mental não é visto somente como um traço
absoluto, podendo ser expresso isoladamente pela pessoa, mas uma expressão do impacto
funcional da interação entre o sujeito e o meio. As limitações estão, portanto condicionadas às
exigências ambientais, que podem ser favoráveis ou não, ao: crescimento, desenvolvimento e
bem-estar da pessoa e a sua qualidade de vida. Imprimindo-se então, um caráter dinâmico à
deficiência, e conseqüentemente, uma concepção dialética em relação a este individuo.
Para os estudiosos da linha desenvolvimentista, existe uma similaridade básica entre o
desenvolvimento das crianças com deficiência mental e as ditas “normais”, estes estudiosos
consideram que a formação das estruturas de pensamento das crianças ditas com deficiência
metal, ocorre com base nos seguintes pressupostos: - os estágios cognitivos por que passam,
são os mesmos que os das outras crianças não portadores de deficiência; - existe uma estrutura
de inteligência, própria de cada nível de desenvolvimento, sendo essas estruturas, similares a
todas as crianças; - as estruturas intelectuais das crianças com retardo mental, respondem aos
fatores físicos e sociais por meio de padrões similares aos das similares aos das pessoas dita
“normais”. Desse modo, podemos afirmar que: as crianças com diferença mental obedecem a
uma seqüência similar de desenvolvimento, e têm uma estrutura similar de inteligência, e
reagem estruturalmente, de maneira similar, às influencias ambientais.
Essas afirmações ocorrem a partir de uma pesquisa de INHELDER (1943), que com
base nos estudos de Piaget, e após examinar 150 casos de pessoas com retardo mental, conclui
que os estágios observados nas pessoas ditas “normais”, com à resolução de tarefas
operatórias foram verificados com impressionante regularidade nas pessoas com retardo
6
mental. Inhelder nos ensinou que as pessoas são capazes de atingir ao pensamento lógico
formal, e que exigem esquema hipotético-dedutivo do raciocínio, ela considera que as pessoas
com retardo mental, possuem uma “construção operatória inacabada”. A pesquisadora
verificou que enquanto existe uma aceleração progressiva do desenvolvimento, causada por
uma mobilidade, crescente do pensamento na criança dita “normal”, já que nas crianças com
retardo mental ocorre uma lentidão gradual, a que denominou de “viscosidade genética”.
Do ponto de vista etiológico, sabemos que existem varias causa determinantes da
deficiência mental, e elas podem ser: pré-natais (antes do nascimento), perinatais (durante o
nascimento) e pós-natais (depois do nascimento). São consideradas causas pré-natais as
anomalias cromossômicas (Síndrome de Down - trissomia no par 21), anomalia enzimáticas
(fenilcetonúria), incompatibilidade sanguínea, sífilis, rubéola, toxoplasmose, defeito de
desenvolvimento do celebro, entre outras causais.
Apresentamos abaixo, alguns procedimentos de ensino fundamental à abordagem
construtivista na educação de alunos com deficiência mental:
Acriança deve aprender pela sua própria ação, deixando que ela tente, experimente,
observe;
As habilidades envolvidas nas atividades devem ser ensinadas, prioritariamente,
através da ação da criança;
Lembre-se que, se não for possível uma ação sobre o que se quer ensinar, é por que o
conteúdo não é útil para a criança com a qual estamos lidando;
Após uma atividade, pedir sempre para a criança que descreva a sua ação:
verbalmente, graficamente ou plasticamente;
Fazer muitas perguntas e discutir sempre as respostas;
Nunca responder perguntas que envolvam “casualidades” ou noções operatórias, os
“por quês” das crianças se transformarem em interessantes experiências e pesquisas;
Não fazer pela criança, o que ela pode fazer sozinha, não substituir a ação da criança
pela sua;
Não ensinar apenas verbalizando, fazer também experiências, perguntas, pesquisa;
Afetividade não é “melosidade”;
Planejar e discutir o planejamento com as crianças;
Promover a tomada de consciência coletiva, discutindo os conflitos de grupo.
Solicitando a opinião de cada um.
7
Para atendermos aos princípios norteadores de uma educação inclusiva, devemos oferecer aos
alunos com deficiência mental, oportunidades educacionais, que os permitam revelarem suas
reais oportunidades com seus pares não deficientes. Devemos nos preocupar em respeitar as
diferenças e atender ao principio da equalização de oportunidades.
BIBLIOGRAFIA SOBRE DEFICIÊNCIA MENTAL:
Brasil. Secretária de Educação Especial. Parâmetros Curriculares Nacionais: Adaptações Curriculares. Brasília: MEC/SEF/SEEP, 1999.
FERNANDES, E. M. Revisão do conceito de retardo mental pela Associação Americana de Retardo Mental: possibilidade de convergência teórica com o paradigma da escola inclusiva. FERREIRA, I. N. Caminhos para aprender. Uma alternativa educacional para a criança portadora de deficiência mental. Brasília: CORDE, 1993.
GOFFREDO, V. L. F. S. Apostila sobre Educação Especial. RJ: UNESA, 2006.
INHELDER, B. Le Diagnostic du raisonnent chez lês d´biles mentaux. NEUCHATEL: DELACHAUX & NIESTLÉ, 1943. KIRK, S. A. e GALLAGHER, J. J. Educação da criança excepcional. São Paulo: MARTINS FONTES.
STEFANIN, M. C. B. O diagnostico do raciocínio de crianças deficientes mentais: um estudo com classes especiais. SÃO PAULO: Campinas, Tese Doutorado da UNICAMP, 1994.
3. DEFICIÊNCIA VISUAL
Historicamente o indivíduo com esse tipo de deficiência, passou a ter seu direito de
cidadania, devido o surgimento de muitas instituições, dentre as quais citamos “Instituto Real
dos Jovens Cegos” criado em 1779, em Paris.
Inicialmente, é importante assinalar que a deficiência visual se caracteriza por “uma
redução ou perda total de ver com o melhor olho e após a melhor correção ótica”
(MEC/SEESP/, 1994). A deficiência visual manifesta-se como cegueira ou visão reduzida; e
de acordo, ainda, com a Política Nacional de Educação Especial (1994), a cegueira “é a perda
da visão de ambos os olhos, de menos 0,1 no melhor olho, e após a correção, ou um campo
visual excedendo a 20 graus, no maior meridiano do melhor olho, mesmo com o uso de lente
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de correção; e a visão reduzida “é acuidade visual entre 6/20 e 6/60, no melhor olho, após a
correção máxima”.Esses conceito são baseados em diagnóstico médico oftalmológico da
acuidade visual.
Entretanto, a Política Nacional de Educação Especial apresenta uma definição
educacional para essas duas categorias de deficiência visual, onde são enfatizadas as
possibilidades e os limites do aluno. Assim, sob o enfoque educacional, a cegueira representa
a perda total, ou a um resíduo mínimo de visão, que leva o indivíduo a necessitar do método
Braille, como meio de leitura e escrita, além de outros recursos didáticos e equipamentos
especiais para a sua educação; e sendo para a visão reduzida, resíduo visual qe permite ao
educando ler a impressos a tinta, desde que, se empreguem recursos didáticos e equipamentos,
executando-se as lentes de óculos que facilmente corrijam o problema, entre elas, estão a
miopia e a hipermetropia.
O surgimento de um sistema de leitura e escrita em 1825, quando o aluno Luiz
Braille cria um sistema baseado em 6 pontos que combinados em 63 maneiras em alto relevo
permite representar as letras do alfabeto, a pontuação, sinais gráficos e musiográficos,
facilitando a inserção do indivíduo no contexto social que está inserido.
Em 1854 é criado no Brasil o Imperial Instituo dos Meninos Cegos, onde Benjamim
Constante foi professor de matemática, homenageado pelo governo que altera o nome do
instituto para Benjamim Constante, no Rio com duas imprensas Braille que neste período, são
responsáveis pela transcrição de material didático e livro em geral.
O aluno portador de deficiência visual dispõe hoje de possibilidades ampliadas ao
acesso a educação formal e de trabalho, tendo a oportunidade de buscar escolha de profissões
compatíveis com a mesma deficiência.
Podemos ressaltar que não é considerado deficiente visual o indivíduo que possui
problemas de anuidade, corrigido após uso de lentes. A cegueira pode ser: congênita - quando
o indivíduo nasce cego; precoce - quando se dá aos 5 a 6 anos; adquirida - quando ocorre a
partir dos 7 anos de idade. Citamos também, casos de doenças infecciosas como:
toxoplasmose e rubéola materna, podendo levar a cegueira congênita.
São também necessários ao processo de aprendizagem do aluno com deficiência
visual, recursos institucionais, tais como: reglete da mesa e dos bolsos, punção, papel para
escrita em Braille (preferencialmente em amarelo), sorobã, livros em Braille, gravadores,
mapas em relevo, maquetes, máquina de escrever “PERKINS”, cadernos de pauta dupla,
letras ampliadas, lente de aumento e outros recursos facilitadores. Mais recentemente, na
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década passada, a partir de avanços tecnológicos, podemos incluir: o computador com uso
“DOS Vox”, que através de um software para alunos cegos fazem a codificação do texto e
permitem a leitura ou a navegação de uma pagina na internet, e ainda, o uso de canetas
leitoras, que permitem “lê” qualquer texto o transformar em palavras “faladas”, decodificando
a imagem visual em acústica.
Deve-se também oferecera estes alunos, atendimento educacional especializado,
através das diferentes modalidades de atendimento da educação especial, tais como: sala de
recursos, professor itinerante e classe especial, espaços mais interativos, porque funcionam
dentro de escola regular. Sabemos que, ainda na nossa realidade educacional, muito desses
alunos continuam sendo atendidos em escolas especiais.
O nosso sistema educacional vive um momento de transição, portanto, precisamos
ainda, nos valer das modalidades de atendimento de Educação Especial, que devem coexistir
dentro da escola regular, a fim de efetivar o principio da integração.
Acreditamos, neste momento, que o melhor espaço para uma criança cega se
alfabetizar é a classe especial, pois ainda, não podemos esquecer que o aluno cego não vai
receber as informações do ambiente que o cerca através da visão, portanto, acabam sendo
necessárias atividades específicas à suas necessidades educativas e devem ser desenvolvidas
na classe especial, tais como: atividades manipulatórias, cognitivas e sensoriais, para que se
possam conceitos com o máximo de fidedignidade possível.
BIBLIOGRAFIA SOBRE DEFICIÊNCIAVISUAL
BRASIL. Política Nacional de Educação. Brasília: MEC/SEEP, 1994 . BRASIL. Subsídios para organização e funcionalidade de serviços de Educação Especial – Área: Deficiência Visual. Brasília: MEC/SEESP,1995. CUNHA, E. A. da. (trad.) Declaração de Salamanca, e linha de ação sobre as Necessidades Educativas Especiais. 2ª Ed. Brasília: CORDE, 1977. COLL, C., JESUS, P., MARCHESI, A. (orgs) Desenvolvimento psicológico e educação. Necessidades Educativas Especiais e Aprendizagem Escolar. Porto Alegre: ARTES MÉDICAS, 1995, V. 3. GOFFREDO, V. L. F. S. Apostila sobre Educação Especial. RJ: UNESA, 2006.
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MASINI, E. F. S. A educação do portador de deficiência visual. As perspectivas do vidente e do não vidente. In: Tendências e Desafios da Educação Especial. Brasília: SEEP, 1984 (p.82 a 103). 4. DEFICIÊNCIA AUDITIVA
De acordo com o MEC/SEESP (1997), “a deficiência auditiva caracteriza-se por uma
diminuição da capacidade de percepção dos sons, sendo considerado surdo o indivíduo cujo
audição não é funcional na vida comum, e parcialmente surdo, aquele cuja audição ainda que
deficiente, é funcional com ou sem prótese.
Sabemos que, estatisticamente, pelo menos, um em cada mil crianças nasce
profundamente surdo. Entretanto os problemas auditivos, podem se desenvolver ao longoda
vida, devido a acidentes ou doenças. Assim, a deficiência auditiva pode ser congênita ou
adquirida. As principais causas da definição auditiva congênitas são: hereditariedade, viroses
maternas (rubéola ou sarampo), doenças toxicas da gestante (sífilis ou toxoplasmose) e
medicamentos ototóxicos ingeridos durante a gravidez. São determinantes na surdez
adquirida: uma predisposição genética (otosclerose), meningite, exposição a sons impactantes,
viroses e ingestão de remédios ototóxicos.
As hipoacústicas classificam-se em função do grau da perda auditiva, sua ordem e
localização. Quando a lesão se localiza no ouvido externo ou no médio é denominada como
deficiência de transmissão ou deficiência mista dependendo da intensidade da lesão. Quando
se origina no ouvido e no nervo auditivo é dita deficiência interna ou sensorioneural (estágio
mais agudo da deficiência). Mas o conceito de perda auditiva nem sempre é suficientemente
claro para a pessoa que se depara pela primeira vez com o problema da surdez. O grau de
perda auditiva é calculado em função da intensidade necessária para amplificar um som de
modo a que seja percebido pela pessoa surda; esta amplificação mede-se habitualmente em
decibéis.
O grau da perda de audição pode ser aferido por testes eletrofisiológico, eu podem
ser usado em bebês a partir dos três meses e conhecido como audiometria, a audição é medida
em decibéis (db), medida que indica a intensidade do som; e por Hertz (Hz) , unidade que
determina o comprimento da onda sonora. Sendo assim, podemos perceber dentro de um
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padrão de normalidade, os som se situe entre os valores de 10 e 26 db, e com freqüência entre
15 a 20.000 Hz.
A deficiência auditiva só poderá ser considerada se o indivíduo não possui uma
condição funcional comum, é hipoacústico que a audição, ainda que deficiente, é funcional
com ou sem prótese auditiva. A deficiência auditiva pode ser analisada quanto ao grau da
seguinte forma:
Leve – perda de 20 e 40 dB
Moderada – 40 a 70 dB
Severa – 70 a 90 dB. Essa deficiência pode ser congênita ou adquirida.
Toda deficiência sendo detectada precocemente, melhor será a possibilidade
educacional do aluno. O deficiente auditivo poderá ser observado por pais, familiares e
professores, podendo reconhecer os seguintes pontos: excessiva distração, está sempre fora do
ar, freqüentes dores de ouvidos, dificuldades de compreensão, intensidade da voz.
O deficiente surdo se for congênito não desenvolvem a linguagem que precisará ser
ensinado, se no entanto ficou surdo após certo período de vida e já aprendeu a linguagem, será
mais fácil o processo de aprendizado e de conceitos. Vale ressaltar que já existem aparelhos
modernos que ampliam questões sonoras, que dão suporte ao professor especializado.
BIBLIOGRAFIA DA DEFICIÊNCIA AUDITIVA:
BRASIL. Secretaria de Educação Especial. Subsídios para a organização e funcionamento de serviços de educação especial: área da deficiência auditiva. Brasília: MEC/SEESP, 1995. CICCONE, M. ET AL. Comunicação Total. Rio de Janeiro: Cultura Médica, 1990. CICCONE, M. Educação de Surdos: uma visão das alternativas atuais. In: Discursos Atuais sobre surdez. Porto Alegre: INSTITUTO PESTALOZZI DE CANOAS, 1999. FERNANDES, S. F.. Práticas de letramento na educação bilíngüe para surdos. Curitiba: SEED, 2006. GOFFREDO, V. L. F. S. Apostila sobre Educação Especial. RJ: UNESA, 2006. GOLDFELD, M. O desenvolvimento da criança surda sob o enfoque sócio-interacionista. Dissertação de Mestrado. Departamento de Psicologia. Pontificia Universidade Catolica do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, 1996. OLIVEIRA, P.; CASTRO, F.; RIBEIRO, A. Surdez infantil. Revista Brasileira de Otorrinolaringologia, 68 (3), pp.417-423. São Paulo, maio, 2002.
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QUADROS, R. M. Educação de Surdos. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1997. RINALDI, G. ET AL. (orgs) Deficiência Auditiva. Brasília: MEC/SEESP, 1997. V.1, Nº 4. SILVA, V., SANCETI, D. R. Surdo: um conceito a ser repensado. In: Integração. Brasília: MEC/SEESP, 1997. Ano 7, nºº 18, p 26 -29. 5. DEFICIÊNCIA FÍSICA
Neste trabalho acadêmico, nos limitaremos ao tipo de deficiência físico mais comum
nas redes de ensino, essa variedade deve-se a abrangência da conceituação, que engloba todos
os tipos de deficiência físicas não sensoriais, problema orgânico ou de saúde. Entretanto, para
a Política Nacional de Educação Especial (MEC/SEESP, 1994), a deficiência física
caracteriza-se como: “uma variedade de condições não sensórias, que afetam o individuo, em
termo de mobilidade, de coordenação motora geral u da fala, como decorrência de lesões
neurológicas, neuromusculares e ortopédicas, ou ainda, de ma formação congênitas ou
adquiridas” (p. 14).
De acordo com o diagnóstico médico, os problemas físicos podem ser de ordem:
ortopedia (osteomielite, reumatismo, ausência de membros, etc); neuromusculares (distrofia
muscular progressiva, poliomielite, etc); neurológica (paralisia cerebral, síndrome do déficit
de atenção, meningite, encefalite, hidrocefalia, etc). Entretanto, , devemos ressaltar no ponto
de vista psicopedagógico, não temos que nos preocupar com os fatores causais da deficiência
física, e sim, ter conhecimentos necessários quanto às suas necessidades, limitações e
possibilidades.
Como observamos acima, existem inúmeros de tipos de deficiência física, mas um dos
mais comuns encontrados na escola, é a paralisia cerebral. Esta se caracteriza pôr uma
disfunção motora, cuja causa principal, é uma lesão encefálica não progressiva, acontecida
antes ou durante o parto, ou podendo surgir ate três anos após ter nascido. É uma desordem na
postura e do movimento causada por uma lesão no encéfalo imaturo, sendo que as áreas
lesadas são aquelas responsáveis pela motricidade. Os fatores determinantes desta lesão
podem ser: de ordem pré-natal ( hipertensão arterial materna, incompatibilidade sanguínea,
HIV, alcoolismo, etc); perianto (prematuridade, ou hipermaturação do bebê, traumatismos,
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mudança bruscas de pressão, etc) e pós-natal (meningite, encefalite, traumatismos, distúrbios
vasculares e desidratações). O quadro clínico da paralisia variará de acordo com a localização
das lesões. A criança com paralisia cerebral pode ser classificada de diferentes modos. A
forma mais usada baseia-se no funcionamento do corpo, em função da natureza do
comprometimento motor: espástica, atetósicas, atáxica, mista e coreoatetósicas.
A deficiência física pode ter um diagnóstico precocemente se for observado cedo os
sinais e procurar de imediato um especialista. São eles:
• Movimento sem coordenação ou atitudes desajeitadas de todo o corpo;
• Anda de forma não coordenada;
• Pés tortos ou qualquer deformidade corporal;
• Dificuldade em controlar os movimentos, desequilíbrios e quedas constantes;
• Dor óssea, articular ou muscular.
Por se tratar de uma deficiência que poderá ser múltipla, as áreas no trabalho variam,
dando ênfase a psicomotricidade e acompanhamento da vida diária, disponibilizando de
equipamentos modernos e variados, como cadeiras de rodas e cadeiras adaptadas, etc...
Todas as crianças que são consideradas portadoras de deficiência física, poderão
participar de escolas consideradas regulares, recebendo atendimento especializado, levando
em consideração que os casos mais severos devem ser atendidas na escola especial.
As barreiras arquitetônicas devem ser eliminadas para favorecer ao aluno portador de
deficiência. Sua interação ao contexto social, mostrando que apesar de suas limitações físicas,
desenvolverá outras habilidades, tornando-se útil a sociedade.
BIBLIOGRAFIA DEFICIÊNCIA FISICA:
BRANDÃO, J. S. Bases do tratamento por estimulação precoce da paralisia cerebral. Menom: São Paulo, 1992. BRASIL. MEC/SAEESP. Política Nacional de Educação Especial. Brasília: SEESP, 1994. COLL, C., JESUS, P., MARCHESI, A. (orgs) Desenvolvimento psicológico e educação. Necessidades Educativas Especiais e Aprendizagem Escolar. Porto Alegre: ARTES MÉDICAS, 1995, V. 3. GOFFREDO, V. L. F. S. Apostila sobre Educação Especial. RJ: UNESA, 2006. KIRK, S. A., GALLAGHER, J. Educação da criança excepcional. São Paulo: MARTINS FONTES, 1987.
14
6. CONDUTAS TÍPICAS
São indivíduos que apresentam síndromes e quadros psicológicos, neurológicos ou
psiquiátricos provocando atraso no desenvolvimento e prejuízos no relacionamento social. As
alterações comportamentais nos alunos com condutas físicas influenciam bastante em sua
aceitação social, pois, sempre reagem de forma inesperada.
Vale ressaltar que alguns alunos de condutas físicas não puderam freqüentar a escola
regular devido a gravidade de seu distúrbio que por vezes modifica seu comportamento de tal
forma, que ele sai do mundo real e passa a viver o imaginário.
Os tipos mais comuns de condutas atípicas encontradas nas escolas são: ansioso,
imaturo, hiperativo e explosivo. O profissional de sala deverá ser orientado ao processo de
ensino-aprendizagem analisando cada um dos casos mencionados acima, percebendo as
mudanças comportamentais para que possa servir como suporte entre a família e os
profissionais adequados para o tratamento como psicoterapeutas, psiquiatras, psicanalistas ou
psicólogos.
Podemos afirmar que o professor tem uma responsabilidade grande em saber definir e
diferenciar as mudanças comportamentais, através de sua sensibilidade e formação
reconhecerá os seguintes aspectos:
Ansioso – caracteriza-se por atos de ansiedade, depressão, sentimentos de
inferioridade, solidão e infelicidade.
Imaturo – indivíduo agitado, descuidado, variando reações contrárias como chorar e
gargalhar.
Hiperativo – concentração curta, não apresenta interesse nas atividades, não ama com
facilidade.
Explosivo – não controla os impulsos agressivos, não gosta de se submeter as regras,
age impulsivamente.
Diante dessa realidade e clientela o profissional deve usar de sua sensibilidade afetiva,
mas limitar e impor algumas normas, identificando as orças e fraquezas do aluno, assim
como seus desejos e insatisfações.
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7. ALTAS HABILIDADES
São alunos que possuem altas habilidades, conhecidos como superdotados ou
talentosos. Nesse caso são indivíduos que seja isolados ou combinados possuem capacidade
intelectual, liderança, artes, em fim, apresentam desempenho superior em todas as disciplinas,
necessitando de atendimento educacional adequado.
Ressaltamos que alunos com altas habilidades podem também apresentar dificuldades
de ajuntamento ao grupo, desencadeando problemas de aprendizagem e adaptação escolar,
destacando-se dos demais nas curiosidades e perguntando com frequência, trazendo por vezes
assuntos que não são de interesse do grupo.
Reconhecer um aluno com altas habilidades dependerá da atuação do professor que
observará o processo, dando prioridades a equipe multiprofissional para que se faça um
diagnóstico. Quanto mais cedo um aluno for identificado, mais cedo será possível se evitar
problemas futuros que poderão prejudicar o desenvolvimento global.
É importante salientar que esses alunos deverão ser atendidos em escolas comuns, mas
terão que receber atendimento diferenciado visando o desenvolvimento de suas
potencialidades.
As características apresentadas por alunos com altas habilidades são:
Originalidade na expressão oral e escrita;
Respostas originais;
Demonstra grande curiosidade em relação a qualquer assunto deixando o professor às
vezes sem argumentos;
Observador e atualizado.
Tem uma oralidade fora do comum;
Exigente consigo mesmo;
Abomina autoridade excessiva, regulamentos e normas.