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Universidade Estadual de Campinas RedeFor Curso de Pós-Graduação em Física Atividades em sala de aula envolvendo medidas astronômicas Alexandre Ferreira de Lucena Guaratinguetá 2011

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Universidade Estadual de Campinas RedeFor

Curso de Pós-Graduação em Física

Atividades em sala de aula envolvendo medidas astronômicas

Alexandre Ferreira de Lucena

Guaratinguetá 2011

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Atividades em sala de aula envolvendo medidas astronômicas

Alexandre Ferreira de Lucena

Aprovado em ____/____/_____.

BANCA EXAMINADORA

_________________________________________________ Nome Completo (orientador)

Titulação Instituição

_________________________________________________ Nome Completo

Titulação Instituição

_________________________________________________ Nome Completo

Titulação Instituição

CONCEITO FINAL: _____________________

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Universidade Estadual de Campinas RedeFor

Curso de Pós-Graduação em Física

Alexandre Ferreira de Lucena

Trabalho de Conclusão de Curso RedeFor,

como exigência para obter o título de

Especialista em Ensinode Física, sob a

orientação da Prof. Dr. Juracy Valente.

Guaratinguetá 2011

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RESUMO INDICATIVO

Por meio de um ambiente mais colaborativo,podem ser desenvolvidas algumas

atividades, cujo intuito émelhorar a interação entre alunos e professores, para

ampliar a compreensão da astronomia. Utilizando os recursos midiáticos disponíveis

na escola e adotando uma metodologia em que o aluno possa construir seu

conhecimento,foi desenvolvido um trabalho que pudesse diminuir a distância entre o

que a escola ensina e a realidade. Neste trabalho, procurou-se articular uma

sequência didática interdisciplinar entre três disciplinas – Física, Matemática e

Português –, para a série do 1º Ano do Ensino Médio. No final,será montada uma

maquete do Sistema Solar, adotando uma escala para que os alunos tenham uma

ideia das distâncias e dos tamanhos dos planetas, dados que às vezes não são

abordados corretamente pelos livros didáticos. PALAVRAS-CHAVE: interativo, Astronomia e informática ABSTRACT

Through a more collaborative environment aimed at creating some develop ways to

improve interaction between students and teachers to a better understanding of

astronomy. Using the media resources available in school and adopting an approach

where students can develop their knowledge to build a job that can bridge the gap

between what schools teach and reality. We seek to articulate a sequence of three

interdisciplinary teaching disciplines, Physics, Mathematics and Portuguese for the

series of the first year of high school. In finally assemble a model of the solar system,

adopting a scale, so that students have an idea of the size and distances of the

planets, which sometimes is not properly addressed by textbooks.

KEY-WORDS:interactive, Astronomy and computer.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES E TABELA Sala de informática............................................................................................... 13

Simulador do Sistema Solar................................................................................. 19

Simulador de Gravidade e Órbitas (em escala)................................................... 19

Simulador de Gravidade e Órbitas (em escala – Sol e planeta).......................... 20

Simulador de Gravidade e Órbitas (em escala – Sol, Lua e planeta).................. 20

Simulador de Gravidade e Órbitas (fora de escala – Sol e planeta).................... 21

Tabela 1: Distâncias e tamanhos dos planetas.................................................... 22

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SUMÁRIO

AGRADECIMENTOS ............................................................................ ...... .....3

EPÍGRAFE ......................................................................................................... 4

RESUMO INDICATIVO ...................................................................................... 5

ABSTRACT ........................................................................................................ 5

SUMÁRIO ........................................................................................................... 7

CAPÍTULO I ....................................................................................................... 8

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................... 8

1.2 OBJETO ...................................................................................................... 8

1.3 OBJETIVOS ................................................................................................ 9

1.3.1 Objetivos Gerais ........................................................................................ 9

1.3.2 Objetivos Específicos .............................................................................. 10

1.4 METODOLOGIA E PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ................... 10

1.5 HIPÓTESES PESQUISADAS ................................................................... 10

1.6 ATIVIDADES TÉCNICAS UTILIZADAS NA PESQUISA .......................... 14

1.7 ESPAÇOS SOCIAIS DE OBSERVAÇÃO ................................................. 15

CAPÍTULO II .................................................................................................... 16

2. QUADRO TEÓRICO DE REFERÊNCIA ...................................................... 16

2.1 A RELAÇÃO ENSINO-APRENDIZAGEM E O USO DE PRÁTICAS. ......... 16

CAPÍTULO III ................................................................................................... 18

3. A APLICAÇÃO DACIÊNCIA NAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS .................. 18

3.1 PRINCIPAIS OBSERVAÇÕES ................................................................. 23

3.2 PRINCIPAIS EFEITOS SOBRE OS EDUCADORES ................................ 23

3.3 PRINCIPAIS EFEITOS SOBRE OS ALUNOS .......................................... 24

CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................. 26

REFERÊNCIAS ................................................................................................ 27

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CAPÍTULO I

1INTRODUÇÃO

A partir da experiência vivida por todos os professores em sua trajetória

profissional, foi verificada a necessidade de desenvolver atividades mais práticas em

sala de aula, com o propósito de criar novas maneiras parapossibilitar um melhor

aproveitamentodos conteúdos na escola, partindo do desenvolvimento de uma

pedagogia diferenciada, voltada especificamente para o aprendizado sobre o

Universo. Uma das curiosidades dos nossos jovens é querer saber algo sobre o

nosso planeta, o Sistema Solar e outros temas ligados à cosmologia, à Astronomia e

à tecnologia espacial.

De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais, confrontar-se e discutir

sobre os enigmas da vida e do Universo é parte das preocupações presentes entre

jovens na faixa etária do Ensino Médio. Respondendo a este interesse, é importante

propiciar a eles uma visão cosmológica que lhes permita se situar e perceber a

nossa relação com o espaço, suas dimensões e possibilidades.

O processo de educação passa pelas mesmas transformações das

concepções ideológicas da sociedade na qual está sendo aplicado. Por isso, novos

meios de ensinotêm sido implantadosna Educação, tais como a incorporaçãode

novas tecnologias de informação, como recursos da sala de informática e materiais

de fácil acesso, criando ambientes onde seja possível construir o conhecimento

conjunto entre professor e aluno, de maneira simples e lúdica.

Despertar o interesse do aluno é uma das estratégias usadas para facilitar a

aprendizagem, por que o tempo é muito curto. Dá para perceber que são sugeridas

algumas leituras, atividades de montagem de maquete e utilização de

simuladores.Além disso, podem ser desenvolvidas a prática da escrita e a

apresentação de um filme sobre o assunto, para sensibilizá-lo quanto ao conteúdo

estudado.

1.2 OBJETO

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9

O objeto de observação da presente monografia é formado por práticas

pedagógicas, respectivamente voltadas às Primeiras Séries do Ensino Médio, nas

disciplinas de Matemática, Física e Português, relativas ao uso do laboratório de

informática e às instalações da E. E. Professor Ernesto Quissak, no período de

setembro a novembro de 2011.

Ao desenvolver novas práticas pedagógicas, com atividades em grupo e a

mediação do professor apenas orientando os alunos em salas de informática e

utilizando materiais adequados para a montagem da maquete, podem-se abrir novas

possibilidades que fazem parte do nosso dia a dia. Assim, procura-se envolver os

alunos na construção conjuntado conhecimento.

Ao focar a interação entre as disciplinas de Física, Matemática e Português,

por meio da elaboração de tabelas, cálculos, narrações e construção de maquetes,

tem-se a pretensão de desenvolver algumas discussões futuras no blog da escola,

com a participação de toda a comunidade escolar, no intuito de divulgar a

necessidade de criação de um projeto interdisciplinar.

Como F. Imberón citou:

“A transformação da escola em comunidade de aprendizagem é a resposta igualitária

para a atual transformação.” (Educação no séc.XXI, 2001, p. 34)

Esta transformação permitemaior integração e participação de seus

protagonistas, porque possibilita uma ação de todos os componentes do espaço

educativo, sem excluir ninguém.

As aprendizagens das pessoas não se reduzem apenas ao ambiente escolar.

Por isso, o local onde vivem os alunos é de importância vital para facilitar a sua

formação como um cidadão completo e totalmente integrado à sua comunidade local

e também planetária.

1.3 OBJETIVOS

1.3.1 Objetivos Gerais

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10

a)Estabelecer relações entre as dimensões físicas e o conhecimento cotidiano dos

alunos sobre Astronomia.

b)Relacionar as características físicas dos planetas do Sistema Solar e suas

posições espaciais.

1.3.2 Objetivos Específicos a)Interpretar textos envolvendo termos e ideias científicas sobre Astronomia.

b)Narrar e debater as situações imagináveis relacionadas à exploração do espaço.

c)Utilizar ferramentas básicas de informática e das mídias.

d)Desenvolver atitudes investigativas e de pesquisa bibliográfica e iconográfica.

e)Organizar, representar e expressar por meio de diferentes linguagens, modelos

sobre corpos.

f)Desenvolver a prática da escrita, com narração de eventos e descrição de

fenômenos.

g) Fazer cálculos de proporções para avaliar dimensões envolvidas em corpos

celestes e avaliar dimensões espaciais.

h) Realizar comparações de corpos celestes.

i) Realizar cálculos de proporções para obter relações entre dimensões, distâncias e

períodos dos planetas do Sistema Solar.

1.4 METODOLOGIA E PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Como foi proposto no início deste trabalho, é necessário haver articulação

entre as disciplinas de Física, Matemática e Português, por intermédio das novas

mídias, com ênfase ao trabalho em grupo, interação e criatividade. Deste modo,será

possível desenvolver habilidades que possam diminuir a distância entre o

conhecimento e a realidade dos envolvidos no processo.

Se não ocorrer mudança na escola, o professorcorre o risco de ser substituído

por softwares interativos e outras formas de ensino que propiciem maior criatividade

por parte dos alunos.

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“Se ele continuar atuando apenas como um bom transmissor de conteúdos, será

substituído por softwares interativos com maior capacidade de memória que passam as

informações com imagens, coleções musicais e vídeos de forma divertida e criativa. É

preciso descobrir o valor do espaço escolar e reinventar a prática docente.” (RAMAL, 2000,

p.53-63)

Já com as mudanças necessárias, o professor pode tomar a posição de um

mediador no processo de ensino e aprendizagem, com possibilidades de refletir

sobre seu trabalho.

Nas palavras de Valente (2002, p.15-27):

“É a dança entre as abordagens pedagógicas e as diferentes aplicações do

computador que determinam uma educação efetiva.”

A informática não poderia ficar de lado, pois pode contribuir, e muito, para

uma melhor visualização do nosso Sistema Solar e estimularo aluno, já que a

tecnologia está muito presente na vida dele. Não é possível deixar a informática de

lado.

Optou-se pela pedagogia de projetos, em uma sequência didática, para

embasar o trabalho. Uma metodologia que vem sendo há algum tempo discutida no

contexto escolar.

De acordo com Prado (2003, p.12-17):

“Essa diversidade de projetos que está sendo inserida em nosso contexto escolar

deixa o professor preocupado em relação a como ele vai trabalhar a sua prática pedagógica

em relação a essa nova demanda, uma nova forma de ensinar e aprender com projetos

integrados as mídias, que já estão presentes na escola.”

“Na pedagogia de projetos, o aluno aprende no processo de produzir, de levantar

dúvidas, de pesquisar e de criar relações que incentivam novas buscas, descobertas,

compreensões e reconstruções de conhecimento. E, portanto, o papel do professor deixa de

ser aquele que ensina por meio da transmissão de informações,que têm como centro do

processo a atuação do professor, para criar situações de aprendizagens cujo foco incide

sobre as relações que se estabelecem neste processo, cabendo ao professor realizar as

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mediações necessárias para que o aluno possa encontrar sentido naquilo que está

aprendendo, a partir das relações criadas nessas situações.”

De acordo com Prado (2003,p.12-17), ao desenvolver projetos, o

alunocontextualiza conceitos conhecidos, bem como pode desenvolver outros, além

de aprender a se relacionar num trabalho colaborativo.

Com este tipo de trabalho, podem-se usar várias mídias e outros recursos

como cartolinas, tesouras,colas e diversos materiais presentes no dia a dia do aluno,

permitindo que desenvolva sua iniciativa e colaboração. Mas, para isso, o professor

precisa estar familiarizado com as diversas tecnologias existentes, para que possa

integrar tudo e criar um aprendizado significativo para o aluno.

É preciso que o professor reflita sobre sua prática, a fim de que possa, no

transcorrer de suas atividades de ensino, construir o conhecimento junto com os

alunos.

De acordo com Vilarinho (2006, p.75-92) ainda há certa resistência dos

professores ao uso das TICs em suas aulas.

Segundo Margues (Apud Vilarinho, 2003, p.173):

“...a necessidade de se ampliar os horizontes das salas de aula, através da integração das

mídias na prática pedagógica, formando então um profissional da educação socialmente

qualificado que contextualize em seus conteúdos o mundo no qual seus alunos, e ele

próprio encontram-se inseridos”.

Como a sala de informática da E. E. Professor Ernesto Quissak não comporta

muitas pessoas, os alunos foram divididos em duas grandes turmas. Enquanto uma

turma era orientada em sala de aula, a outra realizava uma atividade de simulação

na sala de informática com a mediação do coordenador. A participação de todos na

escola é primordial para o sucesso deste projeto.

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Para a montagem da maquete em sala de aula, a turma foi dividida em cinco

grupos de seis alunos cada um. Desta forma, o material foi distribuído de modo que

cada grupo recebesse a quantidade adequada para a atividade.

Cada um dos grupos participou da conclusão deste projeto, por meio das

discussões realizadas em sala de aula, e futuramente será colocada no blog da

escola, para permitir a realização de alguns debates e tornar público o trabalho dos

alunos, democratizando a informação e possibilitando que todos tenham acesso a

ela.

1.5 HIPÓTESES PESQUISADAS

Como podemos calcular o tamanho e a distância dos planetas?Como os

cientistas fazem para calcular as distâncias e seus movimentos?Como fazer para os

alunos participarem destas atividades com muita interação e motivados a

desenvolver os projetos, usando a infraestrutura que a escola possui?

Os livros mostram esquemas posicionando os planetas em torno do Sol em

fila, mas poucos autores lembram-se de falar ao leitor que não existe

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proporcionalidade nas distâncias entre os astros neste desenho. É impossível

também conseguir achar alguma diferença nos tamanhos dos planetas em relação

ao Sol, pois aparecem nos livros colocados um ao lado outro, como se girassem em

torno do Sol, todos em fila.

Outra questão que deve ser levada em conta é a importância de ensinar

Astronomia em sala de aula. Neste processo de ensino e aprendizagem, o professor

é de vital importância para despertar o interesse do aluno no objeto em estudo, por

meio de sua mediação.

Como uma maneira para sensibilizá-los sobre o assunto, pode-se usar um

filme ou documentário, como a série Cosmos, de Carl Sagan, ou o longa-metragem

Impacto Profundo, e depois pedir a eles que façam alguma história usando alguns

conceitos que aparecem nos filmes. Para reforçar estas ideias, também podem ser

usados alguns slides sobre os planetas e o Sol.

A utilização das mídias neste processo pode ajudar a trabalhar estas

questões em sala de aula. O mundo “real” passa por muitas transformações, e as

ideias viajam pelo mundo “virtual” mais rápido do que podemos acompanhar. Se não

conseguirmos dominar novas metodologias de ensino e aprendizagem que

possibilitem uma atualização de todo este conhecimento, ficaremos para trás neste

novo mundo.

1.6 ATIVIDADES TÉCNICAS UTILIZADAS NA PESQUISA

Na E. E. Professor Ernesto Quissak, são desenvolvidas as atividades técnicas

descritas a seguir:

a) Utilização de filmes e textos sobre o tema proposto na sequência didática.

b)Análise inferencial dos textos, por meio de uma base já adquirida nos

debates, depois da apresentação dos filmes e documentários.

c) Revisão permanente do conteúdo proposto para a sequência didática.

d)Síntese de todos os dados obtidos a partir de documentários e textos sobre

o assunto.

e) Elaboração de maquetes para proporcionar uma melhor aprendizagem das

distâncias e dimensões dos planetas em relação ao Sol.

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15

1.7 ESPAÇOS SOCIAIS DE OBSERVAÇÃO

Há uma predominância em não se realizar nas escolas atividades

interdisciplinares, ou seja, cada professor ensina seu conteúdo sem nenhuma

ligação com outras disciplinas, atuando como se fosse um cavaleiro solitário, dentro

de sua especialidade. Talvez a falta de tempo para se reunir com os colegas impeça

este professor de fazer um trabalho mais integrado com outras áreas do

conhecimento.Apesar de possuirmos uma sala de informática na E. E. Professor

Ernesto Quissak, poucos a usam.

Equipamentos, como TVs de 29 polegadas e DVDs, Internet e programas

educativos vêm sendo implantados nas escolas, mas os professores não estão

sendo preparados devidamente para usá-los em sala de aula.

Mesmo assim, ainda usamos carteiras que são dispostas como se

estivéssemos no século 19. Aos poucos, as novas tecnologias estão sendo

incorporadas e são mais uma ferramenta que pode ajudar o professor na construção

do conhecimento junto com seu aluno.

De acordo com a análise citada por Marques (Apud Vilarinho, 2003, p.173):

“Muitos ainda acham o uso do computador como algo milagroso, deixando de ver

que a sala de aula e o laboratório são complementares e não separados.”

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16

CAPÍTULO II

2 QUADRO TEÓRICO DE REFERÊNCIA

Hoje em dia, temos muita informação à disposição. A questão é como

podemos usar isto para melhorar a nossa aprendizagem e por que não nos

tornarmos professores melhores, mais atualizados com as novas tecnologias, não só

os computadores, para tornar o processo de ensino e aprendizagem mais prazeroso

para os alunos.

Hernandez (Apud Almeida, 2002, p.49) diz que a escola deve pensar nos

saberes do passado que precisam ser recuperados, além de acrescentar o presente.

Um perfeito equilíbrio entre o passado e o presente.

No mundo de hoje, estão disponíveis recursos de última geração, como o

cinema 3D. As salas de aula tradicionais, com seus quadros-negros, tornaram-se

obsoletas e não chamam mais a atenção dos alunos. Aos poucos estão sendo

substituídos por outros recursos, como a lousa branca e salas de informática.

Quanto à estrutura de ensino, Prado (2003, p.12-17) afirma que:

“[...] pode vir a ser uma dificuldade para o desenvolvimento de

projetos, principalmente aqueles que envolvam ações

interdisciplinares e o uso de diferentes mídias, daí a importância da

parceria entre gestores, professores e alunos na busca de soluções

que viabilizem a realização dessas novas práticas pedagógicas.”

Numa tentativa de unir todos os membros de uma comunidade

escolar,poderemos desenvolver uma sequência didática que possa contribuir para o

aluno, que aprende fazendo, por meio da medição do professor, juntando todas as

mídias necessárias.

2.1 A RELAÇÃO ENSINO-APRENDIZAGEM EO USO DAS ATIVIDADES PRÁTICAS

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Se deixarmos de usar as maquetes, perderemos uma grande oportunidade de

mostrar ao aluno como o trabalho em grupo, por meio do mundo virtual e/ou de

outros recursos materiais, pode ajudá-lo a compreender o mundo em que vivemos.

O emprego de maquetes no ensino não é algo novo, mas este recursotem

sido pouco aplicado atualmente. A sua utilização pode significar uma grande

oportunidade para ocorrer um salto de qualidade em relação ao desenvolvimento

cognitivo do aluno.Geralmente, as maquetes são construídas de qualquer maneira,

sem nenhuma escala, totalmente desproporcionais.

Hoje ainda se ensina ciências exatas de uma maneira que dificulta a visão de

espaço por parte dos alunos. Eles não têm praticamente nenhuma ideia do que seja

uma maquete feita de forma proporcional, utilizando escalas. Como se nós

reduzíssemos o Sistema Solar num tamanho que pudéssemos ver.

A informática pode colaborar com o uso das simulações, mas, se não houver

a mediação do professor, todo conteúdo perde seu significado e se transforma em

uma informação inútil.

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CAPÍTULO III

3. A APLICAÇÃO DAS TEORIAS NAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS

Antes da execução do filme A saga dos viajantes, da série científica Cosmos,

de Carl Sagan, é importante uma contextualização do autor e da obra, explicando

por que ela foi escolhida para a atividade. Como o filme tem duração de uma hora,

talvez seja preciso fazer um pequeno arranjo no horário os professores, já que o

tempo de aula é de 50 minutos.

Após a execução do filme, os alunos podem descrevê-lo a partir de um

debate com todos na sala. Depois, o professor pode pedir que, em grupos de cinco,

eles façam um resumo do filme. O objetivo é despertar o interesse dos alunos pelo

assunto, e não dar um sentido de“obrigação”à realização da atividade.

Uma forma de fazermos com que os conceitos que aparecem no filme sobre o

Sistema Solar sejam assimilados é pedir aos alunos que, na segunda aula,

escrevam uma história, imaginando uma viagem fictícia interplanetária, descrevendo

todas as estruturas que foram vistas durante o filme. A atividade pode ser feita em

grupo, nos quais eles escolhem os personagens e definem os fenômenos que foram

vistos durante a viagem. Após isso, os alunos podem realizar a atividade em casa.

Na terceira aula, antes da montagem da maquete do Sistema Solar, os alunos

podem apresentar o que escreveram. É de fundamental importância que elesreflitam

sobre o que escreveram. Isso também exige atenção maior por parte do professor,

pois funciona como uma avaliação diagnóstica.

Antes do projeto, conversamos com os alunos da E. E. Professor Ernesto

Quissak, procurando usar os recursos tecnológicos disponíveis na escola para

melhorar a visão deles sobre os planetas e o Sistema Solar. Depois, nos dirigimos

para a sala de informática e usamos os simuladores da Universidade do Colorado,

nos Estado Unidos.

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19

Neste primeiro simulador, o planeta Terra, o Sol e a Lua não aparecem em escala.

Apenas suas trajetórias são apresentadas.

Neste outro, podemos verificar que já existe uma diferença nas escalas dos planetas

e do Sol.

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20

Podemos verificar sua velocidade (seta vermelha) e o sentido da força gravitacional

que está representado pela seta azul, além do caminho descrito pelo planeta.

Agora, é possível olharmos apenas o Sol, a Lua e o planeta em suas trajetórias, em

escala.

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Com os simuladores, foi possível visualizar melhor do fenômeno, assim como

realizar medidas sobre seu período orbital.

As discussões foram realizadas por meio de um debate em sala de aula, com

os alunos separados em grupos.A partir disso,houve uma mediaçãodo desenrolar

das conversas. Em cada grupo, havia discussões sobre o que estava acontecendo

no simulador, em um trabalho muito interativo.

Foi realizado um pequeno fórum de discussão dentro da sala de aula, o qual

foi estendido para o blog da E. E. Professor Ernesto Quissak, que ainda está sendo

construído. A próxima etapa seria criar um texto colaborativo e formar comunidades

virtuais de aprendizagem, além do uso de fóruns para desenvolver atividades

interativas.

A atividade de construção da maquete do Sistema Solar é uma proposta de

João B. G. Canalle, do Instituto de Física da UERJ, na qual adotaram uma escala

em que o Sol é uma esfera de 80cm de diâmetro, que corresponderá a um

comprimento de 1.392.000 km (diâmetro do Sol), e, utilizando-se uma regra de três,

os diâmetros dos planetas, da lua e as distâncias dos planetas em relação ao Sol

foram calculados.

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22

TABELA 1

Astro Massa (kg)

Diâmetro Distância

(km) (mm) (km) (m)

Sol 1,99 x 1030 1.392.000 800,0 -.- -.-

Mercúrio 0,33 x 1024 4.860 2,8 57.900.000 33,3

Vênus 4,87 x 1024 12.100 7,0 108.000.000 62,1

Terra 5,97 x 1024 12.760 7,3 149.600.000 86,0

Marte 0,64 x 1024 6.800 3,9 228.000.000 131,0

Júpiter 1899 x 1024 143.000 82,2 778.000.000 447,1

Saturno 568 x 1024 120.000 69,0 1.430.000.000 821,8

Urano 87,2 x 1024 50.800 29,2 2.870.000.000 1.649,4

Netuno 102 x 1024 49.400 28,4 4.500.000.000 2.586.2

Plutão 0,02 x 1024 2.740 1,6 5.900.000.000 3.390,8

Lua 73,5 x 1021 3.840 2,0

A tabela acima mostra o resultado dos cálculos, com seus respectivos planetas.

Como opção para representar esta estrela (o Sol), utilizaremos uma bexiga

cheia de ar de 80cm de diâmetro, como proposto na atividade de Canalle.

Determinaremos o diâmetro usando um barbante de 2,5m de comprimento, o

qualdeverá ser colocado em volta da bexiga à medida que ela for enchendo.

Colocaremos os planetas em suas respectivas distâncias em relação ao Sol,

utilizando uma linha de aproximadamente 96 m ou barbante e bolinhas de

Durepoxi,representando os planetas Mercúrio, Terra, Vênus e a Lua. Enquanto

estiverem moles, serão fixados em um pedaço de linha que ficará amarrado com as

seguintes distâncias:Mercúrio - 33m, Vênus - 62m e a Terra - 86,0m.

A Lua, representada por uma bolinha de Durepoxi de 2 mm diâmetro, estará

presa a uma distância de 20 cm da Terra.

Depois, todos os planetas serão fixados em uma linha, enquanto um aluno

deverá segurar a bexiga na outra ponta da linha. Assim, eles terão uma ideia da

dimensão dos planetas e suas distâncias.

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23

De acordo com a escala adotada,não será possível representar todos os

planetas, mas isto será proposital, para que eles futuramente adotem outra escala

em que seja possível colocar todos os planetas do Sistema Solar.

3.1 PRINCIPAIS OBSERVAÇÕES

Além das novas tecnologias, podem ser adotados métodos mais

diferenciados de ensino, como atividades lúdicas, nas quais o aluno possa construir

algum material em grupo, o que viabilizará a realização de um trabalho mais

colaborativo. Claro que isso acaba mudando o modo como o professor planeja suas

aulas esuas avaliações, assim como altera a relação entre docentee aluno.Este se

torna o protagonista do processo ensino e aprendizagem.

Segundo Neves (2007):

“A comparação entre o que há para ser feito e os bons resultados já alcançados deve

motivar o país a definir políticas públicas que são: (1) a universalização da educação

superior; (2) a valorização dos profissionais da educação,assegurando-lhes salário,

formação continuada e condições de trabalho; (3) a adoção de modelos pedagógicos que

efetivamente coloquem o aluno como foco da aprendizagem, garantindo elevado padrão de

qualidade em todos os níveis, modalidades e etapas; e (4) a democratização do acesso às

tecnologias nas escolas, na perspectiva da inclusão digital da população.”

Desta forma, podemos formar pessoas mais bem preparadas para

compreender este mundo tão interligado. Um dos meios de se atingir isso é tornando

o aluno o principal ator do processo de ensino e aprendizagem, adotando uma

pedagogia na qual o foco é o aluno, as tecnologias e uma sequência didática que

possa contribuir para uma aprendizagem mais significativa.

Eles aumentam o campo de atuação da escola, onde a interação pode ocorrer

a distância, permitindo o uso de várias linguagens e reconhecendo a comunidade

escolar como um sujeito ativo no processo de ensino e aprendizagem.

3.2 PRINCIPAIS EFEITOS SOBRE OS EDUCADORES

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Existe forte resistência por parte de alguns professores em fazer um trabalho

diferenciado, interdisciplinar, com uma sequência didática. Muitas vezes,o professor

nem sabe como se dá o processo nem a diferença entre interdisciplinaridade e uma

simples aula expositiva. A falta de tempo para desenvolver um trabalho também

contribui para isso, pois a maioria dos professores trabalha o dia inteiro, mal

consegue preparar uma aula.

Para Coutinho(2005), o projeto produziu grandes mudanças no ensino, pois

leva em consideração o trabalho cooperativo, o desenvolvimento de projetos

interdisciplinares, um professor mais preparado. Ele relata que:

“Também houve dificuldades naturais em épocas de transição como: a organização da

escola em grade de matérias isoladas, dificultando a interdisciplinaridade; a resistência de

alguns gestores preocupados com conteúdos e sem resultados tradicionalmente

mensuráveis; a não aceitação imediata dos jogos como estratégia de aprendizagem.”

Se fosse possível mudarmos a grade curricular com horários mais flexíveis e

disciplinas inerentes à nossa realidade, desenvolvendo vários projetos

interdisciplinares, com professores com tempo para fazer suas pesquisas,

poderíamos transformar a escola em uma comunidade educacional em perfeita

harmonia, acompanhando todas as transformações.

3.3 PRINCIPAIS EFEITOS SOBRE OS ALUNOS

No começo,os alunos da E. E. Professor Ernesto Quissak tiveram muitas

dificuldades,pois não estavam acostumados ao trabalho de forma tão interdisciplinar,

numa sequência didática. Ficaram espantados com a possibilidade de desenvolver

tantas atividades em diferentes disciplinas sobre o mesmo tema: Astronomia.

Até na sala de informática foi possível realizar uma atividade em grupos para

cada computador. Os trabalhos ainda estão sendo realizados, como a montagem da

maquete, que deve ficar pronta na terceira semana de novembro, para a exposição,

que ocorrerá na escola.

Praticamente todos acharam que a maneira como foi trabalhada a atividade

possibilitou uma aprendizagem em um ambiente mais informal e agradável. Ficou

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mais fácil para ambos, professor e aluno, construírem juntos o conhecimento. Eles

gostaram da possibilidade de poder opinar sobre o que fazer e como fazer.

No final,foi feito um levantamento de tudo o que eles realizaram e os dados

serão colocados no blog da escola para divulgar o trabalho. A maioria achou que a

atividade poderia ser mais bem aproveitada, se houvesse menos alunos na sala de

aula e não mais de 40, bem como um horário mais flexível para realizar as

atividades práticas na sala de informática e os trabalhos manuais em sala de aula.

As novidades deixaram os alunos atentos à possibilidade de aprender mais e

de uma maneira mais interativa. Eles chegaram à conclusão de que um debate

sobre o assunto pode ser mais produtivo do que ficar apenas ouvindo o professor.

Concluíram que podem criar novas ideias e corrigir alguns conceitos errados

sobre os temas abordados na sala de informática, por meio dos simuladores usados

e das atividades desenvolvidas no blog da escola, além das aulas práticas

desenvolvidas em sala de aula.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

A Física aplicada na escola deve preparar melhor o aluno para compreender

o mundo à sua volta e agir sobre ele, afim de atingir sua satisfação cultural no

mundo de hoje.

Há necessidade de mudarmos nossas práticas de ensino. As atividades

desenvolvidas nesta monografia tiveram como prática a produção de textos, a

análise de filmes, a utilização da sala de informática e da Internet para as disciplinas

de Física, Matemática e Português, entre setembro e outubro de 2011.

As possibilidades de se criar um projeto envolvendo mais de uma disciplina

são imensas e comprovam que a combinação da teoria com a prática formam um

aliado muito forte para motivar o aluno.

Esta monografia procurou mostrar que é possível aliar várias disciplinas, com

práticas integradas pelas mídias e trabalhos manuais. Mas a escola de Ensino

Médio tem encontrado dificuldades para trabalhar adequadamente, com o objetivo

de formar cidadãos mais críticos e reflexivos. Os atuais currículos têm uma estrutura

tradicional e bem linear, inadequada para compreender os enormes avanços de hoje

e ajudar os alunos a terem uma melhor compreensão do espaço à sua volta.

A Física não deve ser apenas uma memorização de fórmulas ou uma

repetição de receitas prontas para a resolução de problemas.

Hoje os educadores consideram que é preciso dar significado ao conteúdo,

sem fins propedêuticos, como proposto na atividade realizada nesta sequência

didática, na qual foram usados diversos materiais fáceis de serem encontrados, não

deixando de lado as novas tecnologias. Desta forma, permitiu aos alunos pensarem

sobre a sua presença no tempo e no espaço, aprendendo mais sobre os planetas e

o Sol que nos aparece todos os dias.

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