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Alfacon Tecnico Do Inss Fcc Direito Constitucional Daniel Sena 2o Enc 20131010224636

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    Lei do Direito Autoral n 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Probe a reproduo total ou parcial desse material ou divulgao com finscomerciais ou no, em qualquer meio de comunicao, inclusive na Internet, sem autorizao do Alfa Concursos Pblicos Online.

    1 Bloco

    I. Direitos e Garantias Fundamentais: Direitos Individuais:

    Direito Vida.

    2 Bloco I. Direito Igualdade.

    3 Bloco I. Direito Liberdade.

    4 Bloco I. Continuao de Direito Liberdade.

    5 Bloco I. Exerccios Relativos ao Encontro .

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    Lei do Direito Autoral n 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Probe a reproduo total ou parcial desse material ou divulgao com finscomerciais ou no, em qualquer meio de comunicao, inclusive na Internet, sem autorizao do Alfa Concursos Pblicos Online.

    I. DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS: DIREITOS INDIVIDUAIS

    INTRODUO

    A Constituio Federal, ao disciplinar os direitos individuais, os colocam basicamente no artigo 5. Logo no caput

    deste artigo, j aparece uma classificao didtica dos direitos ali previstos quando diz:Art. 5 Todos so iguais perante a lei, sem distino de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aosestrangeiros residentes no Pas a inviolabilidade do direito vida, liberdade, igualdade, segurana e propriedade, nos termos seguintes:

    Para estudarmos os direitos individuais utilizaremos os cinco grupos de direitos previstos no caput do artigo 5:

    Direito vida Direito igualdade Direito liberdade Direito propriedade Direito segurana

    Percebe-se que os 78 incisos do artigo 5, de certa forma, surgem de um desses direitos que costumo chamar dedireitos razes . Utilizando esta diviso que parece didtica, vamos trabalhar os incisos mais importantes desteartigo de forma a prepar-lo para a prova. Logicamente, no conseguiremos abordar todos os incisos, o que no tiraa sua responsabilidade de l-los ainda que no trabalhados em nossa aula. Ento vamos ao trabalho!

    DIREITO VIDA

    Ao falarmos deste direito, que considerado pela doutrina como o direito mais fundamental de todos , por serum pressuposto para o exerccio dos demais direitos, enfrentamos um primeiro desafio: este direito absoluto?

    Assim como os demais direitos, o direito vida no absoluto. So vrias as justificativas existentes paraconsider-lo um direito passvel de flexibilizao:

    ABORTOA prtica de aborto no Brasil permitida? O artigo 128 do Cdigo Penal Brasileiro apresenta duas possibilidades

    de prtica de aborto que so verdadeiras excludentes de ilicitude:

    Art. 128 - No se pune o aborto praticado por mdico.

    Abor to necessrio

    Se no h outro meio de salvar a vida da gestante;

    Abor to no caso de gravidez resultante de estupro

    Se a gravidez resulta de estupro e o aborto precedido de consentimento da gestante ou, quando incapaz, deseu representante legal.

    So os abortos necessrio e sentimental. Aborto necessrio aquele praticado para salvar a vida da gestante e oaborto sentimental utilizado nos casos de estupro. Estas duas excees prtica do crime de aborto so hiptesesem que se permite a sua prtica no direito brasileiro. Mais uma vez o direito vida encontra-se flexibilizado.

    PENA DE MORTE

    Uma pergunta que no quer calar e que j caiu em prova: Existe pena de morte no Brasil?

    A sua resposta tem que ser SIM. A alnea a do inciso XLVII do artigo 5 traz esta previso expressamente:

    XLVII - no haver penas:

    a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;

    Todas as vezes que a Constituio traz uma negao acompanhada de uma exceo, estamos diante de umapossibilidade e isso uma maravilhosa oportunidade de questo de prova.

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    LEGTIMA DEFESA E ESTADO DE NECESSIDADE

    Estes dois institutos, tambm excludentes de ilicitude do crime, so outras possibilidades de limitao do direito avida, conforme disposto no artigo 23 do Cdigo Penal Brasileiro:

    Art. 23 - No h crime quando o agente pratica o fato:

    I. Em estado de necessidade;

    II. Em legtima defesa;

    Em linhas gerais e de forma exemplificativa, o estado de necessidade permite que, diante de uma situao deperigo uma pessoa possa, para salvar uma vida, tirar a vida de outra pessoa. Na legtima defesa, caso sua vida sejaameaada por algum, existe legitimidade em retirar a vida de quem o ameaou.

    Com estas justificativas fica claro que o direito vida no absoluto.

    Outro ponto que deve ser ressaltado que o direito vida no est adstrito apenas ao fato de se estar vivo.Quando a constituio protege o direito vida, a faz em suas diversas acepes. Existem dispositivos constitucionaisque protegem o direito vida no que tange a sua preservao da integridade fsica e moral (artigo5 III, V, XLVII,XLIX; art. 199, 4. A Constituio tambm protege o direito vida no que tange garantia de uma vida com

    qualidade (artigos 6; 7, IV; 196; 205; 215).

    I. DIREITO IGUALDADE

    IGUALDADE FORMAL X IGUALDADE MATERIAL

    Direito pertencente segunda gerao de direitos fundamentais, a igualdade visa reduzir as desigualdadessociais. Possui como sinnimo o termo Isonomia. A doutrina classifica este direito em:

    Igualdade formal a igualdade formal se traduz no termo todos so iguais perante a lei, sem distino dequalquer natureza. o previsto no caput do artigo 5. uma igualdade jurdica, que no se preocupa com arealidade, mas apenas evita que algum seja tratado de forma discriminatria.

    Igualdade material tambm chamada de igualdade efetiva ou substancial. a igualdade que se preocupa coma realidade. Traduz-se na seguinte expresso: tratar os iguais com igualdade e os desiguais com desigualdade,na medida das suas desigualdades. Este tipo de igualdade confere um tratamento com justia para aqueles queno a possuem.

    TPICO ESQUEMATIZADO

    A igualdade formal a regra utilizada pelo Estado para conferir um tratamento isonmico entre as pessoas.Contudo, por diversas vezes, um tratamento igualitrio no consegue atender a todas as necessidades prticas. Faz-se necessria a utilizao da igualdade em seu aspecto material para que se consiga produzir um verdadeirotratamento isonmico.

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    Lei do Direito Autoral n 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Probe a reproduo total ou parcial desse material ou divulgao com finscomerciais ou no, em qualquer meio de comunicao, inclusive na Internet, sem autorizao do Alfa Concursos Pblicos Online.

    Imaginemos as relaes entre homens e mulheres. A regra que homem e mulher so tratados da mesma formaconforme previsto no inciso I do artigo 5: homens e mulheres so iguais em direitos e obrigaes, nos termos destaConstituio;

    Contudo, em diversas situaes, homens e mulheres sero tratados de forma diferente:

    a) Licena maternidade 120 dias. Para o homem, apenas 5 dias de licena paternidade;

    b) Aposentadoria a mulher se aposenta 5 anos mais cedo que o homem;

    c) Servio Militar Obrigatrio s o homem est obrigado.

    Estas so algumas das situaes onde so permitidos tratamentos desiguais entre as pessoas. As razes quejustificam esta discriminao so as diferenas efetivas que existem entre os homens e as mulheres em cada umadas hipteses. Exemplificando, a mulher tem mais tempo para se recuperar do parto em razo da ntida distino dodesgaste feminino para o masculino no que tange ao parto. indiscutvel que, por mais desgastante seja onascimento de um filho para o pai, nada se compara ao sofrimento suportado pela me. Por esta razo, a licenamaternidade maior que a licena paternidade.

    IGUALDADE NOS CONCURSOS PBLICOS

    Tema muito interessante diz respeito igualdade nos concursos pblicos. Seria possvel restringir o acesso a umcargo pblico em razo do sexo de uma pessoa? Ou por causa de sua altura? Ou ainda, pela idade que possui?

    Estas questes encontram a mesma resposta: sim. possvel, desde que os critrios discriminatrios preenchamalguns requisitos:

    Deve ser fixado em lei no bastam que os critrios estejam previstos no edital, precisam estar previstos emLei, no seu sentido formal;

    Deve ser necessrio ao exerccio do cargo o critrio discriminatrio deve ser necessrio ao exerccio docargo. A ttulo de exemplo: seria razovel exigir para um cargo de policial militar, altura mnima ou mesmo, idademxima, que representam vigor fsico, tendo em vista a natureza do cargo que exige tal condio. As mesmascondies no poderiam ser exigidas para um cargo de tcnico judicirio, por no serem necessrias ao

    exerccio do cargo.Em suma, podem ser exigidos critrios discriminatrios desde que previstos em lei e que sejam necessrios ao

    exerccio do cargo, observados os critrios de proporcionalidade e razoabilidade.

    AES AFIRMATIVAS

    Como formas de concretizao da igualdade material foram desenvolvidas polticas pblicas de compensaodirigidas s minorias sociais chamadas deAes Afirmat ivas ouDiscriminaes Positivas. So verdadeiras aesde cunho social que visam compensar possveis perdas que determinados grupos sociais tiveram ao longo da histriade suas vidas. Quem nunca ouviu falar nas Quotas para os pobres nas Universidades ou ainda, Reserva de vagaspara deficientes em concursos pblicos? Estas so algumas das espcies de aes afirmativas desenvolvidas noBrasil.

    Mas porque reservar vagas para deficientes em concursos pblicos? Ora, bvio que o deficiente, qualquer queseja sua deficincia, quando se prepara para um concurso pblico possui muito mais dificuldade que uma pessoaque tem a plenitude de seu vigor fsico. Em razo desta diferena, o Estado, na tentativa de reduzir a desigualdadeexistente entre os concorrentes, resolveu compensar a limitao de um portador de necessidades especiaisreservando-lhe vagas especiais. Perceba que, ao contrrio do que parece, quando se reserva vagas num concursopblico para deficientes estamos diante de um ntido tratamento discriminatrio, que neste caso justificvel pelasdiferenas naturais entre o concorrente sadio e o concorrente deficiente. Lembre-se que igualdade material tratariguais com igualdade e desiguais com desigualdade. O que se faz por meio destas polticas de compensao trataros desiguais com desigualdade, na medida de suas desigualdades. S desta forma possvel alcanar umverdadeiro tratamento isonmico entre os candidatos.

    Oriento os candidatos a concurso que fiquem atentos a discusso que se encontra instaurada no STF sobre aconstitucionalidade das quotas para negros em universidades pblicas. Assim que tivermos um julgamento sobreisso, certamente despencar nos concursos que gostam de cobrar os posicionamentos jurisprudenciais.

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    Lei do Direito Autoral n 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Probe a reproduo total ou parcial desse material ou divulgao com finscomerciais ou no, em qualquer meio de comunicao, inclusive na Internet, sem autorizao do Alfa Concursos Pblicos Online.

    I. DIREITO LIBERDADE

    O direito liberdade pertence a primeira gerao de direitos fundamentais por expressarem os direitos maisansiados pelos indivduos como forma de defesa diante do Estado.

    O que veremos agora so algumas das acepes deste direito que podem ser cobradas em sua prova LIBERDADE DE AO

    O inciso II do artigo 5 apresenta aquilo que a doutrina chama de liberdade de ao:

    II - ningum ser obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa seno em virtude de lei;

    Esta a liberdade por excelncia. Segundo o texto constitucional a liberdade s pode ser restringida por lei. Porisso, dizemos que este inciso tambm apresenta o Princpio da Legalidade.

    A liberdadepode ser entendida de duas formas, a depender do destinatrio da mensagem:

    Para o particular para o particular, liberdade significa fazer tudo que no for proibido.

    Para o agente pblico para o agente pblico liberdade significa poder fazer tudo o que for determinado oupermitido pela lei.

    TPICO ESQUEMATIZADO

    LIBERDADE DE LOCOMOO

    Uma das liberdades mais almejadas pelos indivduos durante as lutas sociais so o grande carro chefe nalimitao dos poderes do Estado. O inciso XV do artigo 5 j diz:

    XV - livre a locomoo no territrio nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei,nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;

    Perceba que o direito explanado neste inciso no possui carter absoluto haja vista ter sido garantido em tempode paz. Isto significa que em momentos sem paz seriam possveis restries s liberdades de locomoo. Destaca-se o Estado de Stio que pode ser decretado nos casos previstos no artigo 137 da Constituio Federal. Nestascircunstncias seriam possveis maiores restries chamada liberdade de locomoo por meio de medidasautorizadas pela prpria Constituio Federal:

    Art. 137. O Presidente da Repblica pode, ouvidos o Conselho da Repblica e o Conselho de Defesa Nacional,solicitar ao Congresso Nacional autorizao para decretar o estado de stio nos casos de:

    I. comoo grave de repercusso nacional ou ocorrncia de fatos que comprovem a ineficcia de medida tomadadurante o estado de defesa;

    II. declarao de estado de guerra ou resposta a agresso armada estrangeira.

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    Lei do Direito Autoral n 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Probe a reproduo total ou parcial desse material ou divulgao com finscomerciais ou no, em qualquer meio de comunicao, inclusive na Internet, sem autorizao do Alfa Concursos Pblicos Online.

    Art. 139. Na vigncia do estado de stio decretado com fundamento no art. 137, I, s podero ser tomadas contraas pessoas as seguintes medidas:

    I. obrigao de permanncia em localidade determinada;

    II. deteno em edifcio no destinado a acusados ou condenados por crimes comuns;

    Outro ponto interessante refere-se possibilidade de qualquer pessoa entrar, permanecer ou sair do pas com

    seus bens. Este direito tambm no pode ser encarado de forma absoluta, haja vista a possibilidade de se exigirdeclarao de bens ou pagamento de imposto quando da entrada no pas com bens. Neste caso, liberdade delocomoo no se confunde com imunidade tributria.

    Caso a liberdade de locomoo seja restringida por ilegalidade ou abuso de poder a Constituio reservouum poderoso instrumento garantidor, o chamado Habeas Corpus.

    Art. 5, LXVIII - conceder-se- "habeas-corpus" sempre que algum sofrer ou se achar ameaado de sofrerviolncia ou coao em sua liberdade de locomoo, por ilegalidade ou abuso de poder;

    LIBERDADE DE PENSAMENTO

    Esta liberdade serve de amparo para uma srie de possibilidades no que tange ao pensamento. Assim como os

    demais direitos fundamentais, a manifestao do pensamento no possui carter absoluto, sendo restringido pelaprpria Constituio Federal que probe seu exerccio de forma annima:

    Art. 5, IV - livre a manifestao do pensamento, sendo vedado o anonimato;

    A vedao ao anonimato, alm de ser uma garantia ao exerccio da manifestao do pensamento, possibilita oexerccio do direito de resposta caso algum seja ofendido.

    Questo interessante diz respeito utilizao da chamada Denncia Annima. Diante da vedao constitucionalao anonimato, poder-se-ia imaginar que esta ferramenta de combate ao crime fosse considerada inconstitucional.Contudo, no tem sido este o entendimento do STF. A denncia annima pode at ser utilizada como ferramenta decomunicao do crime, mas no pode servir como amparo para a instaurao do Inqurito Policial, muito menoscomo fundamento para condenao de quem quer que seja.

    LIBERDADE DE CONSCINCIA E CRENA RELIGIOSA

    Uma primeira pergunta deve ser feita acerca da liberdade religiosa em nosso pas: qual a religio oficial do Brasil?A nica resposta possvel nenhuma. A liberdade religiosa do Estado brasileiro incompatvel com a existncia deuma religio oficial. que apresenta o inciso VI do artigo 5:

    VI. inviolvel a liberdade de conscincia e de crena, sendo assegurado o livre exerccio dos cultos religiosos egarantida, na forma da lei, a proteo aos locais de culto e a suas liturgias;

    Este inciso marca a liberdade religiosa existente no Brasil. Por este motivo, dizemos que o Brasil um Estadolaico, leigo ou no-confessional. Isso significa, basicamente, que no Brasil existe uma relao de separao entreEstado e Igreja. A separao encontra, inclusive, vedao no texto constitucional:

    Art. 19. vedado Unio, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municpios:I. estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencion-los, embaraar-lhes o funcionamento ou manter com eles

    ou seus representantes relaes de dependncia ou aliana, ressalvada, na forma da lei, a colaborao deinteresse pblico;

    Por causa da liberdade religiosa, possvel exercer qualquer tipo de crena no pas. possvel ser catlico,protestante, mulumano, ateu ou satanista. Isso liberdade de crena ou conscincia. Liberdade de crer ou no crer.Perceba que o inciso IV, alm de proteger as crenas e cultos, tambm protege as suas liturgias. Apesar do amparoconstitucional, no se pode utilizar este direito para praticar atos contrrios s demais normas do direito brasileirocomo, por exemplo, sacrificar seres humanos como forma de prestar culto a determinada divindade. Isto a liberdadereligiosa no ampara.

    Outro dispositivo interessante o previsto no inciso VII:

    VII. assegurada, nos termos da lei, a prestao de assistncia religiosa nas entidades civis e militares deinternao coletiva;

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    Lei do Direito Autoral n 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Probe a reproduo total ou parcial desse material ou divulgao com finscomerciais ou no, em qualquer meio de comunicao, inclusive na Internet, sem autorizao do Alfa Concursos Pblicos Online.

    Aqui a Constituio Federal garantiu a assistncia religiosa nas entidades de internao coletivas, sejam elas civisou militares. Entidades de internao coletivas so quartis, hospitais ou hospcios. Em razo desta garantiaconstitucional comum encontrarmos nestes estabelecimentos capelas para que o direito seja exercido.

    Apesar da importncia dos dispositivos analisados anteriormente, nenhum mais cobrado em prova que o incisoVIII:

    VIII. ningum ser privado de direitos por motivo de crena religiosa ou de convico filosfica ou poltica, salvo se asinvocar para eximir-se de obrigao legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestao alternativa, fixadaem lei;

    Estamos diante do instituto da Escusa de Conscincia. Este direito permite a qualquer pessoa que, em razo desua crena ou conscincia, deixe de cumprir uma obrigao imposta sem que com isso sofra alguma consequnciaem seus direitos. Tal permissivo constitucional encontra uma limitao prevista expressamente no texto em anlise.No caso de uma obrigao imposta a todos, se o indivduo recusar-se ao seu cumprimento, ser-lhe- oferecida umaprestao alternativa. No a cumprindo tambm, a Constituio permite que direitos sejam restringidos. O artigo 15prescreve que os direitos restringidos sero os direitos polticos:

    Art. 15. vedada a cassao de direitos polticos, cuja perda ou suspenso s se dar nos casos de:

    IV. recusa de cumprir obrigao a todos imposta ou prestao alternativa, nos termos do art. 5, VIII;

    I. CONTINUAO DE DIREITO LIBERDADE

    LIBERDADE DE REUNIO

    Acerca desta liberdade importante ressaltar as condies estabelecidas pelo texto constitucional:

    XVI. todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao pblico, independentemente deautorizao, desde que no frustrem outra reunio anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenasexigido prvio aviso autoridade competente;

    Enumerando-as de forma a facilitar o seu estudo temos que as condies estabelecidas para o exerccio do direito reunio so:

    Reunio pacfica no se legitima uma reunio que tenha fins no-pacficos;

    Sem armas para evitar a violncia ou coao por meio de armas;

    Locais abertos ao pblico encontra-se subentendida a reunio em local fechado;

    Independente de autorizao no precisa de autorizao;

    Necessidade de prvio aviso precisa de prvio aviso;

    No frustrar outra reunio convocada anteriormente para o mesmo local garantia de isonomia no exerccio do

    direito prevalecendo o de quem exerceu primeiro.

    Muito cuidado com este tema em prova. As bancas gostam de omitir requisitos, ou mesmo, confundir oscandidatos com a questo da AUTORIZAO e do PRVIO AVISO. Nunca esquea:

    No precisa de autorizao, mas necessita de prvio aviso.

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    TPICO ESQUEMATIZADO

    Outro ponto que j foi alvo de questo de prova a possibilidade de restrio deste direito no Estado de Stio e noEstado de Defesa. O problema est na distino entre as limitaes que podem ser adotadas em cada uma dasmedidas:

    Art. 136, 1 - O decreto que instituir o estado de defesa determinar o tempo de sua durao, especificar as

    reas a serem abrangidas e indicar, nos termos e limites da lei, as medidas coercitivas a vigorarem, dentre asseguintes:

    I. restries aos direitos de:

    a) reunio, ainda que exercida no seio das associaes;

    Art. 139. Na vigncia do estado de stio decretado com fundamento no art. 137, I, s podero ser tomadas contraas pessoas as seguintes medidas:

    IV. suspenso da liberdade de reunio;

    Enquanto no Estado de Defesa ocorrero restries ao direito de reunio, no Estado de Stio ocorrer asuspenso deste direito.

    TPICO ESQUEMATIZADO

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    LIBERDADE DE ASSOCIAO

    So vrios os dispositivos constitucionais que regulam a liberdade de associao.

    XVII. plena a liberdade de associao para fins lcitos, vedada a de carter paramilitar;

    XVIII. a criao de associaes e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorizao, sendo vedada ainterferncia estatal em seu funcionamento;

    XIX. as associaes s podero ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisojudicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trnsito em julgado;

    XX. ningum poder ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;

    XXI. as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, tm legitimidade para representar seus filiadosjudicial ou extrajudicialmente;

    Primeiro ponto que dever ser lembrado que a liberdade de associao s poder ser usufruda para fins lcitossendo proibida a criao de associao paramilitar. Entende-se como associao de carter paramilitar, todaorganizao paralela ao Estado, sem legitimidade, com estrutura e organizao tipicamente militar. So as facescriminosas, milcias ou qualquer outra organizao que possua fins ilcitos e alheios aos do Estado.

    Destaca-se, com a mesma importncia para sua prova a dispensa de autorizao e interferncia estatal nofuncionamento e criao das associaes.

    Maior destaque deve ser dado ao inciso XXIX que condiciona qualquer limitao s atividades associativas a umadeciso judicial. As associaes podem ter suas atividades suspensas ou dissolvidas. Em qualquer um dos casosdeve haver deciso judicial. No caso da dissoluo, por ser uma medida mais grave, no basta qualquer deciso

    judicial, tem que ser transitada em julgado. Isso significa uma deciso definitiva, da qual no caiba mais recurso.

    O inciso XX tutela a chamada Liberdade Associativa pela qual ningum ser obrigado a se associar ou mesmo apermanecer associado a qualquer entidade associativa.

    Por fim, temos o inciso XXI que permite s associaes que representem seus associados tanto na esfera judicialquanto na administrativa desde que possuam expressa autorizao. Expressa autorizao significa por escrito, por

    meio de instrumento legal que comprove a autorizao.

    TPICO ESQUEMATIZADO

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    I. EXERCCIOS RELATIVOS AO ENCONTRO

    1. No tocante aos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos, correto afirmar que:

    a) livre a expresso da atividade intelectual, artstica, cientfica e de comunicao, independentemente de

    censura ou licena.b) Constitui crime afianvel e prescritvel a ao de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem

    constitucional e o Estado Democrtico.

    c) A priso de qualquer pessoa e o local onde se encontre sero comunicados ao juiz competente aps cinco diasde sua priso.

    d) proibida a prestao de assistncia religiosa nas entidades militares de internao coletiva.

    e) Ningum ser privado de direitos por motivo de crena religiosa ou de convico filosfica ou poltica, sendo lcitoinvoc-las para eximir-se de obrigao legal a todos imposta.

    2. Dentre outros, a Constituio Federal estabelece como direito e dever individual e coletivo que:

    a) a prtica do racismo constitui crime afianvel e prescritvel, sujeito pena de deteno, nos termos da lei.

    b) a expresso da atividade intelectual, cientfica e de comunicao depende, em qualquer hiptese, de censura oulicena da autoridade competente.

    c) a criao de cooperativas depende de lei especfica e o seu funcionamento, de autorizao do poder executivoestadual.

    d) as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, tm legitimidade para representar seus filiadosjudicial ou extrajudicialmente.

    e) plena a liberdade de associao, inclusive de carter religioso e paramilitar de segurana.

    3. No tocante aos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos, considere as seguintes assertivas:

    I. plena a liberdade de associao para fins lcitos, permitida a de carter paramilitar.

    II. A criao de associaes e, na forma da lei, a de cooperativas dependem de autorizao.

    III. As associaes s podero ser compulsoriamente dissolvidas por deciso administrativa.

    IV. No caso de iminente perigo pblico, a autoridade competente poder usar de propriedade particular, asseguradaao proprietrio indenizao ulterior, se houver dano.

    V. So assegurados, nos termos da lei, a proteo s participaes individuais em obras coletivas e reproduoda imagem e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas.

    Est correto o que se afirma APENAS em:

    a) I e II.

    b) I, II e III.

    c) I, IV e V.

    d) II, III e IV.

    e) IV e V.

    4. De acordo com a Constituio da Repblica Federativa do Brasil de 1988, com relao aos Direitos e GarantiasFundamentais correto afirmar:

    a) As associaes s podero ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por deciso

    judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trnsito em julgado.b) Aos autores pertence o direito e exclusivo de utilizao, publicao ou reproduo de suas obras, sendo

    intransmissvel aos herdeiros em razo da pessoalidade existente.

  • 5/20/2018 Alfacon Tecnico Do Inss Fcc Direito Constitucional Daniel Sena 2o Enc 20...

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    Lei do Direito Autoral n 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Probe a reproduo total ou parcial desse material ou divulgao com finscomerciais ou no, em qualquer meio de comunicao, inclusive na Internet, sem autorizao do Alfa Concursos Pblicos Online.

    c) A criao de associaes e, na forma da lei, a de cooperativas dependem de autorizao, sendo permitida ainterferncia estatal em seu funcionamento visando a garantia da ordem pblica.

    d) A sucesso de bens de estrangeiros situados no Pas ser regulada pela lei do pas de origem, sempre que nolhes seja mais favorvel a lei do ltimo domiclio do de cujus.

    e) So a todos assegurados, mediante o pagamento de taxas a obteno de certides em reparties pblicas,

    para defesa de direitos e esclarecimento de situaes de interesse pessoal.5. A CF prev o direito livre manifestao de pensamento, preservando tambm o anonimato.

    Um deputado federal subiu tribuna da Cmara dos Deputados para defender um projeto de emendaconstitucional com a finalidade de instituir a pena de morte no Brasil. O deputado, durante seu discurso em plenrio,no momento em que informava aos colegas da proposta realizada, disse que discordava da vedao constitucionalabsoluta da pena de morte. Com referncia situao hipottica acima apresentada, aos direitos fundamentais, emespecial ao direito vida, julgue os itens que se seguem.

    6. O projeto de emenda constitucional de duvidosa constitucionalidade, j que no se admite emendaconstitucional que tenha por fim abolir direitos e garantias individuais.

    7. Equivocou-se o deputado ao dizer que a Constituio Federal de 1988 (CF) veda a pena de morte de forma

    absoluta, pois a CF admite a pena de morte em caso de guerra declarada, desde que atendidos os requisitosconstitucionais.

    8. Em razo do carter absoluto do princpio da isonomia, no se admite o estabelecimento de proibies relativasao acesso em determinadas carreiras por critrio de idade.

    9. A CF assegura a todos o direito de reunio pacfica em locais abertos ao pblico, desde que medianteautorizao prvia da autoridade competente e que no se frustre outra reunio prevista para o mesmo local.

    10. A construo doutrinria que prega a igualdade efetiva entre as pessoas, e no apenas a igualdade jurdica, chamada de princpio da igualdade formal.

    GBARITO

    1 - A

    2 - D

    3 - E

    4 - A

    5 - ERRADO

    6 - CORRETO

    7 - CORRETO

    8 - ERRADO

    9 - ERRADO

    10 - ERRADO