Algumas abordagens teóricas na arqueologia histórica brasileira

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  • 7/28/2019 Algumas abordagens tericas na arqueologia histrica brasileira

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    Algumas abordagens tericas naarqueologia histrica brasileira

    Diogo M. Costa

    Como todas as demais subdisciplinas da arqueologia, a arqueologiahistrica tambm recebeu fortes influncias das transformaestericas que esta cincia antropolgica e histrica sofreu ao longo deseus anos de formao. Para tanto, estabeleceremos uma rpidasntese das principais correntes tericas na arqueologia e sua relaopara com a arqueologia histrica, conforme alguns autores (1-6).

    Comeando com o pensamento histrico-culturalista, para o qual acronologia e a espacialidade eram as principais inquietaes desde osculo XIX quanto ao estudo da cultura material. Depois, passandopela incessante procura pelas regularidades do comportamentohumano, ou seja, suas leis to em voga pelos praticantes doprocessualismo ou nova arqueologia desde a dcada de 1960. E porfim, com o advento do ps-processualismo na dcada de 1980, ondeas temticas vo se tornar to mltiplas quanto as suas arqueologiasna procura do contexto, da interpretao, ou mesmo na posturacrtica do cientista.

    O histrico-culturalismo alemo e depois ingls, como linha terica naarqueologia em geral vai procurar responder, desde o final do sculoXIX, aos problemas de ordenao da cultura material, principalmentenos seus aspectos evolucionistas e difusionistas. Centrado emtrabalhos referncias como de Gordon Childe e Gustaf Kossina, asprincipais perguntas impostas pelos histrico-culturalistas no estudodos vestgios arqueolgicos vo se concentrar em quando e onde ofato ocorreu. Na arqueologia histrica esta linha de pensamento estrepresentada nos trabalhos descritivos de anlise material de Ivor

    Hme (7), nas snteses temporais ou regionais do incio do sculo XX,e na arqueologia da restaurao com a sua subordinao quase"arqueogrfica" arquitetura e histria.

    O processualismo ingls e a nova arqueologia norte-americana, vosurgir na dcada de 1960, e ter como base a procura por leis geraisou regularidades no comportamento humano, e em sua adaptao aomeio, em qualquer poca ou lugar. Nasce, principalmente, nostrabalhos de David Clarke (8) e Lewis Binford (9) com a preocupaode uma arqueologia cientfica e a mais positivista possvel, que quer

    saber como a materialidade se comporta sistemicamente de culturaem cultura, no sendo muito diferente de seus predecessores

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    histrico-culturalistas. Na arqueologia histrica seus impactos vo sersentidos em conceitos e definies como a cidade-stio ou o padrodeposicional, na aplicao de frmulas para datao de cachimbos ouda loua como a de Stanley South (10), ou na utilizao de escalasde valor como a de George Miller (11) para o estabelecimento de

    certos padres de consumo.

    O ps-processualismo, por sua vez, surge na dcada de 1980 naInglaterra e vai encontrar no estudo do pensamento, e no s dacultura material, sua principal motivao para a investigaoarqueolgica. Alicerado nos trabalhos de Ian Hodder (12), MichaelSchanks e Christopher Tilley (13) o ps-processualismo vai ser umacorrente de diversos segmentos contrrios ao processualismo,servindo-se de pensadores sociais como Karl Marx, Antoni Giddens,Michael Foucault, Pierre Bourdieu e de instrumentais tericos como a

    hermenutica ou a fenomenologia. Para tanto, a principal perguntafeita pelos ps-processualistas por que, ou, mais especificamente,para quem ou para que, a cultura material age sobre as pessoas. Naarqueologia histrica os trabalhos envolvendo categorias mentaiscomo os de James Deetz (14) sobre o nascente pensamentogeorgiano, ou as abordagens sobre outras categorias intangveiscomo ideologia, gnero, identidade e poder vo ser os expoentesdessa corrente.

    ALGUNS PRECEITOS TERICOS PRPRIOS A teoria na

    arqueologia histrica tambm passou por diversas modificaes, acomear pelas prprias transformaes que esta subdisciplina sofreuao longo do tempo, e sobre as quais j discorremos anteriormente(15). Primeiramente, com a procura por definies ou mesmoconceitos de sua prtica no mundo da cincia. Por que estudar opassado material de sociedades s quais se tem acesso s fontesdocumentais escritas, orais e iconogrficas? Este sempre foi oquestionamento que gerou diversos rtulos nos anos de formao daarqueologia histrica, desde uma cincia auxiliar, at uma primapobre, ou mesmo uma serva para a histria e a arqueologia. A

    arqueologia histrica, por sua vez, procurou na definio de seuobjeto de estudo a formulao de seus conceitos tericos emetodolgicos, porm essa construo no foi feita de forma isoladaou abrupta, mas historicamente constituda.

    A arqueologia histrica como praticada no Brasil surgiu nos EstadosUnidos e Canad por volta de 1850, primeiramente preocupada coma busca de pessoas e lugares famosos para a histria nacional eoficial. Esta arqueologia vai ser praticada quase que exclusivamentepor pr-historiadores, arquitetos e historiadores. Porm, por volta de1960, a arqueologia histrica vai sofrer uma das suas primeirastransformaes, com as revolues epistemolgicas que tomam contade todas as cincias sociais do perodo, e no s da arqueologia em

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    particular. A luta pelos direitos civis e das minorias atinge aarqueologia histrica mudando seu foco para o passado dos "povossem histria", ou seja, dos escravos africanos, dos trabalhadoresimigrantes ou das mulheres e crianas. Minorias at entomarginalizadas ou esquecidas tomam o palco central das pesquisas,

    que agora tambm so conduzidas por profissionais formados emoutras reas como a antropologia.

    Entretanto, uma discusso terica originria do sculo XIX aindaestava em voga na arqueologia histrica de 1960, a de que se aarqueologia histrica era mais uma forma de histria contada comoestudo material ou de antropologia das sociedades antigas. Ospartidrios da arqueologia histrica como forma de histria materialacreditavam que sua funo era de apenas completar os documentosj existentes, sendo quase como uma ilustrao dos eventos. De

    outro lado, os partidrios da arqueologia histrica como forma deantropologia antiga acreditavam no carter desta como cincia social,porm apenas como uma tcnica a mais de coleta de dados. Essadicotomia s vai se encerrar em meados do sculo XX, quandoespecialistas da rea propem que a arqueologia histrica seja algono meio, entre ambas as perspectivas, porm com objeto, teoria emtodos prprios.

    Todavia, na dcada de 1980, outras mudanas vo ocorrer naarqueologia histrica, principalmente nos seus objetos de pesquisa

    quando o foco volta-se para o entendimento do mundo moderno e dosurgimento do capitalismo. Tendncia esta que surge desde ostrabalhos de James Deetz, mas que vai ter nos seus expoentes, comoCharles Orser (16) e Matthew Johnson (17), suas principaisreferncias. A arqueologia do mundo moderno ou do capitalismo vaiter como interesse de estudo a formao do nosso cotidianocontemporneo e, para tanto, vai incitar tambm um atitude maiscrtica do arquelogo mais para com o presente do que somente como passado. Este elemento atual na arqueologia histrica, por sua vez,vai ser responsvel no s pelo surgimento de diversas temticas e

    linhas de estudo, mas tambm por influenciar outras reas na prpriaarqueologia como um todo.

    Porm, diferentemente da arqueologia histrica norte-americana, aarqueologia histrica ou o que podemos chamar de estudo materialdo passado recente, uma arte tambm praticada h muito pelomundo. Na Europa, o estudo material de sociedades do perodohistrico vai abarcar uma continuidade temporal desde o perodoclssico e medieval at o ps-industrial. Enquanto na sia e norte dafrica, vai possuir uma diviso mais temtica como a egiptologia,assriologia, ou bblica, ou at mais regional como a arqueologiaindiana, chinesa ou japonesa. Por outro lado, na Amrica, na Oceaniae frica subsaariana, a arqueologia histrica vai estar mais

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    relacionada com a expanso europeia a partir do sculo XV, mas comexceo do estudo de civilizaes pr-colombianas como os Incas,Maias e Astecas.

    A ARQUEOLOGIA HISTRICA NO BRASIL Os primeiros trabalhos

    em stios histricos no Brasil remontam s dcadas de 1930 at1950, quando foram realizadas algumas investigaes, mas semcarter sistemtico ou com corpus terico e metodolgico definido.Como primeiros exemplos dessas investigaes temos, na dcada de1930, os trabalhos de Hermann Kruse nas Casas Fortes na Bahia, ede Loureiro Fernandes nos tmulos de quilombolas no Paran. Em1940, Virginia Watson tambm realizou algumas investigaes nasrunas de uma vila espanhola no Paran chamada de Ciudad Real doGauir. J em 1950, Loureiro Fernandes estudou o Colgio dosJesutas no Paran, assim como as Misses de So Nicolau, So Luiz

    Gonzaga e So Borja foram pesquisadas no Rio Grande do Sul pelopadre Luis G. Jaeger em 1959. Essas pesquisas vo ser marcadas porinteresses particulares e especficos e sem uma produo acadmica,o que as limita um carter quase amadorstico e ensasta, do quepropriamente cientfico (18).

    Na dcada de 1960 com o Programa Nacional de PesquisasArqueolgicas (Pronapa) houve o estudo de alguns stios histricos,porm em sua maioria por pr-historiadores, e sob a perspectivasomente da arqueologia de contato ou colonial. Apesar de usar uma

    abordagem mais antropolgica, esses estudos corresponderam muitomais a uma continuao da pesquisa pr-histrica sobre os povosindgenas na poca do contato, do que a uma arqueologia histricasobre a formao da sociedade brasileira do presente. Na dcada de1970 esses estudos tambm vo adotar o ponto de vista do Estado,importando-se, principalmente, com os monumentos de "pedra e cal"e assumindo uma posio subalterna frente aos interessesrestauradores ou conservacionistas de arquitetos e historiadores. Aarqueologia histrica desses perodos fortemente voltada para ostrabalhos em igrejas no Sul e Sudeste e fortes no Nordeste,

    preocupando-se somente com o espao edificado e com sua tcnicaconstrutiva. Outro elemento presente nessas investigaes doperodo tambm a manuteno da histria oficial ou nacionalista,que v nos trabalhos arqueolgicos histricos somente a afirmao,sem incluir a complementao ou confrontao, do saber histrico(18; 19).

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    A dcada de 1980 tambm traz mudanas para a arqueologiahistrica brasileira com a incorporao de novas temticas e

    atualizao de preceitos tericos e metodolgicos. A emergncia docapitalismo, assim como o estudo das minorias, subalternos eexcludos toma a cena. Dessa forma, espaos que antes no eraminvestigados como senzalas e quilombos, ou espaos de conflito ,comeam a se tornar foco das atenes. De outro lado, a arqueologiahistrica amplia seus horizontes, agora apontando sobre o urbano einvestigando, alm do tempo, tambm o comportamento. A dcadade 1990, por sua vez, vai trazer outras mudanas para a arqueologiahistrica brasileira, como sua consolidao na academia comdissertaes e teses defendidas sobre o tema, e a realidade da

    arqueologia de contrato e suas diversas pesquisas em relatriostcnicos. Teoricamente, a arqueologia histrica tambm se solidificacom trabalhos, seguindo tanto linhas processualistas comops-processualistas, principalmente sobre ideologia e simbolismo. E,metodologicamente, com a incluso na anlise, alm da cermica, deoutras categorias materiais, como a loua, o vidro e o metal (19).

    Desde as primeiras dcadas do sculo XXI, a arqueologia histrica noBrasil estuda temas to diversos quanto as prprias arqueologiascriadas mas, no caso deste artigo, a proposta que tornem-se parte

    de um fazer nico. Portanto, interesse aqui introduzir tantasabordagens temticas quanto possveis sobre seus objetos deinvestigao, tratando-se a arqueologia histrica de um campodinmico e transdisciplinar de estudo. Para tanto, podemos listar hojedesde uma arqueologia da arquitetura (20; 21), arqueologia coloniale ps (22; 23), arqueologia da escravido e da dispora (24; 25),arqueologia do capitalismo (26; 27), arqueologia do conflito (28; 29),arqueologia industrial (30; 31), arqueologia urbana (32; 33), at umaarqueologia ambiental histrica (34-36), entre muitas outras.

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    Diogo Menezes Costa arquelogo historiador, e professorvisitante no Programa de Ps-Graduao em Antropologia naUniversidade Federal do Par (PPGA/UFPA). Email:[email protected]

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