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Algumas Reflexões Sobre o Papel da Infraestrutura no
Desenvolvimento Regional
INFRAESTRUTURA E PARCERIA
PARA O DESENVOLVIMENTO
João Mendes da Rocha Neto – CGRT/SDR/MI e PPGA/UnB
Brasília – DF, 19 de maio de 2016
Em que consiste?Para Iniciar:
Intencionali-
dade
Sistema
Organização
Previsibilidade
Método
Funciona-
lidade
Controle
Racionalidade
text
Complexi-
dade
Planejamento
Territorial
Contexto Nacional
1Constituição do território a partir de economias regionais voltadas ao mercado externo.
2Atividade produtivas determinaram o padrão de ocupação populacional do país.
3Ocupação desequilibrada entre o litoral e o interior.
4Cisão ainda persistente entre N-NE e S-SE
5Pouca conexão com as naçõesvizinhas.
8Constituição de uma federaçãopor “concessão”.
7Traços do progressorelacionados ao urbano e setorindustrial.
6Rede urbana fortementehierarquizada e localizada.
9Distribuição das estruturasprodutivas e de conectividadeglobal concentradas.
10Integração (produtiva) Nacional incompleta, acentuando um novo padrão de dependência.
Aquelas que exprimem a
dimensão espacial, seja na escala
nacional, regional ou
em áreas geográficas especificas;
Aquelas não explicitam, mas dinamizam e,
portanto, alteram a
organização territorial, trazendo
diferentes impactos; e
Aquelas que tendem a
impor suas lógicas,
dependendo de sua
natureza e dos atores
envolvidos/in-teressados.
Políticas que Influenciam o Planejamento
PNLT – Exemplo: SojaCada produto: produção, demanda e fluxos internos e de exportação
Produção
Demanda
Principais transações
internas
Porto % do total
Paranaguá 32.17
Santos 32.15
Rio Grande 11.68
Vitória 9.80
São Francisco do Sul 5.18
Manaus 5.09
São Luís 3.93
Total = US$ FOB 2.990 milhões
Exportação
O que sinaliza o futuro a partir das grandes obras estruturantes
• Lógicas setoriais e isoladas no território
• Baixa capacidade de controle do Estado;
• Complexidade nos forwordsand backwordsefects
• Uso anárquico do território
• Grandes perturbações territoriais com efeitos diversos
• Inclusão parcial e momentânea das populações locais
• Assimetria nas relações de poder (global x local)
• Inclusão perversa no sistema-mundo
• Perspectiva de uso concorrencial no/do/entre os territórios
EnergiaUHE Belo Monte,
Complexo Jirau/Santo Antonio, UHE Estreito, Complexo Teles Pires;
PetróleoCOMPERJ, Refinaria Abreu e Lima, Áreas
próximas dos campos do Pré-Sal;
HídricaTransposição do Rio São
Francisco;
Transportes Aeroporto de São
Gonçalo do Amarante, Complexo Portuário de
Suape, Complexo Portuário de Pecém,
Porto do Açú, Ferrovia Transnordestina,
Ferrovia Norte-Sul; BR –163, TUP’s.
Políticas com Forte Impacto Territorial
O Planejamento Nacional/RegionalQual o cenário Encontrado?
• Frações utilizadas como espaços da economia internacional;
• Exacerbação das especializações produtivas;
• Aceleração das formas de circulação, em face da competitividade territorial, em distintas escalas;
• Um sistema de forças complexo;
• Não digere a ideia de controle;
• Eventos interdependentes geram incertezas;
• Acontecimentos marcados pela velocidade e não linearidade das redes;
• Carregam consigo contradições, confrontos e uma série de pares dialéticos;
• Desregulação do território, em face da políticas públicas, que privilegiam a reprodução do capital e concentram o processo de desenvolvimento e acentuam o “jogo” da competição espacial; e
• Impedem um planejamento determinístico.
Questões para Inquietação
Em que implica o planejamento do
território?
O planejamento do território é a
mesma coisa que uma política de
ordenamento do território?
Uma política de ordenamento do
território é capaz de pacificar todas
as tensões expressas no território?
Seria possível uma política de
ordenamento do território ordenar o
território brasileiro no contexto
atual?
A Questão Urbana
• Interiorização do fenômeno urbano;• Acelerada urbanização das áreas de fronteira
econômica;• Crescimento populacional das cidades médias;• Periferização dos centros urbanos;• Formação e consolidação de aglomerações urbanas
metropolitanas e não metropolitanas;• Mudanças no formato das redes urbanas regionais;• Peso populacional crescente das aglomerações
urbanas metropolitanas e dos centros médios; e• Formação e consolidação de aglomerações urbanas
metropolitanas e não metropolitanas.
O Planejamento Regional e as grandes obras de infraestrutura
Estabelecer uma coabitação que decorre tanto de consensoscomo de coerções;
Aproximar uma estrutura territorial tensionada;
Contratualizar um arranjo espacial, que se dá de forma assimétrica e se refaz de acordo com a dinâmica econômica e com o jogo de forças e poderes existente.
Regular essa coabitação através da norma; e
Possui um propósito cujo objetivo é controlar a coabitação;
Infraestrutura e políticas de desenvolvimento regional
Niveis Federativos
Organizações e Atores
Temas
Grandes Desafios
• Resgatar a dimensão planejamento (inclusive regional) de médio e longo prazo;
• Elevar a importância da “Gestão”, a fim de conferir eficácia, eficiência e efetividade do planejamento;
• Não há modelo a ser copiado, se o tempo todo entendemos o Brasil como um complexo mosaico, em dimensões diversas, sem similaridade no planeta, parece uma contradição achar que podemos implantar modelos importados.
• Incorporar a inovação constante como fator de competitividade e equilíbrio;
• Entender que a questão das escalas é importante no planejamento, gestão e nas escolhas/decisões;
Grandes Desafios• Sensibilizar atores no âmbito Federal para construir um
sistema de planejamento regional forte – técnica e institucionalmente;
• Entender a importância de qualificar o diálogo com o poder legislativo;
• Promover planejamento faseado para ofertar serviços públicos e oportunidades;
• Estruturar um sistema de monitoramento e avaliação que dê conta da complexidade do tema;
• Sensibilizar governos estaduais para as agendas estratégicas que ultrapassam mandatos;
• Fortalecer os municípios como parceiros das políticas federais e estaduais – institucional, técnica e financeiramente;