ALHOS FRESCOS OU REFRIGERADOS

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  • 1. 1. Iniciar reviso do direito antidumping institudo pela Resoluo CAMEX no 52, de 23 deoutubro de 2007, publicada no Dirio Oficial da Unio (D.O.U.) de 14 de novembro de 2007,aplicado s importaes brasileiras de alhos frescos ou refrigerados, comumente classificadas nositens 0703.20.10 e 0703.20.90 da Nomenclatura Comum do Mercosul NCM, originrias daRepblica Popular da China.1.1. Tornar pblicos os fatos que justificaram a deciso de abertura da reviso, conformeo anexo presente circular.1.2. A data do incio da reviso ser a da publicao desta circular no Dirio Oficial daUnio - D.O.U.1.3. Tendo em vista que, para fins de procedimentos de defesa comercial, a RepblicaPopular da China no considerada um pas de economia predominantemente demercado, foi utilizada a Argentina como terceiro pas de economia de mercado,consoante o disposto no art. 7o do Decreto no 1.602, de 1995. Conforme o 3o domesmo artigo, dentro do prazo para resposta ao questionrio, de 40 dias a contar da datade sua expedio, as partes podero se manifestar a respeito e, caso no concordemcom a metodologia utilizada, devero apresentar nova metodologia, explicitando razes,justificativas e fundamentaes, indicando, se for o caso, terceiro pas de economia demercado a ser utilizado com vistas determinao do valor normal.2. A anlise da probabilidade de continuao ou retomada do dumping que antecedeu aabertura da reviso considerou o perodo de julho de 2011 a junho de 2012, j o perodode anlise de probabilidade de continuao ou retomada do dano que antecedeu aabertura da reviso considerou o perodo de julho de 2007 a junho de 2012.3. De acordo com o disposto no 2o do art. 21 do Decreto no 1.602, de 1995, dever serrespeitado o prazo de vinte dias, contado a partir da data da publicao desta circular noD.O.U., para que outras partes que se considerem interessadas no referido processosolicitem sua habilitao, com a respectiva indicao de representantes legais.4. Na forma do que dispe o art. 27 do Decreto no 1.602, de 1995, exceo do governodo pas exportador, sero remetidos questionrios s partes interessadas identificadas,que disporo de 40 (quarenta) dias para restitu-los, contados a partir da data de suaexpedio. Em virtude do grande nmero(Fls. 2 da Circular SECEX no 59, de 09/11/2012)CircSECEX59_2012

2. de exportadores chineses identificados, de acordo com o disposto da alnea b do 1odo art. 13 do Decreto no 1.602, de 1995, ser selecionado, para o envio do questionrio,o maior percentual razoavelmente investigvel do volume de exportaes da China parao Brasil.5. De acordo com o previsto nos artigos 26 e 32 do Decreto no 1.602, de 1995, as partesinteressadas tero oportunidade de apresentar, por escrito, os elementos de prova queconsiderem pertinentes. As audincias previstas no art. 31 do referido decreto deveroser solicitadas at 180 (cento e oitenta) dias aps a data de publicao desta circular.6. Caso uma parte interessada recuse o acesso s informaes necessrias, no asfaculte no prazo estabelecido ou impea de forma significativa a reviso, podero serestabelecidas concluses, positivas ou negativas, com base nos fatos disponveis, emconformidade com o disposto no 1o do art. 66 do Decreto no 1.602, de 1995.7. Caso se verifique que uma parte interessada prestou informaes falsas ou errneas,tais informaes no sero consideradas e podero ser utilizados os fatos disponveis.8. Na forma do que dispe o 4o do art. 66 do Decreto no 1.602, de 1995, se uma parteinteressada fornecer parcialmente ou no fornecer a informao solicitada, o resultadopoder ser menos favorvel quela parte do que seria caso a mesma tivesse cooperado.9. luz do disposto no 3o do art. 57 do Decreto no 1.602, de 1995, a reviso deverser concluda no prazo de doze meses contado a partir da data da publicao destaCircular.10. De acordo com o contido no 4o do art. 57 do Decreto no 1.602, de 1995, enquantoperdurar a reviso, o direito antidumping de que trata a Resoluo CAMEX no 52, de2007, permanecer em vigor.11. Os documentos pertinentes investigao de que trata esta Circular devero serescritos no idioma portugus, devendo os escritos em outro idioma vir aos autos doprocesso acompanhados de traduo feita por tradutor pblico, conforme o disposto no 2o do art. 63 do referido decreto.12. Todos os documentos referentes presente investigao devero indicar o produto, onmero do Processo MDIC/SECEX 52272.001539/2012-21 e ser dirigidos ao seguinteendereo: MINISTRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDSTRIA E COMRCIOEXTERIOR, SECRETARIA DE COMRCIO EXTERIOR, DEPARTAMENTO DE DEFESACOMERCIAL DECOM Esplanada dos Ministrios Bloco J, sala 103-B, CEP 70.053-900 Braslia (DF), telefones: (0XX61) 2027-7887 e 2027-7357 Fax: (0XX61) 2027-7445.TATIANA LACERDA PRAZERES 3. (Fls. 3 da Circular SECEX no 59, de 09/11/2012)CircSECEX59_2012ANEXO1. Dos antecedentes1.1. Da investigao originalEm 31 de maio de 1994, a Associao Goiana dos Produtores de Alho - AGOPA -encaminhou Secretaria de Comrcio Exterior SECEX - pedido de abertura deinvestigao de dumping nas exportaes para o Brasil de alhos frescos ou refrigeradosoriginrios da Repblica Popular da China, doravante denominada tambm China.Apresentaram-se como partes interessadas as seguintes associaes de produtoresnacionais: Associao dos Produtores de Alho de Catalo (ASPAC), Associao dosProdutores de Alho do Distrito Federal e Regio Agroeconmica (APADF), Associaodos Comerciantes e Produtores de Alho de Inhumas (ACOPAI), Associao Catarinensedos Produtores de Alho (ACAPA) e Associao Nacional dos Produtores de Alho(ANAPA).A investigao foi aberta por meio da Circular SECEX no 87, de 5 de dezembro de 1994,publicada no Dirio Oficial da Unio (D.O.U.) de 8 de dezembro de 1994. Na sequnciado processo, foi imposto direito antidumping provisrio de 36% por intermdio da PortariaInterministerial MICT/MF no 13, de 29 de agosto de 1995, publicada no D.OU. de 30 deagosto.Em 17 de janeiro de 1996, por meio da Portaria Interministerial MICT/MF no 3, foiencerrada a investigao com a aplicao de direito antidumping definitivo na forma dealquota especfica de US$ 0,40/kg sobre as importaes de alhos frescos ourefrigerados, originrias da Repblica Popular da China, classificados nos cdigos0703.20.10 e 0703.20.90 da Nomenclatura Comum do MERCOSUL - NCM -, com prazode vigncia de cinco anos.1.2. Da primeira revisoEm 20 de junho de 2000, a SECEX publicou a Circular no 20, informando que o prazo devigncia do direito antidumping estabelecido pela Portaria Interministerial MICT/MF no 3expiraria em 18 de janeiro de 2001. Em 3 de julho de 2000, a Associao Nacional dosProdutores de Alho - ANAPA manifestou interesse na reviso do referido direito e, em 24de outubro de 2000, apresentou petio solicitando abertura de investigao para fins dereviso e prorrogao do prazo de vigncia do direito antidumping em questo. 4. A reviso foi aberta por meio da Circular SECEX no 1, publicada no D.O.U. de 9 dejaneiro de 2001. Na sequncia, concludos os exames pertinentes, a reviso foiencerrada em 21 de dezembro de 2001, com a publicao no D.O.U. da ResoluoCAMEX no 41, que alterou o direito antidumping aplicado nas importaes brasileiras dealhos frescos ou refrigerados, classificados nos itens 0703.20.10 e 0703.20.90 daNomenclatura Comum do MERCOSUL NCM-, originrias da Repblica Popular daChina, para a alquota especfica fixa de US$ 0,48/kg, com vigncia de at 5 anos.1.3. Da segunda revisoEm 9 de junho de 2006, a SECEX publicou a Circular no 43 informando que o prazo devigncia do direito antidumping estabelecido pela Resoluo CAMEX no 41 iria expirarem 21 de dezembro de 2006. A Associao Nacional dos Produtores de Alho, em 4 dejulho de 2006, encaminhou correspondncia manifestando interesse na prorrogao dodireito.(Fls. 4 da Circular SECEX no 59, de 09/11/2012)CircSECEX59_2012Em 21 de setembro daquele ano, a ANAPA, atendendo ao disposto no 1o do art. 57 doDecreto no 1.602, de 1995, encaminhou petio formalizando o pedido de prorrogaodo direito.A reviso foi aberta por meio da Circular SECEX no 84, publicada no D.O.U. de 14 dedezembro de 2006. Aps anlise do pleito e efetuadas as avaliaes previstas noregulamento brasileiro, a segunda reviso foi encerrada em 14 de novembro de 2007com a publicao no D.O.U. da Resoluo CAMEX No 52, de 23 de outubro de 2007,que prorrogou o direito antidumping definitivo na forma de alquota especfica fixa de US$0,52/kg, aplicado nas importaes brasileiras de alhos frescos ou refrigerados,classificados nos itens 0703.20.10 e 0703.20.90 da Nomenclatura Comum doMERCOSUL - NCM, originrias da Repblica Popular da China.1.4. Do processo atualA Circular SECEX no 55, de 8 de novembro de 2011, publicada no D.O.U. de 10 denovembro de 2011, tornou pblico que o direito antidumping aplicado s importaesbrasileiras de alhos frescos ou refrigerados originrias da Repblica Popular da Chinaseria extinto em 14 de novembro de 2012.Atendendo aos prazos prescritos na citada circular, a Associao Nacional dosProdutores de Alho ANAPA manifestou interesse na reviso e, em 10 de agosto de 5. 2012, protocolou, no Ministrio do Desenvolvimento Indstria e Comrcio Exterior -MDIC, petio de abertura da reviso nos termos do 1o do art. 57 do Decreto no 1.602,de 1995.Aps exame preliminar da petio, foi constatada a necessidade de esclarecimentosadicionais, os quais foram solicitados em 31 de agosto de 2012, por meio do Ofcio no06.163/2012/CGPI/DECOM/SECEX. A peticionria apresentou as informaescomplementares solicitadas em 20 de setembro de 2012.2. Do produto objeto da medida antidumpingSegundo informaes da investigao original, reproduzidas nas revises posteriores emantidas na petio atual, o produto chins se classifica de acordo com as disposiesestabelecidas pela Portaria no 242, de 17 de setembro de 1992, do Ministrio daAgricultura, Pecuria e Abastecimento, a qual apresenta a norma de identidade,qualidade, acondicionamento, embalagem e apresentao do alho.De acordo com o disposto na referida Portaria, entende-se por alho, independentementeda origem, o bulbo da espcie Allium sativum, que se apresenta fisiologicamentedesenvolvido, inteiro, sadio, isento de substncias nocivas sade e com ascaractersticas da cultivar - cor, nmero de bulbilhos por bulbo e forma - bem definidas.Adicionalmente, segundo a Portaria MAPA no 242, de 1992, o alho, produto objeto damedida antidumping, pode ser classificado em grupos, subgrupos, classes e tipos, deacordo com o disposto a seguir: a) Grupo: de acordo com a colorao da pelcula dobulbilho: a.1) branco; ou a.2) roxo; b) Subgrupo: de acordo com o nmero de bulbilhospor bulbo: b.1) nobre 5 a 20 bulbilhos por bulbo; b.2) comum mais de 20 bulbilhos porbulbo; c) Classes: de acordo com o maior dimetro transversal do bulbo, pode serclassificado nas classes de 3 a 7, conforme a tabela a seguir:(Fls. 5 da Circular SECEX no 59, de 09/11/2012)CircSECEX59_2012Classes para Classificao do Alho Classe Dimetro Transverso ( em mm) 7 Mais de 566 Mais de 47 at 56 5 Mais de 42 at 47 4 Mais de 37 at 42 3 Mais de 32 at 37Misturada Composio com mais de uma classed) Tipo: Independente do grupo, subgrupo e classe a que pertena, o alho classificadocomo EXTRA, ESPECIAL ou COMERCIAL, de acordo com os percentuais de defeitosgerais e/ou graves estabelecidos pela referida Portaria e reproduzidos na tabela a seguir:Tipos de alhos 6. TIPOBulbo ChochoChochamento ParcialDano/ doenaBrotado MofadoBulbo abertoDefeitos gerais agregados Extra 0 2 0 0 0 2 5 Especial 2 6 2 2 2 3 15 Comercial 2 6 2 2 23 20sendo, Extra a somatria dos defeitos graves fica limitada a 2%; Especial a somatriados defeitos graves fica limitada a 8%; e Comercial a somatria dos defeitos graves ficalimitada a 15%O produto objeto da medida antidumping o alho importado da Repblica Popular daChina, definido como sendo o bulbo da espcie Allium Sativum que, independente da suacolorao, classificado no subgrupo de alhos nobres, das classes 5, 6 e 7, do tipoextra.2.1. Do produto fabricado no BrasilO produto similar nacional, de acordo com o entendimento j registrado desde ainvestigao original, o alho produzido e comercializado no Brasil, classificado no grupode alhos roxos, subgrupo de alhos nobres, das classes 5, 6 e 7, do tipo Extra.2.2. Da similaridade dos produtosConforme constatado desde a investigao original, tanto o alho importado da China,como o alho produzido no Brasil, so definidos em maior proporo eindependentemente da sua colorao de acordo com as normas da Portaria MAPA no242, de 1992, no subgrupo de alhos nobres, classes 5, 6 e 7 e tipo extra.Nos termos do 1o do art. 5o do Decreto no 1.602, de 1995, considera-se produtosimilar aquele produto idntico, igual sob todos os aspectos ao produto que se estexaminando, ou, na ausncia de tal produto, outro produto que, embora no exatamenteigual sob todos os aspectos, apresente caractersticas muito prximas s do produto quese est considerando.Face semelhana das caractersticas intrnsecas dos alhos nacional e chins, quaissejam suas propriedades qumicas, fsicas e organolpticas; assim como a classificaosegundo as normas da 7. (Fls. 6 da Circular SECEX no 59, de 09/11/2012)CircSECEX59_2012Portaria MAPA no 242, de 1992, e, considerando o uso destes produtos, que so,precipuamente, a utilizao na alimentao humana, seja na culinria, como tempero,principalmente em refogados com leo e cebola, ou como guarnio, ou ainda comomedicamento da medicina alternativa, ratificou-se a concluso alcanada na investigaooriginal, reafirmada nas revises subsequentes, segundo a qual o produto fabricado noBrasil similar ao produto objeto do direito antidumping.2.3. Da classificao e do tratamento tarifrioA classificao do produto na Nomenclatura Comum do Mercosul NCM/SH encontra-sediscriminada a seguir, sendo que a evoluo das alquotas do Imposto de Importaoesto discriminadas na tabela a seguir.NCM 0703.20.10 Alho para semeadura. NCM 0703.20.90 Outros alhos.Imposto de ImportaoPERODOSNCM 0703.20.10 0703.20.90 Obs. 1o de julho de 2001 a 31 de dezembro de 2002 0,0%12,0% - 1o de janeiro de 2003 a 31 de dezembro de 2003 0,0% 11,5% - 1o de janeiro de2004 a 16 de fevereiro de 2004 0,0% 10,0% (1) 17 de fevereiro de 2004 a 6 de maro de2006 0,0% 14,0% (2) 7 de maro de 2006 em diante 0,0% 35,0% (3) (1) A ResoluoCAMEX no 41/03 extingue o acrscimo de 1,5 p.p. na alquota do I.I. do item. (2) Produtoincludo na Lista de Exceo TEC, anexo III, de que trata a Resoluo CAMEX no42/01, conforme Resoluo CAMEX no 4/04. (3) Produto includo na Lista de Exceescom alterao de alquota do I.I., conforme Resoluo CAMEX no 4/06.3. Da indstria domsticaA ANAPA rene e congrega todas as associaes estaduais de produtores de alho doBrasil, tendo capacidade para apresentar o pleito em nome da indstria domstica.Portanto, para fins de avaliao da probabilidade da retomada/continuao do dano, nahiptese de extino do direito antidumping em questo, considerou-se como indstriadomstica a totalidade dos produtores nacionais representados pela ANAPA.4. Da continuao ou retomada do dumpingSegundo o 1o do art. 57 do Decreto no 1.602, de 1995, para que um direito 8. antidumping seja prorrogado, deve ser demonstrado que a extino do mesmo levariamuito provavelmente continuao ou a retomada do dumping e do dano deledecorrente.A fim de avaliar se haveria indcios de continuao da prtica de dumping nasexportaes de alho originrias da China, foram avaliados o valor normal e o preo deexportao no perodo de julho de 2011 a junho de 2012, atendendo, por conseguinte, aoque dispe o 1o do art. 25 do Decreto no 1.602, de 1995.A avaliao preliminar indica que, no presente caso, trata-se de uma possvelcontinuao do dumping, como ser demonstrado.(Fls. 7 da Circular SECEX no 59, de 09/11/2012)CircSECEX59_20124.1. Do valor normalO art. 5o do Decreto no 1.602, de 1995, estabelece que o valor normal o preoefetivamente praticado para o produto similar nas operaes mercantis normais que odestinem a consumo interno no pas exportador.O art. 7o do Decreto no 1.602, de 1995 prev, no caso de pas de economia nopredominantemente de mercado, que o valor normal poder ser: a) o preo praticado ouo valor construdo do produto similar em um terceiro pas de economia de mercado; b) opreo praticado por este terceiro pas de economia de mercado na exportao paraoutros pases, exclusive o Brasil; ou ainda c) qualquer outro preo razovel, inclusive opreo pago ou a pagar pelo produto similar no mercado brasileiro, devidamente ajustado,se necessrio, a fim de incluir margem de lucro razovel.A peticionria, ao considerar que a China, para fins de investigao de defesa comercial,no considerada uma economia preponderantemente de mercado e alegando adificuldade de obteno de dados, indicou a Argentina como referncia paradeterminao do valor normal, a exemplo da ltima reviso, por ser este pas grandeprodutor mundial de alho e uma economia de mercado.Para indicao do valor normal, a peticionria se baseou no custo de produo do alhoargentino, cuja fonte foi o Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuria - INTA-, rgo daSecretaria de Agricultura, Granadera, Pesca y Alimentacin da Argentina.As informaes prestadas pelo INTA se referem ao custo de produo observado nacolheita 2011/2012 e contm os valores despendidos mensalmente em pesos/ha. Osdados contidos na petio indicam que teria sido obtido, ao final, um custo equivalente a 9. US$ [confidencial] por caixa de 10 kg, a partir da soma do gasto operacional com o gastode empacotamento utilizando-se a taxa mdia de $ 4,33/US$, bem como considerando oparmetro de rendimento de 1000 caixas de 10 kg por hectare.O gasto operacional informado, em peso argentino, alcanou $ [confidencial]. Este valorfoi convertido pelo INTA para dlares dos Estados Unidos da Amrica utilizando-se a taxade 4,25/US$, e resultou no custo de US$ [confidencial] por caixa de 10 kg.Em relao ao custo de empacotamento, o INTA apurou um valor de [confidencial] pesospor caixa de 10 kg, referente totalizao de [confidencial] caixas. Este valor foiconvertido para dlares dos EUA pelo INTA utilizando-se a taxa de 4,43/US$, de modoque o custo de empacotamento teria sido de US$[confidencial] por caixa de 10 kg.No obstante o INTA ter utilizado uma taxa de cmbio mdia de 4,34/US$, calculada poraquele instituto como sendo a mdia das taxas de cmbio de 4,25/US$ e 4,43/US$,julgou-se apropriado expandir o perodo de apurao da mdia, visto que no haviainformao a respeito da data em que a taxa de cmbio utilizada pelo INTA havia sidoapurada e dado que os custos referentes produo so diludos ao longo do perodo.A taxa mdia de cmbio, na condio venda, de pesos argentinos para dlar dos EUA,no perodo de julho de 2011 a junho de 2012, segundo informaes divulgadas peloBanco Central do Brasil, atingiu 4,30/US$. Apesar de esta taxa ser muito prxima da taxamdia utilizada pelo INTA, optou-se por corrigir os custos reportados de produo e deempacotamento. Deste modo, os custos operacionais e de empacotamento corrigidosforam, respectivamente, de US$ [confidencial] e de US$ [confidencial]. Deste modo, ocusto total foi equivalente a US$ [confidencial] por caixa de 10 kg.(Fls. 8 da Circular SECEX no 59, de 09/11/2012)CircSECEX59_2012Tendo em vista que os valores referentes aos custos de comercializao ou margemmdia de lucro no estavam disponveis, para fins de abertura, optou-se por utilizar umvalor normal parcial, construdo, na condio ex-fbrica, a partir dos custos de produoe de empacotamento, conforme a tabela a seguir. Para fins de abertura, considerou-seque a utilizao de um valor normal parcial seria oportuno, dado que sua utilizao nessemomento no implica prejuzo a nenhuma parte interessada.Valor Normal Parcial TOTAL = VALOR NORMAL PARCIAL US$ 17,71/caixa de 10 kg4.2. Do preo de exportaoComo j mencionado, no obstante a aplicao do direito antidumping, as importaes 10. de alho originrias da China no tiveram sua tendncia de aumento interrompida, aocontrrio, conforme ser visto adiante, estas importaes apresentaram elevao aolongo do perodo sob avaliao.Em consulta aos dados detalhados de importao, disponibilizados pela SecretariaReceita Federal do Brasil - RFB, do Ministrio da Fazenda, obtiveram-se os preosmdios das importaes de alho originrias da China, ms a ms, para o perodo antesindicado, na condio FOB.Preos Mdios Mensais de Exportao (Jul/11=100) Ms/Ano Valor (US$) Quantidade(kg)Preo Mdio US$ FOB/kg julho/11 100 100 100 agosto/11 111 162 69 setembro/11 78155 50 outubro/11 73 159 46 novembro/11 74 135 55 dezembro/11 42 91 46 janeiro/12 1530 49 fevereiro/12 14 32 45 maro/12 18 41 43 abril/12 38 74 52 maio/12 72 133 54junho/12 55 95 58 Total [confidencial] [confidencial] 0,760Deste modo, o preo de exportao mdio ponderado apurado correspondente ao alhochins alcanou US$ 0,760/kg, o equivalente a US$ 7,60 por caixa de 10 kg, na condioFOB.4.3. Da margem de dumpingA tabela a seguir apresenta as margens absoluta e relativa de dumping, sendo que aprimeira foi obtida a partir da comparao entre o valor normal parcial e o preo deexportao, tendo a segunda sido calculada pela razo entre a margem absoluta dedumping e o preo de exportao.(Fls. 9 da Circular SECEX no 59, de 09/11/2012)CircSECEX59_2012Margem de Dumping ApuradaValor Normal Parcial (US$/caixa)Preo de Exportao FOB (US$/caixa)Margem Absoluta de Dumping (US$/caixa)Margem Relativa de Dumping (%) 17,71 7,60 10,11 132,72Embora o valor normal utilizado seja parcial e embora os preos considerados (valornormal parcial e preo de exportao) no estejam na mesma condio de venda, ainda 11. assim a comparao entre eles, para fins de abertura da presente reviso, pode serconsiderada adequada, uma vez que, ela evidenciou haver indcios de continuao dedumpimg. importante ressaltar que, caso fossem efetuados os ajustes necessrios para trazer ovalor normal e o preo de exportao mesma condio de venda, a margem dedumping apurada seria ainda superior. Portanto, tal metodologia no prejudicou osprodutores/exportadores chineses. Todavia, far-se- necessrio, ao longo da presentereviso, apurar o valor normal efetivo, ou seja, o custo de produo do alho acrescidodos custos de comercializao e do respectivo lucro.4.4. Dos indcios da continuao do dumpingA comparao entre o valor normal parcial e o preo de exportao apurados indicouhaver indcios de continuidade da prtica de dumping nas exportaes de alho da Chinapara o Brasil no perodo compreendido entre 1o de julho de 2011 e 30 de junho de 2012.Por esta razo, h indcios de que a extino do direito antidumping levar, muitoprovavelmente, continuao da prtica de dumping.5. Dos indicadores de mercado e da indstria domsticaSegundo o regulamento brasileiro, todo direito antidumping ser extinto no mximo emcinco anos aps a sua aplicao, ou cinco anos a contar da data da concluso da revisomais recente, sendo possvel a prorrogao do prazo na forma da lei.Segundo o disposto no 1o do art. 57 do Decreto no 1.602, de 1995, o prazo deaplicao de direitos antidumping poder ser prorrogado mediante requerimento,devidamente fundamentado, formulado pela indstria domstica ou em seu nome, poriniciativa dos rgos ou entidades da Administrao Pblica Federal, ou da SECEX,desde que demonstrado que a extino dos direitos levaria muito provavelmente continuao ou retomada do dumping e do dano dele decorrente.A anlise dos indicadores de mercado e de desempenho da indstria domstica comvista avaliao da retomada/continuidade do dano decorrente do dumping abrangeu operodo de julho de 2007 a junho de 2012, como segue: P1 1o de julho de 2007 a 30 dejunho de 2008; P2 1o de julho de 2008 a 30 de junho de 2009; P3 1o de julho de2009 a 30 de junho de 2010; P4 1o de julho de 2010 a 30 de junho de 2011; e P5 1ode julho de 2011 a 30 de junho de 2012.5.1. Das importaes5.1.1. Do volume das importaesA maior parte das importaes de alho foi efetivada sob o cdigo NCM 0703.20.90 - 12. outros alhos. Importa destacar que as importaes realizadas sob o cdigo NCM0703.20.10, alhos para semeadura,(Fls. 10 da Circular SECEX no 59, de 09/11/2012)CircSECEX59_2012foram efetuadas somente em P2 e em P5 e corresponderam a 0,04% e a 0,02%,respectivamente, das importaes totais nestes perodos.Tendo em vista que a medida antidumping em vigor foi aplicada para ambas as NCMs, astabelas que tratam da importao de alhos incluem as duas NCMs, englobando, portanto,toda a subposio 0703.20.Com o objetivo de considerar um panorama amplo das importaes de alho originriasda China, optou-se por avaliar o comportamento destas importaes nos ltimos 10anos. A tabela a seguir mostra a evoluo das importaes brasileiras de alhos noperodo de 1o de julho de 2002 a 30 de junho de 2012, com destaque para asimportaes originrias da China.Importaes Brasileiras de Alho (em toneladas) (jul 2001 a jun 2002 = 100)ORIGEMJul 2001 a jun 2002Jul 2002 a jun 2003Jul 2003 a jun 2004Jul 2004 a jun 2005Jul 2005 a jun 2006Jul 2006 a jun 2007Jul 2007 a jun 2008Jul 2008 a jun 2009Jul 2009 a jun 2010Jul 2010 a jun 2011Jul 2011 a jun 2012 China 100 123 101 219 263 239 278 253 435 247 400 Imp. Total 100107 111 159 155 169 175 162 205 175 205 13. Cabe recordar que, de acordo com o processo original e as revises subsequentes, asprimeiras importaes de alho da China foram realizadas em 1993, quando alcanaram[confidencial] toneladas. Nos anos seguintes, 1994 e 1995, evoluram para [confidencial]e [confidencial] toneladas, respectivamente. Aps a entrada em vigor do direitoantidumping definitivo, as importaes chinesas registraram, em 1996, [confidencial]toneladas. A partir de ento, estas importaes foram reduzidas, chegando a se manterentre [confidencial] e [confidencial] toneladas nos anos de 1998, 2000 e 2001. Importadestacar que estes dados so referentes ao perodo de janeiro a dezembro de cada anoe, ainda assim, apontam para a eficcia da medida aplicada.De acordo com a tabela anterior, verifica-se que, a partir de 2001, as importaesoriginrias da China, divididas conforme o perodo da investigao, ou seja, de julho ajunho, assumiram uma trajetria preponderantemente ascendente, no obstante amedida de defesa comercial em vigor ter sido corrigida e aumentada em dezembro de2001 e em outubro de 2007. Verifica-se tambm a evoluo da participao dasimportaes chinesas no total importado. Estas importaes representaram 33,9%, noperodo de julho de 2001 a junho de 2002, e passaram a representar 66,2%, no perodode julho de 2011 e junho de 2012. Cabe destacar que, no perodo compreendido de julhode 2009 a junho de 2010, as importaes chinesas alcanaram 72% do total de alhosimportados pelo Brasil. Estes dados sugerem que, ao contrrio do efeito positivo inicial,alcanado aps a entrada do direito antidumping definitivo em vigor, as correesefetuadas posteriormente tiveram efeito limitado.A fim de avaliar o comportamento das importaes de alho originrias da China dentro doperodo de avaliao de dano, foi elaborada a tabela a seguir, que mostra a evoluo dasimportaes brasileiras de alhos no perodo de julho de 2007 a junho de 2012,subdividido conforme indicado anteriormente neste Anexo.(Fls. 11 da Circular SECEX no 59, de 09/11/2012)CircSECEX59_2012Importaes Brasileiras de Alho NCMs 0703.20.90 e 0703.20.10 (em kg) (P1=100)Origem P1 P2 P3 P4 P5 China 100 91 157 89 144 Total (em anlise) 100 91 157 89 144Argentina 100 95 65 110 81 Mxico - 100* 736 320 419 Chile - 100* 197 154 942Espanha - 100* 2.884 1.090 71 Outros 100 38 3 54 107 Total (exceto anlise) 100 95 71112 85 Total geral 100 93 117 100 117 * Para o Mxico, Chile e Espanha (P2=100)Evoluo Relativa das Importaes NCMs 0703.20.90 e 0703.20.10 (em %) OrigemPerodo P1/P2 P2/P3 P3/P4 P4/P5 P5/P1 China -8,91 71,97 -43,17 61,95 44,18 Total (emanlise) -8,91 71,97 -43,17 61,95 44,18 Argentina -5,36 -31,80 69,77 -26,14 -19,08 14. Mxico - 636,07 -56,57 31,11 - Chile - 96,53 -21,71 512,25 - Espanha - 2784,00 -62,21-93,49 - Outros -61,76 -91,16 1495,99 97,56 6,57 Total (exceto em anlise) -5,30 -25,2358,05 -23,62 -14,52 Total geral -7,24 26,03 -14,78 14,44 17,00Observa-se que no perodo de anlise atual, houve elevao equivalente a 44,18 %, deP1 a P5, nas importaes de alho originrias da China, embora esta elevao no tenhasido homognea. De P1 para P2 houve reduo de 8,9%. Em seguida, registrou-seelevao de 72% de P2 para P3. De P3 para P4 houve nova reduo, equivalente a-43,2%. De P4 para P5 houve nova recuperao, desta vez da ordem de 62%. Emvalores absolutos, estas importaes saltaram de [confidencial] toneladas em P1 para[confidencial] toneladas em P5.Participao Relativa das Importaes (em %)OrigemPerodo P1 P2 P3 P4 P5 China 53,70 52,73 71,95 47,98 66,17 Total (em anlise) 53,7052,73 71,95 47,98 66,17 Argentina 45,75 46,67 25,25 50,31 31,64 Mxico - 0,14 0,810,41 0,46 Chile - 0,16 0,25 0,23 1,18 Espanha - 0,08 1,72 0,76 0,04 Outros 0,56 0,230,02 0,30 0,51 Total (exceto em anlise) 46,30 47,27 28,05 52,02 33,83 Total geral100,00 100,00 100,00 100,00 100,00(Fls. 12 da Circular SECEX no 59, de 09/11/2012)CircSECEX59_2012A anlise tabela anterior permitiu constatar o aumento da participao chinesa nasimportaes brasileiras de alho. Em P1, estas importaes equivaliam a 53,7% do totalimportado; em P5, responderam por 66,2% do total.Cabe ressaltar que a China e a Argentina tm sido os principais pases fornecedores dealhos para o Brasil. No que se refere ao perodo desta avaliao, em P1 a China j era aprincipal fornecedora, com 53,7% das importaes brasileiras, posio esta mantida atP3. Em P4, a Argentina ocupou o posto, tendo sido responsvel pelo fornecimento de50,3% das importaes brasileiras, mas foi novamente superada pela China em P5, queforneceu 66,2% do total importado pelo pas.Cabe destacar que, de acordo com tabela anterior, verificou-se que as importaesbrasileiras de alho chins registraram o maior crescimento relativo ao longo do perodoinvestigado. De P1 para P5, o aumento dessas importaes chinesas foi equivalente a44,2%, enquanto o volume total das importaes, isto , considerando todas as origens,cresceu 17%. A participao do produto da Argentina apresentou reduo equivalente a 15. 14,1 p.p. de P1 para P5. Quanto s importaes originrias dos demais pases, aparticipao destas praticamente se manteve inalterada.5.1.2. Do valor das importaesAs trs tabelas adiante congregam as importaes brasileiras de alho, em valores CIF, eexpem sua evoluo e sua participao no total das importaes brasileiras.Importaes Brasileiras de Alho (US$ CIF) (P1=100)ORIGEMPerodo P1 P2 P3 P4 P5 China 100 83 314 276 218 Total sob anlsie 100 83 314 276218 Argentina 100 84 117 263 120 Mxico - 100* 870 774 1.136 Chile - 100* 475 5451.656 Espanha - 100* 3.719 1.827 149 Outros 100 39 13 266 272 Total exceto sobanlise 100 85 124 268 128 Total Geral 100 84 200 271 164 * Para o Mxico, Chile eEspanha (P2=100)Evoluo Relativa das Importaes de Alho (em % sobre valor CIF, em US$) OrigemPerodo P1/P2 P2/P3 P3/P4 P4/P5 P5/P1 China -16,73 276,52 -11,92 -21,13 117,80 Total(em anlise) -16,73 276,52 -11,92 -21,13 117,80 Argentina -15,44 38,22 124,65 -54,3619,82 Mxico - 769,58 -11,02 46,77 - Chile - 375,33 14,70 203,82 - Espanha - 3618,47-50,87 -91,82 - Outros -60,77 -67,37 1976,60 2,16 171,55 Total (exceto em anlise)-15,10 45,84 116,48 -52,09 28,41 Total geral -15,75 136,80 35,98 -39,52 64,08(Fls. 13 da Circular SECEX no 59, de 09/11/2012)CircSECEX59_2012A anlise das tabelas anteriores permitiu concluir pela existncia de aumento dasimportaes brasileiras de alho, em valores CIF (US$). Quanto evoluo do principalfornecedor, de P1 para P5, as importaes originrias da China aumentaram 117,80%.Observou-se que houve oscilao ao longo do perodo, de modo que, de P1 para P2,houve reduo de 16,73%; em seguida, houve elevao de 276,52%, de P2 para P3; e,na sequncia, registrou-se reduo de 11,92%, de P3 para P4, e, por fim, de P4 para P5,houve nova reduo, de 21,13%.Observou-se que o valor das importaes originrias da Argentina apresentou elevaode 19,82%, de P1 para P5, e que estas tambm oscilaram ao longo do perodo, mas, seucrescimento acumulado foi muito inferior ao registrado nas importaes de origemchinesa.Participao das Importaes de Alho (em % sobre valor CIF, em US$) Origem Perodo 16. (participao) P1 P2 P3 P4 P5 China 39,90 39,43 62,70 40,61 52,96 Total (em anlise)39,90 39,43 62,70 40,61 52,96 Argentina 59,71 59,93 34,98 57,79 43,60 Mxico - 0,170,62 0,40 0,98 Chile - 0,20 0,41 0,35 1,74 Espanha - 0,08 1,27 0,46 0,06 Outros 0,390,18 0,03 0,39 0,65 Total (exceto em anlise) 60,10 60,57 37,30 59,39 47,04 Total geral100,00 100,00 100,00 100,00 100,00Em relao participao no valor total importado, verificou-se que as importaesoriginrias da Argentina, em termos CIF (US$), retrocederam de 59,71% em P1 para43,60% em P5, ao contrrio do produto chins, que passou de 39,90% para 52,96% nomesmo perodo.5.1.3. Do preo das importaesA tabela a seguir sintetiza a evoluo do preo das importaes brasileiras de alho nosperodos considerados, podendo-se observar que o preo CIF, em US$, dos doisprincipais fornecedores oscilou de P1 para P5, com ambos apresentando reduo de P1para P2, aumentos sucessivos de P2 a P4 e reduo de P4 para P5.Evoluo dos Preos de Importao de Alho (em US$ CIF/kg) (P1=100) ORIGEMPerodo P1 P2 P3 P4 P5 China 100 92 200 308 151 Total (em anlise) 100 92 200 308151 Argentina 100 89 182 241 149 Mxico - 100* 118 241 270 Chile - 100* 242 355 176Espanha - 100* 129 168 210 Outros 100 102 379 493 254 Total (exceto em anlise) 10089 175 239 150 Total Geral 100 91 171 273 141 * Para o Mxico, Chile e Espanha(P2=100)(Fls. 14 da Circular SECEX no 59, de 09/11/2012)CircSECEX59_2012Verificou-se que os preos de importao de alho da China foram, preponderantemente,os mais baixos em todos os perodos. Comparando-se os preos chineses com ospreos argentinos, notou-se que o preo chins representou cerca de 60% do preoargentino.Evoluo Relativa dos Preos de Importao (em %) Origem Perodo P1/P2 P2/P3 P3/P4P4/P5 P5/P1 China -8,59 118,94 54,99 -51,30 51,06 Total (em anlise) -8,59 118,9454,99 -51,30 51,06 Argentina -10,65 102,68 32,32 -38,21 48,07 Mxico - 18,14 104,8911,95 - Chile - 141,86 46,49 -50,38 - Espanha - 28,93 30,01 25,52 - Outros 2,58 269,1830,11 -48,29 154,81 Total (exceto em anlise) -10,35 95,05 36,97 -37,28 50,22 Total geral-9,18 87,90 59,56 -48,50 40,23Com relao ao quadro evolutivo dos preos, verificou-se que, no perodo de P1 a P5, os 17. exportadores chineses aumentaram seus preos em 51,06%, enquanto o preo mdiodos exportadores argentinos subiu 48,07%. Ainda assim, cabe recordar que, conforme japontado neste Anexo, houve aumento da participao dos alhos chineses no total dasimportaes brasileiras.5.2. Das importaes e do consumo nacional aparente - CNA5.2.1. Da participao das importaes originrias da China no CNAPara dimensionar o CNA foram considerados os volumes de vendas de alho no mercadointerno, fornecidos pela peticionria, e as quantidades importadas, registradas nos dadosfornecidos pela RFB.Consumo Nacional Aparente (em kg)PerodoVendas da Indstria DomsticaImportaes Objeto do DireitoImportaes Outros PasesCNA P1 100 100 100 100 P2 92 91 95 92 P3 107 157 71 113 P4 85 89 112 95 P5 143144 85 126Os dados da tabela anterior apontaram o crescimento absoluto do CNA ao longo doperodo sob avaliao. De P1 para P5, este aumentou 26,2%, tendo passado a consumirmais de [confidencial] toneladas de alho. No mesmo perodo, as importaes de origemchinesa aumentaram 44,2% e as vendas da indstria domstica aumentaram 42,8%. Asimportaes originrias das demais origens, por outro lado, diminuram 14,5%.(Fls. 15 da Circular SECEX no 59, de 09/11/2012)CircSECEX59_2012Participao das Importaes no CNA (em %)PerodoVendas da Indstria DomsticaImportaes Objeto do DireitoImportaes Outros Pases 18. CNA P1 35,8 34,5 29,7 100 P2 35,6 34,0 30,5 100 P3 33,8 47,6 18,6 100 P4 32,4 32,435,2 100 P5 40,5 39,4 20,1 100A participao das importaes originrias da China no CNA oscilou ao longo do perodo.Aps retrocederem 1,5 ponto percentual (p.p.) de P1 para P2, houve aumentosignificativo, de 13,6 p.p., de P2 para P3, de modo que a participao destas importaespassou de 34% para 47,6%. Em seguida houve reduo significativa, de P3 para P4, enovo avano, de P4 para P5. Considerando-se o perodo de P1 a P5, a participao dasimportaes de origem chinesa absorveu 4,9 p.p. do CNA.Por outro lado, a participao da indstria domstica no CNA retrocedeu sucessivamenteat P4, tendo diminudo 3,4 p.p. nesse perodo. Cabe destacar que no momento em queas importaes de origem chinesas alcanaram 47,6% do CNA, em P3, a participao daindstria domstica representou apenas 33,8% deste. O equilbrio entre a indstriadomstica e as importaes de origem chinesa somente voltou a ocorrer em P4, masesta acomodao foi devida queda da participao do produto chins no CNA, dadoque a participao da indstria domstica, na verdade, retrocedeu. Somente de P4 paraP5 houve elevao da participao da indstria domstica no CNA, o qual foiacompanhado pelo avano das importaes de origem chinesa e reduo dasimportaes originrias dos demais fornecedores.Estes dados indicam a forte concorrncia que existe entre as vendas da indstriadomstica e as importaes do produto chins. Nota-se, tambm, que as vendas daindstria domstica, em nenhum momento, foram significativamente superiores simportaes originrias da China.Com relao s importaes de alho dos outros pases, estas oscilaram ao longo doperodo. Considerando-se o perodo de P1 para P5, a participao destas importaesretrocedeu 9,6 p.p. no CNA, mas, dada as oscilaes registradas, no se pode inferirdestes dados que haja uma tendncia irreversvel de queda.A participao das importaes totais no CNA, em todos os perodos, foi superior daindstria domstica. Ao longo de todo o perodo, a indstria domstica respondeu, emmdia, por cerca de 35% do CNA. Importa ressaltar que parte da produo nacional dealhos, cerca de [confidencial]%, armazenada para ser utilizada como semente naprxima safra, o que reduz a capacidade efetiva de oferta da indstria domstica.No que se refere participao das importaes, aparentemente, houve relao inversaentre as importaes originrias dos demais pases e aquelas originrias da China. Ouseja, parece que o produto chins vem substituindo o produto de outras origens nomercado brasileiro.Importa ressaltar que, em relao ao mercado brasileiro, o alho possui preo mnimo 19. estabelecido pelo Governo Federal e revisado a cada safra. O preo mnimo que vigorouna safra 2011/2012 foi estabelecido pela Portaria do Ministrio da Agricultura, Pecuria eAbastecimento no 533, de 2011, que definiu o preo mnimo nas operaes deEmprstimo do Governo Federal (EGF). Esta modalidade de emprstimo possibilita avenda escalonada com preos mdios durante o perodo de comercializao, que(Fls. 16 da Circular SECEX no 59, de 09/11/2012)CircSECEX59_2012pode se prolongar por at 6 meses, favorecendo o produtor nacional. Para a safra de2011/2012 o preo mnimo alcanou R$ 2,45/kg.Em relao preferncia do consumidor brasileiro, a peticionria defendeu que estaseria influenciada pelo preo e pela aparncia do alho. Neste cenrio, sendo ambos, oalho nacional e o chins, de boa aparncia, o alho chins prevaleceria sobre o alhonacional devido prtica de dumping, tornando o preo com que o alho importado daChina ofertado no mercado brasileiro inferior ao preo da indstria domstica.A peticionria destacou ainda que a oferta chinesa seria favorecida pela utilizao detcnicas de frigoconservao, que permitiria ofertar o produto ao longo de todo o ano,havendo, portanto, uma concorrncia permanente com o produto brasileiro.Adicionalmente, outro fator que pressionaria para baixo o preo do alho chins seria asua qualidade, especialmente no perodo ps frigoconservao, quando a incidncia dealhos brotados, mofados ou chochos aumentaria,o que provocaria queda nos preospara favorecer sua comercializao.5.2.2. Da relao entre as importaes originrias da China e a produo nacionalA tabela a seguir mostra a relao entre as importaes de alho da China e a produonacional.Importaes Originrias da China e Produo Nacional (em toneladas) (P1=100)PerodoProduo Nacional (A)Importaes Origens Investigadas (B)Relao Produo e Importaes (B) / (A) % P1 [confidencial] [confidencial] 77,0 P2[confidencial] [confidencial] 76,4 P3 [confidencial] [confidencial] 141,1 P4 [confidencial][confidencial] 65,4 P5 [confidencial] [confidencial] 77,7 20. De acordo a tabela anterior, observou-se que as importaes originrias da China, emtoneladas, representaram volumes elevados da ordem de 77% da produo nacional dealho, em mdia, de P1 a P5, sendo que, em P3, estas importaes foram superiores produo nacional e alcanaram 141%.5.3. Do desempenho da indstria domstica5.3.1. Da rea plantada, da produo e da produtividadeDe acordo com a peticionria, os produtores nacionais de alho plantam e colhem suaslavouras em dois perodos distintos: na regio Sul o plantio feito nos meses de junho ejulho, a colheita, em novembro e dezembro, e a comercializao ocorre durante o 1osemestre do ano seguinte. Na regio Centro Oeste, o plantio feito nos meses de abril emaio, a colheita ocorre em julho e setembro, e a comercializao ocorre durante o 2osemestre. Com efeito, a produo nacional ofertada ao longo de todo o ano. Como japontado neste Anexo, os alhos chineses so ofertados no mercado brasileiro ao longode todo o ano, havendo, portanto, efeitos negativos tanto a produo da regio Sul, comopara aquela da regio Centro Oeste.A tabela que segue apresenta o comportamento da rea plantada e da produo de alhono Brasil.(Fls. 17 da Circular SECEX no 59, de 09/11/2012)CircSECEX59_2012rea Plantada, Produo Nacional e Produtividade (P1=100)Perodorea (ha)Variao (Pn+1/Pn) (%)Produo (tonelada)Variao (Pn+1/Pn) (%)Produtividade (kg/ha) P1 100 100 - 100 P2 91 -9,15 92 -8,2 101 P3 90 -0,64 85 -6,87 95P4 94 3,74 105 22,58 112 P5 114 21,77 114 9 125 P5/P1 14,03 14,22Como pode ser observado, a rea plantada no Brasil recuou 9,2%, de P1 para P2, tendo-se mantido estvel de P2 para P3. De P3 para P4, houve recuperao de 3,7% e, de P4a P5, nova recuperao, equivalente a 21,8%. Considerando-se o perodo de P1 a P5, 21. houve avano de 14%.A produo se comportou de forma anloga rea plantada, sendo que, de P1 para P5,o avano foi equivalente a 14,2%.A continuao da aplicao do direito antidumping, entretanto, ainda no foi suficientepara que a rea plantada e a produo nacional pudessem alcanar seu potencialprodutivo, que estimado em [confidencial] hectares segundo a ANAPA.Em relao produtividade, observa-se uma tendncia de elevao ao longo do perodoconsiderado. De P1 para P5, notou-se uma tendncia preponderante de elevao daprodutividade. O resultado acumulado de P1 para P5 foi elevao equivalente a 25,2%, oque permitiu que a produtividade saltasse de [confidencial] kg/ha, em P1, para[confidencial] kg/ha, em P5.Segundo a peticionria, os produtores nacionais tm recebido assistncia tcnica providapelas Secretarias Estaduais de Agricultura, por cooperativas e por empresas particulares.Com efeito, o Brasil apresentou evoluo tecnolgica, que permitiu que a produtividadepassasse de [confidencial] kg/ha, em 1997, para os valores j reportados, de[confidencial] kg/ha, na safra de 2011. Apesar da elevao na produtividade, apeticionria sustentou ser impraticvel concorrer com o alho chins devido ao dumpingpraticado por aqueles exportadores, que dominam o mercado mundial, como serabordado adiante.5.3.2. Das vendas da indstria domsticaNa prxima tabela pode-se observar o comportamento das vendas da indstriadomstica.Vendas da Indstria Domstica (P1=100) Perodo Vendas no Mercado Interno (kg) P1100 P2 92 P3 107 P4 85 P5 143As vendas reportadas pela indstria domstica apresentaram oscilao ao longo doperodo considerado. De P1 para P2, houve queda de 8,2%; de P2 para P3, houveelevao de 114,97%; de P3(Fls. 18 da Circular SECEX no 59, de 09/11/2012)CircSECEX59_2012para P4, houve retrao de 20% e, de P4 para P5, aumento de 67%. O resultadoacumulado de P1 a P5 revelou crescimento de 42,8%. 22. 5.3.3. Dos estoques da indstria domsticaSegundo informaes constantes da petio e dos processos anteriores, a indstriadomstica no opera com estocagem do produto devido s caractersticas especficas daproduo e da comercializao no Brasil. Dentre estes fatores, se destaca a pulverizaoda produo por pequenos produtores que no possuem cmaras frigorficas e recursospara financiar a manuteno de estoques. Segundo a peticionria, estes produtores, tologo terminada a colheita, preparam, embalam e vendem seus produtos.Outro fator que desestimula a manuteno de estoques a sazonalidade alternada daproduo nacional. Como j explicado, a regio Sul e a regio Centro Oestecomercializam sua produo em pocas diferentes, sendo primeira comercializadadurante o 1o semestre e a segunda no semestre subsequente. Com efeito, o alhonacional ofertado por todo o ano, no havendo, portanto, ocorrncia de entressafra,quando o aumento do preo decorrente da escassez do produto permitiria a recuperaodos custos adicionais de estocagem. Cabe ressaltar que a concorrncia com o alhochins, ofertado ao longo de todo o ano, tambm desestimula investimentos emmanuteno de estoques pela mesma razo apontada anteriormente.5.3.4. Do emprego e do salrio mdioSegundo informaes constantes na reviso anterior e na petio atual, o alho umacultura conhecida pela sua capacidade geradora de empregos. Para se cultivar 1 hectarede alho necessrio cumprir um grande nmero de etapas desde a debulha e plantio ato preparo para a comercializao.De acordo com a mesma fonte, a maioria dos produtores nacionais cultivam reasmdias inferiores a 2 hectares por famlia. Na regio Centro Oeste, as reas mdias deplantio so maiores do que na regio Sul. Estima-se que o nmero de produtores noBrasil, que j foi calculado em [confidencial] na dcada de 1990, atualmente estejareduzido a [confidencial].Segundo a ANAPA, a cultura de alho no Brasil extremamente vinculada mo de obra,gerando cerca de [confidencial] empregos por hectare plantado. A tabela a seguir mostrao nmero de empregos diretos e indiretos gerados no cultivo do alho no territrionacional.Evoluo do Emprego na Produo de Alhos (P1=100) Perodo Emprego P1 100 P2 91P3 90 P4 94 P5 114De acordo com a tabela anterior, verificou-se que de P1 para P2 houve reduoequivalente a 9,2%. De P2 a P3, no houve alterao significativa. Desde ento, tem sidoregistrada recuperao no emprego, a qual foi equivalente a 3,7%, de P3 para P4, e de 23. 21,8% de P4 para P5. Comparando-se os perodos inicial e final, observou-se que, de P1para P5, houve um aumento de [confidencial] empregos na atividade produtora, o queequivaleu a um aumento de 14% em termos relativos.(Fls. 19 da Circular SECEX no 59, de 09/11/2012)CircSECEX59_2012Apesar dos avanos recentes, a peticionria defendeu que, com a importao de alhochins e o consequente sufocamento da produo nacional, a cultura de alho nacionalno consegue atingir seu potencial, deste modo, a gerao de empregos no setor restaprejudicada.A tabela a seguir apresenta o salrio mdio na produo de alhos no Brasil. Para umaadequada avaliao da evoluo dos dados em moeda nacional, corrigiram-se os valorescorrentes com base no ndice Geral de Preos Disponibilidade Interna (IGP-DI).Evoluo do Salrio Mdio Corrigido Perodo Salrio Mdio P1 100 P2 102 P3 112 P4111 P5 117Considerando a massa salarial mdia na produo ao longo do perodo analisado,observa-se uma tendncia elevao dos salrios. De P1 para P2, o aumento alcanou2,2%; de P2 para P3, a elevao atingiu 10,1%; de P3 para P4, houve reduo de 1,2%;e de P4 para P5, houve recuperao de 4,9%. Comparando-se os extremos da srie,observou-se elevao equivalente a 16,5%.5.3.5. Do faturamento e do preo mdioA tabela a seguir, elaborada a partir dos valores fornecidos pela peticionria, apresenta ofaturamento e o preo mdio recebido pelos produtores nacionais, em reais corrigidospelo IGP-DI, acondicionados em caixas de 10 kg.Evoluo do Faturamento e dos Preos Mdios (P1=100)PerodosFaturamento (R$ corrigidos)Vendas Internas (kg)Preo Mdio (R$/10 kg)Variao Preos (Pn+1/Pn) (%) P1 100 100 100 - P2 102 92 111 11,06 P3 219 107 20584,67 P4 169 85 198 -3,45 P5 162 143 113 -42,78 P5/P1 - - - 13,3 24. Com base nos dados apurados, pde-se observar que o faturamento, em reaiscorrigidos, evoluiu 2%, de P1 para P2, e 115%, de P2 para P3; entretanto, houve reduoequivalente a 22,8% de P3 para P4, seguindo-se nova queda, de 4,5% de P4 para P5.Comparando-se P1 com P5, observou-se elevao de 61,8% no faturamento.Quanto aos preos, estes acompanharam a variao no faturamento, apresentandoelevao de P1 a P3 e reduo de P3 a P5. Comparando-se P1 com P5, observou-seelevao de 13,3%.(Fls. 20 da Circular SECEX no 59, de 09/11/2012)CircSECEX59_20125.3.6. Dos custos de produoA ANAPA apresentou a estrutura de custos para produo de alho para cada um dosperodos sob avaliao, conforme haviam sido definidos, ou seja, de julho a junho. Estasinformaes foram resumidas e esto apresentadas na tabela adiante.Custo de Produo Total (Mil R$ Corrigidos) (P1=100) Descrio P1 P2 P3 P4 P5Semente 100 138 199 195 132 Fertilizantes 100 153 119 101 119 Defensivos 100 103113 87 95 Servios Mecnicos 100 92 104 98 100 Servios Manuais 100 92 107 112 132Custos Fixos 100 97 102 97 104 Total 100 107 120 115 114 Custo (em R$/kg) 100 107120 115 115Verificou-se que o custo de produo, que no inclui despesas administrativas, gerais,financeiras e de vendas, apresentou elevao de 6,7%, de P1 para P2, e, em seguida,nova elevao, de 12,3%, de P2 para P3. A partir de ento, foi registrada queda de 4,1%,de P3 para P4, e de 0,4%, de P4 para P5. O resultado acumulado no perodo de P1 aP5, contudo, apresentou elevao de 14,5%.A anlise dos nmeros apresentados na tabela anterior permite concluir que os gastoscom sementes, fertilizantes e servios manuais so responsveis por parte substancialdo custo de produo.5.3.7. Da relao custo x preoPara proceder comparao entre custo e preo, utilizou-se o custo de produo de1200 caixas de 10 kg, informado na petio, e o preo de venda calculado pela relaoentre a produo e o faturamento. Conforme se nota nos resultados inseridos na tabela aseguir, exceo de P1, o custo de produo - que no computa as despesasadministrativas, gerais, financeiras e de vendas, por no estarem disponveis - foisuperior ao preo de venda em trs dos cinco perodos avaliados, P1, P2 e P5. Somente 25. nos perodos P3 e P4 o custo foi inferior ao preo de venda.Relao Custo de Produo x Preo (P1=100)PerodoCusto Produo R$/ caixa de 10 kg (A)Preo Venda R$/caixa de 10 kg (B)(A)/(B) (%) P1 [confidencial] [confidencial] 110,69 P2 [confidencial] [confidencial] 106,39P3 [confidencial] [confidencial] 64,72 P4 [confidencial] [confidencial] 64,26 P5[confidencial] [confidencial] 111,85Caso a soma das despesas administrativas, gerais, financeiras e de vendas, noconsideradas na estrutura de custo fornecida pela peticionria, fosse estimada em 15%do custo de produo e acrescida ao custo total, as perdas do setor, indicadas na tabelaanterior, seriam ainda maiores do que aquelas j apontadas.(Fls. 21 da Circular SECEX no 59, de 09/11/2012)CircSECEX59_20125.4. Do efeito sobre preoA subcotao avaliada mediante a comparao entre o preo de importao, includasas despesas inerentes internao do produto, e o preo de venda do produto nacional,na condio ex-fabrica. No presente caso, a comparao dos preos foi baseada emreais por caixas de 10 kg (R$/caixas de 10 kg) e considerou o efetivo recolhimentoreferente ao direto antidumping no clculo do preo internado do produto chins.O preo internado do alho chins foi calculado de acordo com os dados disponibilizadosna tabela a seguir. Como se pode observar, ao preo FOB, foram acrescentadas asdespesas com frete e seguro internacionais, resultando no preo CIF. A este foiadicionado o Imposto de Importao, o AFRMM, as despesas de internao e o direitoantidumping.Como se observa, considerando a relao entre o preo CIF internado, em Reais, e opreo da indstria domstica, em Reais, verificou-se que houve subcotao mdiaequivalente a 35% de P1 a P5. Em relao variao desta, de P1 para P2 houveelevao de 41,4%; de P2 para P3, houve elevao de 80,7%; de P3 para P4, houveretrao de 52,4%; e de P4 para P5, houve nova retrao, de 9,9%. Considerando osextremos da srie, houve elevao equivalente a 9,7% de P1 para P5. 26. Subcotao (P1=100) Item P1 P2 P3 P4 P5 CIF Internado (R$ corrigidos)/caixa de 10 kg100 96 179 237 115 Preo ID (R$ corrigidos/caixa de 10 kg) 100 111 205 198 113Subcotao (R$ corrigidos/caixa de 10 kg) 100 141 256 122 1105.5. Da concluso sobre os indicadores de mercado e da indstria domsticaDa anlise precedente dos indicadores do mercado brasileiro e da indstria domstica,verificou-se que, no perodo de vigncia do direito antidumping: a) a China se consolidoucomo a principal fornecedora de alho ao Brasil. As importaes de origem chinesapassaram de [confidencial] toneladas, em P1, para [confidencial] toneladas, em P5, o querepresentou um avano de 44% no perodo; b) observou-se que o mercado brasileiroalternou perodos de expanso e de retrao, mas obteve um resultado acumulado deexpanso equivalente a 26%, de P1 a P5. Neste contexto, registrou-se aumento daparticipao das importaes do alho chins, que superaram a da indstria domstica emdois dos cinco perodos; c) a produo da indstria domstica acompanhou ainstabilidade do mercado ao longo do perodo considerado, tendo apresentado perodosde queda e de expanso; considerando os extremos da srie, o resultado acumuladorevelou expanso de 43%. A rea plantada seguiu a mesma tendncia de instabilidade,mas, considerando o perodo de P1 a P5, apresentou elevao de 14%. Em relao produtividade nacional, houve significativa evoluo, tendo atingindo a marca de[confidencial] kg/ha em P5. Entretanto, apesar da evoluo nestes indicadores, aindstria nacional no conseguiu avanar de maneira consistente em direo plenautilizao de sua capacidade produtiva; d) o faturamento lquido obtido com as vendaspara o mercado interno, em reais corrigidos, tambm oscilou entre momentos deexpanso e de contrao ao longo do perodo. O resultado acumulado, de P1 a P5, foielevao de 62%; e) os preos mdios acompanharam a variao do faturamento, tendooscilado de P1 a P5. O resultado acumulado apresentou elevao equivalente a 13%. Deforma similar, o custo de produo de alho tambm oscilou ao longo do perodo, tendoapresentado um resultado acumulado de P1 a P5 equivalente a uma elevao de 15%; f)ao longo do perodo foi verificado que houve subcotao equivalente a 35%, em mdia,dos preos dos exportadores chineses em relao aos preos da indstria domstica; eg) verificou- se, por meio da relao custo/preo, que os custos de produo foramsuperiores ao preo de venda em trs dos cinco perodos avaliados.(Fls. 22 da Circular SECEX no 59, de 09/11/2012)CircSECEX59_20126. Da continuao/retomada do danoComo j citado neste Anexo, o 1o do art. 57 do Decreto no 1.602, de 1995, dispe que 27. o prazo de aplicao de direitos antidumping poder ser prorrogado medianterequerimento, desde que demonstrado que a extino dos direitos levaria muitoprovavelmente continuao ou retomada do dumping e do dano dele decorrente.A peticionria defendeu que o consumo de alho chins tem aumentado anualmente, emdetrimento do consumo do alho nacional, cuja produo tem se mantido estvel e abaixoda capacidade de produo. A peticionria apontou que, mesmo com a renovao damedida antidumping, em 2007, as importaes de alhos chineses se elevaram, de modoque a indstria nacional no pode se beneficiar efetivamente da expanso do mercadonacional.A ANAPA sustentou que, ao longo do perodo, no houve contrao da demanda,mudana no padro de consumo, existncia de prticas restritivas ao comrcio ouocorrncia de progresso tecnolgico que pudesse explicar o desempenho negativo daindstria domstica e o sobressalto da importao de alho chins. Adicionalmente, odesempenho exportador no pode ser apontado como fator explicativo do desempenhoda indstria domstica no mercado interno, dado que os volumes exportadosrepresentaram parcela insignificante da produo nacional.H indcios de que as importaes de alhos originrias da China, apesar da medidaantidumping em vigor, continuaram causando impactos negativos indstria domstica,caracterizados pelos reflexos no faturamento e nos preos da indstria domstica, quenem sequer puderam cobrir os custos de produo na maior parte do perodo sobavaliao.Cabe ressaltar ainda a permanente ameaa de elevao das importaes de alhoschineses, ainda maior do que as j registradas, caso o direito antidumping no sejarenovado. No obstante as alquotas do direito antidumping terem sido reajustadas naltima reviso, a proteo conferida no foi suficiente para permitir a recuperao e odesenvolvimento da indstria domstica, cuja produo permanece aqum dacapacidade produtiva.6.1. Da comparao entre o preo do alho importado da China e o preo do similarnacionalObservou-se em tabela anterior que o preo CIF do alho chins foi preponderantementeinferior aos preos ofertados no Brasil dos alhos produzidos em outros pases. No seriapreciso nem sequer converter os preos condio CIF internado para concluir que, sema cobrana do direito antidumping de US$ 0,52/kg, aplicado atualmente s importaesde alho da China, o custo para importar o alho chins se situaria em patamar inferior aode qualquer outro fornecedor.O preo do alho chins, em CIF (US$)/kg, sem a incidncia do direito antidumping, 28. estaria em condies mais favorveis ainda que os preos dos demais exportadoresinternacionais, o que pode explicar o avano na participao destas importaes nomercado brasileiro, inclusive em detrimento da retrao das importaes de terceirospases.Com relao ao preo do produto nacional, no diferente. O alho chins ingressou nopas a preos subcotados em relao aos preos da indstria domstica. Em P5, comoapresentado na tabela 27, caso o direito antidumping no tivesse sido cobrado, o produtochins teria sido internado no Brasil ao preo mdio de R$ [confidencial]/caixa de 10 kg.Ou seja, teria havido uma subcotao de R$(Fls. 23 da Circular SECEX no 59, de 09/11/2012)CircSECEX59_2012[confidencial]/caixa de 10 kg. Isto significa que o preo do produto chins teriacorrespondido a 39,7% do preo do alho nacional.Pode-se concluir haver indcios que a extino do direito antidumping dar aosexportadores chineses, em razo da prtica do dumping, uma vantagem econmicaainda maior, traduzida num maior ingresso de seu produto no mercado brasileiro, o queprovavelmente causar dano indstria domstica.6.2. Do potencial exportador da China6.2.1. Da rea plantada/produoAs anlises apresentadas a seguir se basearam nos relatrios da FAO - Food andAgriculture Organization, reproduzidos pela ANAPA na petio e conferidos junto FAO.Cabe ressaltar que podem ocorrer discrepncias entre os dados que seguem e aquelesinformados na petio. Estas divergncias se devem ao fato de os nmeros da ANAPArestringem-se s informaes fornecidas pelas associaes estaduais, que por sua vezse baseiam nos dados coletados junto s associaes filiadas, enquanto os nmeros daFAO so projees economtricas que abrangem um universo de produtores e produono necessariamente igual considerada pela ANAPA. Por outro lado, importa destacarque os dados, se no exatamente iguais, so muito prximos e permitem conclusessimilares.A tabela apresentada a seguir contm os dados referentes rea plantada mundial, emhectares.rea Plantada Mundial (em ha) Origem 2007 2008 2009 2010 2011 China 756.556822.140 779.232 786.144 * Total (em anlise) 756.556 822.140 779.232 786.144 * ndia 29. 159.200 206.120 166.210 164.860 * Bangladesh 38.807 33.607 34.319 37.055 * Mianmar26.300 28.700 25.900 28.400 * Rssia 29.730 25.470 27.200 26.800 * Coreia do Sul26.986 28.416 26.323 22.414 * Ucrnia 18.300 17.300 18.900 19.500 * Etipia 9.2669.317 14.137 15.361 * Espanha 16.686 15.473 16.000 14.200 * Argentina 15.600 14.14713.937 14.000 * Romnia 11.431 13.773 13.142 12.803 * Arglia 11.976 11.456 11.19312.100 * Tailndia 12.094 13.821 11.094 10.836 * Brasil 11.258 10.228 10.063 10.451 *Outros 159.971 155.724 149.921 144.399 * Total (exceto em anlise) 547.605 583.552538.339 533.179 * Total geral 1.304.161 1.405.692 1.317.571 1.319.323 * * no hinformaes disponveis para 2011A avaliao dos dados precedentes aponta que a hegemonia da produo de alho daChina na produo mundial inquestionvel. Em termos relativos, conforme a tabelaseguinte, a rea plantada chinesa tem representado, em mdia, 60% do total mundial. Area plantada brasileira representou 0,79% da rea mundial plantada e 1,33% da reaplantada na China.(Fls. 24 da Circular SECEX no 59, de 09/11/2012)CircSECEX59_2012Em termos relativos, a participao da rea plantada na China, em relao reaplantada no mundo, teve pequena variao de 2007 a 2010. Por outro lado, a reaplantada brasileira variou ao longo do perodo, mas apresentou reduo quandocomparado os extremos da srie. Cabe apontar que a rea plantada da Argentina,tradicional competidor no mercado brasileiro, retrocedeu ao longo do perodoconsiderado.Participao Relativa da rea Plantada (em %) Origem 2007 2008 2009 2010 2011 China58,01 58,49 59,14 59,59 * Total (em anlise) 58,01 58,49 59,14 59,59 * ndia 12,21 14,6612,61 12,50 * Bangladesh 2,98 2,39 2,60 2,81 * Mianmar 2,02 2,04 1,97 2,15 * Rssia2,28 1,81 2,06 2,03 * Coreia do Sul 2,07 2,02 2,00 1,70 * Ucrnia 1,40 1,23 1,43 1,48 *Etipia 0,71 0,66 1,07 1,16 * Espanha 1,28 1,10 1,21 1,08 * Argentina 1,20 1,01 1,06 1,06* Romnia 0,88 0,98 1,00 0,97 * Arglia 0,92 0,81 0,85 0,92 * Tailndia 0,93 0,98 0,840,82 * Brasil 0,86 0,73 0,76 0,79 * Outros 12,27 11,08 11,38 10,94 * Total (exceto emanlise) 41,99 41,51 40,86 40,41 * Total geral 100,00 100,00 100,00 100,00 * * no hinformaes disponveis para 2011Em relao produo mundial, em toneladas, observou-se a elevada participaochinesa no mercado mundial. Em termos absolutos a produo chinesa passou de 16milhes de toneladas para 18,6 milhes de 2007 para 2010. Este avano representou umaumento da participao na produo mundial de 80% para 82,3%, ou seja, um 30. incremento de 2,3 p.p.Produo de Alhos Frescos (em toneladas) Origem 2007 2008 2009 2010 2011 China16.064.662 18.357.036 17.967.857 18.558.669 * Total (em anlise) 16.064.66218.357.036 17.967.857 18.558.669 * ndia 776.300 1.068.500 831.100 833.970 * Coreiado Sul 347.546 375.463 357.278 271.560 * Rssia 249.047 226.670 227.270 213.480 *Mianmar 161.000 197.300 178.100 185.900 * Etipia 68.303 103.542 179.658 180.300 *EUA 186.150 194.230 175.900 170.190 * Bangladesh 176.710 144.817 154.831 164.392* Ucrnia 131.500 136.800 150.100 157.400 * Espanha 151.674 133.610 154.000136.000 * Argentina 140.000 125.139 120.391 128.900 * Brasil 99.002 91.714 86.752104.126 * Outros 1.533.171 1.634.122 1.446.999 1.456.411 * Total (exceto em anlise)4.020.403 4.431.907 4.062.379 4.002.629 * Total geral 20.085.065 22.788.94322.030.236 22.561.298 *(Fls. 25 da Circular SECEX no 59, de 09/11/2012)CircSECEX59_2012O volume de alho produzido pela China em 2010 foi de 18,6 milhes de toneladas,enquanto a produo dos demais pases produtores somados ficou ao redor de 4 milhesde toneladas, o que representa dizer que a oferta chinesa mais do que 4 vezes superior oferta dos demais pases juntos.Participao Relativa da Produo (em %) Origem 2007 2008 2009 2010 2011 China79,98 80,55 81,56 82,26 * Total (em anlise) 79,98 80,55 81,56 82,26 * ndia 3,87 4,693,77 3,70 * Coreia do Sul 1,73 1,65 1,62 1,20 * Rssia 1,24 0,99 1,03 0,95 * Mianmar0,80 0,87 0,81 0,82 * Etipia 0,34 0,45 0,82 0,80 * EUA 0,93 0,85 0,80 0,75 * Bangladesh0,88 0,64 0,70 0,73 * Ucrnia 0,65 0,60 0,68 0,70 * Espanha 0,76 0,59 0,70 0,60 *Argentina 0,70 0,55 0,55 0,57 * Brasil 0,49 0,40 0,39 0,46 * Outros 7,63 7,17 6,57 6,46 *Total (exceto em anlise) 20,02 19,45 18,44 17,74 * Total geral 100,00 100,00 100,00100,00 *De acordo com a peticionria, as lavouras de alhos chineses so plantadas nos mesesde setembro e outubro e colhidas nos meses de abril e maio, entretanto, o produto comercializado durante todo o ano devido s avanadas tcnicas de frigoconservao etratamentos radioativos, os quais prolongam o perodo de armazenamento.A ANAPA assinala que diversos pases impem restries importao de alho chins,como a Argentina, Mxico, Unio Europeia e EUA.Como j observado neste Anexo, segundo dados da FAO, a produo chinesaultrapassaria 80% da produo mundial. 31. 6.2.2. Da exportaoConforme se observa nas duas tabelas seguintes, apresentadas na sequncia, osexportadores chineses lideraram ao longo do perodo analisado o ranking dos maiorespases exportadores de alho, mesmo tendo reduzido suas vendas externas em 2010.Considerando os anos de 2007 e 2010, houve um recuo acumulado de 5% em termosrelativos. Considerando-se os anos de 2009 e 2010, este recuo foi equivalente a 14%.(Fls. 26 da Circular SECEX no 59, de 09/11/2012)CircSECEX59_2012Exportaes Mundiais de Alhos (em toneladas) Origem 2007 2008 2009 2010 2011 China1.438.152 1.535.586 1.595.610 1.365.187 * Total (em anlise) 1.438.152 1.535.5861.595.610 1.365.187 * Argentina 120.490 98.576 92.116 89.265 * Holanda 22.707 22.86035.995 26.932 * ndia 183 859 17.781 24.665 * Mxico 11.185 12.410 12.661 12.370 *Frana 12.701 10.506 10.382 10.637 * Itlia 8.505 9.070 10.620 10.509 * Malsia 22.38319.683 13.397 6.378 * Chile 3.815 5.226 5.539 6.156 * Equador 5.223 4.083 172 4.292 *Egito 4.145 7.361 2.865 2.945 * Mianmar 1.295 1.440 1.951 2.210 * Alemanha 1.8871.996 1.813 1.975 * Brasil 666 477 67 0 * Outros 16.687 20.214 18.272 13.582 * Total(exceto em anlise) 231.872 214.761 223.631 211.916 * Total geral 1.670.024 1.750.3471.819.241 1.577.103 *Participao Relativa dos Principais Pases Exportadores (em %) Origem P1 P2 P3 P4P5 China 86,12 87,73 87,71 86,56 * Total (em anlise) 86,12 87,73 87,71 86,56 *Argentina 7,21 5,63 5,06 5,66 * Holanda 1,36 1,31 1,98 1,71 * ndia 0,01 0,05 0,98 1,56 *Mxico 0,67 0,71 0,70 0,78 * Frana 0,76 0,60 0,57 0,67 * Itlia 0,51 0,52 0,58 0,67 *Malsia 1,34 1,12 0,74 0,40 * Chile 0,23 0,30 0,30 0,39 * Equador 0,31 0,23 0,01 0,27 *Egito 0,25 0,42 0,16 0,19 * Mianmar 0,08 0,08 0,11 0,14 * Alemanha 0,11 0,11 0,10 0,13 *Brasil 0,04 0,03 0,00 0,00 * Outros 1,00 1,15 1,00 0,86 * Total (exceto em anlise) 13,8812,27 12,29 13,44 * Total geral 100,00 100,00 100,00 100,00 *Conforme exposto durante o processo da ltima reviso, a participao relativa dasexportaes chinesas no total exportado representava 66,1% em 2001, tendo passado arepresentar 77,8% em 2004. Conforme tabela anterior deste Anexo, em 2007, aparticipao chinesa representava 86,1% e se manteve praticamente estvel ao longo doperodo avaliado, atingindo assim 86,6% em 2010. Estes dados indicam que a produochinesa, aps a forte expanso dos anos anteriores, parece ter se estabilizado em um(Fls. 27 da Circular SECEX no 59, de 09/11/2012) 32. CircSECEX59_2012patamar elevado que lhe garante a primazia no mercado mundial e a posio deformadora de preos internacionais.Ainda no h um pas que esteja em trajetria de se qualificar como concorrente aosalhos chineses. Como se depreende da tabela anterior, o segundo maior exportador, aArgentina, responde por apenas 5,7% das vendas mundiais. De acordo com apeticionria, o alho argentino abastece cerca de 25% do mercado brasileiro, variando seupreo de acordo com o mercado mundial, balizado principalmente pelos chineses. Tantoo alho chins como o argentino so classificados como alhos nobres e roxos.Como j foi apontado neste Anexo, as importaes brasileiras de alho da Argentina, quej representaram 46% do total adquirido externamente, foram substitudas pelo produtochins, de modo que, em P5, essa sua participao no total importado pelo pas recuoupara 32%. Em sentido contrrio, a participao do alho chins passou de 52%, em P1,para 62%, em P5.Os dados apresentados neste Anexo apontam para a elevada capacidade de produo ede exportao dos alhos chineses e para sua capacidade de deslocar competidoresimportantes em mercados regionais, como o brasileiro.7. Da conclusoO mercado brasileiro foi sempre suprido por uma parcela significativa de alho importado.Tal fato constitua um estmulo para os concorrentes internacionais, em disputa por ummercado consumidor de grande potencial de crescimento, assim como tambm para osprodutores nacionais, contribuindo para a modernizao da cultura brasileira de alho.Entretanto, as importaes originrias da China, iniciadas em 1993, avanaram nomercado interno brasileiro a preos de dumping, tendo causado dano indstriadomstica.Na petio apresentada em 1994 pela AGOPA, deu-se incio discusso sobre a adoode medidas capazes de reprimir as consequncias danosas produo nacional de alhodecorrente das importaes originrias da China, destacando os prejuzos causados, emespecial, aos estados centrais de Gois, Minas Gerais, Bahia, Esprito Santo, So Pauloe o Distrito Federal, cujas safras coincidiam com o perodo de colheita e comercializaodo alho chins. Ressalve-se que tal fato fez parte da discusso poca, quando asimportaes ocorriam basicamente no segundo semestre porque a China ainda no tinhanem o volume de produo atual e nem dispunha de um sistema de armazenagemfrigorificado eficiente que permitisse ofertar o produto ininterruptamente ao longo do ano.Assim, verificou-se que o direito antidumping aplicado s importaes de alho originrias 33. da China ensejou a reduo dessas importaes e o aumento da produo nacional.Para a ANAPA, a medida antidumping contribuiu para proporcionar aumento daproduo, do emprego, da renda das famlias e do desenvolvimento das regiesprodutoras no perodo de 1995 a 2000.Quando da segunda reviso, que considerou o perodo de julho de 2001 a junho de2006, verificou- se uma retomada significante das importaes originrias da China, emrazo principalmente da obteno de liminares na justia contra o recolhimento do direitoantidumping. Durante aquele perodo, a China superou a Argentina como principalexportador para o Brasil, ao mesmo tempo em que a produo brasileira entrou em umprocesso de retrao.Observou-se, nesse terceiro pedido de reviso, cuja anlise incluiu o perodo de julho de2007 a junho de 2012, que este pode ser considerado como de instabilidade para aindstria domstica. Como foi apresentado neste Anexo, enquanto os exportadoreschineses se consolidaram ao longo desse perodo(Fls. 28 da Circular SECEX no 59, de 09/11/2012)CircSECEX59_2012como os principais fornecedores ao Brasil, os produtores domsticos no conseguiramexpandir sua produo de maneira consistente; tendo comercializado o produto sem aremunerao adequada. importante lembrar que, durante o perodo em anlise, a produo chinesa deslocou aproduo argentina do mercado brasileiro, concretizando assim uma posio ainda maisrelevante no mercado nacional. Como foi apontado nesse Anexo, a elevao da alquotado direito antidumping em vigor nas revises anteriores parece no ter sido suficientepara permitir a recuperao e a consolidao dos produtores nacionais, embora tenhapermitido a manuteno da cultura no pas.Fundamentando-se nas informaes contidas na petio apresentada pela ANAPA e nasinformaes colhidas junto RFB e FAO, apresentadas ao longo deste Anexo,concluiu-se que a extino do direito antidumping provocar, muito provavelmente, acontinuao ou retomada do dumping e do dano dele decorrente, conforme dispe o 1odo art. 57 do Decreto no 1.602, de 1995.Portanto, prope-se o incio de reviso para fins de prorrogao do prazo de aplicao dodireito antidumping aplicado s importaes de alhos frescos ou refrigerados quandooriginrias da Repblica Popular da China, tendo em vista haver indcios suficientes deque as condies estabelecidas no 1o do art. 57 encontram-se presentes. 34. De forma a atender o disposto no 1o do art. 25 do Decreto no 1.602, de 1995, ainvestigao de continuao/retomada da prtica de dumping abranger o perodo dejulho de 2011 a junho de 2012, enquanto a investigao da continuao/retomada dodano indstria domstica compreender o perodo de julho de 2007 a junho de 2012.MINISTRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDSTRIA E COMRCIO EXTERIORSECRETARIA DE COMRCIO EXTERIORCircSECEX59_2012CIRCULAR No 59, DE 9 DE NOVEMBRO DE 2012 (Publicada no D.O.U. de12/11/2012)A SECRETRIA DE COMRCIO EXTERIOR, DO MINISTRIO DODESENVOLVIMENTO, INDSTRIA E COMRCIO EXTERIOR, nos termos do Acordosobre a Implementao do Art. VI do Acordo Geral sobre Tarifas e Comrcio GATT1994, aprovado pelo Decreto Legislativo no 30, de 15 de dezembro de 1994, epromulgado pelo Decreto no 1.355, de 30 de dezembro de 1994, de acordo com odisposto no art. 3o do Decreto no 1.602, de 23 de agosto de 1995, e tendo em vista oque consta do Processo MDIC/SECEX 52272.001539/2012-21 e do Parecer no 38, de 8de novembro de 2012, elaborado pelo Departamento de Defesa Comercial DECOM,desta Secretaria de Comrcio Exterior SECEX, considerando existirem elementossuficientes que indicam que a extino do direito antidumping aplicado s importaes doproduto objeto desta Circular levaria, muito provavelmente, continuao ou retomadado dumping e do dano dele decorrente, decide:1. Iniciar reviso do direito antidumping institudo pela Resoluo CAMEX no 52, de 23de outubro de 2007, publicada no Dirio Oficial da Unio (D.O.U.) de 14 de novembro de2007, aplicado s importaes brasileiras de alhos frescos ou refrigerados, comumenteclassificadas nos itens 0703.20.10 e 0703.20.90 da Nomenclatura Comum do Mercosul NCM, originrias da Repblica Popular da China.1.1. Tornar pblicos os fatos que justificaram a deciso de abertura da reviso, conformeo anexo presente circular.1.2. A data do incio da reviso ser a da publicao desta circular no Dirio Oficial daUnio - D.O.U.1.3. Tendo em vista que, para fins de procedimentos de defesa comercial, a RepblicaPopular da China no considerada um pas de economia predominantemente demercado, foi utilizada a Argentina como terceiro pas de economia de mercado,consoante o disposto no art. 7o do Decreto no 1.602, de 1995. Conforme o 3o domesmo artigo, dentro do prazo para resposta ao questionrio, de 40 dias a contar da datade sua expedio, as partes podero se manifestar a respeito e, caso no concordem 35. com a metodologia utilizada, devero apresentar nova metodologia, explicitando razes,justificativas e fundamentaes, indicando, se for o caso, terceiro pas de economia demercado a ser utilizado com vistas determinao do valor normal.2. A anlise da probabilidade de continuao ou retomada do dumping que antecedeu aabertura da reviso considerou o perodo de julho de 2011 a junho de 2012, j o perodode anlise de probabilidade de continuao ou retomada do dano que antecedeu aabertura da reviso considerou o perodo de julho de 2007 a junho de 2012.3. De acordo com o disposto no 2o do art. 21 do Decreto no 1.602, de 1995, dever serrespeitado o prazo de vinte dias, contado a partir da data da publicao desta circular noD.O.U., para que outras partes que se considerem interessadas no referido processosolicitem sua habilitao, com a respectiva indicao de representantes legais.4. Na forma do que dispe o art. 27 do Decreto no 1.602, de 1995, exceo do governodo pas exportador, sero remetidos questionrios s partes interessadas identificadas,que disporo de 40 (quarenta) dias para restitu-los, contados a partir da data de suaexpedio. Em virtude do grande nmero(Fls. 2 da Circular SECEX no 59, de 09/11/2012)CircSECEX59_2012de exportadores chineses identificados, de acordo com o disposto da alnea b do 1odo art. 13 do Decreto no 1.602, de 1995, ser selecionado, para o envio do questionrio,o maior percentual razoavelmente investigvel do volume de exportaes da China parao Brasil.5. De acordo com o previsto nos artigos 26 e 32 do Decreto no 1.602, de 1995, as partesinteressadas tero oportunidade de apresentar, por escrito, os elementos de prova queconsiderem pertinentes. As audincias previstas no art. 31 do referido decreto deveroser solicitadas at 180 (cento e oitenta) dias aps a data de publicao desta circular.6. Caso uma parte interessada recuse o acesso s informaes necessrias, no asfaculte no prazo estabelecido ou impea de forma significativa a reviso, podero serestabelecidas concluses, positivas ou negativas, com base nos fatos disponveis, emconformidade com o disposto no 1o do art. 66 do Decreto no 1.602, de 1995.7. Caso se verifique que uma parte interessada prestou informaes falsas ou errneas,tais informaes no sero consideradas e podero ser utilizados os fatos disponveis.8. Na forma do que dispe o 4o do art. 66 do Decreto no 1.602, de 1995, se uma parteinteressada fornecer parcialmente ou no fornecer a informao solicitada, o resultado 36. poder ser menos favorvel quela parte do que seria caso a mesma tivesse cooperado.9. luz do disposto no 3o do art. 57 do Decreto no 1.602, de 1995, a reviso deverser concluda no prazo de doze meses contado a partir da data da publicao destaCircular.10. De acordo com o contido no 4o do art. 57 do Decreto no 1.602, de 1995, enquantoperdurar a reviso, o direito antidumping de que trata a Resoluo CAMEX no 52, de2007, permanecer em vigor.11. Os documentos pertinentes investigao de que trata esta Circular devero serescritos no idioma portugus, devendo os escritos em outro idioma vir aos autos doprocesso acompanhados de traduo feita por tradutor pblico, conforme o disposto no 2o do art. 63 do referido decreto.12. Todos os documentos referentes presente investigao devero indicar o produto, onmero do Processo MDIC/SECEX 52272.001539/2012-21 e ser dirigidos ao seguinteendereo: MINISTRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDSTRIA E COMRCIOEXTERIOR, SECRETARIA DE COMRCIO EXTERIOR, DEPARTAMENTO DE DEFESACOMERCIAL DECOM Esplanada dos Ministrios Bloco J, sala 103-B, CEP 70.053-900 Braslia (DF), telefones: (0XX61) 2027-7887 e 2027-7357 Fax: (0XX61) 2027-7445.TATIANA LACERDA PRAZERES(Fls. 3 da Circular SECEX no 59, de 09/11/2012)CircSECEX59_2012ANEXO1. Dos antecedentes1.1. Da investigao originalEm 31 de maio de 1994, a Associao Goiana dos Produtores de Alho - AGOPA -encaminhou Secretaria de Comrcio Exterior SECEX - pedido de abertura deinvestigao de dumping nas exportaes para o Brasil de alhos frescos ou refrigeradosoriginrios da Repblica Popular da China, doravante denominada tambm China.Apresentaram-se como partes interessadas as seguintes associaes de produtoresnacionais: Associao dos Produtores de Alho de Catalo (ASPAC), Associao dosProdutores de Alho do Distrito Federal e Regio Agroeconmica (APADF), Associao 37. dos Comerciantes e Produtores de Alho de Inhumas (ACOPAI), Associao Catarinensedos Produtores de Alho (ACAPA) e Associao Nacional dos Produtores de Alho(ANAPA).A investigao foi aberta por meio da Circular SECEX no 87, de 5 de dezembro de 1994,publicada no Dirio Oficial da Unio (D.O.U.) de 8 de dezembro de 1994. Na sequnciado processo, foi imposto direito antidumping provisrio de 36% por intermdio da PortariaInterministerial MICT/MF no 13, de 29 de agosto de 1995, publicada no D.OU. de 30 deagosto.Em 17 de janeiro de 1996, por meio da Portaria Interministerial MICT/MF no 3, foiencerrada a investigao com a aplicao de direito antidumping definitivo na forma dealquota especfica de US$ 0,40/kg sobre as importaes de alhos frescos ourefrigerados, originrias da Repblica Popular da China, classificados nos cdigos0703.20.10 e 0703.20.90 da Nomenclatura Comum do MERCOSUL - NCM -, com prazode vigncia de cinco anos.1.2. Da primeira revisoEm 20 de junho de 2000, a SECEX publicou a Circular no 20, informando que o prazo devigncia do direito antidumping estabelecido pela Portaria Interministerial MICT/MF no 3expiraria em 18 de janeiro de 2001. Em 3 de julho de 2000, a Associao Nacional dosProdutores de Alho - ANAPA manifestou interesse na reviso do referido direito e, em 24de outubro de 2000, apresentou petio solicitando abertura de investigao para fins dereviso e prorrogao do prazo de vigncia do direito antidumping em questo.A reviso foi aberta por meio da Circular SECEX no 1, publicada no D.O.U. de 9 dejaneiro de 2001. Na sequncia, concludos os exames pertinentes, a reviso foiencerrada em 21 de dezembro de 2001, com a publicao no D.O.U. da ResoluoCAMEX no 41, que alterou o direito antidumping aplicado nas importaes brasileiras dealhos frescos ou refrigerados, classificados nos itens 0703.20.10 e 0703.20.90 daNomenclatura Comum do MERCOSUL NCM-, originrias da Repblica Popular daChina, para a alquota especfica fixa de US$ 0,48/kg, com vigncia de at 5 anos.1.3. Da segunda revisoEm 9 de junho de 2006, a SECEX publicou a Circular no 43 informando que o prazo devigncia do direito antidumping estabelecido pela Resoluo CAMEX no 41 iria expirarem 21 de dezembro de 2006. A Associao Nacional dos Produtores de Alho, em 4 dejulho de 2006, encaminhou correspondncia manifestando interesse na prorrogao dodireito. 38. (Fls. 4 da Circular SECEX no 59, de 09/11/2012)CircSECEX59_2012Em 21 de setembro daquele ano, a ANAPA, atendendo ao disposto no 1o do art. 57 doDecreto no 1.602, de 1995, encaminhou petio formalizando o pedido de prorrogaodo direito.A reviso foi aberta por meio da Circular SECEX no 84, publicada no D.O.U. de 14 dedezembro de 2006. Aps anlise do pleito e efetuadas as avaliaes previstas noregulamento brasileiro, a segunda reviso foi encerrada em 14 de novembro de 2007com a publicao no D.O.U. da Resoluo CAMEX No 52, de 23 de outubro de 2007,que prorrogou o direito antidumping definitivo na forma de alquota especfica fixa de US$0,52/kg, aplicado nas importaes brasileiras de alhos frescos ou refrigerados,classificados nos itens 0703.20.10 e 0703.20.90 da Nomenclatura Comum doMERCOSUL - NCM, originrias da Repblica Popular da China.1.4. Do processo atualA Circular SECEX no 55, de 8 de novembro de 2011, publicada no D.O.U. de 10 denovembro de 2011, tornou pblico que o direito antidumping aplicado s importaesbrasileiras de alhos frescos ou refrigerados originrias da Repblica Popular da Chinaseria extinto em 14 de novembro de 2012.Atendendo aos prazos prescritos na citada circular, a Associao Nacional dosProdutores de Alho ANAPA manifestou interesse na reviso e, em 10 de agosto de2012, protocolou, no Ministrio do Desenvolvimento Indstria e Comrcio Exterior -MDIC, petio de abertura da reviso nos termos do 1o do art. 57 do Decreto no 1.602,de 1995.Aps exame preliminar da petio, foi constatada a necessidade de esclarecimentosadicionais, os quais foram solicitados em 31 de agosto de 2012, por meio do Ofcio no06.163/2012/CGPI/DECOM/SECEX. A peticionria apresentou as informaescomplementares solicitadas em 20 de setembro de 2012.2. Do produto objeto da medida antidumpingSegundo informaes da investigao original, reproduzidas nas revises posteriores emantidas na petio atual, o produto chins se classifica de acordo com as disposiesestabelecidas pela Portaria no 242, de 17 de setembro de 1992, do Ministrio daAgricultura, Pecuria e Abastecimento, a qual apresenta a norma de identidade,qualidade, acondicionamento, embalagem e apresentao do alho.De acordo com o disposto na referida Portaria, entende-se por alho, independentemente 39. da origem, o bulbo da espcie Allium sativum, que se apresenta fisiologicamentedesenvolvido, inteiro, sadio, isento de substncias nocivas sade e com ascaractersticas da cultivar - cor, nmero de bulbilhos por bulbo e forma - bem definidas.Adicionalmente, segundo a Portaria MAPA no 242, de 1992, o alho, produto objeto damedida antidumping, pode ser classificado em grupos, subgrupos, classes e tipos, deacordo com o disposto a seguir: a) Grupo: de acordo com a colorao da pelcula dobulbilho: a.1) branco; ou a.2) roxo; b) Subgrupo: de acordo com o nmero de bulbilhospor bulbo: b.1) nobre 5 a 20 bulbilhos por bulbo; b.2) comum mais de 20 bulbilhos porbulbo; c) Classes: de acordo com o maior dimetro transversal do bulbo, pode serclassificado nas classes de 3 a 7, conforme a tabela a seguir:(Fls. 5 da Circular SECEX no 59, de 09/11/2012)CircSECEX59_2012Classes para Classificao do Alho Classe Dimetro Transverso ( em mm) 7 Mais de 566 Mais de 47 at 56 5 Mais de 42 at 47 4 Mais de 37 at 42 3 Mais de 32 at 37Misturada Composio com mais de uma classed) Tipo: Independente do grupo, subgrupo e classe a que pertena, o alho classificadocomo EXTRA, ESPECIAL ou COMERCIAL, de acordo com os percentuais de defeitosgerais e/ou graves estabelecidos pela referida Portaria e reproduzidos na tabela a seguir:Tipos de alhosTIPOBulbo ChochoChochamento ParcialDano/ doenaBrotado MofadoBulbo abertoDefeitos gerais agregados Extra 0 2 0 0 0 2 5 Especial 2 6 2 2 2 3 15 Comercial 2 6 2 2 23 20sendo, Extra a somatria dos defeitos graves fica limitada a 2%; Especial a somatriados defeitos graves fica limitada a 8%; e Comercial a somatria dos defeitos graves ficalimitada a 15% 40. O produto objeto da medida antidumping o alho importado da Repblica Popular daChina, definido como sendo o bulbo da espcie Allium Sativum que, independente da suacolorao, classificado no subgrupo de alhos nobres, das classes 5, 6 e 7, do tipoextra.2.1. Do produto fabricado no BrasilO produto similar nacional, de acordo com o entendimento j registrado desde ainvestigao original, o alho produzido e comercializado no Brasil, classificado no grupode alhos roxos, subgrupo de alhos nobres, das classes 5, 6 e 7, do tipo Extra.2.2. Da similaridade dos produtosConforme constatado desde a investigao original, tanto o alho importado da China,como o alho produzido no Brasil, so definidos em maior proporo eindependentemente da sua colorao de acordo com as normas da Portaria MAPA no242, de 1992, no subgrupo de alhos nobres, classes 5, 6 e 7 e tipo extra.Nos termos do 1o do art. 5o do Decreto no 1.602, de 1995, considera-se produtosimilar aquele produto idntico, igual sob todos os aspectos ao produto que se estexaminando, ou, na ausncia de tal produto, outro produto que, embora no exatamenteigual sob todos os aspectos, apresente caractersticas muito prximas s do produto quese est considerando.Face semelhana das caractersticas intrnsecas dos alhos nacional e chins, quaissejam suas propriedades qumicas, fsicas e organolpticas; assim como a classificaosegundo as normas da(Fls. 6 da Circular SECEX no 59, de 09/11/2012)CircSECEX59_2012Portaria MAPA no 242, de 1992, e, considerando o uso destes produtos, que so,precipuamente, a utilizao na alimentao humana, seja na culinria, como tempero,principalmente em refogados com leo e cebola, ou como guarnio, ou ainda comomedicamento da medicina alternativa, ratificou-se a concluso alcanada na investigaooriginal, reafirmada nas revises subsequentes, segundo a qual o produto fabricado noBrasil similar ao produto objeto do direito antidumping.2.3. Da classificao e do tratamento tarifrioA classificao do produto na Nomenclatura Comum do Mercosul NCM/SH encontra-sediscriminada a seguir, sendo que a evoluo das alquotas do Imposto de Importao 41. esto discriminadas na tabela a seguir.NCM 0703.20.10 Alho para semeadura. NCM 0703.20.90 Outros alhos.Imposto de ImportaoPERODOSNCM 0703.20.10 0703.20.90 Obs. 1o de julho de 2001 a 31 de dezembro de 2002 0,0%12,0% - 1o de janeiro de 2003 a 31 de dezembro de 2003 0,0% 11,5% - 1o de janeiro de2004 a 16 de fevereiro de 2004 0,0% 10,0% (1) 17 de fevereiro de 2004 a 6 de maro de2006 0,0% 14,0% (2) 7 de maro de 2006 em diante 0,0% 35,0% (3) (1) A ResoluoCAMEX no 41/03 extingue o acrscimo de 1,5 p.p. na alquota do I.I. do item. (2) Produtoincludo na Lista de Exceo TEC, anexo III, de que trata a Resoluo CAMEX no42/01, conforme Resoluo CAMEX no 4/04. (3) Produto includo na Lista de Exceescom alterao de alquota do I.I., conforme Resoluo CAMEX no 4/06.3. Da indstria domsticaA ANAPA rene e congrega todas as associaes estaduais de produtores de alho doBrasil, tendo capacidade para apresentar o pleito em nome da indstria domstica.Portanto, para fins de avaliao da probabilidade da retomada/continuao do dano, nahiptese de extino do direito antidumping em questo, considerou-se como indstriadomstica a totalidade dos produtores nacionais representados pela ANAPA.4. Da continuao ou retomada do dumpingSegundo o 1o do art. 57 do Decreto no 1.602, de 1995, para que um direitoantidumping seja prorrogado, deve ser demonstrado que a extino do mesmo levariamuito provavelmente continuao ou a retomada do dumping e do dano deledecorrente.A fim de avaliar se haveria indcios de continuao da prtica de dumping nasexportaes de alho originrias da China, foram avaliados o valor normal e o preo deexportao no perodo de julho de 2011 a junho de 2012, atendendo, por conseguinte, aoque dispe o 1o do art. 25 do Decreto no 1.602, de 1995.A avaliao preliminar indica que, no presente caso, trata-se de uma possvelcontinuao do dumping, como ser demonstrado.(Fls. 7 da Circular SECEX no 59, de 09/11/2012)CircSECEX59_2012 42. 4.1. Do valor normalO art. 5o do Decreto no 1.602, de 1995, estabelece que o valor normal o preoefetivamente praticado para o produto similar nas operaes mercantis normais que odestinem a consumo interno no pas exportador.O art. 7o do Decreto no 1.602, de 1995 prev, no caso de pas de economia nopredominantemente de mercado, que o valor normal poder ser: a) o preo praticado ouo valor construdo do produto similar em um terceiro pas de economia de mercado; b) opreo praticado por este terceiro pas de economia de mercado na exportao paraoutros pases, exclusive o Brasil; ou ainda c) qualquer outro preo razovel, inclusive opreo pago ou a pagar pelo produto similar no mercado brasileiro, devidamente ajustado,se necessrio, a fim de incluir margem de lucro razovel.A peticionria, ao considerar que a China, para fins de investigao de defesa comercial,no considerada uma economia preponderantemente de mercado e alegando adificuldade de obteno de dados, indicou a Argentina como referncia paradeterminao do valor normal, a exemplo da ltima reviso, por ser este pas grandeprodutor mundial de alho e uma economia de mercado.Para indicao do valor normal, a peticionria se baseou no custo de produo do alhoargentino, cuja fonte foi o Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuria - INTA-, rgo daSecretaria de Agricultura, Granadera, Pesca y Alimentacin da Argentina.As informaes prestadas pelo INTA se referem ao custo de produo observado nacolheita 2011/2012 e contm os valores despendidos mensalmente em pesos/ha. Osdados contidos na petio indicam que teria sido obtido, ao final, um custo equivalente aUS$ [confidencial] por caixa de 10 kg, a partir da soma do gasto operacional com o gastode empacotamento utilizando-se a taxa mdia de $ 4,33/US$, bem como considerando oparmetro de rendimento de 1000 caixas de 10 kg por hectare.O gasto operacional inform