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Alice Jones

Alice Jones - PerSeum lugar diferente, mas dessa vez eu queria mesmo era me mudar. Não gostava nem um pouco de onde nós estávamos. Ele ficou animado em responder. – Advinha? Você

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Alice

Jones Rossana Campos

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A Convivência entre vampiros, feiticeiros e humanos

não será permitida. Do contrário: sempre haverá guerra.

(Bhaskara)

Prefácio A garota se aproximou do vulcão.

– Nicaraless – ela disse, lançando uma moita de gelo no buraco do vulcão. Nada aconteceu e ela se afastou. O vulcão começou a entrar em erupção. – Droga, você está bem garota? – um sujeito de

olhos azuis perguntou. Ela arregalou os olhos e não disse nada. Naomi tentou a sorte. Então não pôde fazer nada, uma gota daquela larva e ela sem dúvidas alguma, se derreteria por inteira. – Inútil – ela sussurrou consigo mesma.

– Faz alguma coisa! – a garota ruiva pediu num tom de ordem, impaciente. O vulcão entrou totalmente em ebulição, piorando toda a situação. A garota ruiva ficou na beirada segurando-se ao

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vento, e sabia que uma olhadinha para baixo daquela enorme montanha tornaria tudo mais impossível.

Havia duas opções: morrer queimada ou suicidar-se.

– Boa sorte – ela disse ao homem de olhos azuis e saltou de costas. O cara de olhos azuis saltou atrás e logo se tele transportou para o topo da montanha novamente.

– Não! – ele gritou bem alto para que o mundo todo ouvisse.

– Só dois de nós vai sobreviver – outro sujeito gritou, aparecendo pro cara de olhos azuis.

Vampiros e dons-chaves:

Futurícx = Prevê o futuro. Mentalix = Controle de mentes, hipnose.

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Olhos-de-morte = Causa sangramento grave pelos ouvidos, boca, nariz e olhos.

Velocímetrox = Extremamente veloz. Sentimentalinx = Leitura de corações. Autocontrolex = Autocontrole. Supersound = vampiro ouve a longa distancia. Forçalittler = Força extrema. Sensíbleter = vampiro sensível, que não consegue

matar.

O que pode matar um vampiro:

Fogo lançado pelo corpo durante a meia noite. Um feitiço muito forte. Beber sangue morto, de alguém que esteja morto. Ter a cabeça arrancada enquanto estiver no

período puro. Atacar alguém que bebe bebidas alcoólicas ou usa

drogas deixam-lhes fracos. Vampiros ficam fracos quando sugam o sangue de alguém que bebe, fuma ou usa drogas. Mas não significa que morrem, eles vão ficando cada vez mais fraco. Se no mesmo dia, for a oitava vítima com esses sintomas, o vampiro poderá morrer.

Espécies inimigas que devem

viver em lugares distintos: Vampiros.

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Feiticeiros. Humanos.

Detalhes

– Alice? – John sussurra, me cutucando. Estava uma manhã calorenta da América do sul.

Ele tinha uma espécie de grave e rouquidão em sua voz, bem diferente de Kate, que possuía a voz suave e bem feminina.

Fiz cara feia e revirei os olhos, depois daquele sonho esquisito que tive agora pouco. Ultimamente desde quando completei dezesseis anos, coisas estranhas vêm acontecendo comigo. Bem, na verdade quando eu nasci algo estranho também aconteceu.

É uma história que meus pais me contaram, ela é pequena. Que eu nunca me lembro perfeitamente.

E muito menos acredito. Minha mãe e meu avô são meio sinistros, pra ser

franca. Eles sempre foram bastante misteriosos e diferentes... Eu até ficava com medo. Eu achei até estranho eles me contarem isso porque eles quase nunca me contam o que eles conversam, digo, coisas do passado. Até que cresci um pouco e lá com os meus oito anos, eu lembro-me de ter entrado no quarto dos meus pais e já era de madrugada. Ouvi barulhos de alguém mordendo algo.. Ela gritava muito alto, um tipo de gemido de prazer com dor. Fui correndo, abri a porta do quarto, pude ver

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meu pai ferrado no sono e Kate virada para a janela e meio agachada, ela virou-se lentamente para mim e vi sangue na boca dela. Foi aí que o vovô apareceu e não me lembro de mais nada. No dia seguinte, fui até minha mãe e perguntei o que havia acontecido. Ela disse que eu era sonâmbula e estava tendo um tipo de sonho e que fui ao quarto dela, eu só não consigo é ter certeza se isso realmente aconteceu ou foi apenas um pesadelo. Disso eu consigo lembrar, mas depois que meu avô apareceu, eu não me lembro de mais nada. Desde aquele dia, meu conceito sobre ela ficou mais estranho que já era.

Ainda criança, John me pegava no colo com tal facilidade confortadora, eu me sentia menos sozinha com ele, já que Kate quase não existia pra mim. Ele era minha mãe e meu pai, apesar de ter aquele jeitão meio anti-social que ele sempre teve. Depois quando completei quatorze anos, eu comecei a notar que Kate tentou ficar mais próxima de nós. Ela ficava assustada com algumas atitudes minha como, por exemplo: bater em uma garota do Colégio, que por sinal, havia me provocado muito durante todo o jardim de infância. Qual é! Todo mundo vai se defender de alguém um dia, foi só isso que fiz.

Depois ela sumiu, nunca mais ouvi falar dela. Lembro-me de ter brigado com ela, e ela desmaiou, depois disso nunca mais a vi, de verdade mesmo. Meus pais ficaram atordoados comigo, até hoje eu não entendo o que houve pra tanta tensão da parte de Kate. Afinal, porque eu tenho que me preocupar com coisas que fiz quando era criança?

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Completei dezesseis anos e as coisas ficaram definitivamente mudadas. Kate se separou do meu pai, mas continua vivendo conosco, só por minha causa. E que sinceramente não entendo, ela não precisava continuar morando conosco só por causa de mim. Mas isso era temporário porque ela estava procurando uma casa.

John Jones é meu pai. Pálido, alto, magro e um pouco musculoso,

cabelos pretos bem escuros. John possui muito charme, ele consegue atrair qualquer uma com sua aparência e jeito macho de ser. Não... Não sou feminista, apenas digo isso porque é o tipo de cara que interessa qualquer uma. Pelo menos em minha opinião. Seus olhos são claros pelo lado de mel escuro – que chega a ser exagerado de tão belos – tem um sorriso maravilhoso. Na verdade meu pai é lindo até demais, não me acho nem um pouco parecida com ele. Só que por dentro, é um poço de machismo.

Kate Jones é minha mãe. Mais pálida ainda, loira e bem menor que John.

Há nela algo obscuro: seus olhos são meio avermelhados e seus dentes são tão brancos que chega a doer os olhos. – Quem dera eu ser tão linda o quanto Kate. Kate sempre foi a mais estranha de todas as mães que conheci. Ela não possui jeito de mãe, é muito ativa e independente.

Desde quando eu cheguei a entender os gestos das pessoas, eu comecei a perceber coisas estranhas nela.

Kate é aquele tipo de mulher que se olha no espelho de trinta em trinta segundos sem perceber o quanto isso a torna maluca e obcecada por beleza. Não

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entendo porque tanta preocupação, já que ela está sempre na mesma aparência, aliás, Kate usa umas maquiagens esquisitas, parece que a maquiagem a deixa mais velha, não sei se é essa sua intenção, mas é exatamente isso que acontece quando ela enche a cara desse pó fedorento.

Há algo em que sempre me incomodou muito também.

Pensando bem, é mais fácil dizer o que não me incomoda nela.

Meus pais sempre mudam de país. Eu nasci em Londres, logo cinco anos depois me mudei para Buenos Aires e quatro anos depois nos mudamos para cá, em Campos Do Jordão, ainda em terras sul-americanas. Não sei falar português ainda, o português é extremamente complicado e diferente pra mim. No entanto, algo que reparei é que John e Kate sempre se mudam para lugares frios, gelados. Como, por exemplo: nasci em Londres e onde estou agora. Uma cidade normal e onde eu moro fica em uma casa reservada e alta, onde as montanhas verde-escuro cercam por toda parte, causando um frio enorme.

Estamos morando aqui em terras sul-americanas por pouco tempo, pois vamos voltar para a América do norte o mais breve possível, terras nativas e ainda mais geladas.

– Calma. Porque esse nervosismo todo, pai? – retruquei levantando-me meio desajeitada e descabelada. Logo me sentei na cama e apertei os olhos para enxergar melhor, afinal: ser acordada é uma porcaria.

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John ficou impaciente a me ver daquela maneira, impaciente assim como ele.

– É a Kate. Eu não estou a fim de ficar perto dela agora, ela está toda surtada, minha paciência não é de ferro, caramba! Só porque não consegui concertar a porcaria do secador...

Paciência de ferro? A paciência de John não é nem de papel isopor. Mas eu não contive o riso, ele falou de um jeito que me causou nostalgia de quando eles ainda eram casados.

– Posso ficar no seu quarto? – perguntou sorrindo, tentando me esconder alguma coisa que eu nem perdi meu tempo de perguntar, John não tinha o costume de me agradar e me botar apelidos, ele era sério ao extremo. Ah! John era xerife e era um dos melhores, aliás. Daqueles tipos em que leva o trabalho para sua vida.

– Tudo bem. O que ela tem? – perguntei curiosa. Ele pensou um pouco pra responder e apertou as

pálpebras enquanto pensava no que me dizer. Eu geralmente não gostava nem um pouco quando ele pensava para responder, sempre que ele fazia isso parecia que ele queria inventar algo, ou esconder alguma coisa de mim. Apertar as pálpebras então? Perigo na certa.

– Não é nada demais, mas e como estão as coisas com você?

Fingi que acreditei e puxei outro assunto bobo pra confortá-lo.

– Eu estou bem, estou de férias, como você já sabe. Já que você mudou de assunto, me diz sobre aquela cidade que vamos nos mudar, qual é o nome mesmo? –

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perguntei, porque na verdade, eu havia me esquecido completamente o nome do lugar, nesse aspecto eu não estava forçando a barra, eu realmente não me lembrava.

Ele fez careta e sorriu. – Port Angeles. Uma cidade boa, pequena e ainda

mais fria que aqui. Apesar do frio insuportável eu espero que você goste de lá – afirmou, coçando o nariz logo depois.

Respirei fundo e olhei firme em seus olhos. – Vamos sair desse país e voltar para América do

norte? Quando nós vamos? Ele tinha uma mania irritante em sempre ficar

mudando de casa, como já disse. Mas isso só pode ser culpa de Kate, conheço as técnicas de manipulação dela. Eu já morei em tantas casas e cidades diferentes que até já perdi a conta. Também não sei se é bem uma mania, mas que me irrita muito, isso sim. Cada ano nós estamos em um lugar diferente, mas dessa vez eu queria mesmo era me mudar. Não gostava nem um pouco de onde nós estávamos. Ele ficou animado em responder.

– Advinha? Você vai adorar saber, aposto. Fiz um esforço grande pra tentar adivinhar, mas aí

eu chutei. – Daqui a dois meses? Em setembro, ou quem

sabe em novembro? Nada contra mudarmos rápido, pelo contrário. Eu quero é me mudar logo daqui. Eu me lembro daquela casa grande e cheia de gente, que hoje, nem sei se ainda vive ou está morto. Eu sinto falta deles.

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Ele abaixou a cabeça olhando pro nada, sei lá... Eu tinha praticamente certeza que ele não iria responder a minha pergunta indiscreta.

– Errou... Mas até que passou perto. Ele logo deu uma ajeitada no seu cabelo que

estava um pouco bagunçado. – Seis de outubro – explicou. – Sério? No mês do meu aniversário! Seria até que

um presente legal – vibrei e abri um sorriso largo, esquecendo da pergunta que eu havia feito segundos atrás.

Ele abriu um olhar novo e uma conversa nova. – Quando você completar dezessete anos, você

terá uma surpresa – John começou com a conversa que não me agradava. Daí pra piorar a caretice, se sentou na minha cama e olhou com esperança de que eu sentasse também. Olhei para John e tentei decifrá-lo quase que em vão novamente.

– Como assim? Ele pegou em minhas mãos e deu aquela olhada de

pai. – Alice, só me faça uma promessa – seu tom era

sério agora, John não sabia brincar com coisa séria, quando ele estava falando sério, qualquer um podia perceber apenas olhando em seus olhos e sentindo seu nervosismo machista.

– Ok. Pai, fale. Retruquei de mau-humor, como de costume,

quando eu sentia que estavam escondendo alguma coisa de mim fazendo pausas de leve em cada palavra. Ele sorriu e forçou o olhar.

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– Eu não entendo o motivo de Kate ter me pedido para te dizer isso... Mas enfim, não desobedeça nenhuma regra ou mandamento. Ainda é mais ou menos como uma metáfora, Alice. Eu não posso te dar detalhes, você mesma vai descobrir, viver isso sozinha. Você pode me prometer isso por sua mãe, Alice?

John me fitou remexendo seu nariz. Então respirei fundo novamente e tentei não brigar com meu pai.

– Do que você está falando? Fiquei encabulada com aquela metáfora inútil que

ele acabou de estabelecer. Não era mais fácil me contar logo o que estava acontecendo? Eu agradeceria se Kate ou John parasse por um instante de me poupar. E aí ele persistiu mais uma vez

– Seis de outubro, Alice – também não faço idéia dessa maluquice de sua mãe.

John continuou a tentativa de me fazer prometer algo que eu não faço a menor idéia. Quer dizer, que nem ao menos ele sabia! Por fim, não conseguimos e caímos na gargalhada. É como assinar um contrato em que você não leu nenhuma estrofe. Mas eu tinha que escolher, ele é meu pai e eu confio nele mais do que qualquer promessa estranha. Eu fui vencida e não contradisse mais nada.

– Eu confio em você. Tudo bem, eu prometo. Ah! Detalhe: Kate é super ausente, talvez seja esse

o motivo de não chamá-la de mãe sempre... Em 1996, ela sumiu durante o ano todo, e só voltou no ano seguinte. E isso se repetiu vários e vários anos. Então, ela é minha mãe de acordo com a genética porque sendo franca, ela

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quase não convive comigo e aposto que não sabe o nome do meu primeiro amor, que foi o Matt... Namorico de escola, de criança. Isso foi há 9 anos atrás.

Meu celular tocou, era um número privado. O que fora hilário porque me ligou e desligou logo depois, na minha cara. Quando fui desligar, meu pai não estava mais lá.

– O que foi isso? – pensei, com um pouco de medo sobre sua conversa maluca sem pé nem cabeça. Procurei atrás de mim, na minha frente, do meu lado. Olhei desconfiada para os lados e me distraí.

Fui até o quarto de Kate e não bati na porta. – E então? Eu a chamei entrando em seu quarto, passo por

passo com uma vergonha enorme de ser tão teimosa. Ela apareceu e ficou desconfiada, Kate odiava quando eu estava planejando algo com ela. Ainda mais quando o assunto era sério e eu não temia.

Se existia algo no mundo que eu fosse profissional, era de não temer o temível.

– O que foi? – disse ela mal humorada. Fingi o meu interesse e tentei mesmo assim, na

cara de pau. – Vim te dar um abraço de boa noite mãe – disse,

mentindo horrivelmente. Kate chegou perto de mim e colocou as mãos na

minha testa fazendo cara de cúmulo. – Você me chamou de MÃE? Você está doente? –

perguntou incrédula.