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ALREP

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Trabalho Mestrado

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Introdução

O século XXI tem vindo a ser chamado o “século das pessoas em

movimento” enunciado feliz que exprime o impacto da pressão

migratória no processo de globalização que vivemos. Cerca de 2/3

dos países à escala mundial são simultaneamente países de

origem de emigrantes e de destino de imigrantes. Portugal, país

de partida constituiu um porto de chegada de comunidades muito

diversas, da África colonial ao Brasil ainda por desenvolver e aos

países pobres da nova Europa. Esta é a situação que Portugal

conheceu as décadas recentes e mais aceleradamente nos últimos

anos.

Conhecer, no contexto da geografia política mundial, para onde

foram os portugueses que povos e nacionalidades acolhem, ajuda

a compreender a nossa história recente e a fundamentar o nosso

futuro colectivo.

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Caracterização do Público – Distrito de Setúbal – Concelho de Almada

Informação estatística numa perspectiva quantitativa

do fenómeno migratório no distrito de Setúbal e

concelho de Almada, a sua influência qualitativa na

rede de relações interculturais que são tecidas e

contextualizadas na realidade almadense, na zona de

influência sociogeografica do distrito de Setúbal e da

área metropolitana de Lisboa.

Estes valores devem ser acrescidos de “quase o dobro

de indivíduos em situação de imigração clandestina.

INE. Censos 2002

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Quadros 1 A – Nacionalidades mais expressivas no computo dos habitantes dos concelhos integrantes B – Nacionalidade da população estrangeira legalizada, mais representativa (> 1000), residente no Distrito de Setúbal

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Quadros 2 A – Concelho de Almada Proveniências mais expressivas dos habitantes estrangeiros residentes B – População estrangeira residente nas freguesias urbanas do concelho

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Quadros 3 A – População estrangeira residentes nas freguesias urbanas do concelho B – População estrangeira residente na área urbana do concelho (2001)

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Quadros 4 A - População estrangeira residente nas freguesias não urbanas do concelho B – População estrangeira, por freguesia, fora da área urbana

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Nesta caracterização em paralelo pretendemos analisar em comparação a política

educativa nas duas escolas. Apesar de pertencerem à mesma zona de influência,

proximidade e configuração TEIP, apresentam diferenças acentuadas ao nível da

conceção e operacionalização. Encontramos diferentes modos de pensar e investir

na mesma comunidade multicultural.

A grande diferença encontrada consiste nos princípios e orientações que

enformam e organizam as práticas educativas, independentemente da

quantidade/qualidade dos projectos desenvolvidos.

A questão fulcral é reflectir sobre o trabalho processual fundamental e

estruturante da almejada inclusão

É neste contexto social que se desenvolvem as diretivas emanadas do Ministério

da Educação, Direcção Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular (DGIDC)

para enquadrar e atenuar algumas das problemáticas emergentes destes tecidos

sociais e que iremos analisar.

À luz dos documentos de referência enunciados procedemos à leitura e análise

crítica do relatório final de actividades de 2010-2011, em articulação com o plano

de actividades anual do Agrupamento de Escolas do Monte de Caparica, da

responsabilidade da professora de Português Língua Não Materna que pretende a

observância de uma política de língua que se ampara em Comenius (1592-1670) –

na sua Didáctica Magna – Tratado Universal de Ensinar Tudo a Todos.

A ideia de “ensino de tudo para todos” materializa-se em alguns lugares do mundo

(ainda não em todos) no séc. XX mas já era defendida, fundamentada e bem

estruturada no séc. XVII por Comenius – o verdadeiro renascimento.

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O ensino de "tudo para todos" pressupõe o respeito e a compreensão das crianças

como seres dotados de capacidades cognitivas, competências, sentimentos e

limites.

Conseguimos vislumbrar em Comenius uma preocupação com o que chama a sua

“didática de ‘magna’ porque não a queria uma obra restrita, localizada. Ela tinha de

ser grande, como o mundo que estava a ser descoberto naquele momento, com a

expansão do comércio e das navegações" nas suas diversidades e potencialidades.

Hoje é uma verdade inquestionável que cada indivíduo possui uma faculdade inata,

universal que lhe permite aprender não só a língua materna, como qualquer outra

língua. Esta é a verdadeira chave que abre as portas do Mundo à comunicação

promotora de desenvolvimento e realização global dos povos.

Compete aos professores, especialmente os de Língua Portuguesa Não Materna,

trabalhar e desenvolver as competências de comunicação uma abordagem

comunicativa a partir da compreensão e da produção de saberes no processo

ensino-aprendizagem. Neste sentido o ensinante e o aprendente devem adequar-

se e tornar significativas as diferentes identidades na diversidade sociolinguística e

cultural.

Exemplificamos com alguns registos sobre actividades, alguns temas sugeridos ou

livres, nos jornais escolares “O Cusco” do Agrupamento de Escolas do Monte de

Caparica (Anexo I) e no “FAZ” da Escola Secundária do Monte de Caparica (Anexo

II) e ainda nas “Curiosidades sobre as representações dos alunos sobre os seus

países – língua e cultura” (Anexo V) e na notícia da divulgação do ALREP que consta

do Boletim das Cidades Educadoras (Anexo III).

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O trabalho que apresentamos a “duas mãos” com uma mundividência centrada na realidade

educativa das escolas em que cada um dos elementos trabalha. Esta parceria pareceu-nos

profícua e portadora de um trabalho de reflexão mais questionador e por isso mais motivador

para a qualidade da investigação/ação/reflexão que ambicionamos desenvolver no âmbito da

tese de mestrado. Esta parceria cuja intenção é de complementaridade (Almada-Angola),

pretende analisar a importância da língua portuguesa no percurso académico dos alunos tal

como o seu sentimento de inclusão em cada uma das escolas – representações linguísticas e

culturais que serão a base do Projecto ALREP cuja metodologia apresentamos.

A escolha das presentes escolas corresponde à sua diversidade multicultural.

Que referencial do ensino-aprendizagem do Português Língua Não Materna? O presente trabalho orienta-se na construção do referencial do ensino-aprendizagem do Português Língua Não Materna, na freguesia de Caparica no concelho de Almada. Deste modo designa-se por ALREP – o projecto em desenvolvimento, estando já em curso, desde 2009, com uma sensibilização da importância do PLNM no ensino de alunos estrangeiros de origem dos países de expressão portuguesa e outros, como também nos alunos de 2ª e 3ª geração de imigrantes. A população identificada corresponde a três unidades organizacionais de ensino (ESMC, Agrupamento de Escolas do Monte de Caparica e Agrupamento de Escola do Miradouro de Alfazinha), abrangendo todos os ciclos e níveis de ensino correspondentes ao PLNM. Apresentação do respectivo trabalho é realizada em conjunto devido a três factores:

1. Aproximações à língua portuguesa na mesma freguesia – Caparica – projecto piloto ALREP.

2. Perspectivas de enquadramento global e crítico dos espaços, recursos, contextos de

ensino-aprendizagem e comunidade educativa.

3. Superação de uma analise e abordagem empírica, evitando o enviesamento por visão

solitária da realidade envolvente.

4. Criação de uma base sustentada teoricamente como o mapeamento da realidade

existente, como ponto de partida para uma futura implementação de medidas adequadas ao

ensino-aprendizagem do PLNM como construção do ALREP.

Orientação científica da Professora Maria José Grosso - ALREP O ALREPE surge enquadrado de acordo com os documentos actuais para as Línguas Vivas emanados do Conselho da Europa, promotores do plurilinguismo, do

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pluriculturalismo, da diversidade cultural e das orientações estabelecidas para o ensino-

aprendizagem do Português como Língua Não Materna em protocolo de parceria com a

Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e a coordenação cientifica da Professora Doutora

Maria José Grosso.

O presente Projecto visa promover a Língua Portuguesa junto das Comunidades residentes no

Concelho de Almada e recai em três pilares, ou ideias de referência:

Valorizar a língua portuguesa em todos os domínios de comunicação co-responsabilizando todos

os actores sociais.

Interagir com outras línguas e culturas, tomando consciência das semelhanças e das diferenças

entre a língua e a cultura portuguesa

Integrar interculturalmente através da língua e da cultura portuguesas, Inter-identificando

saberes, experiências e vivências linguísticas e culturais;

Documentos orientadores

Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas: Aprendizagem, Ensino, Avaliação

Nível Limiar para o Português

Portfolios para as Línguas

Referenciais para a Língua Portuguesa

Programas de Língua Portuguesa do Sistema Educativo Português

Programas Línguas Estrangeiras

Outros

Objectivos ALREPE – seguindo o Quadro Europeu

Identificar necessidades

Explicitar objectivos

Sugerir conteúdos

Organizar tarefas de acordo com o desenvolvimento de competências

Seleccionar materiais adequados ao público e aos contextos

Promover a cooperação entre línguas e culturas

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Finalidades

Desenvolver competências em Português em todos os domínios de comunicação

Contribuir para a motivação para a aprendizagem através das novas tecnologias da informação e

da comunicação

Contribuir para a integração com sucesso através das tarefas significativas que realiza e que são

socialmente expressivas

Contribuir para a promoção da cidadania democrática

Destinatários do ALREPE

Docentes

Encarregados de Educação

Formadores

Organizadores de cursos

Autores de Materiais Pedagógicos

Outros

METODOLOGIA

Recolha de informação:

Recolha de histórias de vida

Inquérito por questionário (/alunos)

Entrevistas aos professores responsáveis pelo ensino do Português Língua não-materna nas

escolas da área de estudo/intervenção social.

Público-alvo

Alunos das escolas da freguesia de Caparica, mais propriamente, Escola Secundária do Monte de

Caparica, Agrupamento de escolas do Monte de Caparica e Agrupamento de escolas do

Miradoura de Alfazina.

Nível Etário

Idades compreendidas entre os treze e os dezoito anos, correspondendo, no ensino regular, ao

3.º ciclo e ao secundário.

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Organização

Organizado por níveis de competência em língua

Níveis de Referência (6) e Descritores

Operacionalização da competência de comunicação através de tarefas

comunicativas e socialmente significativas

Temas e Textos

Temas e textos seleccionados em cooperação com o público de acordo com os

interesses, as necessidades e a faixa etária ----» material modular

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diferenças evidentes no vocabulário, na fonética e na sintaxe que devem, no nosso

entender, serem tidas em consideração e trabalhadas em contexto escolares.

Apresentaremos exemplos de cada um destes pontos:

Vocabulário 1

Ao compararmos as duas línguas, percebemos que uma série de palavras utilizadas no

português do Brasil não são as mesmas encontradas no português lusitano. Vejamos

alguns exemplos na seguinte tabela:

1.http://www.soportugues.com.br/secoes/curiosidades/Port_brasil_port_portugal.php visto a 25/07/2011

Português do Brasil Português de Portugal

abridor tira-cápsulas / abre-garrafas

açougue talho

aeromoça hospedeira de bordo / assistente de bordo

apostila sebenta

banheiro casa de banho

cafezinho bica

calcinha cueca

carteira de identidade bilhete de identidade

carteira de motorista carta de condução

celular telemóvel

conversível descapotável

fila bicha

geladeira frigorífico

grampeador agrafador

meias peúgas

ônibus autocarro

pedestre peão

ponto de ônibus paragem

professor particular explicador

sanduíche sandes

suco sumo

trem comboio

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Fonética

A diferença na pronúncia é a que mais se evidencia quando comparamos as duas

variantes. Os brasileiros possuem um ritmo de fala mais lento, no qual tanto as vogais

átonas quanto as vogais tónicas são claramente pronunciadas. Em Portugal, por

outro lado, os falantes costumam "eliminar" as vogais átonas, pronunciando bem

apenas as vogais tónicas. Observe:

Sintaxe

Algumas construções sintácticas comuns no Brasil não costumam ser utilizadas em

Portugal, tais como:

Colocação do pronome oblíquo em início de frase.

Emprego da preposição em, ao invés de a.

Uso frequente de gerúndio, ao invés de infinitivo precedido de preposição.

Pronúncia no Brasil Pronúncia em Portugal

menino m'nino

esperança esp'rança

pedaço p'daço

Português do Brasil Português de Portugal

Me dá um presente? Dá-me um presente?

Português do Brasil Português de Portugal

Vou na escola hoje. Vou à escola hoje.

Português do Brasil Português de Portugal

Estou preparando o almoço. Estou a preparar o almoço.

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Tendo consciência destas e doutras diferenças nas duas variantes do Português, é

política da escola permitir que a população brasileira conheça e utilize a norma do

português de Portugal, visando os resultados escolares em todas as disciplinas

curriculares e o seu sucesso pessoal sem prejuízo da sua própria identidade

linguística e cultural. Aconselha-se assim a frequência de turmas de PLNM por

estes alunos.

Verifica-se uma assiduidade regular por parte da maioria dos alunos – 3º Ciclo e

Secundário – encaminhados para a frequência das aulas de PLNM – “as aulas de

PLNM destinam-se aos alunos estrangeiros (e aqueles cujas famílias são oriundas

de outros países) que apresentam dificuldades acentuadas em Língua

Portuguesa.3”

Os restantes alunos, maioritariamente do secundário, apresentaram as seguintes

justificações para a não frequência das aulas:

1. A inconveniência dos horários;

2. A sobrecarga do horário curricular;

3. A dificuldade dos conteúdos abordados;

4. A ausência de vontade de ter essa actividade de apoio;

5. As obrigações familiares coincidentes com o horário das aulas;

6. O facto de não gostar das aulas;

7. O facto de não sentir necessidade.

A recolha de dados dos inquéritos permite uma análise efectiva e aprofundada

sobre as reais dificuldades, competências e representações de língua e cultura dos

alunos permitindo uma leitura que sustenta a elaboração de uma intervenção

equilibrada e Relatório Final de Português Língua Não Materna 2010/2011 – Escola

Secundária do Monte de Caparica

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estruturada visando a otimização do percurso académico destes estudantes

permitindo a sua ingresso no mercado de trabalho.

A maioria revelou o seu interesse em continuar as actividades no âmbito do PLNM

propondo, de forma implicada e assertiva como co-autores do seu processo de

ensino-aprendizagem de línguas, um currículo renovado e reforçado quer em

tempo lectivo quer nas abordagens comunicativas revelando preocupação e

cuidado por um estudo abrangente na sua diversidade de referenciais: cultura e

língua – aquisição de competências gramaticais, discursivas e sociolinguísticas.

Conclusões do inquérito

1. Predominância do Português como língua de comunicação tanto num

contexto académico como num contexto pessoal – casa, amigos e redes sociais.

2. O crioulo como segunda língua de comunicação num contexto pessoal – casa,

amigos.

3. Os remanescentes idiomas encontram-se registados, contudo não

ultrapassam, em média, três alunos.

4. Necessidade de reflectir sobre a presença e ausência de competências

comunicativas, nos alunos e na relação entre pares, nos professores e política de

língua no agrupamento/escola secundária.

Gramatical e linguística (habilidades lexicais, fonológicas, sintácticas e

semânticas);

Competência Sociolinguística;

Competência discursiva;

Competência relacional

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Críticas ao Estudo Estrutura do inquérito:

Numa aplicação futura haverá a necessidade da divisão pelas áreas de interesse

com a alteração gráfica do mesmo, evitando e diminuindo a ausência de respostas.

Ausência da Escala de Lickert:

Num próximo inquérito será necessário o recurso a uma escala com três ou cinco

itens, evitando o enviesamento das respostas em duas polaridades – concordo ou

discordo.

Clarificação do estudo:

A necessidade de ser explicado claramente a importância da recolha dos

respectivos dados com o intuito de tornar a amostra mais abrangente e mais

representativa das reais representações culturais e sociolinguísticas.

Aprofundar a estrutura do inquérito de forma a retirar o conteúdo multicultural e

respectivas representações bem como “os perfis dos falantes, caracterização do

público-alvo, nível etário, dos seus contextos de socialização e necessidades, das

culturas das famílias, das línguas que falam, da sua profissão e local de residência”

(Grosso, 2009)

Anos de escolaridade:

Importância de dividir o público pelos respectivos anos de escolaridade de forma

analisar com maior detalhe a informação recolhida.

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Considerações gerais

Os objectivos finais do ALREP são o mapeamento da população pelo país de

origem, potenciando os seguintes pontos (Grosso, 2009):

Valorizar a Língua Portuguesa em todos os domínios da comunicação, co-

responsabilizando todos os actores sociais;

Interagir com outras línguas e cultura, tomando consciência das semelhanças e das

diferenças entre a língua e a cultura portuguesa.

Interagir interculturalmente através da língua e cultura portuguesa, inter-

identificando saberes, experiências e vivências linguísticas e culturais.

Numa abordagem comunicativa e em contexto de imersão linguística, pretende-se

que o ensino-aprendizagem da língua seja realizado, em situações de comunicação

reais e significativas para o ensinante e aprendente, através de actividades

observáveis em tarefas pedagógicas realizadas em função de necessidades

comunicativas específicas (do domínio privado, público, profissional e educativo).

A actividade comunicativa realiza-se na interacção de vários factores e contextos,

destacando-se os contextos reais onde o aprendente vivencia a língua em todos os

domínios de comunicação, com acesso aos diferentes tipos de registos linguísticos.

Podemos dizer que a educação ou é consciente e deliberadamente cooperativa ou não

será intercultural, e, portanto, democrática.*

in ACIDI: http://www.entreculturas.pt/DiarioDeBordo.aspx?to=213 acedido em 28/07/2011

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Propostas de referência

Desenvolvimento e concretização do Referencial do Ensino de Português para

a freguesia do Monte, enquanto projecto-piloto como modelo cujo alargamento às

escolas de todo o concelho se propõe.

Dispositivo de formação de professores concebido e implementado quer a

nível da formação contínua quer especializada no âmbito do Português Língua Não

Materna e Língua Estrangeira em protocolo com a FLUL.

Estudo longitudinal de Setembro 2011 a Junho 2012.

Desenvolver de modo generalizado e adequado aos diferentes contextos o

Projecto Língua Cultura e Cidadania.

Envidar esforços no sentido do Projecto Língua Cultura e Cidadania ser

considerado pelo Ministério da Educação um projecto de referência para a

promoção do plurilinguismo e pluriculturalismo.

A proposta apresentada no seguimento da respectiva análise de resultados,

corresponde a um estudo longitudinal que possa analisar a representação da

importância do ensino-aprendizagem do português (PLNM e PE) em todos os

envolvidos.

As amostras recolhidas irão compreender três populações (1º Ciclo, 2/3 Ciclo e

Secundário – incluindo formandos dos Cursos EFA e do Processo de RVCC),

adaptando o inquérito ao respectivo nível de ensino.

A recolha da amostra irá incidir junto das famílias (que se mostrarem disponíveis) e

sua representação da importância do ensino-aprendizagem do português (PLNM e

PE).

A proposta que apresentamos decorre dos seguintes pressupostos:

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A proposta que apresentamos decorre dos seguintes pressupostos:

Passos Metodológicos para a construção do ALREP

Acções de planeamento e aplicabilidade do inquérito para a

construção sustentada do Projecto ALREP no ano lectivo 2011/2012.

As acções de planeamento consistem na construção de 4 inquéritos distintos

potenciando uma melhor compreensão da realidade sociocultural e linguística

através do cruzamento dos dados recolhidos junto dos alunos, famílias,

professores e técnicos existentes nas escolas: Agrupamento de Escolas do Monte e

Escola Secundária do Monte. Iremos alargar esta pesquisa a toda a freguesia do

Monte de Caparica estendendo ao Agrupamento de Alfazina de forma a incluir

todas as unidades escolares do ensino não superior da freguesia.

Meses Actividade

Setembro a Outubro Construção e aplicação dos Inquéritos

2ª quinzena de Outubro Recolha dos respectivos dados.

Outubro 2011 a Janeiro

2012

Tratamento e análise dos resultados

Fevereiro a Maio 2012 Elaboração do Estudo, com o cruzamento de

informações das respectivas populações.

Junho a Dezembro 2012 Produção final do trabalho. Apresentação

dos resultados à comunidade. Defesa de

tese.

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A proposta que apresentamos decorre dos seguintes pressupostos:

Passos Metodológicos para a construção do ALREP

Acções de planeamento e aplicabilidade do inquérito para a

construção sustentada do Projecto ALREP no ano lectivo 2011/2012.

As acções de planeamento consistem na construção de 4 inquéritos distintos

potenciando uma melhor compreensão da realidade sociocultural e linguística

através do cruzamento dos dados recolhidos junto dos alunos, famílias,

professores e técnicos existentes nas escolas: Agrupamento de Escolas do Monte e

Escola Secundária do Monte. Iremos alargar esta pesquisa a toda a freguesia do

Monte de Caparica estendendo ao Agrupamento de Alfazina de forma a incluir

todas as unidades escolares do ensino não superior da freguesia.

Meses Actividade

Setembro a Outubro Construção e aplicação dos Inquéritos

2ª quinzena de Outubro Recolha dos respectivos dados.

Outubro 2011 a Janeiro

2012

Tratamento e análise dos resultados

Fevereiro a Maio 2012 Elaboração do Estudo, com o cruzamento de

informações das respectivas populações.

Junho a Dezembro 2012 Produção final do trabalho. Apresentação

dos resultados à comunidade. Defesa de

tese.

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Nesta era da globalização, em que se aceleram as migrações, é da maior utilidade dispor de um atlas informando não apenas sobre a história (…) como sobre a geografia (…) das comunidades. (…) Nos últimos 20 anos, a imigração aumentou muito significativamente, atingindo mais de 400 mil pessoas vindas de todas as parte do mundo. O nosso País soube manter grande abertura para a integração das comunidades imigrantes, o que nos coloca entre as sociedades mais avançadas na afirmação dos valores do respeito pelo multiculturalismo.

Artur Santos Silva

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ALARCÃO, I (2010). Intercompreensão e plurilinguismo (re) configuradores epistemológicos de uma didáctica de Línguas? Universidade de Aveiro ALMEIDA FILHO, J.C.P. (2007). Projectos Iniciais em Português para falantes de outras línguas. Campinas: Editora UnB Brasília. ALMEIDA FILHO, J.C.P. O Ensino de Português como Língua Não – Materna: Concepções e contextos de ensino. Universidade de Brasília. (THE) ALTE CAN DO PROJECT, English version, Articles and Can Do statements produced by the members of ALTE 1992-2002 ANÇA, M.H. Aproximações à Língua Portuguesa. Cadernos do LEIP. Centro de Investigação Didáctica e Tecnologia na Formação de Formadores. BEACCO, Jean-Claude. Languages and language repertoires: Plurilingualism as a way of life in Europe. Guide for the development of Language Education Policies in Europe: from linguistic diversity to plurilingual education. Université de la Sorbonne Nouvelle. COMISSÃO DAS COMUNIDADES EUROPEIAS (2005). Proposta de decisão relativa à celebração da Convenção da UNESCO sobre a protecção e a promoção da diversidade das expressões culturais. Bruxelas. CONDE, Joaquín Díaz-Corralejo. Aportaciones de la Didáctica de las Lenguas Y Las Culturas. (VADEMECUM) .Universidad Complutense de Madrid CONSELHO da EUROPA (2001). Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas, Aprendizagem, Ensino, Avaliação (sigla QECR). Porto: Edições Asa COSTA, Ana Luísa. Desenvolvimento linguístico e literacia de escrita. In Actas do Encontro Internacional de Linguística Aplicada. Ed, Universidade de Aveiro. FISCHER, GLÓRIA (2005). Portefólio Europeu das Línguas. Centro de informação Europeia Jacques Delors. Janeiro. GAONAC'H, DANIEL. Théories d'apprentissage et acquisition d'une langue étrangère. capítulo VI.

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GROSSO, M.J. O ensinante de PLE num contexto exolingue. GROSSO, M.J. (2005). O Ensino-aprendizagem de uma língua a falantes de outra língua. In. Palavras, nº27, APP. Lisboa. GROSSO, M.J. (2006). O Desenvolvimento de Competências em Língua Portuguesa pelo Falantes de Língua Materna Chinesa. In Actas do Encontro Internacional de Linguística Aplicada. Ed. Universidade de Aveiro. GROSSO, M.J. (2009). O Perfil do Professor de Português para Falantes de outras Línguas numa Sociedade Multicultural. In Bizarro e Braga (orgs). Formação de Professores de Línguas Estrangeiras. Porto Editora PINHO, A. Um olhar sobre a biografia epistemológica da didáctica de línguas em Portugal – em buscas de marcas discursivas do humano. Universidade de Aveiro. II Congresso Internacional do CIDI: Novos Contextos de Formação, pesquisa, mediação. PIRES, Rui Pena (Coord) e outros. (2010). Portugal Atlas das migrações internacionais, Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da República e Edições Tinta da China QUADRO DE REFERÊNCIA PARA O ENSINO PORTUGUÊS NO ESTRANGEIRO QuaREPE. (2005).

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Um texto sobre a origem dos alunos: S. Tomé

Moldávia

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um texto de uma aluna que surge através do Projecto Comenius após uma viagem efectuada à Bulgária

um texto de uma aluna que surge através do Projecto Comenius após uma viagem efectuada à Bulgária onde registou todo o seu sentir “Como falámos Inglês durante uma semana, quando embarcámos, estávamos contentes por ouvir novamente a nossa língua. (…) para além de conhecer outro país, fiquei também a conhecer os costumes e algumas palavras em búlgaro.”

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No dia 9 de Junho, realizou-se mais uma iniciativa cultural do Plano

Nacional de Leitura, no âmbito da Semana da Escola. Deste modo deu-se

continuidade ao trabalho desenvolvido em parceria, que em boa hora foi

empreendido, entre o Centro Novas Oportunidades, a Biblioteca Escolar,

e o Centro Formação Almadaforma, envolvendo toda a comunidade

educativa da Escola Secundária Monte de Caparica.

Neste contexto, a actividade designada por "Maratona de Leitura(s)"

decorreu ao longo de todo o dia. Concretizou-se uma interacção muito

interessante entre grupos diversificados de jovens, adultos formandos,

familiares, professores e funcionários. Salientamos o entusiasmo de

vários formandos e formadores do RVCC e cursos EFA que de forma

intencional e significativa corresponderam ao nosso apelo.

Realçamos, também, a participação dos alunos mais novos do ensino

básico e secundário que demonstraram e partilharam as suas

competências criativas, as suas leituras e projectos pondo em comum as

suas mundividências.

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De um modo geral, foi evidente o fio condutor desta maratona de leituras

construído na base das narrativas de vida e das histórias do imaginário

colectivo dos povos, da tradição oral permitindo conhecer, reconhecer e

valorizar as pessoas nas suas diferenças identitárias e culturais. A par de

outras actividades, marcadas pela festa ao som da música de fundo ora

melódica e adequada, ora pesada e animadora se leu e conversou o

mundo pessoal e universal.

As palavras, as ideias, os valores de referência deram lugar à escuta

activa, ao gosto da musicalidade e riqueza da língua portuguesa nas suas

manifestações mais puras de crioulo de Cabo Verde e São Tomé,

português do Brasil, de Angola e da comunidade cigana.

Um dia inesquecível para os participantes que guardarão na memória que

"tudo era possível era só querer (...) e havia para as coisas sempre uma

saída".

Nesta escola sonhou-se esta jornada no respeito pela diversidade

multicultural e plurilinguística que a caracterizam e valorizam.

Recolhemos as representações, as emoções, a alegria e as vontades de

ser e construir sentidos para a vida, de jovens e menos jovens, mas todos

conscientes de que lhes compete a autoria do futuro.

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Boletim nº 15 das Cidades Educadoras

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Inquérito

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Curiosidades Trabalho de alunos sobre os seus países

Língua e Cultura

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