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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE EDUCAÇÃO SÃO JOSÉ CURSO DE AUTOMAÇÃO DE ESCRITÓRIOS E SECRETARIADO RELATÓRIO DE CONCLUSÃO DE CURSO ALTERNATIVA PARA APLICAÇÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NA EMPRESA RODOVIÁRIA SANTA TEREZINHA Área de concentração: Tecnologia da Informação Sunalite Amaral Vieira São José 2004

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE EDUCAÇÃO SÃO JOSÉ

CURSO DE AUTOMAÇÃO DE ESCRITÓRIOS E SECRETARIADO

RELATÓRIO DE CONCLUSÃO DE CURSO

ALTERNATIVA PARA APLICAÇÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NA EMPRESA RODOVIÁRIA SANTA

TEREZINHA

Área de concentração: Tecnologia da Informação

Sunalite Amaral Vieira

São José 2004

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SUNALITE AMARAL VIEIRA

ALTERNATIVA PARA APLICAÇÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NA EMPRESA RODOVIÁRIA SANTA

TEREZINHA

Relatório de conclusão de curso apresentado à banca examinadora de Estágio Supervisionado do Curso de Automação de Escritórios e Secretariado, da Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Educação São José, como requisito parcial para obtenção do título de bacharel em Automação de Escritórios e Secretariado.

Orientadora: Profª Esp. Marlise There Dias

São José 2004

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SUNALITE AMARAL VIEIRA

ALTERNATIVA PARA APLICAÇÃO DA TECNOLOGIA DA

INFORMAÇÃO na Empresa Rodoviária Santa Terezinha

Este relatório de conclusão de estágio foi julgado adequado para a obtenção do título

de bacharel em Automação de Escritórios e Secretariado e aprovado pelo curso de Automação

de Escritórios e Secretariado da Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Educação São José,

São José (SC).

São José, __ de _______de 2004.

Professora: Marlise There Dias

Responsável pelo Estágio

Professora: Luciana Merlin

Bervian

Coordenadora de Curso

______________________________

Carlos Aberto Vieira

Supervisor de Campo

Apresentada à Banca Examinadora formada pelos Professores:

______________________________

Marlise There Dias

Professor Orientador

______________________________

Jadna Nara Herbst Vieira

Membro de banca

______________________________

Alessandra Anacleto

Membro de banca

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DEDICATÓRIA

Este trabalho dedicado a meu pai Edalício Anatólio do Amaral, que mesmo não estando presente fisicamente, faz-se presente em minha memória e em meu coração todos os dias. Á você paizinho só tenho a lhe agradecer. Que ao lado dos anjos o senhor continue olhando por nós aqui na terra, te amo muito! À minha mãe, pelo incentivo constante, pois sabia o quanto era importante eu vencer essa etapa de minha vida, Ao meu marido Carlos Alberto Vieira, que sempre acreditou em mim no meu potencial. Te amo muito Carlos. Obrigada por tudo! Aos meus filhos Douglas e Petterson, que souberam viver com minha ausência todas as noites. Agradeço á Deus por tê-los, sempre ao meu lado.

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AGRADECIMENTOS

O presente trabalho representa acima de tudo uma realização pessoal para a concretização de um sonho. Por isso, reservo este espaço para agradecer as pessoas que me incentivaram a chegar até aqui.

A Deus por ter me dado força, coragem e serenidade para que eu persistisse, nos momentos mais difíceis desta caminhada, pois sem a ajuda ele não chegaria onde cheguei.

Ao meu marido Carlos Alberto, por ter me incentivado e por acreditar na minha capacidade, pelo seu amor, paciência e dedicação, mesmo estando cansado, não media esforços em me levar todas as noites na Universidade.

Aos meus filhinhos Douglas e Petterson pela paciência em me esperar todas as noites.

Aos meus irmãos pelo incentivo e por acreditar em mim, obrigada por eu fazer parte dessa família.

Aos meus sogros, João José Vieira e Maria F. Vieira que colaboraram para que eu pudesse realizar mais um sonho,

Aos meus colegas de trabalho: Gilberto, Isac e Elizete que direta ou indiretamente contribuíram para meu sucesso.

Ao meu cunhado Nortton, que não mediu esforços em me ajudar.

A minhas cunhadas: Neusa e Eliete que sempre me incentivaram.

As minhas grandes amigas: Marcela Estácio e Letícia que estiveram sempre ao meu lado, pois somos as: power puff girls.

Ao meu cunhado Nivaldo (in memoriam), que nos mostrou o quanto à vida é bela e como os amigos são importantes.

Às professoras: Jadna e Alessandra, membros da Banca, Examinadora, pelas sugestões valiosas.

Em especial, a minha orientadora: Profª Marlise, que com toda sua dedicação, fez-se prestativa sempre que precisei.

Minha irmã gêmea: Lisiana, que muitas vezes executou todo o serviço sozinha, quando tinha que me dedicar aos relatórios. A você, minha irmã meu muito obrigada. Te amo muito!

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EPÍGRAFE

A raiz de todos os males? O egoísmo.

A distração mais bela? O trabalho.

A pior derrota? O desalento.

Os melhores professores? As crianças.

A maior satisfação? O dever cumprido.

A força mais potente do mundo? A fé.

As pessoas mais necessárias? Os pais.

A coisa mais bela de todas? O amor.

(Madre Teresa de Calcutá)

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RESUMO

Este trabalho tem como objetivo analisar uma proposta viável para implantação de um Sistema de Cobrança Eletrônica de Passagens em uma empresa de transporte coletivo: a Rodoviária Santa Terezinha LTDA. Para tal foi preciso levantar informações sobre a forma de pagamento de passagem atual, prestação de contas pelos cobradores e venda de passes. O sistema a ser implantado é o mesmo que funciona em Florianópolis. Portanto, foram feitas pesquisas e análises com usuários, funcionários e empresários da Capital. As informações obtidas nas pesquisas e avaliadas no trabalho servirão como base para melhor adequação da tecnologia da informação na cobrança de passagens e venda de créditos eletrônicos no transporte coletivo intermunicipal. Os objetivos da empresa em implantar o Sistema Eletrônico são diversificados, ligando-se a aspectos de aumento da segurança, melhor controle de arrecadação, melhoria no atendimento e redução de custos operacionais.

Palavras-chave: transporte, segurança, tecnologia

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ABSTRACT

This research has as objective to analyze a viable propose to implement an Electronic Bus Ticket System in a company of public transportation: Rodoviária Santa Terezinha Ltda . In order to do that, it was necessary to collect information about the nowadays system, the way that the conductors do the accounts rendered as well as the ticket sales. The system to be implemented is the same that works in Florianópolis city. Therefore, it was taken surveys and users analysis, employees and employers in the Capital city. The collected information, through the surveys which were evaluated in the research, will be the basis to improve the information technology in bus tickets charging and the bus electronic credits in the outside municipal public transportation. The company s objectives to implement the Electronic System are several, connecting the aspects to the security system, better collecting control, service improvement, and operational costs reduction.

Key-words: transportation, security, technology.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1- : O Processo de transformação de dados em informação..........................................21

Figura 2-Organograma da empresa Rodoviária Santa Terezinha .............................................35

Figura 3 Tela utilizada para cadastro dos dados recebidos dos cobradores...........................38

Figura 4 -Fluxograma do setor de arrecadação.........................................................................39

Figura 5 Ficha de Identidade Escolar.....................................................................................41

Figura 6 Recibo de comercialização de vale-transporte .........................................................42

Figura 7 Fluxograma de venda de passes ................................................................................43

Gráfico 1- Avaliação do Sistema de Bilhetagem Eletrônica em Florianópolis .......................45

Gráfico 2 A Reação dos Usuários em relação ao Sistema de Bilhetagem Eletrônica ...........47

Gráfico 3 O que os usuários mais reclamam do SBE ............................................................48

Gráfico 4 Trabalhava no transporte coletivo antes do SBE? .................................................49

Gráfico 5- Em relação às necessidades das empresas..............................................................50

Gráfico 6-A respeito das exigências dos usuários. ..................................................................51

Gráfico 7-Com relação aos embarques ....................................................................................52

Gráfico 8- Satisfação dos usuários quanto ao SBE implantado...............................................53

Gráfico 9- Rapidez dos embarques ..........................................................................................54

Gráfico 10- Segurança no transporte coletivo .........................................................................54

Gráfico 11- Tempo de compra e recompra de créditos............................................................55

Gráfico 12- Facilitação da recompra de créditos escolares .....................................................56

Quadro 1

Aspectos Positivos e Negativos ..............................................................................64

Figura 8- página na internet de ouvidoria ................................................................................69

Figura 9 - Cronograma de atividades........................................................................................71

Quadro 2-Tabela de valores do Sistema de Bilhetagem Eletrônica..........................................71

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SUMÁRIO

RESUMO.............................................................................................................................6

ABSTRACT .......................................................................................................................7

LISTA DE ILUSTRAÇÕES ....................................................................................8

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................11

1.1. APRESENTAÇÃO DO TEMA E DO PROBLEMA...............................................................11

1.2. OBJETIVOS .................................................................................................................13

1.1.1 Objetivo Geral ......................................................................................................13

1.1.2 Objetivos Específicos ............................................................................................13

1.3. JUSTIFICATIVA ...........................................................................................................13

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ..................................................................................15

2.1 AUTOMAÇÃO DE PROCESSOS .....................................................................................15

2.2 TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO (TI)...........................................................................16

2.3 CONCEITOS DE HARDWARE E SOFTWARE ..................................................................18

2.4 SISTEMA DE INFORMAÇÃO .........................................................................................19

2.5 BANCO DE DADOS......................................................................................................22

2.6 REDES........................................................................................................................23

2.7 INTERNET...................................................................................................................24

2.8 CORREIO ELETRÔNICO (E-MAIL).................................................................................26

2.9 FTP ( FILE TRANSFER PROTOCOL).............................................................................26

3 ASPECTOS METODOLÓGICOS.................................................................................28

3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA ......................................................................................28

3.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA ..................................................................................................30

3.3 COLETAS DE DADOS .........................................................................................................31

3.4 ANÁLISE DOS DADOS........................................................................................................32

4 APRESENTACAO E ANÁLISE DOS RESULTADOS...............................................34

4.1 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA.......................................................................................34

4.1.1 Setor da realização do estágio - Setor de Transporte..............................................35

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4.2 DESCRIÇÃO DA SITUAÇÃO ATUAL NA RST................................................................36

4.2.1 Procedimento do Setor de Arrecadação ...................................................................36

4.2.2 Procedimento do Setor de Vendas de Passes............................................................39

4.3 ANÁLISE DOS RESULTADOS .......................................................................................44

4.4 QUESTIONÁRIO APLICADO AOS FUNCIONÁRIOS ..........................................................44

4.5 FORMULÁRIO .............................................................................................................53

4.6 QUANTO À SATISFAÇÃO DOS CLIENTES: .....................................................................53

4.7 RESULTADO OBTIDO POR MEIO DA ENTREVISTA.........................................................57

4.8 SISTEMAS DE BILHETAGEM ELETRÔNICA EMPRESA 1 ................................................59

4.9 MÓDULO DE SOFTWARE DE APOIO ............................................................................60

4.10 EQUIPAMENTO (HARDWARE).....................................................................................62

4.11 AUTOMAÇÃO DE SOFTWARE EM MÓDULO ESPECIAL.................................................63

4.12 ASPECTOS POSITIVOS E NEGATIVOS DO SISTEMA DE BILHETAGEM ELETRÔNICA.......64

PESQUISADO...........................................................................................................................64

4.13 PROPOSTA..................................................................................................................65

4.14 ASPECTOS DA IMPLANTAÇÃO DO SBE - BENEFÍCIOS E MUDANÇAS DA IMPLANTAÇÃO

66

Mudanças e benefícios..............................................................................................66

4.15 RECOMENDAÇÕES À IMPLANTAÇÃO...........................................................................68

4.16 COM RELAÇÃO A FUNCIONÁRIOS: ..............................................................................68

4.17 COM RELAÇÃO AOS USUÁRIOS ...................................................................................68

4.18 COM RELAÇÃO A EMPRESA ........................................................................................69

4.19 CUSTO DE IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA DE BILHETAGEM ELETRÔNICA ......................71

5 CONCLUSÃO ..................................................................................................................73

6 RECOMENDAÇÕES ......................................................................................................74

7 REFERÊNCIAS ...............................................................................................................75

APÊNDICES ...........................................................................................................................77

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1 INTRODUÇÃO

1.1. Apresentação do Tema e do Problema

Atualmente, as empresas necessitam investir em novas tecnologias para manter-se

competitivas no mercado. Segundo Agrasso (2000, p. 13), Obter competência e

competitividade, considerando os desafios existentes, exige que a organização conheça

claramente seus objetivos para que assim possa definir as estratégias mais adequadas à

consecução destes, considerando o cenário no qual está inserida . Na escolha das estratégias,

um dos elementos mais importantes é a escolha correta dos recursos tecnológicos. Com a

utilização das novas tecnologias as empresas atingem um elevado grau de excelência na

prestação de seus serviços.

As tecnologias que são desenvolvidas para aplicação nos diversos setores da sociedade

fazem a diferença na qualidade de produtos e serviços que as empresas oferecem. Esta

atualização técnica oferece um diferencial importante para as organizações. As empresas de

transporte urbano não fogem desta regra.

Em busca de modernidade, racionalização e qualidade no transporte coletivo urbano, os

sistemas de bilhetagem eletrônica estão sendo implantados, para que os usuários possam ter

mais segurança e rapidez no seu uso diário. Evitando a circulação de dinheiro no interior dos

veículos e o acúmulo na bilheteria, o transporte se torna mais seguro. Essa inovação

tecnológica também tem a função de reduzir o tempo no embarque e desembarque de

passageiros, bem como melhorar o controle de arrecadação das empresas e do órgão gestor, o

DETER - Departamento de Transportes e Terminais.

Para analisar esta realidade observar-se-á a empresa de transporte coletivo Rodoviária

Santa Terezinha (RST). A escolha desta empresa é oportuna, já que, operando no mercado há

45 anos, tem atualmente como prioridade o desenvolvimento do projeto de implantação da

bilhetagem eletrônica. A implantação desta tecnologia se faz necessária para a empresa

manter sua estabilidade no mercado, podendo assim competir com outras empresas e

continuar desempenhando suas atividades, adaptando-se as novas tendências e

proporcionando aos seus usuários um elevado índice de satisfação, focando assim o seu

público como prioridade.

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A Empresa segue uma tendência pela qual se manifesta em outras dez capitais

brasileiras possuem e contam com o recurso de bilhetagem eletrônica no seu transporte

coletivo urbano, cada qual aplicado a uma realidade, com suas particularidades e com a

participação decisiva das empresas na sua implantação, bem como na sua gestão.

No entanto, um dos principais problemas para a implantação do sistema de bilhetagem

eletrônica na empresa de transporte coletivo RST, é a cobrança de diferentes valores em uma

mesma linha que chega a ter até três patamares diferentes. Isso ocorre devido ao fato da

empresa de transporte coletivo Rodoviária Santa Terezinha atender a um longo percurso, com

valores distintos, da seguinte forma:

As linhas Flor de Nápolis - Florianópolis e Picadas do Sul - Florianópolis possuem

extensão de 14 e 16 Km respectivamente, com patamar único (patamar 2), ou seja, é cobrado

um valor único.

Já as linhas Sertão do Maruim - Florianópolis, Univali - Florianópolis e Santana -

Florianópolis possuem dois patamares (três e cinco), por possuírem extensão relativamente

longa para linhas urbanas (entre 19 e 25 Km), e são tarifadas da seguinte forma: com patamar

três os passageiros que se deslocarem dentro do município de São José e com patamar cinco

os passageiros que se deslocarem entre os municípios de São José e Florianópolis.

Por ser mais extensa, com um total de 38 Km, a linha São Pedro de Alcântara

Florianópolis possui três patamares (três, cinco e sete), com tarifação mais complexa que as

demais: com patamar três os passageiros que se deslocarem entre São Pedro de Alcântara e o

Centro de Educação da Univali em São José, com patamar cinco de São Pedro de Alcântara à

São José (no trecho entre a UNIVALI São José e a divisa com Florianópolis) e com patamar

sete entre São Pedro de Alcântara e Florianópolis.

Com base, no exposto pretende-se responder o seguinte problema de pesquisa

relacionado a este processo de implantação, em forma de pergunta:

Qual alternativa de sistema de bilhetagem eletrônica melhor se adaptará a empresa de

transporte coletivo Rodoviária Santa Terezinha?

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1.2. Objetivos

1.1.1 Objetivo Geral

Apresentar uma alternativa de Bilhetagem Eletrônica à empresa de transporte coletivo

Rodoviária Santa Terezinha.

1.1.2 Objetivos Específicos

Descrever o procedimento atual de cobrança das tarifas do transporte coletivo

da empresa Rodoviária Santa Terezinha;

Identificar o Sistema de Bilhetagem Eletrônica existente

Verificar os pontos positivos e negativos do Sistema de Bilhetagem Eletrônica

identificado;

Apresentar os benefícios que serão gerados, com a implantação de um novo

sistema, para a empresa de transporte coletivo Rodoviária Santa Terezinha.

1.3. Justificativa

Seguindo as tendências do mercado algumas melhorias na qualidade de vida da

população podem-se creditar às tecnologias. As empresas de transporte coletivo atuam junto

à sociedade, por isso vem investindo no uso de ferramentas adequadas em tecnologia da

informação que proporcionem aos seus clientes retorno positivo, com eficiência e eficácia.

Dentre estas pode-se destacar os sistemas de bilhetagem eletrônica. Tal sistema é

atualmente foco do estudo deste trabalho para implantação na Empresa RST. Para que as

transformações provocadas pelas tecnologias na implantação do sistema de bilhetagem

eletrônica na RST sejam eficientes, é necessário utilizar ferramentas adequadas para

proporcionar aos seus clientes retorno positivo, funcionando corretamente e deixando seus

usuários satisfeitos.

As linhas com múltiplos patamares apresentam maior dificuldade de controle por parte

da administração da empresa e um grau de dificuldade bem maior para implantação do

Sistema de Bilhetagem Eletrônica. Entretanto, oferecem aos seus usuários valores de

passagem compatíveis com a distância percorrida. Essa diferença de valores ocorre para que o

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usuário do transporte coletivo pague o preço justo pelo trajeto percorrido. Esta forma de

cobrança também oferece vantagens para a empresa de transporte coletivo RST ao operar

linhas com essas características, que são a racionalização e o aproveitamento de frota e

pessoal.

Os benefícios da bilhetagem eletrônica, que preliminarmente pode-se destacar, são:

Embarques mais rápidos: Ao ingressar no ônibus, o passageiro, não terá mais que

esperar pelo troco, passando o cartão pelo validador, com dispositivos eletrônicos e

magnéticos, que retiram do cartão, os créditos necessários para a liberação da catraca,

agilizando o processo.

Redução do tempo de viagens: Melhorando o percurso que terá mais rapidez com os

itinerários, agilizando o trânsito e a oferta do transporte, aumentando assim, o número de

passageiros.

Maior segurança para os passageiros: Com a diminuição do manuseio da moeda e

passes no interior dos ônibus, eliminando o risco de assalto, dando maior segurança aos

passageiros e funcionários da empresa.

Outra justificativa para este trabalho é a agilidade dos procedimentos nos setores

internos da empresa, pois o processo de bilhetagem eletrônica disponibilizará informações

mais rápidas referentes a venda de passes e arrecadação da RST, sendo que esta tecnologia

afetará os setores responsáveis por tais atividades.

São melhorias que causam grande impacto social porque contribuem para a qualidade

de vida dos usuários de transporte coletivo urbano que constituem uma parcela significativa

da população brasileira.

Isso demonstra a contribuição do segmento empresarial com o desenvolvimento das

cidades, uma vez que a modernização promove a racionalização da operação e permite a

redução de custos no serviço de cobrança.

A partir dessas vantagens acima citadas, surgiu a necessidade de investigar a alternativa

de bilhetagem eletrônica que seja compatível com o sistema de cobrança da empresa

Rodoviária Santa Terezinha, uma vez que o mesmo é feito de acordo com o percurso

percorrido pelo cliente.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 Automação de Processos

As empresas estão sendo inovadas por meio das Tecnologias da Informação, que

procuram aperfeiçoar os processos desenvolvidos. Isso contribui para a melhoria da qualidade

dos produtos e dos serviços prestados, tendo como principal meta a satisfação do cliente,

melhorando os resultados em todos os setores da empresa.

O processo de estruturação organizacional pode ser distinto das visões hierárquicas ou

verticais das organizações, ou seja, é uma forma de visão ampla, na qual os organizadores

devem obter uma dinâmica organizacional e uma visão produtiva, satisfazendo seu cliente,

proporcionando-lhe qualidade em seus produtos ou serviços. (DAVENPORT, 1994, p.07).

Para que isso ocorra, às empresas de transporte buscam no mercado tecnologias em

bilhetagem eletrônica que implantada em outras cidades com características semelhantes

tragam bons resultados para os usuários e transportadoras.

Segundo Silveira (1998, p. 23), A automação é um conceito e um conjunto de técnicas

por meio das quais se constroem sistemas ativos capazes de atuar com uma eficiência ótima

pelo uso de informações recebidas do meio sobre qual atuam .

A automação pode-se dizer que é aplicação externa da tecnologia eletrônica, tendo um

funcionamento a cada técnica aplicada, sendo assim é necessário a escolha correta do tipo de

tecnologia a ser implantada para a obtenção dos resultados de forma simultânea e desejada.

Compreendendo a automação do mesmo modo, Medeiros (1999, p. 104) define a

mesma como a utilização da tecnologia do sistema de informação para ampliar a eficácia do

desempenho profissional, proporcionando, conseqüentemente, maior eficiência. Eficácia diz

respeito à qualidade; eficiência, à quantidade. A uma e a outra a automação proporciona

resultados invejáveis .

Para que a automação seja aplicada de forma correta a ferramenta a ser usada, deverá

obter uma metodologia em seu uso para a obtenção de resultados desejado, determinando o

estilo de desenvolvimento e gerenciamento incluindo o treinamento de colaboradores para

obter melhores s resultados.

Assim sendo, a automação surgiu da necessidade de eliminar o acúmulo de papéis e

evitar com que as pessoas executem seus trabalhos de forma repetitiva e eliminando, assim,

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16

tarefas e procedimentos desnecessários. A automação é vista principalmente por proporcionar

informações exatas e seguras, com elevado índice de confiabilidade e liberando o homem para

outras tarefas mais criativas (MEDEIROS, 1999, p.23).

São muitas as necessidades que levam as empresas inovarem seus processos

automatizando-os, para melhor controle de gerenciamento transformando todo seu processo

lento e burocrático, em informações precisas e com fácil acesso.

Segundo Silveira (1998, p.23), existe uma ligeira diferença entre Automação de

Processos e Automatização de Processos. Na automação, prevê-se o uso extensivo dos

mesmos conceitos associados à automatização. Entretanto, o nível de flexibilidade imputado

ao sistema é bem mais elevado pelo fato de estar indissoluvelmente associado ao conceito de

software .

Automação de Processos são formas e técnicas por meio das quais se constrói um

sistema ativo para desenvolver as tarefas com boa eficiência, pelo uso da tecnologia da

informação. Já Automatização de Processos são técnicas desenvolvidas para dar agilidade e

eficiência nas organizações, ou seja, a automatização está diretamente relacionada a

movimentos automáticos realizados por máquinas.

2.2 Tecnologia da Informação (TI)

Com a inovação das tecnologias, mudanças nas organizações empresariais, são

necessárias para atingir maiores níveis de competitividade e, também, obter um elevado

índice de conhecimento em qualquer que seja o ramo da organização. A escolha da tecnologia

ideal para que a organização cresça no mercado favorece a obtenção de maior satisfação por

parte de seus clientes, bem como, controle e racionalização de custos.

Segundo Rodrigues apud Agrasso (2000, p. 99-100),

[...] está havendo uma transformação nas formas de organização e gerenciamento. Tradicionalmente as organizações caracterizam-se pela forma hierárquica, centralizadora, formando um grupo de especialistas que depende de um conjunto de procedimentos operacionais padronizados para a disponibilidade de seus produtos e serviços [...].

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Esta transformação aponta para o desenvolvimento das tecnologias da informação, que

está acontecendo em grande escala.Neste sentido torna-se necessário definir tecnologia da

informação.

Para Keen (1996, p. 273) Tecnologia da Informação é a designação mais utilizada para

uma gama crescente de equipamentos, aplicações, serviços e tecnologias básicas que se

enquadram em três categorias principais: computadores, telecomunicações e dados de

multimídia .

É por meio da tecnologia que está se criando novas necessidades, de participação e

interação até então desconhecidas ao homem de hoje. E esta constante modificação e

interação do homem implica na contínua modificação da tecnologia, que cresce em grande

velocidade.

Agrasso (2000) diz que Tecnologia da Informação é o sucesso que as empresas têm em

transformar as informações disponibilizadas em conhecimento e daí estes conhecimentos

passam a ser ação, melhorando seu controle de gerenciamento e os níveis de instrução dos

procedimentos.

As Tecnologias da Informação geram grandes avanços para as organizações. No

entanto, é necessário observar que geram efeitos tanto positivos como negativos, não só para a

empresa em si, como no ambiente em que está incluída.

Pode-se, segundo Meirelles (1994, p. 478), categorizar os impactos da tecnologia da

informação em cinco grandes classes:

1º) Existe a visão de que a tecnologia muda muitos aspectos da estrutura interna das

organizações, afetando poder, funções, processos e hierarquia. A Tecnologia da Informação

conduzirá a maior centralização organizacional, maior descentralização, redução dos níveis da

gerência intermediária ou alta na empresa, grande concentração do poder ou,

alternativamente, descentralização do poder gerencial.

2º) Outra visão está relacionada com o surgimento do trabalho baseado em grupos,

equipes ou times. Estes focalizam um determinado problema, são re-arranjados e,

freqüentemente, suportados por recursos de sistema e comunicação eletrônica e passam a

contribuir para a forma organizacional primária.

3º) A visão da desintegração das organizações devido à constante diminuição dos custos

da interconexão eletrônica entre empresas, fornecedores e consumidores. A estrutura

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18

organizacional será baseada no mercado e funções anteriores realizadas dentro da hierarquia

das empresas serão repassadas para empresas especializadas. O fluxo por meio da cadeia de

valores agregados e maior integração da cadeia propriamente dita são efeitos preconizados.

4º) As mudanças organizacionais advêm de uma perspectiva técnica. Os recursos de

Tecnologia da Informação conduzem a uma integração dos sistemas do negócio, provocando

uma integração dos processos ao longo das linhas tradicionais de produtos ou geográficas. O

conceito de Tecnologia da Informação habilitando a integração organizacional está presente

como uma conseqüência natural de duas prioridades da Tecnologia da Informação: melhor

interconexão e maior compartilhamento e acesso a dados.

Essas quatro visões ou classes de impacto das Tecnologias da Informação são

consideradas clássicas. A quinta tenta agregar e expandir essas quatro perspectivas com a

ótica mais integrada e voltada para as implicações gerenciais.

5º) Esta visão argumenta que a Tecnologia da Informação fornece uma nova abordagem

para a administração da interdependência organizacional. A tese fundamental é que a

habilidade da empresa de continuamente melhorar a administração efetiva da

interdependência é o elemento crítico para responder às novas e poderosas forças

competitivas. Ao contrário do passado, estratégias baseiam-se na otimização das operações

dentro de departamentos funcionais. Linhas de produção ou organização geográfica

continuarão necessárias, mas não serão suficientes no futuro.

O autor afirma ainda que, a organização pode ser vista como um processador de

informação; deve-se distinguir as relações laterais obtidas por meio do contato direto, forças-

tarefa e equipes de sistema para a integração vertical. Os mecanismos de relacionamento

lateral permitem que a organização tome mais decisões e processe mais informações sem

sobrecarregar os canais de comunicação hierárquicos.

A seguir serão descritos alguns elementos que compõem as Tecnologias da Informação.

2.3 Conceitos de Hardware e Software

Dentre os componentes da TI o computador é o primeiro a ser analisado como meio de

aplicação da Tecnologia da Informação. Assim, acredita-se na necessidade de conceitual as

partes básicas deste: Hardware e Software.

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De acordo com Keen (1996, p. 138) diz que o termo Hardware refere-se aos

componentes físicos da tecnologia da informação: os computadores, periféricos

como

impressoras, discos e scanners

e os cabos, conectores e outros elementos da infra-estrutura

de telecomunicações que conectam todo o resto .

Quanto ao Software, este mesmo autor diz que é através desse que o hardware se torna

um elemento útil e que O software é a mola propulsora das inovações da Tecnologia de

Informação e cada vez mais um fator determinante da qualidade e do serviço prestado aos

clientes.

De forma similar, Stair (1998, p. 13),

[...] Hardware são equipamentos do computador usados para executar as atividades de entrada, processamento e saída. Os dispositivos de entrada incluem: teclado, dispositivo de escaneamento automático, equipamento que pode ler caracteres em tinta magnética e muito outros dispositivos, sendo definido como a parte física do computador.

E software consiste nos programas e nas instruções dadas ao computador e ao usuário. Este programa e instruções permitem ao computador processar falhas de pagamento, enviar faturas ao cliente e fornecedores, aos administradores e informação para aumentar os lucros, reduzir custo, e proporcionar um serviço melhor ao cliente [...].

Segundo Laudon (1999, p. 06), Hardware é todo elemento físico usado para as tarefas

de entrada, processamento e saída em um Sistema de Informação. Já, por sua vez, Software

consiste em instruções pré-programadas que coordenam o trabalho dos componentes do

Hardware para que executem os processos exigidos por cada sistema de informação .

Hardware é a máquina em si ou a parte física do computador com seus periféricos de

entrada e saída e os softwares são os programas instalados no hardware para que ele possa

processar as informações.

2.4 Sistema de Informação

Informação é fundamental em qualquer aspecto da organização, por isso necessita ser

precisa e concreta para a obtenção de resultados.

Stair (1998, p. 04) define informação como sendo [...] informação é um conjunto de

fatos organizados de tal forma que adquirem valor adicional além do valor do fato em si [...] .

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Sistema é um conjunto de elementos ou componentes que interagem para atingir um

objetivo.

Para Stair (1998, p. 06), [...] Os sistemas classificam-se em: sistema simples, sistema

complexo, sistema aberto, e sistema fechado, sistema estável e sistema dinâmico, sistema

adaptável ou não adaptável, permanente ou temporário [...] .

Será apresentado a seguir, um tópico de cada um desses sistemas segundo o autor.

Sistema simples: são aqueles que possuem poucos elementos ou componentes

e há uma interação entre os elementos, o processo é homogêneo, sendo

descomplicado a sua união.

Sistema complexo: são altamente relacionados e existe mais complexidade em

seu processo de fabricação e mão de obra qualificada, com maior interação

para determinar tarefa.

Sistema aberto: Há um fluxo de entrada e saída em todos os limites do sistema

Sistema fechado: O oposto do aberto, existem pouquíssimos sistemas

fechados, não há interação com os outros sistemas.

Sistema dinâmico: A própria palavra já diz, é um mercado que tem que ser

dinâmico, ou seja, sempre inovando e as mudanças devem ser rápidas e

constantes.

Sistema estável: É aquele sistema que resulta em poucas mudanças no

ambiente, exercem uma determinada função e continua assim por muito tempo.

Sistema adaptável: É um sistema que monitora o ambiente e através dessa

monitoração modifica-se conforme as necessidades.

Sistema não adaptável: Esse sistema não muda com o ambiente.

Sistema permanente: São empresas que permanecem no mercado por um bom

tempo ou para sempre.

Sistema temporário: É aquele que não existirá por um longo tempo e é

classificado como temporário.

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Existem várias formas de apresentação de um sistema de informação, para esse

processo que envolve o sistema de tecnologia da informação, o sistema pode ser definido

como:

Segundo Stair (1998, p. 11), Sistema de informação(SI), é uma série de elementos ou

componentes inter-relacionados que coletam (entrada), manipulam e armazenam (processo),

disseminam (saída). Os dados e informações, oferecem um mecanismo de Feedback.

Portanto, será dado um conceito de cada um destes componentes do sistema de

informação.

Ainda de acordo com Stair (1998, p. 11-12). entrada é a atividade de captar e juntar

os dados primários:

Processamento: Pode envolver cálculos, comparações e tomadas de ações

alternativas, e a armazenagem dos dados para uso futuro.

Saída: Envolve a produção de informação útil, geralmente na forma de

documentos, relatórios e dados de transações.

Feedback: É uma saída usada para fazer ajustes ou modificações nas atividades

de entrada ou processamento. Por exemplo, erros ou problemas podem fazer

com que os dados de entrada sejam corrigidos ou que o processo seja

modificado.

Os componentes do sistema de informação que são constituídos em: entrada,

processamento, saída, são ferramentas essenciais em qualquer processo para obtenção de

resultados positivos. E o feedback é essencial para o sucesso da operação em um sistema de

informação (STAIR, 1998).

Figura 1- : O Processo de transformação de dados em informação

Fonte: STAIR, 1998.

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Muitos são os conceitos que podem ser utilizados para definir Sistema de Informação

(SI). De acordo com Laudon (1999, p. 04),

[...] um sistema de informação pode ser dividido como um conjunto de componentes inter-relacionados trabalhando juntos para coletar, recuperar, processar, armazenar e distribuir informações com a finalidade de facilitar o planejamento, o controle, a coordenação, a análise e o processo decisório em empresas e outras organizações [...].

Um Sistema de Informação não necessita obrigatoriamente de alta tecnologia para sua

caracterização. Pode ser um sistema simples como, por exemplo, a pasta de um professor que

contenha informações de seus alunos e das disciplinas lecionadas, ou um sistema com o uso

da mais alta tecnologia que facilite as tarefas e o processamento de dados, com muito mais

rapidez e eficiência.

2.5 Banco de Dados

Por meio da informação contida em um banco de dados, a empresa obtém dados

precisos e valiosos em um sistema de informação.

De acordo com Stair (1998, p. 13), Banco de dados é uma coleção organizada de

fatos e informações. O banco de dados de uma empresa pode conter fatos e informações sobre

os clientes, empregados, estoque, informações sobre as vendas de concorrentes e muito mais

[...] .

Banco de dados obtém toda informação que é desenvolvida para um sistema de

distribuição e participação dos clientes para com a empresa.

Conforme Date (1999, p. 04),

O propósito geral dos bancos de dados é armazenar informações e permitir aos usuários a busca e a atualização dessas informações quando solicitadas. As informações em questão podem ser qualquer dado que tenha significado para o indivíduo ou a organização a que o sistema deve seguir. Em outras palavras, tudo que é necessário para auxiliar no processo geral de tomada de decisões de negócios desse indivíduo ou dessa organização.

As informações podem ser armazenadas em banco de dados e ficar disponíveis em

qualquer máquina, que vão desde microcomputadores até computadores de grande porte. Para

Kenn (1996, p. 30) os Bancos de Dados são organizados de modo que seu conteúdo possa ser

consultado a qualquer momento.

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Os bancos de dados armazenados em pequenos computadores normalmente servem

somente a um usuário, ou seja, um sistema monousuário. Já os grandes computadores servem

a vários usuários e são chamados de sistema multiusuário em que todos podem acessar

simultaneamente e de vários locais (DATE, 1999).

2.6 Redes

Por rede entende-se como sendo um conjunto de computadores interligados entre si por

cabos, ondas de rádio ou feixes de luz, possibilitando o compartilhamento de recursos e

dados, dinamizando o sistema de informação (MEYER, 2000).

Para Keen (1996, p. 227) as redes são estradas de telecomunicações pelas quais as

informações viajam. As informações podem se originar e estar dirigidas a todos os tipos de

equipamentos [...] . Esses equipamentos podem ser telefones, televisões, satélites, sensores e

alarmes, e computadores de todos os tamanhos e modelos.

As redes podem ser descritas em termos de sua extensão geográfica e propriedade e são

conhecidas como Redes Locais (LAN), Redes comercias (MAN) e Redes de Longa Distância

(WAN).

Lardizábal (2002) apresenta a definição dos três tipos de redes:

LAN (Local Area Network): São redes que permitem a interconexão de

equipamentos de comunicação de dados numa pequena região, em geral,

propriedades privadas. É o tipo de rede mais comum e encontra-se em todos os

tipos de organizações. Podem estar instaladas em salas, num andar de um

edifício, num edifício todo ou conjunto de edifícios.

MAN (Metropolitan Area Network): As redes metropolitanas apresentam as

mesmas características das redes locais porém, em geral, as MANs cobrem

distâncias maiores do que as LANs (cidade ou macro-região) e operam em

velocidades maiores. As ligações desse tipo de rede podem ser através de

ondas de rádio, microondas, infravermelho ou linhas telefônicas.

WAN (Wide Area Network): Surgiram da necessidade de se compartilhar

recursos especializados por uma comunidade maior de usuários dispersos

geograficamente. Devido ao alto custo dos meios de comunicação, tais redes

em geral são públicas. Podem abranger várias cidades distantes e também

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estados e países diferentes. Sua ligação pode ser através de linhas telefônicas,

ou canais de satélite. A internet é exemplo deste tipo de rede.

O desempenho da rede é afetado diretamente pela topologia utilizada. Por esse motivo,

a escolha de uma topologia deve influenciar desde seu tipo, capacidade, crescimento e

também de que forma uma rede pode ser gerenciada. São medidas que determinam o tipo de

rede aplicada na implantação do Sistema de bilhetagem Eletrônica.

De acordo com Meyer (2000, p. 267) o layout físico de uma rede local recebe o nome

de topologia e pode ser classificada como:

Topologia de barramento: o cabo de rede forma um único barramento para que

cada estação de trabalho seja anexada;

Topologia em estrela: essa rede introduz um concentrador de cabeamento

chamado hub. É fácil conectar novos usuários inserindo um novo cabo no hub,

respeitando seu limite;

Topologia em anel: todos os nós são conectados em um fio circular.

A redes foram um avanço considerável para a comunicação entre as pessoas em

organizações inicialmente e atualmente em todos os setores. isto deu-se principalmente com o

surgimento e apogeu da Internet.

O sistema de cabeamento estruturado para as Redes Locais,( LANS) na instalação da

bilhetagem eletrônica, consiste em um plano de cabeamento para edifícios ou Campus, que

visa conectar telefones, equipamentos de processamentos de dados, de equipamento de

escritórios.

Usando cabo de fibra ópticas, esta tecnologia permite ao usuário conectar seus

equipamentos nas tomadas de decisões e permitindo uma solução para eventuais problemas

com custo benefício e de fácil manutenção para as empresas

2.7 Internet

A internet cresceu muito nos últimos tempos. Atualmente pode-se dizer que são

milhões de pessoas usando a internet seja como fins comerciais, ou científicos, ou mesmo

para desenvolver quaisquer tipos de relação, comunicação ou busca da informação.

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De acordo com Keen (1996, p. 155)A internet é uma Rede de redes que cresceu sem

planejamento até abranger aproximadamente 50.000 sub-redes em 90 países, com

aproximadamente 15 milhões de usuários acessando 2 milhões de computadores hosts1 .

O mesmo autor comenta que a origem da Internet foi a Arpanet, uma rede fundada

para uso em pesquisas civis do Departamento de Defesa dos Estados Unidos na década de

1960. A sua mera existência foi um incentivo à experimentação, e estudantes de pós-

graduação passaram a desenvolver ferramentas e protocolos para facilitar o livre fluxo de

informações entre as universidades e laboratórios de pesquisa.

Segundo Meyer (2000, p. 184) A internet é melhor entendida como um conjunto de

padrões (protocolos) que define como dois tipos de programas, um cliente e um servidor,

podem comunicar-se entre si .

A internet é extremamente dinâmica, e apresenta características de interatividade em

tempo real. Além de se constituir em um canal para a disponibilização de informação e

publicidade por parte das empresas, permitindo diálogo efetivo entre consumidores,

fornecedores, clientes e bancos.

De forma similar Albertin (2000 p. 25) diz que: O foco do novo paradigma recai na

criação de uma arquitetura de informação que possibilita sistema entre funções e melhor

utilização da informação .

Pode-se utilizar inúmeros serviços oferecidos na internet, seja por intermédio de

correio eletrônico, ou através da plataforma www(world wide web), que é um dos dispositivos

mais inovadores de acesso a internet. Podemos encontrar uma rede de computadores dentro de

simples empresas comerciais ou até mesmo de empresas industriais.

A seguir serão apresentados de acordo com Amor (2000, p.64-65) o conjunto de

serviços da Internet.

Segundo Amor (2000, p. 64) O bem conhecido World Wide Web Consortium (W3C)

não tem influência direta sobre os padrões da internet. Essa organização é responsáveis pelos

padrões da web, os quais foram construídos em cima dos padrões da internet.

O autor acima citado deixa evidente que: pessoas acreditam que web è a mesma coisa

que internet, nada mais é do que uma ferramenta de busca e troca de informações.

host: serve para designar um computador que fornece serviços a diversas estações de trabalho remotas. É um servidor para processamento de transações e acesso a dados corporativos.

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Para Albertin (2000, p. 46), A World Wide Web2 (Web ouWWW) é considerada uma

coleção de documentos distribuídos, referidos como páginas, localizados em computadores

(denominado de servidores) de todo o mundo.

2.8 Correio eletrônico (e-mail)

O correio eletrônico mais conhecido como e-mail, é um dos recursos mais utilizados e

mais antigos da internet.

O correio eletrônico tem várias vantagens, sobre outros meios de comunicação, alcança

e passa mensagem para qualquer lugar que o usuário se encontra. Não possui limitações de

correspondência que deseja enviar e não dependem de linhas que podem estar ocupadas, basta

ter um endereço na internet. Por essas séries de motivos que faz da internet um correio

eletrônico. (MUNDO DIGITAL, 2004).

Esse serviço permite que pessoas que fazem parte de grandes grupos que possuem um e-

mail sejam informados por meio da troca de informações uns com os outros, basta o usuário

acessar a rede, para notificar que ele tem mensagens a serem recebidas.

2.9 FTP ( File Transfer Protocol)

É um protocolo que permite transferência de arquivo. Embora esta estrutura possa

parecer complicada, ela realmente simplifica a implementação pela seqüência de informações

e mensagens assegurando a transmissão dos documentos.

Amor, (2000, p.65) define FTP como: [...] segmentação da informação em mensagem,

pacotes, bytes e sinais, dependendo da camada, torna-se mais fácil desenvolver software que

incorpora o protocolo exigido.Cada camada pode ser implementada separadamente sem

conhecer outras camadas, tornando o software mais simples e robusto.Isso também facilita

integrar software de diferentes fornecedores dentro de uma única solução, mesmo que eles

operem em níveis diferentes [...] .

2 Segundo Albertin (2000 p. 46) World Wide Web também chamado de WWW ou Web catálogo mundial de

páginas de servidores e informação.

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Para manter as comunicações, um conjunto de regras foi estabelecida e supervisionada

as comunicações a internet. As regras são agrupadas em grande número de funções que são

chamados de protocolos, e o (FTP), é um deles.transferindo arquivo entre nós.

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3 ASPECTOS METODOLÓGICOS

Nesta pesquisa serão apresentados aspectos metodológicos que darão sustentação à

pesquisa para alcançar o objetivo proposto. Define-se método como uma forma de identificar

um caminho e chegar a um fim, determinando assim seu procedimento e comportamento.

Para Richardson (1999 p. 23), metodologia são os procedimentos e regras utilizadas

por determinado método. A metodologia é a regra estabelecida para o método científico: a

necessidade de observar, a necessidade de formular hipóteses, a elaboração de instrumentos .

É necessário o uso da metodologia para determinar o tipo de coleta de dados para

melhor alternativa na implantação de um sistema. A pesquisa tem como base analisar o

sistema de Bilhetagem Eletrônica, já implantado em uma empresa da cidade de Florianópolis.

Por meio da pesquisa aplicada, com a obtenção dos resultados levantando os problemas que

auxiliarão a determinar soluções para posterior implantação na empresa RST.

3.1 Caracterização da Pesquisa

A caracterização das pesquisas que serão realizadas oportuniza ao pesquisador verificar

quais métodos de coletas de dados serão utilizados e qual a direção que a pesquisa deve

seguir. Este trabalho caracteriza-se por uma pesquisa qualitativa.

É a forma concreta e detalhada de obter os resultados e descrever a complexidade de

determinado problema, analisar a interação de certas variáveis, contribuir no processo de

mudança de determinado grupo e possibilitar com maior intensidade e profundidade, o

entendimento das particularidades do comportamento do indivíduo (RICHARDSON,

1989,p.39).

Na pesquisa qualitativa, é importante analisar os fatos, que é a forma concreta na

obtenção dos resultados. Neste caso entra em questão a implantação da bilhetagem eletrônica

em uma empresa de transporte coletivo. Será analisada a forma como são executadas as

tarefas diárias em registros detalhadas, para a obtenção da implantação com segurança.

A integração da pesquisa qualitativa permite que o pesquisador faça suas conclusões de

modo a ter maior confiança em seus dados, com maior compreensão dos fatos levantados.

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Richardson (1999 p.90), define pesquisa qualitativa como a tentativa de uma

compreensão detalhada dos significados e características situacionais apresentadas pelo

entrevistador .

Neste trabalho será utilizado também o estudo de caso, o qual possibilita estudar uma

determinada situação atual em um contexto real, levantando informações de diversas fontes.

Segundo Pádua (2002, p. 71) [...] o estudo de caso não pode ser considerado uma

técnica que realiza a análise do indivíduo em toda unicidade, mas é uma tentativa de abranger

as características mais importantes do tema que se está pesquisando, bem como seu processo

de desenvolvimento [...] .

A pesquisa se caracteriza por ser estudo de caso e tem por finalidade conhecer e

explicar os fenômenos que ocorrem, tendo como objetivo a compreensão no sentido de

descobrir as soluções. Nesse caso, o objetivo é descrever a situação do contexto em que está

sendo feita a investigação.

O estudo de caso, que o presente trabalho referencia é o fato da pesquisadora fazer parte

do quadro de funcionários da Empresa RST, no qual a proposta oportuniza a Implantação da

Bilhetagem Eletrônica.

Como ferramenta para adquirir conhecimento será aplicada a pesquisa de campo, que

exige uma preparação teórica e prática, partindo da construção do modelo da realidade.

De acordo com Lakatos (19991, p. 186) pesquisa de campo é aquela utilizada com o

objetivo de conseguir informações e/ou conhecimentos a cerca de um problema, para o qual

se procura uma resposta, ou de hipóteses, que se queira comprovar .

Para Barros (2000, p.750), na Pesquisa de Campo, o investigador assume o papel de

observador e explorador, coletando diretamente os dados no local (campo) em que se deram

ou surgiram os fenômenos. Toda pesquisa de campo exige uma intensa preparação teórica e

prática, partindo da construção de um modelo da realidade.

Na pesquisa de campo foram utilizadas, as seguintes ferramentas: o questionário

aplicado entre os funcionários da empresa Insular Transporte Coletivo, para melhor

visualização da implantação do Sistema, pois os funcionários entrevistados possuem maiores

contatos entre os usuários. Também o formulário que a pesquisadora aplicou no TICEN,

terminal de integração e no ônibus Expresso no sentido centro de Florianópolis à UFSC; e por

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ultimo a entrevista aplicada com um dos gerentes de uma das empresas que implantaram o

sistema.Para maior compreensão dos fatos, sem que aja distorção.

3.2 População e Amostra

Serão definidos neste item, a população e amostra envolvidas no presente trabalho.

Segundo Richardson (1999, p. 157), População é um conjunto de elementos que

possuem determinadas características. Usualmente, fala-se de população ao se referir a todos

os habitantes de determinado lugar. Em termos estatísticos, população pode ser o conjunto de

indivíduos que trabalham em um mesmo lugar .

Já a Amostra, segundo Gil (1994, p. 92), é o subconjunto do universo ou da

população, por meio do qual se estabelecem ou se estimam as características desse universo

ou população .

Para identificar os sistemas de bilhetagem eletrônica existentes no mercado atual,

foram utilizadas como população duas empresas, as quais já possuem esta nova tecnologia.

Sendo que, somente em uma empresa foram coletados os dados referentes ao sistema que será

proposta para empresa Rodoviária Santa Terezinha Ltda. As duas utilizam o mesmo sistema.

Assim, referente à pesquisa de campo será somente de uma empresa como amostra.

Também fizeram parte da amostra as pessoas que exercem as funções de caixas no

setor de venda de cartões e arrecadação da empresa que será pesquisada e diretor da empresa

de transporte coletivo Insular. Dessa forma, poderão ser obtidos relatos, segunda a visão de

quem participou na implantação do sistema de bilhetagem eletrônica.

Além disso, os usuários das empresas Insular e Transol que utilizam o sistema de

bilhetagem eletrônica também foram pesquisados, por meio de um formulário de perguntas

fechadas, sendo que a amostra foi igual ao número de usuários que estavam na empresa nos

dias da pesquisa de campo e dispostos a participar.

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3.3 Coletas de Dados

São várias as formas de coletar dados em uma pesquisa, variando muito de projeto para

projeto, levando em conta os objetivos de cada um. Pretendeu-se conhecer a opinião dos

funcionários pelo fato de estarem em contato direto com os usuários,por este motivo decidiu-

se pelo uso do questionário, que:

Para Richardson (1999, p.189): As informações obtidas por meio de questionário

permitem observar as características de um indivíduo ou grupo . Ou ainda conforme Gil

(1999, p.28) define questionário como: A técnica de investigação composta por um número

mais ou menos elevado de questões apresentadas por escrito as pessoas tendo por objetivo o

conhecimento de opiniões, crenças, sentimentos, interesses, expectativa em situações

vivenciadas.

Optou-se também pela utilização da entrevista, tendo em vista que sua flexibilidade é bem

maior que o questionário, pois o investigador poderá possuir um contato direto com a

pesquisa, e adaptar-se com mais facilidade e desenvoltura nas circunstâncias que será

desenvolvido o processo.

A entrevista foi aplicada junto ao Diretor da Empresa Insular Transporte coletivo e foi

importante para analisar e compreender, em profundidade a implantação do sistema de

bilhetagem eletrônica. Obteu-se dados concretos e sugestões que analisados proporam melhor

solução para os problemas existentes.

De acordo com Richardson (1999, p. 207), a entrevista é uma técnica importante que

permite o desenvolvimento de uma estreita relação entre as pessoas. É um modo de

comunicação no qual determinada informação é transmitida de uma pessoa A para uma

pessoa B .

A observação participativa foi realizada pelo fato do observador ser o pesquisador e

estar participando do grupo de funcionários da empresa Rodoviária Santa Terezinha Ltda,

para evidenciar como funciona atualmente o setor de vendas de passe e setor de arrecadação.

Segundo Gil, (1994, p. 107) observação participante, ou observação ativa, consiste na

participação real do observador na vida da comunidade, do grupo ou de uma situação

determinada .

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Foi utilizado na coleta de dados os formulários que pretenderam buscar junto a usuários

do transporte, cujo sistema já foi implantado, suas percepções em relação ao sistema de

bilhetagem eletrônica , com a assistência do pesquisador.

De acordo com Fachin, (2003 p.141) formulário é : Uma série de questões ordenadas

sucessivamente e relacionadas com o objetivo do estudo. No formulário o pesquisador deve

ter conhecimento do que esta sendo aplicado para que haja maior desenvoltura na aplicação

da pesquisa.

3.4 Análise dos Dados

Após a observação da realidade e levantamento das informações necessárias, por meio

da coleta de dados, inicia-se o processo de Análise de dados.

Para Gil (1994, p.166), após a coleta de dados, a fase seguinte da pesquisa é a de

análise e interpretação. Estes dois processos, apesar de conceitualmente distintos aparecem

sempre estreitamente relacionados .

A análise de dados tem por objetivo relatar e organizar os dados, possibilitando os

relatos concretos para o fornecimento de resposta ao problema levantado para a investigação.

E a interpretação é a obtenção de respostas num sentido mais amplo dos conhecimentos

anteriores (GIL, 1994).

A apresentação dos dados dos questionários e formulários foi realizada por meio de

gráficos para apresentar os dados colhidos durante a pesquisa. Após, o pesquisador examinou

e avaliou transformando-se assim em material útil para a resolução do problema da pesquisa.

Segundo Marconi e Lakatos (1999, p.198), O questionário tem o objetivo de dar ao

investigador um conhecimento da situação real, atual, do problema estudado .

Também foi realizada análise de conteúdo em que se realizou a avaliação das

informações recebidas durante as entrevistas.

Segundo Richardson (1999, p.223) Análise de conteúdo é um conjunto de técnicas de

análise das comunicações visando obter, através de procedimentos sistemáticos e objetivos de

descrição do conteúdo das mensagens.

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Na análise dos dados foi importante observar que as várias formas em que foram

aplicadas as pesquisas, evidenciou-se a observação dos pontos fortes e fracos do sistema para

posterior aplicação da tecnologia da informação.

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4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS

4.1 Caracterização da Empresa

A Rodoviária Santa Terezinha Ltda foi fundada em maio de 1958 pelos sócios Nilo

Stein e Leonardo Clasen, com a finalidade de explorar uma linha de transporte coletivo entre

Florianópolis e a localidade de Coqueiros (ou Garcia), situada em Angelina, que na época era

Distrito de São José.

A primeira sede da empresa localizava-se no distrito de São Pedro de Alcântara,

também, à época, situado em São José.

A empresa iniciou suas atividades com um ônibus e dois funcionários, fazendo apenas

uma viagem de ida e volta entre Florianópolis e Coqueiros (Garcia), porém, atendendo várias

outras localidades por onde o veículo passava.

Com o decorrer das atividades, a empresa solicitou ao poder concedente - o

Departamento de Estrada e Rodagem (DER) - mais horários e assim adquiriu mais três

ônibus.

Em 08/03/67, a Rodoviária Santa Terezinha Ltda foi vendida aos Srs. Adalberto

Schmidt e Hamilton Schmidt.

Nesta administração, com o crescimento das comunidades, a empresa ampliou suas

atividades com mais quatro linhas: Santana

Florianópolis; São Pedro de Alcântara

Florianópolis; Sertão do Maruim Florianópolis.

Em 29/04/83, foi vendida para o Sr. Aldo Rocha, com onze ônibus e trinta e cinco

funcionários.

Em 01/12/90, a empresa foi então vendida ao atual proprietário, Sr. João José Vieira,

com uma frota de vinte e dois ônibus e sessenta e cinco funcionários.

No início do funcionamento da atual administração, a empresa encontrou vários

obstáculos para a sua sobrevivência no mercado, pois a frota adquirida estava em estado

lastimável de conservação e manutenção. Durante esses quatorze anos de gestão da

administração, a principal meta foi sempre modernizar a empresa e torná-la competitiva. Para

isso foi feito um grande investimento em frota e treinamento de pessoal. Hoje a empresa

possui 32 ônibus urbanos e conta com 96 funcionários.

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35

A figura 1, abaixo, apresenta a estrutura organizacional da Empresa.

Figura 2-Organograma da empresa Rodoviária Santa Terezinha

Fonte: Scheila Geovana Eltermann Jumes, 1998

Dando continuidade ao processo de desenvolvimento e modernização, a empresa tem

como meta à implantação da Bilhetagem Eletrônica de cobrança de passagem,

proporcionando à seus usuários mais segurança e eficiência, bem como, possibilitar

futuramente, a integração do transporte intermunicipal na Região Metropolitana de

Florianópolis.

4.1.1 Setor da realização do estágio - Setor de Transporte

O estágio está concentrado nos setores de Arrecadação e Vendas de Passes, sendo

estes afetados diretamente pelo sistema de bilhetagem eletrônica.

O setor de arrecadação conta com três funcionários, sendo um digitador, um caixa e

um gerente responsável pela arrecadação. Como tecnologia possui um microcomputador

Setor em que o estágio está sendo desenvolvido

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36

Pentium III, com o programa específico para as tarefas executadas no setor chamado:

Transportes Super 1.1.

O setor de arrecadação é um local reservado, localizado nas proximidades do Terminal

de Integração Florianópolis, em que os cobradores têm acesso para a prestação de contas

diárias e também são realizadas as conferências de passes ou ticket de passagem.

As atividades são feitas da seguinte forma: um funcionário separa fichas e passes que

são contados, e esses dados são digitados no sistema pelo responsável da arrecadação e

cobrado pelo caixa e assim sucessivamente. Após a prestação de contas, o cobrador deverá

levar uma guia (documento que consta dados referentes à sua jornada de trabalho), em que

deverá anotar todos os dados referentes ao seu percurso para posterior constatação dos dados

e agilizando o processo para o dia seguinte.

Já no setor de Venda de Passes trabalham apenas dois funcionários, efetuando vendas

e cadastros de alunos e empresas. Como tecnologia possui um microcomputador Athlon XP

com o Microsoft Excel, como seu programa principal.

No final do dia é realizado o fechamento de caixas abordando as diferentes espécies de

passes: vale-transporte, passe cidadão e passe escolar e suas características respectivas.

Cada passe possui uma quantidade em estoque, que no decorrer do dia, à medida que

a venda de passes acontece, a quantidade vendida é diminuída da quantidade de passes

existente em estoque. Independente do tipo do passe este procedimento ocorre.

Após todos os caixas fechados, são somados e diminuídos pelo valor que foi

arrecadado em cheque, totalizando o valor arrecadado na venda de passes no decorrer do dia,

e assim sucessivamente durante todos os dias da semana.

4.2 Descrição da Situação Atual na RST

4.2.1 Procedimento do Setor de Arrecadação

A seguir serão descritos os procedimentos da prestação de contas dos cobradores que

foram pesquisados por meio de observação participante, realizada no dia 14/03/04.

A empresa de transporte Rodoviária Santa Terezinha tem trinta funcionários que

atuam na função de cobrador. Antes de iniciar sua jornada de trabalho, cada cobrador recebe

do fiscal de tráfego da empresa uma guia em branco numerada contendo apenas seu nome e o

número de frota do ônibus que irá trabalhar. A cada viagem iniciada, seja no sentido bairro-

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37

centro ou centro-bairro, ele anota nessa guia o número existente na catraca, correspondente ao

número de passageiros transportados em cada viagem. Ao final da jornada de trabalho, cada

cobrador deverá se dirigir ao setor de arrecadação da empresa para prestação de contas, no

momento em que serão contadas separadamente as fichas por cor, correspondente a cada

patamar:

Patamar III

ficha rosa: Sertão do Maruím à São José com percurso

relativamente de 14 a 16 km.

Patamar V

ficha azul: Sertão do Maruím a Florianópolis (UNIVALI), com

percurso relativamente de 19 a 25 km.

Patamar VII

ficha verde: São Pedro de Alcântara a Florianópolis com

percurso de 38 km.

O número de fichas de cada cor será multiplicado pelo valor da tarifa correspondente

ao patamar, e somados deverão conferir com o valor pago pelo cobrador ao caixa do setor. A

soma de todas as fichas e passes deve conferir com a diferença entre o número final e o inicial

da catraca da respectiva jornada. Todos esses dados são lançados no sistema de arrecadação

da empresa e são conferidos periodicamente por um funcionário do setor financeiro da própria

empresa.

A figura 3, apresenta os sistemas que possui as seguintes características:

Transportadora 1 - Refere-se à Empresa Rodoviária Santa Terezinha

Guia do Cobrador 2 - Refere-se à ordem crescente obtidas na guia

Cobrador 3 - Refere-se ao nome do cobrador

Caixa 4 - Refere-se à pessoa responsável pela cobrança de contas

Emissão 5 - Refere-se à data do dia de trabalho

Entrada 6 - Refere-se ao dia de prestação de contas do cobrador

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38

Figura 3 Tela utilizada para cadastro dos dados recebidos dos cobradores

Fonte: TRANSPORTES SUPER 1.1

A tela acima descriminada contém dados da jornada de cada cobrador, referentes aos

horários das viagens, quantidade de passageiros transportados em cada viagem, quantidade de

passes e pagantes em dinheiro. Os números anotados na guia pelo cobrador, são lançados no

sistema, determinando o valor a ser pago. Ao final do expediente do setor de arrecadação,

todos valores arrecadados são enviados para o departamento financeiro da empresa, onde é

feita nova conferência.

Os patamares são estipulados pelo poder concedente intermunicipal (DETER), que é o

órgão estadual de regulamentação e fiscalização dos serviços de transporte intermunicipais no

Estado de Santa Catarina. Cada patamar possui um valor e correspondem as determinadas

distâncias percorridas em quilômetros.

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39

Figura 4 -Fluxograma do setor de arrecadação

Fonte: Rodoviária Santa Terezinha

No setor de arrecadação, as funções parecem simples, no entanto, todo esse processo é

lento e burocrático, por esse motivo que a tecnologia da informação irá automatizar todos os

processos, facilitando as tarefas diárias dos funcionários.

4.2.2 Procedimento do Setor de Vendas de Passes

Os passes (ou tíquetes de passagem) são confeccionados em papel especial anti-fraude

por gráficas especializadas contratadas pela empresa RST. São vendidos pela própria empresa

em local específico, localizado próximo ao terminal central de Florianópolis, para onde

convergem quase todas as linhas. São classificados por patamares e por categorias.

Quanto as categorias, dividem-se em: Passe Comum, Passe Escolar e Vale-Transporte,

sendo estes descritos a seguir.

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40

a) Passe Comum: qualquer pessoa tem direito a compra desse passe, cujo valor é igual

ao valor da passagem do patamar correspondente. Não há restrição de quantidade. Suas

vantagens são: evitar a circulação de dinheiro, facilitar o troco e assegurar o valor de

passagem em caso de reajustes.

b) Passe Escolar: facultado a sua venda somente a estudantes regularmente matriculados

nos níveis escolares de 1º, 2º e 3º graus, para uso específico entre casa-escola e escola-casa,

tendo desconto de 50% previsto por lei que o regulamenta. Sua venda é controlada e restrita à

compra pelo estudante de cinqüenta passes mensais durante o período escolar.

Para aquisição desse passe, o aluno deve preencher um formulário fornecido pela

empresa como se observa na figura 3, com carimbo do estabelecimento de ensino. No início

de cada ano letivo, o cadastro é renovado devendo o aluno apresentar também: cópia do

documento de identidade; cópia do comprovante de residência; duas fotos 3x4 recentes e

comprovante de matrícula no estabelecimento de ensino.

c) Vale Transporte: A compra desse passe é feita somente pelo empregador que será

cadastrado na empresa RST, com o cartão CNPJ. O valor de cada passe corresponde ao valor

da passagem do patamar correspondente. Não há restrição de quantidade. Em cada compra é

emitido um Recibo de Comercialização de Vale Transporte, apresentado na figura 4 em três

vias, sendo a primeira para o comprador, a segunda para controle de caixa da RST e a terceira

para a fiscalização do poder concedente (DETER).

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41

Figura 5 Ficha de Identidade Escolar

Fonte: Rodoviária Santa Terezinha Ltda.

A figura 4 mostra como é o formulário que cada aluno deverá adquirir no início de cada

ano letivo, para aquisição do passe escolar com desconto de 50% previsto no Artigo 2º do

decreto número 11.709 de 29 de julho de 1980. Este formulário deverá ser preenchido pelo

aluno, carimbado pela instituição de ensino de primeiro, segundo ou terceiro graus, desde que

reconhecidos pelo MEC (Ministério da Educação e Cultura).

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42

Figura 6 Recibo de comercialização de vale-transporte

Fonte: Rodoviária Santa Terezinha Ltda.

O recibo de comercialização de vale transporte, como mostra a figura 5, é preenchido

pelo funcionário da empresa vendedora, com os dados da empresa compradora. Constam

também no recibo os números de série de cada bloco de passe, percurso à que se destinam,

valor da passagem, quantidade de passes e valor a ser pago. Este documento serve para a

empresa compradora como documento fiscal.

Todo esse processo é feito manualmente deste o preenchimento do recibo até a

cobrança, causando filas em determinados dias dos meses em que o movimento é mais

intenso.

Na figura 6, apresenta-se o fluxograma de como ocorre a venda de passes.

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43

Figura 7 Fluxograma de venda de passes

Fonte- Rodoviária Santa Terezinha.

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44

4.3 Análise dos Resultados

A pesquisa de campo tem por objetivo analisar o Sistema de Bilhetagem Eletrônica em

funcionamento na cidade de Florianópolis, do ponto de vista de usuários, administradores e

funcionários das empresas operadoras de transporte coletivo e servirá como base para

posterior implantação do Sistema de Bilhetagem Eletrônica na empresa Rodoviária Santa

Terezinha. A pesquisa foi realizada utilizando questionários, formulários e entrevista, cujos

dados serão apresentados a seguir.

4.4 Questionário aplicado aos funcionários

Entre os dias 5 e 8 de maio de 2004, foram aplicados os questionários com os

funcionários das empresas de transporte da cidade de Florianópolis que exercem a função de

caixa no setor de vendas de créditos e setor de arrecadação. Os questionários foram

elaborados com perguntas abertas e fechadas para melhor coleta de dados, pois a maioria dos

funcionários entrevistados tiveram disponibilidade para responder o questionário somente no

seu intervalo de trabalho. Foram entregues a população 100 questionários sendo que da

amostra 87 foram devolvidos à pesquisadora. Com exceção da questão 2. As questões foram

apresentadas por gráficos que seguem a seqüência do questionário e realizou-se a anàlise de

conteúdos dos gráficos e questões abertas e fechadas.

As questões 1 e 2 do questionário mostram qual a visão dos funcionários com relação ao

Sistema de Bilhetagem Eletrônica na cidade de Florianópolis. O gráfico 1 representa as

respostas obtidas para a questão 1.

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45

Como você avalia o Sistema de Bilhetagem Eletrônica em Florianópolis hoje?

0

10

20

30

40

50

60

Excelente Bom Regular Ruim Péssimo

Excelente

Bom

Regular

Ruim

Péssimo15

53

18

0 1

Gráfico 1- Avaliação do Sistema de Bilhetagem Eletrônica em Florianópolis

A questão 1 è representada no gráfico1 e será analisada em conjunto com a questão 2.

Nesta percebe-se no gráfico 1 que a maioria dos funcionários entrevistados (53 pessoas)

responderam que consideram o sistema bom. Necessitando apenas de alguns ajustes que

podem ocorrer com o andamento do sistema. Responderam que o sistema funciona de forma

regular 18 pessoas, que opinaram por aumentar o tempo de integração entre duas linhas, pois

o tempo que foi determinado e que está em operação é curto e muitas vezes, devido a

engarrafamentos no trânsito, são descontadas duas passagens no cartão e isso gera

descontentamento desses usuários. Esse fato não ocorrerá na empresa Rodoviária Santa

Terezinha, pois não faz parte do sistema integrado de transportes. Ainda 15 pessoas

consideraram o sistema excelente e acham desnecessário qualquer tipo de mudança. Apenas

uma pessoa avaliou como péssimo o sistema e sugere mudanças no tempo de integração e

ampliação na capacidade de atendimento aos usuários do transporte coletivo, que

freqüentemente enfrentam filas nas recompras de crédito. Nenhum entrevistado avaliou como

ruim o Sistema de Bilhetagem Eletrônica de Florianópolis.

Medeiros (1999) define a automação como a utilização da tecnologia do sistema de

informação para ampliar a eficácia do desempenho profissional, proporcionando,

conseqüentemente, maior eficiência . Para que isso aconteça o sistema deverá estar

totalmente adequado, para alcançar o desempenho que os funcionários necessitam.

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46

A questão 3, apresentada no gráfico 2 teve o objetivo de verificar o nível de satisfação

dos usuários em relação ao Sistema de Bilhetagem Eletrônica, sob a percepção dos

funcionários.

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47

Como você percebe a reação dos usuários em relação ao Sistema de Bilhetagem

Eletrônica?

0

10

20

30

40

50

Positiva Negativa Indiferente

Positiva

Negativa

Indiferente

48

27

12

Gráfico 2 A Reação dos Usuários em relação ao Sistema de Bilhetagem Eletrônica

Observando o gráfico 2 percebeu-se que de acordo com a maioria dos funcionários (48

pessoas), a aceitação do sistema pelos usuários foi positiva. Os usuários estavam preparados

para a implantação do Sistema de Bilhetagem Eletrônica. Vinte sete funcionários

entrevistados opinaram que a aceitação foi negativa em relação ao sistema, alegando a falta de

funcionários capacitados, pois deveria ter sido feito um treinamento em longo prazo, evitando

problemas, no entanto o período de implantação foi feito no início do ano letivo surgindo filas

gigantescas e tornando o atendimento lento.

Por último, doze funcionários alegaram que as reações foram indiferentes entre os

usuários.

Segundo Silveira (1998, p. 23), A automação é um conceito e um conjunto de técnicas

por meio das quais se constroem sistemas ativos capazes de atuar com eficiência ótima[...].

Por isso é importante avaliar o processo fase por fase em sua implantação, para sanar

dúvidas em relação a implantação junto aos usuários

O gráfico 3, mostra quais reclamações são mais evidenciadas junto aos usuários com

relação ao Sistema de Bilhetagem Eletrônica

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48

O que os usuários mais reclamam do Sistema de Bilhetagem Eletrônica?

0

10

20

30

40

50

60

Valor datarifa

Integração Custo da 2ªvia

Nãoopinaram

Valor da tarifa

Integração

Custo da 2ª via

Não opinaram

51

148

14

Gráfico 3 O que os usuários mais reclamam do SBE

Dos entrevistados 51 responderam que as reclamações mais comuns ocorrem devido ao

pagamento de duas tarifas, quando se utilizam dois ônibus para chegarem ao seu destino final.

Isso acarreta num custo maior de tarifas e causa muito descontentamento entre os usuários.

Outro item muito reclamado pelos usuários foi o tempo de integração entre uma linha e

outra. O tempo pré determinado pelas empresas atualmente é de 30 minutos, e em

determinados casos, não supre a necessidade dos usuários que precisam integrar com outra

linha. Este problema não ocorrerá na implantação do SBE na empresa Rodoviária Santa

Terezinha, pois não haverá transbordo de passageiros durante o percurso.

O custo da segunda via do cartão foi apontado por oito entrevistados como reclamações

dos usuários, sendo que o valor é de dez reais. Para os usuários esse valor parece absurdo,

apesar deles conseguirem bloquear o cartão perdido e recuperar os créditos. Segundo as

empresas, esse valor deve-se ao alto custo do cartão e para que os usuários cuidem mais dos

mesmos, evitando perdas e danos físicos.Quatorze entrevistados não responderam as questões.

O gráfico 4, teve como finalidade avaliar o impacto da implantação do sistema de

bilhetagem eletrônica entre os funcionários da empresa no qual o sistema foi implantado,

obteve-se a necessidade de saber qual a reação em relação a implantação do sistema.

Para Meirelles (1994p. 478) O conceito de Tecnologia da Informação habilitando a

integração organizacional está presente como uma conseqüência natural de duas prioridades

da Tecnologia da Informação: melhor interconexão e maior compartilhamento e acesso a

dados.

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49

Os dados deverão ser analisados para melhor andamento do processo em tecnologia da

informação, sendo também repassada para os usuários do transporte, para maior interação

com o sistema, para um melhor entendimento.

Você trabalhava no transporte coletivo antes da implantação do SBE?

0

10

20

30

40

50

60

Sim Não

Sim

Não

60

27

Gráfico 4 Trabalhava no transporte coletivo antes do SBE?

Observando o gráfico 4, constatou-se que, 60 funcionários que trabalhavam

anteriormente à implantação do SBE, a maioria temia o desemprego, apenas 1 disse não

temer. Os outros 26 não eram funcionários da empresa antes da implantação.

Percebe-se então que, o temor pela perda do emprego é comum quando existe um

processo de automação de sistema. Existe a visão de que a tecnologia muda muitos aspectos

da estrutura interna das organizações, afetando poder, funções, processos e hierarquia. Mas,

segundo o diretor de uma das empresas, entrevistado pela pesquisadora, o que aconteceu foi a

contratação de mais pessoas com a implantação do SBE. E pelo resultado visto anteriormente,

isto é confirmado.

O objetivo da questão 7, era avaliar se o investimento das empresas de transporte

coletivo de Florianópolis em automação, atendeu das mesmas.

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50

O Sistema de Bilhetagem Eletrônica, na sua opinião, atendeu às necessidades das

empresas de Transporte?

0

10

20

30

40

50

60

70

Sim Não

Sim

Não

61

26

Gráfico 5- Em relação às necessidades das empresas.

A visão da desintegração das organizações devido à constante diminuição dos custos

da interconexão eletrônica entre empresas, fornecedores e consumidores, como cita Meirelles

nos fundamentos teóricos (1994, p. 478).

Constatou-se que a maioria dos entrevistados, ou seja, sessenta e um deles, responderam

que os investimentos gastos com o SBE estão apresentando resultados positivos.

Para vinte seis entrevistados, o investimento na automação do sistema não supriu por

completo as necessidades das empresas, pois a melhoria acontecerá gradativamente após a

implantação.

A questão 8 teve o objetivo de avaliar, junto aos funcionários das empresas de

transporte, se as exigências dos usuários estão sendo atendidas com a implantação do SBE.

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51

O Sistema de Bilhetagem Eletrônica implantado, na sua opinião, atende às exigências

dos usuários?

0

10

20

30

40

50

Sim Não

Sim

Não

49

38

Gráfico 6-A respeito das exigências dos usuários.

A opinião de quarenta e nove entrevistados, os usuários estão satisfeitos com a

Bilhetagem Eletrônica e para trinta e oito entrevistados, as exigências dos usuários não estão

sendo atendidas pelo Sistema.

Devido a resposta da questão 2, novamente evidencia-se que os problemas de integração

de passagens por tempo causa descontentamento a muitos usuários do transporte coletivo.

Este problema não ocorrerá na empresa Rodoviária Santa Terezinha, pois não está previsto o

sistema integrado de transportes coletivos nas linhas intermunicipais.

Segundo Meirelles (1994 p.479) As tecnologias da informação geram grandes

impactos para as organizações. No entanto, é necessário observar que geram efeitos tanto

positivos como negativos, não só para as empresas em si como cita-se na fundamentação

teórica como também no meio em que está inserida.

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52

O objetivo da questão 9 foi averiguar se houve ganho de tempo nos embarques de

passageiros com o SBE.

Houve ganho de tempo nos embarques dos passageiros com o Sistema de Bilhetagem

Eletrônica?

0

10

20

30

40

50

60

70

Sim Não

Sim

Não

69

18

Gráfico 7-Com relação aos embarques

Observou-se que para 69 entrevistados, que também utilizam o transporte coletivo, o

tempo de embarque diminuiu para os usuários do sistema.

Um dos fatores que evidencia a diminuição no tempo de embarque foi que a grande

maioria dos usuários do transporte coletivo já possui o cartão magnético. Os cartões utilizados

em Florianópolis são do tipo ¨Smart Card¨, que são cartões inteligentes e não há necessidade

do usuário de tirá-lo da carteira ou da bolsa, na hora de passar a catraca. Basta aproximá-lo do

validador para retirada dos créditos referentes a sua passagem.

Constata-se também que dezoito entrevistados responderam que não houve ganho de

tempo nos embarques. Isso se deve ao fato de muitos usuários ainda não possuírem o cartão, e

a passagem é paga em dinheiro ao cobrador, havendo muitas vezes a necessidade de troco.

Quando todos os usuários obtiverem seu cartão magnético, estima-se que haverá ganho

de tempo nos embarques, diminuindo o tempo das viagens e melhorando a eficiência do

transporte coletivo.

No caso da empresa RST, as linhas que possuem múltiplos preços de passagem, os

ônibus dão embarque pela porta traseira. Nesse serviço, o passageiro pode permanecer

sentado para a efetuação da cobrança e não há prejuízo de tempo para embarque. Em

contrapartida, o desembarque é que se torna demorado, pois o usuário entrega o bilhete de

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53

passagem para o motorista ao desembarcar do ônibus. Para que haja a implantação do SBE,

todos os ônibus da empresa Rodoviária Santa Terezinha trabalharão com o embarque dos

passageiros pela porta dianteira e o desembarque pela porta traseira.

4.5 Formulário

Nos dias seis e sete de maio de dois mil e quatro, foi realizada a pesquisa por meio de

formulários com os usuários do transporte coletivo de Florianópolis. A pesquisa foi aplicada

nas plataformas A B e C do TICEN (Terminal de Integração do centro de Florianópolis) e

dentro dos ônibus que fazem a linha Expresso UFSC.

Foram entrevistadas, cento e uma pessoas e todas responderam o formulário e o

resultado da pesquisa será apresentado através de gráficos.

4.6 Quanto à satisfação dos clientes:

Os Gráficos 8, 9 e 10 esclarecem sobre a satisfação dos clientes quanto ao

SBE,implantado em Florianópolis.

0

10

20

30

40

50

60

70

80

Muito Satisfeito Satisfeito Insatisfeito

Você está satisfeito com o sistema de bilhetagem eletrônica implantado na cidade de Florianópolis?

Muito Satisfeito

Satisfeito

Insatisfeito

1

7

1

Gráfico 8- Satisfação dos usuários quanto ao SBE implantado

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54

Os embarques se tornaram mais rápidos após a implantação do Sistema de Bilhetagem

Eletrônica?

0

20

40

60

80

Sim Não

Sim

Não

64

37

Gráfico 9- Rapidez dos embarques

Com o sistema de bilhetagem eletrônica, melhorou a segurança no transporte coletivo?

0

10

20

30

40

50

60

Sim Não

Sim

Não

57

44

Gráfico 10- Segurança no transporte coletivo

As empresas estão inovando por meio da tecnologia da informação, procurando

aperfeiçoar os processos em todos os sentidos. Isso contribui para a melhoria da qualidade dos

serviços prestados, tendo como principal meta a satisfação dos clientes.

No gráfico 8, constatou-se que, a maioria dos usuários do transporte coletivo estão

satisfeitos com a Bilhetagem Eletrônica, e apesar de treze deles se considerarem insatisfeitos,

a mesma quantidade demonstra muita satisfação com o sistema.

Já o gráfico 9 mostra que, para a maioria dos usuários entrevistados, os embarques nos

ônibus se tornaram mais rápidos. Durante a aplicação dos formulários ficou claro que os

embarques se tornaram mais rápidos devido ao uso do cartão inteligente ¨Smart card¨. Cabe

ressaltar que, trinta e sete dos entrevistados responderam que os embarques não estavam

sendo rápidos, foram justamente aqueles que pelo que se pode observar, não possuíam o

cartão.

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55

O gráfico 10 evidencia que cinqüenta e sete dos usuários entrevistados demonstram que

a segurança aumentou no interior dos veículos com o sistema de bilhetagem eletrônica, e os

outros quarenta e quatro entrevistados disseram que em alguns horários como UFSC há

aglomeração de passageiros nos corredores dos veículos, isso faz com que aconteça algum

incidente como assalto.

Conclui-se que o SBE trouxe benefícios para a população usuária do transporte coletivo,

pois demonstram satisfação com o novo sistema, além de melhorar o tempo de embarque e a

segurança nos ônibus.

Agrasso (2000) diz que Tecnologia da Informação é o sucesso que as empresas têm

em transformar as informações disponibilizadas em conhecimento e daí estes conhecimentos

passam a ser ação, melhorando seu controle de gerenciamento e os níveis de instrução dos

procedimentos. Sendo levantado pontos em que auxiliarão na resolução de problemas que

surgem no decorrer do processo.

Quanto à compra de créditos: Gráficos 11 e 12

Nos gráficos 11 e 12, apresenta-se da dos das questões 4 e 5 que, tinham como objetivo

verificar como o processo de venda de compra de passe foi percebido pelo ,usuário.

A questão 4 teve o objetivo verificar se diminuiu o tempo de compra ou recompra de

créditos ¨Cidadão¨ e vale transporte.

O Sistema de Bilhetagem Eletrônica diminuiu o tempo de compra ou recompra de

créditos em relação ao processo anterior?

0

10

20

30

40

50

60

70

Sim Não

Sim

Não

64

37

Gráfico 11- Tempo de compra e recompra de créditos

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56

O resultado foi o seguinte: sessenta e quatro dos entrevistados disseram que diminuiu o

tempo, pois antes da implantação do SBE todos os passes que hoje são créditos eram vendidos

todos num só lugar. Após a implantação, houve caixas distintos separando por categoria,

sendo que trinta e sete dos entrevistado disseram que deverá ter alguns ajustes para melhorar o

Sistema.

A questão abaixo teve também a finalidade de saber do usuário, se o SBE facilitou a

recompra de créditos, só que dessa vez foi em relação somente aos créditos escolares.

Com o Sistema de Bilhetagem Eletrônica, facilitou a recompra de créditos escolares que

anteriormente eram mais burocráticos?

0

10

20

30

40

50

60

70

Sim Não Não Estudantes

Sim

Não

Não Estudantes

61

29

11

Gráfico 12- Facilitação da recompra de créditos escolares

Sessenta e um entrevistados disseram que o SBE facilitou bastante a recompra desses

créditos, porém todos alegaram que no processo antigo (passes), havia muita burocracia na

aquisição. Com o novo sistema, o cartão inteligente é personalizado com foto digital.

Apenas vinte e nove entrevistados alegaram que é lento o processo de retirada da

segunda via do cartão de créditos escolares. Reclamam também do valor cobrado pela

segunda via. Isso acontece, segundo as empresas de transporte, porque os créditos do cartão

perdido são bloqueados, e quanto ao pagamento da segunda via é cobrado para evitar que os

cartões sejam danificados com freqüência. E onze dos usuários entrevistados não usam

créditos escolares.

Esse formulário aplicado com os usuários do transporte coletivo de Florianópolis teve

como principal objetivo avaliar o Sistema de Bilhetagem Eletrônica do ponto de vista de

quem o utiliza, para posterior implantação na empresa Rodoviária Santa Terezinha Ltda.

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57

Observa-se que os resultados obtidos na pesquisa por meio de questionário, formulário e

entrevista são positivos para obtenção de dados.

Esses resultados servirão de apoio para futura implantação.Sendo que será aplicado os

mesmos entre os usuários da empresa Rodoviária Santa Terezinha, até porque o perfil dos

usuários do transporte são diferentes em relação ao perfil da empresa acima mencionada.

4.7 Resultado obtido por meio da entrevista

A entrevista foi gravada e realizada no dia 04 de maio de 2004 no escritório da

empresa Insular Transportes Coletivos, com o seu diretor, Sr. João Renato P. Castro. Houve

um roteiro de entrevista com 8 perguntas aplicadas (vide apêndice...), cujos resultados estão a

seguir:

A pergunta número 1 questionava sobre a reação dos funcionários no período de

implantação do SBE. Segundo o entrevistado, ¨no início o pessoal ficou bem apreensivo [...]

precisou de um trabalho bem grande da diretoria, quanto da gerencia para uma

conscientização [...] de que o sistema nada mais é do que uma ferramenta pra utilizar na

melhor gerencia da empresa [...] sempre quando se fala em automação, bilhetagem eletrônica,

todos já pensam em desemprego. Tivemos que fazer um acordo com o sindicato dos

funcionários para garantir que os cobradores não seriam demitidos [...] Pelo contrário, mudou

o perfil do emprego [...] hoje eles fazem um serviço mais intelectual, que é de verificação de

estatísticas, levantamento de relatório. Resumindo, não teve desemprego nenhum .

Na empresa Rodoviária Santa o quadro de funcionários vai permanecer o mesmo,

sendo que os funcionários irão exercer outras funções, muitos cobradores estão praticando a

atividade como motorista. Alguns deles servirão como fiscais de tráfego.

Após essa resposta, foi questionado sobre o quadro de funcionários e obteu-se a

seguinte resposta: Aumentou [...] em algumas atividades, tivemos que contratar mais gente

para podermos acertar todos os processos [...] para fazer o treinamento, tivemos que contratar

mais gente [...] acabou aumentando o número de funcionários.

A pergunta de número 3 pedia o ponto de vista do entrevistado sobre o investimento

aplicado e seus resultados para a empresa, e teve como resposta: ¨Acredito que sim. Sempre

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quando a gente implanta uma nova ferramenta, [...] tem uma série de ajustes, mas o resultado

final é favorável¨.

Nas respostas acima, verifica-se que o SBE não causou desemprego algum, como

temiam os funcionários das empresas. O quadro de funcionários aumentou e apesar de muito

investimento em tecnologia e treinamento, a automação do sistema foi compensada pelo

melhor controle da receita e mais praticidade aos usuários do transporte coletivo.

A pergunta de número 4 questionava sobre os equipamentos utilizados na implantação

da bilhetagem, se foram adequados ao sistema com poucos ajustes e foi assim respondida pelo

entrevistado: A bilhetagem eletrônica é comparada a um sistema bancário [...] os

equipamentos utilizados tem que garantir a segurança e a integridade das informações, por

isso o software e o hardware são bem específicos e bem sofisticados.¨

A questão número 5 indaga o entrevistado se diminuiu o número de assaltos a ônibus

após a implantação do sistema e a resposta foi a seguinte: ¨Aqui na empresa especificamente,

o índice de assalto é muito pequeno [...] no Sul da Ilha, a realidade é diferente do continente

de Florianópolis onde existem muitos assaltos¨.

Na visão do entrevistado, pouco mudou com a implantação do SBE em relação aos

assaltos, pois na região onde sua empresa opera (Sul da Ilha), historicamente, o índice de

assaltos é muito baixo se comparado à região continental de Florianópolis.

Na RST a realidade é bem diferente em relação a empresa Insular. A empresa RST

atua em uma área onde os assaltos são mais freqüentes.Os seus funcionários são instruídos

para que no momento do assalto não reajam, para não haver reação dos assaltantes, sem

colocar em risco a sua segurança e a segurança dos usuários do transporte.

A pergunta número 6 questiona se diminuiu o tempo de embarque após a implantação

do SBE e obteve a seguinte resposta: Acredito que sim, porque não tenho levantamento

preciso de marcação de tempo dos usuários nos embarques .

Segundo o entrevistado, no início o tempo de embarque aumentou, mas a medida que

os usuários foram se acostumando e adquirindo os cartões magnéticos, o tempo de embarque

diminuiu, tornando as viagens mais rápidas.

Dando seqüência na entrevista, foi perguntado sobre como é feito o pagamento de

conta pelos cobradores, e foi assim respondido: Foi a grande revolução que o sistema de

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bilhetagem eletrônica trouxe [...] o cobrador passa o seu cartão numa máquina que emite um

breve relatório sobre o valor a ser pago .

O entrevistado explicou que antes as passagens eram pagas com passes ou dinheiro.

Os passes eram contados um a um pelo conferente do setor de arrecadação, e o número de

passageiros transportados durante a jornada do cobrador era registrado pela catraca. Com a

bilhetagem, os passes deixaram de existir. Os créditos de vale-transporte, escolar e cidadão

são eletrônicos, e ficam registrados nos validadores que estão instalados nos ônibus. O

cobrador possui um cartão específico, que serve para vender créditos aos usuários que não

possuem cartão magnético.

A última pergunta questionou como os clientes de vale-transporte estão reagindo ao

novo sistema e segundo o entrevistado, há opiniões diferentes, dependendo do porte da

empresa-cliente de vale-transporte. Para os clientes de grande porte, o sistema automatizado

facilitou o trabalho de seus funcionários do setor de recursos humanos. Antes, tinham que

separar a quantidade de passes que cada funcionário receberia. Hoje os créditos são debitados

nos cartões vale-transporte de cada funcionário, quando este passar pelo validador no ônibus,

após a compra feita pela sua empresa. Algumas empresas chegaram a terceirizar este serviço e

agora apenas uma pessoa no setor de recursos humanos é suficiente para fazer este controle.

Para as empresas menores, que empregam poucos funcionários, os passes facilitavam porque

um mesmo bloco podia ser distribuído para várias pessoas. Agora necessita de um cartão para

cada funcionário, e uma pessoa para fazer este controle.

Na empresa Rodoviária Santa Terezinha todo o processo desde arrecadação venda de

passe e cobrança é tudo manual, causando descontentamento tanto dos usuários como dos

funcionários, pois possuem poucos recursos em tecnologia tornando os procedimentos lentos

e mais burocráticos.

4.8 Sistemas de Bilhetagem eletrônica Empresa 1

Na região conurbada da Grande Florianópolis, os serviços de transporte coletivo de

passageiros são executados por nove empresas, em linhas municipais e intermunicipais, sendo

que, todo o sistema municipal de transporte funciona com Bilhetagem Eletrônica desde agosto

de 2003 nas cinco empresas de transporte.

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60

Os equipamentos utilizados e os programas foram fornecidos pela EMPRESA 1, que na

fase de negociação, exigiu compromisso para futura instalação de seu Sistema de Bilhetagem

Eletrônica também nas empresas que fazem o transporte intermunicipal. Os diretores dessas

empresas assinaram então com a EMPRESA 1 contratos de compromisso de compra de seu

sistema.

Após compromisso firmado, a EMPRESA 1 instalou um servidor principal

dimensionado para operar o sistema com todas as nove empresas de transporte.

Segundo o diretor da empresa Rodoviária Santa Terezinha, o que influenciou na decisão

de assinar o contrato de compromisso de compra com a EMPRESA 1 foram dois motivos

relevantes: primeiramente pela possibilidade futura de integração de tarifas entre todas as

empresas, e para que isso ocorra, obrigatoriamente todas as empresas devem operar com um

só Sistema de Bilhetagem Eletrônica. Outro motivo que pesou na decisão foi o custo do

sistema, pois dividido entre as nove empresas, o equipamento comum a todas se torna mais

barato.

4.9 Módulo de Software de Apoio

Os subsistemas, permitem utilizar ferramentas de fácil manuseio, contendo funções

que permitam o acompanhamento gerencial de transportes.

Segundo os funcionários da Empresa 1- Sistema de Automação e Comércio (apostila:

Proposta Técnica para a Solução de Bilhetagem Eletrônica, 2001), os softwares são rotinas

desenvolvidas para serem facilitadoras no processo de desenvolvimento de implantação sendo

utilizado o software de acesso remoto, que foi desenvolvido para garantir a segurança nas

transferências de dados da garagem à central de processamento. De acordo com o objetivo

específico para a segurança, o software de acesso retomado está dividido em três subsistemas.

a) Subsistema para transferência de arquivo: é utilizado para redirecionar a

visão do banco de dados para a base específica central.

b) Subsistema para o monitoramento do ambiente: este subsistema tem como

objetivo permitir a monitoração do ambiente, a consulta em tabelas de

endereços, deixando-a mais visual, podendo inclusive ficar sempre em

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61

execução disponibilizando assim a visualização de um programa geral do

ambiente computacional em tempo real.

c) Subsistema para auditoria de comandos no sistema operacional: é

composta por uma rotina que é implantada em cada comando desejado, ao

mecanismo de alteração do código executável.

Por meio do subsistema é que a empresa poderá escolher alguns comandos mais

comuns para a execução das tarefas

Software de Geração de Tabelas: São rotinas internas desenvolvidas a partir de

funções específicas de bancos de dados que servirão para gerar as tabelas que serão

transferidas para as garagens. As principais são:

Arquivo de Rastreamento.

Arquivo contendo a autorização de recarga.

Arquivo de períodos de liberação no uso dos validadores.

Através destes softwares as rotinas de identificação e recuperação de dados servirão

como comparativos com todos os dados existentes nos cadastros da empresa.

Software de Facilitadores para a Impressão dos Relatórios: Permite controles de

impressão como:

Imprimir uma única página.

Imprimir em intervalo de páginas.

Imprimir todos os relatórios.

Salvar o relatório em formato de arquivo texto.

Estes relatórios acima mencionada, são os procedimentos nos gerenciamentos de

arquivos em banco de dados da empresa 1, no qual todas as informações são fornecidas tanto

para garagem como para o setor de arrecadação.

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62

4.10 Equipamento (Hardware)

O Smart Card é um cartão inteligente, que possui embutido internamente, em um

único ship, um microprocessador, memória EPROM3 e memória RAM4. Sua segurança é

garantida pelos seguintes fatores:

Segundo Albertin (2000, p.164) Os cartões inteligentes (smart cards) reduzem as

despesas de manipulação de dinheiro e as perdas causadas por fraudes, expedição das

transações dos clientes para verificação e melhoram a conveniência e a segurança do

consumidor .

Não é possível ter acesso a qualquer unidade de memória, pois o barramento

de dados é interno ao ship, protegendo dos dados do cartão contra leitura e

contra escrita e conseqüentemente contra clonagem;

A conversão do cartão é realizada através de protocolo padronizado. O

microprocessador realiza a conversão com outros dispositivos, enviando ou

recebendo informações solicitadas pelo dispositivo de interface;

O microcontrolador possui algarismos internos que permitem restringir ou

condicionar funções dos cartões e apresentação de chaves, podendo desta

forma conversar somente com elementos pertencentes ao sistema que

conheçam esta chave;

Algoritmos de criptografia internos que permitem que a troca de informações

sejam criptografadas, ou seja linguagem que somente a máquina especializada

consegue identificar.

Os smart cards utilizados pelo sistema podem ser dos seguintes tipos:

Cartões com contato: A comunicação com o cartão ocorre através de contatos

elétricos, sendo necessário que o cartão seja inserido em um dispositivo leitor.

Possuem alto nível de segurança e funcionabilidade de carteira eletrônica

3 EPROM: (Eraseable Prom). É uma memória que pode ser programável, mantendo os dados armazenados, mesmo sem corrente elétrica, permite apenas operações de leitura. 4 RAM: (Randon access memory

memória de acesso aleatório). É uma memória usada em alta escala e cada vez em maior quantidade nos computadores.

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63

embutida, sendo mais utilizados no sistema em funções de segurança,

preparação de cartões, geração, transferência e vendas de créditos;

Cartões sem contato: A comunicação com o cartão ocorre através de Rádio

Freqüência, onde a técnica utilizada consegue aproveitar a própria transmissão

de dados como fonte de energia, não necessitando, portanto, ser inserido ou

conectado a outro dispositivo. A comunicação é realizada quando um cartão é

aproximado da antena da unidade leitora. Por não necessitar de contato e pela

rapidez de suas operações o cartão sem contato é o mais indicado para

operações embarcadas.

Segundo Albertin (2000 p. 164) Os cartões smart card utilizam a tecnologia de tarja

magnética ou chip de circuito integrado para armazenar informações específicas de um

cliente, incluindo dinheiro eletrônico .

Desta forma, estas técnicas foram desenvolvidas para oferecer um alto nível de

segurança e integridade para a transação, realizada em um ambiente altamente seguro

4.11 Automação de Software em Módulo Especial

De acordo com os funcionários da Empresa 1- Sistema de Automação e Comércio

(apostila: Proposta Técnica para a Solução de Bilhetagem Eletrônica, 2001), Automação de

Software em Módulo Especial é um subsistema especializado no tratamento dos dados

extraídos do equipamento utilizado na Bilhetagem Eletrônica, com o objetivo de oferecer

informações gerenciais do processamento das transações financeiras, compensações e

prevenção no rastreamento de fraudes. Oferece uma completa gestão dos eventos ocorridos

nos validadores e uma integração às rotinas de trabalhos na garagem.

Todas as informações recebidas da garagem são processadas no sistema central,

afetando o controle financeiro do processo de créditos, o controle das compensações e das

transações, que determinará as receitas das empresas através dos créditos utilizados.

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64

4.12 Aspectos Positivos e Negativos do Sistema de Bilhetagem eletrônica

Pesquisado

No sistema em questão, foram observados alguns pontos positivos e negativos para

posterior implantação do Sistema de Bilhetagem Eletrônica na Rodoviária Santa Terezinha.

Aspectos Positivos Aspectos Negativos

Economia para passageiros e empresas que fornecem o vale transporte devido às integrações;

Recarga embarcada para o Vale Transporte, ou seja, são os créditos que o funcionário receberá em seu cartão magnético após passa-lo no validador, sendo determinado por sua empresa á quantidade equivalente aos dias úteis

. Toda a compra de vale transporte pode ser feita através do site;

Bloqueio de cartões em caso de perda, roubo ou extravio;

Rastreamento de cartões com possibilidade de recuperação de créditos extraviados;

Rapidez, agilidade nos embarques

a leitura do cartão, pelo validador, é feita em segundos;

Segurança para os passageiros, pois não há a necessidade de dinheiro para pagamento da tarifa;

Precisão de dados estatísticos operacionais para as empresas operadoras;

Compra de créditos comuns ou estudante pode ser feita nas bilheterias dos terminais de integração, além do Setuf;

Dados estatísticos operacionais diários.

Os cartões não são bloqueados on-line, as informações são enviadas à noite para as garagens e repassadas para os ônibus.

Não existe implementado a tarifação patamarizada.

Quadro 1

Aspectos Positivos e Negativos

Como pode-se perceber, um dos itens obtidos como aspectos negativo, é exatamente o

problema da patamarização, foco do trabalho.

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Outro aspecto negativo a ser evidenciado nesse trabalho, é o fato do cartão ser furtado

ou perdido. Pois o cartão somente terá bloqueio de seus créditos, um dia após o acontecido,

junto a um BO tornando o processo moroso.segundo a visão dos usuários.

4.13 Proposta

Como não existe ainda em nosso país nenhum Sistema de Bilhetagem Eletrônica em

funcionamento com múltipla tarifa (tarifação patamarizada), obteu-se por meio de entrevista

com o responsável pela implantação do sistema em Florianópolis, três propostas para

adequação da Bilhetagem Eletrônica à empresa Rodoviária Santa Terezinha, sendo que entre

as três propostas somente uma delas será viável para a implantação na RST.

Proposta 1 - Utilização de um validador em cada ônibus

Utilizando a mesma tecnologia e equipamentos similares aos que estão funcionando em

Florianópolis, sendo que a cada divisa de patamares, o cobrador ou motorista passa seu cartão

pelo validador, comunicando-o que a partir daquele ponto será cobrado a tarifa do outro

patamar. Vantagem: Menor custo de implantação.

Proposta 2 - utilização de um validador em cada ônibus, com o de sistema rádio-

modem para mudança de patamares:

Neste caso, são instalados equipamentos de radiofreqüência nos pontos de divisa de

patamares. Estes rádios podem ser instalados em um estabelecimento comercial, residencial

ou mesmo em postes de energia elétrica. Ao passar pelo ponto de divisa, o rádio-modem fixo

emite um sinal ao rádio-modem instalado no ônibus e ligado ao validador, comunicando-o

que naquele ponto está havendo mudança de patamar, passando a cobrar então outra tarifa.

Vantagem: Automação total do sistema. Desvantagens: Alto custo na implantação e

fragilidade do sistema devido a possíveis problemas com os equipamentos de rádio.

Proposta 3 - Instalação de dois validadores no ônibus.

Neste caso, os ônibus terão um validador na porta de entrada e outro na porta de saída.

Esses validadores são ligados com o velocímetro do ônibus, obtendo a informação da

quilometragem percorrida. Ao embarcar no ônibus, o passageiro passa seu cartão pelo

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primeiro validador, onde será descontada a quantidade de crédito referente a tarifa máxima

daquela linha. Quando desembarcar, recebe de volta a diferença.

Por exemplo: um passageiro embarca no centro, no ônibus da linha São Pedro de

Alcântara, mas seu destino final é Colônia Santana. Ao passar seu cartão pelo validador da

entrada, serão descontados os créditos referentes ao percurso máximo da linha. Quando

desembarcar do ônibus, esse passageiro passa seu cartão pelo validador da saída, em que será

devolvido ao cartão a diferença entre o valor da tarifa máxima e o valor da tarifa

correspondente ao percurso utilizado pelo passageiro. Se o passageiro for do ponto inicial ao

ponto final da linha, não há devolução de créditos.

Como vantagem tem-se o maior controle, inibindo possíveis fraudes. Desvantagem: alto

custo de implantação e manutenção.

Com intuito de viabilizar uma das propostas manteve-se conversa com o gerente da

empresa Rodoviária Santa Terezinha e pelo fato da pesquisadora fazer parte do quadro de

funcionários da mesma empresa, tendo oportunidade de participar de algumas reuniões sobre

a implantação, optou-se pela proposta de número um, ou seja, a instalação do equipamento

mais simples e a melhor relação custo-benefício entre as três propostas. As outras propostas

tornaram-se inviáveis devido ao custo muito elevado de instalação e manutenção dos

equipamentos.

4.14 Aspectos da Implantação do SBE - Benefícios e mudanças da

implantação

Mudanças e benefícios

Com a implantação do SBE os dados são coletados nas garagens e são transmitidos pelo

sistema central para o armazenamento e processamento de fechamento de conta dos

cobradores. As informações operacionais coletadas nos validadores são transformadas em

relatório de cobrança que objetivam deixar à disposição dos administradores das empresas,

todo o perfil de funcionamento do serviço de transporte.

No Setor de arrecadação, após a implantação do sistema ocorrerá a cobrança na

arrecadação da seguinte forma: cada cobrador receberá um cartão magnético, constando todos

os seus dados. Após o término do seu expediente, deverá se deslocar até a arrecadação,

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passando seu cartão no validador, automaticamente sairá uma ficha com seus dados e o valor

a ser pago.

Para os funcionários do setor de venda de créditos, com a implantação do novo sistema,

facilitará todas as atividades, que hoje são manuais e lentas. Com a implantação, todos os

cartões vendidos ou recarregados, são automaticamente lançados no sistema determinando o

valor da compra ou recompra.

Um grande beneficio evidenciado pelo SBE será o uso da internet, sendo esta usada

como principal ferramenta em seus trabalhos diários, principalmente no atendimento ao

cliente.

Assim, deverá ter um servidor da web com páginas relativas ao sistema de

atendimento ao cliente via internet que irá interagir com o banco de dados central do SBE,

efetuando os agendamentos das solicitações de vales transportes. As empresas compradoras

após as transações de compras, devidamente autorizadas, receberão nos cartões dos

funcionários as respectivas passagens.

Com a implantação do novo sistema, facilitará todas as atividades, que hoje são manuais

e lentas, a partir do momento da implantação, todos os cartões vendidos ou recarregados, são

automaticamente lançados no sistema determinando o valor da compra e recompra ao

decorrer do dia e referenciando o valor referente ao fechamento dos caixas, no final do dia.

Por meio da internet, são possibilitadas negociações rápidas e precisas podendo efetuar

transações do tipo: venda de créditos de vale transporte em um sistema de bilhetagem

eletrônica, onde a empresa compradora entrará no site da empresa gestora do sistema,

comunicando-a de quantos créditos deseja comprar, bem como a sua distribuição nos cartões

de vale-transporte de seus funcionários. A empresa gestora com base nas informações

recebidas, responderá por meio da internet à empresa compradora o valor que deverá ser

depositado na conta bancária da empresa gestora. Comprovando o recebimento, a empresa

gestora por meio do sistema de informação lançará a cada cartão vale-transporte, os créditos

conforme a solicitação da compradora, que serão creditados no mesmo, quando o usuário

deste passá-la pelo validador, ou seja, equipamento acoplado à catraca do ônibus que lê os

cartões e armazena dados.

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68

4.15 Recomendações à implantação

Sendo assim, conclui-se que a tecnologia da informação gerará diversos impactos,

porém não se pode generalizar sobre o tipo específico de impacto para as organizações. A

partir do momento em que os indivíduos estiverem integrados aos novos processos, as

resistências naturais serão vencidas. Quando a nova tecnologia é entendida por todo o grupo,

ela se integra nas atividades da empresa como se tivesse sido implantada há anos.

A empresa deverá adotar medidas de conscientização e treinamento para funcionários

e usuários, anteriormente à implantação do SBE.

4.16 Com relação a funcionários:

Conscientização dos funcionários da empresa em relação à implantação do SBE, para

que o medo da perda de seu emprego não implique em mais dificuldades para a

implantação. Enfatizar que o SBE não eliminará postos de trabalho e trará maior

agilidade nos setores de controle e cobrança da empresa;

Treinamento: serão aplicados pela Empresa1 treinamentos com os funcionários da

transportadora anteriormente à implantação, para uso devido do Sistema Eletrônico;

4.17 Com relação aos usuários

Conscientização dos usuários em relação às melhorias que o SBE trará para o

transporte coletivo.

Simulação com os usuários utilizado um equipamento móvel que pode ser instalado

em colégios ou centros comunitários nos bairros atendidos pela empresa.

Esclarecimento aos usuários sobre como proceder em caso de perda ou furto de seu

cartão magnético, pois seus créditos podem ser bloqueados pela empresa e creditados

em outro cartão.

Responsabilizar referente à segunda via do cartão, pois em caso de perda, furto ou

dano físico ao cartão magnético, a segunda via será cobrada pela empresa como forma

de punição.

Para que o SBE tenha menor impacto possível junto aos funcionários e usuários do

transporte coletivo, foi montado um cronograma de atividades que julga-se importante sua

aplicação anteriormente à implantação.

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4.18 Com relação a empresa

Pesquisas durante a implantação junto a usuários e funcionários sobre o andamento do

processo, por meio da ouvidoria5 no site da empresa conforme figura 7, e também realizando

ligações telefônicas.

Figura 8- página na internet de ouvidoria

Fonte: Rodoviária Santa Terezinha

Assaltos: pode-se perceber com a pesquisa junto a usuários que o SBE melhora a

segurança por não haver a circulação do dinheiro no interior do veículo. No entanto,

outras medidas são cabíveis à empresa.

5 Com o objetivo de melhorar e ampliar as relações entre a Rodoviária Santa Terezinha e os usuários, foi criado um espaço na página da empresa na internet, para solucionar dúvidas, dar sugestões, elogios ou fazer reclamações. Este espaço é chamado de ouvidoria.

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70

Prover uma alternativa para realizar o processo de cancelamento do cartão (BO) e

esclarecer ao usuário a necessidade de faze-lo no momento da percepção da perda do

cartão.

Treinar o motorista e aplicar um termo de compromisso responsabilizando-o da

importância da troca de patamares em seu ponto exato, para que não haja cobrança

indevida de passagens.

Abaixo segue uma proposta de cronograma para as atividades de pré-implantacao com

os funcionários e usuários da RST.

1ª Etapa: Conscientizar os funcionários da empresa RST em relação ao desemprego,

deixando claro a todos que todos os postos de trabalho serão mantidos, podendo haver

necessidade de mais contratações;

2ª Etapa: Treinamento com todos os funcionários do setor de tráfego, arrecadação e

venda de passes da RST, aplicado pela EMPRESA1, através de reuniões, para esclarecimento

de duvidadas e adaptação ao sistema eletrônico;

3ª Etapa: Conscientização com os usuários através de panfletos e veículos de mídia

local;

4ª Etapa: Simulação com os usuários utilizando equipamento itinerante, que serão

realizados nos bairros de atendimento da empresa RST, em escolas, universidades e centros

comunitários, para esclarecimentos sobre o funcionamento do sistema;

5ª Etapa: Conclusão da Implantação.

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71

CRONOGRAMA DE ATIVIDADES

Etapas A

gost

o/20

04

Sete

mbr

o/20

04

Out

ubro

/200

4

Nov

embr

o/20

04

Dez

embr

o/20

04

Jane

iro/

2005

Fev

erei

ro/2

005

Mar

ço/2

005

Abr

il/20

05

Mai

o/20

05

Junh

o/20

05

1ª X X X

2ª X X X

3ª X X X

4ª X X

5ª X X

Figura 9 - Cronograma de atividades

Acredita-se que com a execução deste cronograma será possível a empresa evitar

alguns problemas evidenciados durante a pesquisa junto as empresas que já utilizam o SBE.

4.19 Custo de Implantação do Sistema de Bilhetagem Eletrônica

Após consulta à empresa no qual fornecerá todos os equipamentos e programas do SBE

que será implantado na Rodoviária Santa Terezinha, obteu-se os seguintes valores:

Valor por ônibus Número de ônibus Total (RS)

R$ 7.600,00 27 205.200,00

Quadro 2-Tabela de valores do Sistema de Bilhetagem Eletrônica

Total Validadores 1 validador por ônibus R$ 205.200,00

Equipamentos garagem antena/ rádio molden R$ 17.226,00

Equipamentos Venda/arrecadação micro computadores R$ 12.224,00

Programas específicos do sistema R$ 90.000,00

TOTAL R$ 324.650,00

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Equipamentos

de garagem

Equipamentos de

venda/arrecadação

Programas Total

R$ 17.226,00 R$ 12.224,00 R$ 90.000,00 R$ 324.650,00

Os valores mencionados acima referem-se ao custo aproximado da instalação dos

equipamentos dos ônibus (validadores e catracas), dos equipamentos para coleta de dados que

serão instalados na garagem da empresa (antena/rádio modem, coletor portátil e módulo de

comunicação infra vermelho), dos equipamentos para os postos de venda e arrecadação

(micro computadores adaptados) e dos programas. Também estão inclusos nos valores acima

o custo dos treinamentos com todos os funcionários da empresa Rodoviária Santa Terezinha.

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5 CONCLUSÃO

Este relatório teve como objetivo principal propor uma alternativa de tecnologia da

informação adequada às necessidades da empresa RST, referente à automação dos processos

de vendas, arrecadação e pagamento de passagens. Pôde-se por meio de observação constatar

que os processos de cobrança, vendas e arrecadação atualmente são realizados de forma

manual, havendo um re-trabalho, principalmente no setor de arrecadação.

A partir dos objetivos estabelecidos neste trabalho, chegou-se a conclusão de que a

cobrança eletrônica de passagens é uma ferramenta necessária e eficiente para melhorar a

prestação de serviço no transporte coletivo de passageiros. A praticidade e a segurança são os

quesitos principais da Bilhetagem Eletrônica e vão de encontro às necessidades dos usuários,

que aliados ao controle operacional, atendem também as necessidades das empresas

operadoras e órgão gestor.

Para que o sistema de cobrança eletrônica tornasse viável para a empresa Rodoviária

Santa Terezinha, foi necessário apresentar uma alternativa de cobrança de passagens que

melhor se adaptasse às necessidades da empresa. O fato de esta operar linhas com múltiplas

tarifas levou a pesquisadora a buscar soluções em tecnologia da informação que aliassem

custo e operacionalidade. Para isso, buscou-se uma proposta junto a EMPRESA1 que melhor

se adaptasse às necessidades da empresa RST, utilizando apenas um validador por ônibus com

troca de patamares feita através do cartão do motorista.

O estudo do sistema de Bilhetagem Eletrônica implantado em Florianópolis, feito pela

pesquisadora por meio de questionário, entrevista e formulário, foi de vital importância no

sentido de avaliar os aspectos positivos e negativos no período de implantação e durante a

operação do sistema. Os conhecimentos adquiridos com a pesquisa evidenciam a necessidade

de preparar e orientar os funcionários da empresa e usuários para que não haja impactos

negativos reticentes ao novo sistema.

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6 RECOMENDAÇÕES

Durante o desenvolvimento deste trabalho foram levantados alguns pontos importantes

para melhor análise do sistema de cobrança eletrônica de passagens na Empresa Rodoviária

Santa Terezinha LTDA.

Os itens sugeridos referem-se a melhoria no atendimento e agilidade em seus

processos de cobrança. Para que seja realizado um trabalho adequado, proporcionando a seus

usuários segurança e qualidade no transporte.

Para que a implantação do SBE tenha o menor impacto possível, recomenda-se

conscientização dos funcionários em relação à manutenção de postos de trabalho e

treinamento de todos os funcionários bem como fazer simulações com os usuários da região

onde a empresa atua.

A necessidade que detectou-se em relação ao sistema, é o bloqueio dos créditos

referentes à perda do cartão, pois somente são feitos no dia seguinte da perda através de um

BO. Boletim de Ocorrência. Por esse motivo há um descontentamento dos usuários, deixando

claro que o processo é moroso.

Outra sugestão para trabalhos futuros é de criar uma infra-estrutura para call center na

empresa, com objetivo de melhorar o atendimento aos clientes ouvindo reclamações e

sugestões. Também pode ser utilizado para venda de créditos vale-transporte, cadastramento

de novos usuários e resgate de créditos em caso de furtos.

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7 REFERÊNCIAS

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ALBERTIN, Luiz Alberto. Comércio Eletrônico. 2ª ed. São Paulo: Atlas 2000.

AMOR, Daniel. A Revolução do E-Business. São Paulo: Makron Books, 2000.

BARROS, Aidil Jesus da Silveira; LEHFELD, Neide Aparecida de Souza.Fundamentos de Metodologia Científica. 2ª ed. ampliada. São Paulo, Makron: 2000.

DATE, C. J. Introdução a Sistema de Bancos de Dados. 7ª ed. Rio de Janeiro: Campus, 1999.

DAVENPORT, Thomas H. Reengenharia de Processos: Como Inovar na Empresa Através da Tecnologia da Informação. 5ª ed. Rio de Janeiro: Campus, l994.

Empresa 1- Material da Apostila Sistema de Automação de Comércio. Do sistema de Implantação de Bilhetagem Eletrônica. Belo Horizonte, 2001

FACHIN, Odília. Fundamentos da Metodologia 4ª ed. São Paulo: Saraiva, 2003.

.GIL, Antônio Carlos. Métodos e Técnica de Pesquisa Social. 4ª ed. São Paulo: Atlas, 1994.

LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de Metodologia Científica: 3ª ed. São Paulo: Atlas, 1991.

LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia do Trabalho Científico: 4ª ed. São Paulo, Atlas: 1992.

LARDIZÁBAL, Alessandra Monteiro de Castro Porto. Material Didático da Disciplina de Redes de Transmissão de Dados do curso de Automação de Escritório e Secretariado da Universidade do Vale do Itajaí. São José: 2002.

LAUDON, Kenneth; LAUDON, Jane. Sistema de Informação. 4ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 1999.

MEDEIROS, João Bosco; HERNANDES, Sonia. Manual da Secretária. 7ª ed. São Paulo: Atlas, 1999.

MEIRELLES, Fernando de Souza. Informática: novas aplicações com computadores.2 ed.São Paulo: Makron books, 1994.

MEYER, Marilyn; BABER, Roberta; PFAFFENBERGER, Bryan. Nosso Futuro e o Computador. 3ª ed. Porto Alegre: Brookman, 2000.

MUNDO DIGITAL. Pequena História da Internet. Disponível em: <http://www1.uol.com.br/mundodigital/beaba/manual.htm> Acesso em: 5/5/2004

MURANO, Rose Marie. A Automação e o Futuro do Homem. 2ª ed. Rio de Janeiro: Vozes,1968.

OLIVEIRA, Silvio Luiz de. Tratado de Metodologia Científica. São Paulo: Pioneira, 2001.

PÁDUA, Elisabete Matallo Marchesini. Metodologia da pesquisa: Abordagem Teórica- Prática. 8ª ed. São Paulo:Papírus: 2002.

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76

RICHARDSON, Roberto Jarry. Pesquisa Social: Métodos e Técnicas. 3ª ed. São Paulo: Atlas, 1999.

SILVEIRA, Paulo R. da; SANTOS, Winderson e. Automação e Controle Discreto.2ª ed. São Paulo: Érica, 1998.

STAIR M. Ralph. Princípios de Sistema de Informação 2ª ed. Rio de Janeiro: Editora S.A, 1998.

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APÊNDICES

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Apêndice A Questionário aplicado aos funcionários das empresas de

transportes de Florianópolis

QUESTIONÁRIO

Este questionário tem por finalidade analisar o sistema de bilhetagem eletrônica

implantado em uma empresa de Florianópolis, como base de pesquisa para posterior

instalação do sistema de bilhetagem eletrônica na empresa Rodoviária Santa Terezinha

LTDA. Para que isso ocorra, conto com sua colaboração no preenchimento deste, pois os

dados coletados com este questionário auxiliarão na resolução do problema de pesquisa do

relatório de conclusão de estágio do curso de Automação de Escritório e Secretariado da

Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI.

É necessário que seja respondido pelos funcionários do setor de vendas e arrecadação

das empresas que já possuem o sistema de bilhetagem eletrônica, com caneta azul ou preta.

Por favor, responda a todas as questões e devolva para a pesquisadora Sunalite Amaral

Vieira, até no máximo 06/05/2004.

Conto com sua colaboração e agradeço antecipadamente.

1- Como você avalia o sistema de bilhetagem eletrônica em Florianópolis hoje?

Excelente Bom Regular Ruim Péssimo

2- Caso a resposta seja negativa, o que você pode mudar para melhorar o sistema?

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

3- Como você percebe a reação dos usuários em relação ao SBE?

Positiva Negativa Indiferente

4- O que os usuários mais reclamam do sistema de bilhetagem eletrônica?

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_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

5- Você já trabalhava na empresa de transporte coletivo antes da implantação do

sistema de bilhetagem eletrônica?

Sim Não

6- Você tinha receio do sistema de bilhetagem eletrônica em relação ao seu emprego?

Sim Não

7- O sistema de bilhetagem eletrônica, na sua opinião, atendeu às necessidades das

empresas?

Sim Não

8- O sistema de bilhetagem eletrônica implantado, na sua opinião, atende às

exigências dos usuários?

Sim Não

9- Houve ganho de tempo nos embarques dos passageiros com o sistema de

bilhetagem eletrônica?

Sim Não

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Apêndice B

Roteiro de entrevista com o diretor responsável pela

empresa INSULAR João Renato P. Castro

1 Qual foi a reação de seus funcionários a partir do momento em que houve a implantação

do sistema de bilhetagem eletrônica?

2 O quadro de funcionários permanece o mesmo?

3 Em seu ponto de vista, o investimento usado com as tecnologias da informação supre as

necessidades das empresas.

4 Todos os equipamentos utilizados na implantação da bilhetagem eletrônica, ou seja, os

Hardwares e Softwares são adequados para este tipo de tecnologia?

5 O índice de assaltos em ônibus diminuiu após a implantação do sistema de bilhetagem

eletrônica?

6 Houve ganho de tempo nos embarques de passageiros com o sistema de bilhetagem

eletrônica?

7 Após a implantação do SBE, como funcionam os procedimentos de prestação de contas

pelo cobrador?

8 Como os clientes de vale-transporte estão reagindo ao novo sistema?

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Apêndice C Formulário para entrevista com usuários do sistema de

bilhetagem eletrônica das empresas de Florianópolis

1- Você está satisfeito com o sistema de bilhetagem eletrônica implantado na cidade de

Florianópolis?

Muito Satisfeito Satisfeito Insatisfeito

2- Os embarques se tornaram mais rápidos após a implantação do sistema?

Sim Não

3- Com o sistema de bilhetagem eletrônica, melhorou a segurança no transporte coletivo?

Sim Não

4- O sistema de bilhetagem eletrônica diminuiu o tempo de compra ou recompra de

créditos em relação ao processo anterior?

Sim Não

5- Com o sistema de bilhetagem eletrônica, facilitou a recompra de créditos escolares que

anteriormente eram mais burocráticos?

Sim Não

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Apêndice D Roteiro de entrevista com o diretor da empresa

INSULAR João Renato P. Castro

1- Qual foi a reação dos funcionários a partir do momento em que houve a implantação

do Sistema de Bilhetagem Eletrônica na sua empresa?

João Renato: Primeiramente, o pessoal ficou bem apreensivo, porque sempre quando se

fala em automação, a primeira coisa que vem na cabeça do pessoal é desemprego. Sempre se

imagina que a máquina vai substituir, vai demitir um monte de gente, então ficam todos

apreensivos. Então se precisa de um trabalho bem grande da diretoria, quanto da gerencia para

uma conscientização de todo mundo que o sistema nada mais é do que uma ferramenta pra

utilizar na melhor gerencia da empresa, para facilitar os processos, e que algumas atividades

mudam o perfil da forma de trabalhar delas, mas não necessariamente gera desemprego. Então

a primeira grande dificuldade é deixar isso na cabeça do pessoal, que sempre quando se fala

em automação, bilhetagem eletrônica, todos já pensam em desemprego. Tivemos que fazer

um acordo com o sindicato dos funcionários para garantir que os cobradores não seriam

demitidos, e que na verdade hoje o pessoal depois de implantado, mesmo com a automação,

eles vêem que são fundamentais, por exemplo, o pessoal de estatística, que antes anotavam

guia, digitavam todas as coisas, faziam item por item, pensavam que com a automação iria

acabar seus empregos. Pelo contrário, mudou o perfil do emprego, antes quando era um

serviço mais braçal, digitação, levantamento, hoje eles fazem um serviço mais intelectual, que

é de verificação de estatísticas, levantamento de relatório. Resumindo, não teve desemprego

nenhum. Mas a primeira reação do pessoal é ficarem todos apreensivos mesmo.

2- O Quadro de funcionários permanece o mesmo?

João Renato: Aumentou. Porque em algumas atividades, tivemos que contratar mais

gente para podermos acertar todos os processos. Tinha muita gente que não sabia mexer em

computador. Então tiveram que fazer o treinamento. Pra fazer o treinamento, tivemos que

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contratar mais gente, até que o pessoal pegue tudo e fique de acordo, então considerando a

automação acabou aumentando o número de funcionários.

3- Em seu ponto de vista, o investimento aplicado com as tecnologias da informação

supre as necessidades da empresa?

João Renato: Acredito que sim. Sempre quando a gente implanta uma nova ferramenta,

ela tem vários ajustes. Por exemplo, estavam todos acostumados com um tipo de relatório.

Quando implanta um outro sistema, existem alguns relatórios que a gente tem que se adaptar a

ele. Outros que a empresa adapta relatórios pra gente. Então tem uma série de ajustes, mas o

resultado final é favorável.

4- Todos os equipamentos utilizados na implantação da bilhetagem eletrônica, ou seja,

os Hardwares e Softwares são adequados para este tipo de tecnologia?

João Renato: Os exclusivos da bilhetagem eletrônica tanto o hardware quanto o

software são comparados a um sistema bancário. Aliás, é um sistema bancário. Tem que

garantir a segurança e a integridade das informações, por isso o software e o hardware são

bem específicos e bem sofisticados. O equipamento que vai no ônibus, por exemplo, o

validador, possui um único fabricante, com pessoal para dar qualquer tipo de assistência. O

servidor e o computador são de mercado, com especificação bem detalhada, tendo que seguir

uma série de requisitos, por ser um sistema bem sofisticado, tem que estar funcionando

perfeitamente.

A empresa implantou o sistema há um ano e não se sabe se ficará obsoleto rápido ou

não. A princípio, pelo tipo de operação, está adequado e suprindo as necessidades da empresa.

5- O índice de assaltos em ônibus diminuiu após a implantação do sistema de

bilhetagem eletrônica?

João Renato: Aqui na empresa especificamente, o índice de assalto é muito pequeno. Na

região onde a gente opera, no Sul da Ilha, quando acontecem são em casos localizados.

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Nossa realidade é diferente do continente de Florianópolis onde existem muitos assaltos.

6- Houve ganho de tempo nos embarques de passageiros com o sistema de bilhetagem

eletrônica?

João Renato: Acredito que sim, porque não tenho levantamento preciso de marcação de

tempo do usuário. Mas no inicio da implantação do sistema, aumentou o tempo de embarque

porque os usuários não sabiam como funcionava e apresentavam o cartão para o cobrador.

Hoje os usuários na maioria das vezes não retiram o cartão da carteira, passando direto pelo

validador transpondo a catraca.

Então o sistema de automação facilita, diminuindo o tempo de embarque dos usuários.

A princípio demora um pouco, na seqüência tem esse ganho.

7- Após a implantação do sistema de bilhetagem eletrônica, como funcionam os

procedimentos de prestação de contas pelo cobrador?

João Renato: Foi a grande revolução que sistema de bilhetagem eletrônica trouxe. Antes

era todo um sistema com planilha, um sistema manual, um sistema bem burocrático e bem

moroso. E esse sistema de hoje da bilhetagem eletrônica realmente trouxe uma revolução.

No sistema de venda de passes antes era de forma mais fácil para a falsificação de

passes, tendo que controlar estoques, fazer levantamento e pedir para a gráfica, pagando um

valor alto, porque os passes tinham que possuir itens de segurança, como por exemplo, tarja,

numeração enfim uma série exigências impostas, e o controle era muito difícil porque era tudo

manual.

O cobrador colava os passes em uma cartela. Depois eram conferidas cartela por cartela.

Se houvesse algum tipo de problema como roubo ou falsificação, tinha que ser conferido

numeração por numeração, então o processo era bem moroso e burocrático.

Com o sistema de bilhetagem eletrônica houve uma facilidade bem grande, porque o

crédito é eletrônico. Ele entra em dinheiro quando vende e os clientes estão todos cadastrados,

sendo igual ao sistema bancário cada um tem um caixa e os caixas têm as contas correntes que

fecham, nesse setor a modificação total.

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Na arrecadação também facilitou. O cobrador também possuía uma guia preenchida a

caneta, com os passes colados. Tinha que fazer o fechamento da conta e conferência de

catraca. Hoje é tudo automático. O cobrador simplesmente passa o cartão, sai uma ficha que

indica o quanto ele deverá pagar em dinheiro. Então todos aqueles fechamentos que eram

manuais passam a ser automatizados e bem mais simplificados. Com isso, sobrou mais tempo

para a gerencia usar esse pessoal nas análises de relatório. O funcionário passou de ter um

trabalho manual para um intelectual. Com isso a bilhetagem deu uma revolucionada.

8- Como os clientes de vale-transporte estão reagindo com o novo sistema?

João Renato: Os clientes de vale-transporte dividem-se em dois tipos de clientes: os

grandes e os pequenos clientes. Para os grandes clientes, facilitou bastante. Todo o

levantamento que tinha que fazer, com o trabalho de dividir passes. Algumas empresas

chegaram a contratar empresas terceirizadas para fazer esse tipo de serviço. E hoje o processo

é todo automatizado. Somente uma pessoa no setor consegue fazer todo o processo. Tendo

toda a relação de funcionários, uma pessoa da empresa passa a informação para o SETUF, que

efetua o depósito na conta. No dia seguinte, o crédito é debitado automaticamente no cartão

quando o funcionário usa o ônibus. Quando ele passar o cartão pelo validador,

automaticamente ele já recarrega seu cartão. Para as empresas que tem grande quantidade de

funcionário, o sistema facilitou.

Para as empresas consideradas pequenas, onde existia uma rotatividade muito grande de

funcionários entrando e saindo da empresa, isso dificulta um pouco no controle de seus

empregados que usavam o vale-transporte do tipo passe.

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Apêndice E Carta de fiança aos funcionários

CARTA DE FIANÇA

Nome:______________________________, Brasileiro,___________________

profissão_______________________, Residente e domiciliado à rua:

______________________________,Bairro:______________________

Municipio:_________________, portador da carteira de Identidade de nº

_______________e CPF/nº,_________________DECLARA que aceita e concorda afiançar

ate a quantia de R$1.500,00(UM MIL E QUINHENTOS

REAIS), todo e qualquer prejuízo pelo cobrador Sr. MARCOS LEONISIO VERLICH

_________________________________, Brasileiro, estado civil

solteiro, residente à rua: Estrada Geral Barro Branco S/N______________

Bairro: Barro Branco_______Municipio:São Pedro de Alcant.,em decorrên-

Cia de perda, FURTO, roubo, apropriação ou qualquer outra espécie de dano

ao numerário da RODOVIARIA SANTA TEREZINHA AGÊNCIA DE

VIAGENS E TURISMO LTDA., objeto de féria diária apurada pelo afi-

ançado em seu serviço normal de cobrador, ficando desde logo ajustado que

a reposição do alcance devem-se verificar no prazo de vinte e quatro horas

(24) contando da data da ciência respectiva.

São Jose,______de_________________de________