Andre Luiz - Desobsessão -Waldo Vieira.pdf

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    Francisco Cndido Xavier - Desobsesso - pelo Esprito Andr Luiz 2

    (Contra-capa)

    Desobsesso

    Pelo Esprito Andr Luiz

    Como nos assinala Emmanuel, destaca-se, da coleode Andr Luiz, este livro diferente.

    Objetiva prestar valioso auxlio queles que se pro-pem a tratar, com a devida seriedade, em reunies espe-cficas da Casa Esprita, o grave problema da obsesso,que, como as mais diferentes e temveis doenas do corpofsico, se constitui em flagelo da humanidade.

    Atravs de 73 captulos, devidamente ilustrados, es-critos de maneira objetiva, aborda temas que orientam ostrabalhadores das reunies de desobsesso, desde o des-pertar no dia da reunio, superao de impedimentos,conversao anterior reunio, pontualidade, equipe, e-ducao medinica, passes, at o seu encerramento. Trata,ainda, de importantes procedimentos posteriores ao traba-lho de desobsesso.

    Alerta sobre a gravidade do assunto, salientando quecada templo esprita deve possuir a sua equipe de servido-res da desobsesso, no somente para sua defesa e con-servao, como tambm para socorrer as vtimas da deso-rientao espiritual.

    http://livroespirita.4shared.com

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    ndiceUm livro diferente ........................................................................ 6Desobsesso ................................................................................. 91 Preparo para a reunio: Despertar .......................................... 122 Preparo para a reunio: Alimentao...................................... 14

    3 Preparo para a reunio: Repouso fsico e mental.................... 154 Preparo para a reunio: Prece e meditao ............................. 165 Superao de impedimentos: Chuva....................................... 176 Superao de impedimentos: Visitas ...................................... 187 Superao de impedimentos: Contratempos ........................... 198 Impedimento natural .............................................................. 209 Templo esprita ...................................................................... 21

    10 Recinto das reunies............................................................. 2211 Chegada dos companheiros .................................................. 2312 Conversao anterior reunio ............................................ 2413 Dirigente .............................................................................. 2514 Pontualidade......................................................................... 2715 Mobilirio para os trabalhos................................................. 2916 Cadeiras................................................................................ 3017 Iluminao............................................................................ 3118 Isolamento hospitalar ........................................................... 3219 Aparelhos eltricos ............................................................... 3420 Componentes da reunio ...................................................... 3521 Visitantes.............................................................................. 3722 Ausncia justificada ............................................................. 39

    23 Chegada inesperada de doente.............................................. 4024 Mdiuns esclarecedores........................................................ 41

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    25 Equipe medinica: Psicofnicos........................................... 43

    26 Equipe medinica: Passistas................................................. 4527 Livros para leitura ................................................................ 4628 Leitura preparatria .............................................................. 4729 Prece inicial.......................................................................... 4830 Manifestao inicial do mentor ............................................ 4931 Consultas ao mentor ............................................................. 5032 Manifestao de enfermo espiritual (1) ................................ 5133 Manifestao de enfermo espiritual (2) ................................ 5234 Manifestao de enfermo espiritual (3) ................................ 5435 Manifestao de enfermo espiritual (4) ................................ 5636 Manifestao de enfermo espiritual (5) ................................ 5737 Esclarecimento ..................................................................... 5838 Cooperao mental............................................................... 60

    39 Manifestaes simultneas (1).............................................. 6140 Manifestaes simultneas (2).............................................. 6241 Interferncia do benfeitor ..................................................... 6342 Atitude dos mdiuns (1) ....................................................... 6443 Atitude dos mdiuns (2) ....................................................... 6544 Mal-estar imprevisto do mdium.......................................... 6645 Educao medinica (1) ....................................................... 67

    46 Educao medinica (2) ....................................................... 6847 Educao medinica (3) ....................................................... 6948 Educao medinica (4) ....................................................... 7049 Educao medinica (5) ....................................................... 7150 Interferncia de enfermo espiritual ....................................... 7251 Radiaes ............................................................................. 73

    52 Passes ................................................................................... 7453 Imprevistos........................................................................... 75

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    54 Manifestao final do mentor............................................... 76

    55 Gravao da mensagem........................................................ 7756 Prece final ............................................................................ 7957 Encerramento ....................................................................... 8058 Conversao posterior reunio........................................... 8159 Reouvindo a mensagem........................................................ 8360 Estudo construtivo das passividades..................................... 8461 Sada dos companheiros ....................................................... 8562 Comentrios domsticos....................................................... 8663 Assiduidade.......................................................................... 8864 Benefcios da desobsesso.................................................... 8965 Reunies de mdiuns esclarecedores.................................... 9166 Reunies de estudos medinicos .......................................... 9267 Reunies medinicas especiais............................................. 93

    68 Visita a enfermo ................................................................... 9469 Visita a hospital.................................................................... 9570 Culto do evangelho no lar .................................................... 9771 Culto da assistncia .............................................................. 9872 Estudos extras ...................................................................... 9973 Formao de outras equipes ............................................... 100

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    Um livro diferenteE perguntou-lhe Jesus, dizendo: Qual o teu no-

    me? E ele disse: Legio, porque tinham entrado nele

    muitos demnios.

    LUCAS, versculo 8, captulo 30.

    Atendendo ao trabalho da desobsesso nos arredores de G-dara, vemos Jesus a conversar fraternalmente com o obsesso quelhe era apresentado, ao mesmo tempo que se fazia ouvido pelosdesencarnados infelizes.

    Importante verificar que ante a interrogativa do Mestre, aperguntar-lhe o nome, o mdium, consciente da presso que sofriapor parte das Inteligncias conturbadas e errantes, informa cha-

    mar-se Legio, e o evangelista acrescenta que o obsidiado assimprocedia porque tinham entrado nele muitos demnios.

    Sabemos hoje com Allan Kardec, conforme palavras textuaisdo Codificador da Doutrina Esprita, no item 6 do captulo 12,Amai os vossos inimigos, de O Evangelho segundo o Espiri-tismo, que esses demnios mais no so do que as almas doshomens perversos, que ainda se no despojaram dos instintos ma-

    teriais.No episdio, observamos o Cristo entendendo-se, de maneira

    simultnea, com o mdium e com as entidades comunicantes, nabenemrita empresa do esclarecimento coletivo, ensinando-nosque a desobsesso no caa a fenmeno e sim trabalho pacientedo amor conjugado ao conhecimento e do raciocnio associado f.

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    Seja no caso de mera influenciao ou nas ocorrncias da

    possesso profunda, a mente medianmica permanece juguladapor pensamentos estranhos a ela mesma, em processos de hipnosede que apenas gradativamente se livrar. Da ressalta o imperativode se vulgarizar a assistncia sistemtica aos desencarnados prisi-oneiros da insatisfao ou da angstia, por intermdio das equipesde companheiros consagrados aos servios dessa ordem que, alis,demandam pacincia e compreenso anlogas s que caracterizamos enfermeiros dedicados ao socorro dos irmos segregados nosmeandros da psicose, portas a dentro dos estabelecimentos de curamental.

    Sentindo de perto semelhante necessidade, o nosso amigoAndr Luiz organizou este livro diferente de quantos lhe constitu-em a coleo de estudioso dos temas da alma, no intuito de arre-gimentar novos grupos de seareiros do bem que se proponhamreajustar os que se vem arredados da realidade fora do campofsico. Nada mais oportuno e mais justo, de vez que, se a ignorn-cia reclama o devotamento de professores na escola e a psicopato-logia espera pela abnegao dos mdicos que usam a palavra e-quilibrante nos gabinetes de anlise psicolgica, a alienao men-tal dos Espritos desencarnados exige o concurso fraterno de cora-es amigos, com bastante entendimento e bastante amor paraauxiliar nos templos espritas, atualmente dedicados recuperao

    do Cristianismo, em sua feio clara e simples.Salientando, pois, neste volume, precioso esforo de sntese

    no alvio aos obsessos, atravs dos colaboradores de todas as con-dies, rogamos ao Senhor nos sustente a todos tarefeiros en-carnados e desencarnados na obra a realizar, porquanto obsidia-dos e obsessores, consciente ou inconscientemente arrojados desorientao, no mundo ou alm do mundo, so irmos que nospedem arrimo, companheiros que nos integram a famlia terrestre,e o amparo famlia no ministrio que devamos relegar para a

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    esfera dos anjos e sim obrigao intransfervel que nos compete

    abraar por servio nosso.

    EMMANUEL

    Uberaba, 2 de janeiro de 1964(Pgina recebida pelo mdium Francisco Cndido Xavier.)

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    DesobsessoTeraputicas diversas merecem estudos para a supresso dos

    males que flagelam a Humanidade. Antibiticos atacam processosde infeco, institutos especializados examinam a patologia docncer, a cirurgia atinge o corao para sanar o defeito cardaco ea vacina constitui defesa para milhes. Ao lado, porm, das en-fermidades que supliciam o corpo, encontramos, aqui e alm, as

    calamidades da obsesso que desequilibram a mente.Para l das teias fisiolgicas que entretecem o carro orgnico

    de que se vale o Esprito para o estgio educativo no mundo, possvel identificar os quadros obscuros de semelhantes desastres,nos quais as foras magnticas desajustadas pelo pensamento emdesgoverno assimilam foras magnticas do mesmo teor, estabe-lecendo a alienao mental, que vai do tique loucura, escalando

    por fobias e molstias-fantasmas. Vemo-los instalados em todasas classes, desde aquelas em que se situam as pessoas providas deelevados recursos da inteligncia quelas outras onde respiramcompanheiros carecentes das primeiras noes do alfabeto, des-bordando, muita vez, na tragdia passional que ocupa a ateno daimprensa ou na insnia conduzida ao hospcio. Isso tudo, semrelacionarmos os problemas da depresso, os desvarios sexuais, assndromes de angstias e as desarmonias domsticas.

    Espritos desencarnados e encarnados de condio enfermiasintonizam-se uns com os outros, criando prejuzos e perturbaesnaqueles que lhes sofrem a influncia vampirizadora, lembrandovegetais nobres que parasitos arrasam, depois de solapar-lhes to-das as resistncias.

    Refletindo nisso e diligenciando cooperar na medicao a es-ses males de sintomatologia imprecisa, imaginamos a organizao

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    deste livro1, dedicado a todos os companheiros que se interessam

    pelo socorro aos obsidiados livro que se caracteriza por absolutasimplicidade na exposio dos assuntos indispensveis constitu-io e sustentao dos grupos espritas devotados obra libertado-ra e curativa da desobsesso. Livro que possa servir aos recintosconsagrados a esse mister, estejam eles nos derradeiros recantosdas zonas rurais ou nos edifcios das grandes cidades, cartilha detrabalho em que as imagens2 auxiliem o entendimento da explica-o escrita, a fim de que os obreiros da Doutrina Esprita atendam desobsesso, consoante os princpios concatenados por AllanKardec.

    Nenhuma instituio de Espiritismo pode, a rigor, desinteres-sar-se desse trabalho imprescindvel higiene, harmonia, amparoou restaurao da mente humana, traando esclarecimento justo,seja aos desencarnados sofredores, seja aos encarnados desprovi-dos de educao ntima que lhes sofram a atuao deprimente,

    conquanto, s vezes, involuntria.Cada templo esprita deve e precisa possuir a sua equipe de

    servidores da desobsesso, quando no seja destinada a socorreras vtimas da desorientao espiritual que lhes rondam as portas,para defesa e conservao de si mesma.

    Oferecemos, desse modo, estas pginas despretensiosas aosque sintam suficiente amor pelos que jazem transviados nas trevas

    das iluses e paixes em que se consomem, circunscritos aos mar-cos estreitos da ignorncia, na Terra e alm da Terra, nos tormen-

    1 O Esprito Andr Luiz convidou os mdiuns Waldo Vieira e FranciscoCndido Xavier a psicografarem com ele o presente volume, responsa-bilizando-se ambos pelos captulos de nmeros mpares e pares, respec-tivamente.2 As fotografias que ilustram este volume representam gentileza doscompanheiros de ideal e pertencem aos arquivos da Exposio EspritaPermanente da CENTRO ESPRITA C., de Uberaba, Minas.

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    tos e desvarios do eu. E entregando-as aos amigos que nos pos-

    sam acolher o desejo de acertar e avaliar conosco a extenso e agravidade do problema, recordemos, reconhecidamente, junto detodos eles, que o Espiritismo o Cristianismo Restaurado e que opioneiro nmero um da desobsesso, esclarecendo Espritos infe-lizes e curando obsidiados de todas as condies, foi exatamenteJesus.

    ANDR LUIZ

    Uberaba, 2 de janeiro de 1964(Pgina recebida pelo mdium Waldo Vieira.)

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    1Preparo para a reunio:Despertar

    No dia marcado para as tarefasde desobsesso, os integrantes da

    equipe precisam, a rigor, cultivaratitude mental digna, desde cedo.

    Ao despertar pela manh, o di-rigente, os assessores da orientao,os mdiuns incorporadores, oscompanheiros da sustentao oumesmo aqueles que sero visitasocasionais no grupo, devem elevar

    o nvel do pensamento, seja orandoou acolhendo idias de naturezasuperior.

    Intenes e palavras puras, ati-tudes e aes limpas.

    Evitar deliberadamente rusgas e discusses, sustentando paci-ncia e serenidade, acima de quaisquer transtornos que sobreve-

    nham durante o dia.Trata-se de preparao adequada a assunto grave: a assistn-

    cia a desencarnados menos felizes, com a superviso de instruto-res da Vida Espiritual.

    Imaginem-se os companheiros no lugar dos Espritos necessi-tados de socorro e compreendero a responsabilidade que assu-mem.

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    Cada componente do conjunto pea importante no meca-

    nismo do servio. Todo o grupo instrumentao.

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    2Preparo para a reunio:Alimentao

    A alimentao, durante as ho-ras que precedem o servio de in-

    tercmbio espiritual, ser leve.Nada de empanturrar-se ocompanheiro com viandas desne-cessrias.

    Estmago cheio, crebro in-bil.

    A digesto laboriosa consome

    grande parcela de energia, impe-dindo a funo mais clara e maisampla do pensamento, que exigesegurana e leveza para exprimir-senas atividades da desobsesso.

    Aconselhveis os pratos ligeiros e as quantidades mnimas,crendo-nos dispensados de qualquer anotao em torno da impro-priedade do lcool, acrescendo observar que os amigos ainda ne-cessitados do uso do fumo e da carne, do caf e dos temperosexcitantes, esto convidados a lhes reduzirem o uso, durante o diadeterminado para a reunio, quando no lhes seja possvel a abs-teno total, compreendendo-se que a posio ideal ser sempre ado participante dos trabalhos que transpe a porta do templo semquaisquer problemas alusivos digesto.

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    3Preparo para a reunio:Repouso fsico e mental

    Aps o trabalho, seja ele pro-fissional ou domstico, braal ou

    mental, faa o seareiro da desob-sesso o horrio possvel de refa-zimento do corpo e da alma.

    Repouso externo e interno.

    Relaxe, com ideaes edifican-tes.

    Absteno de pensamentos im-

    prprios.Aspiraes para cima.

    Distncia de preocupaes in-feriores.

    Preparao ntima, podendo incluir leitura moralizadora e sa-lutar.

    Formao de ambiente particular respeitvel, de cujos agentesespirituais, enobrecidos e puros, se valham os instrutores para acomposio dos recursos de alvio e esclarecimento aos irmosque, desenfaixados da veste fsica, ainda sofrem.

    Os responsveis pelas tarefas da desobsesso devem compre-ender que as comunicaes reclamam espontaneidade e que opreparo a que nos referimos de ordem geral, sem a fixao damente em exigncias ou gratificaes de sentimento pessoal.

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    4Preparo para a reunio:Prece e meditao

    Pelo menos durante alguns mi-nutos, horas antes dos trabalhos,

    seja qual for a posio que ocupeno conjunto, dedique-se o compa-nheiro de servio prece e medi-tao em seu prprio lar.

    Ligue as tomadas do pensa-mento para o Alto.

    Retire-se, em esprito, das vul-

    garidades do terra-a-terra, e ore,buscando a inspirao da VidaMaior.

    Reflita que, em breve tempo,estar em contacto, embora ligeiro,

    com os irmos domiciliados no Mundo Espiritual, para onde irigualmente, um dia, e antecipe o cultivo da simpatia e do respeito,da compaixo produtiva e da bondade operosa para com todos

    aqueles que perderam o corpo fsico sem a desejada maturaoespiritual.

    Dessa forma, estar caminhando para a colaborao dignacom os benfeitores desencarnados que so os legtimos ministra-dores do bem.

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    5Superao de impedimentos:Chuva

    Hora de sair para a reunio.

    Necessrio vencer os percalos

    que o tempo capaz de oferecer.No raro, a promessa de a-

    guaceiro iminente ou a ventaniaforte, comparecendo por empeci-lhos habituais.

    Chuva ou frio...

    O integrante da equipe no se

    prender em casa por semelhantesobstculos.

    Conservar, sempre mo, oagasalho preciso e enfrentar

    quaisquer desafios naturais, consciente das obrigaes que lhecompetem.

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    6Superao de impedimentos:Visitas

    Na lista dos impedimentos na-turais, um existe dos mais freqen-

    tes: a visita inesperada.Compreende-se o constrangi-mento dos companheiros j prestesa sair de casa para o servio espiri-tual.

    Em alguns casos, um parentenecessitando de palavras amigas;

    de outros, um companheiro recla-mando ateno.

    Que isso no seja tomado conta de bice insupervel.

    O tarefeiro da desobsesso es-clarecer o assunto delicadamente, empregando franqueza e hu-mildade, sem esconder o mvel da ausncia a que se v compeli-do, cumprindo, assim, no apenas o dever que lhe assiste, comotambm despertando simpatia nos circunstantes e assegurando a simesmo o necessrio apoio vibratrio.

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    7Superao de impedimentos:Contratempos

    Na srie de obstculos que, emmuitas ocasies, parecem inteligen-

    temente determinados a lhe entra-varem o passo, repontam os maisimprevistos contratempos frentedo servidor da desobsesso.

    Uma criana cai, explodindoem choro...

    Desaparece a chave de uma

    porta...Um recado chega, de improvi-so, suscitando preocupaes...

    Algum chama para solicitarum favor...

    Certo familiar se queixa de dores sbitas...

    Colapso do sistema de conduo...

    Dificuldades de trnsito...

    O colaborador do servio de socorro aos desencarnados so-fredores no pode hesitar. Providencie, de imediato, as soluesrazoveis para esses pequeninos problemas e siga ao encontro dasobrigaes espirituais que o aguardam, lembrando-se de quemesmo as festas de natureza familiar, quais sejam as comemora-es de aniversrio ou os jbilos por determinados eventos do-

    msticos, no devem ser categorizados conta de obstruo.

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    8Impedimento natural

    Circunstncias existem que pe-sam na balana do trabalho porobstculos naturais.

    Uma viagem inesperada, porexemplo.

    Pode acontecer que a obrigaoprofissional assim o exija.

    Noutros casos, a molstia gra-ve comparece em casa ou na pessoado prprio cooperador, obstando-lhe o comparecimento reunio.

    Temos ainda a considerar oimpedimento por enfermidades

    epidmicas, qual a gripe, e, em nossas irms, razovel aceitarcomo motivos justos de ausncia os cuidados decorrentes da gra-videz e os embaraos peridicos caractersticos da organizaofeminil.

    Surgindo o impasse, importante que o companheiro ou acompanheira se comunique, rpido, com os responsveis pelasesso, atentos a que se deve assegurar a harmonia do esforo deequipe tanto quanto possvel.

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    9Templo esprita

    medida que se nos aclara oentendimento, nas realizaes decarter medinico, percebemos queas lides da desobsesso pedem o

    ambiente do templo esprita para seefetivarem com segurana.

    Para compreender isso, recor-demos que, se muitos doentes con-seguem recuperar a sade no climadomstico, muitos outros reclamamo hospital.

    Se no lar dispomos de agentesempricos a benefcio dos enfer-mos, numa casa de sade encon-

    tramos toda uma coleo de instrumentos selecionados para aassistncia pronta.

    No templo esprita, os instrutores desencarnados conseguemlocalizar recursos avanados do plano espiritual para o socorro a

    obsidiados e obsessores, razo por que, tanto quanto nos seja pos-svel, a, entre as paredes respeitveis da nossa escola de f viva,que nos cabe situar o ministrio da desobsesso. Razovel, ainda,observar que os servidores de semelhante realizao no podemassumir, sem prejuzo, compromissos para outras atividades me-dianmicas, antes ou depois do trabalho em que se comprometema benefcio dos sofredores desencarnados.

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    10Recinto das reunies

    O recinto das reunies pedelimpeza e simplicidade.

    A mesa, com alguns dos livrosbsicos da Doutrina Esprita, depreferncia O Livro dos Espri-tos, O Evangelho segundo o Es-piritismo e um volume que desen-volva o pensamento kardequiano,conjugado aos ensinamentos doCristo, estar cercada pelas cadei-ras devidas ao nmero exato dos

    componentes da reunio, apresen-tando-se despida de toalhas, orna-mentos, recipientes de gua e obje-

    tos outros.

    Em seguida fila dos assentos, colocar-se- pequena acomo-dao, seja um simples banco ou algumas cadeiras para visitaseventuais.

    Um relgio ser colocado vista ou mo, seja numa parede,no bolso ou no pulso do dirigente, para que o horrio e a discipli-na estabelecida no sofram distores, e o aparelho para a grava-o de vozes, na hiptese de existir no aposento, no dever per-turbar o bom andamento das tarefas e ser colocado em lugar de-signado pelo orientador dos trabalhos.

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    11Chegada dos companheiros

    Os benfeitores espirituais deplanto, na obra assistencial aosirmos desencarnados sofredores,esperam sempre que os integrantes

    da equipe alcancem o recinto deservio em posio respeitosa.

    Nada de vozerio, tumulto, gri-tos, gargalhadas.

    Lembrem-se os companheirosencarnados de que se aproximamde enfermos reunidos, como num

    hospital, credores de ateno e ca-rinho.

    A obra de socorro est prestesa comear.

    Necessrio inclinar o sentimento ao silncio e compaixo, bondade e elevao de vistas, a fim de que o conjunto possafuncionar em harmonia na construo do bem.

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    12Conversao anterior reunio

    H sempre margem a conver-saes no recinto para os que che-gam mais cedo, cabendo aos searei-ros do conjunto evitar a disperso

    de foras em visitas, mesmo rpi-das, mas imprprias, a locais vizi-nhos, sejam casas particulares ourestaurantes pblicos.

    Compreensvel rogar aos cola-boradores da tarefa a total absten-o de temas contrrios dignidade

    do trabalho que vo desempenhar.Evitem-se os anedotrios joco-

    sos, as consideraes injuriosas aquem quer que seja.

    Esqueam-se crticas, comentrios escandalosos, queixas, a-zedumes, apontamentos irnicos.

    Toda referncia verbal fator de induo.

    Se somos impelidos a conversar, durante os momentos queprecedem a atividade assistencial, seja a nossa palestra algo debom e edificante que auxilie e pacifique o clima do recinto, aoinvs de conturb-lo.

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    13Dirigente

    O dirigente das tarefas de de-sobsesso no pode esquecer que aEspiritualidade Superior esperanele o apoio fundamental da obra.

    Direo e discernimento. Bon-dade e energia.

    Certo, no se lhe exigiro qua-lidades superiores do homemcomum; no entanto, o orientador daassistncia aos desencarnados so-fredores precisa compreender que

    as suas funes, diante dos mdiunse freqentadores do grupo, sosemelhantes s de um pai de fam-

    lia, no instituto domstico.

    Autoridade fundamentada no exemplo.

    Hbito de estudo e orao.

    Dignidade e respeito para com todos. Afeio sem privil-gios.

    Brandura e firmeza.

    Sinceridade e entendimento.

    Conversao construtiva.

    Para manter-se na altura moral necessria, o diretor dispensa-r a todos os componentes de conjunto a ateno e o carinho idn-

    ticos queles que um professor reto e nobre cultiva perante osalunos e, como se erguer, perante os instrutores Espirituais, na

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    posio de mdium esclarecedor mais responsvel, designar dois

    a trs companheiros, sob a orientao dele prprio, a fim de quese lhe faam assessores em servio e o substituam nos impedi-mentos justificados.

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    14Pontualidade

    Pontualidade tema essencialno quotidiano, disciplina da vida.

    Administraes no respeitamfuncionrios relapsos.

    Em casa, estimamos nos fami-liares os compromissos em dia, osdeveres executados com exatido.

    Habitualmente no falhamosno horrio marcado pelas persona-lidades importantes do mundo, afim de corresponder-lhes ao apreo.

    A entrevista com um industri-al...

    A fala com um Ministro de Estado...

    Nas lides da desobsesso, foroso entender que benfeitoresespirituais e amigos outros desencarnados se deslocam de obriga-es graves da Vida Superior, a fim de assistir-nos e socorrer-nos.

    Pontualidade sempre dever, mas na desobsesso assume ca-rter solene.

    No haja falha de servio por nossa causa. No se pode es-quecer que o fracasso, na maioria das vezes, o produto infelizdos retardatrios e dos ausentes.

    A hora de incio das tarefas precisa mostrar-se austera, enten-dendo-se que o instante do encerramento varivel na pauta das

    circunstncias.

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    Aconselhvel se feche disciplinarmente a porta de entrada, 15

    minutos antes do horrio marcado para a abertura da reunio,tempo esse que ser empregado na leitura preparatria.

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    15Mobilirio para os trabalhos

    O mobilirio no recinto dedi-cado desobsesso no apenasnecessita estar escoimado de obje-tos e apetrechos que recordem ritu-

    ais e amuletos, smbolos e dolos dequalquer espcie, mas tambm deveser integrado por peas simples eresistentes.

    A mesa deve ser slida e as ca-deiras talhadas em madeira, lem-brando, sem adornos desnecess-

    rios, a austeridade de uma famliarespeitvel.

    Se tivermos de acrescentar al-go, aditemos dois bancos, igualmente de madeira, para visitascasuais ou para o socorro magntico a esse ou quele companhei-ro do grupo quando necessite de passe, a distncia do crculo for-mado em comunho de pensamento.

    Evitarmos tapetes, jarros, telas e enfeites outros, porquanto orecinto consagrado, alm de tudo, ao alvio de Espritos sofredo-res ou alienados mentais autnticos, necessitados de ambientelimpo e simples, capaz de auxili-los a esquecer iluses ou expe-rincias menos felizes vividas na Terra.

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    16Cadeiras

    As cadeiras para a reunio me-recem apontamentos particulares.

    Evite-se o uso de poltronas quesugiram a sesta, como tambm oemprego de mveis desprovidos dequalquer anteparo, feio de tam-boretes que imponham desconforto.

    Utilizemo-nos de cadeiras, pe-sadas na constituio, para frustraros impulsos de queda ou de agita-o excessiva, habituais nos m-

    diuns em transe, mas construdasem estilo singelo, com o espaldaramplo e alto que suporte com fir-

    meza os seareiros empenhados no socorro espiritual aos irmosperturbados, alm do plano fsico.

    Evitem-se as cadeiras desconjuntadas ou rangedoras que srudos desnecessrios e perturbaes outras provocam no ambien-

    te.

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    17Iluminao

    A iluminao no recinto ser,sem dvida, aquela de potenciali-dade normal, na fase preparatriadas tarefas, favorecendo vistorias e

    leituras.Contudo, antes da prece inicial,

    o dirigente da reunio graduar aluz no recinto, fixando-a em umaou duas lmpadas, preferivelmentevermelhas, de capacidade fraca, 15watts, por exemplo, de vez que a

    projeo de raios demasiado inten-sos sobre o conjunto prejudica aformao de medidas socorristas,

    mentalizadas e dirigidas pelos instrutores espirituais, diretamenteresponsveis pelo servio assistencial em andamento, com apoionos recursos medianmicos da equipe.

    As lmpadas devem ser situadas a distncia da mesa dos tra-balhos para se evitarem acidentes.

    Nas localidades no favorecidas pela energia eltrica, o orien-tador da reunio diminuir no recinto o teor da luz empregada.

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    18Isolamento hospitalar

    A desobsesso abrange em siobra hospitalar das mais srias.

    Compreenda-se que o espao aela destinado, entre quatro paredes,guarda a importncia de uma en-fermaria, com recursos adjacentesda Espiritualidade Maior para tra-tamento e socorro das mentes de-sencarnadas, ainda conturbadas ouinfelizes.

    Arrede-se da desobsesso

    qualquer sentido de curiosidadeintempestiva ou de formao espe-taculosa.

    Coloquemo-nos no lugar dos desencarnados em desequilbrioe entenderemos, de pronto, a inoportunidade da presena de qual-quer pessoa estranha a obra assistencial dessa natureza.

    O amparo e o esclarecimento aos Espritos dementados ou so-

    fredores servio para quem possa compreend-los e am-los,respeitando-lhes a dor.

    Da nasce o impositivo de absoluto isolamento hospitalar parao recinto dedicado a semelhantes servios de socorro e esclareci-mento, entendendo-se, desse modo, que a desobsesso, tantoquanto possvel, deve ser praticada de preferncia no templo esp-rita, ao invs de ambientes outros, de carter particular.

    Nesse sentido, importante que os obreiros da desobsesso,notadamente os mdiuns psicofnicos e os mdiuns esclarecedo-

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    res, visitem os hospitais e casas destinadas segregao de de-

    terminados enfermos, para compreenderem com segurana o im-perativo de respeitosa cautela no trato com os Espritos revoltadose desditosos.

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    19Aparelhos eltricos

    Os aparelhos eltricos, no re-cinto, quando a desobsesso sejaefetuada em lugar capaz de utiliz-los, devem ser restritos a uma lan-

    terna eltrica, destinada a serventiaeventual, e, quando seja possvel, aum aparelho para gravao de vo-zes das entidades, notadamenteaquelas que se caracterizam pormanifestaes construtivas, paraque se lhes fixem os ensinos ouexperincias com objetivo de estu-do.

    Repitamos que o grupo apenasusar o aparelho para gravao de vozes, quando semelhante me-dida esteja em suas possibilidades, sem que isso seja fator essen-cial e inadivel realizao do programa em pauta.

    O dirigente da reunio ou o companheiro indicado para o ma-nejo desses engenhos precisa, porm, estar atento, verificando-lhes o estado e o funcionamento, antes das atividades da equipe,prevenindo quaisquer necessidades, de maneira a evitar aborreci-mentos e atropelos de ltima hora.

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    20Componentes da reunio

    Os componentes da reunio,que nunca excedero o nmero dequatorze, conservem, acima detudo, elevao de pensamentos e

    correo de atitudes, antes, durantee depois de cada tarefa.

    Nenhuma preocupao com pa-ramentos ou vestes especiais.

    Compenetrem-se de que se a-cham no recinto exercendo frater-nalmente um mandato de confian-

    a.Na Doutrina Esprita no h

    lugar para f cega. Evitem-se, noentanto, no ambiente da desobsesso, pesquisas ociosas e vs in-dagaes, crticas e expectaes insensatas.

    Todos os componentes da equipe assumiro funes especfi-cas. Num grupo de 14 integrantes, por exemplo, trabalharo 2 a 4

    mdiuns esclarecedores; 2 a 4 mdiuns passistas e 4 a 6 mdiunspsicofnicos.

    Os mdiuns esclarecedores e passistas, alm dos deveres es-pecficos que se lhes assinala, serviro, ainda, na condio deelementos positivos de proteo e segurana para os mdiuns psi-cofnicos, sempre que estes forem mobilizados em servio. Im-prescindvel reconhecer que todos os participantes do conjunto

    so equiparveis a pilhas fludicas ou lmpadas, que estaro sen-sibilizadas ou no para os efeitos da energia ou da luz que se lhes

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    pede em auxlio dos que jazem na sombra de esprito. Da o impe-

    rativo do teor vibratrio elevado nos componentes da reunio, afim de que os doentes da alma se reaqueam para o retorno aoequilbrio e ao discernimento.

    Os componentes encarnados da reunio no se rendam ao so-no nas tarefas dedicadas desobsesso, para se evitarem desdo-bramentos desnecessrios da personalidade, cabendo-nos salientarigualmente que nas realizaes dessa natureza no devem compa-

    recer quaisquer outras demonstraes ou experincias de mediu-nidade.

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    21Visitantes

    O servio de desobsesso no um departamento de trabalho paracortesias sociais que, embora res-peitveis, no se compadecem com

    a enfermagem espiritual a ser de-senvolvida, a benefcio de irmosdesencarnados que amargas difi-culdades atormentam.

    Ainda assim, h casos em quecompanheiros da construo espri-ta-crist, quando solicitem permis-

    so para isso, podem ter acesso aoservio, em carter de observaoconstrutiva; entretanto, foroso

    preservar o cuidado de no acolh-los em grande nmero para queo clima vibratrio da reunio no venha a sofrer mudanas ino-portunas.

    Essas visitas, no entanto, devem ser recebidas apenas de raroem raro e em circunstncias realmente aceitveis no plano dostrabalhos de desobsesso, principalmente quando objetivem afundao de atividades congneres. E antes da admisso necess-ria imperioso que os mentores espirituais do grupo sejam previ-amente consultados, por respeito justo s responsabilidades queabraam, em favor da equipe, muito embora saibamos que a ori-entao das atividades espritas vigora na prpria Doutrina Espri-ta e no no arbtrio dos amigos desencarnados, mesmo aqueles

    que testemunhem elevada condio.

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    Compreende-se que os visitantes no necessitem de compare-

    cimento que exceda de 3 a 4 reunies.

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    22Ausncia justificada

    Freqentemente, surge o casoda impossibilidade absoluta decomparecimento desse ou daquelecompanheiro s atividades prede-

    terminadas.Uma viagem rigorosamente i-

    nadivel...

    Um problema caseiro de graveexpresso...

    Exigncia profissional inopi-nada...

    Enfermidade sbita...

    Que o amigo numa situao as-sim no olvide o compromisso em que se acha incurso na obra dedesobsesso e expea um aviso direto, sempre que possvel comantecedncia mesmo de horas ou minutos, ao dirigente da reunio,justificando a ausncia, para evitar indisciplinas que ocorrerofatalmente, no campo mental do grupo, atravs de apreenses econsideraes descabidas.

    De qualquer modo, ainda mesmo com nmero reduzido departicipantes, a reunio pode ser efetuada.

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    23Chegada inesperada de doente

    Em algumas ocasies apareceum problema sbito: a chegada deenfermos ou de obsidiados semaviso prvio, sejam adultos ou cri-

    anas.Necessrio que o discernimen-

    to do conjunto funcione, ativo.

    Na maioria dos acontecimentosdessa ordem, o doente e os acom-panhantes podem ser admitidos pormomentos rpidos, na fase prepara-

    tria dos servios programados,recebendo passes e orientao paraque se dirijam a rgos de assistn-

    cia ou doutrinao competentes, trabalho esse que ser executadopelos componentes que o diretor da reunio designar.

    Findo o socorro breve, retirar-se-o do recinto.

    Nesses casos se enquadram igualmente os obsessos apenas in-

    fluenciados ou fixados em fase inicial de perturbao, para osquais o contacto com os comunicantes, menos felizes ou franca-mente conturbados, sem a devida preparao, sempre inconve-niente ou prejudicial, pela suscetibilidade e pelas sugestes nega-tivas que apresentam na semilucidez em que se encontram.

    Diante, porm, dos processos da obsesso indiscutivelmenteinstalada, o grupo deve e pode acolher o obsidiado e seus acom-

    panhantes, acomodando-os no banco ou nas cadeiras, colocados retaguarda, onde recebero a assistncia precisa.

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    24Mdiuns esclarecedores

    Na equipe em servio, os m-diuns esclarecedores, mantidos soba conduo e inspirao dos Ben-feitores Espirituais, so os orienta-

    dores da enfermagem ou da assis-tncia aos sofredores desencarna-dos. Constitudos pelo dirigente dogrupo e seus assessores, so elesque os instrutores da Vida Maiorutilizam em sentido direto para oensinamento ou o socorro necess-rios.

    Naturalmente que a esses com-panheiros compete um dos setores

    mais importantes da reunio.

    Vejamos alguns dos itens do trabalho fundamental que se lhesassinala:

    1. guardarem ateno no campo intuitivo, a fim de registra-

    rem, com segurana, as sugestes e os pensamentos dosbenfeitores espirituais que comandam as reunies;

    2. tocar no corpo do mdium em transe somente quando ne-cessrio;

    3. estudar os casos de obsesso, surgidos na equipe de m-diuns psicofnicos, que devam ser tratados na rbita da psi-quiatria, a fim de que a assistncia mdica seja tomada namedida aconselhvel;

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    4. cultivar o tato psicolgico, evitando atitudes ou palavras

    violentas, mas fugindo da doura sistemtica que anestesiaa mente sem renov-la, na convico de que preciso aliarraciocnio e sentimento, compaixo e lgica, a fim de que aaplicao do socorro verbalista alcance o mximo rendi-mento;

    5. impedir a presena de crianas nas tarefas da desobsesso.

    Outros aspectos de suas funes so lembrados nos captulos

    13 e 32 a 37.

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    25Equipe medinica:Psicofnicos

    Na obra da desobsesso, osmdiuns psicofnicos so aqueles

    chamados a emprestar recursosfisiolgicos aos sofredores desen-carnados para que estes sejam so-corridos. Deles se pede atitude def positiva, baseada na certeza deque a Espiritualidade Superior lhesacompanha o trabalho em moldesde zelo e superviso. Compreen-

    dendo que ningum chamado poracaso a tarefa de tamanha enverga-dura moral, verificaro facilmenteque, da passividade construtiva quedemonstrem, depende o xito da

    empreitada de luz e libertao em que foram admitidos.

    Atentos funo especial de colaboradores e medianeiros em

    que se acham situados, justo se lhes rogue o cuidado para algunspontos julgados essenciais ao xito e segurana da atividade quese lhes atribui:

    1. desenvolvimento da autocrtica;

    2. aceitao dos prprios erros, em trabalho medianmico, pa-ra que se lhes apure a capacidade de transmisso;

    3. reconhecimento de que o mdium o responsvel pela co-

    municao que transmite;

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    4. absteno de melindres ante apontamentos dos esclarecedo-

    res ou dos companheiros, aproveitando observaes e avi-sos para melhorar-se em servio;

    5. fixao num s grupo, evitando as inconvenincias do com-promisso de desobsesso em vrias equipes ao mesmo tem-po;

    6. domnio completo sobre si prprio, para aceitar ou no a in-fluncia dos Espritos desencarnados, inclusive reprimir to-

    das as expresses e palavras obscenas ou injuriosas, que es-sa ou aquela entidade queira pronunciar por seu intermdio;

    7. interesse real na melhoria das prprias condies de senti-mento e cultura;

    8. defesa permanente contra bajulaes e elogios, conquantosaiba agradecer o estmulo e a amizade de quantos lhes in-centivem o corao ao cumprimento do dever;

    9. discernimento natural da qualidade dos Espritos que lhesprocurem as faculdades, seja pelas impresses de presena,linguagem, eflvios magnticos, seja pela conduta geral;

    10.uso do vesturio que lhes seja mais cmodo para a tarefa,alijando, porm, os objetos que costumem trazer jungidosao corpo, como sejam relgios, canetas, culos e jias.

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    26Equipe medinica:Passistas

    Entre os seareiros do bem queintegram o conjunto, destaca-se,

    como sendo de particular valimen-to, a colaborao dos mdiuns pas-sistas, que permanecero atentos aoconcurso eventual que se lhes pea,no transcurso da reunio.

    Diligncia e devotamento.

    Vigilncia e espontaneidade.

    Agora um problema que ir-rompe entre os prprios colegas deatividade; em seguida, um que ou-tro mdium psicofnico possivel-mente cado em exausto; depois, o

    pedido de auxlio para esse ou aquele dos assistentes a lhes solici-tarem concurso, e, por fim, a assistncia de rotina, na fase termi-nal do trabalho.

    Os medianeiros do passe traaro a si mesmos as disciplinasaconselhveis em matria de alimentao e adestramento, a fim decorresponderem plenamente ao trabalho organizado para o grupoem sua edificao assistencial, entendendo-se que os mdiunsesclarecedores, se necessrio, acumularo tambm as funes demdiuns passistas, mas no a de psicofnicos, de modo a no sedeixarem influenciar por Espritos enfermos.

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    27Livros para leitura

    Os livros para leitura prepara-tria no grupo sero, de prefern-cia:

    1. O Evangelho segundo o Es-

    piritismo;2. O Livro dos Espritos;

    3. Uma obra subsidiria quecomente os princpios karde-quianos luz dos ensinamen-tos do Cristo.

    Bastaro esses recursos, por-quanto neles sintonizar-se-o osassistentes no mesmo padro depensamento, em torno dos temas

    vitais do Espiritismo Cristo, compondo clima vibratrio adequa-do ao trabalho em mira.

    O Livro dos Mdiuns e obras tcnicas correlatas no devemser lidos nas reunies de desobsesso, mas sim em oportunidades

    adequadas, referidas nos captulos 66 e 72.

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    28Leitura preparatria

    A leitura preparatria, que noultrapassar o tempo-limite de 15minutos, constituir-se-, preferen-temente, de um dos itens de O

    Evangelho segundo o Espiritismo,seguindo-se-lhe uma das questesde O Livro dos Espritos, comum trecho de um dos livros de co-mentrios evanglicos, em torno daobra de Allan Kardec.

    Efetuada a leitura, o dirigente

    retirar os livros de sobre a mesa,situando-os em lugar prprio.

    O contacto com o ensino esp-rita, antes do intercmbio com os irmos desencarnados, aindasofredores, dispe o ambiente edificao moral, favorecendo aintegrao vibratria do grupo para o socorro fraterno a ser de-senvolvido.

    O conjunto evitar entretecer comentrios ao redor dos temasexpostos, atento que precisa estar em unssono, recepo dasentidades enfermas em expectativa, quase sempre aguardandoalvio com angustiosa ansiedade.

    Repitamos, assim: o dirigente providenciar a leitura, apro-ximadamente quinze minutos antes do momento marcado para oincio do intercmbio, pronunciando a prece de abertura, depoisde lida a pgina ltima, com o que se iniciaro, para logo, as tare-fas programadas.

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    29Prece inicial

    Sobrevindo o momento exatoem que a reunio ter comeo, oorientador diminuir o teor da ilu-minao e tomar a palavra, formu-

    lando a prece inicial.Cogitar, porm, de ser preci-

    so, no se alongando alm de doisminutos.

    H quem prefira a orao deco-rada; todavia, aconselhvel que odirigente ore com suas prprias

    palavras, envolvendo a equipe nossentimentos que lhe fluem da alma.

    A prece, nessas circunstncias,pede o mnimo de tempo, de vez que h entidades em agoniadaespera de socorro, feio do doente desesperado, reclamandomedicao substancial. Em diversas circunstncias, acham-seligadas desde muitas horas antes mente do mdium psicofnico,

    alterando-lhe o psiquismo e at mesmo a vida orgnica, motivopelo qual o socorro direto no deve sofrer dilao.

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    30Manifestao inicial do mentor

    Feita a orao inicial, o diri-gente e a equipe medinica espera-ro que o mentor espiritual do gru-po se manifeste pelo mdium psico-

    fnico indicado.Essa medida necessria, por-

    quanto existem situaes e proble-mas, estritamente relacionados coma ordem doutrinria do servio,apenas visveis a ele; sendo assim,o amigo espiritual, na condio de

    condutor do agrupamento, perante aVida Maior, precisar dirigir-se aoconjunto, lembrando minudncias e

    respondendo a alguma consulta ocasional que o dirigente lhequeira fazer, transmitindo algum aviso ou propondo determinadasmedidas.

    Esse entendimento, no limiar do programa de trabalho a exe-cutar-se, indispensvel harmonizao dos agentes e fatores deservio, ainda mesmo que o mentor se utilize do medianeiro to-s para uma simples orao que, evidentemente, significar tran-qilidade em todos os setores da instrumentao.

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    31Consultas ao mentor

    Comeada a reunio, o dirigen-te, por vezes, tem necessidade deouvir o mentor espiritual para oexame de assuntos determinados.

    Freqentemente, um amigoque deseja acesso reunio e queno pode ser acolhido sem a con-sulta necessria; de outras, a loca-lizao mais aconselhvel para asvisitas que venham a ocorrer, aministrao de socorro medicamen-

    toso ou magntico a esse ou aquelecompanheiro que se mostre subita-mente necessitado de assistncia,

    a pergunta inevitvel e justa em derredor de problemas que sobre-venham no mecanismo da equipe, ou o pedido de cooperao emcasos imprevisveis.

    Nessas circunstncias, o dirigente esperar que o mentor fina-lize a pequena instruo de incio, atravs do mdium respons-vel, e formular as indagaes que considere inevitveis e oportu-nas.

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    32Manifestao de enfermo espiritual (1)

    As manifestaes de enfermosespirituais iro at o limite de umahora a uma hora e meia, na totali-dade delas, para que a reunio per-

    dure no mximo por duas horas,excluda a leitura inicial.

    O Esprito desencarnado emcondio de desequilbrio e sofri-mento utiliza o mdium psicofni-co (ou mais propriamente, o m-dium de incorporao), com as

    deficincias e angstias de que portador, exigindo a conjugao debondade e segurana, humildade e

    vigilncia no companheiro que lhe dirige a palavra.

    Natural venhamos a compreender no visitante dessa qualida-de um doente, para quem cada frase precisa ser medicamento eblsamo. Claro que no ser possvel concordar com todas as exi-gncias que formule; no entanto, no justo reclamar-lhe enten-dimento normal de que se acha ainda talvez longe de possuir.

    Entendamos cada Esprito sofredor qual se nos fosse um fa-miliar extremamente querido, e acertaremos com a porta ntima,atravs da qual lhe falaremos ao corao.

    Neste e nos prximos captulos so indicadas algumas atitu-des naturais dos mdiuns psicofnicos em transe.

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    33Manifestao de enfermo espiritual (2)

    Os mdiuns esclarecedores, pe-lo que ouam do manifestante ne-cessitado, deduzam qual o sexo aque ele tenha pertencido, para que a

    conversao elucidativa se efetuena linha psicolgica ideal; anali-sem, sem esprito de censura ou deescndalo, os problemas de ani-mismo ou mistificao inconscienteque porventura venham a surgir,realizando o possvel para esclare-cer, com pacincia e caridade, osmdiuns e os desencarnados envol-vidos nesses processos de manifes-taes obscuras, agindo na equipe

    com o senso de quem retira criteriosamente um desajuste do corposem comprometer as demais peas orgnicas; anulem qualquerintento de discusso ou desafio com entidades comunicantes, dan-do mesmo razo, algumas vezes, aos Espritos infelizes e obsesso-

    res, reconhecendo que nem sempre a desobsesso real consiste emdesfazer o processo obsessivo, de imediato, de vez que, em casosdiversos, a separao de obsidiado e obsessor deve ser praticadalentamente; e pratiquem a hipnose construtiva, quando necessrio,no nimo dos Espritos sofredores comunicantes, quer usando asonoterapia para entreg-los direo e ao tratamento dos instru-tores espirituais presentes, efetuando a projeo de quadros men-tais proveitosos ao esclarecimento, improvisando idias providen-

    ciais do ponto de vista de reeducao, quer sugerindo a produo

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    e ministrao de medicamentos ou recursos de conteno em fa-

    vor dos desencarnados que se mostrem menos acessveis enfer-magem do grupo.

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    34Manifestao de enfermo espiritual (3)

    No curso do trabalho medini-co, os esclarecedores no devemconstranger os mdiuns psicofni-cos a receberem os desencarnados

    presentes, repetindo ordens e su-gestes nesse sentido, atentos aopreceito de espontaneidade, fatoressencial ao xito do intercmbio.

    Os esclarecedores permitiroaos Espritos sofredores que seexprimam pelos mdiuns psicof-

    nicos tanto quanto possvel, emmatria de desinibio ou desabafo,desde que a integridade dos m-

    diuns e a dignidade do recinto sejam respeitadas, considerando,porm, que as manifestaes devem obedecer s disciplinas detempo.

    Os mdiuns, sejam eles esclarecedores ou psicofnicos, sus-tentaro o mximo cuidado para no prejudicarem as atividadesespirituais que lhes competem. Alimentando dvidas e atitudessuspeitosas, inconciliveis com a obra de caridade que se dispema prestar, muitas vezes pem a perder excelentes servios de de-sobsesso, por favorecerem a intromisso de Inteligncias perver-sas.

    Os mdiuns de qualquer grupo de desobsesso, como alisacontece a todo esprita, so chamados a honrar sempre e cada vez

    mais as obrigaes de famlia e profisso, abstendo-se de todas as

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    manifestaes e atitudes suscetveis de induzi-los a cair em pro-

    fissionalismo religioso.Compreendam os dirigentes e seus assessores que o esclare-

    cimento aos desencarnados sofredores semelhante psicoterapiae que a reunio tratamento em grupo, cabendo-lhes, quando equanto possvel, a aplicao dos mtodos evanglicos. Observan-do, ainda, que a parte essencial no entendimento atingir o centrode interesse do Esprito preso a idias fixas, para que se lhes des-

    congestione o campo mental, devem abster-se, desse modo, dequalquer discurso ou divagao desnecessria.

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    35Manifestao de enfermo espiritual (4)

    Convm observar que h m-diuns psicofnicos para quem osAmigos Espirituais designam de-terminados tipos de manifestantes

    que lhes correspondam s tendn-cias, caracteres, formao moral ecultural, especializando-lhes aspossibilidades medinicas.

    Urge no confundir esse impe-rativo do trabalho de intercmbiocom o chamado animismo ou su-

    postas mistificaes inconscientes.

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    36Manifestao de enfermo espiritual (5)

    Os mdiuns esclarecedorespermanecero atentos aos caracte-rsticos dos manifestantes em dese-quilbrio, de vez que entre estes se

    encontram, freqentemente, sofre-dores que comparecem pela primei-ra vez, bem como os reincidentessistemticos, os companheiros infe-lizes do pretrito alusivo aos inte-grantes da reunio e recm-desencarnados em desorientaofranca, os suicidas e homicidas, oscasos de zoantropia e de loucura, osmalfeitores trazidos desobsessopara corrigendas e os irmos toca-

    dos de exotismos por terem desencarnado recentemente em terrasestrangeiras, as inteligncias detidas no sarcasmo e na galhofa, osvampirizadores conscientes e inconscientes interessados na ocul-tao da verdade, e toda uma extensa famlia de Espritos necessi-

    tados, nos vrios graus de sombra e sofrimento que assinalam aescala da ignorncia e da crueldade.

    Imperioso observar que todos so carecedores de compreen-so e tratamento adequados, cada qual na dor ou no problema emque se exprimem, exigindo pacincia, entendimento, socorro edevotamento fraternais.

    Desobsesso no se realiza sem a luz do raciocnio, mas no

    atinge os fins a que se prope sem as fontes profundas do senti-mento.

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    37Esclarecimento

    O dirigente do grupo, que con-tar habitualmente com dois ou trsassessores em exerccio para o tra-balho do esclarecimento e do ampa-

    ro reeducativo aos sofredores de-sencarnados, assumir o comandoda palavra, seja falando diretamen-te com os irmos menos felizes,atravs dos mdiuns psicofnicos,seja indicando para isso um dosauxiliares.

    A conversao ser vazada emtermos claros e lgicos, mas nabase da edificao, sem qualquer

    toque de impacincia ou desapreo ao comunicante, mesmo quehaja motivos de induo ao azedume ou hilaridade. O esclare-cimento no ser, todavia, longo em demasia, compreendendo-seque h determinaes de horrio e que outros casos requisitamatendimento. A palestra reeducativa, ressalvadas as situaes ex-

    cepcionais, no perdurar, assim, alm de dez minutos.Se o comunicante perturbado procura fixar-se no braseiro da

    revolta ou na sombra da queixa, indiferente ou recalcitrante, odiretor ou o auxiliar em servio solicitar a cooperao dos ben-feitores espirituais presentes para que o necessitado rebelde sejaconfiado assistncia de organizaes espirituais adequadas aisso. Nesse caso, a hipnose benfica ser utilizada a fim de que o

    magnetismo balsamizante asserene o companheiro perturbado,amparando-se-lhe o afastamento da cela medinica, maneira do

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    enfermo desesperado da Terra a quem se administra a dose cal-

    mante para que se ponha mais facilmente sob o tratamento preci-so.

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    38Cooperao mental

    Enquanto persista o esclareci-mento endereado ao sofredor de-sencarnado, imperioso que osassistentes se mantenham em har-

    moniosa unio de pensamentos,oferecendo base s afirmativas dodirigente ou do assessor que rete-nha eventualmente a palavra.

    No lhes perpasse qualquer i-dia de censura ou de crueldade,ironia ou escndalo.

    Tanto o amigo que orienta oirmo infortunado quanto os com-panheiros que o escutam abrigaro

    na alma a simpatia e a solidariedade, como se estivessem socor-rendo um parente dos mais queridos, para que o necessitado en-contre apoio real no socorro que lhe seja ministrado.

    Foroso compreender que, de outro modo, o servio assisten-

    cial enfrentaria perturbaes inevitveis, pela ausncia do concur-so mental imprescindvel.

    O dirigente assumir a iniciativa de qualquer apelo coope-rao mental, no momento em que a providncia se mostre preci-sa, e ativar o nimo dos companheiros que, porventura, se reve-lem desatentos ou entorpecidos, desde que o conjunto em ao comparvel a um dnamo em cujas engrenagens a corrente mentaldo amparo fraterno necessita circular equilibradamente na presta-o de servio.

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    39Manifestaes simultneas (1)

    Os mdiuns psicofnicos, mui-to embora por vezes se vejam pres-sionados por entidades em aflio,cujas dores ignoradas lhes percu-

    tem nas fibras mais ntimas, edu-car-se-o, devidamente, para soferecer passividade ou campo demanifestao aos desencarnadosinquietos quando o clima da reuni-o lhes permita o concurso na equi-pe em atividade. Isso, porque, nareunio, desaconselhvel se veri-fique o esclarecimento simultneo amais de duas entidades carecentesde auxlio, para que a ordem seja

    naturalmente assegurada.

    Ainda quando o sensitivo tenha as suas faculdades assinala-das por avanado sonambulismo, deve e pode exercitar o autodo-mnio, afeioando-se observao e ao estudo, a fim de colaborar

    na vigilncia precisa, desincumbindo-se, com segurana, do en-cargo da enfermagem espiritual que lhe atribudo.

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    40Manifestaes simultneas (2)

    S se devem permitir, a cadamdium, duas passividades porreunio, eliminando com isso maio-res dispndios de energia e mani-

    festaes sucessivas ou encadeadas,inconvenientes sob vrios aspectos.

    Em todas as circunstncias, omdium a servio da desobsessono se pode alhear da equipe emque funciona, conservando a con-vico de que dentro dela asseme-

    lha-se a um rgo no corpo, e queprecisa estar no lugar que lhe prprio para que haja equilbrio e

    produo no conjunto.

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    41Interferncia do benfeitor

    Em algumas ocasies, tarefaem meio, aparece um ou outro de-sencarnado em condies de quaseabsoluto empedernimento.

    Tal desequilbrio da entidadepode coincidir com algum momen-to infeliz da mente medinica, es-tabelecendo desarmonia maior.

    O fenmeno suscetvel deraiar na inconvenincia. Assimsendo, o mentor espiritual, se con-

    siderar oportuno, ocupar esponta-neamente o mdium responsvel epartilhar o servio do esclareci-

    mento, dirigindo-se ao comunicante ou ao mdium que o expe,ficando, por outro lado, o dirigente com a possibilidade de recor-rer interveno do orientador referido, se julgar necessrio, ro-gando-lhe a manifestao pelo psicofnico indicado, a fim desanar o contratempo.

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    42Atitude dos mdiuns (1)

    O mdium de incorporao,como tambm o mdium esclarece-dor, no podem esquecer, em cir-cunstncia alguma, que a entidade

    perturbada se encontra, para eles,na situao de um doente ante oenfermeiro.

    No socorro espiritual, os ben-feitores e amigos das Esferas Supe-riores, tanto quanto os companhei-ros encarnados, quais o diretor da

    reunio e seus assessores que ma-nejam o verbo educativo, funcio-nam lembrando autoridades compe-

    tentes no trabalho curativo, mas o mdium o enfermeiro convo-cado a controlar o doente, quanto lhe seja possvel, impedindo aeste ltimo manifestaes tumulturias e palavras obscenas.

    O mdium psicofnico deve preparar-se dignamente para afuno que exerce, reconhecendo que no se acha dentro dela maneira de fantoche, manobrado integralmente ao sabor das Inte-ligncias desencarnadas, mas sim na posio de intrprete e en-fermeiro, capaz de auxiliar, at certo ponto, na conteno e nareeducao dos Espritos rebeldes que recalcitram no mal, a fimde que o dirigente se sinta fortalecido em sua ao edificante epara que a equipe demonstre o mximo de rendimento no trabalhoassistencial.

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    43Atitude dos mdiuns (2)

    Ainda mesmo quando o m-dium absolutamente sonmbulo,incapaz de guardar lembranasposteriores ao socorro efetuado,

    semidesligado de seus implementosfsicos dispe de recursos para go-vernar os sentidos corpreos de queo Esprito comunicante se utiliza,capacitando-se, por isso, com oauxlio dos instrutores espirituais, acontrolar devidamente as manifes-taes.

    No se diga que isso impos-svel. Desobsesso obra de ree-

    quilbrio, refazimento, nunca de agitao e teatralidade.

    Nesse sentido, vale recordar que h mdium de incorporaonormal e mdium de incorporao ainda obsidiado. E sempre queo mdium, dessa ou daquela espcie, se mostre obsidiado, neces-sita de socorro espiritual, atravs de esclarecimento, emparelhan-do-se com as entidades perturbadas carecentes de auxlio.

    Realmente, em casos determinados, o medianeiro da psicofo-nia no pode governar todos os impulsos destrambelhados da Inte-ligncia desencarnada que se comunica na reunio, como nemsempre o enfermeiro logra impedir todas as extravagncias dapessoa acamada; contudo, mesmo nessas ocasies especiais, omdium integrado em suas responsabilidades dispe de recursos

    para cooperar no socorro espiritual em andamento, reduzindo asinconvenincias ao mnimo.

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    44Mal-estar imprevisto do mdium

    Todo servio na Terra prev apossibilidade de falhas compreen-sveis.

    O automvel, comumente, so-fre perturbaes em determinadosimplementos, a meio da viagem.

    Um tear interrompe a tecela-gem pela exausto de uma pea.

    Na desobsesso, o mal-estar suscetvel de sobrevir num mdiumou num dos colaboradores em ao,principalmente no que tange a umacrise orgnica francamente impre-vista.

    Verificado o incidente, o companheiro ou a irm necessitadade assistncia permanecer fora do crculo em atividade, reco-lhendo o amparo espiritual do ambiente, quando o mal-estar noseja de molde a se lhe aconselhar o recolhimento imediato em

    casa.

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    45Educao medinica (1)

    Evite o mdium as posies dedesmazelo na acomodao entre oscompanheiros, quando se ache soba influncia ou presena dos desen-

    carnados em desequilbrio, e con-trole as expresses verbais, empe-nhando-se em cooperar na adminis-trao do benefcio aos Espritossofredores, frustrando a produode gritos e a enunciao de palavrastorpes.

    No olvidem os medianeirosque o recinto empregado nos servi-os da desobsesso comparvel

    intimidade respeitvel de um hospital.

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    46Educao medinica (2)

    Os medianeiros psicofnicosnunca admitam tanto descontroleque cheguem ao ponto de derribarmveis ou quaisquer objetos, tu-

    multuando o ambiente.Lembrem-se de que no se en-

    contram revelia das manifesta-es menos felizes que venham aocorrer.

    Benfeitores desencarnados es-to a postos, na reunio, sustentan-

    do a harmonia da casa, e resguarda-ro as foras de todos os mdiunsem servio para que se desincum-

    bam com limpeza e dignidade das obrigaes que lhes assistem.

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    47Educao medinica (3)

    Atitude positivamente desa-conselhvel a de permitir quecomunicantes enfermos ensaiemqualquer impulso de agresso.

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    48Educao medinica (4)

    Dever inadivel impedir que osmanifestantes doentes subvertam aordem com pancadas e rudos queos mdiuns psicofnicos conse-

    guem facilmente frustrar.

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    49Educao medinica (5)

    Os mdiuns psicofnicos evi-tem a todo custo, em qualquer per-odo da reunio, vergar a cabeasobre os braos.

    Essa atitude favorece o sono,desarticula a cooperao mental epropicia ensejo a fcil hipnose porparte de enfermos desencarnados.

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    50Interferncia de enfermo espiritual

    No curso da manifestao dedeterminado Esprito menos feliz, possvel a interferncia de outraentidade desditosa ou perturbada

    que comparea, arrebatadamente,por intermdio desse ou daquelemdium psicofnico ainda fraca-mente habilitado ao controle de siprprio.

    Em alguns lances da desobses-so, o Esprito que interfere chega

    mesmo a provocar elementos ou-tros do conjunto, citando-os deforma nominal para que se estabe-

    leam conversaes marginais sem nenhum interesse para o escla-recimento.

    O dirigente tomar providncias imediatas para que se evitedesarmonia ou tumulto, designando sem delonga o assessor que seincumbir da necessria soluo ao problema, a fim de que a in-terferncia no degenere em perturbao, comprometendo a or-dem e a segurana do esforo geral.

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    51Radiaes

    Rogando aos companheiros re-unidos vibraes de amor e tranqi-lidade para os que sofrem, o diretordo grupo, terminadas as tarefas da

    desobsesso propriamente ditas,suspender a palavra, pelo tempoaproximado de dois a quatro minu-tos, a fim de que ele mesmo e osintegrantes do crculo formem cor-rentes mentais com as melhoresidias que sejam capazes de articu-lar, seja pela prece silenciosa, sejapela imaginao edificante.

    Todo pensamento onda defora criativa e os pensamentos de paz e fraternidade, emitidospelo grupo, constituiro adequado clima de radiaes benfazejas,facultando aos amigos espirituais presentes os recursos precisos formao de socorros diversos, em benefcio dos companheirosque integram o crculo, dos desencarnados atendidos e de irmos

    outros, necessitados de amparo espiritual a distncia.Um dos componentes da equipe, nomeado pelo diretor do

    conjunto, pode articular uma prece em voz alta, lembrando, naorao, os enfermos espirituais que se comunicaram, os desencar-nados que participaram silenciosamente da reunio, os doentesdos hospitais e os irmos carecentes de socorro e de alvio, inter-nados em casas assistenciais e instituies congneres.

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    52Passes

    Os mdiuns passistas, logo queo conjunto entre no silncio neces-srio s radiaes, segundo as ins-trues traadas pelo dirigente, se

    deslocaro dos lugares que lhessejam habituais e, conquanto semantenham no trabalho ntimo dasideaes construtivas, para auxilia-rem no apoio vibratrio aos sofre-dores, atendero aos passes, minis-trando-os a todos os componentesdo grupo, sejam mdiuns ou no.

    Semelhante prtica deve serobservada regularmente, de vez que

    o servio de desobsesso pede energias de todos os presentes e osinstrutores espirituais esto prontos a repor os dispndios de forahavidos, atravs dos instrumentos do auxlio magntico que sedispem a servi-los, sem rudos desnecessrios, de modo a noquebrarem a paz e a respeitabilidade do recinto.

    Fora dos momentos normais, os mdiuns passistas atenderoaos companheiros necessitados de auxlio to-s nos casos deexceo, respeitando com austeridade disposies estabelecidas,de modo a no favorecerem caprichos e indisciplinas.

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    54Manifestao final do mentor

    Aproximando-se o horrio deencerramento, o dirigente da reuni-o, depois de verificar que todos osassuntos esto em ordem, tomar a

    palavra, explicando que as ativida-des se acham na fase terminal, soli-citando aos presentes pensamentosde paz e reconforto, notadamente abenefcio dos sofredores.

    Em seguida, recomendar aosmdiuns passistas atenderem ao

    encargo que lhes compete e solici-tar da assemblia a continuidadeda ateno e do silncio, para que o

    mdium indicado observe se o orientador espiritual da reunio oualgum outro instrutor desencarnado deseja transmitir aviso ouanotao edificante para estudo e meditao do agrupamento. Se acasa dispe de aparelho gravador, importante que a mquinaesteja convenientemente preparada e em condies de fixar a pa-

    lavra provvel do comunicante amigo.Na hiptese de verificar que o orientador desencarnado no

    deseja trazer nenhum aviso ou instruo, o mdium indicado darcincia disso ao dirigente, a fim de que ele profira a prece final e,em seguida, declare encerrada a reunio.

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    55Gravao da mensagem

    O diretor da reunio, se existeno grupo a possibilidade de grava-o da mensagem final, que possaservir na edificao comum, no se

    alhear do trabalho dessa natureza,conquanto designe esse ou aquelecompanheiro para auxili-lo.

    Responsabilizar-se- direta-mente pelo material de que os ben-feitores espirituais se utilizaro,fazendo-se zelador atencioso do

    aparelho gravador e dos respectivosimplementos, compreendendo queos servios programados para cada

    reunio devem ser executados sem atropelos ou omisses.

    O grupo ouvir atenciosamente a palavra do comunicante a-migo, seja ele o orientador da casa ou algum benfeitor recomen-dado por ele.

    Freqentemente, o visitante encaminhado reunio pelo men-tor pode no ser um luminar da Espiritualidade Maior, e sim umcompanheiro recm-convertido Verdade, disposto a relatar asprprias experincias, quase sempre esmaltadas de lembranasdolorosas, ocorrncia essa que se verifica objetivando-se o con-forto ou a edificao.

    De qualquer modo, a palavra do visitante espiritual, pelo m-dium, deve ser ouvida com o respeito mximo, procurando-se

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    nela, acima de qualquer preceito gramatical, o sentido, a lgica, a

    significao e a diretriz.

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    56Prece final

    A orao final, proferida pelodirigente da reunio, obedecer conciso e simplicidade.

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    57Encerramento

    Terminada a prece final, o dire-tor, com uma frase breve, dar areunio por encerrada e far norecinto a luz plena.

    Vale esclarecer que a reuniopode terminar antes do prazo deduas horas, a contar da prece inici-al, evitando-se exceder esse limitede tempo.

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    58Conversao posterior reunio

    Claro que, terminada a reunio,se sintam os integrantes da equipeinclinados a entrelaar pensamen-tos e palavras na conversao cons-

    trutiva, porquanto, se a alegria daobrigao cumprida no lhes marcao ntimo, algo existe na equipe a sernecessariamente retificado.

    Euforia de confraternizao,reconforto do dever nobrementeatendido.

    No raro, surge a oportunidadeda prosa afetiva em torno de umcaf ou enquanto se espera condu-

    o.

    Falemos, cultivando bondade e otimismo.

    Importante que a palestra no descambe para qualquer ex-presso negativa.

    Se um dos desencarnados sofredores emitiu conceitos menosfelizes, ou se um dos mdiuns em ao no conseguiu desincum-bir-se corretamente das atribuies que lhe foram conferidas emservio, evitem-se com empenho reprovaes, crticas, motejos,sarcasmos.

    Compreendamos que uma equipe para a desobsesso se de-senvolve e se aperfeioa com servio e tempo, como qualquer

    outra empresa produtiva, e algum comentrio desairoso, destacan-

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    do deficincias e males, constitui prejuzo na obra do progresso e

    na consolidao do bem.

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    59Reouvindo a mensagem

    Ainda no recinto ou nos diassubseqentes, aconselhvel queos lidadores da desobsesso, quan-do seja necessrio, reouam a men-

    sagem educativa, obtida na faseterminal das tarefas, caso haja sidogravada. Procurar repitamos nasfrases do comunicante a essncia ea orientao. Por outro lado, abster-se do impulso da divulgao, semestudo.

    Cabe refletir que as primeirasinstrues para a criatura reencar-nada se verificam no plano doms-

    tico. A criatura humana recebe dos pais e dos instrutores do larconselhos e indicaes inesquecveis, mas, por isso, nem todospodem ser encaminhados s tipografias para o trabalho publicit-rio. Ningum se lembrar de enviar uma advertncia maternalqualquer para a imprensa, conquanto um aviso de me seja sem-

    pre uma pea preciosa para os filhos a que se destine.O dirigente, na hiptese da recepo de mensagens destinadas

    propagao, precisar joeir-las em rigorosa triagem, solicitan-do, para esse fim, o concurso de companheiros habituados s lidesculturais e doutrinrias, com autoridade bastante para emitir opi-nies, verificando, igualmente, se as instrues obtidas no coin-cidem, na forma literal, com essa ou aquela pgina esprita, medi-

    nica ou no, j consagrada na leitura comum, embora o fundomoral seja respeitvel.

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    60Estudo construtivo das passividades

    interessante que dirigente,assessores, mdiuns psicofnicos eintegrantes da equipe, finda a reu-nio, analisem, sempre que poss-

    vel, as comunicaes havidas, indi-cando-se para exame proveitoso ospontos vulnerveis dessa ou daque-la transmisso.

    As observaes fraternas e de-sapaixonadas, nesse sentido, alerta-ro os companheiros da mediuni-

    dade quanto a senes que precisemevitar e recordaro aos encarrega-dos do esclarecimento pequenas

    inconvenincias de atitude ou palavra nas quais no devem rein-cidir.

    De semelhante providncia, efetuada com o apreo recprocoque necessitamos sustentar uns para com os outros, resultar quetodos os componentes da reunio se investiro, por si mesmos, naresponsabilidade que nos cabe manter no estudo constante para aeficincia do grupo.

    Se os mdiuns esclarecedores julgam conveniente a atenodesse ou daquele mdium psicofnico em determinado tema deservio espiritual, cham-lo-o a entendimento particular, evitan-do-se a formao de suscetibilidades, salientando-se que os pr-prios mdiuns psicofnicos, se libertos de teias obsessivas, so os

    primeiros a se regozijarem com o exame sincero do esforo queapresentam.

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    61Sada dos companheiros

    A sada dos companheiros rea-lizar-se- nos moldes da discrioseguidos na entrada.

    Evitar-se-o gritos, gargalha-das, referncias maliciosas, anedo-trio picante.

    O servio da desobsesso re-clama a tranqilidade e o respeitoque se deve a um sanatrio de do-enas mentais.

    Considerem os companheirosdessa sementeira de amor que estosendo, muitas vezes, seguidos eobservados por muitos enfermos

    desencarnados que lhes ouviram, com interesse, as exortaes eos ensinos, no curso da reunio, e ser contraproducente, alm deindesejvel, qualquer atitude ou comentrio pelos quais os tarefei-ros do socorro espiritual desmanchem, invigilantes, os valores

    morais que eles prprios construram na conscincia e no nimodos Espritos beneficiados.

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    62Comentrios domsticos

    De volta a casa, convm que osservidores da desobsesso silenci-em qualquer nota inconvenienteacerca de transmisses, influncias,

    fenmenos ou revelaes havidasna reunio.

    Se os comunicantes se referi-rem a problemas infelizes, comosejam crimes, ofensas, mgoas oufaltas diversas, cabe-nos recordarque a obra da desobsesso, no fun-

    do, libertao das trevas de espri-to e no existe libertao das som-bras sem esquecimento do mal.

    Conversas acerca de quaisquer manifestaes ou traos de-primentes do amparo espiritual efetuado estabelecem ms deatrao, criando correntes mentais de ao e reao entre os co-mentaristas e os que se tornam objeto dos comentrios em pauta,realidade essa que faz de todo desaconselhveis as refernciassobre o mal, de vez que funcionam maneira de bisturis visveis,revolvendo inutilmente as chagas mentais dos enfermos desencar-nados que foram atendidos, arrancando-os do alvio em que estomergulhados, para novas sndromes de angstia.

    Isto, porm, no impede que mdiuns esclarecedores, m-diuns psicofnicos e companheiros outros analisem determinadaspassagens da palavra ou da presena das entidades sofredoras, em

    crculo ntimo, para estudo construtivo, com efeitos na edificao

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    do bem, ao modo de especialistas num simpsio conduzido com

    discrio.

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    63Assiduidade

    Assiduidade lio que co-lhemos na escola da Natureza, to-dos os dias.

    Lavradores enriquecem os ce-leiros da Humanidade, confiandona pontualidade das estaes.

    A desobsesso, para alcanaros objetivos libertadores e recon-fortativos a que se prope, solicitalealdade aos compromissos assu-midos.

    Aprendamos, durante a sema-na, a remover os empecilhos queprovavelmente nos visitaro no dia

    e na hora prefixados para o socorro espiritual aos desencarnadosmenos felizes.

    Observemos a folhinha, estejamos atentos s obrigaes queos Benfeitores Espirituais depositam em nossas mos e nas quais

    no devemos falhar.Muito natural que a ausncia no justificada do companheiro

    a trs reunies consecutivas seja motivo para que se lhe promovaa necessria substituio.

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    64Benefcios da desobsesso

    Erraramos frontalmente se jul-gssemos que a desobsesso apenasauxilia os desencarnados que aindapervagam nas sombras da mente.

    Semelhantes atividades benefi-ciam a eles, a ns, bem assim osque nos partilham a experinciaquotidiana, seja em casa ou fora doreduto domstico, e, ainda, os pr-prios lugares espaciais em que se

    desenvolve a nossa influncia.Reunies dedicadas desob-

    sesso constituem, bastas vezes,trabalho difcil, pois, em muitas circunstncias, parece cair emmonotonia desagradvel, no s pela repetio freqente de mani-festaes anlogas umas s outras, como tambm porque a elascomparecem, durante largo tempo, entidades cronicificadas emrebeldia e presuno. Isso, porm, no pode e no deve desenco-rajar os tarefeiros desse gnero de servio, de vez que nenhumpesquisador encarnado na Terra est em condies de avaliar osbenefcios resultantes da desobsesso quando est sendo correta-mente praticada.

    Todos possumos desafetos de existncias passadas, e, no es-tgio de evoluo em que ainda respiramos, atramos a presenade entidades menos evolvidas, que se nos ajustam ao clima do

    pensamento, prejudicando, no raro, involuntariamente, as nossasdisposies e possibilidades de aproveitamento da vida e do tem-

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    po. A desobsesso vige, desse modo, por remdio moral especfi-

    co, arejando os caminhos mentais em que nos cabe agir, imuni-zando-nos contra os perigos da alienao e estabelecendo vanta-gens ocultas em ns, para ns e em torno de ns, numa extensoque, por enquanto, no somos capazes de calcular. Atravs dela,desaparecem doenas-fantasmas, empeos obscuros, insucessos,alm de obtermos com o seu apoio espiritual mais amplos hori-zontes ao entendimento da vida e recursos morais inapreciveispara agir, diante do