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11 Info Educação | fevereiro a abril de 2014 “O Kumon facilita a organização dos pensa- mentos.” É assim que Patrícia Rodrigues Witt, de 28 anos, de ne o método Kumon em sua vida. A jovem nasceu com uma de ciência au- ditiva que prejudica a sua comunicação e, até os onze meses de idade, ninguém suspeitava do silêncio que a rodeava. Apenas meses depois foi constatada a gravidade de sua de ciência audi- tiva e, consequentemente, na fala. Sua mãe, Maria Angélica Witt, diante des- sa situação, planejou os estudos da lha e os acompanhou de perto. “Queria que Patrícia estudasse em escola tradicional, zesse cursos e, mesmo diante das di culdades, que ela con- O despertar Em seu livro, Patrícia relata tudo o que vivenciou no mundo de silên- cio: suas experiências de vida, como aprendeu a se expressar, como fez para se incluir socialmente na facul- dade, no trabalho e em seus relacio- namentos. Vale a leitura! do conhecimento Patrícia é formada em Terapia Ocupacional, pós-graduada em Marketing Digital pela ESPM Sul. Fluente em Libras (língua brasileira de sinais) é, atualmente, escritora de um blog e lançou o seu livro autobiográco, Surdez: silêncio em voo de borboleta, que fala sobre sua deciência, barreiras e conquistas. Para acompanhar de perto o trabalho de inclusão social desenvolvido por Patrícia, acesse o seu blog: http://surdezsilencioemvoodeborboleta.com/blog seguisse enfrentar de forma natural a sua de - ciência, sem diferenciá-la das demais crianças, para não causar transtorno emocional.” E por esse propósito, Maria Angélica matriculou a - lha no método Kumon nas disciplinas de Mate- mática e Português. No início não foi fácil, pois a comunicação acontecia lentamente, mas, Patrícia foi pegando o jeito. Aos nove anos de idade, durante a EXPO (noite de homenagens para os alunos brilhan- tes do Kumon), conseguiu ler, em voz alta e em público, a sua primeira redação. Foi aplaudida de pé! Ainda criança, Patrícia já havia aprendido o que sua mãe propôs para sua vida: que desco- brisse de forma natural que era diferente das outras crianças, mas que ela, em especial, tinha muita capacidade de se desenvolver e poderia fazer isso de acordo com seu ritmo. Hoje, Pa- trícia é escritora e palestrante e já viajou muito contando sua experiência. Além disso, trabalha na promoção da inclusão social e acessibilida- de de de cientes visuais. Meu objetivo é que todas as pessoas possam exercer a mesma fun- ção e ter a mesma oportunidade de crescimen- to, seja no trabalho ou na convivência social”, explica a jovem. “O método Kumon me ajudou a superar bar- reiras e serviu como estímulo para o meu de- senvolvimento.”, naliza. aluna brilhante

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11Info Educação | fevereiro a abril de 2014

“O Kumon facilita a organização dos pensa-mentos.” É assim que Patrícia�Rodrigues�Witt,�de� 28� anos, de� ne o método Kumon em sua vida. A jovem nasceu com uma de� ciência au-ditiva que prejudica a sua comunicação e, até os onze meses de idade, ninguém suspeitava do silêncio que a rodeava. Apenas meses depois foi constatada a gravidade de sua de� ciência audi-tiva e, consequentemente, na fala.

Sua mãe, Maria Angélica Witt, diante des-sa situação, planejou os estudos da � lha e os acompanhou de perto. “Queria que Patrícia estudasse em escola tradicional, � zesse cursos e, mesmo diante das di� culdades, que ela con-

O�despertar

Em seu livro, Patrícia relata tudo o que vivenciou no mundo de silên-cio: suas experiências de vida, como aprendeu a se expressar, como fez para se incluir socialmente na facul-dade, no trabalho e em seus relacio-namentos. Vale a leitura!

do conhecimento

Patrícia é formada em Terapia Ocupacional, pós-graduada em Marketing Digital pela ESPM Sul.Fluente em Libras (língua brasileira de sinais) é, atualmente, escritora de um blog e lançou o seu livro autobiográfi co, Surdez: silêncio em voo de borboleta, que fala sobre sua defi ciência, barreiras e conquistas.

Para acompanhar de perto o trabalho de inclusão social desenvolvido por Patrícia, acesseo seu blog: http://surdezsilencioemvoodeborboleta.com/blog

seguisse enfrentar de forma natural a sua de� -ciência, sem diferenciá-la das demais crianças, para não causar transtorno emocional.” E por esse propósito, Maria Angélica matriculou a � -lha no método Kumon nas disciplinas de Mate-mática e Português.

No início não foi fácil, pois a comunicação acontecia lentamente, mas, Patrícia foi pegando o jeito. Aos nove anos de idade, durante a EXPO (noite de homenagens para os alunos brilhan-tes do Kumon), conseguiu ler, em voz alta e em público, a sua primeira redação. Foi aplaudida de pé!

Ainda criança, Patrícia já havia aprendido o que sua mãe propôs para sua vida: que desco-brisse de forma natural que era diferente das outras crianças, mas que ela, em especial, tinha muita capacidade de se desenvolver e poderia fazer isso de acordo com seu ritmo. Hoje, Pa-trícia é escritora e palestrante e já viajou muito contando sua experiência. Além disso, trabalha na promoção da inclusão social e acessibilida-de de de� cientes visuais. “Meu objetivo é que todas as pessoas possam exercer a mesma fun-ção e ter a mesma oportunidade de crescimen-to, seja no trabalho ou na convivência social”, explica a jovem.

“O método Kumon me ajudou a superar bar-reiras e serviu como estímulo para o meu de-senvolvimento.”, � naliza.

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