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Atualidades 2018 Aluno: __________________________________________________________ Professor: Leonardo Costa Componente Curricular: Atualidades Ano/Turma: Ensino Médio Turno Matutino Data: ___/___/18 Textos de atualidades

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Atualidades 2018

Aluno: __________________________________________________________ Professor: Leonardo Costa Componente Curricular: Atualidades Ano/Turma: Ensino Médio Turno Matutino Data: ___/___/18

Textos de atualidades

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Aula 01: Congresso aprova decreto de intervenção federal no Rio de Janeiro; entenda o que a medida significa

O Senado aprovou nos últimos minutos desta terça-feira o decreto assinado pelo presidente Michel

Temer que determina intervenção federal no Estado do Rio de Janeiro, deixando a segurança pública

fluminense sob responsabilidade de um interventor militar, que responde ao presidente da República. O

placar foi de 55 votos favoráveis, 13 contrários e uma abstenção.

OBS: Assim, a segurança pública do Rio sai da esfera estadual e vai para a federal, com comando

militar, até 31 de dezembro de 2018.

Assim como diversos Estados do país, o Rio de Janeiro vive uma crise de segurança. Episódios de

violência durante o Carnaval teriam influenciado a tomada de decisão pelo governo.

A intervenção federal nos Estados está prevista na Constituição de 1988, mas nunca tinha sido aplicada

até agora. Segundo o governo Temer, o objetivo da medida é "conter grave comprometimento da ordem

pública", mas ainda não está definido concretamente como será essa intervenção.

"O que o cidadão poderá sentir e ter é um sistema muito mais robusto de segurança social, com

coordenação mais estreita, capacidade operacional maior, inteligência bem mais integrada", declarou o

ministro da Defesa, Raul Jungmann.

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Abaixo, saiba mais sobre a intervenção federal no Rio de Janeiro, inédita no Brasil.

Temer assina intervenção ao lado de Rodrigo Maia e Luiz Fernando Pezão / Foto: Beto Barata/PR

1. O que é a intervenção federal no Rio de Janeiro?

O governo federal fará uma intervenção na área de segurança pública no Estado do Rio de Janeiro até 31

de dezembro deste ano. Com isso, a responsabilidade de gerir essa área, que é estadual, passa para as

mãos do governo federal, que será representado por um interventor.

Foi nomeado para o cargo o General do Exército Walter Braga Netto, que lidera o Comando Militar do

Leste (Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo). Com isso, o secretário de Segurança Pública do

Rio de Janeiro, Roberto Sá, entregou o cargo.

A partir de agora, o interventor passa a ter total poder para gerir a segurança pública fluminense,

controlando a Polícia Civil, a Polícia Militar, os bombeiros e administração penitenciária. Mas, por

enquanto, não há definição de estratégias.

"Eu recebi a missão agora. Nós vamos entrar numa fase de planejamento. No momento, não tenho nada

que eu posso adiantar para os senhores. Vamos fazer um estudo, vamos conversar com todos. E nossa

intenção é fortalecer ainda mais o sistema de segurança do Rio de Janeiro, para voltar a atuar conforme

merece a população carioca", afirmou Braga Netto no fim da última semana.

O interventor não terá qualquer controle sobre outras áreas da administração fluminense. Nem sobre

outros poderes - as atividades do Ministério Público Estadual, por exemplo.

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Na prática, o que pode ocorrer é uma reorganização das forças de segurança. "Não tem gente nova, os

recursos são os mesmos. As polícias já estão nas ruas do Rio. O Exército também. O que poderá ser feito

é que as forças de segurança sejam alocadas de forma diferente e reestruturadas. Não haverá uma

mudança de um dia para o outro", explica Renato Sérgio de Lima, diretor-presidente do Fórum Brasileiro

de Segurança Pública.

O Rio de Janeiro já vinha recebendo operações das Forças Armadas e da Força Nacional / Foto: Rania

Rego/Ag Brasil.

2. Qual a diferença entre a intervenção federal e as outras ocasiões em que Exército e Força

Nacional atuaram no Rio?

Até hoje, o Rio de Janeiro e outros Estados tinham sido auxiliados pela União na gestão da segurança

pública por meio das operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) e do emprego da Força Nacional.

As operações de GLO permitem a atuação das Forças Armadas na segurança pública, de forma

excepcional, em momentos de grave perturbação da ordem e esgotamento das forças tradicionais de

segurança. Da mesma forma, a Força Nacional é uma força de segurança federal, usada para auxiliar as

operações de segurança dos Estados, após solicitação dos mesmos.

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Tanto durante as operações da GLO como durante o emprego da Força Nacional, os governos estaduais

continuam responsáveis pela gestão da segurança pública. As atividades das forças da União são

coordenadas com os Estados.

Já na intervenção federal no Rio de Janeiro, toda a segurança pública fluminense sai da esfera estadual e

fica sob o comando do interventor militar. Ou seja, não se trata apenas do emprego das Forças Armadas

ou de forças federais. Mas sim da gestão federal de uma área que antes era coordenada pelo poder

estadual.

"O emprego da GLO e da Força Nacional ocorrem de forma emergencial, pontual - um conjunto de

policiais ou militares é enviado para ajudar a solucionar uma crise aguda. Já a intervenção assume a

gestão e administração de toda a segurança pública", explica Sérgio de Lima.

"Na intervenção federal, o interventor pode adotar atos que o governador ou o secretário tomariam. Isso é

algo impensável na GLO. Na GLO, os atos do governo estadual não ficam suspensos", explica Eloísa

Machado, professora da FGV e especialista em política constitucional.

"A intervenção federal é uma medida muito mais drástica que a GLO, sinal de uma anormalidade

institucional grave."

3. O que diz a Constituição sobre a intervenção federal?

A Constituição de 1988 prevê a intervenção federal nos Estados, mas o instrumento nunca antes tinha

sido acionado. Ele prevê a nomeação de um interventor federal para solucionar um grave problema

estadual, removendo as autoridades locais.

Entre os cenários passíveis de intervenção está a necessidade de "pôr termo a grave comprometimento da

ordem pública" - que está sendo aplicado no Rio de Janeiro. Outras opções possíveis para a intervenção

são reorganizar as finanças do Estado ou repelir invasão estrangeira.

A intervenção federal precisa ser feita por decreto, estipulando prazo e condições, e deve ser submetida à

aprovação do Congresso Nacional.

A Constituição não é clara sobre como seria uma intervenção federal. Não menciona, por exemplo, a

possibilidade de haver uma intervenção em uma área específica da administração estadual, como a

segurança pública. Por isso, Sérgio de Lima acredita que há espaço para contestação legal: "O risco de

judicialização é gigantesco".

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O ministros do Gabinete de Segurança Institucional, Sérgio Etchegoyen, da Defesa, Raul Jungmann, e o

comandante Militar do Leste, General Braga Netto, falam sobre o decreto de intervenção no Rio / Foto:

Marcelo Camargo/Agência Brasil

4. Qual a diferença entre intervenção federal e Estado de Sítio ou Estado de Defesa?

O ministro da Defesa afirmou que a intervenção federal só está abaixo do Estado de Sítio e do Estado de

Defesa. Mas, ao contrário das duas últimas, não implica em "qualquer transferência de responsabilidade

entre as instituições. Tudo permanece como antes".

Em uma intervenção legal, não estão suspensos os direitos fundamentais do cidadão, como o direito de ir

e vir, de protestar, de se reunir, a exigência de mandato judicial para busca e apreensão em domicílio, a

prisão apenas sob circunstâncias legais e o direito ao devido processo legal.

A única diferença em relação ao estado normal é que o governo federal assume, provisoriamente, um

poder estadual. "A intervenção federal é a flexibilização excepcional e temporária da autonomia dos

Estados. Não há nenhum tipo de restrição de direitos", explica Eloísa Machado.

Já o Estado de Defesa e o Estado de Sítio são momentos de exceção constitucional, levando à suspensão

de direitos fundamentais. O Estado de Defesa pode ser acionado, por exemplo, para responder a

calamidades naturais. E o de Sítio, em casos de guerra.

"A intervenção federal não suspende os direitos das pessoas. É uma questão puramente de administração

pública. A população não poderá ser vitima de nenhum ato de violação de direitos sob justificava da

intervenção", complementa Sérgio de Lima.

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5. Qual o impacto dessa medida fora do Rio de Janeiro?

O impacto da medida extrapola o Rio de Janeiro, uma vez que a Constituição prevê que, durante uma

intervenção federal, não pode haver qualquer alteração constitucional no país. Isso inviabilizaria, por

exemplo, a Reforma da Previdência.

Porém, o governo Temer informou nesta sexta-feira que pretende anular a intervenção federal no Rio de

Janeiro momentaneamente, com objetivo de votar a Reforma da Previdência.

Nesse caso, a figura do interventor deixaria de existir, deixando um vácuo no comando da segurança

pública fluminense. Segundo o governo Temer, seria então acionada, provisoriamente, a Garantia da Lei

e da Ordem, até o término da votação da reforma.

Além disso, o fato de o governo federal assumir a segurança pública de um Estado pela primeira vez

pode fazer outras regiões do país cobrarem medidas semelhantes.

Militares na rua já são algo comum no Rio.

6. Por que essa medida está sendo tomada no Rio de Janeiro, e não em outros Estados?

O Rio de Janeiro vive uma grave crise de segurança pública, com aumento do número de homicídios, de

mortes de policiais e confrontos com criminosos. Porém, outros Estados vivem emergências de

segurança tão ou mais agudas.

Enquanto a taxa de homicídios no Rio de Janeiro foi de 32 por 100 mil habitantes em 2017, no Acre foi

de 55 por 100 mil e, no Rio Grande do Norte, de 69 por 100 mil.

Só no início deste ano, o Ceará teve a maior chacina da sua história, seguida de um massacre no sistema

prisional. No Rio Grande do Norte, forças de segurança entraram em greve, ampliando o cenário de

violência. Goiás viveu uma série de rebeliões no sistema prisional.

Além disso, no ano passado, massacres no sistema prisional do Amazonas e de Roraima lançaram luz

sobre a expansão da disputa das facções criminosas pelo país. No Espírito Santo, a Polícia Militar

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paralisou suas atividades, gerando uma onda inédita de violência no Estado. O antes pacato Acre se

tornou o Estado onde a violência mais cresce no país, com decapitações e execuções bárbaras.

"Essa intervenção no Rio de Janeiro é fruto da conveniência política do governo Temer. Vários Estados

poderiam se enquadrar (em uma intervenção federal na segurança pública). Não tem como dizer que o

Rio de Janeiro é um caso mais grave do que outros Estados, como Goiás, Rio Grande do Norte, Ceará,

Espírito Santo", avalia Sérgio de Lima.

O governador fluminense Luiz Fernando Pezão é do mesmo partido de Temer, o MDB.

7. É uma intervenção militar?

"Não é intervenção militar. Nunca passou isso pela nossa cabeça. É uma intervenção federal, na qual o

interventor é um general", afirmou o ministro da Defesa Jungmann.

Porém, além de escolher um general como interventor, o decreto do governo federal estipula que o cargo

é de natureza militar.

"A previsão constitucional de intervenção federal não é um instrumento de intervenção militar. Não é

para troca de governo civil por governo militar. Mas o governo está substituindo uma autoridade civil por

uma militar. É um retrocesso democrático", opina Eloísa Machado.

Segundo ela, a natureza militar do cargo faz com que o interventor fique sob jurisdição militar, não civil.

Em entrevista à imprensa, o ministro do Gabinete de Segurança Institucional General, Sérgio Etchgoyen,

foi questionado sobre a intervenção militar não poder colocar a democracia em risco. "As Forças

Armadas jamais foram ameaça à democracia em qualquer tempo, após a redemocratização. Ameaça à

democracia é a incapacidade de as polícias estaduais em enfrentarem a criminalidade", respondeu.

Por outro lado, intervenção federal de natureza militar acaba jogando no colo das Forças Armadas uma

atribuição que não é sua - a segurança pública. Isso poderia prejudicar a execução de outras atividades de

responsabilidade militar.

"A intervenção tira a capacidade de resposta do Exército a atividades que são exclusivas a ele, como

fiscalização de armas e explosivos", afirma Sérgio de Lima.

O comandante das Forças Armadas, general Eduardo Villas Bôas, já declarou publicamente sua

preocupação com a frequência do uso das forças militares na segurança pública.

"Preocupa-me o constante emprego do Exército em intervenções (GLO) nos Estados. Só no Rio Grande

do Norte, as Forças Armadas já foram usadas três vezes em 18 meses. A segurança pública precisa ser

tratada pelos Estados com prioridade zero. Os números da violência corroboram as minhas palavras",

afirmou em postagem no Twitter em 30 de dezembro. Fonte: http://www.bbc.com/portuguese/brasil-43079114

Amanda Rossi

Da BBC Brasil – São Paulo

21 fevereiro 2018

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Aula 02: Dia do Trabalho: Cinco conceitos que você precisa saber para o vestibular A situação do emprego e das relações trabalhistas vem sofrendo constantes transformações e

representam um dos principais desafios do mundo contemporâneo.

Trabalhador abastece com carvão uma fábrica de aço na China (Kevin Frayer/Getty Images)

O Dia do Trabalho é comemorado em 1º de maio em quase todo o mundo em celebração a uma greve

histórica realizada nesta data, em 1886, nos Estados Unidos. Mais de 1 milhão de trabalhadores saíram às

ruas de Chicago para protestar. A violenta repressão da polícia resultou na morte de dezenas de pessoas.

Mas a pressão dos trabalhadores surtiu efeito: em 1890 o Congresso norte-americano aprovou a redução

da jornada de trabalho de 14 horas para 8 horas.

Desde então, a situação do emprego e das relações trabalhistas vem sofrendo constantes transformações,

tornando-se um dos principais desafios do mundo contemporâneo. Por isso mesmo, o trabalho tem sido

um tema constante nos vestibulares. A seguir, confira cinco conceitos que você precisa dominar para se

dar bem nas provas.

1. Divisão Internacional do Trabalho Das mudanças que o mundo do trabalho sofreu na segunda metade do século XX, dois fenômenos estão

na origem dessas transformações: a revolução tecnológica, representada pela automatização dos

processos produtivos, e mais recentemente, pela internet e a globalização. A interdependência entre as

nações impôs uma nova Divisão Internacional do Trabalho – a distribuição das atividades produtivas e

dos serviços entre os países do mundo.

Além de reduzir os custos com a substituição de parte da mão de obra humana pelo trabalho

automatizado, as empresas encontraram uma outra forma de diminuir ainda mais as despesas. As

companhias transnacionais com sede nos países mais ricos passaram a montar fábricas para produzir em

países mais pobres, transferindo empregos para lugares como China, México, Coreia do Sul, Indonésia,

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Tailândia e Brasil. Essas empresas são atraídas pela maior oferta de matéria-prima e energia, mão-de-

obra mais barata, isenções fiscais e legislação ambiental menos rígida nos países periféricos.

Dessa forma, muitas empresas transnacionais distribuem seu processo produtivo por todo o globo. Um

carro, por exemplo, pode ter o seu motor feito num país, o chassi em outro, os acessórios num terceiro e

ser montado em outra nação, mais próxima dos mercados consumidores.

2. Quarta Revolução Industrial As três primeiras revoluções industriais estavam associadas, respectivamente, ao vapor, à eletricidade e à

robótica. No século XXI, já começamos a viver o começo da Quarta Revolução Industrial, impulsionada

principalmente pela internet de alta-velocidade e pelo avanço da inteligência artificial. Isso permitirá

maior conexão entre as máquinas, fazendo com que fábricas inteiras passem a ser inteligentes e

automatizadas.

A consequência desse processo é maior produtividade, custos menores, e o processo contínuo de perda

de milhões de empregos – sobretudo dos mais técnicos, executados por trabalhadores com pouca ou

nenhuma qualificação.

3. Desemprego e subemprego Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o número de desempregados no mundo

superou 200 milhões em 2017. No Brasil, são 13,1 milhões de desempregados. A falta de trabalho reflete

tanto problemas conjunturais como estruturais:

– O desemprego conjuntural é aquele provocado por uma situação momentânea, como uma

crise passageira, ou por problemas pontuais que interfiram numa atividade que seja fundamental para

uma determinada economia. Em geral, o emprego é retomado quando o problema é resolvido.

Atualmente, os problemas conjunturais dizem respeito à crise econômica internacional, iniciada em

2008.

– O desemprego estrutural ocorre quando o número de desempregados é superior ao número de

vagas que o mercado tem a oferecer e essa desproporção não é temporária. Ele é resultado de

transformações no perfil da economia, que muda de industrial para de serviços, por exemplo, eliminando

definitivamente vagas nas fábricas, ou na dinâmica do trabalho, como a ampliação do uso de recursos

tecnológicos que diminuem a exigência de mão de obra.

A OIT alerta para uma disparidade no desenvolvimento da geração de empregos para diferentes grupos

de países. Na América Latina, por exemplo, a crise produziu impacto maior. A queda internacional dos

preços das matérias-primas, provocada pela crise dos países industrializados e pela desaceleração da

China, causou um abalo de longo prazo nos países latino-americanos, dependentes da exportação desses

produtos. Hoje, o maior desafio da região é retomar o desenvolvimento econômico, diminuir a taxa de

desocupação e, ao mesmo tempo, encontrar maneiras de absorver a crescente parte da população que

chega à idade de trabalhar. Nos países europeus e da América do Norte, o problema é o desemprego de

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longa duração, que reflete a dificuldade de recuperação de certos setores da economia. Esse índice

continua alto se comparado ao patamar anterior ao início da crise.

4. Desregulamentação das leis trabalhistas A flexibilização das normas trabalhistas vem provocando uma significativa perda de direitos para os

trabalhadores. Quando os países enfrentam situações de crise econômica, muitos governos tendem a

implementar medidas de austeridade, que incluem reformas trabalhistas. Geralmente, essas reformas têm

como justificativa reduzir o peso de encargos trabalhistas para os empresários, de modo que as empresas

passem a investir e contratar mais.

No Brasil, a reforma trabalhista aprovada em 2017 vem recebendo duras críticas de entidades sindicais

por fragilizar o poder de negociação do trabalhador, já que os acordos coletivos negociados entre patrões

e empregados passam a ter força de lei, sobrepondo-se ao que estabelece a Consolidação das Leis do

Trabalho (CLT). Com receio de perder o emprego, os trabalhadores podem se submeter a condições de

precarização, como redução de benefícios e aumento de jornada de trabalho.

Paralelamente, amplia-se a tendência à terceirização do trabalho – situação em que uma empresa contrata

outra para transferir a execução de um serviço específico. No Brasil, entrou em vigor uma lei que

regulamenta a terceirização da mão de obra, permitindo a contratação neste regime de qualquer atividade.

Empresários saudaram a medida por proporcionar a redução de despesas como salários e encargos

trabalhistas. Eles alegam que, dessa forma, podem contratar mais e aumentar a produtividade. Para os

trabalhadores, a mudança pode significar piores condições de trabalho – um estudo do Departamento

Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) aponta que trabalhadores terceirizados

recebem 24,7% menos e trabalham três horas a mais por semana. A terceirização também pode dificultar

negociações coletivas e a reclamação de direitos na Justiça.

5. Trabalho escravo Chamamos de “condições análogas à escravidão” situações que atentam contra a dignidade e a liberdade

do trabalhador. Pode ser considerado uma forma moderna de escravidão submeter o empregado a

condições degradantes de trabalho, com confinamento, violência física e psicológica e jornadas

exaustivas de trabalho. Qualquer forma de explorar a servidão por dívida também configura escravidão –

muitas vezes o empregado contrai dívidas de transporte, aluguel ou alimentação com o empregador, que

passa a descontar os valores do salário e impedir que ele deixe o emprego.

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) estima que existam cerca de 21 milhões de trabalhadores

no mundo vivendo em condições análogas à escravidão. As vítimas costumam ser as populações mais

vulneráveis – mulheres e meninas forçadas à prostituição, migrantes que se submetem a condições

deploráveis com medo de serem deportados e indígenas. Países emergentes e em desenvolvimento da

Ásia concentram mais da metade do total desses trabalhadores, que atuam, principalmente, em serviços

domésticos, na agricultura e na construção civil.

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Segundo estimativa da organização não-governamental internacional Walk Free, o Brasil tem cerca de

150 mil pessoas nessa situação. De acordo com o Ministério do Trabalho, nos últimos 20 anos quase 50

mil trabalhadores em situação análoga à escravidão foram resgatados. O perfil dessas pessoas mostra que

a grande maioria atuava nos setores de extração de minérios, construção civil, agricultura e pecuária. Mas

em capitais como São Paulo, muitos imigrantes de países como Bolívia, Peru, Paraguai e Haiti são

aliciados para trabalhar em condições de escravidão em confecções, servindo a famosas grifes de moda e

redes varejistas.

Fonte: https://guiadoestudante.abril.com.br/blog/atualidades-vestibular/dia-do-trabalho-5-conceitos-

que-voce-precisa-saber-para-o-vestibular/

Aula 03: O equilíbrio de forças no Oriente Médio O bombardeio dos EUA na Síria reflete as crescentes tensões que envolvem os interesses de múltiplos atores na região

A semana que passou foi marcada por mais um capítulo na Guerra da Síria. Em 13/4, os Estados Unidos

(EUA), com a ajuda do Reino Unido e da França, bombardearam alvos estratégicos na Síria. O ataque foi

uma retaliação ao uso de armas químicas contra civis ocorrido nas imediações da capital Damasco, na

semana anterior. Os EUA responsabilizou o regime de Bashar al-Assad pelo ataque, fato que é negado

pelo governo sírio. A ofensiva norte-americana foi duramente criticada por Irã e principalmente pela

Rússia, principais aliados da Síria.

A guerra na Síria começou em 2011 a partir de protestos contra o regime de Bashar al-Assad e se

transformou na maior tragédia humanitária deste século, com mais de 500 mil mortes e 5 milhões de

refugiados. O caos sírio é apenas um dos desdobramentos do atual quadro de instabilidade no Oriente

Médio, que, por sua vez, é fruto de antigas rivalidades e intervenções externas. Neste cenário de tensão

permanente, veja como os principais atores se posicionam diante dos desafios regionais.

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Estados Unidos

Com grandes interesses econômicos e políticos na região, os Estados Unidos desempenham um papel de

potência central desde o fim da II Guerra Mundial, em 1945. Após o governo de George W. Bush, que

iniciou as guerras do Afeganistão (2001) e do Iraque (2003), a atual administração, de Barack Obama,

retirou as tropas desses países. Para alguns analistas, a recusa de Obama em mandar tropas terrestres para

combater o EI na Síria e no Iraque deixou o caminho aberto para uma intervenção mais incisiva da

Rússia no conflito sírio. Com a posse de Donald Trump, em 2017, a expectativa era que os EUA

permanecessem estrategicamente afastados do conflito, conforme prometera o presidente. No entanto, os

norte-americanos já lançaram duas ofensivas contra a Síria: a primeira em abril de 2017 e a segunda na

semana que passou – ambas foram motivadas por denúncias de que o regime de Assad teria feito uso de

armas químicas.

Rússia

Principal aliada do regime sírio de Bashar al-Assad fora do Oriente Médio, seus interesses na região vêm

da época da ex-União Soviética. O país mantém na Síria uma base militar na cidade portuária de Latakia.

Ao iniciar, em setembro de 2015, bombardeios em território sírio, que atingiram principalmente grupos

rebeldes de oposição a Assad, a Rússia provocou uma mudança significativa do conflito sírio, em favor

do governo. Com a ajuda de Vladimir Putin, o regime sírio retomou o controle de importantes regiões do

país, praticamente eliminou a ameaça do EI em seu território e evitou a derrocada de seu governo. Para

os russos, a Síria se tornou peça-chave para a projeção de seu poder no Oriente Médio e sustentar a

estratégia de antagonismo em relação às potências ocidentais.

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Turquia

A Turquia integra a coalizão internacional contra o EI, mas sua preocupação central é evitar a ascensão

dos curdos, que estão presentes em seu território e em outros países da região, e lutam pela criação de um

Estado próprio. Os curdos conquistaram grande autonomia na Síria e no Iraque, o que poderia estimular

movimentos separatistas curdos na Turquia. Por isso, segundo analistas, o regime turco fez vistas grossas

à passagem de jihadistas por suas fronteiras em direção às regiões controladas pelo EI, já que o grupo

combate os curdos. Antigo aliado sírio, a Turquia foi um dos primeiros países a voltar-se contra Bashar

al-Assad assim que começaram as revoltas na Síria, em 2011.

Irã

O país é a principal força xiita na região e maior aliado do governo sírio de Bashar al-Assad. O governo

iraniano enviou milícias para combater ao lado das tropas sírias contra os grupos rebeldes e o EI. O

acordo que assinou com as grandes potências, em 2015, concordando em limitar seu programa nuclear,

levou o país de volta à comunidade internacional e ampliou sua capacidade de influenciar no jogo

diplomático da região. Seus principais rivais no Oriente Médio são Israel e Arábia Saudita.

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Iraque

Desde a ocupação anglo-americana, que durou de 2003 a 2011, o país vive sob instabilidade.

Inicialmente, houve uma violenta luta contra as tropas estrangeiras, que englobava vários setores da

sociedade iraquiana. A partir de 2006, acirraram-se os conflitos sectários entre muçulmanos xiitas e

sunitas. Nesse quadro de desagregação, o EI fortaleceu-se e ocupou várias regiões do país. O governo

xiita do Iraque é um aliado da Síria, e ambos tentam conter o avanço do EI em seus territórios.

Síria

O regime de Bashar al-Assad passou a ser combatido em 2011 por grupos rebeldes armados, sustentados

pelas grandes potências, Arábia Saudita e Catar. O governo sírio tem o apoio do Irã e do grupo libanês

Hezbollah, além da Rússia. Numa situação de caos criada pelo conflito, o EI, vindo do Iraque, ocupou

metade do território sírio. No entanto a ajuda militar do Irã e da Rússia foram fundamentais para o

fortalecimento do regime de Assad, que praticamente acabou com a ameaça do EI em seu território. O

confronto agora volta-se para o combate das diversas milícias rebeldes espalhadas pela Síria.

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Arábia Saudita

País que lidera a ala sunita dos muçulmanos no Oriente Médio. Seu regime é inspirado no wahabismo,

uma forma de islamismo fundamentalista considerado inspirador de grupos terroristas como Al Qaeda e

EI. Apesar disso, é aliado dos países ocidentais, que, por interesse comercial no petróleo saudita,

costumam tolerar como a repressão aos direitos das mulheres e execuções por decapitação. Seu grande

rival na região é o regime xiita do Irã, e combate também Al-Assad na Síria.

Israel

Desde sua criação, em 1948, o país vive um conflito com os árabes palestinos que ocupavam a região.

Fortemente financiado e armado pelos EUA, Israel também mantém relações hostis com outros países

árabes vizinhos como Líbano e Síria. Neste último, Israel ocupa as Colinas de Golã e, apesar da

rivalidade com Bashar al-Assad, procurava manter uma distância estratégica da guerra civil. Porém, nos

últimos anos as forças israelenses vêm intervindo mais frequentemente no conflito, com bombardeios em

território sírio. O maior inimigo de Israel no Oriente Médio é o Irã– os dois países já estiveram à beira de

um conflito no início da década, devido ao programa nuclear iraniano.

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Iêmen

País mais pobre do Oriente Médio, vive um conflito depois que o governo eleito sofreu um golpe por

parte do grupo dos houthis, o que deu início a um período de instabilidade. A fragilidade iemenita faz

com que sua política esteja constantemente sob pressão de nações mais poderosas, que disputam a

influência sobre os rumos do país. A Arábia Saudita comanda uma ação militar no país contra os houthis,

que são apoiados discretamente pelo Irã. A grave situação humanitária resultante facilitou a ação da Al

Qaeda na Península Arábica (AQPA) e do EI.

Curdos

Não constituem um país, mas um povo que luta por um Estado próprio, o Curdistão. Estão espalhados

por Turquia, Iraque, Síria, Irã, Armênia e Azerbaidjão. Na luta contra o EI, tropas curdas da Síria e do

Iraque desempenham um papel central nos combates em terra, apoiadas pelos bombardeios aéreos da

coalizão liderada pelos EUA. Esse fato inquieta a Turquia, cujo governo considera mais perigoso para

seus interesses internos o fortalecimento dos curdos do que a ampliação de poder de grupos

fundamentalistas como o EI. Os curdos iraquianos tentaram sem sucesso separar-se do Iraque, após a

realização de um referendo. Já os curdos sírios possuem grande autonomia no norte do país. Fonte: https://guiadoestudante.abril.com.br/blog/atualidades-vestibular/o-equilibrio-de-forcas-no-oriente-medio/

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EXERCÍCIOS 1. O que motivou a intervenção militar no Estado do Rio de Janeiro?

2. Você é favorável à intervenção militar no Estado do Rio de Janeiro? Justifique sua resposta.

3. O que diz a Constituição sobre a intervenção federal?

4. Diferencie desemprego estrutural e conjuntural.

5. O que são condições análogas à escravidão?

6. Explique a sigla OIT.

7. Julgue CERTO ou ERRADO

a. ( ) Compete ao Conselho da República pronunciar-se sobre as questões relevantes para a

estabilidade das instituições democráticas; estado de defesa; estado de sítio; intervenção federal.

b. ( ) O impacto da medida extrapola o Rio de Janeiro, uma vez que a Constituição prevê que, durante

uma intervenção federal, pode haver qualquer alteração constitucional no país.

c. ( ) O Rio de Janeiro vive uma grave crise de segurança pública, com aumento do número de

homicídios, de mortes de policiais e confrontos com criminosos.

8. O estado de sítio: ASSINALE A ÚNICA ALTERNATIVA CORRETA.

a) Será objeto de controle a posteriori pelo Congresso Nacional, com base em mensagem enviada pelo

Presidente da República, na qual serão especificadas as medidas adotadas e os sujeitos atingidos.

b) Não poderá ser decretado por tempo indeterminado, mas sim por no máximo trinta dias, prorrogáveis,

de cada vez, por até trinta dias.

c) Somente poderá ser decretado mediante a autorização do Conselho da República e do Conselho de

Segurança Nacional.

d) Surtirá efeitos provisórios, quando decretado no recesso parlamentar, até que sobre ele delibere o

Congresso Nacional no retorno a suas atividades.

e) Será fiscalizado por meio de comissão composta por cinco parlamentares de cada uma das casas do

Congresso Nacional, indicados pelas respectivas mesas.

9. A Constituição da República estabelece que o Conselho da República e o Conselho Nacional de

Defesa são igualmente competentes para se pronunciarem sobre: ASSINALE A ÚNICA

ALTERNATIVA CORRETA.

a) Declaração de guerra e celebração da paz.

b) Intervenção federal, estado de defesa e estado de sítio.

c) As questões relevantes para a estabilidade das instituições democráticas.

d) Concessão de indulto, podendo ouvir, se necessário, os órgãos competentes.

e) Apenas em questões políticas e fenômenos da natureza.

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10. A respeito do estado de sítio: ASSINALE A ÚNICA ALTERNATIVA CORRETA.

a) As imunidades de deputados ou senadores subsistirão durante o estado de sítio, só podendo ser

suspensas mediante o voto de dois terços dos membros da Casa respectiva, nos casos de atos praticados

fora do recinto do Congresso Nacional que sejam incompatíveis com a execução da medida.

b) O Congresso Nacional decidirá sobre a solicitação do presidente da República para decretar estado de

sítio por meio de maioria relativa.

c) No estado de sítio, não se admite a suspensão da liberdade de reunião.

d) A difusão de pronunciamentos de parlamentares inclui-se na restrição à liberdade de expressão

imposta aos cidadãos, quando assim previsto expressamente no decreto do estado de sítio.

e) O estado de sítio poderá ser decretado, inicialmente, por 120 dias, na hipótese de comoção grave de

repercussão nacional.

11. Lucas é empregador dos trabalhadores Manuel, Francisco e Pedro em sua fazenda na zona rural.

Analise as três situações apresentadas:

I. Lucas retém a carteira de identidade de Manuel, único documento deste, impedindo que deixe o

local de trabalho.

II. Lucas autoriza que Francisco gaste apenas 15 minutos todo dia para horário de almoço, de

modo que Francisco somente pode comprar uma refeição na pequena cantina de Lucas que

funciona dentro da fazenda. Em razão dos altos preços dos produtos, Francisco contrai dívida alta

e é impedido de deixar a fazenda antes do pagamento dos valores devidos.

III. Lucas instala diversas câmeras e outros mecanismos de vigilância ostensiva na fazenda com o

fim de reter Pedro em seu local de trabalho.

Considerando as situações apresentadas, o comportamento de Lucas em relação a Manuel, Francisco e

Pedro configura, respectivamente, o(s) crime(s) de: ASSINALE A ÚNICA ALTERNATIVA

CORRETA.

a) Redução à condição análoga à de escravo, nas três situações.

b) Redução à condição análoga à de escravo, exercício arbitrário das próprias razões e redução à

condição análoga à de escravo.

c) Apropriação indébita, redução à condição análoga à de escravo e redução à condição análoga à de

escravo.

d) Cárcere privado, exercício arbitrário das próprias razões e redução à condição análoga à de escravo.

e) Redução à condição análoga à de escravo, redução à condição análoga à de escravo e constrangimento

ilegal.

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12. Leia com atenção.

Notícia do UOL de 29/03/2012 trazia este título: "STF abre ação contra deputado alagoano por

trabalho escravo". Na matéria, constava: "Por 6 votos a 4, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu

abrir ação penal para investigar o deputado federal João Lyra (PSD- AL), acusado de manter, em sua

propriedade no município de União dos Palmares (AL), cerca de 50 trabalhadores em condições

análogas à escravidão. Com a decisão, ele passa à condição de réu e, caso condenado, poderá pegar de

2 a 8 anos de prisão. De acordo com a denúncia do Ministério Público, os trabalhadores foram

encontrados durante fiscalização de grupo do Ministério do Trabalho. Segundo as informações, eles não

tinham acesso a banheiros e transportes e recebiam comida de má qualidade. Segundo depoimentos de

trabalhadores, eles eram sujeitos a jornadas de trabalho que as vezes duravam até 24 horas. A defesa do

deputado negou as acusações contra ele, alegando que não houve prática de crime e que eles não

estavam sujeitos a condições análogas ao trabalho escravo. Segundo os advogados, os fatos

configurariam, no máximo, irregularidades trabalhistas"

(http: //www1.folha.uol.com.br/poder/1069274-stf-abre- acao-contra-deputado-alagoano-por-trabalho-

escravo.shtml).

Sobre trabalho escravo, tendo como referência o texto acima e situações semelhantes, analise estas

proposições:

I. Os que são contra a tese de que se repute a ocorrência de crime nessas situações, como o ministro

Gilmar Mendes, consideram que o quadro pode caracterizar irregularidade trabalhista, mas não a redução

de alguém à condição análoga à de escravo. "A inexistência de refeitórios, chuveiros, banheiros, pisos em

cimento, rede de saneamento, coleta de lixo é deficiência estrutural básica que assola de forma

vergonhosa grande parte da população brasileira, mas o exercício de atividades sob essas condições que

refletem padrões deploráveis e abaixo da linha da pobreza não pode ser considerado ilícito penal, sob

pena de estarmos criminalizando a nossa própria deficiência".

II. Na mesma linha de argumentação da corrente mencionada na proposição anterior, ressalta-se que o

bem jurídico tutelado pelo artigo 149 do Código Penal (crime de redução a condição análoga à de

escravo) não é a relação de trabalho, mas a liberdade individual de cada cidadão. Argumenta-se que,

dependendo da interpretação, outras relações de trabalho estariam sujeitas à "jornada exaustiva", como

ocorre, por exemplo, no comércio nas festas de fim de ano, ou na construção civil, quando a entrega do

empreendimento está próxima.

III. Os que sustentam a existência do crime - tanto entre os ministros do STF como na literatura penal -,

em situações como a retratada na matéria jornalística, consideram caracterizado o delito (de redução à

condição análoga à de escravo) quando o agente submete os trabalhadores a condições degradantes,

como a falta de instalações sanitárias e a ausência de luz para as refeições, em "ambiente inóspito", e ao

cumprimento de jornada de trabalho exaustiva.

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lV. Para a caracterização do crime, segundo o Código Penal, não basta submeter o trabalhador a

trabalhos forçados ou a jornada exaustiva, quer sujeitando-o a condições degradantes de trabalho, quer

restringindo, por qualquer meio, sua locomoção em razão de dívida contraída com o empregador ou

preposto. É preciso ainda que o agente mantenha vigilância ostensiva no local de trabalho ou se apodera

de documentos ou objetos pessoais do trabalhador, com o fim de retê-lo no local de trabalho, agindo por

motivo de preconceito de raça, cor, etnia, religião ou origem.

Assinale a alternativa correta: ASSINALE A ÚNICA ALTERNATIVA CORRETA.

a) Apenas a proposição IV é correta.

b) Apenas as proposições I, II e IV são corretas.

c) Apenas as proposições I, II e III são corretas.

d) Apenas as proposições II e III são corretas.

e) Todas as proposições são corretas.

13. Poucos dias após o confronto armado entre as forças pró-governo e opositores ter chegado à capital

do país, Damasco, um atentado suicida atingiu nesta quarta-feira o centro nervoso do regime de Bashar

al-Assad, causando a morte de alguns dos principais nomes de sua cúpula de segurança.

Segundo a imprensa estatal síria, morreram no ataque o ministro da Defesa do país, general Dawoud

Abdelah Rayiha, seu vice-ministro, general Assef Shawkat (cunhado de Assad), e o general sírio Hassan

Turkmani, chefe do grupo governamental encarregado da crise, ex-ministro da Defesa e até então

assistente do vice-presidente.

UOL Notícias, 08/07/2012. Disponível em: <http://noticias.uol.com.br/ >. Acesso em: 08/11/2013.

O texto acima se refere aos protestos que se iniciaram na Síria em março de 2011 e que visam à

derrubada do ditador Bashar al-Assad. Sobre essa questão, é correto afirmar que: ASSINALE A ÚNICA

ALTERNATIVA CORRETA.

a) Os protestos na Síria não chamam a atenção dos demais países, pois estes não consideram como

estratégica uma possível intervenção militar no país, que passa por uma guerra civil.

b) A queda do ditador sírio seria considerada vantajosa para os Estados Unidos, uma vez que o líder de

Estado mantém relações diplomáticas muito estreitas com o Irã, grande inimigo político dos

estadunidenses.

c) Os protestos na Síria, apesar de fazerem parte do mundo árabe, não fazem parte dos acontecimentos

referentes à “Primavera Árabe”, uma vez que eles são anteriores a ela.

d) O texto fornece a informação de que membros do governo sírio foram atacados e mortos por forças

rebeldes em julho de 2012. Esse fato foi um dos elementos decisivos para a queda do ditador Bashar al-

Assad.

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14. O noroeste da Síria voltou nesta segunda-feira (29 de janeiro) a ser palco de um confronto entre

soldados ligados à Turquia e milícias curdas, que disputam o controle de uma colina na região. O

governo turco afirma que as milícias curdas que controlam a região são ligadas aos curdos que vivem na

Turquia e que decidiu agir para expulsar os terroristas das proximidades de sua fronteira.

(Folha de S.Paulo, 29.01.2018. Disponível em:<https://goo.gl/XeN3ia> . Adaptado)

O conflito entre turcos e curdos mencionado na notícia está relacionado: ASSINALE A ÚNICA

ALTERNATIVA CORRETA.

a) Ao vínculo entre os curdos e o Estado Islâmico.

b) À luta pela autonomia e independência dos curdos.

c) Ao posicionamento curdo favorável ao governo sírio.

d) À aliança entre os curdos, a Rússia e os EUA na região.

e) À defesa radical da causa palestina feita pelos curdos.

15. Qual o objetivo inicial da Guerra Civil da Síria? ASSINALE A ÚNICA ALTERNATIVA

CORRETA.

a) Parte dos integrantes da guerra quer a saída do ditador e, em consequência, do partido que governa o

país há mais de 30 anos.

b) Vingar as crianças torturadas inicialmente como forma de repressão.

c) Causar a dominação territorial dos grupos armados.

d) Aumentar a repressão do governo sírio sobre os habitantes para adiar a promulgação da nova ordem

política no país.

Bom Estudo!!!