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ALVENARIA ESTRUTURAL GENERALIDADES MATERIAIS MODULAÇÃO

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ALVENARIA ESTRUTURAL

GENERALIDADES

MATERIAIS

MODULAÇÃO

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GENERALIDADES

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ALVENARIA ESTRUTURAL

Processo construtivo em que as paredes de alvenaria e as lajes

enrijecedoras funcionam estruturalmente em substituição aos pilares e

vigas. Neste processo construtivo, as paredes constituem-se ao mesmo

tempo nos subsistemas estrutura e vedação.

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HISTÓRICO

Pirâmides do Egito

Construída a aproximadamente

2600 anos a.C. A maior delas

mede 147 m de altura e foram

utilizados, aproximadamente,

2,3 milhões de blocos, com

peso médio de 25 kN.

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HISTÓRICO

Farol de Alexandria

Construído a aproximadamente

280 anos a.C, em mármore

branco, com 134 m de altura,

altura equivalente a um prédio

de 45 pavimentos.

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HISTÓRICO

Coliseo

O Coliseu, em Roma, do ano

70 d.C., fez uso de cimento

natural para erguer seus 50 m

de altura e 500 m de

circunferência, podendo

abrigar 50.000 pessoas.

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HISTÓRICO

Catedral de Reims

É um grande exemplo de

catedral gótica. Construída

entre 1211 a 1300 d.C possui

interior amplo, com arcos que

sustentam o teto sendo

apoiados em pilares esbeltos,

contraventados por arcos

externos

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HISTÓRICO

Edifìcio Monadnock

Construído em 1889 a 1891,

possui 16 pavimentos e 65 m

de altura. As paredes na base

têm 1,80 m de espessura.

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HISTÓRICO

Hotel Excalibur em Las Vegas

Construído em 1990 é um dos

maiores prédios em alvenaria

estrutural do mundo, tendo

quatro torres de 28

pavimentos, com paredes de

29 cm nos primeiros 5 andares

e 19 cm nos demais.

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HISTÓRICO

Primeiros edifícios residenciais no

Brasil

• Foram construídos em 1966, em

São Paulo com blocos de concreto

e tinham apenas 4 pavimentos.

• Em 1972 foi construído o

condomínio Central Parque da

Lapa com quatro blocos com 12

pavimentos em alvenaria armada

de blocos de concreto.

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PRINCÍPIOS BÁSICOS

■ Transmissão de ações atravésde tensões de compressão;

■ Resistir às cargas verticais(peso próprio da estrutura eàs cargas de ocupação);

■ Resistir as cargas laterais(ação do vento e/ou dodesaprumo).

As alvenarias são os elementos“portantes” das cargas até asfundações.

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VANTAGENS

■ Mão de obra qualificada;

■ Limpeza do canteiro de obras;

■ Redução nas armaduras;

■ Redução das formas;

■ Redução dos resíduos;

■ Otimização no tempo de execução;

■ Necessidade de integração e compatibilização com instalações

prediais;

■ Redução do número de profissionais no canteiro de obras.

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DESVANTAGENS

■ Não permite improvisações, condicionando a arquitetura;

■ Inibe a destinação dos edifícios (uso e ocupação);

■ Restringe a possibilidade de modificações;

■ Vãos livres limitados e vãos em balanço não indicados;

■ Não permite paredes e conjuntos muito esbeltos.

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PRINCIPAIS PARÂMETROS A SEREMCONSIDERADOS PARA ADOÇÃO DO SISTEMA

■ Altura da edificação;

■ Arranjo arquitetônico;

■ Tipo de uso

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NORMAS

• NBR 15961-1 - ALVENARIA ESTRUTURAL – BLOCOS DE CONCRETO -PARTE 1: PROJETO

• NBR 15961-2 - ALVENARIA ESTRUTURAL – BLOCOS DE CONCRETO - PARTE2: EXECUÇÃO E CONTROLE DE OBRAS

• NBR 15812-1- ALVENARIA ESTRUTURAL – BLOCOS CERÂMICOS - PARTE 1:PROJETOS

• NBR 15812-2 - ALVENARIA ESTRUTURAL – BLOCOS CERÂMICOS - PARTE 2:EXECUÇÃO E CONTROLE DE OBRAS

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TIPOS DE ALVENARIASELEMENTOS DE ALVENARIA ARMADA

Elementos de alvenaria nos quais são utilizadas armaduras passivas que são consideradas para

resistir aos esforços solicitantes;

ELEMENTOS DE ALVENARIA NÃO ARMADA

Elementos de alvenaria nos quais a armadura é desconsiderada para resistir esforços

solicitantes.

ELEMENTOS DE ALVENARIA PROTENDIDA

Elementos de alvenaria nos quais são utilizadas armaduras ativas.

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Paredes

Paredes como elementos estruturais:

As paredes são os elementos estruturais da alvenaria (comprimento maior que cinco vezes

a espessura).

Classificação das paredes:

Paredes de vedação - São aquelas que resistem apenas ao próprio peso e que exercem a

função de separar ambientes internos ou de fechar o externo. Sobre elas não incide nenhuma

responsabilidade estrutural.

Paredes estruturais - A função destas consiste em resistir ao seu peso próprio e a todas as

cargas verticais e laterais, permanentes e/ou acidentais [eventuais], aplicadas sobre elas.

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Paredes de contraventamento - Suportam também cargas horizontais, originárias

especialmente da ação dos ventos, paralelas ao plano delas.

Paredes enrijecedoras

Enrijecerem as paredes estruturais,

proporcionando maior resistência

às cargas laterais e contra a flambagem.

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Forma do Prédio

Quanto mais rígida (robusta) é uma edificação, maior sua capacidade de resistir a esforços

horizontais, principalmente a ação do vento que causa tração na alvenaria.

Abaixo são exemplificados os efeitos da forma na rigidez aos deslocamentos, em que, quanto

maior a altura menor será a rigidez aos deslocamentos horizontais.

Sob o aspecto da

rigidez a forma cúbica

é a ideal.

Efeitos da forma e altura na rigidez do prédio, comprimento (C), altura (H)

e largura (L).

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Forma em planta

A figura abaixo apresenta formas em planta baixa comparando-as ao círculo, mais eficiente de

todas as formas, por apresentar a maior área para um mesmo perímetro.

A utilização de formas simétricas com áreas equivalentes pode reduzir os esforços torcionais

indesejáveis na alvenaria. Observe que o comprimento total das paredes externas é a

mesma em todas as plantas baixas.

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Arranjo apropriado das paredes

Os pavimentos devem ser divididos em peças de dimensões não muito grandes,

repetindo-se o mesmo arranjo arquitetônico em todos os pavimentos.

Numa edificação, nem todas as paredes precisam ser definidas como

estruturais.

A escolha adequada (número, disposição, etc) das paredes que terão função

estrutural faz com que uma parede atue como elemento enrijecedor e

estabilizador de outra.

Distribuições de paredes muito assimétricas podem originar tensões de torção

diante de cargas laterais (aptos muito diferentes no mesmo pavto).

As lajes podem ser usadas para aplicar as cargas verticais nas paredes, amarrar

a estrutura e distribuir as cargas horizontais.

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Escadas, poços de elevadores e de condução de dutos podem ser utilizados

para produzir rigidez lateral.

A forma e a distribuição das paredes estruturais de um edifício dependerá da

função a que ele se destina e das condições do local da obra: solos, ventos,

etc.

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Quando o centro de massa (CM)

coincidir com o centro de torção (CT), o

sistema estrutural é considerado

simétrico.

O CM é definido, em cada pavimento,

pelo conjunto de lajes e paredes.

O CT é o centro de rigidez somente das

paredes estruturais que resistem à ação

do vento.

Procure distribuir as paredes resistentes

por toda a área da planta, caso

contrário os carregamentos podem

concentrar-se em determinada região

do edifício, deslocando o centro de

massa e gerando rotações que podem

levar ao surgimento de fissurações de

separação da edificação.

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Comprimento e altura total das paredes.

Segundo Gallegos (1988), em cada direção (horizontal e transversal) de um edifício

estruturalmente otimizado deve ter, no mínimo, em metros lineares de paredes

estruturais (ou de contraventamento), 4,2% da área total construída.

Esse comprimentos totais devem ser aproximadamente iguais em cada uma das

direções analisadas.

Por exemplo, para um edifício de 8 pvtos e 300m2 de área construída por pavto, deve

ter, no mínimo, em cada direção, 100,8 metros lineares de parede.

A relação entre a altura total no prédio e seu comprimento deve respeitar certos limites,

indicados na figura abaixo:

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DEFINIÇÕES NORMATIVAS

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DEFINIÇÕES NORMATIVAS

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DEFINIÇÕES NORMATIVAS

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DEFINIÇÕES NORMATIVAS

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DEFINIÇÕES NORMATIVAS

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DEFINIÇÕES NORMATIVAS

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DEFINIÇÕES NORMATIVAS

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INTERAÇÃO ENTRE PAREDES

■ Carregamento localizado sobre uma

parte do comprimento da parede

tende a haver um espalhamento

segundo um ângulo de 45°;

■ Isso também ocorre em cantos e

bordas sem a existência de juntas a

prumo;

■ Somente haverá espalhamento da

carga através de um canto se nesse

ponto puderem se desenvolver

forças de interação.

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INTERAÇÃO ENTRE PAREDES

■ Uma parede com aberturas é considerada como uma sequência de

paredes independentes;

■ Nesse caso, costuma haver forças de interação entre esses diferentes

elementos e, portanto, haverá espalhamento e uniformização de

cargas.

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IMPORTÂNCIA DA UNIFORMIZAÇÃO DE CARGAS■ As cargas atuantes sobre as paredes podem apresentar valores

diferentes. Exemplo: as paredes internas tendem a receber mais

cargas que as paredes internas;

■ Não é recomendável que, para um determinado pavimento, sejam

utilizadas resistências diferentes para os blocos;

■ A parede mais carregada acaba definindo a resistência dos blocos a

serem utilizados.

■ Também pode-se utilizar pontos grauteados. Entretanto, o

grauteamento não é uma solução para ser utilizada de modo

extensivo, devido ao custo e às dificuldades de execução;

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IMPORTÂNCIA DA UNIFORMIZAÇÃO DE CARGAS

Maior uniformização

de cargas

Maiores benefícios para

economia

Redução das resistências dos blocos

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INFLUÊNCIA DO PROCESSO CONSTRUTIVO

Providências construtivas que contribuem para a existência de

forças de interação elevadas:

a) Amarração das paredes em cantos e bordas sem juntas a

prumo;

b) Existência de cintas sob a laje do pavimento e à meia

altura;

c) Pavimento em laje maciça.

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INFLUÊNCIA DO PROCESSO CONSTRUTIVO

Quanto às aberturas: detalhes construtivos que colaboram no

aumento das forças de interação:

a) Existência de vergas;

b) Existência de contravergas.

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PROCEDIMENTO DE DISTRIBUIÇÃO DA CARGA VERTICAL

PAREDES ISOLADAS

■ Considera-se cada parede como um elemento

independente;

■ Para encontrar a carga numa parede, num determinado

nível, basta somar todas as cargas atuantes nessa parede

nos pavimentos que estão acima do nível considerado.

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PROCEDIMENTO DE DISTRIBUIÇÃO DA CARGA VERTICALPAREDES ISOLADAS

Pontos positivos

■ Simples e seguro: a falta de uniformização da carga leva a adoção deblocos mais resistentes;

Pontos negativos

■ Economia penalizada: blocos mais resistentes são mais caros;

■ Esta consideração pode causar uma estimativa errada das açõessobre estruturas complementares, como pilotis e fundações emconcreto armado;

Recomendação

■ Procedimento utilizado para edificações de altura relativamentepequena

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PROCEDIMENTO DE DISTRIBUIÇÃO DA CARGA VERTICAL

GRUPOS ISOLADOS DE PAREDES

■ Um grupo é um conjunto de paredes que são supostas

totalmente solidárias;

■ Geralmente os limites dos grupos são as aberturas, portas

e janelas.

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PROCEDIMENTO DE DISTRIBUIÇÃO DA CARGA VERTICAL

GRUPOS ISOLADOS DE PAREDES

■ A carga de cada parede é determinada e somada às demais do grupo, e

a carga total é distribuída no comprimento total de paredes do grupo,

havendo, assim, uma uniformização das cargas das paredes nesse

grupo.

■ Esse procedimento é considerado simples, usualmente seguro, bastante

racional e econômico.

■ Resulta blocos com resistências inferiores ao procedimento das paredes

isoladas.

■ É considerado adequado a edificações de qualquer altura, desde que

realmente ocorra a interação nos cantos e bordas.

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PROCEDIMENTO DE DISTRIBUIÇÃO DA CARGA VERTICAL

GRUPOS DE PAREDES COM INTERAÇÃO

■ Os grupos interagem entre si, ao se considerarem as forças de interação

existentes nas aberturas.

■ Devem ser definidos quais os grupos que interagem, definindo-se uma

“taxa de interação”, que representa quanto da diferença de cargas entre

os grupos que interagem deve ser uniformizada em cada nível

(pavimento).

■ É um procedimento que exige bastante experiência do projetista, e o

que possibilita blocos de menor resistência.

■ É adequado para edificações de qualquer altura.

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PROCEDIMENTO DE DISTRIBUIÇÃO DA CARGA VERTICAL

MODELAGEM TRIDIMENSIONAL EM ELEMENTOS FINITOS

■ A estrutura é discretizada em elementos de membrana ou chapa, com

os carregamentos ao nível de cada pavimento.

■ Procedimento interessante, que apresenta: dificuldades na montagem

dos dados e na interpretação dos resultados, e definição de elementos

que possam representar o material alvenaria.

■ Não é aplicado ainda em projetos, necessitando de mais pesquisas.

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ESFORÇOS SOLICITANTES – AÇÕES NA

ALVENARIA

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Esforços de Compressão (peso próprio alv. + cargas das lajes) fig. a;

Esforços de flexão (o vento origina forças horizontais) fig b;

Esforços de Cisalhamento (forças horizontais que atuam sobre as

paredes externas são transmitidos pelas lajes, para às paredes

internas transversais) fig. c.

Estas, sucessivamente, transmitem os esforços para os andares

inferiores até chegarem à fundação do edifício.

(a) (b) (c)47

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Método das linhas de ruptura

ou charneiras plásticas.

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MATERIAISBlocos

Argamassa

Graute

Armadura

Prisma

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Entender o comportamento estrutural das paredes de

alvenaria em função dos materiais utilizados é de

fundamental importância, tanto na etapa de projeto

quanto na de execução.

A especificação incorreta dos mesmos pode levar à

ocorrência de patologias ou, mesmo, de colapso da

estrutura.

Da mesma forma, também a falta de cuidado no processo

de construção, seja pelo uso de unidades inadequadas,

seja pela mistura incorreta das argamassas e grautes,

pode causar danos à estrutura.

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Unidades de alvenaria (blocos)

Podemos dividir quanto à natureza do material:

Cerâmico - unidades fabricadas a partir de uma mistura

de argila, normalmente moldadas por extrusão.

Concreto - unidades produzidas a partir de uma mistura de cimento, areia e brita,

moldadas por vibro-prensagem.

Sílico-calcário – mistura de cal e areia quartzosa, moldadas por prensagem e

curadas por vapor a alta pressão.

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Quanto à função:

Vedação - furos na horizontal e resistem apenas às cargas

devidas ao peso próprio e a pequenas cargas de ocupação.

Estruturais - furos na vertical e que têm a finalidade de resistir a cargas

verticais, bem como a seu peso próprio.

Bloco canaleta - É utilizado para a

confecção de vergas e contravergas

pré-moldadas e para vigas de

cintamento.

Bloco J - É utilizado para cintamento

de paredes externas e concretagem

de lajes moldadas in loco.

Formatos específicos:

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Quanto às dimensões

Dimensões reais são as efetivadas pela fabricação.

Dimensões nominais são as reais, acrescidas de 1 (um) cm para a argamassa

e as especificadas pelo fabricante.

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Blocos de Concreto

Os blocos de concreto são unidades de alvenaria fabricadas a partir de uma

mistura de cimento, agregados (areia e brita) e água. A mistura é introduzida

em máquina de moldar, onde, através de uma combinação de pressão e

vibração, se produz os blocos.

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Blocos de Concreto

A cura destes é produzida comumente com algum tipo

de aquecimento, no intuito de acelerá-la.

Os processos de fabricação e cura dos blocos devem

assegurar a obtenção de um concreto suficientemente

compacto (slump = zero) e homogêneo.

São fabricados vários tipos e tamanhos de blocos, com

diferentes funções, os quais seguem as modulações de

15 cm ou de 20 cm, conforme a malha modular definida

no projeto.

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Família M15

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Família M20

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Bloco Canaleta U

Os Blocos Canaleta são utilizados na Alvenaria Estrutural, substituindo verga e

contra-verga de janelas e o cintamento da alvenaria em forma de “J” ou “U” de

acordo com a laje a ser aplicada.

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Bloco Canaleta J

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Os blocos de concreto para alvenaria estrutural devem apresentar as

seguintes propriedades:

Aspecto

Os blocos devem apresentar aspecto homogêneo, ser compactos, ter arestas

vivas e ser livres de trincas ou outras imperfeições que possam prejudicar o seu

assentamento, ou as características de mecânica e de durabilidade da

edificação.

Dimensões

Os blocos de concreto devem atender às dimensões estabelecidas no contrato

entre fornecedor e comprador. Caso isto não ocorra, poderão ficar

comprometidas tanto a modulação prevista na fase de projeto, quanto a

racionalização do processo construtivo.

Pequenos desvios dimensionais podem ser aceitos,

desde que estejam dentro dos limites estabelecidos

pela NBR 6136, que serão mostrados na tabela ao

lado.

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Absorção de água

A absorção de água dos blocos está indiretamente relacionada com a sua

densidade.

Quanto mais denso for o bloco, menor será a taxa de absorção.

A densidade e a absorção de água afetam a construção, o isolamento

térmico e acústico, a porosidade, a pintura, a aparência e a qualidade da

argamassa requerida.

Para o assentamento de unidades com alta absorção de água, é necessário

utilizar argamassa com maior retenção de água. Dessa forma, evita- se a

perda de trabalhabilidade decorrente da absorção de água pelos blocos.

Resistência à compressão

É a principal característica da unidade para uso em alvenaria estrutural. A

resistência deve atingir os requisitos mínimos da Norma especifica, bem como

as exigências do projeto estrutural.

A NBR 6136 divide os blocos de concreto em classes de resistência mínima à

compressão, conforme mostra a tabela.

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Para uso estrutural, os blocos de concreto devem apresentar resistência

mínima de 3,0 MPa, conforme especificação da Norma.

Porém, o mercado não utiliza resitência menor que 4,5 MPa como

estrutural.

A resistência à compressão dos blocos de concreto é função do grau de

compactação, do consumo de cimento e da resistência mecânica dos

agregados utilizados na fabricação dos mesmos.

O grau de compactação, por sua vez, depende da granulometria dos

agregados, da umidade da mistura e das condições de moldagem.

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Unidades cerâmicasO ingrediente básico das unidades cerâmicas é a argila. A argila é

composta de sílica, silicato de alumínio e variadas quantidades de óxidos

ferrosos. A argila pode ser calcária ou não calcária.

No primeiro caso, a argila, quando cozida, produz um bloco ou tijolo de cor

amarelada. A não calcária contém de 2 a 10% de óxido de ferro e feldspato e

produz uma unidade de variados tons vermelhos dependendo da quantia do

óxido de ferro.

Propriedades da argila:

Plasticidade quando misturada com água (para ser moldada);

Resistência à tração para manter o formato depois de moldada;

Deve ser capaz de fundir as partículas quando queimada a altas

temperaturas.

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Propriedades dos blocos de Vedação e Estrutural:

Resistência à compressão;

Precisão Dimensional;

Índice de Absorção.

A resistência do bloco (Mpa) depende dos materiais utilizados na sua

fabricação, do processo de produção, das dimensões e geometrias dos

blocos, assim como do processo de queima.

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Todas as propriedades físicas dos materiais cerâmicos são influenciadas pela composição

da matéria prima usada e pelo processo de fabricação.

Os blocos e os tijolos cerâmicos para alvenaria estrutural devem

apresentar as seguintes propriedades:

Aspecto - As falhas visualmente perceptíveis, que têm reflexos na

capacidade resistente das paredes, são quebras, trincamentos e

deformações.

NBR 15270

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Dimensão – Com a uniforme dimensional do

bloco conseguimos:

Maior a produtividade da mão de obra;

Garante a modulação da alvenaria;

Eliminar o desperdício com quebras.

Esquadro e planeza - Os processos de extrusão,

corte e cozimento dos produtos cerâmicos podem

gerar :

Distorções nas faces dos mesmos;

Desvios em relação ao esquadro;

Falta de planeza das faces das unidades;

Dificuldade no assentamento;

Dificuldade de aderência da argamassa;

Diminuem a produtividade;

Influem na capacidade portante da parede.

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Os blocos não devem apresentar defeitos sistemáticos, tais como trincas,

quebras, superfícies irregulares ou deformações que impeçam seu emprego na

função especificada. Na tabela abaixo são apresentadas as tolerâncias

máximas de fabricação da média dos blocos.

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Resistência à compressão

É uma das principais características da unidade para uso em alvenaria

estrutural.

A presença de fissuras pode acarretar o

aparecimento de áreas de concentração de

tensões, provocando a ruptura prematura da peça.

A NBR 15270 determina que o Bloco de

Vedação tenha uma resistência mínima de 1,5

Mpa, e o Bloco Cerâmico Estrutural tenha uma

resistência mínima de 3,0 Mpa.

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Absorção de água

A absorção de água é definida como o peso de água, expresso como uma

percentagem do peso seco do tijolo, que é absorvida durante a imersão em

água num determinado período de tempo. Esse tempo é normalmente de 5

horas em água fervente ou de 24 horas em água fria.

O cálculo da absorção é feito através desta fórmula:

Esta propriedade está relacionada à permeabilidade da parede à água de

chuva. A absorção de água não deve ser inferior a 8% nem superior a

22%.

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Argamassa

A argamassa é material composto por um ou mais aglomerantes(cimento e

cal), por um agregado miúdo (areia) e água suficiente para produzir uma

mistura plástica de boa trabalhabilidade.

A argamassa é o elemento de ligação das unidades de alvenaria em uma

estrutura única.

Principal função estrutural da argamassa:

É a transferência uniforme das tensões entre os tijolos e os blocos,

compensando as irregularidades e as variações dimensionais dos mesmos.

Deve unir solidariamente as

unidades de alvenaria e ajudá-las a

resistirem aos esforços laterais.

Ajuda a combater o cisalhamento e a

flexão.

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Cal - Por sua capacidade de retenção de

água acarretará em menor módulo de

deformação longitudinal, permitindo sem

danos, maiores movimentações da

alvenaria, seja por recalque ou por variação

térmica.

Propriedades das argamassas

Trabalhabilidade é a propriedade mais importante da argamassa no

estado fresco. Argamassa de boa trabalhabilidade pode ser

espalhada facilmente sobre a superfície do bloco e penetra-lhe nos

poros, assegurando a extensão da penetração da argamassa na

unidade de alvenaria.

Retentividade é a capacidade de retenção de água pela argamassa,

no estado fresco, em oposição às forças de sucção do bloco e de

evaporação. A sucção do bloco é necessária para promover o

contato com o cimento.

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Aderência é uma das propriedades mais importantes das argamassas no

estado endurecido.

É uma combinação do grau de contato entre a argamassa e a unidade e da

adesão da pasta de cimento à superfície do bloco ou do tijolo.

Resistência à compressão. Uma grande resistência à compressão da

argamassa não é necessariamente sinônimo de melhor solução estrutural.

A argamassa não deve exceder a resistência dos blocos da parede, de

maneira que as fissuras que venham a ocorrer, devido a expansões térmicas

ou a outros movimentos da parede, ocorram na junta.

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Importante: Os fatores que influenciam o grau de contato e a adesão:

trabalhabilidade da argamassa;

retentividade;

taxa de absorção inicial do bloco;

mão-de-obra;

quantidade de cimento na mistura;

a textura da superfície do bloco;

o conteúdo de umidade do bloco;

a temperatura e a umidade relativa.

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Graute

Função:

Solidarização da armadura com os blocos;

Aumento da capacidade portante.

Composição :

cimento;

agregado miúdo;

agregado graúdo;

água;

cal ou outra adição destinada a conferir trabalhabilidade e retenção de água

de hidratação à mistura.

Concreto com agregado graúdo com 100% passando na peneira de 12,5mm.

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Portanto, a resistência à compressão do graute não deverá ser inferior à

resistência à compressão do bloco referida à área líquida.

Levando-se em conta que a área bruta do bloco é aproximadamente o dobro de

sua área líquida, temos que:

Estes grautes devem ser fluidos de modo a ter

um abatimento (SLUMP) variando entre 17 e

23 cm.

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15 MPa

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Armaduras

As armaduras têm como funções principais:

Travamento das alvenarias;

Aumentar a resistência à compressão das alvenarias;

Resistir a esforços de tração, quando existirem.

Os aços utilizados em alvenaria estrutural armada devem ter as mesmas

características daqueles usados no concreto armado convencional, e devem

ser totalmente envolvidos pelo graute de maneira a obter uma estrutura

monolítica.

O diâmetro máximo das armaduras utilizadas deverá ser tal que permita

garantir os cobrimentos mínimos de 2,0cm para armadura na vertical e

1,5cm para armadura utilizada na horizontal.

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Define-se, de uma maneira geral, prisma como conjunto composto pela

justaposição de dois ou mais blocos, unidos através de juntas de

argamassas com 1 cm de espessura, destinados ao ensaio de compressão

axial.

Os ensaios com prismas e pequenas paredes são a base para o projeto

estrutural, uma vez que ensaios das unidades componentes da alvenaria

não apresentam boa correlação com aqueles sob condições de utilização

das estruturas.

Outro cuidado que se deve tomar ao analisar os resultados de ensaios de

prismas e utiliza-los no cálculo estrutural, está relacionado às características

geométricas do prisma com relação à estrutura real.

Considerando todos estes fatores, a melhor maneira de se estimar valores

para as alvenarias seriam ensaios em escalas reais, entretanto estes testes

são de difícil preparação, onerosos, além de exigir uma estrutura laboratorial

sofisticada.

Prismas

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Várias pesquisas têm sido desenvolvidas para avaliar a influência do índice de esbeltez

(influência da altura e geometria do prisma) na resistência à compressão.

Os ensaios com prismas apresentam a vantagem de serem mais rápidos e

econômicos do que os ensaios de paredes, além de não exigirem estrutura

laboratorial muito sofisticada quanto estas, entretanto não se obtém o real

comportamento da alvenaria.

Pode se fazer uma analogia com o concreto: o prisma é o corpo de prova para ensaio de

compressão, assim como o cilindro é usado para ensaiar o concreto à compressão.

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Maior espessura da junta → menor a resistência;

Menor altura do bloco → menor a resistência;

A resistência da alvenaria pode ser maior que a resistência da

argamassa – estado de tensões;

Aumento da resistência da argamassa não implica em aumento

significativo da resistência da alvenaria;

Aumento da resistência do bloco implica em aumento da

resistência da alvenaria, pois há aumento da resistência à tração

também.

IMPORTANTE:

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MODULAÇÃO

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Modulação

Coordenação modular é a técnica que permite relacionar as medidas de projeto com as

medidas modulares por meio de um reticulado especial modular de referência.

O arquiteto deve conhecer as dimensões das unidades que serão utilizadas na

construção e trabalhar sobre uma malha modular com medidas baseadas no tamanho

do componente a ser usado (múltiplos de 5 cm).

A coordenação modular pode representar acréscimos de produtividade de cerca de

10%.

O uso adequado da modulação garante:

Evita cortes e outros trabalhos de ajuste no canteiro que representariam perda de

tempo;

Evita desperdício de material e mão-de-obra;

Permite a compatibilização dos projetos arquitetônicos, estruturais e de instalações.

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Durante a execução da obra devem ser tomadas medidas para garantir juntas com

tolerâncias adequadas à modulação adotada.

A modulação deve ocorrer tanto na vertical quanto na horizontal.

Esta é obtida mediante o traçado de um reticulado de referência com um módulo

básico escolhido (dimensões do bloco, mais espessura de juntas, cabendo salientar

que usualmente os módulos são de 15 cm ou 20 cm mais 1 cm).

As alturas e larguras das paredes devem ser múltiplas do módulo básico.

A posição dos blocos no reticulado deve ser tal, que duas faces deles sempre

tangenciem as linhas tracejadas.

Segundo a experiência de vários projetos e projetistas, a modulação ideal é aquela

em que o módulo é igual à espessura da parede, não sendo necessária a criação de

blocos especiais para ajustes nas amarrações.

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A coordenação modular deve ser compatibilizada com os vãos de portas e janelas,

tendo em vista as dimensões externas de marcos e janelas, bem como a

necessidade de juntas entre estes e a alvenaria.

Conforme o tipo de janela (madeira, ferro ou alumínio), deve ser estudada a fixação e

estabelecidas as folgas necessárias, para consideração na coordenação modular.

Na prática, entretanto, diversos parâmetros construtivos obrigam a acomodar

algumas dimensões. A espessura das lajes, por exemplo, é determinada por um

dimensionamento econômico, que raramente coincide com o do módulo.

Nessas condições, a preocupação de modulação vertical se restringirá à medida de

piso a teto, tomando-se o cuidado de utilizar uma espessura de laje que seja

constante em todo o pavimento, a fim de se obter um único nível de respaldo na

última fiada e um único nível de saída para a primeira fiada do andar superior.

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Em muitos projetos são utilizadas mais de uma espessura de parede e outros tipos

de blocos. Muitos erros acontecem nesses casos.

Assim, deve-se ter o cuidado de dispor o layout em planta de tal maneira, que os

comprimentos individuais de cada painel de parede fiquem modulados entre as

paredes ortogonais que as limitam.

Além das peças-padrão descritas, existem inúmeros modelos para aplicações

mais específicas, tais como: bloco canaleta estrutural, meia canaleta estrutural,

bloco hidráulico estrutural, bloco especial o estrutural.

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COORDENAÇÃO MODULAR HORIZONTAL

Comece a lançar o projeto pelos encontros em .L. e em .T., utilizando ou não os

blocos especiais que se façam necessários.

Escolha os

blocos

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Em seguida, feche os vãos das alvenarias. Preocupe-se em utilizar ao máximo o

bloco B29 quando o módulo é 29, e o bloco B39, quando modular com a família 39.

Lance os vãos das esquadrias e os shafts e avalie as compensações necessárias

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Falha na amarração horizontal

A amarração mínima é de 1/3 do comprimento do bloco.

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A modulação vertical raramente provoca mudanças significativas no arranjo

arquitetônico.

Existem basicamente duas formas de se realizar essa modulação. A principal e

mais usada, apresentada na figura abaixo, é aquela em que a distância modular é

aplicada de piso a teto.

Assim, paredes de extremidades terminarão com um bloco J que tem uma das

suas laterais com uma altura maior que a convencional, de modo a acomodar a

altura da laje. Já as paredes internas terão sua última fiada composta por blocos

canaleta comuns.

COORDENAÇÃO MODULAR VERTICAL

Em casos em que não se pretenda ou não se possa utilizar blocos J, mesmo nas

paredes externas poderão ser utilizados apenas blocos canaleta convencionais,

realizando-se a concretagem da laje com uma fôrma auxiliar convenientemente

posicionada

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ESCANTILHÃO

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MODULACÃO COM BLOCO CERÂMICO – FAMÍLIA 29

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Exemplo

Faça a modulação da 1º e 2 fiada da planta abaixo para a família 39 de concreto e

29 cerâmico.

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