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Amazônia Catálogo de Arte está catalogando todos os artistas da região amazonica.
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Contatos: (92) 3236-9798 / 9346-3998 E-mail: [email protected]: www.canoamultimidia.net
PRODUÇÃO E REALIZAÇÃO
O Amazônia Catálogo de Arte é um projeto da Canoa Multimídia Espaço de Cultura Digital. Serão criados catálogos que tem a pretensão de expandir a visibi-lidade das artes plásticas, da fotografia, artesanato e culinária praticada por pessoas que moram na Ama-zônia.Os catálogos serão construidos na linguagem tradi-cional dos livros e depois transformados em e-books para serem veiculados dentro da grande rede.Posteriormente esses projetos gráficos também po-dem ser impressos como livros tradicionais.A idéia é que as grandes galerias e o publico em geral tenham acesso ao trabalho dos artistas que produzem cotidianamente no região amazônica.
A poesia antecede a dor, o pensamento e a filosofia. Ela vem antes das coisas. Ela nasce no mesmo instante que a musica ancestral o que quer que isso queira dizer.Por ela vir antes ela não sabe o que são regras.Regras é invenção de humanoides ridiculos e limitados.A poesia é insubmissa.Ela é irmanzinha da insubmissão.A poesia do Dori Carvalho é insubmissa.Ela é poesia portanto.Ela é poesia para ser consumida, bebida no gargalo, comida que nem jaraqui.Ela não é palaciana.Ela nem sabe o que é palacio.O Dori faz esse meu trabalho de editor valer a pena.
Do editor Jorge Laborda
Meu meninopor um instante, um segundo, uma centelhano meio da madrugada solitária,quando guardo meu menino em meus braços desiludidos, pequeno gigante em seu sono,num suspiro suave e frágilaconchega-se em meu peito,sinto, como sentem os cristãos, como se fosse o menino jesusinundando minh’alma de luz,paz, silêncio e calmaria.e já não rio nem choro,não sofro, não penso em mais nada.apenas dorme um menino em meu coração.
EstrelasQue as estrelas te iluminemQue a vida te seja grataQue tenhas o coração generosoQue possas sempre fazer o bemE possas sobreviver ao mal
ManauaraSeus filhos mais rebeldesSeus poetas mais alucinantesFazem, agora, apologiasAos queridos governantes.
Enquanto isso, mais um crimeNo cais do porto, camelôs, paletes,as putas à venda em containers, mulasJaraquis e matrinchãs e sangue, aviõesContabilistas e cunhantãs, vadias e gigo-lôs.
Seus filhos mais rebeldesSeus poetas mais alucinantesFazem, agora, apologiasAos queridos governantes.
E voadores e viados, motéis jesus,Deus me livre e puta que me pariuA beira do rio tomada por militares,Traficantes, novos ricos e corruptosA cidade de costas e bundas pro rio
Seus filhos mais rebeldesSeus poetas mais alucinantesFazem, agora, apologiasAos queridos governantes.
Fedentina, doença, fome e hospital tropi-calOs gringos, grunges, ricos e hotel tropi-calO sexo, a luxúria, bacanais, a cabeça da picaE bucetinhas de crianças a preço de ba-nana
Seus filhos mais rebeldesSeus poetas mais alucinantesFazem, agora, apologiasAos queridos governantes.Donos da vida e do mundo e porra e ca-ralhoCachorros e vândalos e sândalos perfu-mandoOs sovacos do vermes, vômito e voraci-dadeVeracidade, ver a cidade à venda de per-nas pro ar.
Seus filhos mais rebeldesSeus poetas mais alucinantesFazem, agora, apologiasAos queridos governantes.
Partidavou deixando partículasdo meu ser grisalhoem teus lençóis
vou deixando partículasdo meu falo alucinadoem teus lençóis
vou deixando partículasda minha alma cansadaem teus lençóis
vou deixando partículasdo meu coração dilaceradoem teus lençóis
e chegará o diaem que não haverá sóise partirás, minha alegria,para outros arrebóis
Dia e noite
De dia tudo bem de noite solidãoDe dia ilusão de noite abandonoDe dia alegria de noite o sono não vem
Um canto pra dormir um canto pra chorarUm resto de vida um resto de amor
Sonho Quisera uma mulher com alma de brisaQuisera uma mulher com corpo de fura-cão
Que seu desejo fosse o tropel de mil bú-falosQue seu olhar tivesse o brilho de alfa--centauroAo olhar meu corpo em chamas de vul-cão
Que sua ternura fosse o vôo do beija-flor Que seu encanto surgisse como o arco--írisAo sentir minha desilusão diante da vida
Salve a vidaPai, ensina-mea ser bom e generoso.Abra minha almapara ter sabedoriae tolerância com os irmãos.Dê-me um pouco de paz,SentimentosBonitos e grandiosos,saúde e tranqüilidadediante dos sofrimentos,trabalho e dedicaçãodiante das dores da vida.
Que as estrelas e o amoriluminem meu caminho,que a vida me seja bela,que eu tenha um coraçãolivre e fraterno,que eu possa fazer o beme sobreviver ao mal,que eu possa viversob a honra e a dignidade,que o amor seja a única lei,que a minha escravidãoseja a liberdade de lutarpela justiça e pela verdade.
Sem nomeMeu coração é vermelho Minha alma é azulVermelho é minha paixão Azul é mi-nha alegriaA paixão é a minha vida A poesia é minha moradaMinha vida é fogo e sol Minha morada é céu e mar
Tudo bemestá tudo bem, madrugada,e está tudo bemtirando as noites insonesestá tudo bemtirando o coração partidoestá tudo bemtirando o baixo salárioestá tudo bemtirando as dores na colunaestá tudo bemtirando a saudadeestá tudo bem
tirando a injustiçaestá tudo bemtirando o inferno da cidadeestá tudo bemtirando a mesquinhariaestá tudo bemtirando as crianças famintasestá tudo bemtirando os seres violentosestá tudo bemtirando o peito vazioestá tudo bem, madrugada,e está tudo bem
Contatos: (92) 3236-9798 / 9346-3998 E-mail: [email protected]: www.canoamultimidia.net
PRODUÇÃO E REALIZAÇÃO
O Amazônia Catálogo de Arte é um projeto da Canoa Multimídia Espaço de Cultura Digital. Serão criados catálogos que tem a pretensão de expandir a visibi-lidade das artes plásticas, da fotografia, artesanato e culinária praticada por pessoas que moram na Ama-zônia.Os catálogos serão construidos na linguagem tradi-cional dos livros e depois transformados em e-books para serem veiculados dentro da grande rede.Posteriormente esses projetos gráficos também po-dem ser impressos como livros tradicionais.A idéia é que as grandes galerias e o publico em geral tenham acesso ao trabalho dos artistas que produzem cotidianamente no região amazônica.