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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE CINCIAS DA SADE ESCOLA DE ENFERMAGEM ANNA NERY PROGRAMA CURRICULAR INTERDEPARTAMENTAL IX

RELATRIO DE AMBIENCIASETOR 10C

Rio de Janeiro,

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2012/01. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE CINCIAS DA SADE ESCOLA DE ENFERMAGEM ANNA NERY PROGRAMA CURRICULAR INTERDEPARTAMENTAL IX

RELATRIO DE AMBIENCIASETOR 10C

Orientadora: Prof. Lilian Fellipe Acadmicos: Amanda Pires Juca da Silva DRE:108087188 Jessica Baptista Silveira DRE: 109041038 Lorena da Rocha Acioli DRE:108107904 Maureen Meira vieira Soares DRE: 109041046 Rosileide Fonseca DRE: 109040252 Thbata Renata Cruz Cantisano DRE 109039845 Walkria Souza de Santana DRE: 108035296

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Rio de Janeiro, 2012/01. APRESENTAO O presente relatrio de ambincia foi realizado pelos acadmicos de Enfermagem do sexto perodo de graduao da Escola de Enfermagem Anna Nery (EEAN) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que atuaram durante o estgio do Programa Curricular Interdepartamental IX (PCI IX) no setor 10 C do Hospital Universitrio Clementino Fraga Filho (HUCFF). Foi-nos proposto pelos docentes para relatarmos os achados da ambincia realizada com incio no dia 19 de Maro de 2012 e nos posteriores dias de estgio. Objetivo: Levar os acadmicos a estabelecer um contato inicial com o ambiente e a clientela.

Levar os estudantes a ter uma viso reflexiva para construir crticas que possam criar resolutividade ao setor e com isso uma melhor assistncia. Sugestionar ao setor possveis modificaes para melhor aproveitamento do espao.

Justificativa: Uma unidade de sade precisa de condio arquitetnica e organizacional especifica para atender determinado tipo de clientela. A enfermagem est presente em quase todos os espaos dentro de uma unidade de sade e quase sempre em tempo integral, sendo uma grande aliada para um planejamento de um espao fisco adequado.

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SUMRIO 1- CONSIDERAES INICIAIS 2- RELATRIO DE AMBINCIA NO SETOR 10C I. II. III. ACESSO AO SETOR SEGURANA AMBIENTES

04 05 05 05 06 06 07 07 07 07 09 09 10 10 11 12 12 14 14 16 17 17 18 19

IV. V. VI. VII. VIII.

HALL DE ELEVADORES SALA DE ESPERA DE VISITANTES REFEITRIO SANITRIO PARA VISITANTES/ ACOMPANHANTES CORREDOR CENTRAL POSTO DE ENFERMAGEM/ ADMINISTRAO/ SECRETARIA SALA DE CHEFIA DO SETOR DE ENFERMAGEM SALA DE PRESCRIES DE ENFERMAGEM E MDICAS/ SALA DE REGISTROS SALA DE EXAMES E CURATIVOS SALA DE UTILIDADES / EXPURGO ROUPARIA DEPSITO DE EQUIPAMENTOS/ MATERIAIS DE LIMPEZA QUARTO DE PLANTO/ QUARTO EQUIPE DE ENFERMAGEM ENFERMARIAS QUARTO DE ISOLAMENTO

OUTROS LOCAIS NO SETOR EQUIPE MULTIPROFISSIONAL EQUIPE DE ENFERMAGEM TREINAMENTO DA ENFERMAGEM DINMICA DE SERVIOS

3- CONSIDERAES FINAIS 4- SUGESTES 5- REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS 6- ANEXOS

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1- CONSIDERAES INICIAIS

A ambincia trata-se de uma observao do espao fsico e coleta de informao da sua dinmica de funcionamento a fim de possibilitar reflexo e identificao de problemas no meio (BRASIL, 2004). O ambiente pode interferir consideravelmente na vida do indivduo. Florence Nightgale em meados de 1860 j fazia essa inter-relao entre o espao fsico e a sade das pessoas. Essa teoria foi denominada de Teoria Ambientalista que perpetua at hoje. Nightgale se destacou por sua grande capacidade de raciocnio e observao, ela promoveu reformas consideradas surpreendentes nos hospitais militares, por essa e demais contribuies para a Enfermagem, foi considerada a fundadora da Enfermagem Moderna em todo o mundo (COSTA, 2009). Assim, um local mal planejado, sem infra-estrutura adequada e/ou necessitando de reparos, pode gerar vrios prejuzos aos seus usurios, principalmente quando se trata de uma unidade de sade. O HUCFF teve sua obra iniciada, em setembro de 1950, aps Pedro Calmon Reitor da Universidade na poca reconhecer os prejuzos causados a educao dos estudantes da rea de sade por no terem um hospital prprio. Com isso resolveu-se que a Cidade Universitria seria construda prximo Ilha do Governador. Porm s no primeiro dia de maro de 1978 que o hospital foi inaugurado depois de vrios problemas para sua construo. Mesmo com sua inaugurao, infelizmente nem toda a estrutura hospitalar foi usada, a ala sul do Hospital Universitrio ficou desativada e aps um abalo em sua estrutura, foi implodida dia 19 de Dezembro de 2010 (G1, 2010). Voltando a funcionar normalmente aps um ms de imploso, permitindo hoje o crescimento educacional dos alunos da UFRJ.

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2- RELATRIO DE AMBINCIA NO SETOR 10C INTERNAO CIRRGICA O setor possui as clnicas de neurologia, ortopedia, proctologia, cirurgia geral e oftalmologia.

I.

ACESSO AO SETOR

O Hospital HUCFF situa-se no campus da Ilha do Fundo, na Rua Professor Rodolpho Paulo Rocco n 255, no municpio do Rio de Janeiro e integra o Complexo Hospitalar da UFRJ. De acordo com seu regimento, est definido como rgo suplementar do Centro de Cincias da Sade (CCS) sendo, portanto, vinculado ao Ministrio da Educao. As principais vias de acesso horizontal ao HUCFF so a Avenida Brasil e a Linha Vermelha. Existe um vasto nmero de nibus que passam pelo HUCFF como ponto positivo e podemos citar como ponto negativo de acesso, o trnsito intenso na entrada e sada do campus da Ilha do Fundo. O acesso ao setor 10C se d atravs do uso de elevadores ou escada, pois o mesmo se localiza no 10andar. Esse acesso vertical muitas das vezes prejudicial aos clientes e funcionrios devido ao um nmero limitado de elevadores em funcionamento uma mdia de 2 a 3 ocasionando grande fila de espera para a sua utilizao. Clientes, funcionrios, visitantes e acompanhantes usam os mesmos elevadores, claro que em certas situaes de transferncia de pacientes e urgncias mdicas h prioridade na sua utilizao. O hospital possui vrios estacionamentos ao seu redor, porm sua utilizao paga.

II.

SEGURANA,

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No corredor do setor h trs extintores de incndio. Dois com carga dgua pressurizada, indicados para aparas de papel e madeira. E um extintor com carga de gs carbnico para lquidos inflamveis e equipamentos eltricos. Os extintores esto fixados nas paredes do corredor, a 1,2m do cho, no apresentam sinalizao como marcao de piso, parede, coluna e/ou teto que indicam a presena do mesmo. importante que haja sinalizao, pois em uma emergncia os usurios do local ou visitantes possam identificar de longe um extintor e sua carga (NBR 12693). Alm disso de acordo com a NBR 12693, os extintores devem estar acima de 20 cm do cho e em altura mxima de 1,60m. Com risco baixo para fogo a distncia mxima para ser percorrida at o extintor de 20 metros, no caso de risco mdio e grande a distncia cai para 10 metros. Os extintores do setor encontravam dentro dessas normas. De acordo com a NR 23, cada extintor dever ser inspecionado visualmente a cada ms, examinando-se o seu aspecto externo, os lacres, os manmetros, quando o extintor for do tipo pressurizado, verificando se o bico e vlvulas de alvio no esto entupidos. E deve ser examinado internamente a cada 6 meses. Os trs extintores do setor tiveram sua ltima manuteno em fevereiro de 2012, necessitando de uma nova avaliao no ms atual. De acordo com uma enfermeira do setor, os funcionrios no tm treinamento para situaes de incndio. Mas o hospital de acordo com o prprio site do HUCFF, conta com um Plano de Emergncia Hospitalar para atuar em situaes de emergncia interna (exemplo: incndio). Sempre que HUCFF estiver em situaes de emergncia um responsvel da COE/ SEVIG ter o dever de solicitar o acionamento dos recursos de salvamento e de prestao de socorro disponveis no HUCFF, conforme a classificao da emergncia. Esse responsvel da COE/ SEVIG deve informar a ocorrncia com os dados j conhecidos, por meio de: telefone para diretor geral do hospital que compete receber a comunicao da emergncia, assumir o comando da operao na rea do sinistro e convocar auxiliares para a rea; Supervisor de Enfermagem, Chefe do Servio de Operao e Manuteno, Inspetor de Vigilncia, Chefe do Servio de Emergncia e Engenheiro de Segurana do Trabalho; e rdio e/ou outros contatos para a Brigada de Combate a Incndio, central telefnica, controle dos elevadores, Servio de Emergncia Mdica, Enfermagem, entre outros. Os recursos internos do HUCFF para situaes internas emergenciais so: Servio Mdico; Corpo Voluntrio De Emergncia CVE funcionrios do HUCFF

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especialmente treinados para auxiliar as equipes mdicas no socorro s vitimas de uma emergncia; Servio De Salvamento e Combate a Incndio SSCI (bombeiros profissionais civis, especialmente treinados para realizar salvamentos e combater princpios de incndios, at a chega do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro); Brigadistas de Combate a Incndio (funcionrios da comunidade do HUCFF, especialmente treinados para auxiliar as equipes de bombeiros profissionais civis para realizar os primeiros combates focos iniciais de incndios). Fazem parte dos recurso externos o Hospital da Fora Area do Galeo (HFAG); Rede Hospitalar do SUS - Hospital Geral de Bonsucesso; Hospital Municipal Paulino Werneck, que devero receber vtimas graves, dentro de sua capacidade de atendimento; Comando da Aeronutica - 3/8 GT para transporte das vtimas graves; Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro; Instituito Mdico Legal IML que participar da emergncia como elo legal referente aos procedimentos de autpsia e liberao de cadveres e Sistema de Salvamento e Combate a Incendio do Galeo SSCI.

III.

AMBIENTES HALL DE ELEVADORES

Este ambiente possui iluminao natural e artificial satisfatria, mesmo com uma das 8 luminrias no funcionando, ventilao artificial satisfatria, paredes e teto em boas condies de conservao e limpeza, com cor clara, o que facilita na iluminao e circulao de pacientes e funcionrios, piso antiderrapante em boas condies de limpeza e conservao. H uma lixeira que esvaziada duas vezes ao dia, mostrando satisfatria quanto a quantidade.

SALA DE ESPERA DE VISITANTES

A RDC n50/ANVISA 2002 preconiza uma sala de estar para visitantes, porm no obrigatrio. O setor possui uma rea de espera reservada para visitantes. Esta possui

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iluminao natural e artificial, com 6 luminrias sendo que duas no funcionam, o que caracteriza uma iluminao artificial insatisfatria. O piso est limpo, porm em m condies de conservao pois o mesmo est descolando o que pode ocasionar queda de funcionrios e pacientes. As paredes possuem cores claras, o que facilita a iluminao natural, porm com sujidade. A ventilao natural e satisfatria. Em relao ao mobilirio a sala possui uma televiso que no funciona. E dois bancos precisando de reparos na pintura, mas esto estruturalmente bons.

REFEITRIO

A RDC n 50/ANVISA 2002 preconiza que tenha pelo menos uma rea de recreao / lazer / refeitrio, para cada unidade de pediatria, psiquiatria e crnicos com 1,2 m por paciente em condies de exercer atividades recreativas, lazer. Porm no setor 10C este inutilizado, fazendo com que os pacientes faam suas refeies em seus leitos e no possuam atividades recreativas. Com isso o paciente fica restrito a conversar somente com funcionrios que vo at a enfermaria e com os pacientes la existente fazendo com que o convvio com outras pessoas diminua e o paciente se sinta sozinho.

SANITRIO PARA VISITANTES/ ACOMPANHANTES

A RDC n 50/ANVISA 2002 preconiza que tenha dois banheiros reservados para o acompanhante, um masculinho e um feminino, porm no setor 10C estes no existem. Os visitantes usam o mesmo banheiro que reservado para os clientes, aumentando risco de infeco tanto para os clientes quanto para os acompanhantes. Alm do que com mais pessoas usando necessrio uma limpeza mais regular do que se fosse somente os pacientes utilizando o que gasta mais material de limpeza, pessoal e tempo dos profissionais de limpeza.

CORREDOR CENTRAL

Segundo Agencia Nacional de Vigilncia Sanitria (ANVISA), os corredores destinados circulao de pacientes devem possuir corrimos em ao menos uma parede lateral a uma altura de 80 cm a 92 cm do piso, e com finalizao curva. Os bate-macas

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podem ter tambm a funo de corrimo. Observando-se o corredor do setor, este que no apresentou corrimos nas bate-macas. Os corredores de circulao de pacientes ambulantes ou em cadeiras de rodas, macas ou camas, devem ter a largura mnima de 2,00 m para os maiores de 11,0 m e 1,20m para os demais, no podendo ser utilizados como reas de espera. Os corredores de circulao de trfego intenso de material e pessoal devem ter largura mnima de 2,00m, no podendo ser utilizados como rea de estacionamento de carrinhos. Em relao a largura do corredor do setor est dentro dos parmetros com 3m de largura (mantendo os dois metros livres), valor acima do preconizado, sendo um ponto positivo para o hospital. Nas reas de circulao s podem ser instalados telefones de uso pblico, bebedouros, extintores de incndio, carrinhos e lavatrios, de tal forma que no reduzam a largura mnima estabelecida e no obstruam o trfego, a no ser que a largura exceda a 2,00 m. No corredor do setor foi encontrado um telefone pblico, mas sem funcionalidade, nenhum bebedouro e lavatrio. Encontrados algumas vezes carrinhos de limpeza e da nutrio, que no atrapalham a circulao, pois como dito anteriormente, os corredores possuem 3m de largura. A iluminao artificial observada no corredor do setor satisfatrio de acordo com a equipe de enfermagem mas no quantitativo de 74 lmpadas, 27 encontravam-se queimadas sendo assim com 36 % da iluminao prejudicada. O que dificulta do trabalho dos profissionais noturnos J na iluminao natural encontrada- se satisfatria. Segunda a ANVISA a iluminao natural est relacionada h demandas especficas dos diferentes ambientes funcionais do hospital quanto a sistemas de controle de suas condies de conforto luminoso, seja pelas caractersticas dos grupos populacionais que os utilizam, seja pelo tipo de atividades ou ainda pelos equipamentos neles localizados, esse conforto luminoso regidas pela a norma NBR 5482 Iluminncia de interiores. A ventilao presente no corredor somente natural, sendo est insatisfatria quando o tempo est com a temperatura alta porm nos dias frescos ela satisfatria. Segundo a ANVISA ambientes funcionais do hospital que demandam sistemas comuns de controle das condies ambientais higrotrmicas e de qualidade do ar. Os corredores correspondem a certas unidades funcionais que no carecem de condies especiais de temperatura, umidade e qualidade do ar. Sua ventilao e exausto podem ser diretas ou indiretas. Em relao a higiene do corredor, todos os seguimentos que so teto, parede, piso e mobilirio ficaram com o requisito insatisfatrio, pois os mesmos encontram-se em mal

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estado de conservao, alm do piso propiciar a queda quando molhado. Segundo a ANVISA Os requisitos de limpeza e sanitizao de pisos, paredes, tetos, pias e bancadas devem seguir as normas contidas no manual Processamento de Artigos e Superfcies em Estabelecimentos de Sade ou o que vier a substitu-lo. Os materiais adequados para o revestimento de paredes, pisos e tetos de ambientes de reas crticas e semicrticas devem ser resistentes lavagem e ao uso de desinfetantes. Pode utilizar forro removvel, inclusive por razes ligadas manuteno, desde que nas reas semicrticas esses sejam resistentes aos processos de limpeza, descontaminao e desinfeco.

POSTO DE ENFERMAGEM/ ADMINISTRAO/ SECRETARIA

O Posto de Enfermagem o local onde a equipe pode buscar materiais, preparar medicaes, entre outras atividades. Por ser um local espaoso e aberto, todos os profissionais podem circular pelo mesmo. Segundo as normas da RDC 50, faz se necessrio um posto de enfermagem a cada 30 leitos, com um dimensionamento de 6 m2, concluindo que o posto do setor 10 C encontra se dentro dos padres sugeridos. um ambiente iluminado, bastante claro e arejado .Possui 6 luminrias ficando no perodo diurno somente uma acessa afim de economizar luz j que a iluminao natural suficiente somente dificulta os profisisonais do perodo noturno. Os armrios esto em bom estado e os matriais dentro dos mesmos se encontram organizados (gavetas etiquetadas com o contedo dentro existente). A bancada de preparo dos medicamentos limpa e organizada, assim como a pia para uso dos profissionais (com sabo e uma caixa de Descarpack disponvel). As fichas e documentaes so organizados em prateleiras ao lado da bancada .

SALA DE CHEFIA DO SETOR DE ENFERMAGEM

A sala da chefia de enfermagem possui boa iluminao natural o que no se faz necessrio utilizar iluminao eltrica no perodo diurno. Apresenta boa ventilao pois as janelas so grandes porm no calor desagradvel pois pega o sol diretamente. O teto

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rebaixado o que facilita se for feito alguma interveno na rede eltrica . Os mveis no esto em excelente estado de conservao pois os acabamentos esto gastos por serem de madeira pode machucar os profissionais. SALA DE PRESCRIES DE ENFERMAGEM E MDICAS/ SALA DE REGISTROS Segundo a resoluo RCD n 50/ANVISA 2002, a sala de prescrio de enfermagem e mdica/ registros uma rea reservada para anotaes e evolues sobre o quadro clnico do paciente. De acordo com a ANVISA a sala de prescrio/ registros deve-se ter uma para trinta leitos com dimenso de 6,0 m. O local dispe de um espao acima de 6,0m, tem iluminao artificial e natural. A natural foi considerada satisfatria, viabilizadas pelas grandes janelas de vidro que permitem a iluminao do ambiente, porm est uma vantagem apenas durante o dia. Durante noite realizada pela iluminao artificial que alis muito insatisfatria, pois possui seis luminrias contendo doze lmpadas sendo que nenhuma funciona. A higiene observada neste local foi tida como satisfatria, os pisos e paredes so feitos de materiais que facilitam a limpeza. As paredes e o teto so de cores claras, sendo a primeira feita de material impermevel e resistente a lavagem, j os pisos so feitos de placas de concreto polido e derrapantes.

SALA DE EXAMES E CURATIVOS

H no setor uma sala de exames e curativos para 36 leitos, o que se encontra fora do padro preconizado pela RDC n50/ANVISA 2002 que diz que deve ter uma sala de curativo e exames para 30 leitos. Possui luz natural e artificial, porm no apresenta energia de emergncia que preconizado pela RDC n50/ANVISA 2002. O Hospital Universitrio possui uma sala de curativo onde pode ser atendido pacientes internados e que possuem qualquer tipo de ferida que no possa ser realizado o curativo no leito. Esta sala est descaracterizada, pois em um local que deveria ter condies bsicas para realizaes de curativos com segurana, divide o cenrio como

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depsito, onde so guardados carrinho de banho, cadeiras de banhos, cadeiras e objetos que no funcionam mais.O que no permite um ambiente limpo e organizado para que os funcionrios do setor atenda os pacientes de forma correta. H 3 tomadas visveis. O teto rebaixado com isopor e est em boas condies. A parede possui bate-maca, colorao clara e est em bom estado de conservao e limpeza. O cho possui piso antiderrapante em boas condies de limpeza e conservao, porm possui um ralo com a tampa solta, propondo um risco de queda para quem transita no ambiente. Em relao ao mobilirio fixo presente no ambiente pode se citar 4 nichos, 3 armrios, sendo que 2 com 2 gavetas cada e 1 com 1 gaveta apenas, uma pia com bica funcionante, com sada de gua fria, um suporte para sabo, porm sem sabo, um suporte para papel para secar as mos, com o papel e um suporte fixo de soro. Em relao ao mobilirio mvel a sala possui 11 carrinhos, sendo que desses, 5 so de banho e 6 de curativo, 1 maca, 1 balana, que usada para pesagem peridica dos pacientes, 1 biombo, uma lixeira, 2 cadeiras que esto quebradas, 1 suporte de soro mvel, 4 perneiras, 1 foco mvel, 5 bombas de infuso em pleno funcionamento. A sala possui uma sada de O2, uma de Ar comprimido e uma de Vcuo, todas canalizadas, estando dentro do padro que a RDC n50/ANVISA 2002 que preconiza uma sada de ar comprimido, canalizada ou porttil.

EXPURGO

Sala onde limpo o material para envio a Central de material e tambm comadres, patinhos, jarros bacias e outros. um espao pequeno, com iluminao artificial e natural adequadas, ventilao apenas promovida pelas janelas do ambiente. Tem duas pias, uma para armazenar os patinhos e comadres e a outra para os outros utenslios que necessitam ser esterilizados. ALMOXARIFADO

O almoxarifado de fcil acesso, um ambiente pequeno, de iluminao, basicamente artificial, mostrou-se adequada com duas lmpadas em boas condies de uso. A ventilao suficiente para o tipo de sala, pois possui exaustor no teto e porta com ventilao, que permite que o ar se renove e proporciona uma temperatura ideal para o armazenamento dos materiais.

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Quanto s condies de higiene, verificou-se a presena de umidade no teto, poeira e sujidade nas paredes, mobilirio e piso, bem como armazenamentos de objetos pessoais de profissionais prximos aos materiais de uso para os pacientes

ROUPARIA

Segundo a resoluo RDC n 50/ANVISA 2002, a rouparia uma rea para carro roupeiros ou armrio exclusivo destinado guarda de roupa proveniente da lavanderia. Possui iluminao artificial, sendo esta conferida por duas lmpadas, apenas uma funcionando, mas que no afeta a visualizao em decorrncia do pequeno espao que a rouparia ocupa. A ventilao suficiente para o tipo de sala, pois possui exaustor no teto e porta com ventilao, que permite que o ar se renove e proporciona uma temperatura ideal para o armazenamento das roupas. O piso se encontra em boas condies, limpo e ntegro, assim como as paredes. O teto possui pequenas rachaduras, devido falta de manuteno na estrutura do hospital. Em relao ao mobilirio, possui uma estante de madeira que circunda toda a sala, com 5 prateleiras que contm material como roupa de cama, camisola e capote. preconizado pela ANVISA que esse tipo de local para estoque de roupas limpas seja fechado para evitar a contaminao, no permitindo entrada de poeira e insetos, igualmente como se encontra no setor.

DEPSITO DE EQUIPAMENTOS/ MATERIAIS DE LIMPEZA

Local onde so armazenados os materiais de limpeza e equipamentos utilizados no setor, possui apenas iluminao artificial com duas lmpadas fluorescentes funcionando, capazes de proporcionar uma visualizao adequada do ambiente. A ventilao suficiente para o tipo de sala, pois possui exaustor no teto e porta com ventilao, que permite que o ar se renove e proporciona uma temperatura ideal para o armazenamento dos materiais. Em relao ao piso, paredes e teto se encontram em boas condies. Mobilirio do depsito: possui uma estante que circunda todas as paredes com quatro prateleiras. Todos os materiais esto devidamente separados em caixas etiquetadas otimizando a visualizao rpida do material. Porm, foi observado a presena de nove gales de gua 20L no cho da sala, impossibilitando o acesso a alguns materiais.

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Em cada unidade hospitalar, deve conter um depsito de material de limpeza, com dimenso de 2,0m, segundo a RDC 50/2002. Em relao ao piso, se encontra ntegro, porm bastante sujo contendo lixos espalhados pelo cho. Isto acaba favorecendo a proliferao de micro organismos e mais insetos e, j que na sala foram encontradas alguns no cho, paredes e at mesmo na pia de lavagem. O teto tambm no se encontrava em boas condies, estava com infiltraes e rachaduras em uma parte.

QUARTO DE PLANTO/ QUARTO EQUIPE DE ENFERMAGEM

A enfermeira do setor 10C informou que tem um quarto de planto/ quarto para a equipe de enfermagem, mas s fica aberto das 00h00min as 06h00min. E a chave deste no fica com ela, no sendo possvel visitar o espao. Acrescentou tambm que o quarto no possui banheiro.

ENFERMARIAS

O setor composto por sete enfermarias identificadas por nmeros, com a disposio de seis leitos em cada uma. Nesse setor temos as enfermarias 1, 3, 5, 11, 15, 21 e 25. As enfermarias 1, 15 e 21 so enfermarias femininas e as enfermarias 3, 5 , 11 e 25 so enfermarias masculinas. A RDC 50 normatiza que as estruturas fsicas de uma instituio de sade, nas enfermarias de adulto, deve haver no mximo 6 leitos por enfermaria, com uma distncia de pelo menos 1 metro de cada leito. Identificamos que os leitos das enfermarias do setor 10C encontravam-se 0.90m a 1,2m de distncia uma das outras. Os leitos prximos as paredes lateral estavam a 0.65m de afastamento. E encostadas na parede atrs ao leito. A iluminao durante o dia natural e satisfatria. Em cada enfermaria a iluminao artificial feita por quatro lmpadas florescentes, divididas em dois pontos centrais no teto. No podemos afirmar que a iluminao produzida por essas lmpadas

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satisfatria, mesmo que estejam em pleno funcionamento, pois o estgio s foi realizado no setor durante o turno da manh. Mas de acordo com alguns funcionrios do setor, a iluminao artificial no perodo noturno em satisfatria apesar de alguns lmpadas queimadas. Para complementar a iluminao artificial, cada leito possui uma lmpada individual, o que contribui para a diminuio do risco de queda do paciente e de todos que tem acesso ao leito. A ventilao natural desses ambientes promovida atravs de janelas amplas. Foi observado durante o perodo que algumas janelas se encontravam fechadas, mesmo em dias quentes. A ventilao tambm promovida de forma artificial com o auxlio de cinco ventiladores de teto funcionando nas enfermarias 1, 5 ,15 e 25 e, na enfermaria 21 h 4 ventiladores de teto mas apenas 3 deles funcionavam, na enfermaria 3 havia apenas 1 ventilador e todos encontravam-se sujos e enferrujados. Os tetos das enfermarias no apresentavam boas condies, havia presena de sujidade e infiltraes em sua grande maioria. Cada enfermaria tem apenas uma lixeira, com tampa de acionamento por pedal, sem diferenciao entre lixo comum e potencialmente contaminado. O contedo da lixeira retirado quando seu volume exceder a capacidade da mesma. Em relao higienizao das lixeiras, foi relatado que no h uma desinfeco peridica. Conta tambm com uma pia, localizada logo na entrada do ambiente, no entanto a pia pequena e inadequada para a lavagem das mos dos profissionais de sade, alm disso, em algumas enfermarias no tinha sabo para a lavagem das mos, o que dificulta o trabalho dos profissionais de sade e aumenta a risco de infeco hospitalar para os clientes (TURRINI, 2000). Prximo a pia tem um recipiente contendo lcool gel para antissepsia das mos, mas em algumas enfermarias o recipiente encontrava-se vazio. Cada leito possui um suporte para soro bem conservado e adequado ao uso. Existe tambm tubulao para gases (oxignio, ar comprimido e vcuo), porm na enfermaria 3 no havia esse equipamento Em relao s janelas, todas tem o filme protetor, porm o mesmo no satisfaz ao ambiente, muitas das vezes necessrio colocar o biombo na frente da janela para que os raios solares no fiquem direto em contato com os pacientes. No h biombos suficientes para todas as enfermarias do setor. Em mdia cada enfermaria tem 3 biombos. Os banheiros so amplos, com portas grandes, um exaustor no teto e uma entrada de ar nas portas, no possuem iluminao natural. Cada banheiro tem duas lmpadas

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promovendo a iluminao artificial satisfatria. Quanto higiene, os banheiros das enfermarias 1 e 25 no se encontravam em boas condies. Os azulejos das paredes dos banheiros das enfermarias 1, 5, 11, 15 e 25 apresentavam pintura epxi descascadas. Os tetos de todos os banheiros estavam descascando e com pequenas rachaduras, precisando de reparos. A higiene dos vasos sanitrios satisfatria. H presena de corrimo ao lado dos vasos, apenas o banheiro da enfermaria 3 no tinha corrimo./ Presena de descarga funcionando em todos os banheiros citados. Na enfermar/ia 1 no havia papel higinico no dia da ambincia. Todas as portas dos banheiro/s abrem para dentro do mesmo, porm a abertura da porta para o lado do vaso sanitrio limita a entrada de cadeira de rodas, sendo necessrio um maior esforo para sua passagem e chegada ao sanitrio. O box dispe tambm de boa e freqente limpeza, bem espaoso e tambm est equipado com corrimes aumentando a segurana dos pacientes, menos o Box da enfermaria 3 que no tem barras de apoio para o paciente. Alguns problemas identificados durante a ambincia e estgio: os chuveiros no possuem gua quente, o que aumenta a dependncia do paciente com o profissional de sade que tem que um trabalho maior de esquentar a gua para o banho, alm de ser prejudicial para os prprios clientes. Conseqentemente com o aumento da depedncia da Enfermagem, h mais custos para o hospital por necessitar de mais profissionais. Alm disso, no possuem cortinas para a privacidade dos pacientes. De acordo com a RDC 50, toda enfermaria deve prover gua quente e fria, sadas de oxignio, ar comprimido e vcuo para cada leito, ar condicionado, um sistema eltrico de emergncia e outro diferenciado, devido a especificidade de alguns aparelhos (tenso diferenciada, aterramento, etc). Identificamos que: nem toda enfermaria tem gua quente no chuveiro como dito anteriormente; todos os leitos tem tubulao para gases e vcuo, porm nem todos funcionam, o que dificulta o tratamento dos clientes, no h arcondicionado em nenhuma enfermaria ou qualquer outra parte do setor. Em relao aos leitos, a maioria das manivelas para posicionamento cliente no leito em Fowler, semi- Fowler por exemplo, encontram-se enferrujadas, e os profissionais devem se abaixar e girar a manivela para conseguir posicionar os clientes, esse tipo de atividade pode gerar a mdio e longo prazo leses por esforo repetitivo LER e Distrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho - DORT. (MINISTRIO DA SADE, 2001). Atualmente existem leitos mais sofisticados e que facilitam o trabalho da enfermagem, pois tem acionamento por boto e/ou pedais. Outro problema identificado com as grades da maioria dos leitos, que tambm esto enferrujadas e emperram, ou no firmam quando levantamos as grades. Os colches so lisos e os lenis pequenos para os

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mesmos, o ideal seria ter colcho de poliuretano (colcho caixa de ovo) para diminuir lceras por presso por compresso de uma estrutura corporal com proeminncias sseas (MEDEIROS et.al. 2009). Outro ponto, os leitos possuem rodas para sua movimentao quando necessrio, mas nem todas funcionavam. Da mesma forma a trava das rodas, que nem todas funcionam aumentando risco de quedas quando o cliente sobe ao leito. Nas enfermarias os clientes tem acesso a cadeiras para poder sair um pouco do leito, o que promove uma movimentao fsica, possibilidade do cliente pegar um pouco de sol, melhorando assim, sua condio clnica. As cadeiras so simples, mas adequadas ao uso. Algumas dessas cadeiras so reclinveis sendo melhor para o posicionamento do cliente. Por outro lado, as cadeiras de banho tem pelo uma para cada enfermaria, mas a maioria com rodas ruins. Isso tambm provoca no profissionais Leso por Esforo Repetitivo por necessitar de maior esforo para movimentar o cliente, alm de aumentar o risco de queda do mesmo. A maioria dos leitos tem escadinha para ajudar os clientes a subir na cama, mesa de refeio e criado mudo ao lado do leito para colocar os pertences do cliente, mobilirios estes que esto prprios para uso.

QUARTO DE ISOLAMENTO

So destinados a internar pacientes suspeitos ou portadores de doenas transmissveis ou proteger pacientes altamente suscetveis imunodeprimidos ou imunosuprimidos (Res. ANVISA n50/02). E deve preferencialmente dispor de sistema de ventilao com presso negativa e 6 trocas de ar por hora, com uso de filtro HEPA (central ou porttil). E deve ser obrigatrio e com portas fechadas. De acordo com Portaria n2616/98 em seu item de n 3.5 a respeito das competncias da Comisso e Controle de Infeco Hospitalar, dispe: Elaborar, implementar e supervisionar a aplicao de normas e rotinas tcnicooperacionais, visando limitar a disseminao de agentes presentes nas infeces em curso no hospital, por meio de medidas de precauo e de isolamento; De acordo com Norma Regulamentar 32 os quartos ou enfermarias destinados ao isolamento de portadores de doenas infectocontagiosas devem conter lavatrio em seu interior.

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De acordo com a Resoluo n50/2002 da ANVISA quanto ao quarto de isolamento, dispe:

Manter em isolamento paciente ps-terapia com potencial de emisso radioativa; Manter em isolamento paciente em terapia com potencial de emisso radioativa; Receber, higienizar e guardar utenslios dos pacientes alm de descontaminar e esterilizar os utenslios provenientes de quartos de isolamento; No setor de atendimento imediato o quarto de isolamento deve ter mnimo 8,0m; Dos quartos/ enfermarias deve ter 15% do leitos destinados crianas, e no mnimo 1 quarto que possa servir para isolamento a cada 30 leitos ou frao; Se tratando de quartos de isolamento peditrico, devem conter visores nas portas; Dos quartos de adulto a cada 30 leitos ou frao um quarto no mnimo deve ser destinado ao isolamento; A rea ou antecmara de acesso ao quarto de isolamento deve ter no mnimo 1,8 m de dimenso; Deve ser previsto um quarto de isolamento para cada 10 leitos de UTI, ou frao, As salas de isolamento da Emergncia deve ter um posto de O e um vcuo clnico para cada 2 leitos ou frao, Com valor de referncia para dimensionamento de rede 20 l/min de O e de 60 l/min de ar comprimido medicinal. Na Resoluo n50/02 da ANVISA o quarto privativo de isolamento obrigatrio

somente nos casos de necessidade de isolamento de substncias corporais infectantes ou de bloqueio; nesses casos deve ser dotado de banheiro privativo (com lavatrio, chuveiro e vaso sanitrio), exceto UTI, e de ambiente especfico com pia e armrios estanques para roupa e materiais limpo e sujo anterior ao quarto (no necessariamente uma antecmara).O quarto privativo no estabelecimento assistencial de sade tem flexibilidade para, sempre que for requerida proteo coletiva (PC), operar prontamente como isolamento. Poder, ainda, atuar como isolamento de substncias corporais (ISC) e como isolamento de bloqueio (IB), se instalar-se sistema de abertura de porta por comando de p ou outro, que evite tocar na maaneta. Aps a visita realizada no setor 10C, se observou a existncia de um quarto de isolamento, porm o mesmo no utilizado para essa funo. O quarto estava sendo utilizado como sala de pesquisa e monitoramento de pacientes com crises epilticas, a pesar da sua importncia como expresso nas fontes citadas acima.

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IV. OUTROS LOCAIS NO SETOR Alm de todos os espaos descritos acima, o setor tambm conta com sala para reunies, que tambm podem ser usada pelos alunos. A sala dispe de mesa e cadeiras para os usurios. A ventilao promovida atravs de amplas janelas e durante o dia se usa mais a iluminao natural para o ambiente, sendo esta suficiente. Dentro do expurgo tem um banheiro destinado a funcionrios, o qual permitido o uso por estagirios do setor. O banheiro pequeno, tem chuveiro e pia. Durante os dias de estgio encontramos o banheiro limpo, com sabo, papel higinico e papel toalha. Tambm tem uma sala ampla destinada para a assistncia social.

V.

EQUIPE MULTIPROFISSIONAL

O setor no possui um momento em que pelo menos um profissional de cada especialidade se junte para discutir sobre um determinado cliente. No entanto, estudos mostram a importncia desse prtica. A equipe multiprofissional pode ser formada por mdicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem, atendentes, nutricionistas, psiclogos, assistentes sociais, professores de Educao Fsica e funcionrios administrativos, etc. Durante as reunio com os diversos profissionais h uma intensa troca de informaes, criao de metas e objetivos, avaliao do tratamento que est sendo realizado, sendo benfico para o cliente esse tipo de interao multiprofissional (JARDIM, 1996). No setor, o atendimento ao cliente se d atravs dos profissionais de rotina: mdicos do setor, nutricionista, enfermagem e assistente social. E quando h necessidade de consulta com outras especialidades necessrio pedir um parecer.

VI.

EQUIPE DE ENFERMAGEM

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Cada planto diurno tem 3 enfermeiros e de 7 a 8 tcnicos/ auxiliar de Enfermagem, o noturno tem 2 enfermeiros e o mesmo quantitativo de tcnicos/ auxiliares. E quatro atendentes. 1 diarista e 3 na escala 12x36horas. Tcnicos e auxiliares atuam da mesma forma, participando das atividades de higiene dos clientes e administrao de medicao. O servio de oftalmologia no funciona nos finais de semana, nem no perodo da noite. O setor possui 80 profissionais sendo apenas 6 do quadro da cooperativa e os demais so concursados. Numero total de Enfermeiros: 15, 3 para cada planto diurno durante a semana e 2 para cada planto noturno e plantes durante o fim de semana. Sistema de trabalho: 12x36 horas (30 horas por semana). Segunda uma Enfermeira do setor o nmero de profissionais adequada a demanda. Existem tambm no setor 5 auxiliares operacionais de servios diversos (AOCD). Executam diversas atividades dentro do setor, no tem funo especfica, pode atuar levando os clientes nas macas, buscando produtos em outro lugar no hospital por exemplo, entre outros. A Resoluo do Cofen n 293/2004 fixa e estabelece parmetros para dimensionar o Quadro de Profissionais de Enfermagem para as Unidades Assistenciais nas Instituies de Sade e Assemelhados. Para calcular a quantidade de profissionais, utilizamos o clculo de dimensionamento de pessoal preconizado pelo COFEN: Clculo da quantidade de Profissionais ( QP ) de enfermagem para unidade de internao: QP = Km x THE Onde: THE = Total de horas de enfermagem Km = Constante Marinho

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Km =

DS IST JST

Onde: DS = dias da semana = 7 JST =jornada semanal de trabalho(20, 30, 36....hs) IST = ndice de segurana tcnica = 15% = 1.1 O Sistema de Classificao de Pacientes classifica os pacientes de acordo com a necessidade requerida de cuidados de enfermagem, ou seja, o grau de dependncia desses pacientes agrupandoos pacientes por complexidade assistencial. Os clientes do setor so classificados como Pacientes de Cuidados Intermedirios (PCI), so pacientes estveis sob o ponto de vista clnico e de enfermagem, requerendo avaliaes mdicas e de enfermagem, com parcial dependncia dos profissionais de enfermagem para o atendimento das necessidades humanas bsicas (VIGUA e PERROCA, 2007). da competncia do Enfermeiro estabelecer um quadro de profissionais necessrios para a prestao de uma assistncia de qualidade de acordo com o Art.4, da Resoluo COFEN 293/2004. Para efeito de clculo de tempo estimado para a assistncia, devem ser consideradas 5,6 horas de Enfermagem para assistncia clientes em cuidados intermedirios nas 24 horas. Para o clculo do pessoal de enfermagem usando a frmula da Resoluo 293/2004: QP = Km (36horas de JST (KM=0,2236)) X THE (5,6 x 28 de 42 leitos ocupados) No caso do setor 10 C: QP= 0,2236 x 156,8 QP= aproximadamente 35. O valor ideal de enfermeiro nesse caso deve ser no mnimo de 33 a 37% do valor final do clculo do pessoal de enfermagem preconizado, ou seja, 12 sendo o restante para os demais profissionais de enfermagem. O setor 10 C conta com 15 enfermeiros, estando acima do valor mnimo preconizado.

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VII.

TREINAMENTO DA ENFERMAGEM

De acordo com uma das enfermeiras do setor, a Escola de Enfermagem Anna Nery EEAN promove regularmente atualizaes para a equipe de Enfermagem. Quando so organizadas essas programaes, divulgado no mural da sala de chefia o horrio, dia e local para que todos fiquem sabendo. E tambm quando muda alguma tecnologia dentro do hospital, vm pessoas capacitadas para orientar a utilizao do novo equipamento.

VIII.

DINMICA DE SERVIOS

A farmcia recebe prescrio mdica pelo sistema e encaminha os medicamentos necessrios para o setor. Da mesma forma ocorre com a rouparia, que encaminha as roupas de cama pela manh de acordo com o nmero de clientes existentes (o nmero no suficiente). Qualquer pea de roupa que seja necessrio pedir a mais, utilizado a ficha RDM (anexo A), que um papel de solicitao de material, serve para qualquer material que tenha que ser devolvido. O laboratrio funciona para coleta, somente durante a semana e perodo diurno colhendo material biolgico para exame. Se for um caso de urgncia que no esteja no horrio estabelecido, necessrio que o prprio mdico colha o material e o encaminhe para o laboratrio. A dinmica do servio cirrgico funciona da seguinte forma: a enfermagem avisada por volta das onze horas da manh da cirurgia dos pacientes do dia seguinte. Tendo acesso assim, um mapa cirrgico - documento das programaes dirias de Operaes do Centro Cirrgico - que descreve que clientes que sero submetidos ao ato cirrgico, qual o tipo de cirurgia, setor, enfermaria e leito que o cliente se encontra antes de ser encaminhado ao Centro Cirrgico, ordem de realizao da cirrgia, sexo e idade dos clientes, kit fio, cirurgio e auxiliares, anestesia programada, anestesista, procedimentos que os clientes devero ser submetidos previamente como cateterismo vesical. Para a liberao e encaminhamento do cliente ao centro cirrgico primeiro a Enfermeira deve assinar um documento de autorizao para a cirurgia, esse documento tem 3 vias, uma que a enfermeira assina e fica com a Enfermagem para prosseguir com o preparo do paciente para a cirurgia, uma segunda via fica no centro cirrgico e a terceira fica anexada no pronturio.

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Nos foi informado pela enfermeira do setor que h admisses no programadas, com os pacientes estando no mapa cirrgico o que conturba o andamento do setor, pois isso ocorre no perodo da manh juntamente com o horrio das altas hospitalares. 3 - CONSIDERAES FINAIS Muitos foram os problemas encontrados no HUCFF, porm no podemos deixar de citar sua necessidade de funcionamento e servios prestados a sociedade. Por isso ressaltamos a necessidade de identificao dos problemas burocrticos, estruturais, tcnicos e pessoal do setor e do hospital como um todo, para que se obtenha uma melhor condio de trabalho e assistncia, amparando os clientes no conforto, na privacidade, na segurana, nos seus direitos, entre outros. Como estudantes de enfermagem vemos a necessidade de comear essa mudana atravs de nossa prpria profisso que uma das mais qualificadas para identificar e tomar providncias de problemas fsicos institucionais, visto que a profisso em maior nmero dentro de um hospital e que presta cuidado em horrio integral aos seus clientes. O Hospital Universitrio conta com grandes equipes e centros de pesquisa para inmeras situaes dentro da rea de sade, sendo benfico a toda a populao e justificando a necessidade de sua existncia.

4 - SUGESTES Gostaramos de fazer as seguintes sugestes ao setor: Promover reunies com todos os profissionais de sade para que os mesmos possam expor suas dificuldades de trabalho, dar sugestes para melhor funcionamento, e debater objetivos em comum para uma convivncia saudvel. Promover um atendimento multidisciplinar ao cliente, com os profissionais se reunindo previamente para conversar sobre o caso e juntos estabelecerem a melhor teraputica para o cada cliente. No aceitar as condies atuais de servio, lutando para um ambiente mais digno de trabalho.

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5 - REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

_______. Sistemas de proteo por extintores de incndio (NBR 12693). Rio de Janeiro, 2010. __________. Verificao de iluminncias de interiores - NBR 5382. Rio de Janeiro: ABNT, 1985. _________. Implantao do hospital universitrio da UFRJ. Disponvel em: < http://www.hucff.ufrj.br> Acesso em: 03 de Abril de 2012. _________. Plano de Emergncia Hospitalar. Disponvel em: Acesso em: 07 de Abril de 2012. BRASIL, Ministrio da Sade ANVISA, Resoluo RDC n 50 de 21/02/02. BRASIL. Ministrio da Sade. Coordenao de Controle de Infeco Hospitalar. Processamento de Artigos e Superficies em Estabelecimentos de Sade. -- 2. ed. -Braslia,1994.

BRASIL. Ministrio da Sade. Humaniza SUS: ambincia. Braslia: Ministrio da Sade, 2004. BRASIL. Ministrio da Sade. Leses por Esforos Repetiticos (LER) e Distrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT)- Braslia: Ministrio da Sade, 2001.

Conselho Federal de Enfermagem. Resoluo 293, de 21 de setembro de 2004. Fixa e Estabelece Parmetros para o Dimensionamento do Quadro de Profissionais de Enfermagem nas Unidades Assistenciais das Instituies de Sade e Assemelhados [texto na internet]. Rio de Janeiro; 2004. Disponvel em: access on 07 Apr. 2012.

COSTA, Roberta. PADILHA, Maria Itayra. AMANTE, Lcia Nazareth. COTAL, Eliani. BOCK, Lisnia Fabiani. O Legado de Florence Nightingale: uma viagem no tempo. Texto Contexto Enferm, Florianpolis, 2009 Out-Dez; 18(4): 661-9.

JARDIM, Paulo Csar B.Veiga. SOUSA, Ana Luiza Lima. MONEGO, Estelamaris Tronco. Atendimento Multiprofissional ao Paciente Hipertenso.

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Medicina, Ribeiro Preto, 29: 232-238, abr./set. 1996. Disponvel em: Acesso em: 01 de Abril de 2012.

MEDEIROS, Adriana Bessa Fernandes; LOPES, Consuelo Helena Aires de Freitas; JORGE, Maria Salete Bessa. Anlise da preveno e tratamento das lceras por presso propostos por enfermeiros. Rev. esc. enferm. USP, So Paulo, v. 43, n. 1, Mar. 2009 . Available from . on 06 Apr. 2012. http://dx.doi.org/10.1590/S0080-62342009000100029.

NR, Norma Regulamentadora Ministrio do Trabalho e Emprego. NR-23 Proteo Contra Incndios. 2009. NR, Norma Regulamentadora Ministrio do Trabalho e Emprego. NR-32 Segurana e Sade no Trabalho em Servios de Sade. 2009. VIGNA, Cinthia P. PERROCA, ,Marcia G. Utilizao de sistema de classificao de pacientes e mtodosde dimensionamento de pessoal de enfermagem. Arq. cinc. sade;14(1):9-13, jan.-mar. 2007. Disponvel em: access on 07 Apr. 2012.

6 ANEXOS ANEXO A

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