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1 =============================== Órgao Informativo do Programa Mineiro de Incentivo à Cultura do Algodão/PROALMINAS/ MG ================================ Edição Nº 05/2016 – BH/14/03/2016 –

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Órgao Informativo do

Programa Mineiro de Incentivo à Cultura do Algodão/PROALMINAS/ MG

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Edição Nº 05/2016

– BH/14/03/2016 –

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Título SUMÁRIO Pág

01 – Experiência de assentamento paraibano com

algodão orgânico ............................................... 03

02 - Conheça a história do algodão colorido ............... 09

03 – Baixa liquidez mantém preço do algodão estável 11

04 - Ataque de mosca-branca preocupa cotonicultura

em Mato Grosso .................................................. 12

05 - Consumidores pressionam argumentando que

medicamento contribui com surgimento de bacté-

rias mais resistentes ........................................... 14

06 - FUX convoca audiência pública sobre novo Código

Florestal................................................................ 15

07 - Saiba como funciona o CAR .................................. 16

08 – Empresa Brasileira (JBS) detém 25% do mercado

de ovinos no País, mas participação em bovinos

(30%) é mais forte. .............................................. 24

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INDICADORES DE PREÇOS

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ALGODÃO/CEPEA: Vendedor segue mais ativo e preço, em

queda

Os valores do algodão em pluma seguem em queda no mercado interno. Entre 8 e 15 de março, o Indicador CEPEA/ESALQ com pagamento 8 dias, referente à pluma 41-4, posta em São Paulo, caiu 2,23%, fechando a R$ 2,4145/lp nessa terça-feira, 15. Na parcial de março (até dia 15), o Indicador registra baixa de 4,36%. Segundo pesquisadores do Cepea, o ritmo de comercialização algodão em pluma voltou a ficar lento no mercado spot. Apesar do maior número de intenções de venda em relação às de compra, o que limita os fechamentos é a disparidade entre os preços pedidos e ofertados e também a qualidade da pluma. Agentes de indústrias demonstram interesse por pequenos lotes, mas ofertam valores inferiores aos pedidos pelos vendedores. Cotonicultores, mesmo mais ativos, estão firmes nos valores pedidos, mas comerciantes têm sido mais flexíveis quanto aos preços de venda.

(Fonte: Cepea – www.cepea.esalq.usp.br).

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(15/03/2016 - Faltam apenas 50 dias para término do prazo do CAR)

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Produtores rurais precisam ficar atentos para não perder o prazo

Os internautas que utilizam o portal do Sistema Famasul - Federação da Agricultura e Pecuária de MS (www.famasul.com.br) têm acesso a um cronômetro regressivo do prazo do CAR/MS - Cadastro Ambiental Rural. Hoje, o relógio aponta que faltam apenas 50 dias para o término do prazo para a inscrição, ou seja, os produtores rurais de Mato Grosso do Sul e do Brasil têm apenas até o dia 05 de maio para se regularizar, como prevê o novo Código Florestal Brasileiro.

De acordo com os dados do Ministério do Meio Ambiente, 36,3% da área passível de cadastro já foi cadastrada. O número é alarmante e preocupa o setor produtivo. Além do cronômetro, durante esta semana, o Senar/MS - Serviço de Aprendizagem Rural e o Imasul - Instituto de Meio Ambiente realizarão um ciclo de palestra em dois municípios do Estado. Neste mês, a equipe estará em Chapadão do Sul, no dia 16, e em Jataí, no dia 17.

O Sistema Famasul divulgou também em seu portal de informações a cartilha “Perguntas e Respostas - Novo Código Florestal e Cadastro Ambiental Rural” (acesse:http://zip.net/bdszj8), com objetivo de esclarecer as dúvidas dos produtores rurais sobre o preenchimento do CAR/MS . A cartilha é uma das ações do programa Radar Ambiental, composto por palestras direcionadas aos sindicatos rurais, treinamentos regionais e divulgação de vídeos educacionais.

Para a consultora do Sistema Famasul, Daniele Coelho, o acesso à informação é o melhor caminho para que o declarante se sinta seguro ao preencher o CAR. "Nossa orientação é que o produtor rural não deixe para realizar o preenchimento do CAR/MS muito próximo ao prazo final, quanto antes melhor, e sempre consultar um profissional habilitado", orienta.

O preenchimento do CAR/MS é obrigatório e o responsável pelas informações para a

inscrição no CAR é o declarante, ou seja, o proprietário ou o posseiro, porém há a necessidade de um responsável técnico.

Sobre o CAR - Para cadastrar suas informações, o produtor rural de Mato Grosso do Sul deve utilizar o CAR-MS, que é integrado ao SICAR, no qual deverá apresentar os dados ambientais de sua propriedade rural no Estado. O sistema já está disponível para

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inscrições no site do Imasul – Instituto de Meio Ambiente de MS – ( ). http://www.imasul.ms.gov.br/

O produtor rural que não se inscrever no CAR-MS até a data limite constará como irregular, podendo ficar impedido de obter licenciamento ambiental, financiamentos e até mesmo restrições na comercialização.

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Experiência de assentamento paraibano com algodão orgânico deve ser levada para países

do Mercosul

Plantação de algodão colorido

O assentamento da reforma agrária Margarida Maria Alves, em Juarez Távora, no Agreste paraibano, recebeu a visita, nesta quinta-feira (25/2), de representante da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) no Brasil. A experiência de produção de algodão colorido orgânico na comunidade, localizada aproximadamente a 100 quilômetros de João Pessoa, vai servir de

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referência para o fortalecimento do setor algodoeiro no Brasil e em outros países-membros e associados do Mercosul.

Em 2015, o grupo formado por nove agricultores do assentamento produziu 9.135 quilos de algodão em rama – como é conhecido o algodão antes do processo de descaroçamento e separação da pluma –, que resultaram em pouco mais de três toneladas de plumas de algodão orgânico colorido da variedade BRS Rubi, desenvolvida pela Embrapa Algodão, em Campina Grande (PB). Com o quilo da pluma comercializado a R$ 11,80, a safra do ano passado rendeu aproximadamente R$ 36 mil ao grupo.

A representante da FAO, a especialista em cooperação técnica entre países em desenvolvimento Juliana Rossetto, passou toda a quinta-feira (25/2) no assentamento, onde conversou com os agricultores e representantes de órgãos parceiros, e conheceu a estrutura de beneficiamento do algodão. A visita foi acompanhada por técnicos da Embrapa, do Incra e por representante da Prefeitura de Juarez Távora.

Juliana explicou que a organização, em parceria com órgãos como o Instituto Brasileiro do Algodão (IBA), está dando suporte a instituições dos países cooperantes (Brasil, Argentina, Bolívia, Colômbia, Equador, Paraguai e Peru) para o desenvolvimento de capacidades e o compartilhamento de conhecimentos, experiências e tecnologias em sistemas sustentáveis de produção, extensão rural, cooperativismo e comercialização solidária para o fortalecimento da cultura do algodão.

“Foi a possibilidade de troca de conhecimentos que nos trouxe para o Assentamento Margarida Maria Alves. Vamos promover a aproximação dos atores e o intercâmbio de tecnologias entre entidades governamentais de pesquisa, de assistência técnica e de extensão rural para tratar de temas estratégicos para apoiar os agricultores familiares que produzem algodão e promover as cadeias produtivas, o acesso a mercados, a agregação de valor e a produção sustentável”, afirmou Juliana.

A experiência de produção de algodão orgânico no assentamento vem atraindo as atenções de pesquisadores brasileiros e do exterior. Além da FAO, já visitaram o assentamento representantes da Biofach – considerada a maior feira de orgânicos do mundo, realizada anualmente na Alemanha –, de países do continente africano, de outros estados brasileiros, como o Rio Grande do Norte, o Amazonas e a Bahia, além de instituições de ensino superior, a exemplo da Universidade Federal da Paraíba (UFPB).

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A Embrapa Algodão, em parcerias com o Ipema, pretende implantar pequenos plantios de algodão orgânico colorido no Assentamento José Horácio, em Alagoa Grande (PB) e em comunidades vizinhas, nos municípios de Mulungu e Mogeiro.

>Algodão orgânico

“O algodão orgânico é diferenciado, o que exige um agricultor diferenciado. Existem agricultores que pensam que tudo tem que levar veneno, principalmente o algodão, que é uma das culturas que mais utilizam veneno. As plantações de algodão convencional são responsáveis pelo consumo de cerca de 25% da produção de agrotóxicos do mundo”, afirmou o técnico da Embrapa, Dalfran Gonçalves Vale, que também acompanhou a visita da representante da FAO ao assentamento.

O cultivo de algodão colorido orgânico no Assentamento Margarida Maria Alves foi implantado em 1999, um ano após a criação do assentamento, como parte do projeto-piloto Algodão e Cidadania, coordenado pela Rede Nacional de Mobilização Social, em parceria com a Embrapa Algodão.

Desde então, vários órgãos e entidades parceiras têm contribuído para o desenvolvimento produtivo e social da comunidade, como o Incra, o Comitê de Entidades no Combate à Fome e pela Vida (Coep), a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural da Paraíba (Emater/PB), o Sebrae, o Projeto Cooperar (Governo do Estado) e entidades como a Assessoria de Grupo Multidisciplinar em Tecnologia e Extensão (Agemte), a ONG Arribaçã e o Instituto Penha e Margarida (Ipema) – contratado pelo Incra para executar serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) em Margarida Maria Alves e em outros 16 assentamentos em quatro municípios paraibanos.

A plantação de algodão colorido orgânico ocupa 26,5 dos 736 hectares do Assentamento Margarida Maria Alves, onde 36 famílias vivem e produzem de forma orgânica o algodão e várias espécies de alimentos.

A técnica em agropecuária Vera Lúcia Pessoa, que integra a equipe do Ipema, responsável pelo acompanhamento do assentamento, explicou que a escassez de chuvas foi responsável pela perda de aproximadamente 70% do algodão plantado no Assentamento Margarida Maria Alves em 2015. Em 2013, a colheita, mesmo com a seca, foi de 22,5 toneladas do produto.

>Etapas da produção

O plantio do algodão no assentamento é feito em sistema de sequeiro e é consorciado com outras culturas, como o milho, feijão, fava, gergelim, sorgo e coentro, sem o uso de agrotóxicos e de insumos químicos. A diversificação

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garante o equilíbrio ambiental, o melhor aproveitamento da terra e a diversidade de alimentos na mesa das famílias de Margarida Maria Alves.

Segundo Vera Lúcia, para combater pragas e doenças nas plantas, os agricultores assentados utilizam defensivos naturais produzidos a base de cal virgem, maniçoba “in natura” e extrato de Nim (Azadirachta indica) – que, segundo a Embrapa, é uma árvore de múltiplo uso pertencente à família das meliáceas com origem provável na Índia e em Mianmar. Restos de outras culturas, urina de vaca e esterco animal são usados como fertilizantes.

O preparo das áreas de plantio segue as recomendações técnicas de conservação do solo e da água, como a ausência do uso de fogo e a construção de curvas de níveis nos terrenos com declives.

As sementes do algodão, armazenadas em um banco de sementes no próprio assentamento, são plantadas em maio ou junho, o período chuvoso na região. A mudança na época do plantio do período de março e abril para os meses de maio e junho contribuiu para afastar, sem nenhum tipo de agrotóxico, o bicudo-do-algodoeiro (Anthonomus grandis) – praga que contribuiu para a diminuição gradativa das plantações de algodão branco no Semiárido nordestino, que já foi a maior área de produção algodoeira do país. “Com esta estratégia, o algodoeiro inicia a formação de 'maçãs' no período seco e o bicudo não consegue sobreviver a altas temperaturas”, explicou Vera Lúcia.

Ainda segundo a técnica, a multiplicação do bicudo também é impedida pelo maior espaçamento entre as plantas, o que permite uma maior penetração dos raios solares na plantação e, consequentemente, um aumento na temperatura do solo.

A colheita é realizada, segundo Vera Lúcia, com o mínimo de impurezas possível para garantir a qualidade da pluma. O algodão é colhido em sacos de pano de algodão cru, é pesado e tem seu produtor identificado.

A próxima etapa é o beneficiamento do algodão com o uso de uma descaroçadeira com capacidade para beneficiar até duas toneladas de algodão por dia. A máquina, instalada pela Embrapa em uma miniusina que funciona desde 2001 no próprio assentamento, separa a semente da fibra, que segue para as indústrias de fiação.

Após ser separada dos caroços, a pluma de algodão é prensada, enfardada e identificada por código, local de origem, peso e status de certificação. Além de lucrarem com a comercialização da pluma, os agricultores podem vender os caroços excedentes para alimentação animal. A maior parte dos caroços é guardada no banco de sementes para serem plantados no ano seguinte.

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>Comercialização

Praticamente toda a produção de algodão colorido orgânico do assentamento é vendida à Natural Cotton Color e ao Casulo Arte Natural, empresas ligadas à Associação da Indústria do Vestuário da Paraíba (Aivest-PB), que produzem peças de vestuário, bolsas e acessórios que são exportados para a França, Itália, Espanha, Alemanha, Japão, Estados Unidos e países escandinavos, e levam o nome da Paraíba a exposições nacionais e internacionais.

O algodão é certificado pela Associação de Certificação Instituto Biodinâmico (IBD) e deve receber em breve o selo de certificação orgânica participativa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Como o algodão da variedade BRS Rubi já nasce colorido, a fibra dispensa o uso de produtos químicos para tingimento, gerando uma economia de água no processo industrial de acabamento da malha e reduzindo a agressão ao meio ambiente e o risco de alergias.

Após mais de 20 anos de melhoramento genético, a Emprapa Algodão obteve cinco variedades com tonalidades que vão do verde-claro aos marrons claro, escuro e avermelhado. Em breve será lançada uma nova variedade marrom, com melhor qualidade de fibra para a indústria têxtil. Outra linha de pesquisa também busca obter o algodão de cor azul através da biotecnologia para transferir o gene que fornece a cor azul para a fibra do algodão, o que reduziria significativamente o uso de tinta na indústria.

>Desenvolvimento social

O algodão colorido orgânico deu aos agricultores do Assentamento Margarida Maria Alves muito mais do que uma fonte de renda. Os ganhos no desenvolvimento social da comunidade se estendem à saúde dos agricultores, à união das famílias e à permanência da juventude no campo, bem como ao aumento da autoestima das famílias assentadas – fatores responsáveis pelo reconhecimento do trabalho desenvolvido no assentamento por órgãos e entidades do Brasil e do exterior.

Cinco dos 26,5 hectares plantados com algodão pertencem à área comunitária do assentamento e são mantidos, em regime de mutirão, pelos assentados, que doam todas as segundas-feiras à lavoura comunitária.

“No nosso assentamento é proibido veneno. Antes da Embrapa, quando a gente trabalhava com veneno e vendia o algodão convencional a atravessadores, quase não havia lucro. Praticamente todo o valor da venda do algodão ia para a compra de venenos e, mesmo assim, as perdas eram grandes”, contou o

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presidente da associação dos agricultores do assentamento, Luiz Rodrigues da Silva.

“Até os passarinhos voltaram depois que deixamos de usar veneno”, disse a agricultora Maria Rosa de Santana.

Além da mini-usina de beneficiamento de algodão, o assentamento já conquistou, com o financiamento de parceiros, um trator e um automóvel, que são utilizados de forma comunitária e são abastecidos com combustível adquirido com o lucro obtido com o algodão plantado na área comunitária. Entre as conquistas da comunidade também se destacam a participação em várias atividades de capacitação, o melhoramento do plantel de carneiros dos assentados, o banco de sementes, barragens subterrâneas, um tele-centro e o fortalecimento do associativismo.

>Salão de Artesanato da Paraíba

O algodão colorido desenvolvido pela Embrapa e produzido em sistema de cultivo orgânico no interior da Paraíba foi o grande homenageado na 23ª edição do Salão de Artesanato realizado de 15 de dezembro de 2015 a 31 de janeiro de 2016, no Espaço Cultural José Lins do Rego, na capital João Pessoa.

Com o tema “O espaço é do povo e o algodão colorido é paraibano”, pela primeira vez a organização do Programa de Artesanato da Paraíba (PAP) homenageou o algodão que se tornou símbolo regional em lojas de artigos para turistas e, também, ganhou o status de peças de luxo em feiras nacionais e internacionais.

A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), é uma organização intergovernamental que conta com 194 Estados-Membros, dois membros associados e uma organização membro, a União Europeia. A sede da FAO fica em Roma, na Itália.

As atividades da FAO têm por objetivo alcançar a segurança alimentar para todos e garantir que as pessoas tenham acesso a alimentos de boa qualidade para que possam levar uma vida ativa e saudável. A organização apoia ações para erradicar a fome, a insegurança alimentar e a desnutrição; erradicar a pobreza e fomentar o progresso econômico e social para todos; bem como gerir e utilizar de forma sustentável os recursos naturais, incluindo a terra, a água, o ar, o clima e os recursos genéticos, em benefício das gerações presentes e futuras.

(Paraiba.com.br/Assessoria/Sistema Arapuan de Comunicação)

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Conheça a história do algodão colorido

Você sabia que o algodão colorido existe na natureza há muitos e muitos anos? Ele é tão antigo quanto o algodão branco e muitas espécies nativas já foram encontradas em escavações no Peru e no Paquistão. Faz mais de 4.500 anos. Dá para imaginar como faz mesmo muito tempo?

Esse tipo de algodão tem as fibras curtas e fracas e não aguentam a fabricação de fios e tecidos. Os pesquisadores da Embrapa Algodão, então, trabalharam em muitas pesquisas e melhoraram a resistência e o seu comprimento. Esse tipo de trabalho se chama melhoramento genético do algodão colorido.

O que é melhoramento genético do algodão colorido e como é feito?

No começo, a equipe de pesquisadores colheu vários tipos de sementes de plantas selvagens de algodão colorido. Elas podem ser encontradas no interior do Nordeste do Brasil. As sementes de espécies de plantas estrangeiras também foram usadas para formar um banco de sementes ou Banco de Germoplasma.

O melhoramento genético foi feito assim: a planta do algodão tem órgãos masculinos e femininos, ou seja, macho e fêmea na mesma flor. Por isso diz-se que ela é hermafrodita. Um dia antes da flor abrir, foi retirado, com ajuda de uma tesoura, tudo que é masculino ou macho na flor do algodão, sobrando apenas a parte feminina ou fêmea. colheu-se a flor macho (masculina) de outra planta e foi levada para juntar à flor fêmea. Isto se chama cruzamento.

Essas flores cruzadas se transformaram em frutos e, dentro dos frutos, cresceram sementes. As sementes resultantes desses cruzamentos foram plantadas, avaliadas e selecionadas para dar origem às plantas de algodão colorido que conhecemos.

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O que é e como se forma um Banco de Germoplasma?

Você não pode confundir. Não é banco de guardar dinheiro e sim uma reserva de sementes para garantir a continuação dos trabalhos da pesquisa ao longo dos anos. As sementes colhidas de diferentes locais onde existe algodão silvestre ou que já é plantado pelo homem, são identificadas e guardadas na Embrapa. Isto

se chama Banco de Germoplasma.

Qual a importância do algodão colorido?

É muito importante porque, como já dissemos, as fibras nascem coloridas na natureza. Não há necessidade de tingir fios ou tecidos fabricados com elas. O tingimento usa corantes e uma imensa quantidade de água fervente em grandes caldeiras onde são cozidos. Isso mesmo ! Cozidos durante algum tempo.

Gasta-se muita água. Também é preciso gás ou outro combustível para esquentar as caldeiras. Depois do tingimento, se esse caldo colorido que sobra não for tratado, poderá contaminar as nossas fontes de água potável, pois é um resíduo poluente para o meio ambiente. Além disso, como o tecido de algodão colorido não tem corantes, é hipo-alergênico: significa que as roupas fabricadas com esse tecido são ideais para o uso por pessoas alérgicas.

Algodão colorido em sistema de cultivo agroecológico. O que significa agroecológico? A partir do ano 2000, a Embrapa Algodão iniciou suas pesquisas com cultivo de algodão colorido orgânico e agroecológico. Hoje, é utilizado por agricultores familiares da região Nordeste para produzir uma fibra ecologicamente correta. Para entender melhor, no sistema agroecológico, o agricultor explora os recursos que ele tem na sua área, não sendo permitido utilizar produtos químicos industrializados, como adubos, inseticidas, herbicidas, fungicidas e outros capazes de poluir o solo e a água. Com isso, o agricultor

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não precisa comprar nem se preocupar com os preços, transporte, armazenagem e cuidados com esses produtos químicos que são perigosos e prejudiciais à saúde e ao meio-ambiente.

Nesse sistema de cultivo, os adubos químicos são substituídos por adubos naturais, como pó de rocha, esterco de curral, esterco de frango e outros. O controle de insetos e doenças é feito utilizando-se extratos vegetais, por meio de cultivo de plantas como gergelim, que são capazes de atrair formigas e outros insetos e ainda catando o botão floral atacado pela praga do bicudo e outros. Assim, esse sistema de cultivo aumenta a biodiversidade e a segurança alimentar

do homem do campo. O algodão é plantado com outras culturas alimentares tradicionais, como milho, gergelim, amendoim, feijão, coentro, abóbora e outras. Consórcio é o nome que se dá para esse tipo de plantio. O agricultor vende o algodão para ganhar dinheiro e as outras culturas são utilizadas na alimentação da família.

(Embrapa Algodão)

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Baixa liquidez mantém preço do algodão estável nos últimos dias

Mas, no acumulado de fevereiro, a situação é de baixa, de acordo com o indicador do Cepea

De acordo com o Cepea, indústrias têm adquirido pequenas quantidades da pluma (Foto: Shutterstock). A liquidez no mercado interno de algodão se mantém baixa e os preços, praticamente estáveis. É o que informa, nesta quarta-feira (24/2), o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). De acordo com os pesquisadores, tem havido grande diferença entre valores pedidos pelos vendedores e ofertados pelos compradores.

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“No geral, indústrias buscam adquirir pequena quantidade de pluma para entrega imediata, mas encontram cotonicultores firmes nos preços pedidos. Alguns produtores, com necessidade de “fazer caixa”, têm negociado prioritariamente soja ou milho”, diz a instituição, em nota.

Diante do cenário, entre 16 e 23 de fevereiro, o indicador da instituição, com base no produto posto em São Paulo, se manteve estável, fechando a R$ 2,5685 por libra-peso na terça-feira, 23. Na parcial de fevereiro, a baixa é de 1,96%. (Por Redação “ GLOBO RURAL”)

==================================== Ataque de mosca-branca preocupa

cotonicultura em Mato Grosso

Produtores têm aplicado mais inseticidas para controle da praga, diz pesquisador do

IMAmt

(Por RAPHAEL SALOMÃO)

Alta incidência de mosca-branca nesta safra em MT está assoiada ao sistema produtivo no estado e às condições climáticas verificadas nesta

safra (Foto: Miguel Soria / IMAmt)

A mosca-branca tem sido mais uma vez motivo de preocupação para pesquisadores, técnicos e agricultores de Mato Grosso, onde a safra 2015/2016 da fibra está em fase inicial de plantio. É o que informa o Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt), nesta segunda-feira (1/2). Conforme a instituição, a intensidade do ataque da praga tem chamado atenção em todos os núcleos de produção no estado.

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O inseto ataca, principalmente, lavouras de algodão e soja. Na cotonicultura, impede o crescimento das plantas na fase inicial do desenvolvimento. Já no final do ciclo produtivo, pode contaminar a fibra de algodão. De acordo com os pesquisadores, a mosca-branca pode, inclusive, utilizar plantas daninhas para se alimentar.

O pesquisador Jacob Crosariol Netto explica que um dos sinais que indicam essa maior pressão da praga nesta safra é o uso de inseticidas, que tem sido mais frequente na fase inicial do ciclo produtivo. Netto diz que há propriedades com duas ou até três aplicações já nesta etapa. Em grande quantidade, afirma ele, os insetos chegam a formar “nuvens” sobre os talhões de algodão e levam o produtor a intensificar as medidas de controle.

“Existem produtos de controle mais geral, geralmente aplicados no início do ciclo, e os inibidores de crescimento dos insetos, usados mais para frente. Com essa intensidade de mosca-branca no campo, a gente vê a aplicação desses produtos específicos já nessa fase da cultura”, detalha o pesquisador.

A diferença entre um tipo de produto e outro não está só na ação contra a praga, mas também no bolso do agricultor. Segundo Netto, um inseticida de uso geral custa, em média, R$ 8 por hectare. Um produto específico pode variar entre R$ 80 e R$ 100 por hectare.

>Sistema produtivo e clima Na opinião do pesquisador, o maior ataque de mosca-branca aos algodoais mato-grossenses está associado, basicamente, a dois fatores: um é o primeiro é o próprio sistema produtivo, em que a fibra é plantada logo em seguida da soja, também é suscetível ao inseto. “No final do ciclo da soja, quando a produtividade já está estabelecida, o produtor deixa de controlar a mosca e ela passa para a produção de algodão”, explica Jacob Crosariol Netto.

Outro fator – mais específico da atual safra – é o clima, que foi bastante seco no início do plantio da soja e mais chuvoso na fase da colheita da oleaginosa e plantio do algodão. “O ambiente mais úmido com a temperatura alta favorece o aparecimento da mosca-branca”, acrescenta o pesquisador do IMAmt.

Netto recomenda monitoramento constante das lavouras como base do combate à mosca-branca no algodão. Entre os produtos, uma alternativa é o uso de inseticidas à base de fungos que matam insetos, como a Balvéria baciana.

De acordo com o Instituto Matogrossense de Economia Agropecuária (Imea), a área plantada com algodão em Mato Grosso deve ser de 576,347 mil hectares no ciclo 2015/2016. Até a última quinta-feira (28/1), os produtores haviam semeado 55,13% do total previsto.

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Consumidores pressionam argumentando que medicamento contribui com surgimento de bactérias

mais resistentes – ((POR ESTADÃO CONTEÚDO)

Cargill afirma que vem trabalhando com acadêmicos e pecuaristas para reduzir o uso de antibióticos (Foto: Divulgação/Cargill)

A Cargill pretende reduzir em 20% o uso de antibióticos em seu rebanho bovino de corte nos Estados Unidos. A medida deve afetar cerca de 1,2 milhão de animais por ano. A Cargill já tinha adotado medidas para reduzir o uso de antibióticos na produção de perus.

Várias companhias de alimentos estão cedendo à pressão de grupos de defesa do consumidor e de autoridades de saúde, que vêm alertando sobre o amplo uso de antibióticos na pecuária e em medicamentos para humanos. Segundo esses grupos, isso está contribuindo para o surgimento de bactérias mais resistentes.

"Ouvimos consumidores e nossos clientes e demos esse primeiro passo. Acreditamos que adotaremos novas medidas no futuro não muito distante", disse o presidente da unidade de carne bovina da Cargill, John Keating.

A companhia pretende reduzir o uso de antibióticos em suas quatro unidades de confinamento no Texas, Kansas e Colorado. A Friona Industries, que administra quatro unidades que fornecem animais para a Cargill, vai adotar medidas parecidas. A Cargill disse que vem trabalhando com acadêmicos e pecuaristas para encontrar alternativas aos antibióticos e maneiras diferentes de criar os animais que reduzam a dependência dessas drogas.

(Divulgação CARGIL) =======================================================================================

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Fux convoca audiência pública sobre novo Código Florestal

Objetivo é esclarecer questões técnicas a respeito da aplicação da legislação florestal em áreas rurais e urbanas

Audiência sobre o Código Florestal está marcada para o dia 18 de abril

(Foto: Ernesto de Souza/Ed. Globo)

O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), convocou para uma audiência pública, que será realizada no próximo dia 18 de abril, para discutir questões relativas ao novo Código Florestal. Entidades estatais envolvidas com a matéria, pessoas e representantes da sociedade civil com experiência e autoridade científica podem manifestar seu interesse em participar, indicando expositores até o dia 28 deste mês.

O ministro Fux é relator de quatro Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs 4901, 4902, 4903 e 4937) contra dispositivos da Lei 12.651/2012, que alteraram o marco regulatório da proteção da flora e da vegetação nativa no Brasil. As três primeiras foram ajuizadas pela Procuradoria Geral da República (PGR), e a última pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL).

Segundo o relator, “a temática tratada nessas ações, por sua complexidade e pela relevância constitucional e institucional, exige apreciação que ultrapassa os limites estritamentes jurídicos, demandando abordagem técnica e interdisciplinar, com ênfase nas repercussões práticas da alteração legislativa”.

Ele explica que a finalidade da audiência pública é municiar o STF de “informações imprescindíveis para o deslinde da controvérsia, para que o futuro pronunciamento judicial se revista de maior qualificação constitucional e de adequada legitimação democrática”.

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Como em audiências anteriores, o ministro ressalta que a participação dos interessados não se destina a colher interpretações jurídicas dos textos constitucional ou legal, mas sim a esclarecer questões técnicas a respeito da aplicação da legislação florestal em áreas rurais e urbanas e suas consequências econômicas e ambientais, sobretudo à luz da experiência nacional e internacional sobre a matéria.

A audiência ocorrerá num único dia e cada expositor terá dez minutos para sustentar seu ponto de vista, podendo ainda juntar memoriais. Os pedidos de participação devem ser encaminhados exclusivamente para o e-mail: [email protected], até às 20h do dia 28. Visando a uma composição plural e equilibrada dos expositores, o pedido de inscrição deve conter identificação precisa sobre o posicionamento a ser manifestado.

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Saiba como funciona o Cadastro Ambiental Rural

O Sicar, sistema que reúne as informações para o CAR,será obrigatório para todas as propriedades rurais.

O cadastro é uma base de dados que será usado para controle, monitoramento e combate ao desmatamento das florestas e demais formas

de vegetação nativa (Ilustração: Filipe Borin/Ed. Globo)

Estima-se que sejam 5,2 milhões os proprietários de imóveis rurais no Brasil. Pode ser mais. Ou menos. Calcula-se, ainda, que quase 35 milhões de hectares, uma área um pouco maior que o Estado de São Paulo, precisem ser reflorestados ou recuperados com vegetação nativa para atender o Código Florestal, mas este número também é uma suposição, baseada em dados dos ministérios do Meio Ambiente, da Agricultura e da Embrapa. “Agora é que nós vamos saber com exatidão quais são os números do Brasil”, diz Paulo Guilherme Cabral, secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural do Ministério do Meio Ambiente, sobre o Cadastro Ambiental Rural (CAR). “É mais um

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instrumento econômico e ambiental do que uma obrigatoriedade apenas, mas todos terão que fazer.”

O cadastro é uma base de dados que será usado para controle, monitoramento e combate ao desmatamento das florestas e demais formas de vegetação nativa, bem como para planejamento ambiental e econômico das propriedades. Ele nasceu junto com o novo Código Florestal, deveria ter sido posto em prática em maio do ano passado, mas o Sicar, o sistema que compila todas as informações no computador, demorou a sair. No final do ano, ele finalmente foi implantado em todas as regiões brasileiras, mas ainda é de modo offline que os preenchimentos são feitos, já que o envio final, o que caracteriza oficialmente o CAR, só vai acontecer mesmo após a Ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, assinar uma Instrução Normativa. “Sem previsão”, segundo a assessoria de imprensa da pasta.

Não deve demorar muito para o cadastro passar a valer e quando isso acontecer, o declarante terá um ano (mais um ano de prorrogação) para fazê-lo. “Assim como o imposto de renda, os cadastros enviados passarão por uma auditoria e quem tiver declarações irregulares será notificado uma vez. Depois, cai na malha fina”, explica Cabral. E isso, em outras palavras implica em restrição de crédito no sistema bancário a partir de 2017, quando o governo espera ter um mapa atualizado do Brasil.

‘O Cadastro Ambiental Rural é um cadastro eletrônico conterá dados básicos das propriedades. É obrigatório e os dados informados são declaratórios, de responsabilidade do proprietário. Os dados farão parte do Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural (Sicar), que ficará sob responsabilidade da Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo, do Ministério do Meio Ambiente e do Ibama.

- Já posso fazer?

Já está em funcionamento o Sicar, que alimentará a base de dados nacional. Entretanto, conforme previsto no artigo 21 do Decreto 7.830/2012, será necessário a assinatura da Ministra do Meio Ambiente implantando o CAR nacional.

- Quem deve se inscrever no CAR?

Todas as propriedades rurais. Isso independe da situação das terras: com ou sem matrícula, registros de imóveis, ou transcrições. O intuito é a regularização ambiental, e não a regularização fundiária.

- Quais as vantagens em fazer o cadastro?

O CAR facilitará a vida do proprietário rural que pretende obter licenças ambientais, pois a comprovação da regularidade da propriedade acontecerá por meio da inscrição e aprovação do CAR e o cumprimento no disposto no Plano de Regularização Ambiental, que será em breve instituído. Não haverá mais a necessidade de procedimentos anteriormente obrigatórios, como a averbação em matrícula de Reservas Legais.

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- Para que serve o CAR?

É a principal ferramenta prevista na nova lei florestal para a conservação do meio ambiente, a adequação ambiental de propriedades, o combate ao desmatamento ilegal e o monitoramento de áreas em restauração, auxiliando no cumprimento das metas nacionais e internacionais para manutenção de vegetação nativa e restauração ecológica de ecossistemas.

- Quais as conseqüências de uma propriedade não estar inscrita no CAR?

Seu proprietário poderá sofrer sanções como advertências ou multas, além de não poder mais obter nenhuma autorização ambiental ou crédito rural. Somente com o CAR será possível aderir ao Programa de Regularização Ambiental (PRA), que permitirá obter o uso consolidado de Áreas de Preservação Permanente que já estavam sendo utilizadas em 22 de julho de 2008, conforme os critérios da Lei.

- Existe um cadastro único para todo o Brasil?

Cada Estado pode ter seu próprio sistema. Depois, todos os cadastros estaduais integrarão o Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural.

- Qual o prazo para fazer o cadastro?

Um ano a partir de sua implantação nacional. Por enquanto, esse prazo ainda não começou a contar, mas você já pode fazer a sua pré-inscrição. Os dados migrarão para o banco de dados nacional quando este estiver disponível.

- Pequenas propriedades devem fazer o CAR?

Sim e será um procedimento simplificado para identificar o proprietário, comprovar a posse, identificar o perímetro do imóvel, as APPs e remanescentes que formam a RL.

- Existem outros imóveis que obedecerão ao procedimento simplificado para inscrição?

Propriedades com até quatro módulos fiscais que desenvolvam atividades agrossilvipastoris, terras indígenas demarcadas e áreas tituladas de povos e comunidades tradicionais que fazem uso coletivo do solo.

- As propriedades e posses rurais localizadas no interior de Unidades de Conservação da Natureza devem ser inscritas?

Sim, mesmo que afetadas por unidades de conservação da natureza, devem realizar a inscrição no CAR.

- Minha propriedade tem uma área que é registrada e outra que é formal de partilha e as áreas são contínuas: é considerada uma única propriedade? Terei que fazer um único CAR?

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Sim. Como se trata de área contínua de mesmo proprietário, é considerada uma propriedade, que deverá ter um único CAR.

- O que fazer se um proprietário tiver mais de uma propriedade?

O acesso ao CAR (login e senha) é único para cada pessoa, e cada propriedade deve ter seu próprio cadastro. Quando uma pessoa acessa o CAR, ela terá disponíveis os dados de todas as suas propriedades nas quais estiver cadastrado. Áreas contíguas (áreas vizinhas e que fazem limite uma com a outra) de um mesmo proprietário devem ter apenas um cadastro.

- Como é a inscrição no CAR no caso de imóvel rural localizado em mais de um Estado? A inscrição deve ser feita no cadastro do Estado que contemple a maior área do imóvel.

- Imóvel rural pertencente a estrangeiro deve ser inscrito?

Sim. A lei n° 12.651/2012 não faz distinção quanto à nacionalidade do titular do imóvel rural.

Outra pessoa pode fazer o cadastro para mim?

O sistema permite que um representante legalmente constituído faça a inscrição de outra pessoa, mas é necessária a inserção de uma procuração no local indicado.

É necessário contratar um técnico para fazer o CAR?

O CAR é declaratório, de responsabilidade do proprietário, e não é necessária a contratação de um técnico.

- O arrendatário, o comodatário e o parceiro devem se inscrever?

Não. As obrigações previstas no Código Florestal são de natureza real.

- Em nome de quem deve ser feita a inscrição do imóvel rural pertencente a espólio?

O imóvel rural que na data da sua inscrição pertencer a espólio deve ser inscrito em nome do de cujus (falecido cujos bens estão em inventário), e o inventariante deve ser inscrito como representante legal. No lugar da procuração deve ser anexada cópia da nomeação do inventariante.

- Quem deve inscrever o imóvel rural com assentamento?

Os assentamentos devem ser declarados observando o seguinte:

1. Se o assentamento for de responsabilidade do Governo Federal e os títulos registrados em nome da União, a inscrição é de responsabilidade do Incra;

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2. Se o assentamento for de responsabilidade do Governo Federal e os títulos registrados em nome dos assentados com cláusulas ou condições resolutivas não cumpridas, a inscrição é de responsabilidade do Incra;

3. Se o assentamento for de responsabilidade do Governo Federal e os títulos registrados em nome dos assentados com cláusulas ou condições resolutivas cumpridas (titulação plena) a inscrição é de responsabilidade de cada assentado; e

4. Se o assentamento for de responsabilidade do Governo Estadual ou Municipal, o critério para inscrição será definido pelos órgãos ambientais estaduais e municipais.

- Quais são os documentos necessários para o cadastro?

• Nome, CPF e e-mail de todos os proprietários; • Número do CIR, para imóveis rurais; • Número do IPTU, para imóveis urbanos; • Endereço da propriedade; • Área da propriedade, indicada na(s) matrícula(s) ou no documento de posse; • Documento de comprovação de propriedade ou posse. Deve-se colocar o número do CIR ou do CCIR? Onde consigo esse número? O número a ser inserido é o do Cadastro de Imóvel Rural – CIR – que pode ser obtido no próprio Certificado de Imóvel Rural – CCIR. - É necessário completar o cadastro de uma só vez?

A qualquer momento, você pode clicar no botão “Salvar” para salvar as informações inseridas e completar o cadastro em outro momento.

- Cometi um erro ao inserir um dado. Os dados cadastrados podem ser alterados?

Os dados podem ser alterados a qualquer momento, antes de o cadastro ser enviado. Para encaminhar o cadastro, é necessário clicar no botão Finalizar. Mesmo depois de enviado, o cadastro pode ser alterado.

- E se os dados cadastrados estiverem incorretos?

Caso, na análise, seja verificado que faltam documentos ou que os dados de cadastro estão incorretos, será enviada notificação informando o ocorrido ao(s) e-mail(s) cadastrado(s). Caso não sejam colocadas todas as informações necessárias, o cadastro será cancelado.

- Como cancelar um cadastro já finalizado?

O sistema não possibilita fazer um cancelamento de cadastro.

- E se houver dificuldades para corrigir as informações do cadastro?

Se você já possuir cadastro e não conseguir corrigir ou atualizar as informações cadastrais, envie um ”email” para [email protected] com todos os dados da

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pessoa física ou jurídica que está com problemas no cadastro. O CPF ou o CNPJ são obrigatórios.

- Em que formato de arquivo deve estar a procuração a ser carregada no sistema? O sistema aceita PDF, doc, docx ou JPG.

- A área final do polígono desenhado não ficou igual à área constante na matrícula ou na planta georreferenciada. Qual a implicação disso?

Não há nenhuma implicação. Erros mais discrepantes serão encaminhados para readequação, na fase de validação do CAR.

- Não consigo fazer upload de arquivo shapefile. Como proceder?

Verificar se está seguindo o procedimento no Passo-a-Passo. Caso o problema persista, por favor, reporte o problema no Fale Conosco do site.

- Continua a obrigatoriedade da averbação da RL?

Como ainda não há CAR implantado, mantém-se a obrigatoriedade da averbação da Reserva Legal.

- Áreas menores que 4 módulos, como chácaras de lazer, devem ser inscritas no CAR?

Qualquer imóvel rural – entendendo-se como aquele que tenha uso rural, independentemente de seu tamanho e localização – deverá ser inscrito.

- Propriedade menor que 4 módulos fiscais terá que fazer a reserva legal separada da APP ou pode incluí-la?

- É possível o cômputo de APP para o cálculo de RL, independente de sua área, desde que sejam atendidos os requisitos previstos no artigo 15 da Lei 12.651/2012.

- Em uma única matrícula, existe um termo de responsabilidade de preservação de reserva legal (TRPRL) emitido pelo DEPRN (compensando a falta de reserva legal em outro imóvel), e a reserva legal da própria área – ou seja, o imóvel deverá ser duplamente onerado. Posso cadastrar as duas reservas legais no CAR?

- É possível cadastrar as duas áreas de reserva legal. Quando for cadastrar a área compensatória, o sistema solicitará o CAR da propriedade deficitária. É possível concluir o cadastro mesmo sem o número do CAR desta propriedade. Porém quando tiver o número do CAR da propriedade, será necessário entrar novamente no sistema e atualizar essa informação.

- Uma propriedade rural tem plantio que respeita a faixa de 15 metros definida para áreas consolidadas em olhos d’água e nascentes difusas. Poderá haver uma penalização pelo plantio estar a 15 metros da área úmida em vez dos 50 metros definidos no Art. 4º?

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- Não poderá haver penalização por infrações cometidas antes de 22 de julho de 2008, mesmo que o PRA ainda não tenha sido implantado. Quando da implantação do PRA, os proprietários deverão requerer adesão no prazo estipulado. - Quais os requisitos e documentos necessários para que seja feita Servidão Florestal?

Dentre os requisitos previstos na Lei 12.651/2012, que preveem a inscrição da propriedade no CAR, está a compensação de Reserva Legal, sendo que uma das maneiras de realizar tal compensação é a Servidão Florestal. O regramento para instituição de Reserva Legal e seu uso por meio de manejo sustentável dependem da revisão do Decreto Estadual 53.939/2009, sob a luz da Lei 12.651/2012.

- O TCIRC ainda vale, mesmo com a nova lei (12.651/12)?

- Sim, o TCIRC ainda vale. Consta no termo uma cláusula especificando que a instituição de reserva legal poderá seguir a lei vigente na época de sua instituição – no caso, a Lei 12.651/2012.

- O que acontece com as propostas de instituição de RL própria em análise neste momento?

Neste momento em que ainda não houve a implantação do CAR, as propostas de instituição de RL própria em análise terão sua análise continuada e, caso a área proposta para instituição de RL seja aprovada pelo órgão ambiental, será emitido um Termo de Responsabilidade para tal área, que deverá ser firmado entre seu proprietário e o órgão ambiental. Quanto às propostas de instituição de RL por meio de compensação em análise neste momento, em que ainda não houve a implantação do CAR, as mesmas terão sua análise continuada, porém a conclusão de tal análise pende da implantação do CAR, bem como da revisão do Decreto Estadual 53.939/2009, sob a luz da Lei 12.651/2012.

- Quais são as exigências para compensação de RL fora da propriedade? Pode ser feita compensação em Unidades de conservação Federais e Estaduais (áreas prioritárias) fora do Estado? Em caso positivo, qual o procedimento? - O órgão ambiental deverá aprovar as áreas propostas no CAR para instituição de Reserva Legal, e para isso, levará em conta: 1. I – o plano de bacia hidrográfica 2. II – o Zoneamento Ecológico-Econômico 3. III – a formação de corredores ecológicos com outra Reserva Legal, com Área de Preservação Permanente, com Unidade de Conservação ou com outra área legalmente protegida; 4. IV – as áreas de maior importância para a conservação da biodiversidade; e 5. V – as áreas de maior fragilidade ambiental. Se na propriedade ou posse rural não houver o suficiente de área com vegetação nativa para compor o percentual mínimo de 20% de Reserva Legal, seu proprietário deverá recompor o faltante em até 20 anos.

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Somente quando não se mostrar tecnicamente indicada a recomposição da vegetação nativa no interior da propriedade ou posse rural, é que poderá ser autorizada a compensação da Reserva Legal.

A compensação da Reserva Legal, quando autorizada pelo órgão ambiental competente, deverá seguir o que determina o §5 e §6 do artigo 66 da Lei 12.651/2012, ou seja: - deverá ser precedida pela inscrição da propriedade no CAR e poderá ser feita mediante:

1. aquisição de Cota de Reserva Ambiental – CRA;

2 arrendamento de área sob regime de servidão ambiental ou Reserva Legal;

3. doação ao poder público de área localizada no interior de Unidade de Conservação de

domínio público pendente de regularização fundiária;

4. cadastramento de outra área equivalente e excedente à Reserva Legal, em imóvel de

mesma titularidade ou adquirida em imóvel de terceiro, com vegetação nativa

estabelecida, em regeneração ou recomposição, desde que localizada no mesmo bioma.

As áreas a serem utilizadas para compensação na forma do §5 deverão:

1. ser equivalentes em extensão à área da Reserva Legal a ser compensada;

2. estar localizadas no mesmo bioma da área de Reserva Legal a ser compensada;

3. se fora do Estado, estar localizadas em áreas identificadas como prioritárias pela

União ou pelos Estados.

Sobre o disposto acima, cabe salientar que:

- Está funcionando, no momento, o Sistema de Informações Estadual – SICAR/SP – que alimentará a base de dados nacional – CAR que ainda não foi formalmente implantada e somente o será após ato da Ministra do Meio Ambiente, conforme previsto no art. 21 do Decreto 7.830/2012.

- Assim, os requisitos formais previstos na Lei 12.651/12, que preveem a inscrição no CAR, só poderão ser considerados cumpridos após a efetiva implantação do CAR em nível nacional.

- Além disso, as regras para compensação de Reserva Legal pendem de regulamentação estadual, visto que o Decreto Estadual que norteava este assunto, o 53.939/2009, deverá ser revisto sob a luz da Lei 12.651/2012.

- Dessa maneira, a análise das propostas de compensação de Reserva Legal encontram-se impossibilitadas de conclusão neste momento.

- Somente com o número do CAR, mas sem o documento, é possível verificar a autenticidade do número do CAR no site da SMA?

- No momento, não. O acesso aos dados será implantado na segunda fase do sistema.

- Como proceder para a regularização da propriedade?

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Conforme determina a Lei 12.651/2012, os proprietários ou possuidores rurais têm um ano a contar da implantação do CAR para cadastrar suas propriedades ou posses, e têm um ano a contar da data da implantação do Programa de Regularização Ambiental para aderir a tal programa. O que está funcionando, no momento, é o Sistema de Informações Estadual – SICAR/SP – que alimentará a base de dados nacional - CAR que ainda não foi formalmente implantado e somente o será após ato da Ministra do Meio Ambiente, conforme previsto no art. 21 do Decreto 7.830/2012.Cabe informar também, que ainda não foi implantado o Programa de Regularização Ambiental e que para aderir ao PRA é necessário primeiro inscrever o imóvel no CAR. Assim, os requisitos formais previstos na Lei 12.651/12, que preveem a inscrição no CAR e adesão ao PRA só poderão ser cumpridos por parte dos proprietários e possuidores rurais quando os mesmos forem implantados.

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Empresa brasileira(JBS) detém 25% do mercado de ovinos no País, mas participação em bovinos é mais

forte (30%)

O ajuste da produção na planta de ovinos de Bordertown, na Austrália, foi feita em função de uma oferta mais ajustada de animais para abate. É o que afirma André Nogueira, CEO da JBS/USA, subsidiária da empresa brasileira no território norte-americano que comanda também as operações na Oceania. No final de fevereiro, a JBS/Austrália reduziu de dois para um turno o trabalho na unidade, além de diminuir de 8 mil para 5 mil cabeças o volume abatido diariamente. Em entrevista para jornalistas brasileiros na sede da JBS/USA, em Greeley, no estado norte-americano do Colorado, Nogueira diz que o mercado australiano sofre forte impacto de movimentos sazonais de oferta e demanda. “É uma questão puramente sazonal e dos altos e baixos de uma indústria que tem uma influência muito grande do clima”, explica o executivo, que passou um tempo na Austrália para implantar a operação. “Quando eu estava na Austrália, era uma planta de um turno e elevamos para dois porque tinha mais disponibilidade de carneiro. Agora, com a oferta menor, a gente volta para um turno”, acrescenta. A JBS atua no mercado australiano com 10 plantas de processamento de proteína animal. Seis são apenas de bovinos, duas só de ovinos e outras duas com linhas para ambas as carnes. A multinacional brasileira possui 30% de participação de mercado no país em carne bovina e 25% em carne ovina. A operação inclui também o fornecimento para supermercados, onde a presença varia de 40% a 45% na parte de produtos processados. Esses níveis de participação estão ligados, principalmente, à aquisição da Primo Smallgoods no ano passado. A receita com as vendas domésticas e exportações a partir do mercado australiano representa 4% do total da JBS no mundo.

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“Não há problema de mercado. A Austrália exporta muito. A questão central é a disponibilidade de matéria-prima”, reforça Nogueira, destacando que o país exporta cerca de 35% da carne de carneiro do mundo, com outros 35% de participação da Nova Zelândia. Ainda na Oceania, a companhia anunciou no ano passado a aquisição do controle da Scott Technologies, com matriz neozelandesa, pelo equivalente a US$ 42 milhões. A Scott - que tem capital aberto - atua na área de robótica em diversos setores, incluindo processamento de carnes. O negócio ainda aguarda autorização das autoridades locais para ser concluído. ========================================================================

Minas lança projeto para recuperação de nascentes e áreas degradadas - Cad. Noticiário - Jornal Minas

Gerais

Plantando o Futuro prevê o plantio de 30 milhões de árvores nos 17 territórios de desenvolvimento do Estado

Decreto nº 46.974, do governador Fernando Pimentel, publicado no MINAS GERAIS de terça-feira (22), institui o Projeto de Plantio e Recuperação de Nascentes e Áreas Degradadas - Plantando o Futuro. O texto traz detalhes sobre as diretrizes, objetivos e o funcionamento do programa. A iniciativa visa o plantio de 30 milhões de árvores, compreendendo a recuperação de 40 mil nascentes, 6.000 hectares de mata ciliar e 2.000 hectares de áreas degradadas, em todos os 17 territórios de desenvolvimento do Estado, até 2018. Além de oferecer à população a oportunidade de participar como protagonista do desenvolvimento sustentável, o programa vai incentivar a recuperação ambiental de áreas degradadas, contribuir para preservar a natureza e promover o bem-estar dos mineiros. A iniciativa se pautará na ampla mobilização social, conscientizando a população para que se aproprie do projeto e participe ativamente do plantio, da manutenção e da fiscalização. A ação priorizará regiões com danos ambientais, nascentes de rios e seus afluentes e matas ciliares, bem como a arborização urbana. A implantação do programa tem potencial para beneficiar 20 milhões de habitantes. A Companhia de Desenvolvimento Econômico (Codemig) é responsável pela coordenação e pelo apoio logístico e operacional do projeto. Entre os objetivos específicos do programa, estão: plantio em Áreas de Preservação Permanente (APPs), Unidades de Conservação, área de reserva legal de agricultores familiares, locais de recarga hídrica e escolas urbanas e rurais; formação de sistemas agroflorestais e silvipastoris, bem como de pomares e quintais agroflorestais; reflorestamentos; arborização urbana, rural e de estradas. >PARCERIA Nas cidades, a atuação de reflorestamento nos perímetros urbanos fornecerá uma base para ações em conjunto com as prefeituras. A revitalização ou criação de parques e hortos florestais também será alvo das ações. Na área rural, órgãos parceiros, como por exemplo a Empresa de Assistência Técnica e a Extensão

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Rural do Estado (Emater) e o Instituto Estadual de Florestas(IEF), terão papel de facilitar a participação dos produtores rurais. "Vamos implementar uma série de ações contidas no Plantando o Futuro. Uma delas, prevista para os próximos dias, é a publicação do edital de licitação para contratação de empresa especializada em plantio de mudas de árvores nativas e a recuperação de 48 nascentes ao longo dos afluentes do Ribeirão Serra Azul, na Região Metropolitana de Belo Horizonte", antecipa o coordenador do projeto, Cleber Consolatrix Maia. Ainda segundo ele, 250 mil mudas de árvores nativas serão plantadas na região. Essa ação específica é resultado de parceria com a Agência Metropolitana de Minas Gerais, que apresentou o projeto de plantio na região do Ribeirão Serra Azul. O local foi o escolhido para iniciar a operação do Plantando o Futuro devido à queda de oferta de água. Durante o ápice da crise hídrica, em 2015, o reservatório chegou ao seu nível mais baixo da história, com 9,6% de capacidade. Embora a temporada de chuvas tenha aliviado a situação, o Serra Azul ainda é o reservatório que apresenta a menor capacidade do Sistema Paraopeba, que abastece a Região Metropolitana de Belo Horizonte - apenas 32%. Também como parte do programa, está previsto um convênio com o Instituto Espinhaço Biodiversidade, Cultura e Desenvolvimento Socioambiental, para produção e plantio de 3 milhões de mudas nativas (Mata Atlântica e Cerrado) na região da Serra do Espinhaço, que abrange 53 municípios. No âmbito social, o programa prevê a participação da sociedade civil, estimando que 40% de sua execução será feita por ONGs, movimentos sociais, associações de classes, comunidades e empresas. O Governo é responsável pela execução de 60%, por meio de diversas secretarias de Estado. >PROJEÇÃO INTERNACIONAL

A iniciativa já foi apresentada pelo presidente da Codemig, Marco Antônio Castello Branco, durante a 21ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP21), em Paris, como modelo de gestão pela sustentabilidade. O Plantando o Futuro alcançou projeção internacional, tendo sido um dos quatro projetos selecionados no Brasil para ser exposto no Pavilhão das Cidades e Regiões do Programa de Ações Transformadoras durante o evento, realizado em 2015. O programa está alinhado com os esforços globais e acordos internacionais de promoção da sustentabilidade e da educação ambiental. Contribui para a redução de gases de efeito estufa, para a consolidação de uma economia verde, inclusiva e produtiva, para a melhoria da qualidade das águas e do ar, para a amenização da temperatura ambiente e para a elevação da qualidade de vida da população. >GESTÃO

As ações do Plantando o Futuro são coordenadas pela Codemig com a participação dos órgãos estaduais envolvidos, como as secretarias de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), de Governo (Segov), de Planejamento e Gestão (Seplag), de Fazenda (SEF), de Educação (SEE), de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sectes) e de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), além da Cemig, Copasa, Emater, Epamig, Feam, Instituto Estadual de Florestas (IEF), Instituto Geoinformação e Tecnologia (IGTEC) e do HidroEx.

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O Instituto Estadual de Florestas (IEF), por exemplo, ficou com a missão de ser o principal fornecedor de mudas. Já a Copasa é responsável por indicar as áreas de nascentes e recargas para a recuperação hídrica. Representantes de outros órgãos e entidades da Administração Pública e da sociedade civil também poderão ser convidados a auxiliar na elaboração das ações. O grupo de trabalho do projeto, instituído pelo governador Fernando Pimentel e destinado a elaborar o Programa Estadual de Recuperação de Áreas Degradadas, propôs ações voltadas para o replantio de espécies arbóreas contemplando os três biomas de Minas Gerais: Mata Atlântica, Caatinga e Cerrado. A equipe realizou o levantamento de dados, produziu relatórios e emitiu conclusões sobre a situação de áreas degradadas no Estado. >Outras informações podem ser obtidas em www.codemig.com.br e www.plantandoofuturo.mg.gov.br. Empresas, ONGs e movimentos sociais que desejarem participar do projeto podem telefonar para (31) 3213-6102/3213-6102.

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Pecuária - Inseminação favorece setor em Minas Gerais - Cad. Agronegócio - Jornal Diário do

Comércio

Taxa é de 14,6% no rebanho leiteiro e de 7,1% no de corte, com melhoria genética

( Michelle Valverde)

Pela primeira vez, a Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia) divulgou os índices do uso de inseminação artificial (IA) nos estados brasileiros. Ao longo de 2015, em Minas Gerais, a utilização da IA na pecuária de leite abrangeu 14,6% das vacas e na de corte 7,1% das matrizes, alcançando o índice total de 11,5%, o que é considerado pequeno frente ao tamanho do rebanho estadual. O uso da IA no rebanho total do País abrange 10,3% das vacas e a tendência é de crescimento. O uso da inseminação artificial em bovinos tem entre as vantagens a possibilidade de melhorar a genética do rebanho em ampla escala, ampliar a produtividade em um menor período de tempo, reduzindo os custos de produção e agregando competitividade. De acordo com o presidente da Asbia, Carlos Vivacqua Carneiro da Luz, o uso da técnica tanto em Minas Gerais como em todo o País ainda tem muito espaço para crescer. Com a divulgação dos índices estaduais, a associação pretende acompanhar, de forma científica, o avanço de programas voltados para estimular o uso da inseminação artificial. Apesar de ser responsável pelo segundo maior rebanho de bovinos no País, atrás apenas do Mato Grosso, a taxa de inseminação artificial em Minas Gerais ainda é pequena, representando apenas 11,5% do rebanho total, corte e leite, que é formado por 15,63 milhões de fêmeas. Minas ocupa a sexta posição, atrás dos estados do Sul do País, Mato Grosso do Sul e São Paulo. De acordo com os últimos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Minas Gerais se destaca com o maior rebanho leiteiro, composto por 5,8 milhões de vacas em ordenha e

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respondendo por 25,19% do rebanho de leite do País. Mesmo sendo o maior produtor de leite, o Estado insemina apenas 14,6% das matrizes, ficando atrás de Santa Catarina, estado onde o índice de inseminação é de 31,8%, Rio Grande do Sul, 28,3%, Paraná, 25,9%, e São Paulo, 15,3%. “Em Minas Gerais, Estado que possui o maior volume de gado de leite do Brasil, o percentual de inseminação não é elevado. Já o Sul do País concentra os maiores índices, por serem os que mais utilizam tecnologias. Nosso ranking pode ser considerado um mapeamento da tecnologia aplicada na pecuária de corte e de leite, isto pelo uso da inseminação ser uma técnica que sempre vem acompanhada de outras, como o uso da ordenha mecânica e as melhores práticas de manejo, por exemplos”. Ainda segundo Vivacqua, vários programas do governo federal e estadual, em conjunto com entidades ligadas ao agronegócio, vêm sendo desenvolvidos em Minas Gerais e demais estados produtores. Por isso, a tendência é de crescimento do uso da técnica. O percentual baixo no uso da IA ainda se deve às dificuldades de acesso dos pecuaristas aos processos tecnológicos e à mão de obra capacitada.

>Valor Considerada como o melhor mecanismo de melhoramento genético em larga escala, o uso da inseminação artificial tem valor acessível aos produtores, representando apenas 2% dos custos de produção. “A inseminação tem um custo-benefício enorme garantindo ao pecuarista a melhora genética do rebanho em larga escala. A utilização da técnica vem se expandindo e deve crescer efetivamente nos próximos anos. A partir de agora, com a divulgação dos índices estaduais, poderemos acompanhar o percentual de adoção da técnica e a variação ano a ano. Estamos muito felizes porque, com os dados, vamos mensurar não mais de maneira sensitiva, mas de maneira exata a variação em cada estado. Poderemos traçar e avaliar as ações estratégicas e os impactos das mesmas”, explicou Vivacqua.

>Vendas de sêmen bovino em alta – Sequência O uso da inseminação artificial no rebanho total do País abrange 10,3% das vacas e a tendência é de crescimento. Pela primeira vez, a Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia) divulgou os índices do uso de inseminação artificial (IA) nos estados brasileiros. Ao longo de 2015, em Minas Gerais, a utilização da IA na pecuária de leite abrangeu 14,6% das vacas e na de corte 7,1% das matrizes, alcançando o índice total de 11,5%, o que é considerado pequeno frente ao tamanho do rebanho estadual. O uso da IA no rebanho total do País abrange 10,3% das vacas e a tendência é de crescimento. Minas Gerais respondeu pela comercialização de 30% do sêmen leiteiro, com 1,27 milhão de doses e ocupou o primeiro lugar no País. Na pecuária de corte, a comercialização do Estado representa 6% do volume nacional, com 453,4 mil doses e ocupando a sexta posição nacional. Para o presidente da Asbia, Carlos Vivacqua Carneiro da Luz, a valorização da arroba do boi gordo foi o principal impulso para que as vendas de material genético crescessem. No segmento de corte as vendas somaram 8,3 milhões de doses, ante 7,1 milhões em 2014, uma evolução de 16,26%. “A área da bovinocultura de corte, nos últimos cinco anos, vem passando por período positivo em relação aos resultados econômicos e financeiros dos produtores. Este fator permitiu que os pecuaristas tivessem segurança para ter uma visão de médio e longo prazos e planejar investimentos, com o uso da IA, que é de médio prazo”.

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Já o mercado de leite comercializou 4,3 milhões de doses de sêmen, ante 4,9 milhões em 2014, retração de 12,04 %. O presidente da Asbia atribui o resultado negativo a vários fatores, como a queda dos preços do leite no mercado internacional, a estabilidade no nacional, o aumento dos custos de produção e o mercado do boi gordo valorizado, o que estimulou o abate de matrizes e cruzamentos usando material genético de bovinos de corte. Em relação aos valores pagos pelo leite, a queda internacional é consequência do embargo imposto à Rússia, que é um dos maiores compradores mundiais do produto, por parte da União Europeia e dos Estados Unidos. Com as negociações suspensas, a oferta de leite ficou maior que o consumo no mercado mundial fazendo com que os preços caíssem. Segundo Vivacqua, no mercado brasileiro os bons valores pagos pela arroba do boi gordo provocou a intensificação de descartes dos animais de leite, gerando bom caixa aos produtores. “Com o mercado do boi em alta, em alguns estados, houve a utilização de cruzamento com raças de corte, principalmente nas novilhas, na busca dos bons valores da remuneração da carne. Houve, também, um aumento dos custos de produção em função da desvalorização do real frente ao dólar e a manutenção dos preços do leite pagos aos produtores, trazendo menor rentabilidade à atividade”, analisa Vivacqua.

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GABINETE DA SECRETARIA DE

ESTADO DE AGRICULTURA,

PECUÁRIA E ABASTECIMENTO DE

MINAS GERAIS

João Cruz Reis Filho

Secretário

Kleber Vilela Araújo

Secretário-Adjunto

Orlando Caixeta Fialho

Subsecretário de Desenvolvimento Rural

Odiel de Souza

Subsecretário do Agronegócio

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Lindomar Antonio Lopes

Coordenador do PROALMINAS/SEAPA/MG

Assessoria Técnica do Secretário Belo Horizonte/MG

Fone: (31) 3915.8535 [email protected]