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Amostra · 2021. 1. 8. · 1 Sobre a capa NOSSA SENHORA DO CARMO (16 de julho) A Sagrada Escritura celebra a beleza do Carmelo, onde o profeta Elias defendeu a pureza da fé de Israel

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Instituto Cidade de Deus

Etapa 5 – Amostra

Editora

Cidade de Deus

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Todos os direitos reservados.

Proibida toda e qualquer reprodução desta edição por qualquer meio ou forma, seja ela eletrônica

ou mecânica, fotocópia, gravação ou qualquer outro meio de reprodução, sem permissão expressa

do Instituto Cidade de Deus

FICHA CATALOGRÁFICA

Instituto Cidade Deus

Coleção Hypomoné: Etapa 5 / Instituto Cidade de Deus – São Carlos: Editora

Cidade de Deus, 2019.

1. Material Didático 2. Religião Católica 3. Educação Católica

I. Instituto Cidade de Deus II. Título III. Coleção.

CDD – 200.71

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Sobre a capa

NOSSA SENHORA DO CARMO

(16 de julho)

A Sagrada Escritura celebra a beleza do Carmelo, onde o profeta Elias defendeu a pureza

da fé de Israel no Deus vivo. No século XII, alguns eremitas foram viver nesse monte e, mais tarde,

constituíram uma Ordem de vida contemplativa sob o patrocínio da Santa Mãe de Deus, Maria.

Em 16 de julho de 1251, São Simão Stock (superior geral dos monges carmelitas) estava

intercedendo com o Terço, quando Nossa Senhora apareceu com um escapulário na mão e disse-

lhe: “Recebe, meu filho, este escapulário da tua Ordem, que será o penhor do privilégio que eu

alcancei para ti e para todos os filhos do Carmo. Todo o que morrer com este escapulário será

preservado do fogo eterno”.

Vários Papas promoveram o uso do escapulário e Pio XII chegou a escrever: “Devemos

colocar em primeiro lugar a devoção do escapulário de Nossa Senhora do Carmo – e ainda –

escapulário não é ‘carta-branca’ para pecar; é uma ‘lembrança’ para viver de maneira cristã, e

assim, alcançar a graça duma boa morte”.

Nossa Senhora do Carmo, rogai por nós!

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Sumário

Estudo Sagrado ............................................................................................................................... 3

Língua Portuguesa......................................................................................................................... 10

Matemática .................................................................................................................................... 26

Ciências ......................................................................................................................................... 44

História .......................................................................................................................................... 55

Geografia ....................................................................................................................................... 65

Arte................................................................................................................................................ 74

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Estudo Sagrado

Proclamação do Dogma da Imaculada Conceição. Nossa Senhora, rogai por nós!

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Doutrina Sagrada

Humildade1

Se nos perguntarmos qual é a essência da vida cristã,

a “vida da vida” dos filhos de Deus, a resposta é clara: a

caridade, o amor a Deus e ao próximo. Sem ele, todas as

outras qualidades e virtudes ficam vazias: se não tiver

caridade, não sou nada, escrevia São Paulo aos de

Corinto.

Mas a semente da caridade – virtude teologal que

Deus infunde na alma – precisa da boa terra da

humildade para se enraizar e crescer. A virtude da

humildade não é o cume, mas é a base, e é tão necessária,

que a Sagrada Escritura repete por três vezes que Deus

resiste aos soberbos, mas dá a sua graça aos humildes

(Prov 3, 34; Tg 4,6; 1Pd 5,5). Só a humildade,

juntamente com a fé, nos torna capazes de acolher a vida

sobrenatural vem pela graça do Espírito Santo.

Comentando esta relação indissociável entre a

caridade e humildade, Santo Agostinho dizia: Se queres ser grande, começa por ser pequeno. Se

queres construir um edifício que chegue até o céu, pensa primeiro em pôr os alicerces da

humildade. Quanto maior for o volume do que se queira edificar e a altura da casa, tanto mais

fundos devem ser cavados os alicerces”.

Não podemos esquecer que a humildade nos

torna especialmente próximos do coração de Cristo

– aprendei de mim, que sou manso e humilde de

coração -, e nos conduz, conforme a promessa do

Senhor, à paz por que tanto ansiamos: e

encontrareis repouso para as vossas almas (Mt 11,

29).

Nossa Senhora, no cântico do Magnificat,

louva a Deus, feliz porque Ele olhou para a humilde

condição da sua serva; por isso, desde agora me

proclamarão bem-aventurada toas as gerações,

pois realizou em mim maravilhas Aquele que é

poderoso e cujo nome é Santo (Lc 1, 48-49).

Que a Virgem Santíssima nos ajude a

descobrirmos este caminho da autêntica humildade,

que é a porta aberta ao amor, à graça divina e a todas

as virtudes.

1 Texto adaptado do livro “A prática da humildade” – Gioacchino Pecci – Lorena: Cléofas, 2015. 2ª edição.

“Não há caminho mais excelente que o amor – dizia Santo Agostinho -, mas por ele só

podem transitar os humildes”.

Este conteúdo está inserido no terceiro volume desta Etapa.

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Amizade com Deus2

Nesta semana aprenderemos a buscar a verdadeira humildade. O Padre Royo Marín indica

três principais "meios para se chegar à verdadeira humildade". Ei-los abaixo.

1. Pedir incessantemente a Deus

Como todo dom de Deus, a humildade também é uma graça que somente Ele pode conceder

aos que a desejam e lhe suplicam. Há uma ladainha escrita pelo Cardeal Merry del Val, Secretário

de Estado de São Pio X, que pode ser recitada todos os dias nesta intenção:

Jesus, manso e humilde de coração, ouvi-me.

Do desejo de ser estimado, livrai-me, ó Jesus.

‘Do desejo de ser amado, livrai-me, ó Jesus.

Do desejo de ser conhecido, livrai-me, ó Jesus.

Do desejo de ser honrado, livrai-me, ó Jesus.

Do desejo de ser louvado, livrai-me, ó Jesus.

Do desejo de ser preferido, livrai-me, ó Jesus.

Do desejo de ser consultado, livrai-me, ó Jesus.

Do desejo de ser aprovado, livrai-me, ó Jesus.

Do receio de ser humilhado, livrai-me, ó Jesus.

Do receio de ser desprezado, livrai-me, ó Jesus.

Do receio de sofrer repulsas, livrai-me, ó Jesus.

Do receio de ser caluniado, livrai-me, ó Jesus.

Do receio de ser esquecido, livrai-me, ó Jesus.

Do receio de ser ridicularizado, livrai-me, ó

Jesus.

Do receio de ser infamado, livrai-me, ó Jesus.

Do receio de ser objeto de suspeita, livrai-me, ó Jesus.

Que os outros sejam amados mais do que eu, Jesus, dai-me a graça de desejá-lo.

Que os outros sejam estimados mais do que eu, Jesus, dai-me a graça de desejá-lo.

Que os outros possam elevar-se na opinião do mundo, e que eu possa ser diminuído, Jesus, dai-me

a graça de desejá-lo.

Que os outros possam ser escolhidos e eu posto de lado, Jesus, dai-me a graça de desejá-lo.

Que os outros possam ser louvados e eu desprezado, Jesus, dai-me a graça de desejá-lo.

Que os outros possam ser preferidos a mim em todas as coisas, Jesus, dai-me a graça de desejá-lo.

Que os outros possam ser mais santos do que eu, embora me torne o mais santo quanto me for

possível, Jesus, dai-me a graça de desejá-lo.

2. Pôr os olhos em Jesus Cristo, modelo incomparável de humildade

O Padre Royo Marín recorda que foi o próprio Cristo quem "nos convidou a pôr os olhos

n'Ele, quando nos disse com tanta suavidade e doçura: 'sede discípulos meus, porque sou manso e

humilde de coração' (Mt 11, 29)". Deste modo, o grande teólogo da vida interior indica quatro

pontos sobre Cristo como temas para nossa meditação:

2 Texto retirado do artigo “Três meios para chegar à verdadeira humildade”, disponível em: https://padrepauloricardo.org/blog/tres-meios-para-se-chegar-a-verdadeira-humildade.

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- a vida oculta, quando Ele se humilhou no seio da Virgem Maria e se fez Filho de um simples

carpinteiro;

- a vida pública, com sua dedicação aos pobres e serviço aos mais simples;

- a paixão, ocasião em que lavou os pés dos discípulos e deixou-se ser humilhado e açoitado pela

nossa salvação; e

- a Eucaristia, ápice de sua entrega com o ocultamento também da natureza humana, e todas as

descortesias e ofensas que aceita no Sacrário.

3. Esforçar-se por imitar Maria, Rainha dos humildes

Finalmente, o Padre Royo Marín recorda como modelo aquela que sempre se considerou a

pobre e humilde escrava do Senhor. "Não chama a atenção em nada, se dedica às tarefas mais

próprias de uma mulher no pobre casebre de Nazaré, aparece no calvário como mãe do grande

fracassado…" Estas são apenas algumas das características lembradas pelo padre para apresentar

a humildade de Nossa Senhora. Assim, afirma que "sob seu olhar maternal a alma há de praticar a

humildade de coração para com Deus, para com o próximo e para consigo mesma".

Estas são dicas valiosas do Padre Royo Marín que devem urgentemente ser colocadas em

prática por todo fiel cristão. O orgulho, mais do que os pecados contra a castidade, ofendem

diretamente o Coração de Jesus, pois demonstram uma atitude de altivez em relação à Providência

Divina. Lembrem-se que o

demônio não pecou contra o

sexto mandamento, mas

contra o primeiro. De nada

adianta ser puro como um

anjo, mas soberbo como um

diabo.

Busquemos, portanto,

a humildade para que todas as

nossas outras virtudes

brilhem ainda mais pela graça

de Deus.

Vision of the Blessed Hermann Joseph - Antoon van Dyck, 1629-30

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A vida de Jesus

Jesus acolhe a Madalena

Maria Madalena pertencia a uma abastada família de Betânia. Tinha um irmão chamado

Lázaro e uma irmã, Marta, ambos dotados de grande virtude. Maria, porém, deixara-se levar

pelas ilusões do mundo e tornara-se pecadora pública. Tocada pela graça divina, foi pedir perdão

de seus pecados ao Salvador. Encontrou-o na cidade de Naim em casa de um fariseu chamado

Simão, que o havia convidado para jantar. Assim que se lhe aproximou, atirou-se-lhe aos pés e

começou a lavar-lhes com suas lágrimas, enxugando-os com seus cabelos e perfumando-os com

bálsamo. Simão, vendo tal coisa, disse consigo mesmo: “Se Ele fosse profeta, saberia quem é

esta mulher.” Jesus que, sendo Deus,

conhecia o arrependimento de

Madalena, voltando-se para Simão, lhe

disse: “Simão, tenho algo a dizer-te.”

Respondeu ele: “Falai, ó Mestre.” E

Jesus continuou: “Havia dois homens

que eram ambos devedores ao mesmo

credor. O primeiro devia quinhentos

dinheiros e o segundo cinquenta; o

credor perdoou a dívida a ambos os

devedores. Qual dos dois deve ser mais

reconhecido?” Simão respondeu:

“Aquele a quem foi perdoado mais” –

Respondestes bem, continuou Jesus. A

esta mulher foram-lhe perdoados

muitos pecados porque muito amou. E

voltando-se para ela disse-lhe: “Os teus

pecados estão perdoados, a tua fé te

salvou. Vai em paz.”

Este ato nos ensina que por muito

numerosos que sejam os nossos

pecados, se arrependidos formos aos

pés de Jesus, e nos confessarmos com

firme vontade de emendar-nos, seremos perdoados.

Jesus, amigo das crianças

O Filho de Deus fez-se homem para a salvação de todos, indistintamente; todavia, deu às

crianças demonstrações constantes de especial afeto e grande benevolência. Um grupo de

crianças fazia, uma ocasião, grande algazarra ao pé de Jesus: alguns dos apóstolos procuraram

afastá-las, no que foram censurados pelo Divino Mestre, com as seguintes palavras: Não as

afasteis, deixai que as crianças venham a mim, porque delas é o reino dos céus. E chamava-as a

si, acariciava-as e as abençoava. Doutra feita, perguntaram-lhe os apóstolos quem seria maior no

reio dos céus, ao que Jesus lhes respondeu: “Em verdade, em verdade vos digo, que se vos não

tornardes simples e humildes como este – e apontou para um pequenino que brincava ao seu

lado, num grupo de crianças – não entrareis no reino dos céus. Quem, pois, se fizer pequeno

como esta criança, será o maior no reino dos céus. Quem protege e acolhe, em meu nome, uma

criancinha, a mim acolhe; e quem a mim recebe, recebe Aquele que me enviou – o meu Pai

Celeste”. E prosseguiu: “A quem escandalizar alguma destas crianças que creem em mim,

melhor lhe fora que atasse ao pescoço uma mó de moinho e se atirasse ao mar. Ai daquele que de

qualquer forma lhes causar escândalos!” Jesus Cristo operou muitos milagres em favor das

crianças.

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O leproso e o servo do centurião

O que até agora temos referido de Nosso Senhor Jesus Cristo, nô-lo apresenta, apenas,

como homem. Agora vamos narrar os seus milagres, que nô-lo revelam como Deus, pois que,

derivando o milagre de um poder que supera as forças naturais, só pode ser atributo divino,

predicado exclusivo de Deus Criador, que por ninguém foi

criado, é onipotente senhor de todas as coisas, e único capaz,

portanto, de suspender, pela sua soberana vontade, as leis da

natureza.

Numa das frequentes peregrinações que o Divino Mestre

fazia, pregando sua doutrina, acercou-se d’Ele um leproso e

lhe disse: “Senhor, se quiseres podes curar-me”. E Jesus

tocou-lhe, dizendo: “Quero-o, sê curado”. O leproso levantou-

se são. E depois, lhe disse: “Vai, apresenta-te ao sacerdote,

como manda Moisés”. Na antiga Lei, quando um leproso era

curado do seu asqueroso mal, devia apresentar-se ao

sacerdote, que o declarava curado e absolvido. Esta

absolvição é figura da absolvição sacramental, que, pela nova

Lei, se dá aos leprosos espirituais – os pecadores.

De volta de sua peregrinação, Jesus passava pela cidade de

Cafarnaum, quando lhe veio ao encontro um centurião

romano, dizendo: “Senhor, o meu servo jaz no leito,

paralítico, sofrendo dores horríveis”. Jesus disse-lhe: “Eu irei curá-lo”. Mas o centurião

respondeu: “Senhor, eu não sou digno de que entreis na minha casa, mas dize somente uma

palavra e meu servo ficará curado”. Nosso Senhor disse aos que o rodeavam: “Em verdade vos

digo que não encontrei tanta fé nos filhos de Israel; muito virão do Oriente e do Ocidente e, com

Abraão, Isaac e Jacó,

sentar-se-ão no trono

de glória, no reino

dos céus, enquanto

filhos do povo eleito

serão atirados às

trevas exteriores,

onde haverá prantos

e ranger de dentes”.

Depois, disse ao

centurião: “Vai, e

seja feito conforme

acreditaste!” E, no

mesmo instante, o

servo sentiu-se

curado.

Jesus ressuscita a filha de Jairo

Jairo, chefe da sinagoga de Cafarnaum, tinha uma filha de doze anos de idade, que estava

à morte. Sabendo que Jesus achava-se na cidade, foi ao seu encontro, atirou-se-lhe aos pés,

suplicando-lhe que a curasse. Jesus, acompanhado pela multidão, pôs-se a caminho da morada de

Jairo. Durante o caminho, curou uma mulher que havia doze anos sofria de um fluxo de sangue,

já por todos os médicos reputado incurável. Ela procurava com empenho romper a multidão para

chegar ao Mestre, dizendo consigo mesma: “Se eu conseguir tocar a fimbria de suas vestes,

O centurião vai ao encontro de Jesus e pede por seu servo.

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estarei curada”. E, aproximando-se do Nazareno, tocou de leve a ponta de seu manto, e sentiu-se

milagrosamente curada. Jesus olhou em volta para ver quem O tocara e, vendo a mulher que se

lhe atirara aos pés, disse-lhe: “Filha, vai em paz, tua fé te curou”.

Entretanto, chegara a notícia de que a filha de Jairo falecera. Ao penetrar na casa, o

Divino Mestre viu que as carpideiras pranteavam a morte da donzela, enquanto a família

aprontava o funeral. Dirigindo-se aos circunstantes disse o Mestre: “Afastai-vos; ela não está

morta, dorme apenas”, querendo com isto dizer que a ressuscitaria com a mesma facilidade com

que se desperta uma pessoa que dorme. Quando todos se afastaram, penetrou no quarto da

menina em companhia do pai e da mãe da donzela, dos apóstolos Pedro, Tiago e João e

acercando-se do leito onde jazia a defunta, tomou-lhe uma das mãos e disse-lhe com voz

imperiosa: “Levanta-te”. E a menina levantou-se e começou a andar. Logo em seguida, e na

presença de todos, alimentou-se, mostrando-se bem disposta e perfeitamente sã.

The Raising of Jairus’ Daughter, Henry Thomson. 1820

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Língua Portuguesa

Sagrada Família, rogai por nós!

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Orientações para a disciplina de Língua Portuguesa:

"Quereis estudar, dizia, de uma maneira que vos seja

útil? Que a devoção vos acompanhe em todos os vossos

estudos e que vosso objetivo seja alcançar a santificação e

não a simples habilidade. Consultai mais a Deus que aos

livros, e pedi-lhe com humildade a graça de compreender o

que lerdes”

(São Vicente Ferrer, celebrado no dia 05 de abril)

Nosso objetivo:

Conhecer a Deus, amá-Lo acima de tudo e desejar viver

com Ele por toda a eternidade!

Atenção: -Diariamente você pode realizar as atividades previstas na seção “Aprendendo com os

Santos e com a Igreja”.

-Depois da “Leitura mensal” você encontrará a: “Teoria e prática”. Nesta seção

serão acrescentados os conteúdos gramaticais, separadamente, para facilitar a consulta e estudos

posteriores.

-A última parte deste material de Língua Portuguesa apresenta textos ou sugestões de leitura e se

denomina “Para aprender mais...”; são sugestões de leitura extra, para aqueles que já

contemplaram as outras atividades e conteúdos programados no volume;

Observação:

-O material de Língua Portuguesa segue, portanto, a seguinte orientação:

-Aprendendo com os Santos (dedicação diária).

-Leitura Mensal (a critério do responsável).

-Teoria e prática (a critério do responsável).

-Para aprender mais (após a finalização de todas as atividades anteriores, a critério

do responsável).

Este conteúdo está inserido no terceiro volume desta Etapa.

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Santa Maria Bernarda Soubirous (Bernadete)

Bernadete, a humilde camponesa de Barkés, simples,

ignorante, que aprendeu a ler só muito tarde, que não se sentou nunca

nas academias, recebeu o mais nobre, glorioso, rutilante diadema: o da

santidade.

Como essa camponesa se enganou, quando em 1886 foi pedir o

véu negro das religiosas de Nevers, as dedicadas filhas de D.

Delaveyne! O seu fim era ali, toda a sua missão na terra findaria ali.

Pura ilusão: na honra que a Igreja lhe conferiu solenemente, iniciou-se

o seu reinado de glória, e o seu nome é aclamado agora no mundo

inteiro.

No claustro de Nevers findava apenas uma parte da sua missão

perante a humanidade.

Lourdes, que ela dera a conhecer, espalhando pelas almas a novidade das aparições e os

desejos da Virgem de Massabielle, lá seguia em ascensão espantosa, rápida, pela sua própria

força. O mundo via a Virgem de Lourdes por intermédio da sua confidente, cujos olhos claros e

cândidos afastavam toda a ilusão e embuste.

Bernadete, cavando o solo com os seus dedos afilados, fazia surgir, pela graça da

Senhora, uma fonte de água do milagre, o mais fecundo capítulo da apologética moderna.

Recebeu um ministério novo, confiado a todos os Santos. Cada um deles, porém, tem as suas

características. As de Bernadete são sua pequenez engrandecida pela força e pelo amor de Cristo;

a sua condição humilde de ontem, elevada hoje, à de distribuidora de grandes lições ao gênero

humano.

Mostrou-nos ela a Rainha dos Santos; hoje começa a ensinar-nos o espírito da santidade.

Já não é o sobrenatural acima de nós, mas dentro de nós.

Já não nos convida a irmos às bordas do Gave, beber da água milagrosa; o seu apelo é

para irmos ao grande rio sacramental, onde as almas bebem a santidade; e para que consideremos

como a humanidade se refaz se nobilita, se sublima, modelada em cristo.

A sua voz dir-nos-á de futuro: Vede, homens pequeninos, materializados e, gozos

efêmeros, o que pode a ignorância, a humildade duma camponesa iletrada transformada pelo

Espírito Santo.

É talvez mais bela esta segunda missão do que a primeira. Depois de nos revelar a

Virgem, mostra-nos o Espírito Divino. Com uma diferença: é que a Virgem a vimos através dos

olhos dela; o Espírito vemos nela própria.

(Livro Na luz Perpétua: Vidas de Santos, João Batista Lehmann, Volume I, p. 301)

Durante uma das visões de Santa Bernadete, a Santíssima Virgem lhe disse: “Revolva a

terra com suas mãos, que dela nascerá uma fonte”. A menina, uma camponesa, não teve

dificuldade em escavar o solo no local indicado por Nossa Senhora. E ali, onde ninguém supunha

existir água, esta começou a brotar. Assim surgiu a fonte de Lourdes, manancial de curas e

conversões miraculosas, conforme prometera a Rainha do Céu.

Santa Bernadete

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Portanto, a santidade de vida de Bernadete atesta a sinceridade de suas visões, seu

equilíbrio mental e contribui, de certa forma, para demonstrar a veracidade dos fatos milagrosos

ocorridos em Lourdes.

Fora desses acontecimentos públicos, ela permaneceu silenciosa, cumprindo sua missão

privada. E nisso podemos aquilatar a beleza e a riqueza extraordinárias da Igreja, em cujo

universo a Providência suscita diferentes vocações. Este tem uma tarefa, aquele outra, e aquele

outra. Nossa Senhora distribui a cada pessoa uma determinada missão, que ela deve cumprir

inteiramente, sem se imiscuir na função para a qual não foi chamada.

Quem era Santa Bernadete?

O que é o rio sacramental onde as almas bebem a santidade?

Qual milagre a Santa realizou a pedido de Nossa Senhora?

Com o auxílio de seu responsável, procure conhecer a história de Nossa senhora de

Lourdes. Indicamos a confiável leitura “A impressionante história de Lourdes”, disponível em:

https://padrepauloricardo.org/episodios/a-impressionante-historia-de-nossa-senhora-de-lourdes.

Faça um resumo sobre os principais aspectos que mais chamaram a sua atenção.

Conte para todas as pessoas que moram em sua casa.

Faça uma oração suplicando a Nossa Senhora que, a exemplo de Santa Bernadete, você seja sempre

dócil, humilde e renuncie a todo mal por amor a Deus.

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Este é um dia de louvar e agradecer a Deus por mais uma etapa

concluída em sua vida!

Você leu, rezou, estudou, escreveu e refletiu sobre muitos testemunhos de vida, que

souberam dizer sim a Deus, amá-Lo verdadeiramente e transbordaram todas as graças recebidas.

Escolha o santo que mais despertou em seu coração o desejo de ser santo e escreva os

motivos.

Finalize escrevendo uma oração de ação de graças e peça a intercessão deste santo que

escolheu, para que seja um estudante segundo o coração de Deus, que busque a Verdade e

transforme o mundo!

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Sagradas Escrituras

Salmo 44, 1-9

" 1.Ao mestre de canto. Segundo a melodia: “Os lírios”. Hino dos filhos de Coré. Canto

nupcial.

2.Transbordam palavras sublimes do meu coração. Ao rei dedico o meu canto. Minha

língua é como o estilo de um ágil escriba.

3.Sois belo, o mais belo dos filhos dos homens. Expande-se a graça em vossos lábios, pelo

que Deus vos cumulou de bênçãos eternas.

4.Cingi-vos com vossa espada, ó herói; ela é vosso ornamento e esplendor.

5.Erguei-vos vitorioso em defesa da verdade e da justiça. Que vossa mão se assinale por

feitos gloriosos.

6.Aguçadas são as vossas flechas; a vós se submetem os povos; os inimigos do rei perdem

o ânimo.

7.Vosso trono, ó Deus, é eterno, de equidade é vosso cetro real.

8.Amais a justiça e detestais o mal, pelo que o Senhor, vosso Deus, vos ungiu com óleo de

alegria, preferindo-vos aos vossos iguais.

9.Exalam vossas vestes perfume de mirra, aloés e incenso; do palácio de marfim os

sons das liras vos deleitam."

(Bíblia Ave-Maria)

Copie o Salmo 44, 1-9 em seu caderno.

Leia o Salmo 44, 1-9 três vezes e reescreva o versículo que mais lhe chamou a atenção.

Leia o verso em negrito e escreva o significado de aloés.

Decore o versículo que mais lhe chamou a atenção e recite-o para alguém.

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Salmo 44, 10-18

" 10.Filhas de reis formam vosso cortejo; posta-se à vossa direita a rainha, ornada de ouro de Ofir.

11.Ouve, filha, vê e presta atenção: esquece o teu povo e a casa de teu pai.

12.De tua beleza se encantará o rei; ele é teu senhor, rende-lhe homenagens.

13.Habitantes de Tiro virão com seus presentes, próceres do povo implorarão teu favor.

14.Toda formosa, entra a filha do rei, com vestes bordadas de ouro.

15.Em roupagens multicores apresenta-se ao rei, após ela vos são apresentadas as virgens, suas

companheiras.

16.Levadas entre alegrias e júbilos, ingressam no palácio real.

17.Tomarão os vossos filhos o lugar de vossos pais, vós os estabelecereis príncipes sobre toda a

terra.

18.Celebrarei vosso nome através das gerações. E os povos vos louvarão eternamente."

(Bíblia Ave-Maria)

Copie o Salmo 44, 10-18 em seu caderno.

Leia o Salmo 44, 10-18 três vezes e reescreva o versículo que mais lhe chamou a atenção.

Leia o verso em negrito e escreva o significado de próceres.

Decore o versículo que mais lhe chamou a atenção e recite-o para alguém.

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Salmo 45

" 1.Ao mestre de canto. Dos filhos de Coré. Cântico para voz de soprano.

2.Deus é nosso refúgio e nossa força; mostrou-se nosso amparo nas tribulações.

3.Por isso, a terra pode tremer, nada tememos: as próprias montanhas podem se afundar nos

mares.

4.Ainda que as águas tumultuem e com sua fúria venham abalar os montes, está conosco o

Senhor dos exércitos, nosso protetor é o Deus de Jacó.

5.Os braços de um rio alegram a cidade de Deus, o santuário do Altíssimo.

6.Deus está no seu centro, ela é inabalável; desde o amanhecer, já Deus lhe vem em socorro.

7.Agitaram-se as nações, vacilaram os reinos; apenas ressoou sua voz, tremeu a terra.

8.Está conosco o Senhor dos exércitos, nosso protetor é o Deus de Jacó.

9.Vinde admirar as obras do Senhor, os prodígios que ele fez sobre a terra.

10.Reprimiu as guerras em toda a extensão da terra; partiu os arcos, quebrou as lanças, queimou

os escudos.

11.“Parai – disse ele – e reconhecei que sou Deus; que domino sobre as nações e sobre toda a

terra.”

12.Está conosco o Senhor dos exércitos, nosso protetor é o Deus de Jacó."

(Bíblia Ave-Maria)

Copie o Salmo 45 em seu caderno.

Leia o Salmo 45 três vezes e reescreva o versículo que mais lhe chamou a atenção.

Leia o verso em negrito e escreva o significado de ressoou.

Decore o versículo que mais lhe chamou a atenção e recite-o para alguém.

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Leitura mensal “Seja perseverante nas orações e nas santas leituras.” (Padre Pio)

A vida de João Paulo II: Karol Wojtyla, de Cracóvia a Roma (Dominique Bar; Louis-Bernard

Koch; Guy Lehideux)

Este livro traça o percurso da vida de Karol Wojtyla, de

sua infância na Polônia até sua eleição ao Papado em

1978.

Nascido num período de grandes eventos no mundo, ele

vivencia a invasão de sua querida Polônia, primeiro

pela Alemanha Nazista e depois pela União Soviética

Comunista. Aluno brilhante, esportista e entusiasta do

teatro, ele decide ser padre durante a Segunda Guerra

Mundial. Sempre amigo dos jovens, ele torna-se um

jovem bispo aos 38 anos, um jovem Cardeal aos 47 e,

finalmente, um jovem Papa aos 58!

Peça a intercessão de São João Paulo II para esta leitura.

Que a vida dele nos inspire a amar verdadeiramente a

Deus e a venerar piedosamente a Virgem Santíssima!

BOA LEITURA!

História em quadrinhos

DEFINIÇÃO: Trata-se de uma história narrada e dividida em quadros. Não existe número

exato de quadrinhos, estes variam conforme o enredo. Entretanto, sua leitura obedece a uma

ordem espacial e direcional: da esquerda para a direita e de cima para baixo. Há ainda a

presença indispensável de balões para representar a fala dos personagens ou o som. Em geral

os quadrinhos apresentam textos curtos, pois a imagem também transmite a mensagem neste

gênero textual.

Características gerais:

- Narrador, personagens, tempo, espaço e enredo.

- Quadrinhos alinhados, quantidade indeterminada.

- Balões de falas e pensamentos.

- Palavras que representam sons (onomatopeia).

- Linguagem verbal e não-verbal; imagem em cada quadrinho.

Qual é o título e subtítulo do livro?

Imagem da capa do livro “A vida de João

Paulo II”

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Quais são os nomes dos autores do livro? Qual é o tipo de gênero textual? (informação encontrada na ficha catalográfica).

- Leitura das páginas 1-6.

Quais são os nomes dos pais de Karol Wojtyla?

Qual as respectivas profissões de seus pais?

Qual é o nome da Igreja na qual Karol foi batizado?

Que apelido Karol Wojtyla recebeu na infância?

Como se chamava o melhor amigo de Karol?

“Rezar é falar com Deus, mas também escutá-lo. Ele tem muitas coisas a nos dizer no

silêncio”. Faça um momento de silêncio e peça para que Deus fale com você. Em seguida,

escreva o que Deus lhe falou.

São João Paulo II, desde pequeno, rezava o terço com o seu pai. Chame a sua família e

convide-a para rezar o terço com você. Em seguida, escreva como foi esse momento de

oração em família. (Observação: escolham o melhor momento para que todos estejam

juntos e atentos).

Uma das características das histórias em quadrinhos são os quadrinhos alinhados. Veja o

exemplo:

Livro: A vida de João Paulo II. Característica das histórias em quadrinhos, quadrinhos alinhados.

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Finalização- Frutos de Santidade

Todas as leituras feitas durante o ano resultarão em frutos que o levará a ter uma vida

mais virtuosa, de busca da sabedoria e frutífera em atos de santidade.

Com este mesmo objetivo faremos, no término deste livro, uma atividade em papel

separado (almaço ou sulfite - você deve escolher apenas um tipo e utilizá-lo até o fim) que

demonstre o fruto que a história gerou em sua vida.

No término do ano você se surpreenderá com tantos testemunhos de amor e entrega a Deus!

Folha 3

Escreva em uma folha (de papel almaço ou sulfite) um resumo dos aspectos que mais

chamaram sua atenção durante a leitura mensal

Neste resumo você deve responder às seguintes questões:

Como esta história me ajudou a ter uma vida mais virtuosa?

Quais foram os frutos que esta leitura trouxe?

A partir da leitura, eu pretendo alcançar um propósito de vida: (aqui você deve colocar

alguma virtude, tarefa, algum sacrifício que ficou motivado a fazer para ser uma pessoa

mais sábia, virtuosa e santa!).

Escolha alguém de sua família ou amigos para contar esta experiência.

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Teoria e prática

“Gramática é a ciência de falar sem vícios”

Atenção:

As atividades práticas que você deverá realizar estão inseridas junto ao texto teórico, com

o símbolo:

Neste volume completaremos o aprendizado da classe gramatical dos pronomes e

estudaremos os usos dos porquês.

Para recordar...

Vimos que Pronome “é a palavra que indica o tipo de relação existente entre o ser e a

pessoa do discurso”, e também vimos alguns tipos de pronomes que nos auxiliam na

comunicação diária:

- Pronomes pessoais (indicam os seres que representam as pessoas do discurso).

- Pronomes pessoais de tratamento (que indicam o grau de formalidade existente entre as

pessoas).

- Pronomes possessivos (que indicam algum tipo de posse de alguma das pessoas do

discurso).

- Pronomes interrogativos (pronomes empregados na formulação de perguntas,

interrogações, apresentadas de forma direta ou indireta).

É importante recordar também quem são as pessoas do discurso:

Quando dizemos pessoa do discurso, ou 1ª, 2ª ou 3ª pessoa do discurso, estamos nos

referindo às pessoas que podem estar envolvidas na comunicação.

A pessoa que está falando, que está emitindo a fala, o discurso, denominamos primeira

pessoa (primeira por estar mais próxima da comunicação- o Eu ou Nós, no caso do plural). A

segunda pessoa do discurso é aquela com a qual se fala, ou seja, a pessoa com a qual a primeira

pessoa está falando (seria o Tu, ou Vós). A terceira pessoa do discurso é aquela da qual se está

falando, não está próxima nem da primeira pessoa, nem da segunda, poderíamos representar esta

pessoa pelo pronome ele ou eles.

As pessoas do verbo variam em número, havendo três pessoas do singular (eu, tu, ele) e

três pessoas do plural (nós, vós, eles).

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Desta forma teríamos:

1.ª pessoa do singular: eu

2.ª pessoa do singular: tu

3.ª pessoa do singular: ele/ela

1.ª pessoa do plural: nós

2.ª pessoa do plural: vós

3.ª pessoa do plural: eles/elas

Neste terceiro volume aprenderemos outros tipos e classificações pronominais:

Pronomes demonstrativos

São demonstrativos os pronomes que indicam relações de espaço entre os seres e as pessoas do

discurso, ou seja, demonstram algo e sua posição diante daqueles que se comunicam ou sobre quem

comunicam.

Observe os exemplos:

- Classe, este é o Compêndio que lerão! (este: indica que o Compêndio está próximo da 1ª pessoa

do discurso, no caso, o professor).

- Era esse o santo de Ars? Pensei que fosse aquele. (esse: próximo da 2ª pessoa do discurso/

aquele: distante de ambas as pessoas do discurso).

- Esta semana o padre está tranquilo. (esta: indica a semana em curso, presente).

- Essa semana que passou, o padre estava preocupado. (essa: indica um passado próximo ao

momento da fala).

-O meu desejo é este: ser santo! (este: anuncia próximos termos ou informação seguinte).

- Ver de novo aquela Catedral. Esse é o meu desejo. (esse: retoma termos ou informação já

citada).

Classificação dos pronomes demonstrativos:

Veja, a seguir, o quadro dos pronomes demonstrativos:

Variáveis Invariáveis

este, esta, estes, estas isto

esse, essa, esses, essas isso

aquele, aquela, aqueles, aquelas aquilo

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Também podem aparecer empregadas como pronomes demonstrativos as seguintes

palavras:

• Mesmo(s), mesma(s); próprio(s), própria(s):

Ex.: Na pregação, o frei disse a mesma coisa o tempo todo. (significando “coisa

idêntica”).

Ex.: O próprio Papa fez o exorcismo. (significando “o Papa em pessoa”).

• Semelhante (s), equivalendo a tal, tais:

Ex.: Não faça semelhantes acusações sobre a Igreja sem conhecer a verdade.

• Tal, tais, equivalendo a esta e semelhante:

Ex.: Tal era a minha confissão naquele momento: ridícula. (tal = esta).

Ex.: Então fizestes tais pedidos ao diácono também? (tais =

semelhantes).

• O(s), a(s), equivalendo a isto, isso, aquilo e aquele (e variações destes):

Ex.: Os que não participarem da catequese deverão fazer trabalhos.

(Os = aqueles)

Ex.: O que você está afirmando sobre o Santo Padre está incorreto.

(O = isso)

Encontre dez frases Bíblicas que utilizam pronomes demonstrativos.

Circule os pronomes e classifique-os em pronomes demonstrativos variáveis ou

pronomes demonstrativos invariáveis.

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Minigramática Em todos os volumes, após o término das teorias e atividades propostas, você deve fazer

um resumo dos principais conceitos gramaticais vistos.

Assim que fizer, guarde o resumo em uma pasta, para unir com os próximos meses.

Ao término do ano você terá uma minigramática!

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Matemática

Santo Isidoro, rogai por nós!

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Capítulo 11

Operações com Números Decimais – Parte 2

Retomando...

O volume anterior, vimos que os números decimais, assim como as frações ou qualquer outra

forma de representação de quantidades, podem ser operados, ou seja, podem ser utilizados

para fazer contas: adição, subtração, multiplicação, divisão, e assim por diante.

Aprendemos diversas maneiras de efetuar a adição e a subtração com números

inteiros e números decimais, e com números decimais entre si.

Vale lembrar:

Adição: Para somar números decimais devemos tomar o cuidado de posicionar os

números da maneira correta: unidades com unidades, dezenas com dezenas, centenas

com centenas... Mas também décimos com décimos, centésimos com centésimos,

milésimos com milésimos, e assim por diante.

Subtração: A subtração com números decimais segue a mesma lógica que a adição.

Para subtrair números decimais devemos tomar o cuidado de posicionar os números da

maneira correta: unidades em baixo das unidades, dezenas em baixo de dezenas,

centenas em baixo de centenas... Mas também décimos com décimos, centésimos com

centésimos, milésimos com milésimos, e assim por diante.

O algoritmo de uma operação é a maneira como ela é armada e efetuada. Sendo assim, de

acordo com o texto acima e tomando como exemplo os números 24,5 e 6,97, o algoritmo da adição

e da subtração destes números é:

2 4 , 5 2 4 , 5

+ 6 , 9 7 – 6 , 9 7

N

O mistério dos números de Rábano Mauro:

O número 10.000

Dez mil é o número para o decálogo da Lei, como se lê no Evangelho (Mt 18, 24):

“Trouxeram-lhe um que lhe devia dez mil talentos”.

Este conteúdo está inserido no sétimo volume desta Etapa.

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Resolvendo essas operações:

2 4 , 5 12 134 ,145 10

+ 6 , 9 7 – 6 , 9 7

3 1 , 4 7 1 7 , 5 3

Caso ainda tenha dúvida em como resolver estas operações, volte ao volume anterior e faça

uma revisão do conteúdo. É muito importante que, antes de avançar para o próximo conteúdo

(multiplicação de decimais) todas as dúvidas acerca da adição e da subtração entre decimais

tenham sido sanadas.

Vimos também no volume anterior que além de utilizar o algoritmo para resolver as

operações, podemos utilizar conceitos de geometria ou ainda transformar os decimais em frações.

A partir de agora iremos estudar a Multiplicação entre decimais.

Atividade no caderno

1. Copie todo o texto acima, prestando atenção para que sua letra fique caprichada e leia

com atenção o texto para compreender bem os conceitos e pronunciar as palavras da

maneira correta.

→ Multiplicação

Estudaremos três maneiras de efetuar as multiplicações de números decimais, para ficar

claro como chegamos aos resultados. Seguiremos a seguinte ordem de estudo:

1º - Transformando decimais em frações.

2º - Utilizando conceitos de Geometria.

3º - Utilizando o Algoritmo da multiplicação entre decimais.

Não foi essa a ordem seguida quando estudamos a adição e a subtração, porém faremos o

estudo da multiplicação dessa maneira para facilitar a compreensão. Vamos começar!

Tomemos como exemplo a multiplicação:

3 x 1,5

(Três vezes quinze décimos)

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1º - Transformando decimais em frações:

Já vimos que os números decimais são outras maneiras de escrever as frações, então

podemos multiplicar os decimais escrevendo-os na forma de frações. Basta retomar o que

aprendemos no volume 3.

Então vamos escrever 3 na forma de fração e 1,5 na forma de fração:

Agora podemos efetuar a multiplicação (como aprendemos no volume 3):

3

1 𝑥

15

10 =

45

10 → Logo a resposta é “quarenta e cinco décimos” = 4,5.

Outros exemplos:

3,45 . 2,7 =

Vamos escrever ambos os números na forma de fração:

Agora podemos efetuar a multiplicação:

345

100 𝑥

27

10 =

9315

1000 → Logo a resposta é “Nove mil trezentos e quinze milésimos” = 9,315.

* Observação importante *

Perceba que nos dois exemplos acima ocorreu um fato em comum:

3 . 1,5 = 4,5 e 3,45 . 2,7 = 9,315

Repare na quantidade de casas decimais (números depois da vírgula).

Na primeira operação temos:

3 = Três = 3

1 1,5 = Quinze décimos =

15

10

3,45 = Trezentos e quarenta e cinco centésimos = 345

100

2,7 = Vinte e sete décimos = 27

10

3 4 5

x 2 7

2 4 1 5

+ 6 9 0 0

9 3 1 5

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Primeiro fator (3) → Possui zero casas decimais.

Segundo fator (1,5) → Possui uma casa decimal.

Produto (4,5) → Possui uma casa decimal.

Na segunda operação temos:

Primeiro fator (3,45) → Possui duas casas decimais.

Segundo fator (2,7) → Possui uma casa decimal.

Produto (9,315) → Possui três casas decimais.

Você consegue perceber um padrão?

(... pense antes de continuar lendo...)

Se nenhum dos fatores possuir casas decimais, ou seja, forem números inteiros, o produto terá

casas decimais?

(... pense antes de continuar lendo...)

Sempre o produto possuirá a quantidade de casas decimais correspondentes à soma da

quantidade de casas decimais dos fatores!

No primeiro exemplo temos um produto com 1 casa decimal e fatores com 0 e 1 casa decimal,

logo: 0 + 1 = 1.

No segundo exemplo temos um produto com três casas decimais e fatores com 2 e 1 casas

decimais, logo: 2 + 1 = 3.

Atividade no caderno

1. Copie todo o texto acima prestando atenção para que sua letra fique caprichada e leia

com atenção o texto para compreender bem os conceitos e pronunciar as palavras da

maneira correta.

2. Resolva as operações abaixo utilizando o método de transformar números decimais em frações:

a) 4,6 .1,8 = b) 10,5 . 4,78 = c) 3,70 . 0,9 =

d) 0,08 . 30 = e) 50 . 3,56 = f) 2,04 . 1,007 =

3. Se nenhum dos fatores possuir casas decimais, ou seja, forem números inteiros, o produto terá

casas decimais?

4. Uma multiplicação onde um dos fatores possui 1 casa decimal e o outro possui 3 casas decimais,

quantas casas decimais terá o produto? Crie um exemplo para testar a sua resposta.

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2º - Utilizando conceitos de Geometria:

Para multiplicar dois números quaisquer, como 2 e 3, por exemplo, podemos utilizar alguns

conceitos de geometria. Podemos imaginar uma fileira com três quadrados e escrevê-la duas vezes:

Logo percebemos que 3 x 2 = 6

Podemos fazer o mesmo com quaisquer números:

4 x 5 =

Logo percebemos que 4 x 5 = 20

3 x 9 =

Logo percebemos que 3 x 9 = 2

Podemos utilizar esta mesma ideia para multiplicar também números decimais! Tome

como exemplo a operação 2,5 x 2:

4

5

3

2

6 quadrados

20 quadrados

27 quadrados 3

9

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Podemos imaginar uma fileira de dois quadradinhos e meio, e escrevê-la duas vezes.

Logo percebemos que 2,5 x 2 = 5

Outro exemplo:

2,5 . 1,5 =

Para contar quantos quadradinhos temos neste caso, devemos tomar alguns cuidados!!!

2,5

2

Contando a quantidade de

quadradinhos, chegamos à conclusão

de que temos 4 quadradinhos inteiros e

mais 2 metades... Duas metades

equivalem a 1 quadradinho inteiro,

então temos:

5 quadradinhos

2,5

1,5

Temos 2

quadrados

inteiros

Temos 3 quadrados que

estão pela metade, ou seja,

os “meios quadrados”.

Temos ainda 1 quadradinho

menor... Repare que esse

quadradinho representa 1

4 do

quadrado inteiro.

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Para contar a quantidade de quadradinhos, precisaremos descobrir como escrever 1

4

utilizando números decimais, para tirar da forma de fração.

Para transformar 1

4 em número decimal, iremos fazer um processo contrário ao da

simplificação.

Os decimais são frações terminadas em décimos, centésimos ou milésimos, ou seja, com

denominadores 10, 100 ou 1000.

É possível multiplicar a fração 1

4 por algum número para que o denominador 4 se torne um

denominador 10?

(... pense antes de continuar lendo...)

Ou seja, o 10 está na tabuada do 4?

(... pense antes de continuar lendo...)

Não!

Então já sabemos que ¼ não pode ser escrito na forma de uma fração cuja leitura termine

em “décimo”, porque não é possível gerar uma fração com denominador 10 a partir de 1

4...

Vamos então tentar multiplicar a fração 1

4 por algum número para que o denominador 4 se

torne um denominador 100 – para gerar uma fração cuja leitura termine em centésimo!

Que número multiplicado por 4 resulta em 100?

(... pense antes de continuar lendo...)

4 x 25 = 100! Logo, iremos multiplicar a fração 1

4 por 25 para obter uma nova fração cujo

denominador seja 100.

1

4 =

25

100

Então:

1

4 =

25

100 = 𝑣𝑖𝑛𝑡𝑒 𝑒 𝑐𝑖𝑛𝑐𝑜 𝑐𝑒𝑛𝑡é𝑠𝑖𝑚𝑜𝑠 = 0,25

x 25

x 25

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Vamos agora contar a quantidade de quadrados escrevendo-a em números decimais:

2 + 0,5 + 0,5 + 0,5 + 0,25

Agora bastar juntar tudo:

2,00

0,50

+ 0,50

0,50

0,25

3,75

Então,

Logo percebemos que 2,5 x 1,5 = 3,75

***

Vamos fazer a multiplicação utilizando frações para conferir:

2,5 = 25

10 e 1,5 =

15

10

25

10 𝑥

15

10 =

375

100 = 3,75

A conta está correta!

Inteiros quadradinho Quadrados

na metade

2,5

1,5

Contando a quantidade de quadrados,

chegamos à conclusão de que temos 2

quadrados inteiros, mais 3 metades e

mais 1

4 (0,25) de quadrado... Então

temos:

3,75 quadrados!

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3,2 x 1,5 =

Vamos agora imaginar uma fileira de 1,2 quadrados... Como fazer isso?

3,2 é o mesmo que 3 inteiros mais 0,2 (dois décimos). A nossa fileira terá 3 quadrados

inteiros:

E mais 0,2 ... O que significa 0,2 quadrados?

Sabemos que 0,2 é o mesmo que dois décimos, que é o mesmo que 2

10. Simplificando essa

fração chegamos à conclusão que:

0,2 = 2

10 =

1

5

Então, representar 0,2 é o mesmo que representar 1

5 do quadrado, ou seja, é o mesmo que

dividir o quadrado em cinco partes e pintar uma:

Logo, representar 3,2 é o mesmo que desenhar:

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Mas a multiplicação é 3,2 x 1,5, então vamos desenhar essa fileira 1,5 vezes:

Para contar a quantidade de quadradinhos, precisaremos descobrir como contar os

quadrados utilizando números decimais, para tirar da forma de fração:

Vamos agora contar a quantidade de quadrados escrevendo-a em números decimais:

3 + 0,5 + 0,5 + 0,5 + 0,2 + 0,1

3,2

1,5

Inteiros 1

5 do quadrado

Quadrados

na metade

1

10 do quadrado

Temos 3 quadrados

inteiros.

Temos 1 quadrado que

representa 1

10, ou seja, um

décimo = 0,1.

Temos 3 metades de

quadrados, cada um

equivalendo a 0,5 (meio).

Temos 1 quadrado

que representa 1

5, que

equivale a 0,2.

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Agora bastar juntar tudo:

3,0

0,5

+ 0,5

0,5

0,2

0,1

4,8

Então,

Logo percebemos que 3,2 x 1,5 = 4,8

***

Vamos fazer a multiplicação utilizando frações para conferir:

3,2 = 32

10 e 1,5 =

15

10

32

10 𝑥

15

10 =

480

100 = 4,80

Será que a resposta está errada? Afinal a multiplicação utilizando frações resultou em

4,80 e havíamos chegado ao resultado de 4,8...

(... pense antes de continuar lendo...)

Contando a quantidade de quadrados,

chegamos à conclusão de que temos 3

quadrados inteiros, mais 3 metades,

mais 1

5 (0,2) e mais

1

10 (0,1) de

quadrado... Então temos:

4,8 quadrados!

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Na verdade, ambos os números 4,80 e 4,8 representam a mesma quantidade, ou seja, são

iguais. Podemos confirmar isso novamente utilizando as frações:

4,80 = 4,8

Quatrocentos e oitenta centésimos = Quarenta e oito décimos

480

100 =

48

10

Simplificando a primeira fração:

480:10

100:10 =

48

10

Então

:

48

10 =

48

10

Confirmamos então que 4,80 e 4,8 são duas maneiras diferentes de representar uma

mesma quantidade

De fato:

Os “zeros” colocados depois da vírgula no final das casas decimais não

fazem diferença nenhuma na quantidade.

* Observação importante *

Novamente podemos observar um padrão em relação a quantidade de casas decimais dos fatores

e do produto.

No exemplo 2,5 x 1,5 = 3,75, podemos observar que:

25

10 𝑥

15

10 =

375

100 = 3,75

No exemplo 3,2 x 1,5 = 4,80, podemos observar que:

32

10 𝑥

15

10 =

480

100 = 4,80

Décimo Décimo Centésimo

Décimo Décimo Centésimo

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Na primeira operação temos:

Primeiro fator (2,5) → Possui uma casa decimal.

Segundo fator (1,5) → Possui uma casa decimal.

Produto (3,75) → Possui duas casas decimais.

Na segunda operação temos:

Primeiro fator (3,2) → Possui uma casa decimal.

Segundo fator (1,5) → Possui uma casa decimal.

Produto (4,80) → Possui duas casas decimais.

Isso se deve ao fato de multiplicarmos os denominadores quando resolvemos a conta:

Décimo x Décimo = Centésimo

10 x 10 = 100

(uma casa) x (uma casa) = (duas casas)

Décimo x Centésimo = Milésimo

10 x 100 = 1000

(uma casa) x (duas casas) = (três casas)

E assim sucessivamente. Por isso o produto possui a quantidade de casas decimais

correspondente à soma da quantidade de casas decimais dos fatores.

Atividade no caderno

1. Copie todo o texto acima prestando atenção para que sua letra fique caprichada e leia

com atenção o texto para compreender bem os conceitos e pronunciar as palavras da

maneira correta. Utilize a régua para fazer os desenhos!

2. Resolva as operações abaixo utilizando os conceitos de geometria estudados:

a) 5 x 2 = b) 1,5 x 3 =

c) 2,5 x 1,5 = d) 3,5 x 4 =

e) 1,2 x 2,5 = f) 3 x 4,1 =

3. Refaça as contas do exercício 2, transformando os decimais em frações para conferir seus

resultados anteriores.

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4. De acordo com as figuras abaixo quais são os fatores da multiplicação que está sendo realizada

em cada item?

a) b)

c) d)

5. resolva as multiplicações do exercício 4.

3º - Utilizando o Algoritmo da multiplicação entre decimais:

O algoritmo da multiplicação de decimais segue a mesma lógica da multiplicação entre

números inteiros. Tomemos como exemplo a multiplicação dos fatores: 2,5 x 1,3.

Vamos armar a multiplicação, como faríamos com os números inteiros:

2 , 5

x 1 , 3

Para resolver essa multiplicação, seguiremos os passos de algoritmo de uma multiplicação

entre números inteiros, ou seja, começaremos pelas unidades, depois as dezenas.

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Caso tenha alguma dúvida sobre como resolver contas de multiplicação com números maiores

que a unidade, faça uma revisão sobre esse assunto antes de continuar a estudar sobre a

multiplicação com decimais.

Resolvendo a multiplicação teremos:

(Para facilitar a sua compreenção, refaça a conta acima em seu caderno para entender cada

passo).

Mas é possível que 2,5 multiplicado por 1,3 resulte em 325?

Como números tão pequenos quando multiplicados podem gerar um número tão grande?

(... pense antes de continuar lendo...)

Na verdade, a conta acima está incompleta. Multiplicamos os fatores, mas ignoramos que

são números decimais, então, ao invés de multiplicar 2,5 x 1,3, fizemos 25 x 13. Para terminar a

conta corretamente, devemos prestar atenção nas casas decimais.

Lembre-se que o primeiro fator possuía uma casa decimal (décimo), e o segundo também

possuía uma casa decimal (décimo), logo o produto deve possuir quantas casas decimais?

(... pense antes de continuar lendo...)

O produto deve possuir duas casas decimais (centésimo), já que:

Décimo x Décimo = Centésimo

Logo,

2,5 x 1,3 = 3,25

¹2 , 5

x 1 , 3

+

7 5

¹2 5 0

3 2 5

Décimo Décimo Centésimo

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10,4 x 1,5 =

Novamente utilizaremos o algoritmo da multiplicação para resolver essa operação.

Lembre-se que devemos multiplicar primeiros as unidades, depois as dezenas, centenas e assim

por diante, e principalmente não se esqueça de considerar as casas decimais do produto ao terminar

de efetuar a multiplicação:

Logo concluímos que 10,4 x 1,5 = 15,60

2,45 x 6 =

²2, ³4 5

x 6

1 4, 7 0

Logo concluímos que 2,45 x 6 = 14,70

1,465 x 3,5 =

1, 4 6 5

x 3, 5

7 ¹3 ¹0 5

+ 4 3 9 5

1, 1 7 0 0

Logo concluímos que 1,465 x 3,5 = 1,1700 ou 1,17 (os zeros depois da vírgula, no fim do número,

não fazem diferença então 1,1700 = 1,17).

1²0,4

x 1,5

5 2 0

+ 1 0 4 0

1 5, 6 0

Centésimo (2 casas decimais)

Inteiro (zero casas decimais)

Centésimo (2 casas decimais)

Observação: Colocamos o

número 2,45 em cima na

conta porque possui mais

algarismos que o número

6. Essa é uma dica que

facilita quando precisamos

efetuar uma multiplicação:

sempre colocar o número

que possui mais algarismos

(mais longo) em cima!

3 casas decimais

1 casa decimal

4 casas decimais

Décimo (1 casa decimal)

Décimo (1 casa decimal)

Centésimo (2 casas decimais)

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0,22 x 1,4 =

0, 2 2

x 1, 4

¹0 ¹8 8

+ 0 2 2

, 1 1 0

Faz sentido o número “ ,110 ”?

(... pense antes de continuar lendo...)

Não faz nenhum sentido!!! Deve haver um algarismo antes da vírgula para que o número

exista. O fato de não existir nenhum algarismo antes da vírgula, indica que são 0 (zero) inteiros e

110 milésimos, então podemos escrever:

0,110

Então:

0, 2 2

x 1, 4

¹0 ¹8 8

+ 0 2 2

0, 1 1 0

Logo concluímos que 0,22 x 1,4 = 0,110 ou 0,11

Atividade no caderno

1. Copie todo o texto acima prestando atenção para que sua letra fique caprichada e leia

com atenção o texto para compreender bem os conceitos e pronunciar as palavras da

maneira correta.

2. Resolva as operações abaixo utilizando algoritmo da multiplicação:

a) 4,25 x 1,3 = b) 4,328 x 5 = c) 2,5 x 3,1 =

d) 10,2 x 7,31 = e) 4 x 12,25 = f) 27,7 x 0, 125 =

3. Efetue as multiplicações abaixo utilizando o método de sua preferência:

a) 5,5 x 6 b) 1,4 x 0,2 = c) 0,324 x 0,71 =

2 casas decimais

1 casa decimal

3 casas decimais

2 casas decimais

1 casa decimal

3 casas decimais

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Ciências

Santa Hildegarda, rogai por nós!

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A ordenação do cosmo e a importância da corporeidade

IMOS anteriormente grande parte da filosofia da ciência, isto é, das ideias que

fundamentarão todo o nosso estudo de ciências. Retomemos alguns pontos importantes:

- A Ciência é uma forma de conhecimento profundo sobre algo, não estuda apenas

os fatos, mas as causas, as razões.

- Todo ser humano, por ser uma criatura racional, apresenta um desejo natural de saber,

de conhecer as realidades profundamente, para chegar as razões das coisas que existem, e,

consequentemente, ao próprio Deus.

- Existem várias ciências, ou seja, várias formas de conhecimento, mas nem todas têm a

mesma importância para as pessoas, nas palavras de Santo Tomás: “O menor conhecimento das

coisas mais elevadas é mais desejável que uma ciência muito certa das coisas menores”.

- A Ciência Sagrada está em 1º lugar porque: estuda o próprio Deus; parte daquilo que

Deus revelou, portanto, apresenta a verdade, é certa; leva à santidade e à perfeição da vida em

Cristo, o principal objetivo da vida de toda pessoa cristã.

- As Ciências Naturais, também chamadas de Ciências da Natureza, estudam os seres

vivos, a criação e a natureza. Procura compreender tudo o que faz parte da natureza em

profundidade, chegando até a causa de cada coisa, e consequentemente, a Deus.

- Conforme ensina Santo Tomás de Aquino: “Tudo o que em qualquer ciência se encontra

como contrário à verdade da ciência sagrada deve ser condenado como falso, conforme está na

Escritura: ‘Nós destruímos os raciocínios pretensiosos e todo o orgulho que se levanta contra o

conhecimento de Deus’(2 Cor 10, 5).”

- A verdade segundo Santo Tomás de Aquino, é “a perfeita correspondência entre a

realidade e o intelecto”. Sendo o intelecto de Deus o único perfeito, Ele, como Criador revela a

verdade plena de tudo.

- A lei natural presente no coração de toda pessoa corresponde a princípios naturais

colocados por Deus, que permitem discernir o que é o bem e o mal, a verdade e a mentira.

- O estudo da ciência natural nos ajudará a: remover a ignorância, retirando a superstição

e criando uma piedade confiante em Deus; observar a natureza e todo o universo, permitindo

reconhecer a ordenação de tudo, e, consequentemente, nos direcionando àquele que tudo criou, ao

próprio Deus.

- O Princípio é a referência sobre aquilo que Deus pensou para tudo.

- Deus criou tudo, do nada, por sua bondade e vontade, e tudo continua a existir porque

Deus conserva o que criou.

V

Este conteúdo está inserido no terceiro e quarto volumes desta Etapa (A ordenação do

cosmo e a importância da corporeidade – Volume 3; Sistema Digestório – Volume 4).

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- A pessoa humana foi a única criatura feita à Imagem e Semelhança de Deus, sendo por

Ele mesmo constituída como a que deve reinar sobre tudo.

Continuemos nosso estudo de Ciência Natural. Iremos agora compreender sobre um dos

aspectos que constitui a pessoa, o seu corpo.

Corporeidade Humana

Estudamos anteriormente um pouco sobre Antropologia, pelos ensinamentos do Papa São

João Paulo II em sua “Teologia do Corpo”.

Em qualquer estudo sobre o ser humano é muito importante considerar o ser humano de

fato como ele é: PESSOA HUMANA.

Estudaremos agora a constituição do CORPO HUMANO, sem esquecer que estamos

falando do corpo de uma PESSOA, que é um corpo movido por um espírito; o corpo da criatura

mais nobre de todo o universo, por ser Imagem e Semelhança de Deus.

Desde os primeiros estudos que os filósofos antigos realizaram sobre o corpo humano, eles

puderam observar que o corpo humano em alguns aspectos se assemelhava ao das outras criaturas.

Isto não é estranho ou desanimador, mais é algo óbvio, uma vez que Deus modelou-nos, assim

como aos outros animais, da terra, nós, mais especificamente, do barro da terra. Mas ao mesmo

tempo, sempre foi perceptível que mesmo apresentando certa semelhança corpórea às outras

criaturas, o ser humano jamais foi como elas, pois sempre apresentou características únicas, que

estudamos no volume anterior.

Aristóteles, um dos primeiros grandes filósofos, chamou o ser humano de animal racional.

Ele assim denominou porque a pessoa, pois, como os outros animais, é constituída por um corpo

material. Mas ao mesmo tempo, a pessoa humana apresenta algo único, que nenhuma outra criatura

ou animal apresenta, a racionalidade, a razão; isto é algo especificamente humano.

Hoje sabemos que a razão é uma faculdade espiritual, que essa especificidade do ser

humano é por ele ser Imagem e Semelhança de Deus.

Segundo a tradição da Igreja somos espíritos encarnados, isto é, somos constituídos por

uma unidade de corpo e espírito, sendo que a alma é o princípio intrínseco e constitutivo do corpo,

segundo o qual o corpo opera.

Como já vimos, afirmou Santo Agostinho: “O que faz a excelência do homem é que Deus

o fez à sua imagem, pelo fato de lhe ter dado um espírito inteligente que o torna superior aos

animais”.

A composição material das criaturas

Quando observamos a realidade ao nosso redor, identificamos rapidamente sua composição

material. Ainda que não a compreendamos minunciosamente, podemos observá-la já que ela faz

parte do mundo sensível, daquilo que apreendemos rapidamente pelos nossos sentidos.

Conhecer esta realidade é importante para que possamos conhecer as realidades mais

superiores, ou seja, aquilo que faz parte do mundo inteligível, do que é transcendente, metafísico

(o que vai além do físico), até o ponto de chegar à essência das realidades, àquilo que é espiritual,

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que faz parte do ser, da essência de cada realidade material observada, para termos uma verdadeira

ciência.

Estudaremos agora a ordenação do cosmo, de toda a realidade criada, buscando nas

realidades materiais chegar à causa primeira, isto é, a Deus.

A ordenação do Cosmo

Cosmo é uma palavra que vem do grego e que significa ordenado. Os antigos comumente

utilizavam esta palavra para se referir ao Universo e a toda a realidade criada.

Quando observamos a realidade material, aquilo que se conhece de maior é o Universo.

Este por sua vez é formado por diversos astros (planetas, estrelas, entre outros corpos celestes)

organizados e em movimento. Pensando nos corpos celestes podemos chegar à Terra, o planeta

em que habitamos e que, por isso, podemos conhecer de forma mais próxima. A Terra por sua vez

é formada por diversas criaturas vivas (como os animais, as plantas, a Pessoa Humana) e não vivas

(como as rochas, a luz, entre outras).

Todo o cosmo é de tal forma organizado que permite que a vida exista, e essa organização

não acontece ao acaso, mas é um reflexo da sabedoria e providência divinas.

As Sagradas Escrituras nos ensinam: “Ela [a sabedoria] se estende com vigor de uma

extremidade à outra e com suavidade governa todas as coisas” (Sb 8, 1); e ainda “Mas Tu, Pai,

governas todas as coisas pela providência” (Sb 15, 1).

Podemos perceber, segundo Santo Tomás de Aquino, que tudo o que existe é governado

por Deus, principalmente pelos seguintes motivos:

- Em razão daquilo que se manifesta nas próprias coisas: vemos acontecer nas coisas naturais

sempre (ou pelo menos na maioria das vezes) aquilo é melhor. Isto não aconteceria se as coisas

naturais não fossem conduzidas por uma providência que deseja o bem como fim último; isto

mostra que a própria ordem exata das coisas demonstra, de maneira clara, que o mundo é

governado. Por exemplo, quando entramos em uma casa bem arrumada, logo percebemos que

alguém a arrumou, assim como o cosmo, sua ordenação permite perceber a existência e governo

de Deus.

- É próprio do excelente produzir coisas excelentes: Deus é perfeitamente bom e por isso mesmo

conduz à perfeição as coisas que Ele produziu. Não é possível que alguém perfeito crie algo e

depois não conduza o que criou à perfeição. Assim, como Deus produziu as coisas também as

conduz ao fim.

Assim como Deus criou tudo, cabe à Ele dar perfeição a tudo, isto é, assim como nada pode

existir que não tenha sido criado por Deus, nada pode existir que não obedeça ao governo de Deus.

Vimos, porém, que a pessoa humana tem liberdade; isto ocorre porque ela governa a si

própria pela inteligência e pela vontade que precisam ser regidos e aperfeiçoados pela inteligência

e pela vontade de Deus. Desta forma, com sua liberdade, a pessoa precisa ser governada por Deus

para que ela atinja o fim pensado por Deus. Se a pessoa não permite este governo de Deus sobre

seus atos, e segue sua vontade ou inteligência que não são perfeitos, ela cai no pecado e no erro

fazendo mal a si mesma e às outras criaturas.

Santo Tomás explica que tudo está submetido ao governo de Deus citando a frase de Santo

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Agostinho: “Deus não deixou sem harmonia de suas partes nem só o céu e a terra, nem só o homem

e o anjo; nem as vísceras do menor e do mais vil dos animais, nem a pena do pássaro, nem a

humilde flor dos campos. nem a folha da árvore”. Mesmo as menores realidades que vamos estudar

como as células e os tecidos, demonstram a ordenação e o governo de Deus sobre tudo o que existe.

Deus por sua providência governa tudo, mas a execução desse governo pode ser de duas

formas: Deus governa de maneira imediata (diretamente) ou Ele governa certas coisas por meio

de outras por exemplo, através dos Anjos. Em todo o caso, é impossível acontecer alguma coisa

fora da ordem do governo divino, já que Ele é a causa universal de tudo.

Santo Tomás ensina que “O existir de qualquer criatura depende a tal ponto de Deus, que

ela não poderia subsistir um instante sequer e seria reduzida ao nada, se não fosse conservada na

existência pelo poder divino”. E Santo Agostinho: “Se o poder de Deus cessasse um dia de reger

as criaturas, ao mesmo tempo cessaria a espécie delas e toda a criação desmoronaria”.

Atividades:

1) Leia o texto acima três vezes: duas vezes silenciosamente e a terceira em voz alta.

2) Faça em seu caderno um resumo do texto acima. Este resumo deve conter as seguintes

explicações:

- O que significa dizer que a pessoa humana é um espírito encarnado?

- Como deve ser o estudo da realidade material para que seja verdadeiro?

- Por que não é possível que a realidade seja fruto do acaso?

- Como pode ser a execução da providência divina no governo de tudo?

3) Leia e decore as duas frases do último parágrafo deste capítulo (frase de Santo Tomás e

frase de Santo Agostinho).

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Sistema Digestório sistema digestório é responsável pelo processo de digestão do alimento e eliminação dos

restos (fezes). A digestão consiste na quebra dos alimentos em moléculas menores, que

possam ser absorvidas pelas células.

Fazem parte do sistema digestório: boca, glândulas salivares, faringe e epiglote, esôfago,

estômago, intestino delgado, pâncreas, fígado, intestino grosso e ânus.

Etapas da alimentação:

- Ingestão: ocorre na boca, com auxílio dos dentes, da língua e da saliva, contém os processos da

mastigação (quebra os alimentos em pedaços menores) e deglutição (ato de engolir).

- Digestão: começa na boca, continua no estômago e termina no intestino delgado.

- Absorção: ocorre no intestino delgado (absorção dos nutrientes e água) e intestino grosso

(absorção da água). Neste processo os nutrientes presentes no alimento são absorvidos para serem

transportados a todas as células do corpo.

- Eliminação dos restos: os restos de alimentos que não forem utilizados são eliminados pelo ânus

na forma de fezes.

Assim sendo, quando comemos o alimento passa pelo seguinte caminho:

O

Esquema do sistema digestório e de suas estruturas

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Boca → Faringe → Esôfago → Estômago → Intestino delgado → Intestino grosso → Ânus.

Órgãos do sistema digestório:

BOCA:

- Local de entrada do alimento, onde começa a digestão.

- A boca contém:

> Língua: que auxilia na mistura do alimento com a saliva.

>Dentes: que ajudam na trituração dos alimentos. São 20 dentes de leite (10 inferiores e 10

superiores) e 32 permanentes (16 superiores e 16 inferiores).

> Glândulas salivares: produzem a saliva.

FARINGE:

- Estrutura comum ao sistema digestório e respiratório.

- É um canal que direciona o alimento para o esôfago.

- Contém a epiglote: uma estrutura que impede a passagem do

alimento para o Sistema Respiratório enquanto comemos. As vezes

engasgamos ao falar enquanto mastigamos porque a epiglote fica

aberta e o alimento acaba indo para a traqueia.

Dentição de leite (à esquerda) e dentição permanente (à direita)

Esquema representando a faringe

(círculo verde).

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ESÔFAGO:

- Canal muscular que leva o alimento da boca ao estômago.

- A condução do alimento é feita por movimentos peristálticos.

ESTÔMAGO:

- Órgão muscular que realiza a digestão de

alguns alimentos e que produz o suco gástrico.

- O suco gástrico é uma substância ácida que

ajuda na digestão de proteínas. As carnes são

alimentos ricos nessa molécula.

- A parede do estômago possui uma proteção

para que a acidez do suco gástrico não cause

nenhum dano ao órgão.

INTESTINO DELGADO:

- Órgão alongado em forma de tubo, de

aproximadamente 6 metros de comprimento.

- É nele que termina a digestão de todos os tipos de

alimento, e onde se inicia a absorção de todos os

nutrientes para o corpo.

Representação do esôfago

Movimento peristáltico realizado pelo

esôfago para a condução do alimento

Esquema do estômago

Esquema do intestino delgado.

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INTESTINO GROSSO:

- Última porção do tubo digestório.

- Responsável pela absorção de água e formação de

fezes.

- Termina no ânus, por onde as fezes saem.

FÍGADO:

- É uma glândula acessória, extremamente importante, que

produz substâncias necessárias para a digestão.

- Diz-se que é uma glândula porque produz substâncias e o

alimento não passa por ele.

- Produz a bile que ajuda na digestão de gorduras.

PÂNCREAS:

- É uma glândula acessória e o alimento não passa por ele.

- Produz o suco pancreático, substância que ajuda na

digestão de todos os tipos de alimentos.

A alimentação e nossa vida espiritual

A virtude da temperança está muito relacionada com o cuidado com o corpo, pois, sendo o

corpo material, deve ser comandado por uma virtude, que por sua vez tem sua sede na alma e, é

controlada pela razão.

A virtude da temperança refreia a concupiscência, impedindo que ela busque os bens

necessários ao corpo de forma desordenada. Por exemplo, precisamos comer e por isso, nos

sentimos bem ao fazer isso, mas comer exageradamente e principalmente alimentos que não são

realmente nutritivos nos faz mal, e a busca desse prazer no alimento de forma desregulada é

consequência da concupiscência, levando ao vício da gula; precisamos, portanto, da virtude da

temperança para regular esses desejos e paixões, ordenando-os segundo a razão para o nosso

verdadeiro bem.

Estudaremos sobre a virtude da temperança ao longo de todo o ano.

Esquema representando o fígado

Esquema representando o pâncreas

Esquema do intestino grosso.

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Há duas virtudes derivadas da temperança que estão muito relacionadas ao sistema

digestório e à alimentação. São elas:

- ABSTINÊNCIA:

É a virtude que auxilia a se abster de alimentos quando necessário, por uma submissão à

razão. Santo Agostinho ensina:

“Não importa, absolutamente, o que ou quanto de alimento alguém toma, se procede de

acordo com as exigências das pessoas com quem convive e com as da própria pessoa, segundo as

necessidades da saúde. O que importa é a facilidade e a serenidade com que sabe o homem

privar-se da comida, quando for necessário ou conveniente”

Deve-se praticar a abstinência com alegria

interior e por motivação conveniente, isto é,

pela glória de Deus e não por glória pessoal. Se

não for com uma reta finalidade, a abstinência

não é uma virtude.

Um dos atos decorrentes da abstinência é o

JEJUM. O jejum, como ensina Santo Tomás, é

praticado por três fins: primeiro, para conter as

concupiscências da carne; segundo, para elevar

mais livremente a alma à contemplação de

realidades sublimes; e terceiro, para satisfação

de nossos pecados. Sem essas finalidades o

jejum não é um ato virtuoso.

“O jejum purifica a alma, eleva os sentidos, submete a carne ao espírito, torna o coração

contrito e humilhado, dissipa as névoas da concupiscência, extingue os ardores das

paixões e acende a verdadeira luz da castidade” (Santo Agostinho).

O pecado contrário à virtude da abstinência é a GULA, que consiste no desejo desordenado

de comer e de beber. São Gregório ensina: “Quando o estômago está dominado pela gula, todas as

virtudes da alma são destruídas pela luxúria”. Ensina ainda que a gula possui cinco filhas: a alegria

tola, a palhaçada (jocosidade proveniente de uma fraqueza mental), a imundície (ou impureza), a

loquacidade (intemperança no falar) e o embotamento mental (dificulta o uso da razão).

- SOBRIEDADE:

Chama-se sóbrio aquele que respeita a justa medida, por isso, a sobriedade é a virtude

daqueles que sabem tomar das bebidas somente na quantidade adequada. O uso em excesso das

bebidas, principalmente daquelas que podem embriagar, impede o uso da razão sendo pior até do

que comer exageradamente.

Em tudo é necessário o comedimento, e esse é o papel da virtude da sobriedade.

O pecado contrário à virtude da sobriedade é a EMBRIAGUEZ, um vício derivado da gula,

que consiste em fazer um uso desordenado de bebidas que atrapalham o uso da razão,

Jesus jejuou por 40 dias no deserto.

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principalmente o vinho. Santo Ambrósio ensina:

“Afirmamos que é preciso fugir da embriaguez, que nos faz incapazes de evitar os pecados, pois,

o que evitamos estando sóbrios, nós o cometemos na embriaguez sem nos darmos conta”.

Atividades:

1) Leia o texto acima três vezes: duas vezes silenciosamente e a terceira em voz alta.

2) Copie no seu caderno os parágrafos do texto deste capítulo que contém este símbolo:

3) Escreva a que parte do sistema digestório corresponde cada um dos números abaixo:

4) Explique qual a função da virtude da abstinência e da sobriedade. Faça uma meta para

desenvolver essas virtudes ou aperfeiçoá-las.

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História

Nossa Senhora de La Salette, rogai por nós!

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Capítulo 13 Revisão

Conforme estudamos no primeiro volume, a História é um grande palco onde se desenvolve

uma luta entre o bem e o mal, entre os filhos de Deus e os filhos das trevas. Precisamos assumir

nossa identidade de filhos e amigos de Deus, vencer o mal e alcançar o Céu. Também estudamos

a Linha do Tempo da História Sagrada feita pelo grande São João Bosco e pelo Venerável Padre

Bartolomeu Holzhauser que dividem a História em 14 períodos desde a Criação até o Juízo Final.

No segundo volume, vimos a Teologia da História das Cruzadas, onde o próprio Deus

suscita seus filhos para defenderem Seu Santo Nome e o Santo Sepulcro. Depois estudamos as

características principais das 8 cruzadas empreendidas pela Igreja.

Vimos também a história da fundação e as características da Ordem dos Templários e seu

término, que resultou, em Portugal, no surgimento da Ordem de Cristo.

No terceiro volume, estudamos a história da fundação do Reino de Portugal, cujo primeiro

rei foi Dom Afonso Henriques, homem agraciado com uma visita de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Portugal nasceu católico e, segundo Nossa Senhora de Fátima, sempre preservará o dogma da fé.

A fé católica sempre foi um fator motivador para os portugueses realizarem os maiores feitos da

História, como as Grandes Navegações, assunto que será estudado neste volume.

História do Reino de Portugal (continuação)

Desde a sua fundação no século XII, Portugal era um dos menores reinos da Europa. Até o

século XV, a população portuguesa nunca passou de um milhão de pessoas, majoritariamente

pobres. A cultura portuguesa sempre foi original, como os costumes, a língua e sua origem. Mesmo

sendo um país pequeno, conseguia manter sua independência diante de países poderosos como a

Espanha.

O ano de 1385 marcou a história da nação

portuguesa, pois nesse período ocorreu a chamada

Revolução de Avis que, segundo o historiador João

Camillo, tornou Portugal uma nação organizada e

centralizada, fato que contribuiu para que o país

fosse o primeiro a empreender as grandes

navegações. Como o reino tornou-se centralizado, a

Coroa pôde planejar e executar a expansão da fé

católica e levar a civilização a outros povos, como

os africanos e, posteriormente, os índios brasileiros.

A Revolução de Avis é assim chamada por

causa do Dom João, Mestre de Avis, que lutou contra o ataque da Espanha. Nesse período houve

Dom João de Avis

Este conteúdo está inserido no quarto volume desta Etapa.

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uma crise sucessória em Portugal: desde Dom Henriques, o reino estava com a família Borgonha

(Dinastia Borgonha). O último rei dessa dinastia morreu sem deixar herdeiros, o que atraiu a

atenção do rei da Espanha para governar Portugal. Vejamos os reis da dinastia de Borgonha.

Dinastia Borgonha

1. Dom Afonso Henriques (1139 – 1185);

2. Dom Sancho I (1185 – 1211);

3. Dom Afonso II (1211 – 1223);

4. Dom Sancho II (1223 – 1248);

5. Dom Afonso III (1248 – 1279);

6. Dom Dinis (1279 – 1325);

7. Dom Afonso IV (1325 – 1357);

8. Dom Pedro I (1357 – 1367);

9. Dom Fernando (1367 – 1383);

Dom Fernando foi o último rei da dinastia de Borgonha. Envolveu-se em três guerras com

o Reino de Castela (futuro reino da Espanha). Sua filha, Dona Beatriz, era casada com o Rei de

Castela. Este fato contribuiu para a invasão castelhana quando Dom Fernando morreu. A escritura

de casamento com Dona Beatriz não permitia ao rei de Castela o domínio sobre Portugal, mas este

desrespeitou os acordos, cercando Lisboa (capital de Portugal) por sete meses.

Na cidade de Coimbra, organizou-se uma reunião entre os portugueses para resolver o

problema dinástico, ou seja, para definir quem seria o autêntico rei de Portugal. Verificou-se que

Dom Pedro I, pai de Dom Fernando, tinha um filho bastardo chamado Dom João, Mestre de Avis,

que foi aclamado o novo rei de Portugal, mesmo em guerra contra Castela.

Dom João de Avis, com a ajuda de São Nuno Álvares Pereira (estudado no volume

anterior), organizou a defesa de

Portugal contra a invasão

castelhana. Através de muitos

esforços, sangue e suor derramados,

os portugueses conseguiram a

vitória na famosíssima Batalha de

Aljubarrota, onde houve clara

intervenção divina em favor de

Portugal.

Após a vitória, Dom João

inaugura a Dinastia de Avis, família

que teve função fundamental na

história das grandes navegações e

do Brasil. Batalha de Aljubarrota

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Atividades:

1) Faça um resumo do conteúdo estudado.

2) O que motivou a guerra entre Portugal e o Reino de Castela?

3) Qual foi o desfecho da guerra?

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Capítulo 14

As Grandes Navegações

Introdução

As grandes navegações ocorreram principalmente nos séculos XV e XVI. As principais

nações envolvidas foram Portugal, Espanha, Inglaterra e França. Porém, a grande pioneira desse

fato histórico foi certamente a nação portuguesa. Diversos fatores motivaram os portugueses a ser

um povo dedicado à navegação marítima. Contudo, o ardor missionário foi o principal

motivador dessa grande empreitada.

“A fé católica, tendo sido, de certo modo, a linfa vital, que alimentou a nação portuguesa desde

seu nascimento, assim foi, senão a única, certamente a principal fonte de energia, que elevou a

pátria portuguesa ao apogeu da sua glória de nação civil e nação missionária, "expandindo a fé

e o império". Afinal, quando os filhos do rei João I lhe pediram para autorizar a primeira

expedição ultramar, que implicou depois na libertação de Ceuta, o grande e piedoso monarca,

antes de qualquer outra coisa, quis saber se a iniciativa seria útil para o serviço de Deus.

À semelhança de todas as outras iniciativas que se seguiram, também esta teve como finalidade

principal a propagação da fé, aquela mesma fé que teria animado a cruzada do ocidente e as

ordens equestres na épica luta contra o domínio dos mouros. Nas caravelas que, ostentando o

branco pendão assinalado pela cruz de Cristo, deslocavam os destemidos descobridores

portugueses nas costas ocidentais da África e das ilhas adjacentes, navegavam também os

missionários, "para atrair as nações bárbaras ao jugo de Cristo", como se exprimia o grande

pioneiro da expansão colonial e missionária portuguesa, o infante Henrique, o navegador”.

Sumo Pontífice Pio XII

Contexto Histórico

Durante os séculos XV e XVI ocorreram numerosos episódios que abalaram a Europa e,

especialmente, a Igreja. Um desses episódios foi a Revolução Protestante promovida por Martinho

Lutero em 1517. Essa revolução levou a Cristandade Ocidental a um grande cisma que não se

limitou ao campo religioso, mas afetou as relações políticas entre os países europeus, colocando

irmão contra irmão e levando muitos ao desvio da fé verdadeira.

Foi nesse contexto que Portugal, juntamente com a Espanha, possibilitou à Igreja Católica

a evangelização de regiões desconhecidas levando-as ao conhecimento de Nosso Senhor Jesus

Cristo e sua Igreja. Muitas conversões ocorreram na América, na África e na Ásia. Além disso,

pela atuação do Espírito de Deus, surgiram e multiplicaram as dioceses e paróquias, seminários e

conventos, hospitais e orfanatos nos territórios evangelizados. Essa é uma prova que Deus age na

História e retira das obras más dos homens, coisas boas. Deus realmente é o Senhor da História.

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Origem das navegações portuguesas

A localização geográfica de Portugal contribuiu para que ele se tornasse especializado em

navegação marítima. Portugal possui um solo nem sempre fértil e produtivo, fato que levou os

portugueses a recorrerem à pesca marítima para a complementação de sua alimentação. A marinha

militar portuguesa foi muito utilizada, principalmente no combate aos muçulmanos no norte da

África. Em 1415, os portugueses libertaram a cidade de Ceuta do poder muçulmano. Esse fato

marcou o início da sistemática expansão marítima de Portugal.

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Fatores que levaram os portugueses às grandes navegações

1. A expansão da fé e do império.

2. O comércio com o Oriente, especialmente a Índia e a China (especiarias e artigos de luxo).

3. A busca por metais preciosos, como o ouro e a prata.

4. O combate dos muçulmanos, especialmente do norte da África.

O aperfeiçoamento das técnicas de navegação

Desde o século XII diversos fatores contribuíram para Portugal se tornar uma potência

marítima. São eles:

1. Construção de diversos portos e incentivo ao comércio marítimo.

2. Plantação de uma floresta de Pinhal para o fornecimento de madeira.

3. Criação do cargo de Almirante.

4. Incentivo à marinha mercante através de isenção de impostos e concessão de vantagens aos

mercadores.

5. Invenção da Caravela, embarcação rápida e à vela, de fácil manobra, capaz de navegar

contra o vento e de levar grande quantidade de mercadoria e tripulantes.

6. A criação da Escola de Sagres por Dom Henrique, o Navegador.

Atividades:

1) Faça um resumo do conteúdo estudado.

2) Qual foi o principal motivo que levou os portugueses a realizarem as grandes

navegações?

3) O que marcou o início das grandes navegações?

4) Cite alguns fatores que contribuíram para Portugal se tornar uma potência marítima.

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Capítulo 15

Grandes Navegações (continuação)

D. Henrique, o Navegador

D. Henrique, o Navegador, era filho do décimo rei de Portugal, D. João I, Mestre de Avis.

Nasceu em 1394 e ajudou na campanha militar contra a cidade de Ceuta no norte da África. D.

Henrique exerceu um papel muito importante na história dos descobrimentos marítimos

portugueses. Além disso, era Mestre da Ordem de Nosso Senhor Jesus Cristo (a famosa Ordem de

Cristo) e 1º Duque de Viseu.

Após voltar da expedição de Ceuta, D. Henrique se estabeleceu próximo ao Cabo de São

Vicente e criou um centro de estudos e experiências náuticas chamado Escola de Sagres. Era

dedicado à Astronomia e à Matemática, aplicou a sua vida ao aperfeiçoamento da marinha para

pôr em execução o plano cujo objetivo era o descobrimento gradativo da costa da África, tendo

em vista a conversão dos habitantes locais e o estabelecimento de relações comerciais. Para colocar

em prática esse projeto, D. Henrique recebeu autorização de três papas e aplicou os recursos

financeiros da Ordem de Cristo e as doações que recebeu de seus parentes, pois era um projeto

muito caro.

Monumento em homenagem a D. Henrique.

Escola de Sagres

A Escola de Sagres reunia cartógrafos (profissionais que elaboram mapas), construtores de

instrumentos náuticos, navegadores experientes e outros intelectuais, a fim de desenvolver a arte

náutica.

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Exploração da costa africana e a construção de Feitorias

Conforme o avanço das navegações portuguesas, foi descoberta toda costa ocidental

africana, onde foram construídas feitorias, isto é, entrepostos comerciais que funcionavam como

mercado, armazém, forte, ponto de acesso à navegação e alfândega. Estima-se que foram

construídas 50 feitorias ao longo da costa africana. O objetivo português era descobrir um novo

caminho para o Oriente contornando a África.

Périplo Africano

Após os capitães Diogo Cão e o famoso Bartolomeu Dias alcançarem o Cabo das

Tormentas, tornou-se possível a hipótese de um novo caminho para o Oriente, tanto que o nome

do Cabo passou a ser Cabo da Boa Esperança. A realização de tamanha façanha ficou para a

História graças ao famoso navegador Vasco da Gama que, em 1498, atingiu a cidade de Calicute

na Índia. O contorno que os portugueses fizeram na África ficou conhecido como Périplo

Africano.

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A navegação nos séculos XV e XVI

Os navegantes portugueses já conheciam alguns instrumentos náuticos, como as agulhas

de marear, a balhestilha, o astrolábio e o quadrante. A principal referência para os navegadores era

a Estrela Polar, no hemisfério norte. Já no hemisfério sul a referência era o Cruzeiro do Sul. Quanto

às embarcações, eram utilizadas as Caravelas, as Naus, os Galeões e os Bergantins.

Atividades:

1) Faça um resumo do conteúdo estudado.

2) Qual foi a importância de D. Henrique para as grandes navegações?

3) O que são feitorias?

4) O que é périplo africano?

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Geografia

São João Bosco, rogai por nós!

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Capítulo 7 (parte II)

Espaço agrário mundial

Monges na agricultura

vida monástica surgiu por volta do século III, tendo como

um de seus primeiros grandes praticantes Santo Antão. Os

monges se retiravam para lugares silenciosos e solitários,

geralmente desertos e montanhas, com o objetivo de chegar a uma

maior perfeição espiritual. Por quererem viver reclusos, eles eram

também chamados de eremitas (do grego ERÊMIA, “deserto”, que

veio de EREMOS, “desolado”, resultando em EREMITÉS, “o que

vive no deserto”). Basicamente possuíam como propósito de vida as

seguintes palavras de Nosso Senhor: “Procurai primeiro o Reino

dos Céus e tudo o mais vos será dado por acréscimo”. E

literalmente tudo lhes era dado. Para se ter uma ideia, Santo Antão

cobriu a entrada de sua caverna de meditação com pedras, deixando

somente uma fresta para entrar ar e para receber comida de vez em

quando, de um amigo que era o único que sabia de sua localização. Outros eremitas mal dormiam

e comiam, e outros permaneciam imóveis durante semanas, somente em oração silenciosa e

contemplativa.

Esse tipo de vida monástica em nada se relaciona com a agricultura, pois os eremitas mal

andavam, muito menos plantavam, mas foram fundamentais para a formação da vida religiosa.

Depois de dois séculos da morte de Santo Antão, surgem os monges cenobíticos, ou seja,

monges que passaram a viver juntos em mosteiros, rezando e trabalhando (inclusive a terra). Um

dos maiores monges cenobíticos foi São Bento de Núrsia. Ele fundou vários mosteiros e escreveu

um livro de regras para a vida monástica que foi adotado em toda a Europa por muitas ordens

religiosas. Ele formou os monges beneditinos e foi uma ordem

tão grande e frutuosa que, passados 800 anos de sua fundação,

já havia dado à Igreja 24 papas, 200 cardeais, 7000 arcebispos,

1000 bispos e 1500 Santos canonizados, sem contar que até essa

época possuíam mais de 37000 mosteiros.

Ao retirar-se para um mosteiro, o monge propunha-se

cultivar uma vida espiritual muito disciplinada, grande

dedicação ao trabalho pela sua salvação e a dos outros. Chegou

um tempo em que eles tiveram que se dedicar muito ao serviço

apostólico, ou seja, na salvação da alma e do corpo do próximo,

pois eram tempos de muita miséria e dificuldade em muitos

A

Santo Antão

São Bento de Núrsia

Este conteúdo está inserido no quarto volume desta Etapa.

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lugares no continente.3

Para a salvação das almas, é inegável o esforço extremo em inúmeras penitências e orações

pelos pecadores, aconselhamento e exemplo de vida para aqueles que estavam sedentos da

perfeição divina. Mas, também deram grande auxílio para a

vida material das pessoas, ou seja, sua sobrevivência, pois

em muitos lugares da Europa, o frio intenso e a extrema

pobreza fizeram com que muitas famílias passassem por

muito sofrimento. E os povos europeus, por tradição,

estavam acostumados a cultivar a terra, mas ela estava

incultivável, por conta de pântanos que se formaram, falta de

espaço livre e pessoas capacitadas para realizar os trabalhos.

Ao longo de 1500 anos, os monges salvaram a

agricultura, quando ninguém mais poderia fazê-lo, por isso

devemos aos monges a recuperação agrícola de grande parte

da Europa. Em qualquer lugar que eles estavam, convertiam

a terra seca em campos cultivados. Trabalhando com suas

próprias mãos, dedicavam-se à criação de gado e à

agricultura, drenavam pântanos e desmatavam florestas para

servir ao próximo.4

Os mosteiros beneditinos, nessa época, eram verdadeiras escolas de agricultura para toda a

região na qual estavam situados. Eles associavam a agricultura com a vida de oração e isso fazia

com que seu trabalho (corporal e espiritual) frutificasse muito. Um dos lemas da regra de São

Bento era “ora et labora” (reza e trabalha). Com esse lema, os monges foram transformando a

Europa. E ligado a este fato, outro ponto importante dessas regras beneditinas, é que a penitência

era algo exigido para os monges, sendo que muitos buscavam as mais duras visando a santidade.

3 WOODS, Thomas. Como a Igreja Católica construiu a Civilização Ocidental. Tradução de Élcio Carillo – São

Paulo: Quadrante, 2008

4 WOODS, Thomas. Como a Igreja Católica construiu a Civilização Ocidental. Tradução de Élcio Carillo – São

Paulo: Quadrante, 2008.

Imagem representando um resumo da vida

dos monges medievais: a oração e o

trabalho.

Monges trabalhando em uma enorme plantação de trigo para doar às famílias

necessitadas.

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As escolhidas eram as que estavam relacionadas ao cultivo da terra.

Contudo, o trabalho agrário não se resumia somente em plantar e cuidar de terras secas.

Eles também se dedicavam muito aos pântanos, lugares sem valor e cheios de umidade e

decomposição. Isso fazia com que muitas doenças proliferassem. Por esta razão, os monges

assumiram o desafio de represá-los e drená-los. E em pouco tempo conseguiram transformar o que

até então era fonte de imundície, em terra fértil e de aparência paradisíaca.

Eles conseguiram aproveitar terras vastas e incultas por causa de florestas e pântanos,

equivalente a um quinto de todo o território da Inglaterra (equivalente ao estado de Alagoas). Aliás,

essas eram as características da maior parte das terras que os monges ocupavam, em parte por

serem lugares mais silenciosos e inacessíveis, e em parte por serem terras que os doadores leigos

lhes ofereciam mais facilmente. Além disso, ao desmatarem as florestas para destiná-las ao cultivo

e habitação tinham o cuidado de plantar árvores e de conservar as matas, dentro do possível.5

Um exemplo desse trabalho árduo de transformação da terra é o que se deu na Inglaterra

no século VII, na região próxima a um dos mosteiros beneditinos (Abadia de Thorney):

“Não passava de um enorme pântano. Os charcos pareciam um labirinto de córregos

negros imóveis; grandes lagoas, atoleiros submersos a cada maré da primavera; enormes

extensões de juncos e samambaias; grandes bosques de salgueiros; florestas de abetos e

carvalhos, freixos e álamos, aveleiras e teixos, que em outro tempo haviam crescido

naquele solo baixo e fétido, agora eram engolidas lentamente pela turfa flutuante, que

vagarosamente devorava tudo, embora tudo conservasse. Árvores derrubadas pelas

inundações e tempestades flutuavam e se acumulavam, represando as águas sobre o

terreno. Córregos desnorteados nas florestas mudavam de leito, misturando barro e areia

com solo negro da turfa. A natureza, abandonada ao seu próprio curso, corria cada vez

mais para uma selvagem desordem, até transformar todo o charco em um sombrio

pântano”.6

Cinco séculos depois, foi assim que William de Malmesbury (um historiador medieval

inglês do século XII) descreveu essa região:

5 WOODS, Thomas. Como a Igreja Católica construiu a Civilização Ocidental. Tradução de Élcio Carillo – São

Paulo: Quadrante, 2008.

6 GOODELL, Henry H. The Influence of the Monks in Agriculture. Págs. 7-8. Apud: WOODS, Thomas. Como a

Igreja Católica construiu a Civilização Ocidental. Tradução de Élcio Carillo – São Paulo: Quadrante, 2008.

Representação da transformação do pântano em um lugar paradisíaco

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“É uma réplica do paraíso, onde parecem refletir-se a delicadeza e a pureza do céu. No

meio das lagoas, erguem-se bosques de árvores que parecem tocar as estrelas com as suas

altas e esbeltas frondes; o olhar fascinado vagueia sobre o mar de ervas verdejantes, os

pés pisam as amplas pradarias sem encontrar obstáculos no seu caminho. Até onde a vista

alcança, nenhum palmo de terra está sem cultivar. Aqui o solo é escondido pelas árvores

frutíferas; acolá, pelas vinhas estendidas sobre o chão ou puxadas para o alto sobre

caramanchões. Natureza e arte rivalizam, uma suprindo tudo o que a outra esqueceu de

produzir. Ó profunda e amável solidão! Foste dada por Deus aos monges, para que a sua

vida mortal pudesse aproximá-los diariamente do Céu”.7

Onde quer que tenham ido, os monges introduziram plantações ou métodos de produção

desconhecidos do povo. Aqui introduziam a criação de gado e de cavalos, ali a criação de abelhas

ou a produção de frutas. Na Suécia, o comércio de cereais deve a sua existência aos monges; em

Parma (Itália), a produção do queijo; na Irlanda, a pesca do salmão e, em muitos lugares, as vinhas

de alta qualidade. Inclusive, foram os monges que descobriram o champanhe.

Na Lombardia (Itália) os camponeses aprenderam dos monges a irrigação, o que contribuiu

poderosamente para tornar a região tão famosa pela sua fertilidade e riqueza. Os monges foram os

primeiros a trabalhar na melhoria das raças do gado. Em inúmeros casos, o bom exemplo dos

monges serviu de inspiração a muitos, especialmente incentivando-os a respeitar e honrar o

trabalho manual em geral e a agricultura em particular, como forma de melhor glorificar a Deus.8

Atualmente, seja pela falta de necessidade, seja pelo abandono da ascese da vida religiosa,

os monges, em todo o mundo, não têm mais como prática cotidiana o trabalho agrícola em larga

escala; quando o realizam, é para sustento de seu próprio mosteiro. Mesmo assim, ficam em nossa

memória e tradição agrícola a contribuição deles para a missão geográfica completa.

Reforçando o Saber

1- Quando surgiram os monges? Qual era o objetivo de vida deles? Cite os dois monges que

marcaram a história da vida monástica.

2- Um dos destaques da história da vida monástica foi o apostolado de trabalhos manuais,

especialmente a agricultura. Por qual razão eles resolveram tornar-se agricultores?

3- Seu trabalho resumia-se a plantar ou havia outras formas de trabalho que também se destacam?

Agricultura no Feudalismo

O feudalismo ocorreu entre os séculos IX e XV, porém não há certeza de quando de fato

começou ou terminou. O que se sabe é que os moradores das cidades não suportavam mais as

intensas invasões dos povos bárbaros, e como o exército não conseguia mais defender todas as

7 GOODELL, Henry H. The Influence of the Monks in Agriculture. Pág. 8. Apud: WOODS, Thomas. Como a

Igreja Católica construiu a Civilização Ocidental. Tradução de Élcio Carillo – São Paulo: Quadrante, 2008.

8 WOODS, Thomas. Como a Igreja Católica construiu a Civilização Ocidental. Tradução de Élcio Carillo – São

Paulo: Quadrante, 2008.

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cidades, eles viram nos feudos uma opção de vida, pois ali poderiam trabalhar e ter segurança

garantida pelos cavaleiros que eram obrigados a defender qualquer um que estivesse em perigo ou

sendo injustiçado. Desta maneira, muitos foram para o campo.

Desta maneira, o feudalismo foi um modo de organização social, político e cultural baseado

na relação de fidelidade entre o trabalhador rural e o grande proprietário de terras, chamado senhor

feudal. Isso merece destaque para o espaço agrário mundial, não somente por conta das pessoas

que moravam nestes lugares viverem quase que exclusivamente dos alimentos produzidos nos seus

campos, mas também pelo fator moral e espiritual que o acompanhou.

Nos feudos havia forte presença da Igreja Católica, e mesmo havendo um rei no país, o

senhor feudal tinha quase que total autonomia de poder para comandar o lugar.

Basicamente os feudos se localizavam nas áreas rurais e se caracterizam por apresentar o

castelo do senhor feudal, geralmente com uma muralha de defesa ao redor, cavaleiros para protege-

lo e proteger o povo, e próximo, algumas casas mais bem feitas, pertencentes aos membros da

Igreja e nobreza, além de algumas casas simples pertencentes aos camponeses. E existia uma

relação de fidelidade entre os habitantes do lugar. Os cavaleiros protegiam todos, a Igreja dava o

alimento espiritual e moral, o senhor feudal deveria governar com justiça e sabedoria, e os

camponeses, utilizando as terras que o senhor feudal lhes emprestava, geravam alimento para

todos.

Sendo assim, a paisagem se tornou campestre, e o meio de vida para a maioria (povo) era

o trabalho agrário. Deste modo, colhendo os frutos do campo, a Igreja lhes proporcionava a

doutrina cristã que os ajudava a enriquecer o espírito e a nobreza e o senhor feudal, dando exemplo

de liderança e justiça, ensinavam a moral ao povo.

Agricultura na atualidade

Diante de tudo o que foi visto até agora sobre a formação histórica da agricultura, podemos

notar que não há muita diferença no modo de plantar e nas técnicas usadas. É evidente que

ferramentas foram sendo descobertas, mas no geral não houve tanta inovação. O que há de maior

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destaque é para o sentido espiritual que está profundamente ligado a esse trabalho e que foi deixado

de lado. Os monges medievais, trouxeram bens espirituais e materiais em grande abundância para

todos com o seu trabalho agrícola.

Na atualidade, o cultivo da terra continua em destaque na maioria dos países. Entretanto,

com o advento da tecnologia, as técnicas milenares foram totalmente superadas, pois agora é

possível colher os frutos em um tempo muito mais curto do que antigamente, com menos gastos,

mais lucro e muito menos esforço. Isso parece maravilhoso, e de fato é, levando em conta que gera

mais alimento para as pessoas em menor tempo. No entanto, devemos também nos preocupar,

porque a tecnologia está totalmente ligada à rapidez no fazer, em querer modernizar tudo,

colocando máquinas eficientes para fazer o trabalho de mil homens, com maior perfeição e rapidez.

Em alguns casos, essa eficiência tecnológica auxiliou muitas famílias em seus

empreendimentos. Por outro lado, pode ter havido prejuízo pois um fazendeiro sem muita renda

não tem dinheiro para comprar um trator de alta tecnologia, mas seu vizinho tem, por isso este vai

produzir muito mais que o outro e venderá mais produtos agrícolas. Pouco a pouco, aqueles que

não possuem conhecimento e renda para utilizar todo esse aparato técnico, ou terão que ir embora

do campo, ou terão que se contentar em viver quase que na miséria.

De qualquer forma, vejamos a seguir como está o espaço agrário nos tempos atuais e

analisemos como se encontra a missão geográfica nesse meio rural. Basicamente, o espaço agrário

está dividido em duas frentes de espaço:

- Agropecuária extensiva: sistema de produção agrária que ocupa muitas terras, empregando

técnicas e ferramentas rudimentares (mais simples), com muito trabalho braçal e produtividade

mais lenta. Esse espaço é semelhante ao que se tinha desde os primórdios da humanidade.

Trabalha-se muito e para conquistar os frutos do trabalho exige-se dedicação e suor, semelhante

ao que Deus proporcionou a Adão quando foi expulso do Paraíso, para que voltasse à perfeição.

Nesse ramo, o trabalhador do campo

deve arar a terra com as próprias mãos,

usando sua força embaixo de sol escaldante,

sem muito tempo para comer ou descansar.

Deve semear também com suas mãos, regar,

manter vivas as plantas com adubo e esperar

o tempo da colheita. Isso se não houver

temporais que destroem a plantação, ou

pragas que a devastem. É claro que o

trabalhador desse ramo também dispõe de

algumas técnicas e ferramentas que o

auxiliam, mas ele deve confiar na

Providência de Deus.

- Agropecuária intensiva: utiliza tecnologia e maquinário avançado, como tratores, máquinas de

irrigação, ceifadeiras, trabalhando em uma área menor. Atualmente, muitas das terras férteis estão

sendo utilizadas, por isso em alguns locais o espaço é reduzido. Isto não quer dizer que seja sempre

em uma área pequena. Porém, mesmo quando o espaço é reduzido, a produtividade é muito maior

que a agropecuária extensiva por causa do trabalho das máquinas.

Adão lavrando a terra com o suor de seu rosto.

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Para se ter uma ideia do avanço, em termos “trabalhísticos”, da agropecuária extensiva para

a intensiva, tomemos como exemplo uma plantação de cana. No primeiro caso, deverão fazer todo

o processo até que a cana cresça e esteja pronta para ser colhida naturalmente. A partir disso,

muitos cortadores de cana (chamados de “boia-fria”9) eram chamados pelo dono da plantação e

começavam o corte, que durava, em alguns casos, até semanas de serviço árduo e muito cansativo,

usando ferramentas simples como facões, foices e enxadas, tendo que cortar as canas, amarrá-las

em feixes e levá-las até o caminhão. A produção era lenta e o pagamento era pequeno (em torno

de R$ 2,00 reais por tonelada de cana).

Com o advento das tecnologias agrícolas, o

trabalho dos boias-frias foi sendo gradualmente

substituído pelo uso de máquinas, que fazem o

trabalho de cortar e colher ao mesmo tempo. O que

antes levava semanas, agora leva poucos dias. O

número de empregados é bem menor (somente os

operadores das máquinas) e o lucro é bem maior.

O mesmo se dá na criação de animais.

Antigamente, quando se ordenhavam vacas que

ficavam espalhadas no pasto ou em um curral, era

feito manualmente em um balde (uma por uma), para

depois, o leite ser engarrafado, levado para a cidade e vendido na feira ou nas casas. Atualmente,

existem máquinas que ordenham várias vacas ao mesmo tempo e produzem muito mais leite. Este,

9 Eles são chamados assim porque começavam a trabalhar muito cedo para aproveitar o período de luz solar e não

havia restaurante por perto. Como era um trabalho muito pesado, precisavam levar comida, e quando iam come-la, já

estava fria.

Cortadores de cana.

Máquinas trabalhando no canavial

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durante a ordenha, é levado para grandes compartimentos

refrigerados para que não azedem. Daí, são levados para

as indústrias e geram muito dinheiro. Além disso, o que

maximiza ainda mais a produção do leite é o tipo de

alimentação dos animais, pois antes eram dadas rações

mais simples, ou mesmo reduzidos ao pasto onde

comiam naturalmente. Hoje, até a ração é pensada para

as vacas darem mais leite. Existem também vacinas e

hormônios para que os animais sejam mais fortes e

produtivos.

Os exemplos de avanço agrário são muitos, até a gema do ovo

é testada em laboratório para que se consiga fazer ovos mais

consistentes e interessantes ao mercado. O tipo de terra a ser usado, a

semente, fertilizantes, inseticidas, e tantos outros aparatos que fazem

do campo uma verdadeira indústria alimentícia. Apesar disso,

devemos observar os motivos desses avanços, ou seja, quando Deus

deu a terra para Adão lavrar não era para que lucrasse mais e pudesse

vender vegetais aos anjos. Não! Foi para que se penitenciasse,

enxergando sua

miséria física e espiritual perante o Todo

Poderoso, Rei do Universo, e assim voltasse

para Ele. Com esses avanços tecnológicos

percebemos que esse efeito penitencial não

existe mais. O que importa, na maioria dos

casos, é simplesmente o dinheiro, e os bens

materiais que esse trabalho gerará.

Reforçando o Saber

4- Explique qual é a diferença da agropecuária extensiva e a intensiva.

5- Quais são os benefícios que a tenologia agrária trouxe para a vida das pessoas? E quais os

malefícios?

6- Com qual objetivo Deus mandou que o homem lavrasse a terra? No meio rural atual esse

objetivo divino está sendo alcançado?

Ordenhadeira de vaca

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São Lucas, rogai por nós!

Arte

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Para compreender ESTE Volume, desenvolveremos o estudo da Arte com a Apreciação de Imagens e Desenho

por Observação. O tema será “O Menino Jesus” – Obra de Frá Angelico.

Esta atividade deverá ser feita com calma e muita atenção.

Dedique-se!

O Menino Jesus Primeiramente, aprecie a imagem ao lado, obra do Beato Fra Angélico, “O Menino Jesus”.

Durante a leitura dos tópicos a seguir, vá olhando a imagem ao lado para que perceba bem

o que está sendo destacado:

- A imagem é um detalhe da obra do Beato Fra Angélico, 1443. As rachaduras se devem

pelo tempo que a obra possui.

- Detalhe: uma parte da imagem que foi ampliada

- O Menino Jesus está sentado no colo de sua mãe, Maria Santíssima (manto azul).

- Perceba que o Menino está sendo segurado por Maria, observe a mão ao seu lado.

- Observe os detalhes, as espessuras dos traços mais finos e mais grossos.

- As cores de sua roupa, a cor de seu cabelo e a auréola.

- Observe a suavidade das cores do rosto.

- Como estão as mãos? Observe a posição das mãos.

- Em uma das mãos, o Menino Jesus segura uma esfera, ela representa o mundo.

- Esfera: objeto sólido completamente redondo; bola, globo.

- Perceba também a luminosidade: os pontos na imagem que estão iluminados e as sombras.

- Perceba, também, as dobras da roupa.

- Observe o olhar do Menino Jesus e a expressão do rosto.

- Imagine-se diante desta imagem. Olhando para ela, diante de sua ternura e do olhar do

Menino Jesus, qual seria sua oração?

Contemple novamente a imagem e faça um breve momento de oração.

N

“A beleza é o reflexo de Deus”.

(Santo Tomás de Aquino)

Este conteúdo está inserido no oitavo volume desta Etapa.

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O Menino Jesus

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Atividade

Exercício

Após apreciar a imagem, reproduza através de um desenho tudo o que apreciou.

Nas páginas a seguir você encontrará:

- A imagem do Menino Jesus quadriculada: para orientação do desenho.

- Uma folha em branco quadriculada: local para desenhar a imagem.

Em seguida, por observação, você reproduzirá a imagem. Coloque a imagem quadriculada

em um lugar que você possa olhar, por exemplo, deixe-a ao seu lado, ou na sua frente apoiada em

algum objeto.

O quadriculado o orientará a estruturar melhor seu desenho. Observe bem antes de iniciar

e perceba o que há em cada parte do quadriculado, assim você saberá o que desenhar. Perceba a

proporção, o “quanto” aquela parte foi preenchida.

Veja o exemplo abaixo: a segunda parte é preenchida por parte do rosto do Menino Jesus,

sua boca, seu olho, nariz, um dos olhos, parte do cabelo e da auréola. Isto significa que na sétima

parte da folha em branco quadriculada, também devem estar presentes estes detalhes.

Para finalizar, pinte seu desenho de acordo com as cores que você apreciou na imagem do

Menino Jesus

É uma atividade que exige muita atenção e concentração, por isso, dedique-se!

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Desenho por Observação: O Menino Jesus

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