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ANA CAROLINA GALVÃO SILVA REGINALDO APRESENTAÇÃO DE METODOLOGIA PARA GERENCIAMENTO FÍSICO-FINANCEIRO DE OBRAS DE ENGENHARIA - ESTUDO DE CASO: IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO DE PARNAMIRIM/RN NATAL-RN 2018 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL

ANA CAROLINA GALVÃO SILVA REGINALDO APRESENTAÇÃO DE … · 2019. 1. 31. · reais, considerando que o PIB fechou em R$ 6,6 trilhões, no ano de 2017 (IBGE, 2018). Segundo o Tribunal

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ANA CAROLINA GALVÃO SILVA REGINALDO

APRESENTAÇÃO DE METODOLOGIA PARA

GERENCIAMENTO FÍSICO-FINANCEIRO DE OBRAS DE

ENGENHARIA - ESTUDO DE CASO: IMPLANTAÇÃO DO

SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO DE

PARNAMIRIM/RN

NATAL-RN

2018

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE TECNOLOGIA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL

Ana Carolina Galvão Silva Reginaldo

Apresentação de metodologia para gerenciamento físico-financeiro de obras de engenharia -

Estudo de caso: implantação do sistema de esgotamento sanitário de Parnamirim/RN

Trabalho de Conclusão de Curso na modalidade

Monografia, submetido ao Departamento de

Engenharia Civil da Universidade Federal do Rio

Grande do Norte como parte dos requisitos

necessários para obtenção do Título de Bacharel em

Engenharia Civil.

Orientadora: Prof(a). Dr(a). Micheline Damião Dias

Moreira

Coorientador: Eng. Judson Joris da Silva Soares

Natal-RN

2018

Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN

Sistema de Bibliotecas – SISBI

Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Central Zila Mamede

Reginaldo, Ana Carolina Galvão Silva.

Apresentação de metodologia para gerenciamento físico-

financeiro de obras de engenharia - Estudo de caso: implantação

do sistema de esgotamento sanitário de Parnamirim/RN / Ana

Carolina Galvão Silva Reginaldo. - 2018. 54 f.: il.

Monografia (graduação) - Universidade Federal do Rio Grande do

Norte, Centro de Tecnologia, Graduação em Engenharia Civil. Natal, RN, 2018.

Orientador: Profa. Dra. Micheline Damião Dias Moreira. Coorientador: Eng. Judson Joris da Silva Soares.

1. Esgotamento Sanitário - Monografia. 2. Lei das Estatais - Monografia. 3. Eventograma - Monografia. I. Moreira, Micheline

Damião Dias. II. Soares, Judson Joris da Silva. III. Título.

RN/UF/BCZM CDU 628.6

Elaborado por Kalline Bezerra da Silva - CRB-15/327

Ana Carolina Galvão Silva Reginaldo

Apresentação de metodologia para gerenciamento físico-financeiro de obras de engenharia -

Estudo de caso: implantação do sistema de esgotamento sanitário de Parnamirim/RN

Trabalho de conclusão de curso na modalidade

Monografia, submetido ao Departamento de

Engenharia Civil da Universidade Federal do Rio

Grande do Norte como parte dos requisitos

necessários para obtenção do título de Bacharel em

Engenharia Civil.

Aprovado em 30 de novembro de 2018:

___________________________________________________

Prof(a). Dr(a). Micheline Damião Dias Moreira – Orientadora

___________________________________________________

Eng. Judson Joris da Silva Soares – Coorientador

___________________________________________________

Prof. Dr. Luiz Alessandro Pinheiro da Câmara de Queiroz – Examinador interno

___________________________________________________

Prof(a). Ma. Isabelly Bezerra Braga Gomes de Medeiros – Examinadora externa

Natal-RN

2018

DEDICATÓRIA

Dedico esta, bеm como todas аs minhas demais

conquistas, аоs meus pais Alex Reginaldo е

Ana Karla Galvão, meu irmão Guilherme

Galvão e minha avó materna Marluce Galvão.

AGRADECIMENTOS

Faz-se necessário agradecer nominalmente àqueles que diretamente ou indiretamente,

participaram, de alguma forma, na elaboração desta tese. Desta forma, expresso aqui os meus

mais sinceros agradecimentos:

À Deus, em primeiro lugar, que iluminou o meu caminho durante toda essa jornada de

curso.

Aos professores do Departamento de Engenharia Civil por todo o conhecimento

transmitido, em especial à professora Micheline pelo tempo dedicado e por toda as instruções

durante a realização desse trabalho.

Ao meu coorientador Judson, que esteve sempre disposto a tirar todas as minhas

dúvidas acerca do tema e do entendimento da legislação.

À Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (CAERN), em especial ao

Grupo de Acompanhamento de Obras Especiais e a Gerência de Obras Natal por todo o material

fornecido para o desenvolvimento do trabalho e pelas oportunidades de estágios muito

enriquecedores.

Aos meus pais por todo o incetivo e apoio para com os estudos.

Às minhas amigas de curso, em especial Catrina e Maria Eduarda por todas as horas

de estudo e descontração juntas.

Ao meu namorado Felipe por todo o acompanhamento e compreensão dos fins de

semana dedicados ao curso e ao TCC.

Ana Carolina Galvão Silva Reginaldo

RESUMO

Título: Apresentação de metodologia para gerenciamento físico-financeiro de obras de

engenharia - Estudo de caso: implantação do sistema de esgotamento sanitário de

Parnamirim/RN

A Lei Federal nº 13.303/16, mais conhecida como Lei das Estatais, ao entrar em vigor,

trouxe consigo uma série de inovações direcionadas às empresas públicas e as sociedades de

economia mista e subsidiárias. Dentre elas, a que mais aqui interessa relaciona-se à instituição

do regime de contratação semi-integrada, a qual a empresa vencedora do certame é responsável

pela elaboração do projeto executivo, além, claro, da própria execução das obras e serviços de

engenharia. O seguinte trabalho trata-se, portanto, de um estudo de caso da implantação do

sistema de esgotamento sanitário de Parnamirim/RN, cuja concessão é de uma sociedade de

economia mista. Vale salientar que apesar de se tratar de uma empreitada por valor global, nos

termos da Lei nº 8.666/93, a metodologia utilizada se adequa perfeitamente às contratações

semi-integradas previstas na recente Lei das Estatais. Diante disso, apresentar-se-á a

metodologia responsável por guiar a execução do referido estudo de caso e auxiliar a aferição

de suas metas e etapas, garantindo, assim, o efetivo gerenciamento e controle físico-financeiro

da obra. Intitulado como eventograma, o método consiste, basicamente, na divisão do objeto

de estudo em eventos, os quais foram devidamente precificados através de estudos de índices,

e designados inicialmente como metas executivas. Ademais, trouxe-se um dicionário de eventos

e modelos de planilha de medição e de cronograma físico-financeiro apropriados, que

contribuem para uma execução transparente, organizada e eficaz. O eventograma, pois, se

mostrou imprescindível nos âmbitos de planejamento e fiscalização, visto que aperfeiçoou a

gestão da obra aqui tratada – estende-se, aliás, para qualquer objeto contratado de engenharia –

e propiciou praticidade e agilidade nos processos.

Palavras-chave: Lei das Estatais. Gerenciamento. Metodologia. Eventograma. Esgotamento

sanitário.

ABSTRACT

Title: Presentation of methodology for the physical-financial management of engineering

works - Case study: implementation of the sanitary sewage system of Parnamirim/RN

The Federal Law 13.303/16, better known as the State-owned enterprise Law, when it came

into force, brought with it a series of innovations aimed at public enterprises and mixed-

economy societies and subsidiaries. Among them, the one that matters most concerns to the

institution of the semi-integrated contracting regime, which the winner enterprise is responsible

for the elaboration of the executive project, and, of course, the execution of the engineering

works and services. Therefore, the following work is about a case study of implementation of

the sanitary sewage system of Parnamirim/RN, which concession is of a mixed-economy

company. It is worth mentioning that, although it is a global price contracting, under the terms

of Law 8.666/93, the methodology used is perfectly adequate for semi-integrated contractings

provided in the recent State-owned enterprise Law. In view of this, the methodology responsible

for guiding the execution of the aforementioned case study and assisting in the measurement of

its goals and stages will be presented, guaranteeing, thus, the effective management and

physical-financial control of the work. Titled as eventogram, the method basically consists on

dividing the object of study into events, which were properly priced through index studies, and

initially designated as executive goals. In addition, this work brings a dictionary of events and

appropriated templates of measurement spreadsheet and physical-financial schedule which

contribute to a transparent, organized and effective execution. The eventogram, therefore, is

essential in the areas of planning and inspection, because it improved the management of the

case studied here - besides, it extends to any engineering object contracted - and provided

practicality and agility in the processes.

Keywords: State-owned Law. Management. Methodology. Eventogram. Sanitary sewage.

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1. 1 - Planta de situação de Parnamirim ...................................................................... 3

Figura 3. 1 - Divisão de contratos ......................................................................................... 11

Figura 3. 2 - Concepção do sistema de esgotamento sanitário ............................................. 12

Figura 3. 3 - Esquema com as etapas do eventograma desenvolvido ................................... 13

Figura 4. 1 - Sub-bacia 7A dividida em eventos .................................................................. 24

Figura 5. 1 - Sub-bacia 7A dividida em áreas ...................................................................... 34

Figura 5. 2 - Documentos apresentados à CAIXA ............................................................... 37

Figura 5. 3 - Documentos técnicos exigidos pela CAIXA .................................................. 37

LISTA DE TABELAS

Tabela 3. 1 - Planilha orçamentária para a sub-bacia 7A ..................................................... 14

Tabela 3. 2 - Dados financeiros da sub-bacia 7A ................................................................. 15

Tabela 3. 3 - Comprimento de rede da sub-bacia 7A ........................................................... 16

Tabela 3. 4 - Valores dos eventos de rede/ramal da sub-bacia 7A ....................................... 17

Tabela 3. 5 - Quantidade de caixas na sub-bacia 7A ............................................................ 17

Tabela 3. 6 - Valores dos eventos de caixas da sub-bacia 7A .............................................. 18

Tabela 3. 7 - Comprimento de emissário da sub-bacia 7A ................................................... 19

Tabela 3. 8 - Valores dos eventos da estação elevatória de esgoto da sub-bacia 7A ........... 19

Tabela 3. 9 - Eventos precificados de ligações intradomiciliares ......................................... 20

Tabela 3. 10 - Evento precificado dos serviços diversos ...................................................... 21

Tabela 3. 11 - Cronograma de execução dos eventos de (a) rede (b) emissários ................. 22

Tabela 3. 12 - Planilha orçamentária detalhada com os serviços de ligações prediais da sub-

bacia 7A ................................................................................................................................ 22

Tabela 4. 1 - Estudo de índice rede/ramal e caixas ............................................................... 24

Tabela 4. 2 - Estudo de índice emissários ............................................................................. 25

Tabela 4. 3 - Modelo da planilha de medição ....................................................................... 25

Tabela 4. 4 - Cronograma físico-financeiro .......................................................................... 32

LISTA DE SÍMBOLOS

OCDE Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico

PIB Produto Interno Bruto

FNDE Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

LRE Lei de Responsabilidade das Estatais

RDC Regime Diferenciado de Contratação

SES Sistema de Esgotamento Sanitário

LLC Lei de Licitações e Contratos

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas

LRDC Lei do Regime Diferenciado de Contratações

SEGECEX Secretaria Geral de Controle Externo

TCU Tribunal de Contas da União

CAIXA Caixa Econômica Federal

GAO Grupo de Acompanhamento de Obras Especiais

CAERN Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte

FGTS Fundo de Garantia do Tempo de Serviço

OGU Orçamento Geral da União

PLE Planilha de Levantamento de Eventos

EEE Estação Elevatória de Esgoto

FCK Resistência característica do concreto

TUGS Tomadas de Uso Geral

SESDEM Secretaria Municipal de Segurança, Defesa Social e Mobilidade

Urbana

CNPJ Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica

GON Gerência de Obras de Natal

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................. 2

1.1 Considerações iniciais .................................................................................. 2

1.2 Objetivo do trabalho .................................................................................... 3

1.3 Estrutura do trabalho .................................................................................. 4

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .......................................................................... 5

2.1 Lei Federal nº 8.666/93 ................................................................................. 5

2.2 Lei Federal nº 13.303/16 ............................................................................... 8

3. MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................................ 11

3.1 Apresentação do caso ................................................................................. 11

3.2 Etapas do processo ..................................................................................... 13

3.2.1 Determinação dos eventos ....................................................................... 14

3.2.2 Estudo de índices ..................................................................................... 14

3.2.3 Estações elevatórias de esgoto ................................................................. 19

3.2.4 Ligações intradomiciliares e serviços diversos ........................................ 20

3.2.5 Administração .......................................................................................... 21

3.2.6 Cronograma físico-financeiro .................................................................. 21

3.2.7 Dicionário de eventos .............................................................................. 22

3.2.8 Planilha de medição ................................................................................. 23

4. RESULTADOS ................................................................................................ 24

4.1 Planta com eventos ..................................................................................... 24

4.2 Precificação dos eventos ............................................................................. 24

4.3 Cronograma ................................................................................................ 24

4.2 Precificação dos eventos ............................................................................. 24

4.3 Planilha de medição .................................................................................... 25

4.4 Dicionário de eventos ................................................................................. 26

4.4.1 Serviços diversos ..................................................................................... 26

4.4.2 Rede/Ramal .............................................................................................. 27

4.4.3 Caixas ....................................................................................................... 28

4.4.4 Emissários ................................................................................................ 28

4.4.5 Ligações intradomiciliares ....................................................................... 29

4.4.6 Estações elevatórias ................................................................................. 30

4.5 Cronograma físico-financeiro .................................................................... 32

5. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ................................................................ 34

6. CONCLUSÃO .................................................................................................. 38

7. REFERÊNCIAS .............................................................................................. 40

2

1. INTRODUÇÃO

1.1 Considerações iniciais

A aquisição de bens e a contratação de serviços pelo governo desempenham papel

fundamental tanto para o bom funcionamento dos órgãos e entidades da Administração Pública,

quanto para a implementação de políticas públicas voltadas ao atendimento das necessidades e

a garantia de direitos sociais. Segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento

Econômico (OCDE), o mercado de compras governamentais corresponde, em média, a 13% do

produto interno bruto (PIB) brasileiro (FNDE, 2017). Isso seria equivalente a 858 bilhões de

reais, considerando que o PIB fechou em R$ 6,6 trilhões, no ano de 2017 (IBGE, 2018).

Segundo o Tribunal de Contas da União (2010), a licitação é o procedimento

administrativo formal em que a Administração Pública convoca, mediante condições

estabelecidas em ato próprio (edital ou convite), empresas interessadas na apresentação de

propostas para o oferecimento de bens e serviços. Pode-se afirmar que tem como objetivo

garantir o cumprimento do princípio constitucional da isonomia e a seleção da proposta mais

vantajosa para a Administração, de modo a assegurar oportunidade igual a todos os interessados

e possibilitar a participação do maior número possível de concorrentes no certame.

Desde a promulgação da Constituição Federal de 1988, as empresas públicas e as

sociedades de economia mista e subsidiárias estavam carentes de lei específica que

regulamentasse seu estatuto jurídico, bem como os critérios de cabimento de suas licitações.

Somente com a criação da Lei Federal nº 13.303/16 – também conhecida como Lei das Estatais

ou Lei de Responsabilidade das Estatais (LRE) – é que essa lacuna normativa veio a ser sanada.

Isso porque, em função das estatais possuírem peculiaridades quanto a sua natureza jurídica,

regime jurídico e objeto social, a comunidade jurídica vinha apresentando exceções e

incoerências quanto à aplicabilidade, até então, da Lei Geral de Licitações (Lei Federal nº

8.666/93) sobre essas.

Ao entrar em vigor, portanto, a LRE trouxe consigo uma série de inovações aos

processos licitatórios. Uma delas está relacionada com a instituição do regime de contratação

semi-integrada no âmbito das empresas estatais. Pode-se considerar esse regime como um meio

termo entre as contratações tradicionalmente regidas pela Lei Geral e a contratação integrada,

originalmente prevista na Lei 12.462/11, que dispõe sobre o Regime Diferenciado de

Contratações Públicas (RDC). Na contratação semi-integrada, o particular não é responsável

pela elaboração do projeto básico, que continua a cargo da Administração Pública. No entanto,

3

envolve, além da execução das obras e serviços de engenharia pelo particular, a elaboração do

projeto executivo (NOVAIS, 2016).

Desse modo, conclui-se que a nova Lei prevê a promoção da profissionalização na

gestão das empresas estatais. É necessário que haja pensamento criativo e abordagens

inovadoras na luta contra abusos e desperdícios. Assim, buscando focar em soluções que

facilitem o efetivo gerenciamento e o controle físico-financeiro dos objetos contratados, de

modo a somar tanto à Administração Pública quanto à empresa vencedora do certame, será

apresentada uma metodologia para guiar a execução do objeto e auxiliar na aferição de suas

metas e etapas.

Realizar-se-á, portanto, um estudo de caso na obra de implantação do sistema de

esgotamento sanitário, do município de Parnamirim/RN, para avaliar o desempenho da

metodologia apresentada no tocante à gestão institucional e empresarial, visto que traz impacto

organizacional, possibilitando, por conseguinte, a conclusão do objeto no tempo certo e com a

qualidade requerida.

1.2 Objetivo do trabalho

Diante do exposto, o objetivo geral do presente trabalho consiste em analisar os efeitos

da implantação da metodologia desenvolvida para o controle e fiscalização de uma obra de

esgotamento sanitário, cuja concessão é de uma empresa de economia mista. Apesar de se tratar

de uma empreitada por valor global – licitada em 2015, nos termos da Lei nº 8.666, a

Figura 1. 1 - Planta de situação de Parnamirim

Fonte: PREFEITURA DE PARNAMIRIM (2015)

João Câmara

Ceará-mirim

São Paulo do Potengi Parnamirim

Natal Parnamirim

4

metodologia apresentada se adequa perfeitamente às contratações semi-integradas, previstas na

nova Lei das Estatais.

1.3 Estrutura do trabalho

O trabalho está dividido em sete capítulos.

O Capítulo 2 compreende uma sintetização clara da legislação e das ideias publicadas

em artigos anteriores consideradas relevantes para o trabalho, e fornecem subsídios para

fundamentar a necessidade de planejamento e gerenciamento por parte das estatais e empresas

de economia mista e subsidiárias, em face da introdução da Lei nº 13.303/16.

O Capítulo 3 caracteriza o objeto de estudo: Sistema de Esgotamento Sanitário (SES)

de Parnamirim/RN, além de que descreve toda a metodologia – subdividida em etapas –

contendo figuras, tabelas e informações suficientes para que outros possam avaliar as

observações descritas e repetir o método empregado.

O Capítulo 4 apresenta os resultados de forma objetiva, precisa e lógica, utilizando

figuras e tabelas.

O Capítulo 5 consiste na análise dos resultados apresentados e as suas implicações

práticas na implantação do SES Parnamirim/RN, que é o objeto de estudo. Ademais, apresenta

soluções para os problemas detectados até então e sugere outros.

O Capítulo 6 compreende deduções lógicas que correspondem ao objetivo trazido pelo

trabalho, fundamentadas nos resultados apresentados e amarradas à argumentação

desenvolvida. Tem-se, portanto, o fechamento da monografia.

O Capítulo 7 traz as referências utilizadas para compor o trabalho aqui apresentado.

5

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 Lei Federal nº 8.666/93

Em primeiro lugar, é necessário saber que, antes de ser sancionada a Lei das Estatais, o

Tribunal de Contas da União adotava o entendimento de que as empresas públicas e as

sociedades de economia mista, exploradoras de atividade econômica, deveriam seguir a Lei nº

8.666/93 – Lei de Licitações e Contratos (LLC) – mais conhecida como Lei Geral de Licitações.

Esta, por sua vez, estabelece as normas gerais sobre licitações e contratos administrativos

pertinentes a obras, serviços, compras, alienações e locações no âmbito dos Poderes da União,

dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. O parágrafo único do art. 1º, da Lei nº

8.666/93, esclarece, portanto, que:

Subordinam-se ao regime desta Lei, além dos órgãos da administração direta, os

fundos especiais, as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as

sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente

pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios.

Ademais, para os fins dessa lei, é importante salientar que os projeto básico e executivo

são obrigatórios para as licitações de obras e serviços de engenharia realizadas nas modalidades

concorrência, tomada de preço e convite. De acordo com o art. 6°, IX, o projeto básico consiste

num conjunto de elementos necessários e suficientes, com nível de precisão adequado, para

caracterizar a obra ou o serviço objeto da licitação. Deve ser elaborado com base nos resultados

de estudos técnicos preliminares, que assegurem a viabilidade técnica e o adequado tratamento

do impacto ambiental do empreendimento, e que possibilite a avaliação do custo da obra, a

definição dos métodos e do prazo de execução.

Já o projeto executivo está relacionado com o conjunto de elementos necessários e

suficientes à execução completa da obra, de acordo com as normas pertinentes da Associação

Brasileira de Normas Técnicas – ABNT. O art. 7°, §1°, afirma que, para a realização de

licitação, não há obrigatoriedade da existência prévia do projeto executivo, visto que este

poderá ser desenvolvido concomitantemente à execução do contrato, se autorizado pela

Administração. No entanto, a lei traz que as obras e os serviços só poderão ser licitados quando

(a) houver projeto básico aprovado pela autoridade competente, (b) existir orçamento detalhado

em planilhas que expressem a composição de todos os seus custos unitários, (c) e houver

previsão de recursos orçamentários que assegurem o pagamento das obrigações decorrentes de

obras ou serviços a serem executados, de acordo com o respectivo cronograma.

6

Quanto às formas de execução do objeto, a lei diz que pode ser direta ou indireta. A

primeira é feita pela própria Administração – por meio de seus órgãos e entidades, enquanto a

segunda é atribuída a terceiros particulares. Interessa-se, apenas, na forma de execução indireta,

visto que é neste caso que subsiste um contrato administrativo, precedido de licitação. A LLC

prevê quatro regimes de execução indireta: empreitada por preço global, empreitada por preço

unitário, tarefa e empreitada integral. Além desses citados, a Lei n° 12.462/11 (Lei do Regime

Diferenciado de Contratações – LRDC), acresceu o regime de execução indireta denominado

de contratação integrada, segundo o art. 8°, V.

Em resumo, existiam, até então, cinco regimes de execução indireta admitidos pela

legislação, sendo um deles (contratação integrada) cabível apenas no caso de utilização do

RDC. Convém destacar que os arts. 40 e 55, II, da LLC, exigem a indicação do regime de

execução como cláusula obrigatória no edital e no contrato. Desse modo, é interessante

demonstrar as diretrizes gerais que orientam a escolha de um regime de execução em vez de

outro. Isso porque a definição do regime será determinante para a realização dos seguintes atos

contratuais: a medição; por conseguinte, a forma de remuneração; as alterações de valor

decorrentes de modificações quantitativas e qualitativas no objeto; e, finalmente, as medidas a

serem adotadas em caso de inadimplemento (DINIZ,2013).

O Roteiro de Auditoria de Obras Públicas, cuja revisão mais recente foi aprovada pela

Portaria SEGECEX n° 33, em 2012, traz um interessante diagnóstico sobre o tema:

321. As maiores controvérsias quanto à escolha e à operacionalização de determinado

regime de execução referem-se às empreitadas. Pela letra da lei, não fica claro como

e quando utilizar cada um dos regimes de execução por empreitada definidos pelo

legislador.

322. A escolha do regime de execução da obra não é decisão de livre arbítrio do

gestor, visto que deve ser pautada pelo interesse público e estar sempre motivada,

pois impactará as relações entre contratado e contratante, as medições do

contrato firmado, seus aditivos, entre outros fatores relacionados à gestão do

empreendimento contratado. Decorre desse entendimento a constatação de que não

existe, em tese, um regime de execução melhor que outro, e sim um regime que, no

caso concreto, melhor atende ao interesse público.

Entende-se por empreitada por preço global quando a Administração Pública contrata a

execução do objeto a preço certo e total, pouco importando os quantitativos inerentes a cada

um dos itens necessários à conclusão desse. Nesse caso, a medição é feita sem tanta vinculação

às unidades medidas, uma vez que se mede a etapa do cronograma. Aqui interessa não quantas

unidades de cada item da planilha foram alocadas na execução, mas se aquela fase foi concluída.

7

Trata-se, portanto, mais de uma verificação de atingimento das metas do cronograma do que

propriamente de uma medição (DINIZ, 2013).

Já a empreitada por preço unitário acontece quando a Administração tiver por intenção

adquirir os serviços por unidade de medida, conforme quantitativos estimados. Segundo a Lei

Geral (1993), acontece “quando se contrata a execução da obra ou do serviço por preço certo

de unidades determinadas”. No entanto, convém advertir que a expressão “unidades

determinadas” nada tem a ver com uma etapa ou parcela da obra, e sim com um padrão ou

unidade de medida, como m³, km² etc. Portanto, a escolha desse regime tem impacto direto na

forma como será medida e paga: “a contratação sob o regime de preços unitários vincula a

remuneração do contratado às quantidades de serviço efetivamente executadas, conforme

disposto no art. 6º, inciso VIII, alínea ‘b’, c/c o art. 65, todos da Lei 8.666/1993” (ACÓRDÃO

Nº 1.516/2013-PLENÁRIO/TCU).

No que se refere à empreitada integral – também conhecida pelos ingleses por Turn-key

– é interessante saber que a mesma se dá quando a Administração Pública licita e contrata, com

a licitante vencedora do certame, não somente a execução da obra de engenharia pretendida,

mas, também, o fornecimento de todos os equipamentos necessários à entrada em

funcionamento do objeto pretendido (AZEVEDO, 2014). Como bem reconhece o TCU no

Roteiro de Auditoria de Obras Públicas (2012), esse regime é especialmente indicado para a

implantação de projetos complexos, que exigem conhecimentos e tecnologias que não estão

disponíveis a uma única empresa. Assim, o proprietário contrata o projeto global com uma

empresa “integradora” e recebe o projeto concluído, pronto para operação.

A modalidade de execução conhecida como tarefa é pouco utilizada na prática. Isso

porque se dá quando o objeto licitado e contratado tem natureza de prestação de serviços de

mão de obra para pequenos trabalhos, a preço global certo e determinado, com ou sem

fornecimento de materiais – visto que podem ser fornecidos pela Administração Pública. Há

uma tendência natural em identificar o regime com os atuais contratos de terceirização, no

entanto, ainda que se entenda que a tarefa seria cabível nesses casos, fica difícil adotá-la sem

uma definição do que vem a ser “pequenos trabalhos”, já que a LLC não os descreveram.

Por fim, a escolha do regime de contratação integrada – que em nada guarda relação

com a empreitada integral – é pautada por situações em que o mercado oferece mais de uma

solução técnica possível para a execução da obra ou serviço, desconhecidas da Administração

Pública, conferindo-se ao contratado a liberdade de seleção da metodologia, qual seja aquela

apta a produzir os resultados almejados pela contratação (JÚNIOR, P.; DOTTI, 2018). Logo,

essa modalidade se distingue por transferir ao vencedor do certame a elaboração dos projetos

8

básico e executivo, além da execução da obra ou serviço e todas as demais operações

necessárias e suficientes para a entrega final do objeto.

2.2 Lei Federal nº 13.303/16

Diante do exposto, em 30 de junho de 2016 entrou em vigor uma lei importantíssima,

há muito aguardada, na esfera do direito administrativo: a Lei nº 13.303, que dispõe

exclusivamente sobre o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista

e de suas subsidiárias, no âmbito da União, dos estados, do distrito federal e dos municípios. A

Lei da Responsabilidade das Estatais (LRE), ou somente Lei das Estatais, passou a disciplinar

a realização de licitações e contratos no domínio das empresas públicas e sociedades de

economia mista, independente da natureza da atividade desempenhada (prestadora de serviço

ou exploradora de atividade econômica).

Assim, dentre as inovações que visam a eficiência das contratações, pode-se citar: a) os

regimes de execução por contratação integrada e por contratação semi-integrada; b) o veto

parcial ao dispositivo que apresenta as especificações mínimas do projeto básico; c) a

obrigatoriedade de elaboração de matriz de risco para contratação de obras e serviços de

engenharia. Já quanto aos contratos, a LRE determina a aplicação do regime de direito privado,

fazendo com que desapareçam as cláusulas exorbitantes típicas dos contratos com a

Administração, inclusive a de alterar unilateralmente os contratos. Nesse sentido a lei indica a

busca de soluções consensuais, que não gerem prejuízos para nenhuma das partes contratantes

(GUADALUPE, 2017).

Quando da elaboração da Lei do RDC, a contratação integrada tinha como principal

objetivo permitir que a Administração Pública se beneficiasse de inovações técnicas

desenvolvidas pelo setor privado, transferindo aos particulares a responsabilidade pela

elaboração dos projetos básico e executivo, o que não era permitido pela Lei Geral. Em

contrapartida, a Lei do RDC limitou a utilização dessa modalidade a serviços de engenharia

complexos, que justificassem a adoção de soluções técnicas e metodológicas inovadoras,

inclusive para a elaboração do projeto básico.

Logo, não por acaso, o TCU passou a exigir justificativas técnicas e econômicas

específicas para a utilização do regime de contratação integrada. Nesse contexto, o novo regime

de contratação semi-integrada visa garantir às estatais parte dos benefícios verificado na

contratação integrada, sem, no entanto, restringir de modo tão rigoroso a sua utilização

(NOVAIS, 2016). De acordo com o art. 43, V, da LRE, deve-se aplicar esse regime quando for

9

possível definir, previamente no projeto básico, as quantidades dos serviços a serem

executados, e quando o objeto contratual possa ser executado com diferentes metodologias ou

tecnologias, que devem ser especificadas pelas contratadas no projeto executivo.

Outra novidade que chama atenção é que o art. 42, da Lei das Estatais, adotou redação

praticamente idêntica à tradicional definição de projeto básico da Lei nº 8.666/93. No entanto,

a alínea “f” desse artigo foi objeto de veto presidencial, de modo que o orçamento detalhado

em planilhas (orçamento analítico) não mais aparece como elemento obrigatório do projeto

básico, mas no projeto executivo – podendo vir a ser de responsabilidade do particular, nas

contratações semi-integradas. Conforme a mensagem do veto, a intenção foi de se evitar o

enrijecimento desnecessário do procedimento licitatório em sua fase interna, inclusive com a

elevação de custos para a Administração.

Ademais, com o objetivo de incentivar o desenvolvimento de soluções técnicas mais

adequadas, a Lei das Estatais dá margem para que as contratadas promovam alterações no

projeto básico, mesmo tratando-se do regime de contratação semi-integrada. No entanto, vale

salientar que tais alterações devem estar fundamentadas em ganhos de eficiências, como quanto

à redução de custos e/ou do prazo de execução e ao aumento de qualidade. Desse modo, no

caso de licitações com contratações semi-integradas, os editais devem vir acompanhados por

um documento técnico definindo, precisamente, as frações do empreendimento em que haverá

liberdade para inovação com soluções metodológicas ou tecnológicas, pelos particulares.

Outro ponto importante é que a Lei nº 13.303/16 estabelece que o instrumento

convocatório das licitações para obras e serviços de engenharia, nos regimes de contratação

integrada e semi-integrada, deverá conter uma matriz de riscos. Segundo o art. 42, §3º, em

ambos os casos, “os riscos decorrentes de fatos supervenientes à contratação associados à

escolha do projeto básico pela contratante deverão ser alocados como de sua responsabilidade

na matriz de riscos”. Logo, mesmo no âmbito das contratações semi-integradas, os riscos

relacionados às soluções propostas pelos particulares que resultassem alteração nos próprios

projetos básicos são alocados às empresas estatais – o que pode ser bastante relevante na

eventual necessidade de celebração de aditivos contratuais, em virtude de falhas verificadas nos

projetos básicos.

Desse modo, os riscos devem ser alocados de maneira racional e eficiente, buscando

atribuir cada um deles à parte que, em tese, for a mais apta a evita-los, mitiga-los ou eliminá-

los a um menor custo, onerando da menor forma possível a execução contratual (PIRONTI,

2018). Conclui-se, portanto, que o conjunto da Lei nº 13.303/16 estabelece uma série de

10

mecanismos de transparência e governança corporativa, além de práticas de compliance1 nas

atividades de empresas públicas e sociedades de economia mista, as quais refletirão não apenas

em seus processos internos, mas também em suas contratações e relacionamentos com o público

externo. Finalmente, vale salientar que as estatais tiveram um prazo de 24 meses para se

adequarem às novas regras estabelecidas pela nova lei, de modo que os procedimentos

licitatórios e os contratos iniciados ou celebrados nesse período permaneceram regidos pela Lei

nº 8.666/93.

Diante do exposto, percebe-se a constante necessidade de busca pelo aprimoramento de

metodologias e pelo conhecimento e intimidade com novas tecnologias que propiciem um

contrato livre de abusos e desperdícios. Portanto, deve-se focar em soluções que facilitem o

efetivo gerenciamento e controle físico-financeiro dos objetos contratados, de modo a somar

tanto à Administração Pública quanto à empresa vencedora do certame. Para tanto, com base

no Manual de Orientações aos Tomadores – Engenharia, elaborado pela CAIXA, em setembro

de 2018, desenvolveu-se uma metodologia para guiar a execução do objeto e auxiliar na

aferição de suas metas e etapas, possibilitando a sua conclusão no tempo certo e com a qualidade

requerida.

1 É a atividade de assegurar que a empresa está cumprindo à risca todas as imposições dos órgãos

de regulamentação, dentro de todos os padrões exigidos de seu segmento.

11

3. MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 Apresentação do caso

O presente trabalho está embasado em uma metodologia desenvolvida pelo Grupo de

Acompanhamento de Obras Especiais – GAO, da Companhia de Águas e Esgotos do Rio

Grande do Norte (CAERN), em razão do ganho da concessão, em 2017, de uma parcela da obra

de esgotamento sanitário de Parnamirim/RN, que antes – 2015 – estava sob responsabilidade

da prefeitura municipal. Falou-se de uma parcela da obra em virtude da divisão dessa em dois

lotes. Um foi licitado com o regime de empreitada por preço unitário, com recursos do FGTS

(Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), enquanto o outro diz respeito a uma empreitada por

preço global, com repasse de recursos advindos do OGU (Orçamento Geral da União). Esse

último, portanto, que se faz interessante para o estudo.

Sub-bacia 10A

Sub-bacia 14

Sub-bacia 10+11

Sub-bacia 12

Sub-bacia 13

COPAHB/PARQUE DAS ÁRVORES

ETE

NOVA ESPERANÇA/CAJUPIRANGA

Sub-bacia 10B

Sub-bacia 11A

Sub-bacia 15

Sub-bacia 6

Sub-bacia 8

Sub-bacia 9 Sub-bacia 1

Sub-bacia 7A

Sub-bacia 7

Sub-bacia 18

Sub-bacia 5

Sub-bacia 3

Sub-bacia 2+2A Sub-bacia 2B

Sub-bacia 16

Sub-bacia 17 Sub-bacia 4

Estação de Tratamento de Esgoto

Contrato: 351132-08/2011

Contrato: já executado

Contrato: repasse FGTS/2006

Contrato: repasse OGU

LEGENDA

Fonte: PREFEITURA DE PARNAMIRIM (2015)

Figura 3. 1 - Divisão de contratos

12

A CAIXA, como mandatária2 da União, estabeleceu alguns conceitos importantes que

devem ser levados em consideração na elaboração do projeto de engenharia. Destaca-se, para

fins desse trabalho, o conceito de eventograma, que consiste, basicamente, na decomposição da

meta em eventos. Segundo o Manual de Orientações aos Tomadores – Engenharia (2018), o

eventograma “é elaborado a partir da planilha orçamentária da meta, subdivididos conforme os

eventos previstos, coerentes com a ordem lógica de execução e que possibilite a aferição do

avanço físico da meta”. Para tanto, a CAIXA desenvolveu um modelo de Planilha de

Levantamento de Eventos – ou simplesmente PLE, que informa os eventos executados em cada

período, auxiliando, assim, no acompanhamento da obra.

2 Representa a União em diversos programas, acompanhando as ações necessárias ao cumprimento do

Contrato de Repasse (CR) ou do Termo de Compromisso (TC), verificando sua regularidade conforme exigências

normativas, legais e técnicas.

Sub-bacia 10A

Sub-bacia 10B

Sub-bacia 14

Sub-bacia 10+11

Sub-bacia 8

Sub-bacia 11A

Sub-bacia 15

Sub-bacia 12

Sub-bacia 13

Sub-bacia 9

Sub-bacia 6

Sub-bacia 2B

Sub-bacia 1

Sub-bacia 7A

Sub-bacia 7

Sub-bacia 2+2A

Sub-bacia 17 Sub-bacia 4

Sub-bacia 5

Sub-bacia 3

Sub-bacia 16

Estação de Tratamento de Esgoto

Elevatória de esgoto projetada

Emissário de recalque em execução

Emissário de recalque projetado

Elevatória de esgoto em execução

Lote FGTS

Lote OGU

LEGENDA

Fonte: PREFEITURA DE PARNAMIRIM (2015)

Figura 3. 2 - Concepção do sistema de esgotamento sanitário

13

É importante ressaltar, por sua vez, que não há restrição para utilização do modelo

sugerido pela CAIXA. Caso o Tomador3 elabore seu próprio modelo, este deve conter, no

mínimo, as informações solicitadas no modelo CAIXA. Sabendo disso, a CAERN, como órgão

fiscalizador, teve a iniciativa inovadora (dentro da Companhia) de desenvolver um

eventograma com memória de cálculo, que demonstra o agrupamento dos serviços e as

respectivas quantidades que compõem cada evento. Quando finalizado, criou-se um modelo de

planilha de medição – equivalente a PLE – e de cronograma para ser proposto, aceito e colocado

em prática pela empresa vencedora do certame.

Logo, diante do exposto, será feito um estudo de caso para avaliar a instituição dessa

metodologia desenvolvida para o “lote OGU” da obra de implantação do sistema de

esgotamento sanitário do município de Parnamirim/RN, que é o terceiro maior do estado. À

título de informação, o valor global do objeto licitado é cerca de 163 milhões, e a obra está sob

responsabilidade da construtora A Gaspar S.A. – ganhadora do processo licitatório. Com início

somente em agosto de 2018, a obra, desde então, aderiu a sistemática dos eventos, que, como

dito anteriormente, possibilita a aferição do progresso físico da meta, de acordo com a planilha

de medição pactuada com o Tomador (A Gaspar S.A.). Assim, para melhor entendimento, as

etapas de elaboração da metodologia serão discriminadas a seguir.

3.2 Etapas do processo

3 Pessoa jurídica beneficiária do repasse, após a celebração do CR (convenente) ou TC

(compromissário).

1ª etapa:

Determinação dos eventos

2ª etapa:

Estudo de índices

3ª etapa:

Estações elevatórias de

esgoto

4ª etapa:

Ligações intradomiciliare

s e serviços diversos

8ª etapa:

Planilha de medição

7ª etapa:

Dicionário de eventos

6ª etapa:

Cronograma físico-

financeiro

5ª etapa:

Administração

Figura 3. 3 - Esquema com as etapas do eventograma desenvolvido

Fonte: Autor (2018)

14

3.2.1 Determinação dos eventos

Com o auxílio do software AutoCad 2D, dividiu-se cada sub-bacia, presentes no projeto,

em quadrantes com aproximadamente 5 km de rede, respeitando sempre o fluxo. Para chegar a

esse valor, usou-se uma rotina AutoLISP4 que executa no AutoCad o somatório dos

comprimentos de várias linhas – SOMAPER. Assim, ao delimitar um quadrante, somou-se os

comprimentos de rede inseridos nesse, tendo a necessidade ou não de se fazer ajustes para

atender a quilometragem e o fluxo. Em seguida, nomeou-se cada quadrante como um evento

daquela sub-bacia, e esses serão tratados como metas executivas para os serviços de rede/ramal,

caixa e emissário. No entanto, é válido salientar que entende-se como meta executiva aquilo

que se pretende executar, em sua totalidade, para possibilitar a sua medição.

3.2.2 Estudo de índices

Os índices foram criados para precificar cada evento de rede/ramal, caixa e emissário

determinados na etapa anterior. De início, coletou-se informações – na planilha orçamentária –

de cunho quantitativo e orçamentário para cada sub-bacia. Em seguida, como na planilha

encontrava-se apenas o valor referente a “ligações”, teve-se que estabelecer uma percentagem

em cima desse, visando encontrar os valores relacionados à execução de ramais e caixas,

separadamente. Desse modo, a percentagem aplicada foi fornecida pela empresa empreiteira A

Gaspar S.A., com base na proporção desses serviços (ramais e caixas) dentro do contrato do

lote I da obra de esgotamento sanitário de Natal/RN, que possui escopo semelhante à obra de

Parnamirim.

4 São pequenos blocos de códigos de programação. Adicionam funcionalidade e opções inexistentes no

software aplicado, ajudando os usuários a realizar tarefas e alterações mais rápidas dentro do seu fluxo de trabalho

normal.

** 007 ** ORÇAMENTO PARCIAL Nº 7 SUB-BACIA 07A - (SERVIÇO)0701 REDE COLETORA

2.150.773,23

0702 ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DE ESGOTO

243.798,65

0703 EMISSÁRIOS

58.072,60

0704 LIGAÇÕES PREDIAIS

1.750.545,54

0705 LIGAÇÕES INTRADOMICILIARES

31.514,63

4.234.704,65

QNTD VALORES

TOTAL

ITEM DISCRIMINAÇÃO DOS SERVIÇOS UNIDADEPREÇO

UNITARIO

Tabela 3. 1 - Planilha orçamentária para a sub-bacia 7A

15

a) Redes/ramais

Em posse do valor de execução de serviços de rede e ramal, e do comprimento total de

rede em cada sub-bacia – determinado na 1ª etapa – foi possível encontrar um índice em R$/m

para que, com isso, o valor por evento fosse estabelecido. Assim, para melhor entendimento,

exemplificou-se a seguir o cálculo utilizado para a sub-bacia 7A, identificada na figura 3.2.

REDE – R$ 2.577.178,72

LIGAÇÕES – R$ 1.956.545,33

As percentagens de 56% do valor de ligações para a execução de ramais e 44% para a

execução de caixas, presentes na tabela 3.2, foram fornecidas pela A Gaspar S.A., como

esclarecido anteriormente. Desse modo, fez-se:

Valores retirados da planilha

orçamentária (tabela 3.1)

TOTAL

2.577.178,72R$

RAMAL

56%

CAIXA

44%

31.514,63R$

110.591,59R$

422.736,61R$ ELEVATÓRIAS

1.956.545,33R$ 860.879,95R$

EMISSÁRIOS

REDE

LIGAÇÕES 1.095.665,38R$

SERVIÇO

LIGAÇÕES INTRADOMICILIARES

Fonte: GAO (2018)

Tabela 3. 2 - Dados financeiros da sub-bacia 7A

** 025 ** ORÇAMENTO PARCIAL Nº 6 SUB-BACIA 07A - (MATERIAL)0601 REDE COLETORA BÁSICA DE ESGOTOS - MATERIAIS

426.405,49

0602 EMISSÁRIO EMI-07A - MATERIAIS

52.518,99

0603 ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DE ESGOTO EEB-07A - MATERIAIS

89.687,36

0604 ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DE ESGOTO EEB-07A - EQUIPAMENTOS

89.250,60

0805 LIGAÇÕES DOMICILIARES - MATERIAIS

205.999,79

863.862,23TOTAL

Fonte: adaptado de GON (2018)

16

- RAMAL

56% × 2.557.178,72 = 𝑅$ 1.095.665,38

- CAIXA

44% × 1.956.545,33 = 𝑅$ 860.879,95

Para chegar ao índice, efetuou-se:

Í𝑁𝐷𝐼𝐶𝐸 (𝑅$/𝑚) =𝑅$𝑅𝐸𝐷𝐸 + 𝑅$𝑅𝐴𝑀𝐴𝐿

𝐶𝑂𝑀𝑃𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙

Sendo o 𝐶𝑂𝑀𝑃𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 a soma dos comprimentos de rede de cada evento da sub-bacia,

como traz a tabela abaixo.

𝐶𝑂𝑀𝑃𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝐶𝑂𝑀𝑃𝐸1 + 𝐶𝑂𝑀𝑃𝐸2 + 𝐶𝑂𝑀𝑃𝐸3

𝐶𝑂𝑀𝑃𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 4777,75 + 4323,15 + 5199,25 = 14300,15 𝑚

Logo,

Í𝑁𝐷𝐼𝐶𝐸𝑆𝐵−7𝐴 =2.557.178,72 + 1.095.665,38

14300,15 = 256,84 𝑅$/𝑚

Finalmente, para encontrar o valor de cada evento da sub-bacia, fez-se:

𝑉𝐴𝐿𝑂𝑅 = Í𝑁𝐷𝐼𝐶𝐸 × 𝐶𝑂𝑀𝑃𝑒𝑣𝑒𝑛𝑡𝑜

COMP. REDE

(m)

1 4777,75

2 4323,15

3 5199,25

SUB-BACIA EVENTO

7A

Fonte: adaptado de GAO (2018)

Tabela 3. 3 - Comprimento de rede da sub-

bacia 7A

17

- P/ EVENTO 1

𝑉𝐴𝐿𝑂𝑅𝐸1 = 256,84 × 4777,75 = 𝑅$ 1.227.115,16

Os demais resultados estão apresentados na tabela a seguir.

b) Caixas

Para elaborar o índice referente às caixas, se fez necessário, além de estabelecer o

montante financeiro referente a esse serviço, pegar o quantitativo das caixas a serem executadas

pela empresa. Foram definidos dois índices:

1º - Índice (UND/m)

Da planilha orçamentária, retirou-se:

Í𝑁𝐷𝐼𝐶𝐸 (𝑈𝑁𝐷/𝑚) =𝑇𝑂𝑇𝐴𝐿𝑈𝑁𝐷

𝐶𝑂𝑀𝑃𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙

Í𝑁𝐷𝐼𝐶𝐸 =2651

14300,15= 0,19 𝑈𝑁𝐷/𝑚

2º - Índice (R$/UND)

SUB-BACIA EVENTO VALOR

1 1.227.115,16R$

2 1.110.355,90R$

3 1.335.373,04R$

7A

Fonte: adaptado de GAO (2018)

Tabela 3. 4 - Valores dos eventos de rede/ramal

da sub-bacia 7A

TIPO DE RUA UND

RUAS COM CALÇADA 2468

RUAS SEM CALÇADA 183

TOTAL 2651

Tabela 3. 5 - Quantidade de

caixas na sub-bacia 7A

Fonte: adaptado de GAO (2018)

18

Em posse do valor total para esse serviço (execução de caixas), na sub-bacia 7A,

calculado no item 3.2.2 a), fez-se:

Í𝑁𝐷𝐼𝐶𝐸 (𝑅$/𝑈𝑁𝐷) =𝑅$𝐶𝐴𝐼𝑋𝐴𝑆

𝑇𝑂𝑇𝐴𝐿𝑈𝑁𝐷

Í𝑁𝐷𝐼𝐶𝐸 =860.879,95

2651= 324,74 𝑅$/𝑈𝑁𝐷

A partir dos índices obtidos, foi possível calcular o valor de cada evento da sub-bacia

7A. Para tanto, fez-se:

𝑉𝐴𝐿𝑂𝑅 = Í𝑁𝐷𝐼𝐶𝐸(𝑈𝑁𝐷/𝑚) × Í𝑁𝐷𝐼𝐶𝐸 (𝑅$/𝑈𝑁𝐷) × 𝐶𝑂𝑀𝑃𝑒𝑣𝑒𝑛𝑡𝑜

P/ EVENTO 1:

𝑉𝐴𝐿𝑂𝑅𝐸1 = 0,19 × 324,74 × 4777,75 = 𝑅$ 287.624,20

Os demais resultados estão apresentados na tabela abaixo.

c) Emissários

O cálculo do índice para emissários foi bastante semelhante ao cálculo do índice para

rede/ramal. Considerou-se o valor referente a esses serviços, baseados na planilha orçamentária,

e dividiu-se pelo comprimento total de emissários naquela sub-bacia. Dessa forma, conhecendo

os comprimentos de emissário presentes em cada evento da sub-bacia (tabela 3.7), e sabendo

que se têm reservado R$ 110.591,59 - como exposto na tabela 3.2 - fez-se:

Í𝑁𝐷𝐼𝐶𝐸 (𝑅$/𝑚) =𝑅$𝐸𝑀𝐼𝑆𝑆Á𝑅𝐼𝑂𝑆

𝐶𝑂𝑀𝑃𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙

SUB-BACIA EVENTO VALOR

1 287.624,20R$

2 260.256,93R$

3 312.998,82R$

7A

Fonte: GAO (2018)

Tabela 3. 6 - Valores dos eventos de caixas

da sub-bacia 7A

19

Í𝑁𝐷𝐼𝐶𝐸 =110.591,59

517,41= 213,74 𝑅$/𝑚

Assim,

𝑉𝐴𝐿𝑂𝑅 = Í𝑁𝐷𝐼𝐶𝐸 × 𝐶𝑂𝑀𝑃𝑒𝑣𝑒𝑛𝑡𝑜

𝑉𝐴𝐿𝑂𝑅𝐸1 = 213,71 × 517,41 = 𝑅$ 110.591,59

3.2.3 Estações elevatórias de esgoto

No caso das estações elevatórias de esgoto (EEE), tratou-se como um evento cada tópico

de serviço, descrito na planilha orçamentária licitada – para cada uma das sub-bacias, sendo

cada um deles, também, uma meta executiva. Assim, para fazer a composição do preço de cada

evento, considerou-se o preço relacionado aos serviços, materiais e equipamentos que seriam

utilizados, de maneira que o valor final resultou na soma desses três. Exemplificou-se a seguir

a disposição final para a sub-bacia 7A, lembrando que o mesmo procedimento foi realizado

igualmente para as estações elevatórias de todas as sub-bacias.

COMP. EMISSÁRIO

(m)

1 517,41

2

3

SUB-BACIA EVENTO

7A

Fonte: adaptado de GAO (2018)

Tabela 3. 7 - Comprimento de emissário da

sub-bacia 7A

EVENTO COMPOSIÇÃO DESCRIÇÃO R$ SERVIÇO R$ MATERIAL R$ EQUIP. TOTAL

1 SER SERVIÇOS PRELIMINARES 3.571,55R$ 3.571,55R$

2 SER TRABALHOS EM TERRA 30.128,24R$ 30.128,24R$

3 SER FUNDAÇÕES 4.805,15R$ 4.805,15R$

4 SER ESTRUTURAS 42.431,47R$ 42.431,47R$

5 SER ALVENARIA 17.490,77R$ 17.490,77R$

6 SER REVESTIMENTO 25.419,24R$ 25.419,24R$

7 SER PAVIMENTAÇÃO 14.254,08R$ 14.254,08R$

8 SER+MAT DIVERSOS 11.997,60R$ 3.675,46R$ 15.673,06R$

9 SER ESQUADRIAS 10.529,73R$ 10.529,73R$

10 SER PINTURAS 727,25R$ 727,25R$

11 SER+MAT TUBOS, CAIXAS E POÇOS 8.339,40R$ 86.011,90R$ 94.351,30R$

12 SER INSTALAÇÕES ELETROMECÂNICAS 349,92R$ 349,92R$

13 SER COBERTURA 6.472,65R$ 6.472,65R$

14 SER ILUMINAÇÃO INTERNA 2.648,84R$ 2.648,84R$

15 SER ILUMINAÇÃO EXTERNA 5.399,85R$ 5.399,85R$

16 SER TOMADAS DE USO GERAL - TUGS 420,01R$ 420,01R$

17 SERCONEXÃO COM A REDE, QUADRO

GERAL DE BAIXA TENSÃO R$ 5.785,36 R$ 5.785,36

18 SER CENTRO DE COMANDO DE MOTORES 40.652,99R$ 40.652,99R$

19 SER ATERRAMENTO 7.973,08R$ 7.973,08R$

20 SERSISTEMA DE PROTEÇÃO DE

DESCARGAS ATMOSFÉRICAS - SPDA R$ 2.859,77 R$ 2.859,77

21 SER PEÇAS SANITÁRIAS 335,32R$ 335,32R$

22 SER INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS 849,19R$ 849,19R$

23 SER INSTALAÇÕES SANITÁRIAS 357,19R$ 357,19R$

24 EQUI EQUIPAMENTOS MECÂNICOS 52.143,60R$ 52.143,60R$

25 EQUI EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS 37.107,00R$ 37.107,00R$

Tabela 3. 8 - Valores dos eventos da estação elevatória de esgoto da sub-bacia 7A

20

3.2.4 Ligações intradomiciliares e serviços diversos

Na determinação do preço de cada evento referente a ligações intradomiciliares,

simplesmente considerou-se o valor referente à execução desse serviço em cada sub-bacia,

atribuindo para cada uma delas um evento, como mostra a tabela 3.9.

Já quanto ao item correspondente aos serviços diversos, considerou-se como um evento

único e independente, sendo então desvinculado das outras formas de divisão de eventos. Logo,

para compor o preço desse evento tomou-se o preço definido na planilha orçamentária, como

se observa na tabela 3.10.

EVENTO DESCRIÇÃO VALOR

1 LIGAÇÕES INTRADOMICILIARES (SUB-BACIA 1) 13.031,20R$

2 LIGAÇÕES INTRADOMICILIARES (SUB-BACIA 2+2A) 8.358,58R$

3 LIGAÇÕES INTRADOMICILIARES (SUB-BACIA 2B) 18.985,00R$

4 LIGAÇÕES INTRADOMICILIARES (SUB-BACIA 4) 31.187,00R$

5 LIGAÇÕES INTRADOMICILIARES (SUB-BACIA 6) 33.191,20R$

6 LIGAÇÕES INTRADOMICILIARES (SUB-BACIA 7A) 31.514,63R$

7 LIGAÇÕES INTRADOMICILIARES (SUB-BACIA 10+11) 26.234,40R$

8 LIGAÇÕES INTRADOMICILIARES (SUB-BACIA 10A) 43.977,06R$

9 LIGAÇÕES INTRADOMICILIARES (SUB-BACIA 10B) 95.259,90R$

10 LIGAÇÕES INTRADOMICILIARES (SUB-BACIA 11A) 32.417,62R$

11 LIGAÇÕES INTRADOMICILIARES (SUB-BACIA 12) 28.701,70R$

12 LIGAÇÕES INTRADOMICILIARES (SUB-BACIA 15) 34.604,50R$

13 LIGAÇÕES INTRADOMICILIARES (SUB-BACIA 16) 1.242,15R$

Fonte: GAO (2018)

Tabela 3. 9 - Eventos precificados de ligações intradomiciliares

Fonte: GAO (2018)

EVENTO COMPOSIÇÃO DESCRIÇÃO R$ SERVIÇO R$ MATERIAL R$ EQUIP. TOTAL

1 SER SERVIÇOS PRELIMINARES 3.571,55R$ 3.571,55R$

2 SER TRABALHOS EM TERRA 30.128,24R$ 30.128,24R$

3 SER FUNDAÇÕES 4.805,15R$ 4.805,15R$

4 SER ESTRUTURAS 42.431,47R$ 42.431,47R$

5 SER ALVENARIA 17.490,77R$ 17.490,77R$

6 SER REVESTIMENTO 25.419,24R$ 25.419,24R$

7 SER PAVIMENTAÇÃO 14.254,08R$ 14.254,08R$

8 SER+MAT DIVERSOS 11.997,60R$ 3.675,46R$ 15.673,06R$

9 SER ESQUADRIAS 10.529,73R$ 10.529,73R$

10 SER PINTURAS 727,25R$ 727,25R$

11 SER+MAT TUBOS, CAIXAS E POÇOS 8.339,40R$ 86.011,90R$ 94.351,30R$

12 SER INSTALAÇÕES ELETROMECÂNICAS 349,92R$ 349,92R$

13 SER COBERTURA 6.472,65R$ 6.472,65R$

14 SER ILUMINAÇÃO INTERNA 2.648,84R$ 2.648,84R$

15 SER ILUMINAÇÃO EXTERNA 5.399,85R$ 5.399,85R$

16 SER TOMADAS DE USO GERAL - TUGS 420,01R$ 420,01R$

17 SERCONEXÃO COM A REDE, QUADRO

GERAL DE BAIXA TENSÃO R$ 5.785,36 R$ 5.785,36

18 SER CENTRO DE COMANDO DE MOTORES 40.652,99R$ 40.652,99R$

19 SER ATERRAMENTO 7.973,08R$ 7.973,08R$

20 SERSISTEMA DE PROTEÇÃO DE

DESCARGAS ATMOSFÉRICAS - SPDA R$ 2.859,77 R$ 2.859,77

21 SER PEÇAS SANITÁRIAS 335,32R$ 335,32R$

22 SER INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS 849,19R$ 849,19R$

23 SER INSTALAÇÕES SANITÁRIAS 357,19R$ 357,19R$

24 EQUI EQUIPAMENTOS MECÂNICOS 52.143,60R$ 52.143,60R$

25 EQUI EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS 37.107,00R$ 37.107,00R$

21

3.2.5 Administração

Quanto à administração da obra, optou-se por distribuí-la no decorrer das medições. Isso

porque será calculado um percentual - do executado naquele boletim - em cima do valor total

da obra. Assim, em posse desse percentual pode-se encontrar um valor de administração

condizente com a programação executiva e financeira. À título de exemplo, tem-se:

Valor medido no período: 𝑋 Valor total da obra (sem administração): 𝑌

Assim,

% =𝑋

𝑌

𝑉𝐴𝐿𝑂𝑅 = % × 𝑍

Sendo 𝑍 o valor total da administração da obra

3.2.6 Cronograma físico-financeiro

O cronograma físico-financeiro foi elaborado tendo como base dois critérios. O primeiro

tem como referência o planejamento financeiro da empresa, enquanto o segundo está

relacionado com a sequência executiva dos eventos previamente criados (tabela 3.11). Assim,

buscou-se encontrar um equilíbrio para atender ambos interesses.

O dilema presente nesse tópico foi o fato da empresa contratada ter fragmentado a

execução de um pacote de serviços que, para a CAERN, devem ser pagos em sua totalidade

após ser aferida a sua conclusão, como é o caso do evento de ligações intradomiciliares. Dessa

forma, foi possível observar uma certa diferença nos valores finais previstos para determinado

mês.

EVENTO DESCRIÇÃO VALOR

1 SERVIÇOS DIVERSOS 71.660,20R$

Fonte: GAO (2018)

Tabela 3. 10 - Evento precificado dos serviços diversos

22

3.2.7 Dicionário de eventos

Ademais, é importante ressaltar que foi elaborado, paralelamente, um dicionário que

discorre sobre as orientações para a realização dos eventos previstos no cronograma de

execução. Para montá-lo, tomou-se como base os sub-itens da planilha orçamentária, que

traziam os serviços que compõem o macroitem da planilha, como exemplificado na tabela

abaixo.

SUB-BACIA SEQUÊNCIA DE EXECUÇÃO DOS EVENTOS

1 1 - 2 - 3 - 4 - 6 - 5

1 - 2 - 3 - 5 - 4 - 6 - 7 -10 - 8 - 9 - 14 - 11 - 12 - 13

- 15 - 16 - 17 - 18 - 19 - 22 - 20 - 23 - 24 - 21

2B 1 - 2 - 3 - 4 - 5 - 6

4 2 - 4 - 5 - 6 - 7 - 1 - 3

6 1 - 2 - 4 - 3

7A 2 - 3 - 1

8 1

9 1 - 5 - 4 - 2 - 3

10+11 1 - 2 - 3 - 6 - 5 - 4 - 7 - 10 - 8 - 9

10A 1

10B 1

11A 1

12 1 - 2 - 3 - 4

13 1

14 1 - 2 - 3

15 1 - 2 - 3 - 4 - 6 - 5

16 1

17 2 - 4 - 1 - 5 - 6 - 8 - 7 - 3

2+2A

SUB-BACIA SEQUÊNCIA DE EXECUÇÃO DOS EVENTOS

1 4 - 5

2+2A -

2B 6

4 7 - 6

6 3 - 4

7A 1

8 1

9 3 - 2 - 1

10+11 1 - 2 - 4 - 8 - 9 - 10

10A 1

10B 1

11A 1

12 4 - 3 - 1

13 1

14 1

15 5 - 3 - 6

16 1

17 3 - 2

(a) rede (b) emissários

Tabela 3. 11 - Cronograma de execução dos eventos de (a) rede (b) emissários

Fonte: GAO (2018)

Tabela 3. 12 - Planilha orçamentária detalhada com os serviços de ligações prediais da sub-

bacia 7A

0704 LIGAÇÕES PREDIAIS070401 DEMOLIÇÃO

07040101 DEMOLICAO DE PAVIMENTACAO ASFALTICA, EXCLUSIVE TRANSPORTE

DO MATERIAL RETIRADO - SINAPI(RN): 72949 (MAR/14)M3 19,86 53,55 1.063,50

07040102 RETIRADA DE PAVIMENTAÇÃO PARALELEPÍPEDO - COMPOSIÇÃO

(MAR/14)M2 4,80 6.566,00 31.516,80

07040103 CARGA MANUAL DE ENTULHO EM CAMINHAO BASCULANTE 6 M3 -

SINAPI(RN):72897(MAR/14) M3 17,05 53,55 913,03

07040104

TRANSPORTE LOCAL COM CAMINHAO BASCULANTE 6 M3,

RODOVIA PAVIMENTADA ( PARA DISTANCIAS SUPERIORES A 4 KM ) -

SINAPI(RN):72881(MAR/14)

M3XKM 1,28 535,50 685,44

34.178,77

** 007 ** ORÇAMENTO PARCIAL Nº 7 SUB-BACIA 07A - (SERVIÇO)

QNTD VALORESITEM DISCRIMINAÇÃO DOS SERVIÇOS UNIDADEPREÇO

UNITARIO

23

O dicionário desenvolvido será exposto no Capítulo 4 – Resultados.

3.2.8 Planilha de medição

Por fim, desenvolveu-se um modelo de planilha de medição a ser seguido para o

adequado controle financeiro da obra, baseado em eventos.

070402 LIGAÇÃO

07040201

LIGAÇÃO CONVENCIONAL DE ESGOTO EM RUAS SEM PAVIMENTAÇÃO,

COM CALÇADA, INCLUSIVE CAIXA EM CONCRETO PRE MOLDADO

DN=600MM E 950MM DE ALTURA, COM TAMPA EM CONCRETO

ARMADO - COMPOSIÇÃO (MAR/14)

UN 572,65 2.468,00 1.413.300,20

07040202

LIGAÇÃO CONVENCIONAL DE ESGOTO EM RUAS SEM PAVIMENTAÇÃO,

SEM CALÇADA, INCLUSIVE CAIXA EM CONCRETO PRE MOLDADO

DN=600MM E 950MM DE ALTURA, COM TAMPA EM CONCRETO

ARMADO - COMPOSIÇÃO (MAR/14)

UN 429,80 183,00 78.653,40

1.491.953,60070403 RECOMPOSIÇÃO

07040301

REASSENTAMENTO DE PARALELEPIPEDO SOBRE COLCHAO DE PO DE

PEDRA ESPESSURA 10CM, REJUNTADO COM ARGAMASSA TRACO

1:3 (CIMENTO E AREIA), CONSIDERANDO APROVEITAMENTO DO

PARALELEPIPEDO - COMPOSIÇÃO (MAR/14)

M2 29,21 6.566,00 191.792,86

07040302

FABRICAÇÃO E APLICAÇÃO DE CONCRETO BETUMINOSO USINADO A

QUENTE(CBUQ),CAP 50/70, EXCLUSIVE TRANSPORTE -

SINAPI(RN):72965(MAR/14)

T 249,44 128,52 32.058,03

07040303 TRANSPORTE LOCAL DE MASSA ASFALTICA - PAVIMENTACAO URBANA -

SINAPI(RN):83357(MAR/14) M3XKM 1,05 535,50 562,28

224.413,17

1.750.545,54

Fonte: adaptado de GON (2018)

24

4. RESULTADOS

Os resultados apresentados a seguir a respeito da divisão das sub-bacias em eventos e

do estudo de índices se limitaram apenas à sub-bacia 7A. No entanto, ressalta-se que o mesmo

trabalho foi feito para as demais sub-bacias do contrato.

4.1 Planta com eventos

4.2 Precificação dos eventos

Ademais, tem-se abaixo o modelo de planilha com o estudo completo de índices

referentes aos serviços de rede/ramal, caixas e emissários. Deve-se, portanto, aplica-lo para

todas as demais sub-bacias.

INSERIR ESTUDO DE ÍNDICE

4.3 Cronograma

Por fim, tem-se um cronograma físico-financeiro

INSERIR CRONOGRAMA

4.2 Precificação dos eventos

Figura 4. 1 - Sub-bacia 7A dividida em eventos

Fonte: GAO (2018)

Fonte: GAO (2018)

COMP. REDE

(m) ÍNDICE (R$/m) VALOR ÍNDICE (UND/m) ÍNDICE (R$/UND) VALOR

1 4777,75 256,84 1.227.115,16R$ 0,19 324,74 287.624,20R$

2 4323,15 256,84 1.110.355,90R$ 0,19 324,74 260.256,93R$

3 5199,25 256,84 1.335.373,04R$ 0,19 324,74 312.998,82R$

SUBTOTAL 14300,15 m SUBTOTAL 3.672.844,10R$ SUBTOTAL 860.879,95R$

CAIXASREDE/RAMALSUB-BACIA EVENTO

7A

Tabela 4. 1 - Estudo de índice rede/ramal e caixas

25

4.3 Planilha de medição

COMP. EMISSÁRIO

(m) ÍNDICE (R$/m) VALOR

1 517,41 213,74 110.591,59R$

2 213,74 -R$

3 213,74 -R$

SUBTOTAL 517,41 m SUBTOTAL 110.591,59R$

EMISSÁRIOSSUB-BACIA EVENTO

7A

Tabela 4. 2 - Estudo de índice emissários

Fonte: GAO (2018)

Tabela 4. 3 - Modelo da planilha de medição

VALOR PREVISTO

PERÍODO:

- ADMINISTRAÇÃO DA OBRA 2.809.641,36R$ 1,01%

1 SERVIÇOS DIVERSOS 71.660,20R$ 100,00%

1.1 EVENTO 1 71.660,20R$

2 REDE/RAMAL 115.186.799,17R$ 0,96%

2.6 SUB-BACIA 7A 3.672.844,10R$ 30,23%

2.6.1 EVENTO 1 1.227.115,16R$

2.6.2 EVENTO 2 1.110.355,90R$

2.6.3 EVENTO 3 1.335.373,04R$

3 CAIXAS 14.262.573,63R$ 1,82%

3.6 SUB-BACIA 7A 860.879,95R$ 30,23%

3.6.1 EVENTO 1 287.624,20R$

3.6.2 EVENTO 2 260.256,93R$

3.6.3 EVENTO 3 312.998,82R$

4 LIGAÇÕES INTRADOMICILIARES 398.704,94R$ 7,90%

4.1 EVENTO 1 13.031,20R$

4.2 EVENTO 2 8.358,58R$

4.3 EVENTO 3 18.985,00R$

4.4 EVENTO 4 31.187,00R$

4.5 EVENTO 5 33.191,20R$

4.6 EVENTO 6 31.514,63R$

4.7 EVENTO 7 26.234,40R$

4.8 EVENTO 8 43.977,06R$

4.9 EVENTO 9 95.259,90R$

4.10 EVENTO 10 32.417,62R$

4.11 EVENTO 11 28.701,70R$

4.12 EVENTO 12 34.604,50R$

4.13 EVENTO 13 1.242,15R$

5 EMISSÁRIOS 18.834.178,37R$ 0,59%

5.5 SUB-BACIA 7A 110.591,59R$ 100,00%

5.5.1 EVENTO 1 110.591,59R$

5.5.2 EVENTO 2 -R$

5.5.3 EVENTO 3 -R$

DISCRIMINAÇÃO DOS SERVIÇOSITEM

71.660,20R$

71.660,20R$

28.410,48R$

1.110.355,90R$

163.304.004,31R$

BM 01 1.651.294,68R$

1.110.355,90R$

1.110.355,90R$

260.256,93R$

260.256,93R$

260.256,93R$

31.514,63R$

110.591,59R$

31.514,63R$

110.591,59R$

110.591,59R$

*

*

*

*

*

26

Nota-se, portanto, que ao completar um evento, o percentual da administração já é

calculado em cima do valor medido.

4.4 Dicionário de eventos

Como falado anteriormente, trouxe-se também o dicionário de eventos elaborado pelo

GAO.

4.4.1 Serviços diversos

O EVENTO 1, do item 1.1 – Serviços diversos, da planilha de medição, compreende a

instalação de placa de obra e barracões. Nestes últimos, já estão previstas as instalações

hidrossanitárias e elétricas.

Fonte: GAO (2018)

* Os eventos medidos são meramente ilustrativos.

6 ELEVATÓRIAS 11.740.446,64R$ 0,33%

6.5 SUB-BACIA 7A 422.736,61R$ 9,11%

6.5.1 EVENTO 1 3.571,55R$

6.5.2 EVENTO 2 30.128,24R$

6.5.3 EVENTO 3 4.805,15R$

6.5.4 EVENTO 4 42.431,47R$

6.5.5 EVENTO 5 17.490,77R$

6.5.6 EVENTO 6 25.419,24R$

6.5.7 EVENTO 7 14.254,08R$

6.5.8 EVENTO 8 15.673,06R$

6.5.9 EVENTO 9 10.529,73R$

6.5.10 EVENTO 10 727,25R$

6.5.11 EVENTO 11 94.351,30R$

6.5.12 EVENTO 12 349,92R$

6.5.13 EVENTO 13 6.472,65R$

6.5.14 EVENTO 14 2.648,84R$

6.5.15 EVENTO 15 5.399,85R$

6.5.16 EVENTO 16 420,01R$

6.5.17 EVENTO 17 5.785,36R$

6.5.18 EVENTO 18 40.652,99R$

6.5.19 EVENTO 19 7.973,08R$

6.5.20 EVENTO 20 2.859,77R$

6.5.21 EVENTO 21 335,32R$

6.5.22 EVENTO 22 849,19R$

6.5.23 EVENTO 23 357,19R$

6.5.24 EVENTO 24 52.143,60R$

6.5.25 EVENTO 25 37.107,00R$

38.504,94R$

3.571,55R$

30.128,24R$

4.805,15R$

38.504,94R$

*

27

4.4.2 Rede/Ramal

Todos os eventos que compreendem a execução de rede/ramal apresentam a mesma

composição de serviços para as diferentes sub-bacias.

Quanto às redes, tem-se:

- Serviços técnicos, que inclui a locação e o nivelamento das redes, além do cadastro

destas;

- Demolição de pavimentação asfáltica e retirada de pavimentação paralelepípedo, carga

manual de entulho e transporte local destes em caminhão basculante;

- Movimento de terra, que inclui (a) escavação manual de vala em material de primeira

categoria com escoramento, sendo a profundidade de tal escavação pré-determinada em projeto,

podendo ser alterada caso se comprove a necessidade desta medida; (b) escavação manual de

vala, a frio, em material de segunda categoria, moledo ou rocha composta, sendo a profundidade

de tal escavação pré-determinada em projeto, podendo ser alterada caso se comprove a

necessidade desta medida; (c) escavação em rocha branda a frio; (d) escavação mecânica de

vala com escoramento em material de primeira categoria sendo a profundidade de tal escavação

pré-determinada em projeto, podendo ser alterada caso se comprove a necessidade desta

medida; (e) escavação mecânica de vala em material de segunda categoria com utilização de

escavadeira hidráulica sendo a profundidade de tal escavação pré-determinada em projeto,

podendo ser alterada caso se comprove a necessidade desta medida; regularização e

compactação manual de terreno com soquete; (f) aterro manual com material de empréstimo;

reaterro de valas/cavas, compactada a maço; (g) reaterro manual com apiloamento mecânico;

(h) carga manual de entulho; (i) e transporte local destes em caminhão basculante. Vale salientar

que nem todos os serviços desta etapa serão realizados em um mesmo trecho, devendo-se

avaliar a necessidade de execução de cada serviço, conforme levantamento inicial de campo

pelo engenheiro fiscal;

- Escoramento e esgotamento, que inclui escoramento de valas contínuo, escoramento

de valas descontínuo e rebaixamento de lençol freático em valas;

- Rede Hidráulica, que inclui o assentamento de tubo PVC com junta elástica, em

diâmetro conforme previsto em projeto, poço de visita para rede de esgotamento sanitário, em

anéis de concreto, sendo a profundidade de tal poço pré-determinada, podendo ser alterada

apenas caso seja verificada a necessidade dessa medida e instalação de tampão de ferro fundido

nos poços;

28

- Recomposição da pavimentação, que inclui o reassentamento de paralelepípedo,

fabricação e aplicação de transporte betuminoso e transporte local de massa asfáltica. A

utilização de paralelepípedo ou massa asfáltica depende da condição inicial da via onde foi

executado o trecho de tubulação, e sua execução deve garantir a qualidade e a uniformidade

presentes na região antes da intervenção realizada pela obra;

- Sinalização, que inclui a sinalização de vias públicas com iluminação e sem

iluminação, além da sinalização com a reutilização de equipamentos de trechos anteriores.

No que se refere a ramais, as etapas consideradas serão:

- Demolição de pavimentação (...) vide subitem Quanto às redes.

- Ligação convencional de esgoto em ruas sem pavimentação, podendo estas apresentar

ou não calçadas nas vias;

- Recomposição da pavimentação (...) vide subitem Quanto às redes.

4.4.3 Caixas

Todos os eventos, em todas as sub-bacias, que compreendem a execução de caixas são

compostos pelas seguintes etapas:

- Demolição de pavimentação (...) vide item 4.4.2.

- Ligação convencional de esgoto em ruas sem pavimentação, podendo estas apresentar

ou não calçadas nas vias;

- Recomposição da pavimentação (...) vide item 4.4.2.

4.4.4 Emissários

Todos os eventos, em todas as sub-bacias, que preveem a execução de emissários,

apresentam as seguintes etapas:

- Serviços preliminares, que inclui a locação e o nivelamento dos emissários, além de

sondagem a trado;

- Demolição de pavimentação (...) vide 4.4.2.

- Trabalhos em terra (...) vide 4.4.2.

- Tubos, caixas e poços, que prevê o assentamento de tubo pvc, assentamento de tubo

corrugado e assentamento de tubos de ferro fundido, além de travessia para tubos usando o

método não destrutivo;

29

- Fundações, que inclui o preparo em betoneira de concreto não estrutural e concreto

com fck=15 MPa, além do lançamento/aplicação de concreto em fundações e concreto

estrutural de fck=25 MPa;

- Recomposição da pavimentação, que inclui o reassentamento de paralelepípedo,

fabricação e aplicação de transporte betuminoso e transporte local de massa asfáltica. A

utilização de paralelepípedo ou massa asfáltica depende da condição inicial da via onde foi

executado o trecho de tubulação, sendo as quantidades necessárias já determinadas em

levantamento inicial;

- Sinalização (...) vide 4.4.2.

- Serviços especiais, que compreende o cadastro das adutoras e o teste de estanqueidade

em redes de esgoto.

4.4.5 Ligações intradomiciliares

Cada evento previsto nesse tópico representa a execução dos serviços de ligações

intradomiciliares em determinada sub-bacia. Nesses serviços estão inclusos desde os trabalhos

em terra – como escavação e reaterro - ao fornecimento e assentamento de tubos e conexões.

Os demais serviços que compõem esse tópico serão especificados abaixo, de acordo com a

necessidade de execução em cada evento. Assim:

- EVENTO 1: Ligações intradomiciliares na Sub-bacia 1, com remoção manual de

entulho.

- EVENTO 2: Ligações intradomiciliares na Sub-bacia 2+2A, com fornecimento e

instalação de vaso sanitário e seus acessórios.

- EVENTO 3: Ligações intradomiciliares na Sub-bacia 2B, com remoção manual de

entulho, e fornecimento e instalação de vaso sanitário e seus acessórios.

- EVENTO 4: Ligações intradomiciliares na Sub-bacia 4, com remoção manual de

entulho, e fornecimento e instalação de vaso sanitário e seus acessórios.

- EVENTO 5: Ligações intradomiciliares na Sub-bacia 6, com remoção manual de

entulho.

- EVENTO 6: Ligações intradomiciliares na Sub-bacia 7A, com remoção manual de

entulho, e fornecimento e instalação de vaso sanitário e seus acessórios.

- EVENTO 7: Ligações intradomiciliares na Sub-bacia 10+11, com remoção manual de

entulho, e fornecimento e instalação de vaso sanitário e seus acessórios.

30

- EVENTO 8: Ligações intradomiciliares na Sub-bacia 10A, com remoção manual de

entulho, e fornecimento e instalação de vaso sanitário e seus acessórios.

- EVENTO 9: Ligações intradomiciliares na Sub-bacia 10B, com remoção manual de

entulho, fornecimento e instalação de vaso sanitário e seus acessórios, e demolição de alvenaria

e de piso de alta resistência.

- EVENTO 10: Ligações intradomiciliares na Sub-bacia 11A, com remoção manual de

entulho, e fornecimento e instalação de vaso sanitário e seus acessórios.

- EVENTO 11: Ligações intradomiciliares na Sub-bacia 12, com remoção manual de

entulho, fornecimento e instalação de vaso sanitário e seus acessórios, e caixa de descarga

plástica.

- EVENTO 12: Ligações intradomiciliares na Sub-bacia 15, com remoção manual de

entulho, e fornecimento e instalação de vaso sanitário e seus acessórios.

- EVENTO 13: Ligações intradomiciliares na Sub-bacia 16, com fornecimento e

instalação de vaso sanitário e seus acessórios.

4.4.6 Estações elevatórias

Os subitens desse tópico (6.1 a 6.17 da planilha de medição) compreendem, cada um,

os eventos para a execução da elevatória da sub-bacia especificada. Assim, tendo em vista que

as elevatórias possuem os serviços e os equipamentos padronizados, os eventos a seguir são

válidos para todas as sub-bacias.

- EVENTO 1: inclui-se os serviços preliminares, os quais se destacam: (i) a locação

convencional de obra, através de gabarito, sem aproveitamento; (ii) o desmatamento e limpeza

mecanizada de terreno com remoção de camada vegetal; (iii) e a sondagem a percussão para

reconhecimento do subsolo.

- EVENTO 2: trata-se dos trabalhos em terra, tais como escavação mecânica de campo

aberto e de valas, reaterro manual com apiloamento mecânico e carga manual com bota-fora de

material.

- EVENTO 3: relaciona-se com os serviços de fundações, incluindo o concreto não

estrutural, o lançamento/aplicação manual do concreto, o escoramento de valas contínuo e o

embasamento com pedra argamassada.

- EVENTO 4: tem-se o concreto armado para pilar, viga e laje (FCK=25MPA), inclusive

forma, escoramento e lançamento, para a execução da estrutura.

31

- EVENTO 5: serviços de alvenaria em tijolo cerâmico furado 10x20x20cm, ½ vez,

assentado em argamassa traço 1:2:8 (cimento, cal e areia).

- EVENTO 6: inclui-se os serviços de revestimento, os quais são chapisco e emboço

paulista.

- EVENTO 7: meio-fio de concreto pré-moldado, incluindo escavação e reaterro, além

da pavimentação em paralelepípedo sobre colchão de pó de pedra.

- EVENTO 8: serviços diversos como plantio de grama batatais em placas e sarjeta em

concreto. Ademais, incluem-se os materiais complementares como as grades de ferro, o cesto

de ferro, e as monovias com diferentes capacidades de carga.

- EVENTO 9: trata-se da execução/assentamento das esquadrias, tais como portão em

tela de arame galvanizado, cobogó de concreto, porta de madeira compensada lisa de uma e

duas folhas.

- EVENTO 10: pintura sobre superfície metálica e madeira.

- EVENTO 11: relaciona-se com os serviços e materiais para a execução/assentamento

de tubos, caixas e poços. Inclui-se tampa de piso; assentamento de tubos; concreto armado;

fornecimento e instalação de talha e troley manual; estrutura metálica em aço estrutural;

válvulas e comportas; curvas, reduções, tê, tubos, registro de gaveta, flanges e junta de

desmontagem.

- EVENTO 12: instalação de conjunto moto bomba submersível.

- EVENTO 13: estrutura de madeira para telhas cerâmicas e cobertura em telha cerâmica

tipo colonial.

- EVENTO 14: diz respeito à iluminação interna da elevatória, de modo a incluir

luminárias, caixa de passagem, disjuntores, interruptores, cabo de cobre isolado, eletrodutos e

extintor de CO2.

- EVENTO 15: envolve o fornecimento e a instalação de materiais para iluminação

externa, os quais incluem cabo de cobre isolado, poste de concreto duplo, relé fotoelétrico,

disjuntor termomagnético, caixa de inspeção em alvenaria, eletrodutos e envelope de concreto

para proteção de tubo enterrado.

- EVENTO 16: fornecimento e instalação de tomadas de uso geral (TUGS).

- EVENTO 17: serviços que envolvem a conexão com a rede e o quadro geral de baixa

tensão. Estão inclusos a subestação aérea com quadro de medição e proteção geral, disjuntores,

cabo de cobre para isolamento, quadro de distribuição de energia, envelope de concreto para

proteção de tubo enterrado, dispositivo de proteção contra surtos de tensão e eletrodutos.

32

- EVENTO 18: trata-se do centro de comandos de motores, que inclui fornecimento e

instalação de chave de boia automática, eletrodutos, cabos de cobre isolado, painéis elétricos e

disjuntores.

- EVENTO 19: fornecimento e instalação de cabo de cobre nu, haste copperweld, caixa

de inspeção em concreto pré-moldado, caixa de equalização em aço com barramento e solda

exotérmica, para compor o aterramento da elevatória.

É importante salientar que os eventos que têm necessidade de se elaborar teste de

estanqueidade das tubulações e do poço, teste de resistência do concreto e as built só serão

pagos após a comprovação desses serviços requisitados.

4.5 Cronograma físico-financeiro

Tabela 4. 4 - Cronograma físico-financeiro VALOR

163.304.004,31R$ 1.651.294,68 1,0%

- ADMINISTRAÇÃO DA OBRA 2.809.641,36R$ 28.410,48 1,0%

1 SERVIÇOS DIVERSOS 71.660,20R$ 71.660,20 100,0%

1.1 EVENTO 1 71.660,20R$

2 REDE/RAMAL 115.186.799,17R$ 1.110.355,90 1,0%

2.6 SUB-BACIA 7A 3.672.844,10R$ 1.110.355,90 30,2%

2.6.1 EVENTO 1 1.227.115,16R$

2.6.2 EVENTO 2 1.110.355,90R$

2.6.3 EVENTO 3 1.335.373,04R$

3 CAIXAS 14.262.573,63R$ 260.256,93 1,8%

3.6 SUB-BACIA 7A 860.879,95R$ 260.256,93 30,2%

3.6.1 EVENTO 1 287.624,20R$

3.6.2 EVENTO 2 260.256,93R$

3.6.3 EVENTO 3 312.998,82R$

4 LIGAÇÕES INTRADOMICILIARES 398.704,94R$ 31.514,63 7,9%

4.1 EVENTO 1 13.031,20R$

4.2 EVENTO 2 8.358,58R$

4.3 EVENTO 3 18.985,00R$

4.4 EVENTO 4 31.187,00R$

4.5 EVENTO 5 33.191,20R$

4.6 EVENTO 6 31.514,63R$

4.7 EVENTO 7 26.234,40R$

4.8 EVENTO 8 43.977,06R$

4.9 EVENTO 9 95.259,90R$

4.10 EVENTO 10 32.417,62R$

4.11 EVENTO 11 28.701,70R$

4.12 EVENTO 12 34.604,50R$

4.13 EVENTO 13 1.242,15R$

5 EMISSÁRIOS 18.834.178,37R$ 110.591,59 0,6%

5.5 SUB-BACIA 7A 110.591,59R$ 110.591,59 100,0%

5.5.1 EVENTO 1 110.591,59R$

5.5.2 EVENTO 2 -R$

5.5.3 EVENTO 3 -R$

6 ELEVATÓRIAS 11.740.446,64R$ 38.504,94 0,3%

6.5 SUB-BACIA 7A 422.736,61R$ 38.504,94 9,1%

6.5.1 EVENTO 1 3.571,55R$

6.5.2 EVENTO 2 30.128,24R$

6.5.3 EVENTO 3 4.805,15R$

ITEM DISCRIMINAÇÃO DOS SERVIÇOSMÊS 01 e 02

X

X

X

X

X

X

X

X

*

*

*

*

**

33

Fonte: GAO (2018)

* Os eventos trazidos nesse planejamento executivo são meramente ilustrativos;

** A designação “MÊS 01 e 02” se deu devido ao fato da primeira medição ter englobado os dois primeiros

meses;

*** O cronograma foi elaborado para todos os 24 meses de obra.

6 ELEVATÓRIAS 11.740.446,64R$ 38.504,94 0,3%

6.5 SUB-BACIA 7A 422.736,61R$ 38.504,94 9,1%

6.5.1 EVENTO 1 3.571,55R$

6.5.2 EVENTO 2 30.128,24R$

6.5.3 EVENTO 3 4.805,15R$

6.5.4 EVENTO 4 42.431,47R$

6.5.5 EVENTO 5 17.490,77R$

6.5.6 EVENTO 6 25.419,24R$

6.5.7 EVENTO 7 14.254,08R$

6.5.8 EVENTO 8 15.673,06R$

6.5.9 EVENTO 9 10.529,73R$

6.5.10 EVENTO 10 727,25R$

6.5.11 EVENTO 11 94.351,30R$

6.5.12 EVENTO 12 349,92R$

6.5.13 EVENTO 13 6.472,65R$

6.5.14 EVENTO 14 2.648,84R$

6.5.15 EVENTO 15 5.399,85R$

6.5.16 EVENTO 16 420,01R$

6.5.17 EVENTO 17 5.785,36R$

6.5.18 EVENTO 18 40.652,99R$

6.5.19 EVENTO 19 7.973,08R$

6.5.20 EVENTO 20 2.859,77R$

6.5.21 EVENTO 21 335,32R$

6.5.22 EVENTO 22 849,19R$

6.5.23 EVENTO 23 357,19R$

6.5.24 EVENTO 24 52.143,60R$

6.5.25 EVENTO 25 37.107,00R$

1.651.294,68 1,0%

X

X

X

MÊS 01 e 02PANORAMA DO ACUMULADO

5.5.1 EVENTO 1 110.591,59R$

5.5.2 EVENTO 2 -R$

5.5.3 EVENTO 3 -R$

X

***

*

VALOR

163.304.004,31R$ 1.651.294,68 1,0%

- ADMINISTRAÇÃO DA OBRA 2.809.641,36R$ 28.410,48 1,0%

1 SERVIÇOS DIVERSOS 71.660,20R$ 71.660,20 100,0%

1.1 EVENTO 1 71.660,20R$

2 REDE/RAMAL 115.186.799,17R$ 1.110.355,90 1,0%

2.6 SUB-BACIA 7A 3.672.844,10R$ 1.110.355,90 30,2%

2.6.1 EVENTO 1 1.227.115,16R$

2.6.2 EVENTO 2 1.110.355,90R$

2.6.3 EVENTO 3 1.335.373,04R$

3 CAIXAS 14.262.573,63R$ 260.256,93 1,8%

3.6 SUB-BACIA 7A 860.879,95R$ 260.256,93 30,2%

3.6.1 EVENTO 1 287.624,20R$

3.6.2 EVENTO 2 260.256,93R$

3.6.3 EVENTO 3 312.998,82R$

4 LIGAÇÕES INTRADOMICILIARES 398.704,94R$ 31.514,63 7,9%

4.1 EVENTO 1 13.031,20R$

4.2 EVENTO 2 8.358,58R$

4.3 EVENTO 3 18.985,00R$

4.4 EVENTO 4 31.187,00R$

4.5 EVENTO 5 33.191,20R$

4.6 EVENTO 6 31.514,63R$

4.7 EVENTO 7 26.234,40R$

4.8 EVENTO 8 43.977,06R$

4.9 EVENTO 9 95.259,90R$

4.10 EVENTO 10 32.417,62R$

4.11 EVENTO 11 28.701,70R$

4.12 EVENTO 12 34.604,50R$

4.13 EVENTO 13 1.242,15R$

5 EMISSÁRIOS 18.834.178,37R$ 110.591,59 0,6%

5.5 SUB-BACIA 7A 110.591,59R$ 110.591,59 100,0%

5.5.1 EVENTO 1 110.591,59R$

5.5.2 EVENTO 2 -R$

5.5.3 EVENTO 3 -R$

6 ELEVATÓRIAS 11.740.446,64R$ 38.504,94 0,3%

6.5 SUB-BACIA 7A 422.736,61R$ 38.504,94 9,1%

6.5.1 EVENTO 1 3.571,55R$

6.5.2 EVENTO 2 30.128,24R$

6.5.3 EVENTO 3 4.805,15R$

ITEM DISCRIMINAÇÃO DOS SERVIÇOSMÊS 01 e 02

X

X

X

X

X

X

X

X

*

34

5. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Apesar de recente, a implantação dessa metodologia já trouxe uma indagação a ser

discutida. Isso porque, dentro de alguns eventos, existiam situações em que não se fazia possível

a realização da obra não por causa da indisposição de execução da empreiteira, mas,

basicamente, pela necessidade de autorização de entrada em loteamentos e de interdição de vias

com o atestado da SESDEM (Secretaria Municipal de Segurança, Defesa Social e Mobilidade

Urbana).

Na ocorrência de trechos de rede localizados em ruas fechadas sem CNPJ, ou seja,

fechada pelos próprios moradores sob o discurso de segurança, a CAERN, como órgão

fiscalizador, permite a entrada e a realização da obra de implantação normalmente. Já com

relação aos condomínios, a CAERN é orientada a não permitir a execução naquele espaço. No

entanto, nos casos em que esses possuem a autorização da prefeitura municipal e permitem a

entrada da obra no loteamento, a Companhia autoriza a execução.

No tocante à interdição de vias, muitas vezes a solicitação é feita e não é atendida à

tempo do fechamento de medição. Com isso, as metas executivas não seriam atendidas e,

portanto, aquele determinado evento não seria pago. Logo, buscando encontrar um equilíbrio

para que nenhuma das partes do contrato saísse prejudicada, optou-se por substituir as metas

executivas por metas físicas. O que antes era evento, passou-se a chamar, agora, de área.

Figura 5. 1 - Sub-bacia 7A dividida em áreas

Fonte: GAO (2018)

35

Logo, para não perder todo o trabalho desenvolvido com as planilhas, permaneceu-se o

conceito de evento apenas para orientar o quantitativo a ser atendido para receber a medição.

De início, considerou-se que se certo evento possui 5 km de rede e na área – antes vinculada a

esse evento – ocorre algumas das situações mencionadas acima, a empreiteira terá que executar

os mesmos 5 km de rede, podendo entrar em outra área próxima àquela para atender a meta

física estabelecida.

Se fez necessário, portanto, inserir uma coluna com os quantitativos previstos para cada

evento na planilha de medição (tabela 5.1) e no cronograma.

VALOR PREVISTO BM 01

PERÍODO:

- ADMINISTRAÇÃO DA OBRA 2.809.641,36R$ 0,00%

1 SERVIÇOS DIVERSOS 71.660,20R$ 0,00%

1.1 EVENTO 1 - 71.660,20R$

2 REDE/RAMAL (m) 115.186.799,17R$ 0,00%

2.6 SUB-BACIA 7A 14300,15 3.672.844,10R$ 0,00%

2.6.1 EVENTO 1 4777,75 1.227.115,16R$

2.6.2 EVENTO 2 4323,15 1.110.355,90R$

2.6.3 EVENTO 3 5199,25 1.335.373,04R$

3 CAIXAS (UND) 14.262.573,63R$ 0,00%

3.6 SUB-BACIA 7A 2651 860.879,95R$ 0,00%

3.6.1 EVENTO 1 886 287.624,20R$

3.6.2 EVENTO 2 801 260.256,93R$

3.6.3 EVENTO 3 964 312.998,82R$

4 LIGAÇÕES INTRADOMICILIARES 398.704,94R$ 0,00%

4.1 EVENTO 1 13.031,20R$

4.2 EVENTO 2 8.358,58R$

4.3 EVENTO 3 18.985,00R$

4.4 EVENTO 4 31.187,00R$

4.5 EVENTO 5 33.191,20R$

4.6 EVENTO 6 31.514,63R$

4.7 EVENTO 7 26.234,40R$

4.8 EVENTO 8 43.977,06R$

4.9 EVENTO 9 95.259,90R$

4.10 EVENTO 10 32.417,62R$

4.11 EVENTO 11 28.701,70R$

4.12 EVENTO 12 34.604,50R$

4.13 EVENTO 13 1.242,15R$

-R$

-R$

-R$

-R$

DISCRIMINAÇÃO DOS SERVIÇOSITEM

-R$

-R$

-R$

163.304.004,31R$

-R$ QUANTIDADE

PREVISTA

Tabela 5. 1 - Planilha de medição adaptada

5 EMISSÁRIOS (m) 18.834.178,37R$ 0,00%

5.5 SUB-BACIA 7A 517,41 110.591,59R$ 0,00%

5.5.1 EVENTO 1 517,41 110.591,59R$

-R$

-R$ 5 EMISSÁRIOS (m) 18.834.178,37R$ 0,00%

5.5 SUB-BACIA 7A 517,41 110.591,59R$ 0,00%

5.5.1 EVENTO 1 517,41 110.591,59R$

5.5.2 EVENTO 2 0 -R$

5.5.3 EVENTO 3 0 -R$

6 ELEVATÓRIAS 11.740.446,64R$ 0,00%

6.5 SUB-BACIA 7A 422.736,61R$ 0,00%

6.5.1 EVENTO 1 3.571,55R$

6.5.2 EVENTO 2 30.128,24R$

6.5.3 EVENTO 3 4.805,15R$

6.5.4 EVENTO 4 42.431,47R$

6.5.5 EVENTO 5 17.490,77R$

6.5.6 EVENTO 6 25.419,24R$

6.5.7 EVENTO 7 14.254,08R$

6.5.8 EVENTO 8 15.673,06R$

6.5.9 EVENTO 9 10.529,73R$

6.5.10 EVENTO 10 727,25R$

6.5.11 EVENTO 11 94.351,30R$

6.5.12 EVENTO 12 349,92R$

6.5.13 EVENTO 13 6.472,65R$

6.5.14 EVENTO 14 2.648,84R$

6.5.15 EVENTO 15 5.399,85R$

6.5.16 EVENTO 16 420,01R$

6.5.17 EVENTO 17 5.785,36R$

6.5.18 EVENTO 18 40.652,99R$

6.5.19 EVENTO 19 7.973,08R$

6.5.20 EVENTO 20 2.859,77R$

6.5.21 EVENTO 21 335,32R$

6.5.22 EVENTO 22 849,19R$

6.5.23 EVENTO 23 357,19R$

6.5.24 EVENTO 24 52.143,60R$

6.5.25 EVENTO 25 37.107,00R$

-R$

-R$

-R$

-R$

36

No entanto, percebeu-se a dificuldade que seria para justificar à CAIXA a entrada em

uma área próxima que englobasse outra sub-bacia, visto que existiria índices diferentes num

mesmo evento. Desse modo, optou-se por realizar, nesses casos, uma revisão de eventos,

reprogramando aqueles que, por algum motivo, não puderam ser executados.

Em linhas gerais, é importante observar que a divisão das sub-bacias em áreas propiciou

que os serviços continuassem sendo executados na ordem previamente estabelecida, de modo

a impossibilitar que a empreiteira optasse sempre por executar os serviços “mais leves” – como

redes rasas – e, posteriormente, rompesse o contrato.

Ademais, outro ponto que chamou atenção no decorrer da execução foi a existência de

um único evento em sub-bacias pequenas. Isso porque os trechos profundos podem demorar

cerca de dois meses para serem executados em sua totalidade. Com isso, a medição daquela

sub-bacia ficaria presa durante todo esse período. Recomenda-se, portanto, criar dois eventos,

no mínimo, por sub-bacia.

Apesar dessa adversidade, o eventograma elaborado foi bem aceito pela empreiteira

bem como pelo setor de fiscalização da Companhia. Antes, com a medição à preço unitário

(tabela 5.2), demorava-se cerca de vinte dias para fecha-la, tendo em vista a necessidade de

levantamento de quantitativos e, na maioria das vezes, de se fazer uma planilha de glosas. É

importante destacar que, com a nova metodologia, a medição passou a ser feita em apenas dois

dias.

5 EMISSÁRIOS (m) 18.834.178,37R$ 0,00%

5.5 SUB-BACIA 7A 517,41 110.591,59R$ 0,00%

5.5.1 EVENTO 1 517,41 110.591,59R$

5.5.2 EVENTO 2 0 -R$

5.5.3 EVENTO 3 0 -R$

6 ELEVATÓRIAS 11.740.446,64R$ 0,00%

6.5 SUB-BACIA 7A 422.736,61R$ 0,00%

6.5.1 EVENTO 1 3.571,55R$

6.5.2 EVENTO 2 30.128,24R$

6.5.3 EVENTO 3 4.805,15R$

6.5.4 EVENTO 4 42.431,47R$

6.5.5 EVENTO 5 17.490,77R$

6.5.6 EVENTO 6 25.419,24R$

6.5.7 EVENTO 7 14.254,08R$

6.5.8 EVENTO 8 15.673,06R$

6.5.9 EVENTO 9 10.529,73R$

6.5.10 EVENTO 10 727,25R$

6.5.11 EVENTO 11 94.351,30R$

6.5.12 EVENTO 12 349,92R$

6.5.13 EVENTO 13 6.472,65R$

6.5.14 EVENTO 14 2.648,84R$

6.5.15 EVENTO 15 5.399,85R$

6.5.16 EVENTO 16 420,01R$

6.5.17 EVENTO 17 5.785,36R$

6.5.18 EVENTO 18 40.652,99R$

6.5.19 EVENTO 19 7.973,08R$

6.5.20 EVENTO 20 2.859,77R$

6.5.21 EVENTO 21 335,32R$

6.5.22 EVENTO 22 849,19R$

6.5.23 EVENTO 23 357,19R$

6.5.24 EVENTO 24 52.143,60R$

6.5.25 EVENTO 25 37.107,00R$

-R$

-R$

-R$

-R$

Fonte: GAO (2018)

37

Ademais, é válido trazer que o objetivo da análise de engenharia da CAIXA é verificar

a viabilidade da proposta apresentada pelo Tomador e se esta fornece os dados necessários para

o completo entendimento do empreendimento (CAIXA, 2018). Pode-se dizer, portanto, que os

resultados apresentados no presente trabalho apresentam coerência entre si, respeitando as

exigências da mandatária da União, como exposto abaixo.

Espera-se que com o decorrer dos meses, ambas as partes continuem se beneficiando

com esse método, proporcionando uma execução de obra prática, organizada e eficaz.

Fonte: adaptado de GON (2018)

Tabela 5. 2 - Planilha de medição tradicional

163.304.004,30 4.775.320,23

** 001 ** ORÇAMENTO PARCIAL Nº 1 SERVIÇOS DIVERSOS - (S)

01 SERVIÇOS PRELIMINARES

0101 PLACA DE OBRA EM CHAPA DE ACO GALVANIZADO -

SINAPI(RN):74209/001(MAR/14) M2 323,15 18,00 18,00 5.816,70 5.816,70

0102

BARRACAO DE OBRA EM CHAPA DE MADEIRA COMPENSADA

COM BANHEIRO, COBERTURA EM FIBROCIMENTO 4 MM,

INCLUSO INSTALACOES HIDRO-SANITARIAS E ELETRICAS -

SINAPI(RN):74242/001(MAR/14)

M2 181,35 250,00 250,00 45.337,50 45.337,50

0103

BARRACAO DE OBRA PARA ALOJAMENTO/ESCRITORIO, PISO EM

PINHO 3A, PAREDES EM COMPENSADO 10MM, COBERTURA

EM TELHA AMIANTO 6MM, INCLUSO INSTALACOES

ELETRICAS E ESQUADRIAS - SINAPI(RN):73805/001(MAR/14)

M2 205,06 100,00 100,00 20.506,00 20.506,00

71.660,20 71.660,20

MEDIDOS NO

PERIODOVALOR TOTAL DA PLANILHA

ITEM DISCRIMINAÇÃO DOS SERVIÇOS UNDPREÇO

UNITARIO

QUANTIDADES VALORES

ORÇADOS

(CONTRATO)

MEDIDOS

NO PERIODO

ORÇADOS

(CONTRATO)

Cronograma

(físico-financeiro)

Orçamento

Estudo de índices /

Dicionário

Projetos e planta com

eventos/áreas COERÊNCIA

Figura 5. 2 - Documentos apresentados à

CAIXA

Fonte: AUTOR (2018)

Figura 5. 3 - Documentos técnicos exigidos

pela CAIXA

Fonte: CAIXA (2018)

Projetos

Memorial descritivo/

Especificações Técnicas

Orçamentos

Cronograma

(físico-financeiro)

COERÊNCIA

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6. CONCLUSÃO

Pode-se concluir que o eventograma elaborado é imprescindível nos âmbitos de

planejamento e fiscalização, principalmente em se tratando de uma empreitada por preço global,

contratação semi-integrada e contratação integrada, sendo estas últimas as modalidades restritas

às obras e serviços de engenharia previstas na nova Lei n° 13.303/16. Conforme exposto, a

sistematização das sub-bacias em áreas, amarrando as suas execuções, trouxe uma nova

metodologia organizacional, que resultará no aperfeiçoamento da gestão da obra,

proporcionando maior controle, agilidade e transparência nos processos.

A implantação dos serviços de esgotamento sanitário em uma comunidade, qualquer

que seja a sua localização, dimensão ou importância deve atingir os seguintes objetivos, trazidos

no Volume I - Memorial Descritivo (2015) da obra analisada:

Possibilitar o desenvolvimento das diversas atividades urbanas;

Garantir as condições de acesso aos serviços, quanto à adequação do sistema às

características sócio-econômicas da população;

Apresentar flexibilidade que permita o sistema acompanhar o incremento populacional

e a expansão econômica e territorial da comunidade;

Prover os recursos organizacionais, financeiros e humanos que garantam a implantação

e manutenção auto-sustentada do sistema.

Assim, o estudo de caso trazido por esse trabalho retrata a iniciativa da prefeitura –

depois concedida à CAERN - de aumentar a cobertura de atendimento, já que antes apenas o

bairro Liberdade possuía um sistema de esgotamento sanitário independente. Desse modo, os

bairros a serem atendidos pelo SES de Parnamirim são: Boa Esperança, Centro, Cohabinal,

Emaús, Jardim Planalto, Monte Castelo, Parque de Exposições, Nova Parnamirim (Parque do

Pitimbu e Parque dos Eucaliptos na classificação do IBGE), Passagem de Areia, Rosa dos

Ventos, Santa Tereza, Santos Reis, Vale do Sol e Vida Nova.

A Lei Federal n° 11.445/07, que estabelece as diretrizes do saneamento básico no país,

afirma que para atingir os objetivos de universalização de acesso aos serviços de saneamento,

esses devem merecer um minucioso planejamento e, posteriormente, uma severa regulação e

fiscalização. Sabe-se, portanto, que o trabalho da Companhia continua além das obras de

implantação do sistema, visto que também se deve garantir a não existência de ligações

clandestinas e, portanto, o bom funcionamento do serviço.

Por fim, é importante deixar claro, no entanto, que a metodologia apresentada se estende

para qualquer tipo de obra de engenharia, fazendo suas devidas adaptações. Pode-se, por

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exemplo, atribuir um evento para cada etapa da construção de uma edificação, semelhante ao

trabalho desenvolvido para as EEE. Ainda, pode-se destrinchar mais a obra, criando um evento

de estrutura, alvenaria e pintura, por exemplo, para cada pavimento, o que facilitaria a medição

e contribuiria para melhor gestão e acompanhamento das obras.

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7. REFERÊNCIAS

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do contrato administrativo. 2014. Disponível em:

<https://wwwrodrigoazevedoadvocaciacom.jusbrasil.com.br/artigos/136583889/como-

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de 1990, 8.666, de 21 de junho de 1993, 8.987, de 13 de fevereiro de 1995; revoga a Lei no

6.528, de 11 de maio de 1978; e dá outras providências. Disponível em:

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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2016/lei/l13303.htm>. Acesso em: 23

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41

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TCU. Tribunal de Contas da União. 4ª ed., revisada, atualizada e ampliada. Brasília: TCU,

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