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Ana Teberosky

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ANA TEBEROSKY Foto: Gustavo

Lourenção

Ana Teberosky: ''Debater e opinarestimulam a leitura e a escrita''Para a educadora argentina, nas sociedades em que se valoriza a

interação entre as pessoas e a cultura escrita, o processo de

alfabetização é mais eficiente

Paola Gentile

Ana Teberosky é uma das pesquisadoras mais respeitadas

quando o tema é alfabetização. A Psicogênese da Língua

Escrita, estudo desenvolvido por ela e por Emilia Ferreiro

no final dos anos 1970, trouxe novos elementos para

esclarecer o processo vivido pelo aluno que está

aprendendo a ler e a escrever. A pesquisa tirou a

alfabetização do âmbito exclusivo da pedagogia e a levou

para a psicologia. "Mostramos que a aquisição das

habilidades de leitura e escrita depende muito menos dos

métodos utilizados do que da relação que a criança tem

desde pequena com a cultura escrita", afirma. Para ela, os

recursos tecnológicos da informática estão proporcionando

novos aprendizados para quem inicia a escolarização, mas

as práticas sociais, cada vez mais individualistas, não ajudam a formar uma comunidade

alfabetizadora.

Doutora em psicologia e docente do Departamento de Psicologia Evolutiva e da Educação da

Universidade de Barcelona, ela também atua no Instituto Municipal de Educação dessa cidade,

desenvolvendo trabalhos em escolas públicas. Em setembro, quando esteve no Brasil para

participar do Congresso Saber 2005, ela deu a seguinte entrevista à ESCOLA.

Leia mais sobre produção de texto

De quem é a culpa quando uma criança não é alfabetizada?

Ana Teberosky - A responsabilidade é de todo o sistema, não apenas do professor. Quando a

escola acredita que a alfabetização se dá em etapas e primeiro ensina as letras e os sons e

mais tarde induz à compreensão do texto, faz o processo errado. Se há separação entre ler e

dar sentido, fica difícil depois para juntar os dois.

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Como deve agir o professor especialista ao deparar com estudantes de 5ª a 8ª série não

alfabetizados?

Ana Teberosky - Todo educador precisa saber os motivos pelos quais a alfabetização não

ocorre. Sou contra usar rótulos como alfabetizado e não-alfabetizado, leitor e não-leitor.

Quando se trata de conhecimento, não existe o "tudo ou nada". Uma criança que tenha acabado

as quatro primeiras séries, apesar de dominar os códigos da língua, pode ter dificuldade em

compreender um texto e não estar habituada a estudar. Algumas apresentam resistência a tudo

o que se refere à escola por motivos vários. Outras têm mesmo dificuldades e, por não saber

superá-las ou não contar com alguém para ajudar, evitam contato com textos. Cada caso exige

atenção e tratamento diferentes.

A atitude positiva do professor tem impacto na alfabetização da turma?

Ana Teberosky - Acreditar que o aluno pode aprender é a melhor atitude de um professor

para chegar a um resultado positivo em termos de alfabetização. A grande vantagem de

trabalhar com os pequenos é ter a evolução natural a seu favor. Se não existe patologia, maus-

tratos familiares ou algo parecido, eles são máquinas de aprender: processam rapidamente as

informações, têm boa memória, estão sempre dispostos a receber novidades e se empolgam

com elas. Um professor que não acha que o estudante seja capaz de aprender é semelhante a

um pai que não compra uma bicicleta para o filho porque esse não sabe pedalar. Sem a

bicicleta, vai ser mais difícil aprender!

Os defensores do método fônico culpam o construtivismo, base dos Parâmetros

Curriculares Nacionais, pelos problemas de alfabetização no Brasil. O que a senhora

pensa disso?

Ana Teberosky - Para afirmar se a culpa é ou não de determinada maneira de ensinar, seria

necessário ter um estudo aprofundado das práticas pedagógicas dos alfabetizadores em todo o

país. Uma coisa é o que eles declaram fazer, outra é o que eles executam de fato. Quem

afirma que uma forma de alfabetizar é melhor que a outra está apenas dando sua opinião

pessoal já que não existe nenhuma pesquisa nessa linha. A dificuldade em alfabetizar no Brasil

é histórica e já existia mesmo quando o método fônico estava na moda.

O bom desempenho de alguns países nas avaliações internacionais pode ser atribuído à

utilização do método fônico?

Ana Teberosky - Não dá para comparar um país com outro, porque não é somente a maneira

de ensinar que muda. Outros fatores aliás, importantíssimos influenciam no processo de

aquisição da escrita, como as características de cada idioma. É muito mais fácil alfabetizar

em uma língua em que há correspondência entre o sistema gráfico e o sonoro ou naquelas em

que as construções sintáticas são simples, por exemplo.

O método fônico e a psicogênese da língua escrita são incompatíveis?

Ana Teberosky - A psicogênese não é método, e sim uma teoria que explica o processo de

aprendizagem da língua escrita. Nesse contexto, defendemos a integração de várias práticas

pedagógicas. Mas o importante é que se leve em conta, além do código específico da escrita,

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a cultura e o ambiente letrados em que a criança se encontra antes e durante a alfabetização.

Não dá para ela adquirir primeiro o código da língua e depois partir para a compreensão de

variados textos. Nós acreditamos que ambos têm de ocorrer ao mesmo tempo, e aí está o

diferencial da nossa proposta.

Como o processo de alfabetização deve ser avaliado?

Ana Teberosky - O professor deve se basear no momento inicial de aprendizagem de cada

aluno, verificando o que ele conquistou em determinado período. Além do mais, a avaliação

passa pela análise do próprio trabalho: o professor tem condições materiais e estruturais para

ensinar? Ele criou um ambiente alfabetizador favorável à aprendizagem e necessidades de usar

a língua escrita?

O que é um ambiente alfabetizador?

Ana Teberosky - É aquele em que há uma cultura letrada, com livros, textos digitais ou em

papel , um mundo de escritos que circulam socialmente. A comunidade que usa a todo

momento esses escritos, que faz circular as idéias que eles contêm, é chamada alfabetizadora.

Nós vivemos em uma comunidade alfabetizadora?

Ana Teberosky - Cada vez menos a sociedade auxilia a alfabetização por não promover

situações públicas em que seja possível a circulação de escritos, debates, discussões e

reuniões em que todos sintam necessidade e vontade de usar a palavra. O individualismo vai

contra a formação de leitores e escritores. Há uma tese brasileira que mostra como os

sindicatos, durante sua história, desenvolveram uma cultura alfabetizadora entre seus

membros. Como os líderes tinham de convencer os filiados sobre determinadas teses,

buscavam informações para embasar seus argumentos, levantavam questões e respondiam às

apresentadas. Os sindicalizados, por seu lado, também precisavam ler documentos, participar

de reuniões, colocar suas dúvidas e opiniões para decidir.

Quais atividades o professor alfabetizador deve realizar?

Ana Teberosky - Formar grupos menores para as crianças terem mais oportunidade de falar e

ler para elas são estratégias fundamentais! É preciso compartilhar com a turma as

características dos personagens, comentar e fazer com que todos falem sobre a história, pedir

aos pequenos para recordar o enredo, elaborar questões e deixar que eles exponham as

dúvidas. Se nos 200 dias letivos o professor das primeiras séries trabalhar um livro por

semana, a classe terá tido contato com 35 ou 40 obras ao final de um ano.

É correto o professor escrever para os alunos quando eles ainda não estão

alfabetizados?

Ana Teberosky - Sim. A atuação do escriba é um ponto bastante importante no processo de

alfabetização. O estudante que dita para o professor já ouviu ou leu o texto, memorizou as

principais informações que ele contém e com isso consegue elaborar uma linha de

raciocínio. Ao ver o que disse escrito no quadro-negro, ele diferencia a linguagem escrita da

falada, seleciona as melhores palavras e expressões, percebe a organização da escrita em

linhas, a separação das palavras, o uso de outros símbolos, como os de pontuação. A criança

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De A a E De F a M De N a Z

vê o seu texto se concretizar.

O computador pode ajudar na alfabetização?

Ana Teberosky - O micro permite aprendizados interessantes. No teclado, por exemplo,

estão todas as letras e símbolos que a língua oferece. Quando se ensina letra por letra, a

criança acha que o alfabeto é infinito, porque aprende uma de cada vez. Com o teclado, ela

tem noção de que as letras são poucas e finitas. Nas teclas elas são maiúsculas e, no monitor,

minúsculas, o que obriga a realização de uma correspondência. Além disso, quando está no

computador o estudante escreve com as duas mãos. Os recursos tecnológicos, no entanto,

não substituem o texto manuscrito durante o processo de alfabetização, mas com certeza o

complementam. Aqueles que acessam a internet lêem instruções ou notícias, escrevem e-

mails e usam os mecanismos de busca. Ainda não sabemos quais serão as conseqüências

cognitivas do uso do computador, mas com certeza ele exige muito da escrita e da leitura.

É possível alfabetizar em classes numerosas?

Ana Teberosky - Depende da quantidade de alunos. Em quatro horas de aula por dia com 40

crianças, é muito difícil e eu não saberia como fazer... Seria melhor se cada sala tivesse 20,

25. Em Barcelona, estamos experimentando os agrupamentos flexíveis, que misturam grupos

de diferentes níveis, com 12 estudantes e com três ou quatro professores à disposição para

orientação. Existem algumas possibilidades desde que haja contribuição da gestão pública.

Quer saber mais?

Contatos

Contextos de Alfabetização Inicial, Ana Teberosky e Marta Soler Gallart (orgs.), 175 págs., Ed.

Artmed, tel. 0800 703-3444, 34 reais

Psicogênese da Língua Escrita, Emilia Ferreiro e Ana Teberosky, 300 págs., Ed. Artmed, 46 reais

Psicopedagogia da Língua Escrita, Ana Teberosky, 151 págs., Ed. Vozes, tel. (24) 2233-9000,

24,40 reais

Fala, Mestre! Palavra de quem entende de Educação

Entrevistas com especialistas de diversas áreas, organizadas por ordem alfabética de sobrenome

Beatriz Aisenberg

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"É fundamental ensinar a ler em História"

Maria E. de Almeida

"A tecnologia precisa estar na sala de aula"

Alberto Carlos Almeida

"Só a escola garante uma sociedade ética"

Naomar Almeida Filho

"Mudanças à vista no Ensino Superior"

Célia Diaz Argüero

"Todos têm hipóteses sobre pontuação"

Isabel Barca

"História tem que ter recortes temáticos"

Elba S. Barretto

"O sistema de ciclos é o mais adequado"

Alain Bergala

"O cinema é fonte para a imaginação da criança"

Gilles Brougère

"É preciso ensinar as crianças a brincar"

Guy Brousseau

"A cultura matemática promove cidadania"

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Rubens de Camargo

"Qualidade depende de investimento"

Luis Camnitzer

"Todos deveriam ser artistas"

Rui Canário

"Use a crise

para criar"

Martin Carnoy

"Aproveitar o tempo de aula é opção cubana"

Juan Casassus

"Clima emocional na sala é imprescindível"

Rosa María del Castillo

"A Educação na América Latina é preocupante"

Lana S. Cavalcanti

"A Geografia precisa de novas abordagens"

Antonieta Celani

"Em Língua Estrangeira não há receita de aula"

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Chris Cerf

"Em NY, o gestor tem total autonomia"

Bernard Charlot

"O conflito nasce se o professor não ensina"

Anne-Marie Chartier

"Teoria e prática precisam andar juntos"

Roger Chartier

"Os livros resistirão às tecnologias digitais"

Roger Chartier

"Há um novo modelo de analfabetismo: o digital"

Cristian Cox

"A universidade precisa da escola"

Carlos R. Jamil Cury

"É preciso fixar metas e padrões curriculares"

Eric Debarbieux

"O bullying precisa ser tratado a longo prazo"

Juan Delval

"É fundamental saber como o aluno aprende"

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Ana Maria Espinoza

"É essencial ensiar a ler textos de Ciências"

Alicia Fernández

"Aprendizagem também é questão de gênero"

Emilia Ferreiro

"O momento atual põe a escola em crise''

Roseli Fischmann

"Escola pública não é lugar de religião"

Melina Furman

"É preciso ensinar atitudes científicas"

Violeta H. de Gainza

"A educação musical se tornou uma utopia"

Abraham Gak

"O principal desafio é entender os jovens"

Howard Gardner

"A ética vai valer mais que o conhecimento"

Bruna Elena Giacopini

"Cada criança é um indivíduo"

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Maria H. Guimarães

"É preciso cultivar o respeito na escola"

Fernando Haddad 2007

"O país precisa acordar para a Educação"

Fernando Haddad 2008

"A formação docente é prioridade para o MEC"

Charles Hadji

"É preciso apostar na inteligência dos alunos"

Peter Hunt

"Os adultos subestimam as crianças"

Francisco Imbernón

"Os docentes devem ser os protagonistas"

Timothy Ireland

"A EJA busca agora ir além da alfabetização"

Ana Maria Kaufman

"O aluno precisa de informação para refletir"

Jeremy Kilpatrick

"A única saída é a capacitação"

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Lee Sing Kong

"Toda criança pode aprender"

Yves de La Taille

"Nossos alunos precisam de princípios"

Delia Lerner

"É preciso dar sentido à leitura feita na escola"

Heloisa Lück

"Onde não há liderança o ritmo é frouxo"

Cipriano C. Luckesi

"A meta da avaliação é intervir para melhorar"

Ana Luiza Machado

" A Educação evoluiu, mas não para todos"

Ana Malajovich

" É preciso valorizar a creche e a pré-escola"

Belinda Mandelbaum

"É hora de rever o que é família desestruturada"

Maria Mantovanini

"Hoje, qualquer um diz que é psicopedagogo"

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Jorge Manzi

"Avaliações ajudam a reter bons mestres"

Alvaro Marchesi

"Cidadania só é real se há respeito ao aluno"

Luiz Marduk

"Reerguermos a escola emocionalmente"

Luis Carlos de Menezes

"Aprender Ciências é aprofundamento cultural"

Maria Suzana Menin

"Ensinar valores não é impor regras"

Aloízio Mercadante

"Valorização começa com melhores salários"

Rita Mendonça

"O educador ambiental ensina por atitudes"

Mônica Molina

"A escola rural vai além da localização"

Claudia Molinari

"A diversidade ajuda turmas multisseriadas"

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Marcos Neira

"É preciso analisar a cultura corporal"

Myriam Nemirovsky

"O professor deve ser incentivado a ler"

Myriam Nemirovsky

"Ter uma boa biblioteca na escola é essencial"

António Nóvoa

"À escola o que é da escola"

António Nóvoa

"A Educação assumiu muitas tarefas"

Vitor Paro

"A escola deve formar personalidades"

Evelio Cabrejo Parra

"Ler para bebês é fundamental"

Brian Perkins

"O ambiente escolar influencia o ensino"

Philippe Perrenoud

"Na escola, dar mais a quem tem menos"

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Edmir Perrotti

"Biblioteca não é depósito de livros"

José M. Rezende Pinto

"O CAQi deverá garantir recursos para o ensino"

Marilza Regattieri

"O Ensino Médio que está aí não faz sentido"

Fernando Reimers

"Os alunos têm que atuar no local onde vivem"

Cleuza Repulho

"Todos precisam saber fazer planejamento"

Yolanda Reyes

"Nem todos os educadores leem"

Martina Roth

"A tecnologia promove transformação cultural"

Pier Cesare Rivoltella

"Falta cultura digital na sala de aula"

Patricia Sadovsky

"Falta didática no ensino da Matemática"

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Joel Rufino dos Santos

"Não existe uma lista de livros essenciais"

José Saramago

"Ideias claras, escrita clara"

Dermeval Saviani

"O PDE está em cada escola"

Andreas Schleicher

"Qualidade em exige metas ambiciosas"

Maria Alice Setubal

"Precisamos de professores preparados"

Maria C. da Silva

"Atraímos os alunos da EJA oferecendo bolsas"

Ani Siro

"Propostas ruins não estimulam a escrita"

Ariano Suassuna

"Todo professor deve ter um pouco de ator"

Keith Swanwick

"Aprender música exige tocar, ouvir e compor"

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''Debater estimula a leitura e a escrita''

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Gérard Vergnaud

"Todos perdem quando não há pesquisa"

Telma Weisz

"Colocar-se no lugar do aprendiz é essencial"

Telma Weisz

"A escola precisa formar leitores"

Tania Zagury

"O professor precisa ser ouvido"

Jaime Luiz Zorzi

"A escola ignora quem não consegue avançar"

Publicado em Novembro 2005.