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  ANAIS DO  CONGRESSO BRASILEIRO DE MÉDICOS RESIDENTES  EM PEDIATRIA 10 a 12 de Outubro de 2010,  Rio de Janeiro / RJ 1 PERFURAÇÃO ESPONTÂNEA DE VIAS BILIARES VIRGINIA GONTIJO ABREU DA ROSA; RAFAELA CALHEIROS ALVES DE SIQUEIRA GOMES (HOSPITAL DOS SERVIDORES DO ESTADO) Objetivos: Relatar um caso de perfuração espontânea das vias biliares. Metodologia: Estudo descritivo tipo relato de caso, análise do quadro clínico, evolução e exames laboratoriais. Resultados: V.M.M.A, masculino, 2 meses, naturalidade e procedência de Cachoeiras de Macacu –RJ, apresentando com 20 dias de vida icterícia progressiva acompanhado de colúria e acolia fecal. Ao exame físico: ictérico +3/+4, abdome distendido com ascite e presença de hérnia umbilical e escrotal. Exame laboratorial de admissão: hemograma com hemoglobina 6.18, plaquetas 408.000;coagulograma normal; BT 4,4 (BD=3,5 e BI=0,9); TGO 38, TGP 22; amilase 30; lípase 69; albumina 3.4; sorologias CMV IgM e IgG positivos; USG de abdome: volumosa ascite. Imagem em região peri portal compatível com vesícula ou cisto de colédoco. Realizado paracentese, com liquido ascítico de coloração biliosa. Cintilografia: concentração de radiofármacos fora da árvore biliar na cavidade abdominal. Paciente encaminhado para realização de cirurgia, sendo realizada cirurgia de Kasai.Conclusões: É uma patologia rara, sendo importante o reconhecimento precoce e preciso da colestase, para identificar as etiologias passíveis de tratamento clínico ou cirúrgico e prevenir as complicações decorrentes da doença hepática.  

Anais 1o Congresso Brasileiro de Medicos Residentes Em Pediatria

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ANAISDO1CONGRESSOBRASILEIRODEMDICOSRESIDENTESEMPEDIATRIA 10a12deOutubrode2010,RiodeJaneiro/RJ1 PERFURAO ESPONTNEA DE VIAS BILIARES

VIRGINIA GONTIJO ABREU DA ROSA; RAFAELA CALHEIROS ALVES DE SIQUEIRA GOMES (HOSPITAL DOS SERVIDORES DO ESTADO)

Objetivos: Relatar um caso de perfurao espontnea das vias biliares. Metodologia: Estudo descritivo tipo relato de caso, anlise do quadro clnico, evoluo e exames laboratoriais. Resultados: V.M.M.A, masculino, 2 meses, naturalidade e procedncia de Cachoeiras de Macacu RJ, apresentando com 20 dias de vida ictercia progressiva acompanhado de colria e acolia fecal. Ao exame fsico: ictrico +3/+4, abdome distendido com ascite e presena de hrnia umbilical e escrotal. Exame laboratorial de admisso: hemograma com hemoglobina 6.18, plaquetas 408.000;coagulograma normal; BT 4,4 (BD=3,5 e BI=0,9); TGO 38, TGP 22; amilase 30; lpase 69; albumina 3.4; sorologias CMV IgM e IgG positivos; USG de abdome: volumosa ascite. Imagem em regio peri portal compatvel com vescula ou cisto de coldoco. Realizado paracentese, com liquido asctico de colorao biliosa. Cintilografia: concentrao de radiofrmacos fora da rvore biliar na cavidade abdominal. Paciente encaminhado para realizao de cirurgia, sendo realizada cirurgia de Kasai.Concluses: uma patologia rara, sendo importante o reconhecimento precoce e preciso da colestase, para identificar as etiologias passveis de tratamento clnico ou cirrgico e prevenir as complicaes decorrentes da doena heptica.

ANAISDO1CONGRESSOBRASILEIRODEMDICOSRESIDENTESEMPEDIATRIA 10a12deOutubrode2010,RiodeJaneiro/RJ2 ESPOROTRICOSE: ALERTA PARA SEU DIAGNSTICO

MARIA DO SOCORRO COSTA DA SILVA; BEATRIZ ARAJO SOFFE; ELLEM RAMOS FERREIRA; LEONARDO RODRIGUES CAMPOS; MRCIO TADEU VIEIRA DE BRITO; PATRCIA FERREIRA ; RODRIGO SILVA GRILO. (UNIVERSIDADE GAMA FILHO)

Introduo: A Esporotricose (SC) causada pelo fungo Sporothrix schenckii e transmitida principalmente por gatos contaminados. Atinge pele, subcutneo e linfticos, acometendo mais comumente membros e face, raramente com manifestaes sistmicas. Realizou-se levantamento dos pacientes internados na pediatria num Hospital Municipal no Rio de Janeiro com diagnstico de SC. Descrio dos casos: De dezembro de 2009 a junho de 2010 foram internados 214 pacientes, entre 0-17 anos, 2 com diagnstico confirmado de SC.Caso 1: A.S.P.,feminino,5 anos, procurou atendimento devido lcera com secreo purulenta em cotovelo direito.Surgiram leses pustulosas, algumas crostosas, outras ulceradas com fundo purulento e adenomegalia satlite no membro superior direito.Possua gato domstico. J havia sido tratado externamente com penicilina para impetigo. Suspeitou-se de SC e realizou-se coleta de material da leso por swab. Prescrito empiricamente Itraconazol (100mg/dia,via oral). Diagnstico confirmado com a deteco do fungo no material. Caso 2: M.S.S.,masculino,12 anos,procurou atendimento devido lcera em punho esquerdo com bordas elevadas, bem definidas e secreo serosanguinolenta;cadeia de linfonodos em antebrao e brao esquerdo e edema. Hipteses diagnsticas de SC ou Leishmaniose.Possua gato domstico.Realizado bipsia da leso e iniciado empiricamente Itraconazol (100mg/dia,via oral). O histopatolgico confirmou o diagnstico. Concluso: Foram diagnosticados dois casos de Esporotricose com manifestaes cutneo-linfticas em um curto perodo de seis meses em uma unidade municipal que no referncia para a doena. Pretendemos com este relato alertar os pediatras para seu diagnstico clnico e enfatizar que necessrio um programa na rede bsica para diagnstico e disponibilizao do tratamento (medicao cara e tempo prolongado-3meses).

ANAISDO1CONGRESSOBRASILEIRODEMDICOSRESIDENTESEMPEDIATRIA 10a12deOutubrode2010,RiodeJaneiro/RJ3 POSSVEL ASSOCIAO ENTRE DOENA DE KAWASAKI E A VACINA TRPLICE VIRAL (MMR)

MARIA DO SOCORRO COSTA DA SILVA; ELLEM RAMOS FERREIRA; LEONARDO RODRIGUES CAMPOS; PATRCIA FERREIRA; RODRIGO SILVA GRILO; CYNTHIA TORRES FRANA DA SILVA (UNIVERSIDADE GAMA FILHO); (HOSPITAL MUNICIPAL DA PIEDADE)

Introduo: A Doena de Kawasaki uma vasculite de etiologia desconhecida, provavelmente multifatorial. Mais comum no sexo masculino e em menores de 5 anos. O principal objetivo do tratamento prevenir a doena coronariana. Pode haver associao entre a doena e a vacinao sendo uma relao causal ainda no estabelecida. H relatos na literatura aps vacinao contra pneumococos, rotavrus, conjugada DTP/poliomielite/hepatite B.Descrio do caso: Lactente de 1 ano, com relato de hiperemia labial anterior internao, apresentando eritema e prurido disseminado, febre (39C) por 08 dias, vmitos e diarria que surgiram 20 dias aps a vacinao MMR. Apresentava linfonodos cervicais palpveis bilaterais, mveis e indolores (maior com 1,5cm), fgado a 4 cm e leses micropapulares normocrmicas pelo corpo e eritematosas em face, que evoluram para ppulas. Aps 11 dias, houve descamao palmo-plantar e cervical.Hemograma evidenciava anemia, 12.200 leuccitos, 87% linfcitos (alguns atpicos) e 750.000 plaquetas.Velocidade de hemossedimentao:58 mm (normal at 20 mm), Protena C reativa, eletrocardiograma e ecocardiograma normais. Urinoculturas, hemoculturas e sorologias negativas. Realizada transfuso de imunoglobulina endovenosa (2g/kg/dia) por 12 horas, no 6 dia de internao. Iniciado AAS (100 mg/dia) mantido aps a alta. Em acompanhamento na reumatologia peditrica desde maro de 2010, realizando ecocardiograma bimestral. Comentrios: Na vigncia de novos casos de doena de Kawasaki, deve-se investigar uma possvel associao com vacinao, reportando vigilncia de sade. Reconhecimento e tratamento devem ser precoces, instituindo terapia endovenosa com imunoglobulina, visando prevenir futuras complicaes como o aneurisma coronariano. Diante da raridade desses casos, a vacinao deve sempre ser estimulada.

ANAISDO1CONGRESSOBRASILEIRODEMDICOSRESIDENTESEMPEDIATRIA 10a12deOutubrode2010,RiodeJaneiro/RJ5 ALEITAMENTO MATERNO EXCLUSIVO APS O TRMINO DA LICENA MATERNIDADE

LUCIANA MARIA BORGES DA MATTA SOUZA; ALANA BENEVIDES KOHN; LVIA VELASCO; LUIZA CRUZ; MICHAEL MIRANDA; NATLIA POERSCHKE PENNAFIRME; RENATA ALVIM MENDES. (UNIFESO)

Objetivo: Avaliar as dificuldades na manuteno do aleitamento materno exclusivo aps o trmino da licena maternidade e propor solues. Metodologia: Neste estudo seccional, que teve durao de 4 meses, dez mes com vnculo empregatcio responderam a uma entrevista composta por oito perguntas sobre tcnica, tempo e orientaes referentes ao aleitamento materno; as perguntas foram realizadas no momento em que essas mes compareceram a uma consulta peditrica, com seus filhos de quatro meses a dois anos, na Unidade Bsica de Sade da Barra do Imbu-Terespolis/RJ. Resultado: Das dez mes entrevistadas, quatro amamentaram por seis meses ou mais, duas, por cinco meses, trs, por at quatro meses e uma no amamentou. Nove responderam ter sido satisfatria a orientao dada pelos profissionais de sade quanto tcnica de aleitamento, mas uma julgou-a inadequada. Apenas cinco mes amamentaram durante dois ou mais meses aps o retorno ao trabalho; sete entrevistadas introduziram alimentos ou mamadeira aps o trmino da licena maternidade. Apenas uma ordenhou o seu leite a fim de manter o aleitamento materno exclusivo (AME), apesar das orientaes recebidas sobre o manejo da ordenha terem sido consideradas satisfatrias por nove mes. Concluso: O fim do perodo de licena maternidade resultou em abandono do AME na maior parte dos casos estudados. Entretanto, as mes no deixaram de amamentar por falta de conhecimento sobre as tcnicas de amamentao. O aumento da durao da licena maternidade e a conscientizao sobre os benefcios da AME para a criana e para a me seriam meios de aumentar a adeso.

ANAISDO1CONGRESSOBRASILEIRODEMDICOSRESIDENTESEMPEDIATRIA 10a12deOutubrode2010,RiodeJaneiro/RJ6 RETARDO MENTAL E RETINOSE PIGMENTAR: UM DIAGNSTICO POSSVEL

ARIANE MEDEIROS ; LUCIANO MOURA (UNIGRANRIO)

Introduo: O retardo mental e a retinite pigmentar possuem conhecidamente um amplo leque de diagnsticos diferenciais. Associando os 2 termos no OMIM, recebemos 57 possibilidades diagnsticas. Relatamos um caso no qual, atravs do exame morfolgico apurado, o diagnstico foi possvel. Descrio do caso: W.S.F., 13 anos, avaliado por dificuldade de aprendizado desde os 4 anos. Apresentava retardo mental leve e relato de polidactilia ps-axial corrigida em mos e p direito. Ao exame fsico e morfolgico: Baixa estatura, obesidade, macrocefalia relativa, face atpica, arredondada, com implantao capilar baixa, bico-de-viva, epicanto, hipertelorismo ocular discreto, microstomia com incisivos proeminentes, pirmide nasal alargada, filtro curto, retrognatia, pescoo curto, hipertelorismo mamilar, braquidactilia, clinodactilia do quinto quirodctilo, dedos espessados e polegar largo, com escroto em xale. Critrios de Tanner: G1/ P1-P2. Durante sua investigao complementar, a fundoscopia revelou retinite pigmentar. Cometrios: As hipteses diagnsticas levantadas na investigao da associao retinite pigmentar e retardo mental foram a Sndrome de Cohen (incisivos centrais proeminentes), Sndrome de Aarskog (escroto em xale, bico de viva, braquidactilia com clinodactilia de 5QD) e Sndrome de BardetBiedl (obesidade, polidactilia, fcies). A reviso do caso possibilitou o diagnstico clnico de Bardet-Biedl, pelos critrios estabelecidos em 1999. A importncia do caso deriva: 1)possibilitar a superviso antecipatria de sade ao paciente; 2)do risco de tumores renais nos familiares heterozigotos para as mutaes para a sndrome de Bardet-Biedl; 3) do correto aconselhamento gentico da famlia; 4)demonstrar a possibilidade de elucidao diagnstica, mesmo em situaes complexas, com relativa independncia de tcnicas laboratoriais mais custosas.

ANAISDO1CONGRESSOBRASILEIRODEMDICOSRESIDENTESEMPEDIATRIA 10a12deOutubrode2010,RiodeJaneiro/RJ7 CONTROLE GLICEMICO INTRA-HOSPITALAR INTENSIVO X CONVENCIONAL

RAFAEL GADIOLI; LUCAS GADIOLI; TAINA GADIOLI; FABIO PEROZINI

Controle Glicmico Intensivo x Convencional do Paciente Crtico.(UNIGRANRIO); (SANTA MARCELINA); (FMG); (USS)

Introduo Nos EUA a cada ano 1,6 milhoes de novos casos so notificados, sendo um total de 23,6 milhoes em todo mundo. Pessoas com estado hiperglicmico ou portadoras de Diabetes Mellitus tem uma maior chance de serem hospitalizadas e apresentar um maior nmero de complicaes durante a internao hospitalar do que pessoas normoglicmicas. a hiperglicemia e seus efeitos fisiopatolgicos desempenham um papel importante na evoluo clnica dos pacientes, podendo levar a desfechos negativos em suas internaes, fazendo com que haja um maior tempo de internao e uma maior dificuldade no tratamento de suas doenas, sendo assim necessrio um protocolo de controle glicmico.Metodo reviso bibliograficada literatura visando o melhor entendimento e comparando os resultados de controle glicmico intensivo versus convencional no paciente crtico Discusso Dados da UTI de pacientes cirrgicos e clnicos: Os resultados obtidos aps uma reviso da literatura sobre o controle glicmico do paciente crtico e hospitalizado, a partir desses trabalhos, onde o resultado primrio se baseava em tempo de mortalidade, DIGAMI 1995 (18.6% x 26.1%, p.05), VISEP 2008 (24.7% x 26%, p>.05) nos mostrou um resultado positivo, com diminuio da mortalidade comparando o tratamento intensivo com o convencional. Concluso: O controle rgido da glicemia em paciente crtico no apenas reduz sua morbidade e mortalidade como tambm reduz seu tempo de internao hospitalar.

ANAISDO1CONGRESSOBRASILEIRODEMDICOSRESIDENTESEMPEDIATRIA 10a12deOutubrode2010,RiodeJaneiro/RJ9 USO DOS CRITRIOS CLNICOS PARA DIAGNSTICO DE AMIGDALITES ESTREPTOCCICAS EM AMBULATRIO DE PEDIATRIA DE HOSPITAL ESCOLA.DULCE HELENA GONALVES OROFINO; FATIMA TEREZA ROSALINA RIBEIRO DE ASSIS; MONICA NOVARINE DE OLIVEIRA ; VIVIANE MANSUR COELHO; LIGIA PINHEIRO DE PINHO (ESCOLA DE MEDICINA SOUZA MARQUES);

Introduo: O tratamento das amigdalites estreptoccicas constitui a profilaxia primria da febre reumtica (FR). Pases com baixa prevalncia de FR preocupam-se principalmente com o uso indiscriminado de antibiticos,orientando teste rpido e/ou cultura de orofaringe antes do tratamento. Nos pases sem recursos para o diagnstico laboratorial, a Organizao Mundial de Sade (OMS) indica tratamento baseado no diagnstico clnico. Os critrios clnicos usados pela OMS foram propostos por Centor em 1981 e modificados por McIsaac em 2004. Objetivos:Avaliar o uso dos critrios clnicos propostos pela OMS para o diagnstico de amigdalites estreptoccicas nos pacientes com febre e dor de garganta,em Ambulatrio de Pediatria de Hospital Escola,RJ. Metodologia:Foram analisados 25 pronturios com diagnstico final de amigdalite de uma amostra aleatria selecionada entre 3125 pacientes atendidos no ano de 2008 no Hospital So Zacharias,RJ.Procurou-se pela descrio no pronturio de pus na gargantae/ou adenomegalia cervical anterior dolorosa e/ou petquias no palato e/ou rash escarlatiniforme e/ou hiperemia de orofaringe.Foi utilizado o teste do quiquadrado para avaliar associao da presena destes critrios clnicos e o tratamento com antibiticos.Resultados:Houve associao estatisticamente significativa entre a presena de apenas dois critrios clnicos preconizados pela OMS e a deciso de prescrever antibiticos para os pacientes(pus na garganta p=0,032 e rash escarlatiniforme p=0,041). Concluso:Deve haver preocupao por parte dos pediatras de pases com alta prevalncia de febre reumtica em corretamente utilizar e divulgar para os estudantes de medicina os critrios clnicos preconizados pela OMS para o diagnstico presuntivo de amigdalites streptoccicas,como parte do programa de preveno de febre reumtica.

ANAISDO1CONGRESSOBRASILEIRODEMDICOSRESIDENTESEMPEDIATRIA 10a12deOutubrode2010,RiodeJaneiro/RJ10 O IMPACTO DO TRATAMENTO DA DISFUNO DO TRATO URINRIO INFERIOR NA FREQNCIA DE INFECO URINRIA: A EXPERINCIA DE UM SERVIO DE REFERNCIA.ELIANE MARIA GARCEZ OLIVEIRA DA FONSECA; PATRICIA KELLER GARCIA; MARIA CARVALHO LABORNE VALLE; PRISCILA G. R. SANTANA; FERNANDA ALVES PINTO MOSQUEIRA GOMES; MARCELLY DIAS BASTOS (HOSPITAL DOS SERVIDORES DO ESTADO - RJ); (FUNDAO TCNICO EDUCACIONAL SOUZA MARQUES)

Objetivo: Estudar o efeito do tratamento da disfuno do trato urinrio inferior na freqncia de infeco urinria apresentada por estes pacientes. Metodologia: Foi realizado estudo prospectivo com pacientes, portadores de disfuno do trato urinrio inferior (DTUI) e histria prvia de infeco do trato urinrio (ITU), atendidos em servio peditrico especializado. Na primeira consulta foi preenchido um questionrio com a histria clnica e exame fsico, avaliando-se a freqncia de infeco urinria antes do incio do tratamento da DTUI. Os pacientes foram acompanhados por um perodo mnimo de 3 meses e mximo de 4 anos, sendo avaliada a incidncia de ITU aps o incio do tratamento da DTUI. Os pacientes com dados incompletos ou que no retornaram, portadores de bexiga neurognica ou malformaes urolgicas foram excludos deste estudo. Os dados foram armazenados e analisados utilizando-se o Statistical Package for the Social Sciences (SPSS 13). Resultados: Foram includos 346 pacientes, com faixa etria de 0 a 18 anos, 64% do gnero feminino e 36% masculino. Destes 176 (51%) tinham histria pregressa de infeco urinria e 103 pacientes foram reavaliados no perodo do estudo. Dentre estes, um total de 90 (88%) no apresentou novo episdio de infeco urinria aps o incio do tratamento da DTUI. Concluso: O tratamento da DTUI resultou numa reduo significativa da freqncia de infeco urinria no grupo de pacientes estudado.

ANAISDO1CONGRESSOBRASILEIRODEMDICOSRESIDENTESEMPEDIATRIA 10a12deOutubrode2010,RiodeJaneiro/RJ11 DISFUNO DO TRATO URINRIO EM PEDIATRIA: MANIFESTAES CLNICAS E COMORBIDADES

ELIANE MARIA GARCEZ OLIVEIRA DA FONSECA; PATRICIA KELLER GARCIA; MARIA CARVALHO LABORNE VALLE; FERNANDA BASTOS ALVES PINTO MOSQUEIRA GOMES; PRISCILA G. R. SANTANA; MARCELLY DIAS (HOSPITAL DOS SERVIDORES DO ESTADO - RJ); (FUNDAO TCNICO EDUCACIONAL SOUZA MARQUES)

Descrever as manifestaes clnicas e comorbidades de pacientes peditricos portadores de disfuno do trato urinrio inferior. Materiais e mtodos: Estudo transversal realizado com pacientes atendidos no ambulatrio de Distrbios da Mico e Urodinmica num Servio de Pediatria. Os dados da anamnese da primeira consulta de 443 pacientes, constantes em questionrio preenchido pelo medico assistente, foram armazenados e analisados utilizando-se o Statistical Package for the Social Sciences (SPSS 13). Resultados: Os pacientes estavam distribudos entre 0 e 18 anos, 64% destes eram do sexo feminino e 36% do masculino. Os motivos para encaminhamento foram: enurese noturna (61,2%), ITU (14,2%), sndrome da disfuno das eliminaes (8,1%) e outros (16,5%). Sintomas urinrios diurnos foram referidos por 77,1% dos pacientes. Os mais freqentes foram: molhar a roupa (72,6%), urgncia (71,3%), manobras (64,3%), e alterao da freqncia urinria (62,1%). Manifestaes clnicas de dificuldade de esvaziamento vesical ocorreram em 23,5% dos pacientes: gotejamento (10%), jato urinrio fraco (6%) e jato interrompido (3,5%). A infeco urinria foi relatada em 50,7% dos casos. Constipao foi referida em 58% dos casos. Os pais relacionaram estresse emocional em 74,6% dos casos e atmosfera punitiva em 36,8%, porm relataram que o problema teve incio previamente ao estresse em 60,9%. A histria familiar de enurese foi positiva em 68,7% e de noctria em 60,5% dos pais. Concluso: Apesar do principal motivo de encaminhamento dos pacientes ter sido enurese, a maioria apresentava sintomas diurnos do trato urinrio inferior, infeco do trato urinrio e constipao. Estes sintomas e comorbidades devem ser sempre pesquisados.

ANAISDO1CONGRESSOBRASILEIRODEMDICOSRESIDENTESEMPEDIATRIA 10a12deOutubrode2010,RiodeJaneiro/RJ12 CITOMEGALOVIROSE CONGNITA

FERNANDA REGINA; THASA VAZ; GABRIELA CECCATO; MARIA CLIA ASSIS; YAZA HELENA THIAGO; JOO LEIVA; LCIO PONTES (SANTA CASA DE MISERICRDIA DE BELO HORIZONTE)

Introduo: O Citomegalovirus (CMV) um vrus da famlia Herpesviridae, conhecido por Herpesvirus 5. Principal causa de infeco congnita nos nascidos vivos em todo o mundo, variando conforme o pas e as diferentes classes scio-econmicas. A incidncia da infeco congnita por CMV elevada porque a transmisso materno-fetal pode ocorrer aps a infeco primria ou recorrente. A presena de anticorpos maternos reduz a transmisso, mas no a evita. Cerca de 10% dos recm-nascidos infectados desenvolvem doena sintomtica no perodo neonatal. Nos RN gravemente afetados, a mortalidade pode chegar aos 30%. Caso clnico: RN de JVC, me 24 anos, G1P1A0, 39 semanas, masculino, sem sorologia para CMV no prnatal, apresentando alteraes ao Ultrasson Materno a nvel de SNC e Corao, vem encaminhado do interior de Minas Gerais para a Santa Casa de Misericrdia de Minas Gerais com suspeita de sndrome de Ebstein.O RN apresentava Cardiopatia Congnita, petquias em tronco, plaquetopenia, hidrocefalia, calcificaes Peri-ventriculares, surdez, hepatoesplenomegalia, ictercia com predomnio de bilirrubina direta e sorologias para CMV, pareadas com sua me alteradas. A propedutica evidenciou tratar-se de CMV congnito. Inicialmente foi admitido em CTI Neonatal devido ICC e permaneceu em Unidade Intermediria por 45 dias, onde recebeu tratamento com Ganciclovir por 6 semanas. Recebeu alta com 2 meses de vida, em acompanhamento ambulatorial multidisciplinar. Concluso: Apesar da importante incidncia, com suas graves seqelas, ainda hoje no se faz de rotina, no SUS, o rastreio e diagnsticos precoces no pr-natal. O que seria o ponto de partida para minimizar o impacto scio/econmico de tal afeco.

ANAISDO1CONGRESSOBRASILEIRODEMDICOSRESIDENTESEMPEDIATRIA 10a12deOutubrode2010,RiodeJaneiro/RJ13 DUAS DCADAS DE FORMAO DE PEDIATRAS EM INSTITUIO FEDERAL ESPECIALIZADA.

GLAUCIA MACEDO DE LIMA; FLVIA RAMOS BELLO; ILDEN GUIMARES LOULA; SYLVIA MARIA PORTO PEREIRA; ANA MARIA AMNCIO (HSE)

Introduo: Data de 1948 a Residncia Medica no Brasil. Destaca-se na evoluo histrica do trabalho a especializao setorizada da Pediatria. Objetivo: Demonstrar a formao de Pediatras em uma Instituio Federal de assistncia, ensino e pesquisa, com nfase s reas de atuao especializadas da Pediatria.Mtodos: Estudo de coorte longitudinal descritivo dos residentes formados entre 1990 e 2010 neste Hospital capacitado para tal. Agruparam-se as graduaes ao primeiro ano, segundo, terceiro ou quarto da formao global e da Peditrica. Considerou-se desfecho para as anlises, o incio da ultima dcada, em funo das resolues inerentes s exigncias para qualificao da Residncia no Brasil em 2002. Correlacionou-se no Epi Info a ultima dcada com a anterior. Registrou-se a significncia em Odds Ratio IC 95% e p > 0,05. Resultados: Do total de 4263 residentes, 187/ano at 2001 e 245/ano na ultima dcada; 740 pediatras, 70/ano em mdia; OR 1.00; IC 95% 0.85-1.18 p>0.05. Dentre os 1700 R1, 263 na Pediatria. Dos 951 R3, mdia de 29/ano at 2001 e 71/ano aps. Dentre os R3, 228 foram da Pediatria, mdia de 8/ano e 15/ano, respectivamente at 2001 e aps 2002; OR 1.64 IC 95% 1.19-2.26; p