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VIII Congresso Nacional de Psicologia Escolar e Educacional 26 a 29 de Abril de 2007 ISSN 1981-2566 AUTO-PERCEPÇÃO DO DESEMPENHO ESCOLAR EM ALUNO DA 2ª SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL Katya Luciane Oliveira Evely Boruchovitch Investigações apontam que o desempenho acadêmico é eficaz quando o aluno é capaz de transpor o que aprendeu em sala de aula a outros conteúdos de sua vida cotidiana. O desempenho se manifesta quando o aluno é avaliado, nessa direção.Aqueles que conseguem reter o que foi ensinado provavelmente obterão uma nota mais satisfatória relativa ao seu desempenho escolar. Inevitavelmente, o desempenho acadêmico está relacionado à quantificação do conhecimento do aluno. O conhecimento é revertido em uma nota, que por sua vez, leva à classificação. Em alguns casos, a nota obtida não expressa o real desempenho do aluno, sendo apenas uma medida parcial do seu desempenho. As avaliações formais de aprendizagem carecem de espaços que possibilitem ao aluno fazer uma auto- reflexão acerca do próprio desempenho. Uma solução seria o professor incluir como em sua avaliação uma pergunta na qual questione ao aluno como ele percebe o próprio desempenho. Nesse sentido, este estudo buscou levantar a auto-percepção acerca do próprio desempenho escolar de estudantes da 2ª série do ensino fundamental. Participaram 68 crianças matriculadas nas 2ª séries do ensino fundamental do estado de São Paulo (50%, n=34) e Minas Gerais (50%, n=50). A média de idade foi de 8 anos e seis meses (Dp=0,7). A idade mínima foi 7 anos e a máxima 12. Foi aplicado um questionário do qual perguntou-se como que a criança avaliava o próprio desempenho durante o ano. As alternativas de respostas estavam dispostas em uma escala Likert de cinco pontos variando de muito bem à muito mal, devendo a criança ler a assinalar com um x a alternativa que melhor a caracterizasse. A coleta ocorreu de forma coletiva em uma única sessão para aquelas cujos pais assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido consentindo na participação. Cabe destacar que todos os cuidados éticos foram tomados para a realização do estudo. Os resultados indicaram que 2,9% (n=2) das crianças responderam que se saíram bem, 17,6% (n=12) responderam que se saíram regular, 38,2% (n=26) responderam que se saíram mal e 41,2% (n=28) disseram ter saído muito mal. Para se avaliar se a distribuição era eqüitativa recorreu-se ao teste Qui². Os dados mostraram que a distribuição não era eqüitativa, considerando [χ2(3, 68)=26,59; p≤0,000]. Foi interessante notar que nenhuma criança julgou que se saiu muito bem na escola. Foi muito baixo também o percentual de crianças que se auto-avaliaram como tendo se saído bem. Esses dados parecem indicar que os alunos, embora de uma série inicial (2ª série), já apresentam uma auto-percepção do próprio desempenho escolar, possivelmente mais rebaixada. Cabe sugerir que estudos futuros avaliem se essa percepção permanece ao longo das séries escolares, bem como o quanto ela se relaciona de fato com o desempenho real do estudantes. Palavras-chave: Desempenho escolar, percepção, aprendizagem.

Anais Conpe 2007

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Anais do Congresso Nacional de Psicologia Escolar e da Educação

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VIII Congresso Nacional de Psicologia Escolar e Educacional 26 a 29 de Abril de 2007 ISSN 1981-2566 AUTO-PERCEPO DO DESEMPENHO ESCOLAR EM ALUNO DA 2 SRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL Katya Luciane Oliveira Evely Boruchovitch Investigaesapontamqueodesempenhoacadmicoeficazquandooalunocapazde transporoqueaprendeuemsaladeaulaaoutroscontedosdesuavidacotidiana.O desempenho se manifesta quando o aluno avaliado, nessa direo.Aqueles que conseguem reteroquefoiensinadoprovavelmenteobteroumanotamaissatisfatriarelativaaoseu desempenhoescolar.Inevitavelmente,odesempenhoacadmicoestrelacionado quantificaodoconhecimentodoaluno.Oconhecimentorevertidoemumanota,quepor sua vez, leva classificao. Em alguns casos, a nota obtida no expressa o real desempenho doaluno,sendoapenasumamedidaparcialdoseudesempenho.Asavaliaesformaisde aprendizagem carecem de espaos que possibilitem ao aluno fazer uma auto- reflexo acerca doprpriodesempenho.Umasoluoseriaoprofessorincluircomoemsuaavaliaouma pergunta na qual questione ao aluno como ele percebe o prprio desempenho. Nesse sentido, esteestudobuscoulevantaraauto-percepoacercadoprpriodesempenhoescolarde estudantesda2sriedoensinofundamental.Participaram68crianasmatriculadasnas2 sriesdoensinofundamentaldoestadodeSoPaulo(50%,n=34)eMinasGerais(50%, n=50). A mdia de idade foi de 8 anos e seis meses (Dp=0,7). A idade mnima foi 7 anos e a mxima 12. Foi aplicado um questionrio do qual perguntou-se como que a criana avaliava o prpriodesempenhoduranteoano.Asalternativasderespostasestavamdispostasemuma escalaLikertdecincopontosvariandodemuitobemmuitomal,devendoacrianalera assinalarcomumxaalternativaquemelhoracaracterizasse.Acoletaocorreudeforma coletivaemumanicasessoparaaquelascujospaisassinaramotermodeconsentimento livreeesclarecidoconsentindonaparticipao.Cabedestacarquetodososcuidadosticos foramtomadosparaarealizaodoestudo.Osresultadosindicaramque2,9%(n=2)das crianas responderam que se saram bem, 17,6% (n=12) responderam que se saram regular, 38,2%(n=26)responderamquesesarammale41,2%(n=28)disseramtersadomuitomal. Para se avaliar se a distribuio era eqitativa recorreu-se ao teste Qui. Os dados mostraram que a distribuio no era eqitativa, considerando [2(3, 68)=26,59; p0,000]. Foi interessantenotarquenenhumacrianajulgouquesesaiumuitobemnaescola.Foimuito baixotambmopercentualdecrianasqueseauto-avaliaramcomotendosesadobem. Essesdadosparecemindicarqueosalunos,emboradeumasrieinicial(2srie),j apresentamumaauto-percepodoprpriodesempenhoescolar,possivelmentemais rebaixada. Cabe sugerir que estudos futurosavaliem se essa percepo permanece ao longo das sries escolares, bem como o quanto ela se relaciona de fato com o desempenho real do estudantes. Palavras-chave: Desempenho escolar, percepo, aprendizagem. VIII Congresso Nacional de Psicologia Escolar e Educacional 26 a 29 de Abril de 2007 ISSN 1981-2566 ANLISE DA AVALIAO DINMICA E INFORMATIZADA DE LEITURA POR TRI Ronei Ximenes Martins Maria Cristina Rodrigues Azevedo Joly Este trabalho objetivou obter e analisar a habilidade em compreenso em leitura a partir de um mduloinstrucionalinformatizado.FoiaplicadaaTeoriadeRespostaaoItem(TRI)auma avaliaodinmicaeinformatizadaparaobter,deformapadronizada,osindicadoresde habilidadeemleituradosestudantes.ATRIpropeummodelomatemticoondea probabilidadederespostaaumitemobtidacomofunodahabilidadedoindivduoede parmetrosqueexpressampropriedadesdoitem.Quantomaiorahabilidade,maiorsera probabilidade de o individuo acertar o item. O estudo foi desenvolvido em uma escola da rede pblica de ensino do interior do Estado de So Paulo. Participaram da pesquisa 53 estudantes quefreqentavama2(22,64%),3(30,18%)e4(47,18%)sriesdoensinofundamental. Comidadeentre8e11anos(M=9,53;DP=0,973),54,7%eramdosexofeminino.O instrumentoutilizadonainvestigaocontoucomumtesteinicial,baseadonaTcnicade Cloze, seguido por instruo e teste final igual ao primeiro, em sequncia, sem interrupo. Os resultadosindicaramqueaavaliaodinmicaseajustoutantoaomodelodeumparmetro quantoaodetrsparmetrosdaTRI,combomndicedefidedignidade(KR-20=0,91).As lacunas formaram dois grupos em razo da dificuldade, quais sejam, um grupo com itens muito fceisoufceis(N=25)eoutrocomitensdifceis(N=13).Umalacuna(10)foiexcludada modelagemporapresentar100%deacertos.Osresultadosobtidoscomomodelodetrs parmetrosindicamqueoinstrumentofoidefcilresoluoparaosparticipantes(b=-0,78)e apresentou discriminao moderada (a=1,07). Com relao probabilidade de acerto ao acaso (parmetroc),otesteapresentouvaloriguala0,24,ndiceelevadoseconsideradoquecada lacunapossuitrsalternativasderesposta.Taiscaractersticaspodemexplicarabaixa variabilidade apresentada entre os resultados dos testes inicial e final. Palavras-chave: Teoria de Resposta ao Item, Avaliao Dinmica Informatizada, Compreenso em leitura. VIII Congresso Nacional de Psicologia Escolar e Educacional 26 a 29 de Abril de 2007 ISSN 1981-2566 ATITUDES DE ESTUDANTES DE PSICOLOGIA Marjorie Cristina Rocha da Silva Claudette Maria Medeiros Vendramini Anelise Silva Dias Aolongodavidaescolar,oestudantesubmetidoavriassituaesdeensinoemuitas modificaespodemocorreremseupensamento,sentimentoeaes.Embora,o funcionamentodamentedeumapessoaeosprocessosinternosquenelaocorremno possam ser visualizados e analisados, alguns aspectos de seu intelecto ou de sua competncia podemserinferidosapartirdaobservaodeseuscomportamentos,desempenhoou realizaes.Deformageral,aatitudeconsideradacomoumadisposiopessoal,presente emtodososindivduosecomdiferentesintensidades.Segundoessaconcepo,oser humano reage de maneira favorvel ou desfavorvel (positiva ou negativa, em outros termos) a objetos, situaes, fatos, indivduos, proposies e apresenta componentes do domnio afetivo, cognitivoemotor.Combaseemvriosestudospossvelconstatarqueaatitudepositiva um elemento importante para facilitar a aprendizagem de conceitos, sendo que o desempenho acadmicopodeestarrelacionadoexperinciasanterioresdeaprendizagem.Estetrabalho objetivou avaliar as atitudes de estudantes de Psicologia em relao Estatstica, identificando a relao com gnero, idade, turno, srie e instituio de ensino, e verificar a associao entre asatitudes,desempenhoacadmicoeautopercepodoestudanteemEstatstica. Responderamumquestionriodeidentificaoeumaescaladeatitudes361estudantesde Psicologia,comidadesde18a65anos,81%mulherese53%donoturno.Aescaladotipo Likertcontm21proposiesqueexpressamossentimentosemrelaoEstatstica,sendo dezpositivas,deznegativaseumacomplementar,queverificaaautopercepodo universitrio em relao ao prprio desempenho. O mximo de pontos que pode ser obtido na escaladeatitudesde80eomnimode20,indicando,respectivamente,atitudesmais positivasemaisnegativas.Outrosestudosrevelamafidedignidadeeevidnciasdevalidade dessaescala.Observou-sequeosparticipantesapresentaramatitudesligeiramentemais negativasdoquepositivas.AatitudemdiadosuniversitriosdeMinasGeraisfoi significativamentemaispositivaqueaatitudemdiadosestudantesdeSoPaulo.Os universitriosdomatutinoapresentaramatitudemdiasignificativamentemaispositivaquea dosestudantesdonoturno.Observou-setambmqueasatitudesdasprimeirassriesso significativamentemenospositivasqueasatitudesdasltimassriesdocurso.Noforam verificadasdiferenassignificativasdeatitudesporgneroefaixaetria.Constatou-sea existnciadecorrelaespositivasesignificativasentreatitude,desempenhoacadmicoe autopercepodedesempenho.Nessaperspectiva,compreendercomoserelacionams atitudes,ascompetncias,oautoconceitoeodesempenhodosestudantespodeauxiliarno planejamento e avaliao do ensino-aprendizagem de uma disciplina. Palavras-chave: Psicologia educacional, desempenho acadmico, autopercepo. VIII Congresso Nacional de Psicologia Escolar e Educacional 26 a 29 de Abril de 2007 ISSN 1981-2566 AUTOCONCEITO ACADMICO DE ESTUDANTES DE PSICOLOGIA Marjorie Cristina Rocha da Silva Claudette Maria Medeiros Vendramini Oautoconceitopodeserconcebidocomoumconstrutomultidimensionalqueserefere percepodapessoaemtermosacadmicosenoacadmicos.Oautoconceitoacadmico refere-sepercepodeumapessoaemrelaosuarealizaonaescola,ouse considerada uma rea de conhecimento, percepo do indivduo em relao a essa rea. A Estatstica, enquanto disciplina acadmica, contribui para o melhor entendimento deaspectos relativos Avaliao Psicolgica e Educacional, principalmente no que se refere adequada utilizaoeinterpretaodeinstrumentosdemedida.Considerandoasuaimportnciaeas dificuldadesqueestudantesenfrentamaoestudarEstatstica,julgou-serelevanteidentificaro autoconceito de estudantes nessa rea de conhecimento. Dessa forma, o presente estudo tem como objetivo avaliar o autoconceito acadmico de estudantes de Psicologia em Estatstica, e verificar diferenas de autoconceito por instituio de ensino, srie, turno, faixa etria e gnero dosparticipantes.Participoudapesquisaumaamostrade252universitriosdocursode Psicologia,81%dognerofeminino,comidadesde18a65anos,deduasinstituiesde ensinosuperior,umadointeriordoestadodeSoPauloeoutradeMinasGerais.Os universitriosresponderam,coletivamente,umquestionriodeidentificaoeumaescalade autoconceitoacadmicoemEstatsticadotipoThurstone,ouseja,umaescaladeintervalos aparentemente iguais, que consiste num conjunto de declaraes em que cada uma possui um valorpredefinidoesoapresentadasaosrespondentesparaquedelasconcordemou discordem. A escala contm 21 itens com pontuaes variando de um, totalmente falsa, a oito, totalmenteverdadeira.Apontuaototalnaescalavariade21pontos,indicandoo autoconceitomaisnegativo,at168pontos,indicandooautoconceitomaispositivo.Outros estudosrevelamafidedignidadeeevidnciasdevalidadedessaescala.Osresultados revelaramqueosuniversitriostendem,emmdia,aumautoconceitomaispositivodoque negativo. O autoconceito mdio dos universitrios de Minas Gerais foi significativamente mais positivo que o autoconceito mdio dos estudantes de So Paulo. Observou-se tambm que os autoconceitos mdios das primeiras sries so significativamente menores que o autoconceito mdiodasltimassriesdocurso,podendosignificarqueaopassardosanos,apercepo dos estudantes a respeito da disciplina deva estar mais consolidada. O autoconceito mdio dos universitriosdomatutinosignificativamentesuperioradosestudantesdonoturno.No foram verificadas diferenas significativas de autoconceito por faixa etria e gnero. Sugere-se que outros estudos sejam realizados a fim de buscar possveis associaes entre autoconceito acadmico em Estatstica e outras variveis, tais como, expectativas do professor em relao ao desempenho do estudante, fatores motivacionais, crenas de auto-eficcia de estudantes e docentes e, entre outras, que possam contribuir para o ensino aprendizagem de Estatstica. Palavras-chave: Autopercepo, psicologia educacional, educao estatstica. VIII Congresso Nacional de Psicologia Escolar e Educacional 26 a 29 de Abril de 2007 ISSN 1981-2566 APLICAO DA TRI NUMA PROVA DE LEITURA USANDO CLOZE Maria Cristina Rodrigues Azevedo Joly Anelise Silva Dias Adriana Ferreira Nicolau Nicolau Nayane Martoni Piovezan EstetrabalhoobjetivouaplicaraTeoria deResposta aoItememumaprovade compreenso emleitura.Oestudofoidesenvolvidoemoitoescolasdaredepblica(84,0%)eparticular (16,0%)deensino,deseiscidadesdointeriordoEstadodeSoPaulo.Somou-seuma populao de 275 crianas de segunda srie. Os alunos so de ambos os sexos, sendo 50,2% dofeminino,comidadevariandode7a14anos,comumamdiade8,33anosedesvio-padro de 0,89. O instrumento composto por um trecho de uma histria infantil. Foi utilizado SistemaOrientadodeJoly,baseadonaTcnicadeCloze,implicandoomissesacadacinco vocbulos,sendoestessubstitudosporlacunasdomesmotamanho,e,cadaumadeveser preenchidacomumadentrecincoopes.Osdoisprimeirospargrafosforammantidosem sua forma original, e o apagamento iniciou-se a partir do quinto vocbulo do pargrafo seguinte e,apsatrigsimanonalacuna,otextomantevesuaformaoriginal.Foiatribudoumponto paraasrespostascertasezeroparaasrespostaserradas,variandodezeroatrintaenove pontos.Aaplicaodoinstrumentofoirealizadanoambienteescolar,aplicadocoletivamente nas classes, com no mximo de quarenta crianas, em horrio escolar, cedido pelos diretores e professores.Otempomdiodeaplicaovarioude45minutos.Observou-sequeos resultadosdasestatsticasgeraisdositensindicamaadequabilidadedaprova.Verificou-se queosresultadosindicaramqueaprovaseajustouaomodelodetrsparmetros,comum bomndicedefidedignidade(KR=0,91).Osndicesdediscriminao(a)mdioiguala0,28, ndicededificuldade(b)1,08eprobabilidadedeacertoaoacaso(c)iguala0,21.Apartirda anliserealizadaobserva-sequeaslacunasmaisfceisdeserempreenchidassoasde nmero um (b=-1,18) e quatro (b=-0,85), mesmo com uma baixa habilidade, os estudantes tm umaprobabilidadedeacertorazovel.E,aslacunasmaisdifceisforamasdenmerotreze (b=1,48)evinteeum(b=1,61),requerendoumamaiorhabilidadeparaumarespostacorreta. Pode-se perceber que os itens mais discriminativos foram os de nmero cinco (a=1,40) e sete (a=1,29), portanto, os indivduos com uma mesma habilidade possuem maior probabilidade de respondercorretamenteestesdoisitens(5e7),doqueaositens6(a=0,71)e30(a=0,83). Com relao probabilidadedeacerto aoacaso (c),oteste apresentaumvalorigual a0,21, umavezqueositensdotestesoquestescomcincoalternativascada,pode-seafirmar matematicamentequeaprobabilidadedeumestudantedebaixahabilidadeacertaroitem aproximadamente igual a 0,20. Nessa perspectiva, destaca-se a importncia de se avaliar uma prova de compreenso em leitura aplicada em sries iniciais do ensino fundamental, uma vez que nesta fase em que se inicia o processo de alfabetizao e a formao de bons leitores. Palavras-chave: Compreenso em leitura, sistema orientado de cloze, teoria de resposta ao item. VIII Congresso Nacional de Psicologia Escolar e Educacional 26 a 29 de Abril de 2007 ISSN 1981-2566 AVALIAO DA ESCRITA E DO RECONHECIMENTO DE PALAVRAS: PREVENINDO PROBLEMAS DE APRENDIZAGEM Fermino Fernandes Sisto Aaprendizagemdaleituraeescritaumaatividadecomplexa,duranteaqualoindivduo recorre a diferentes habilidades como a identificao das letras, o reconhecimento das palavras eseussignificados.Considera-sequeaidentificaodossmbolosimpressos,comoletrase palavras, seja essencial para que a aquisio da leitura e escrita ocorram. Vrios estudos tm apontadoaestreitarelaodoreconhecimentodepalavrascomhabilidadesortogrficas.A quebradeencadeamentodesseprocessotemsidoapontadacomoumdoselementos desencadeadoresdaschamadasdificuldadesdeaprendizagem.Elaspodemserrelativasa aspectosespecficos,ouseja,referenteaalgumareaparticularcomoaescritae/ouo reconhecimento de palavras ou a aspectos gerais, como ocorre quando a aprendizagem mais lenta que o normal em diversas habilidades. Assim, as dificuldades de aprendizagem em leitura implicamnormalmenteemumafalhanoreconhecimentoounacompreensodomaterial escrito, sendo o reconhecimento o mais bsico desses processos. O uso de instrumentos que auxiliemnaidentificaodefalhasnaaprendizagemdaescritaenoreconhecimentode palavraspoderserbastantetilcomodetectoresprecocesdeproblemasdeaprendizagem quepoderoseinstalarnofuturo.Doisinstrumentosrecentementedesenvolvidostmse mostradoadequadosparatanto,asaberaEscaladeReconhecimentodePalavrasea Escala de Avaliao da Escrita. Ambos foram desenvolvidos para utilizao com crianas das sriesiniciaisdoensinofundamentalevriaspesquisastmmostradoqueambospossuem evidnciasdevalidadedecritrio,ouseja,socapazesdeidentificaralunosquetmbom desempenho daqueles que apresentam mau desempenho. Nesse sentido, seu emprego pode ser um importante auxiliar na identificao precoce de problemas de aprendizagem. Palavras-chave: Bender, leitura, ensino fundamental. VIII Congresso Nacional de Psicologia Escolar e Educacional 26 a 29 de Abril de 2007 ISSN 1981-2566 AVALIAO DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA LEITURA E NA ESCRITA Rosane Braga de Melo Daniele Borges de Mello Dbora Guarino Cardozo Fabiana das Neves Silva Flvia Louise Neves Gonalves Lilian Ribeiro Fres Patricia Lobato Paulo Hospodar Opresentetrabalhotemporobjetivoapresentarumaperspectivahistricaecrticados processosdeavaliaodasdificuldadesdeaprendizagemescolar,particularmenteasquese referem ao aprendizado da leitura e da escrita. Diante do fracasso na aprendizagem da lngua escritanasescolasbrasileiras,tornam-serelevantesestudosqueconduzamao desenvolvimento de instrumentos de avaliao que possam contribuir para a compreenso dos obstculos que os aprendizes apresentam nesse processo. A avaliao pode ser definida como um processo de coleta de informaes acompanhada por um objetivo especfico e que auxilia nadireodeumasriededecisessobreumsujeitocomdificuldades,permitindoo planejamento de aes e intervenes possveis (Dockrell & McShane, 2000; Primi, 2005). Os sistemastradicionaisdeavaliaodasdificuldadesdeaprendizagemescolaradotadaspela Psicologia tendem a ignorar a natureza interativa do ensino e da aprendizagem, atribuindo, em geral,aresponsabilidadedofracassoescolarcrianaouaoseumeiosocial(Dockrell& McShane, 2000; Mota, 2005; Proena, 1997). Historicamente, tem prevalecido tanto o modelo mdicoepatologizantequantoopadropsicomtricodeavaliao.Aslimitaese inadequaes desses modelos de avaliao vm sendo exaustivamente discutidas na literatura que trata de avaliao das aprendizagens escolares fundamentais (Grgoire, 2000; Grgoire & Pirart,1997;Maluf,2003;Mota,2005;Proena,1997).Torna-senecessrioavanarna identificao do perfil de potencialidades e de necessidades dos aprendizes, para alm do que ostestesdehabilidadesespecficaseosmodelosdepsicodiagnsticospermitem.Importa observarqueumadificuldadedeaprendizagempodeserespecfica,comoocorrequandoa crianaapresentadificuldadesnaleitura,oupodesergeral,quando,porexemplo,ela apresenta um aprendizado mais lento que o normal em uma srie de tarefas. Alguns problemas nasaprendizagensescolaresfundamentaispodemsertransitrios,noentanto,alguns aprendizes apresentam dificuldades mais persistentes. Mais recentemente, o enfoque cognitivo de referncia vem afirmando a importncia de uma avaliao que leve em conta a tarefa, alm dacrianaedocontexto.Comopropsitodetransformaraavaliaoemintervenes eficientes, Dockrell e McShane (2000) sugerem que o profissional que atua avaliando crianas comdificuldadesdeaprendizagemdeveelaborarumprogramadeacordocomasexigncias da tarefa, com o comportamento e as habilidades cognitivas do sujeito, e o contexto no qual a intervenovaiocorrer.Ascontribuiesdascinciascognitivasparaacompreensoda aprendizagemdalnguaescritavmconduzindoanovasperspectivasdeavaliaoede diagnstico, muito embora tais avanos nem sempre sejam acompanhados por uma mudana da prtica de diagnstico dos problemas de aprendizagem (Maluf, 2003; Mota, 2005). Palavras-chave: Avaliao, dificuldades de aprendizagem, leitura e escrita. VIII Congresso Nacional de Psicologia Escolar e Educacional 26 a 29 de Abril de 2007 ISSN 1981-2566 AVALIAO DINMICA INFORMATIZADA DA COMPREENSO EM LEITURA Maria Cristina Rodrigues Azevedo Joly Alessandra Rodrigues Almeida Gerusa Marcondes Pimentel Issa Llia Mase de Jorge Ronei Ximenes Martins Samantha de Oliveira Nogueira Slvia Vernica Pacanaro Avaliaodinmicaconstitui-senumaformadeavaliarindivduoscontemplando,almda testagem convencional, uma fase de intervenoinstrucional visando capacitar o examinando acompreenderaessnciadatarefa,arefletirsobreasestratgiasdesoluo,paradepois emitirsuaresposta.Omodeloutilizadonestainvestigaocontoucomumaavaliaoinicial (pr-teste),seguidaporinstruoeavaliaofinal(ps-teste),seminterrupo.Estudoscom esse enfoque na rea educacional tm mostrado as vantagens da avaliao dinmica sobre a tradicional, por permitir avaliar a possibilidade de mudana, no indivduo, a partir de feedback e pistaspontuais,estimando-seseupotencialdeaprendizagem.Nessesentido,oobjetivodo presenteestudofoianalisarodesempenhodosparticipantesemtarefadecompreensoem leitura, aplicada dentro de um modelo de avaliao dinmica, contendo um mdulo instrucional informatizado,visandorelacionartalperformancecomodesempenhocognitivogeralea habilidadeemdecodificao.Omduloinstrucionalapresentouinformaesprocedimentais sobrecompreensoemleiturausandocomorefernciaaestruturasintticaesemnticada linguagem escrita.Participaram da pesquisa 53 estudantes que freqentavam 2 (22,64%), 3 (30,18%) e 4 srie (47,18%) do Ensino Fundamental em uma escola pblica do interior de So Paulo.Tinhamidadeentre8e11anos(M=9,53;DP=0,973),sendo54,7%delesdosexo feminino. Foram preliminarmente avaliadas as habilidades de resoluo de problemas por meio dasMatrizesProgressivasColoridasdeRavenEscalaEspecialeadecodificaoda linguagemescritausandooTestedeCompreensoemLeituraSilenciosaTeCoLeSi. Verificou-seumdesempenhocognitivomdiode26,36(DP=5,7)paratodososparticipantes, classificadocomosuperior.Constatou-sequeosparticipantes,emmdia,reconhecemos padresformaisdalinguagemescritapoisapresentaramumdesempenhomdioaltono TeCoLeSi (M= 63,47; DP=4,75).A avaliao dinmica da compreenso em leitura foi realizada utilizando-seumtextoimpressoemCloze,antesedepoisdosparticipantesleremomdulo instrucionalinformatizado.Todasasaplicaesforamcoletivaseduraramaproximadamente 20minutos.Osresultadosrevelaramquehouvediferenasignificativaporsrieparao desempenhoemcompreensoemleitura,considerandoasvariveisrelativasshabilidades cognitivas gerais e decodificao como covariantes na anlise estatstica multivariada realizada (MANOVA).Talresultadonofoiverificadonopr-teste,oqueindicaquehouveefeitodo mdulo instrucional sobre a compreenso, apesar dessa no ser estatisticamente significativa. Omelhordesempenhoemcompreensofoidosparticipantesde4srie.Noseconstatou diferenasignificativaentreodesempenhonopreps-testedaprovadecompreensoem leituraparanenhumasrie.Adespeitodisso,verificou-secorrelaopositivaesignificativa paracompreenso(ps-teste)comdecodificaona2srieecomhabilidadescognitivas geraispara3e4sries.Issopodeindicarqueomduloinstrucionalmobilizahabilidades cognitivasgeraisnoindivduo,permitindoqueoutrashabilidades,comocompreensoem leitura,possamseexpressarposteriormentecomumdiferencial,comoconseqnciadessa interveno, para crianas que j superaram a fase de decodificao no processo de leitura e escrita. Palavras-chave: Cloze, habilidades cognitivas, avaliao dinmica. VIII Congresso Nacional de Psicologia Escolar e Educacional 26 a 29 de Abril de 2007 ISSN 1981-2566 AVALIAO DO ESTRESSE NO CONTEXTO EDUCACIONAL: ANLISE DE PRODUO DE ARTIGOS CIENTFICOS Slvia Vernica Pacanaro Accia Aparecida Angeli Santos O mundo atual faz grandes exigncias relacionadas ao sucesso pessoal e profissional, levando aspessoasaumconstanteestresse,aquientendidocomoumconjuntodereaes desencadeadas diante de algo que nos amedronta ou irrita ou mesmo que nos alegra ou deixa feliz.Pode-seconsiderarqueoestresseestpresenteeminmerassituaesboasouruins, que levam quebra da homeostase do ser humano e exigem uma adaptao, sendo prejudicial conformepredisposiodoindivduo.Oestresseestsendoinvestigadopormuitos pesquisadoresdediversasreasdeconhecimentoeaavaliaodesseconstrutomostra-se relevanteemmuitosaspectos,especialmentenareadaconstruodeinstrumentos psicolgicos,possibilitandoumainvestigaomaisadequada.Considerandoaimportnciado tema, o presente estudo teve por objetivo realizar uma reviso de literatura sobre a avaliao do estresse no contexto educacional por meio da recuperao de textos publicados em revistas cientficas na rea da psicologia. Foram analisados artigos cientficos publicados entre os anos 1996a2005.Asrevistasforamescolhidascomofontedeanlise,porseremconsideradas como as mais qualificadas da rea, tendo em vista que receberam conceitos A, B e C na ltima avaliao(2004/2005)realizadapelaAssociaoNacionaldePesquisaePs-graduaoem Psicologia(ANPEPP)emparceriacomaCoordenaodeAperfeioamentodePessoalde EnsinoSuperior(CAPES).Paraolevantamentodosdadosforamutilizadasasseguintes categorias,asaber,anodepublicao,revistasquemaispublicaramartigossobreotema, instituiodeorigemdoautor,autorianicaoumltipla,afiliaoinstitucionaldosautores, participantes, instrumentos utilizados e referncias bibliogrficas citadas com maior freqncia (artigos,livros,dissertaeseteses).Osresultadosdemonstraramqueexistemmuitas pesquisassendorealizadassobreoestresse,havendo,noentanto,escassezdepesquisa sobre a avaliao do estresse no contexto educacional. As revistas Aletheia e Psico-USF foram asquemaispublicaramartigossobreotema.Emrelaoautoriahpredominnciade autoriamltiplanaspublicaes,sendodestacadaaPontifciaUniversidadeCatlicade Campinas,comoinstituioquemaistemproduzidosobreoassunto.Referenteaos instrumentos deavaliao doestresse no contexto escolar,os mais utilizadosforamaEscala de Stress Infantil de Lipp e Lucarelli e o Inventrio de Sintomas de Stress para Adultos de Lipp. A anlise desses dados possibilitou verificar um aumento da produo cientfica sobre o tema ao longo desses 10 anos de pesquisa sobre o assunto, e ratificou a importncia deste tipo de pesquisaparadefiniodoperfildaproduocientficasobreumdeterminadotema, apontando caminhos para o desenvolvimento de novos estudos. Palavras-chave: Estresse, avaliao psicolgica, produo cientfica. VIII Congresso Nacional de Psicologia Escolar e Educacional 26 a 29 de Abril de 2007 ISSN 1981-2566 AVALIAO PSICOLGICA E PSICOLOGIA ESCOLAR UM ESTUDO DESSA INTERFACE NA CONTEMPORANEIDADE Ana Caroline Leite de Aguiar Paula Sampaio Meireles de Sousa Aavaliaopsicolgicaconstituiumprocessointegrado,quepodeutilizardiversastcnicas paraidentificardemandasecomportamentosdoavaliando,tecendo,apartirda,algumas descriesparainferirhipteses,intervirsegundoestase,finalmente,monitorartodosos processosanteriores.(PASQUALI,2001)Trata-se,ademais,deumaatuaopsicolgicaque transitoupordiversosmodelosaolongodotempo,passandoporparmetrosmdicos, psicomtricos,psicanalticos,compreensivos,etc,eatingiuvrioscamposprofissionaisda Psicologia,noserestringindoprticaclnica.Diantedisso,visou-se,nessetrabalho, investigar que espaos a avaliao psicolgica tem ocupado no contexto da Psicologia Escolar e como ela tem sido utilizada nessa rea psi.Para tanto, visitaram-se, nos meses de outubro de novembrode2005,duasescolasparticularesfortalezenses,escolhidasporfacilidadede acesso,comfilosofia,metodologiaepblico-alvodiferenciados.Aprimeirainstituio caracteriza-secomoconstrutivista,trabalhacomBerrio,EducaoInfantileEnsino FundamentalIepossuiapenasumapsicloga,cujaabordagemdetrabalhobaseia-seem princpiosdoPsicodrama.Asegundaescolavisitadaapresentaumapropostametodolgica maistradicional,comobjetivosmaisvoltadosaprovaodosalunosemvestibularese dedica-seaoEnsinoFundamentalII,EnsinoMdioecursosdepr-vestibular,contandocom trspsiclogas,cujaslinhastericasreferem-seGestalt-terapia,PsicanliseeAnlisedo Comportamento.Realizaram-se,nessasvisitas,entrevistassemi-estruturadascomas profissionais dePsicologiade ambasasescolas.Taistcnicas subsidiaram as consideraes explicitadasaseguir.Observou-sequeaavaliaopsicolgica,noscontextosescolares supracitados, constitui um coadjuvante cada vez mais inexpressivo na atuao das psiclogas, sucumbindoaumaprticadecunhopredominantementepreventivo.Outrasatividades atribudas pelas entrevistadas ao psiclogo escolar, como mediao das relaes humanas na escola, trabalho com a motivao dos estudantes, adaptao de alunos novatos, orientao de estudoeorientaoprofissional,ganhammaioresrelevosquandocomparadasatividadede avaliaopsicolgicanaatmosferaescolar.Avaliarpareceu,naconcepodaspsiclogas consultadas,algoprioritariamentedestinadoclnica.Todasasprofissionaiscolocaramque, aosedepararemcomalunoscujademandamerecedoradeumaatenomais pormenorizada,deumpsicodiagnstico,fazemencaminhamentosapsiclogosclnicos,uma vezquenocaberiaaelas,nocontextoemqueseencontram,umaprofundamentoem determinadasquestes.Noobstante,dentreastcnicasdeavaliaomaisutilizadas, destacaram-se as entrevistas (com alunos e suas famlias) e observaes. Apontou-se, ainda, o uso de testes psicolgicos no contexto de orientao profissional, porm, em geral, estes no foramtidoscomoessenciaisnaatuaoemPsicologiaEscolaresoentendidoscomo recursosquepodemauxiliarprocessos(nuncaprotagoniz-los),demandando,contudo,muito tempo, disponibilidade e critrio. Palavras-chave: Avaliao psicolgica, Tcnicas avaliativas, Psicologia Escolar. VIII Congresso Nacional de Psicologia Escolar e Educacional 26 a 29 de Abril de 2007 ISSN 1981-2566 A AVALIAO NO MBITO ESCOLAR: A LEGITIMAO DO COMBATE DIFERENA?

Cristina Monteiro Barbosa A necessidade de avaliar surgiu na psicologia como modo de legitimar-se como cincia. O ideal cientfico,nofinaldosculoXIX,erapautadopelopositivismoquelegavasdescobertas cientficas a necessria comprovao dos resultados, para que pudessem ser universalizados. SeguindoestatrajetriaseiniciounaPsicologiadiversaspesquisas:Galtoninvestigouas diferenasindividuais;CattelldeuseqnciaaessasinvestigaeseBinet-Simoncriaramos testes responsveis pela quantificao da inteligncia. Piaget fez severas crticas ao mtodo de avaliao da inteligncia empregada no contexto escolar. A criao de testes psicolgicos, por Binet-Simon,foifocodeinmerascriticas,principalmenteporproduziraexclusoea segregaodemuitosalunos,gerandodiversosproblemas.Oprincipalvetor,sinalizadoem relao a testagem da inteligncia, foi o de no levar em conta a lgica do pensamento infantil que se manifestava de modo diferente ao do adulto. Esta contestao gerou uma pesquisa no mbito da Psicologia que originariamente fez nascer a epistemologia gentica. No sculo atual nosdeparamoscomquestesreferentesaoprocessodeavaliaopsicolgicaquetambm sofocosdepreocupao:amassificaodediagnsticosdehiperatividadeedistrbiosde comportamento.Asavaliaesrealizadasnombitodamedicina,dapsicologiaedaescola estosendodiscutidasnosmeiosacadmicose,almdestes,vemsendodenunciadaspela mdia como polmicos (Artigo publicado na Revista poca de Novembro de 2006 A polmica dahiperatividade).Nomundoglobalizado,ondeasinformaescirculamrapidamenteefalta tempoparaacompanh-las,percebemosqueohomemencontra-sesempreemmovimento buscandoresponderademandasdiversaseimperativas,impostaspelaculturaatual. Indagamos: ser que estamos nos tornando multifuncionais? O tempo e o espao puderam ser unificadospeloavanodasdescobertastecnolgicas:aInternetnospossibilitaestarem diversoslugares,conversandocomdiversaspessoasaomesmotempo.Diantedasinmeras inovaes surgidas a partir da modernidade, qual o lugar oferecido ao homem? Ser que nos restasermostodoshiperativos?Oquelegitimaodiagnsticodehiperatividadeemsua produoemmassa?Halgosubentendidoemrelaoprticadiagnstica?Serqueo diagnstico de hiperatividade est a servio do capitalismo, a medida que o ultimo avano da cinciafoiproduzirummedicamentoparaserconsumidoemmassa?Amedidaqueas industriasfarmacuticasproduzemumremdioparaintervirnocomportamento,constata-se que a subjetividade excluda e as diferenas individuais so abolidas em nome de um ideal socialquepromoveamassificao,deixandodeforaqualquerpossibilidadeparaquea singularidadedosujeitopossaserpreservada.Emrelaoaosdiagnsticosqueencontram solo frtil no mbito escolar, torna-se possvel penar que sua repercusso se deve ao fato de que na sociedade atual no haver uma valorizao do ser normal. O normal estigmatizado comooindivduoqueseenquadranasnormasinstitudas,inviabilizadodetransgredi-la,se quer, minimamente. Neste sentido, o combate singularidade e ao que escapa ao controle no estaria sendo promovido no mbito escolar atravs do processo de avaliao? Palavras-chave: Avaliao psicolgica, ato educativo, contornos sociais. VIII Congresso Nacional de Psicologia Escolar e Educacional 26 a 29 de Abril de 2007 ISSN 1981-2566 AFETIVIDADE E PRTICAS PEDAGGICAS: EFEITOS AVERSIVOS DA AVALIAO ESCOLAR Srgio Antnio da Silva Leite O processo tradicional de avaliao escolar tem sido um instrumento de distanciamento entre o aluno e os objetos de conhecimento envolvidos na situao escolar. Como uma das dimenses da mediao pedaggica exercida pelo professor em sala de aula, a avaliao umprocesso sensivelmentemarcadopordimensesafetivas,noficandoseusefeitoscircunscritos instnciacognitiva.Baseando-senaabordagemhistrico-cultural,assume-se que aqualidade afetivadarelaoqueseestabeleceentreosujeito(aluno)eoobjetodeconhecimento (contedosescolares)depende,basicamente,daqualidadeafetivadamediaopedaggica exercidapeloprofessor,daqualaavaliaoparteintegranteefundamental.Nesta conferncia,apartirdedadosdepesquisasdesenvolvidaspelogrupoorientadopeloautor, pretende-seanalisarospossveisefeitosaversivosdoprocessodeavaliaoescolar,tendo como sujeitos jovens estudantes de cursos pr-vestibulares, que afirmavam ter vivenciado, em suasvidasescolares,prticasdeavaliaoconsideradasaversivas.Atravsdoprocedimento deentrevistasrecorrentes,identificaram-se15ncleosdesignificaocorrespondentesaos efeitosaversivos,sendoqueseroapresentadosediscutidososprincipais.Discutir-se-o, tambm, implicaes e alternativas para o processo de avaliao escolar. VIII Congresso Nacional de Psicologia Escolar e Educacional 26 a 29 de Abril de 2007 ISSN 1981-2566 AVALIAO DO DESENVOLVIMENTO COGNITIVO DE CRIANAS ISOLADAS DEMOGRAFICAMENTE Vanessa Cassinelli Chenta A grande diversidade cultural do Brasil pode ser influncia direta na forma com que as crianas sedesenvolvem.Sabe-sequeestimulaesdamdia,dentretantasoutraspresentesnos centrosurbanos,auxiliamodesenvolvimentodealgumashabilidades.Pensandoemuma crianademograficamenteisolada,porexemplo,crianasquevivememcomunidades ribeirinhas,comoocorreseudesenvolvimentoquantoshabilidadespercepto-motorase principalmenteseunveldeintelignciafluda?Apartirdevivnciasprticascomcrianas ribeirinhas, surgiu o questionamento quanto ao desenvolvimento cognitivo dessa populao. O objetivoprincipaldestetrabalhofoiverificaraevoluododesenvolvimentocognitivoeda habilidade percepto-motora dessas crianas. Participaram 84 crianas de quatro comunidades localizadassmargensdorioMadeira,noestadodeRondnia.Paratanto,utilizou-secomo instrumentodeavaliaooBenderSistemadePontuaoGradual(B-SPG)queavaliao desempenhopercepto-motordacrianadeseisadezanos,eoTestedeIntelignciaNo-Verbal (TONI-A) que avalia o nvel de inteligncia fluida. Comunidades com menores estruturas apresentaramummenorndicededesempenhoemambososinstrumentos.Osresultados apontaramqueonveldehabilidadepercepto-motoraedeintelignciafluidaatingiumdia abaixodasamostrasnormativas.Comparandoosresultadosobtidosentreascomunidades pesquisadas,concluiu-se que condiesmnimasdeinfra-estrutura,sadeeeducaofazem diferenasquantoaodesenvolvimentohumano.Osdadosdessapesquisaconfirmama hiptesedequemelhorescondiesdevidacontribuemparaummelhordesempenho cognitivo.Entretanto,questiona-seaeficciadestesinstrumentosnaavaliaodessa populao,umavezqueexistemgrandesdiferenasculturaisesociaisentrepopulaes isoladasdemograficamenteecentrosurbanos,principalmentedosestadossudesteesuldo pas, onde se concentram os ncleos de pesquisa em avaliao psicolgica. Palavras-chave: Habilidade percepto-motora, inteligncia fluida, populao ribeirinha. VIII Congresso Nacional de Psicologia Escolar e Educacional 26 a 29 de Abril de 2007 ISSN 1981-2566 ANLISE DE ITENS DE UM TESTE DE CLOZE PARA ENSINO FUNDAMENTAL Maria Cristina Rodrigues Azevedo Joly Adriana Ferreira Nicolau Nicolau Nayane Martoni Piovezan Anelise Silva Dias Aline Cristina Istome Aleiturauminstrumentoindispensvelnavidaescolaresocialdosestudantese, especialmente,acompreensoconsideradaumahabilidadefundamental,poisintegrao conhecimentoqueoindivduopossuicomoqueeleadquirepormeiodaaprendizagem. Apesardaspesquisasrevelaremdeficinciasporpartedestesalunos,hanecessidadede julgaraqualidadeeadequaodosinstrumentosutilizadosnestecampo.Assim,esteestudo teve por objetivo avaliar a dificuldade dos itens em uma prova de compreenso em leitura em 518crianasda4sriedoEnsinoFundamental,comidadeentre9e14anos(M=9,83e DP=0,88),sendo46,2%dosexofemininoe53,8%dosexomasculino.56,7%freqentavam escola particular e 43,3% escola pblica. Utilizou-se um trecho de 350 palavras de uma histria infantil,noqualaplicou-seoClozetradicionalcomomissodetodoquintovocbulo.As palavrasomitidasforam substitudasporlacunasqueforampreenchidaspelotestando como vocbuloqueconsiderarammaisadequadoparadarsentidoaotexto.Foiatribudoumponto paraasrespostascertasezeroparaasrespostaserradas,variandodezeroacinquentae nove pontos. A aplicao foi coletiva e teve durao mxima de 45 minutos. Verificou-se, aps aanlisepelaTeoriadeRespostaaoItem(TRI),queaprovaseajustouaomodelodedois parmetros,comumbomndicedefidedignidade(KR=0,95).Osndicesdediscriminao(a) mdio igual a 1,04 e ndice de dificuldade (b) 0,81. Os itens da prova podem ser considerados difceis e com timo ndice de discriminao. Destaca-se que as lacunas mais fceis de serem preenchidas so as de nmero seis (b=-1,48) e sete (b=-1,29), indicando que mesmo com uma baixahabilidade,osestudantestmumaprobabilidadedeacertorazovel.E,alacunamais difcilfoiadenmeroquatorze(b=2,56)equinze(b=2,94),requerendoumamaiorhabilidade para uma resposta correta. Pode-se perceber que o item mais discriminativo foi o dez (a=1,75) eocommenorndicedediscriminaofoio56(a=0,69).Issoindicaqueosindivduoscom uma mesma habilidade possuem maior probabilidade de responder corretamente o item 10 do que56.Osresultadosmostraramainda,queoitem37possuialgumindicadordeproblema, umavezqueseundicededificuldade(b)iguala3,00,sendosuperioraolimitecrticode 2,95, assim, este item pode ser apontado como pouco adequado para o conjunto de itens. Esta anlise,aopossibilitaraclassificaodositensporsuadificuldade,permitetantouma identificaomaisprecisadodesempenhoemcompreensoemleituraquantouma interveno orientada para as necessidades individuais dos estudantes. Palavras-chave: Compreenso em leitura, TRI, avaliao. VIII Congresso Nacional de Psicologia Escolar e Educacional 26 a 29 de Abril de 2007 ISSN 1981-2566 A PERCEPO DOS ALUNOS DO COMPORTAMENTO COMUNICATIVO DO PROFESSOR DE CINCIAS Daniel Abud Seabra Matos Srgio Dias Cirino Walter Lana Leite Nasltimastrsdcadas,pesquisasinternacionaistmsedirigidoparaodesenvolvimentoe usodeinstrumentosparaavaliaroambientedeaprendizagemdasaladeaulaapartirda perspectiva do aluno. Medidas da percepo so usadas hoje com freqncia, particularmente nainvestigaodeamostrasgrandesdesalasdeaula.Opresentetrabalhodescreveuma validaodoTeacherCommunicationBehaviorQuestionnaire(TCBQ)(SheeFisher,2000) comumaamostradealunosbrasileiros.Essequestionriofoidesenvolvidooriginalmentena AustrliaeemTaiwan.OTCBQavaliaapercepodosalunosdocomportamento comunicativodoprofessordecinciasetemcincoescalas:Desafio,Encorajamentoeelogio, Apoiono-verbal,Compreensoerelaoamigvel,eControle.Essasescalasavaliam dimenses presentes no comportamento comunicativo do professor na sala de aula. O formato de resposta do questionrio uma escala Likert de cinco pontos: quase nunca, raramente, s vezes,freqentementeequasesempre.Inicialmente,foifeitaumatraduodaversoem inglsdoTCBQparaoportugus.Depois,realizou-seoprocedimentodetraduoinversa (backtranslation),quefuncionacomoumaavaliaodaqualidadedatraduo.Trs pesquisadores realizaram esse trabalho de maneira independente. Aps completar o processo de traduo do questionrio, evidncia de validade para o contedo das escalas foi obtida por meio de entrevistas com os alunos. Foram realizadas entrevistas semi-estruturadas em grupos. Nototal,10alunospertencentesatrsescolasdiferentesforamentrevistados.Emseguida, efetuou-se um estudo piloto do TCBQ em uma sala com 33 alunos. As entrevistas em grupo e oestudopilotoforamfeitosantesdeusaroquestionrioemumaamostramaiordealunos. Posteriormente,oquestionriofoiaplicadoem414alunosda1sriedoEnsinoMdio,de trezeturmasdecincoescolasemBeloHorizonte,sendoduaspblicasetrsparticulares. Todosessesprocedimentosforamrealizadosduranteoanoletivode2005.Aconsistncia internafoisatisfatriaparatodasasescalas.AAnliseFatorialConfirmatriarealizadapara examinaradimensionalidadedasescalasdoTCBQindicouqueaescalaDesafioobteveo melhorajustedomodelodeacordocomosndicesdeajusteexaminados.Osresultados apontamanecessidadedeoutraspesquisassobreadimensionalidadedoTCBQ.Anlises adicionaisindicaramqueosmeninosperceberamosseusprofessoresdandomais encorajamentoeelogiodoqueasmeninas.Almdisso,osalunosdebiologiativeramuma percepomaispositivadosseusprofessoresdoqueosalunosdefsica,eosalunosde escolas particulares perceberam os seus professores mais favoravelmente do que os alunos de escolaspblicas.Finalmente,osalunostiveramumapercepomaispositivadassuas professoras.OTCBQpodefuncionarcomoumafontedereflexoparaaprticapedaggica dos professores, pode ser inserido em programas de formao de docentes ou ser utilizado por pesquisadores que tenham interesse no estudo do ambiente de aprendizagem da sala de aula oudetemasrelacionados(ex:desempenhocognitivodosalunos).Asuaaplicaopodeser individual ou coletiva, assim como a sua anlise. Palavras-chave: Percepo dos alunos, Ambiente de aprendizagem da sala de aula, Ensino de cincias. VIII Congresso Nacional de Psicologia Escolar e Educacional 26 a 29 de Abril de 2007 ISSN 1981-2566 AVALIAO PSICOLGICA DAS QUEIXAS ESCOLARES Marisa Maria Brito da Justa Neves Aselevadastaxasdefracassoescolar,semprepresentesnocenrioeducacionalbrasileiro, tmcolocadoemevidncia,aolongodenossahistria,apreocupaodosprofissionaisque trabalhamnapesquisaeintervenonareadaPsicologiaEscolarcomasorigensdano aprendizagemnaescola.Pretende-se,nessecurso,discutiranaturezadaavaliao psicolgica realizada por Psiclogos Escolares no prprio contexto escolar, como uma tentativa de superao de vises reducionistas, que ora atribuem a causalidade do fracasso escolar aos indivduos ora s condies sociais. Contedo1. A especificidade da avaliao psicolgica das queixasescolares.2.Procedimentosdeavaliaoeintervenodasqueixasescolares PAIQUE.3. As estratgias de interveno com os professores, os alunos e as famlias. Palavras-chave: Avaliao psicolgica, a especicidade da avaliao, PAIQUE. VIII Congresso Nacional de Psicologia Escolar e Educacional 26 a 29 de Abril de 2007 ISSN 1981-2566 AVALIAO PSICOLGICA E EDUCACIONAL INFORMATIZADA NAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM Maria Cristina Rodrigues Azevedo Joly Ronei Ximenes Martins Aavaliaopodeserconsideradainformatizadaquandoseudesenvolvimentoestbaseado emrecursoscomputadorizados.Osinstrumentospsicoeducacionaisinformatizados, disponveis para instalao em computador ou de uso online, por meio da Internet, possibilitam implementartcnicas,instrumentoseanlisesavaliativasquefacilitemodiagnsticoe intervenoemestudantescomproblemasdeaprendizagem.Tantoasdificuldadesde aprendizagem quanto a avaliao psicolgica e educacional informatizada sero conceituadas ecaracterizadas.Emcomplementoseroapresentadosinstrumentosinformatizados, especialmente relacionados linguagem. Palavras-chave: Dificuldades de aprendizagem, Avaliao psicolgica e educacional informatiza, Instrumentos de avaliao. VIII Congresso Nacional de Psicologia Escolar e Educacional 26 a 29 de Abril de 2007 ISSN 1981-2566 A METACOGNIO E A CONSTRUO DO CONHECIMENTO: SUA IMPORTNCIA NA FORMAO DE PROFESSORES Evely Boruchovitch Tendoemvistacontribuirparamelhoraracapacidadedeaprenderaaprenderedeensinar paraoaprenderaaprenderdeprofessores,opresentetrabalhoabordarametacognio como umconceito chave para a construo do conhecimento, para o bom processamento da informaoeparaaauto-regulaodaaprendizagem.Ametacogniorefere-se autoconscincia dos prprios processos cognitivos.Diz respeito capacidade do ser humano serauto-reflexivo,nosendoscapazdepensar,mascapazdepensarsobreosprprios pensamentos,incluindo,portanto,aconscinciadoindivduoenquantoaprendiz.Mais precisamente, metacognio envolve o monitoramento ativo, a regulao e a orquestrao dos processoscognitivos.Incluisub-processoscomo,checar,planejar,selecionar,inferir,auto-interrogar-se,refletireinterpretar,bemcomoemitirjulgamentossobreoqueeoquantose sabepararealizarumadadatarefa.Umadascaractersticasdeumbomprocessamentoda informaoacapacidademetacognitivaeautilizaodeumconjuntoamplodeestratgias deaprendizagem.Emboratericosenfatizemqueossereshumanospossuemcapacidade metacognitivapararefletirsobresimesmoesobreaadequaodesuasaeseseus pensamentos, sabido que nem sempre esse processo emerge naturalmente.Evidncias, em nvel nacional, sugerem que mesmo os estudantes universitrios apresentam um repertrio de estratgiasdeaprendizagemdeficitriasedificuldadesdeprocessamentoadequadoda informao,emsituaesdeestudoeaprendizagem,pordiversasrazes.inegvela necessidadedeseestarmelhorandooprocessamentodainformaoedeseestar promovendoodesenvolvimentometacognitivodosestudantes,demodogeral,e principalmente,daquelesqueserofuturosprofessoresparaqueelespossam,porsuavez, saber como trabalhar nessa direo com seus alunos em suas salas de aula. Acredita-se que futurosprofessoresprecisamvivenciarametacogniocomoumexerccio,comouma possibilidade de auto-reflexo acerca de suas prprias facilidades e dificuldades de aprender a aprender e de ensinar para o aprender a aprender. Palavras-chave: Desenvolvimento metacognitivo, auto-reflexo, estratgia de aprendizagem. VIII Congresso Nacional de Psicologia Escolar e Educacional 26 a 29 de Abril de 2007 ISSN 1981-2566 MEDIDAS DE MOTIVAO: COMO TRAZER CONSCINCIA CONSTRUCTOS SUBJACENTES Jos Aloyseo Bzuneck Amotivaodoalunoconsistedeprocessosespecficosnodiretamenteobservveis.Ela revela-se atravs de comportamentos observveis, que so o foco da ateno, a aplicao de tempoeesforo,apersistnciae,emcertamedida,oprpriodesempenho..Entretanto,a motivao continua sendo um constructo e a observao direta dos comportamentos sujeita aviesesdiversose,sobretudo,noconseguecaptaraspectosdetalhados,comootipode motivaopresenteouausente,umainformaoimportanteparaquemsedispuseraintervir noprocesso.Daanecessidadedeconstruirinstrumentosdeavaliaodamotivao.Para essaconstruo,duascondiesprviassoexigidas:conceitoseteorias.Umbom instrumentodevetrabalharcomtermosclaramentedefinidoseumateoriademotivao forneceumaorientaosobreoqueprecisamenteinvestigarecomo.Assim,ateoriafornece osquadrosreferenciaisparaseconstruiroinstrumentoe,posteriormente,permiteuma interpretaodosdadosdemodocoerente.Entreasdiversasabordagensatualmente focalizadasnaliteraturacontempornea,acriaodeinstrumentosbaseadosnateoriade metas de realizao representa um bom exemplo de procedimento. Cada meta de realizao, bem definida e discriminada de outros tipos de metas, significa uma estrutura ou representao cognitiva que, adicionalmente, se formou em funo do contexto educacional percebido. Desta forma,tantoapesquisaqualitativacomoaquantitativatmopotencialderevelartantoos estadosmotivacionaisdosalunoscomosuaspercepesdoambiente.Entreosmtodos quantitativos,asescalasdeauto-relatosoasmaiscomuns,porm,devemserconstrudas atendendo os critrios de validade e fidedignidade. Trinta anos de pesquisas, com experincias sobremtodosdiversosemtornodasmetasderealizao,tmtrazidocontribuies substantivascompreensodamotivaodealunos.Nadcadapassada,asassociaes entreaorientaometachamadaperformanceeasconseqnciascomportamentais levarambifurcaoperformance-aproximaoeperformance-evitao,queosatuais instrumentosjconsagraram.Nomomentoatual,humapreocupaoporavaliarmais adequadamente a meta aprender e a meta evitao do trabalho, conceitualmente opostas, mas comresultadoscomportamentaisnocondizentescomospressupostostericos.Aprpria medida da meta aprender continua sendo aperfeioada, sempre sob a luz da teoria. VIII Congresso Nacional de Psicologia Escolar e Educacional 26 a 29 de Abril de 2007 ISSN 1981-2566 AVALIANDO A MOTIVAO PARA APRENDER NA ESCOLARIZAO FORMAL Evely Boruchovitch Opresentetrabalhotemcomoobjetivoapresentareanalisarcriticamenteresultadosde estudosrelativosconstruode3instrumentosdesenvolvidosparamensuraramotivao para aprender de alunos do ensino fundamental e universitrio: a) as pranchas para avaliao das orientaes motivacionais de alunos do ensino fundamental (Neves & Boruchovitch, 2001), b) a escala de avaliao da motivao para aprender de alunos do ensino fundamental (Neves &Boruchovitch,2004)e,c)aescaladeavaliaodamotivaoparaaprenderdealunos universitrios(Boruchovitch&Neves,2004).Cabemencionarqueessesinstrumentosforam construdos tendo como referenciais as definies e as caractersticas da motivao intrnseca eextrnsecadescritasnaliteraturadarea.Oinstrumento-pranchasparaavaliaodas orientaes motivacionais- consiste de um conjunto de doze pranchas de carter projetivo, de 21,59cmdelargurae27,94cmdealtura,comhistriasilustradasdepersonagensdiantede situaesdiferentesrelativasamotivaoparaaprender.Depoisdarealizaodeumestudo piloto, as pranchas foram aplicadas em 310alunos de 2a a 8a srie do ensino fundamental de duasescolaspblicadeCampinas.Resultadosdessasaplicaesparecemevidenciarqueo instrumentosensvelsorientaesmotivacionaisdeescolares.Aescaladeavaliaoda motivao para aprender para alunos do ensino fundamental (EMA) foi inicialmente composta de34itensfechados,redigidosnaprimeirapessoa,emformadeescalaLikert,contendo3 opes:sempre,svezesenunca.Apsoenviodositensparajuzes,oestudopilotoeo refinamento do instrumento, foi aplicado em 461 alunos de 2 a 8 srie do ensino fundamental da rede pblica estadual de Campinas. A avaliao da consistncia interna da escala revelou que o instrumento apresenta um ndice de consistncia interna bom. A anlise fatorial apontou paraaexistnciade2fatores,condizentescomospressupostostericos,entretanto explicandopoucodavariabilidade.Aprimeiraversodaescalaparaavaliaodamotivao para aprender de universitrios (EMA-U) foi construda a partir das informaes da literatura da rea e dos dados provenientes de estudos anteriores. Consta de 32 itens fechados em forma de escala likert, com 4 opes, sendo 16 de contedo intrnseco e 16 de contedo extrnseco, avaliadosporjuzesindependentes.Foiaplicadaem225estudantesdedoiscursosderea humanasdeduasfaculdadesdoestadodeSoPaulo.Aconsistnciainternadesse instrumentotambmfoiboa.Oexamedassuaspropriedadespsicomtricasencontra-seem andamento.Emlinhasgerais,anlisespreliminaresdepesquisasrelativasaesses3 instrumentos desenvolvidosparecemindicarque os mesmospossamcontribuirparaavaliara motivaoparaaprenderdeestudantes,emnossomeio.Todavia,nohdvidaqueesses instrumentos, no s precisam ser aplicados em amostras maiores e mais representativas, em nvelnacional,mastambmseremalvodeestudosmaisdetalhadosdevalidaoede fidedignidade. Palavras-chave: Construo de instrumentos, motivao intrnseca, motivao extrnseca e escolarizao formal. VIII Congresso Nacional de Psicologia Escolar e Educacional 26 a 29 de Abril de 2007 ISSN 1981-2566 CONSIDERAES EXPLORATRIAS ACERCA DAS ATITUDES EM RELAO LEITURA NA UNIVERSIDADE Katya Luciane Oliveira As atitudes podem ser entendidas como comportamentos fortemente influenciados pela cultura, crena e expectativa, que denotam na tomada de uma deciso ou posicionamento. No que se refere as atitudes em relao leitura, estaspodem ser positivas ou negativas. Atitudes mais positivas em relao leitura tm sido o foco de estudos recentes que visam buscar evidncias derelaesentreatitudespositivasemrelaoleitura,desempenhoacadmico, compreenso em leitura e motivao para o estudo. Nessa direo, o objetivo deste estudo foi explorarasatitudesemrelaoleituradeuniversitriosingressantesdeuniversidades privadas.Participaram30jovensuniversitriosdocursodeadministraodeempresasde duasuniversidades,umadeSoPauloeoutradeMinasGerais.Amdiadeidadefoide22 anose4meses(Dp=6,1).OinstrumentoutilizadonesteestudoconsisteemumaEscalade Atitudes de Leitura, baseada na verso elaborada por Silva e Naher em 1981, que contm em 30afirmaesdasquaisosestudantesdevemlereassinalarcomumxaograude concordnciacomoquefoiexposto.Apenasduasalteraesforamrealizadasemrelao verso original. A primeira se refere palavra escola, que foi substituda por universidade, e a segundadizrespeitoscategoriasderespostas,substituiu-seconcordofortementepor concordo plenamente (CP) e discordo fortemente por discordo plenamente (DP), as categorias concordo(C)ediscordo(D)forammantidas.Apontuaopoderiachegara120pontos. Salienta-sequeonzequestesapresentavampontuaesinvertidas.Aaplicaofoicoletiva naquelesestudantesqueconsentiramnaparticipaopormeiodaassinaturadotermode consentimento livre e esclarecido, salientando que todos os cuidados ticos foram tomados. Os resultadosmostraramqueamdiadeacertosnaescalafoide95,4pontos(Dp=14,4).A pontuaomnimafoide63pontoseamxima115.Essesdadossugeremqueos participantes apresentaram atitudes mais positivas em relao leitura do que negativas. Esse dado bastante positivo visto que ter atitudes positivas direcionadas leitura pode resultar em um melhor desempenho acadmico na universidade, tendo em vista que a leitura o caminho deacessoasinformaestcnicastonecessriasaessenveldeformao.Sugere-se, entretanto, que novos estudos sejam realizados, especialmente, com amostras maiores e mais diversificadas.Aponta-se,ainda,anecessidadedeumestudomaisaprofundadoacercadas propriedades psicomtricas da referida escala, tendo em vista a carncia de instrumentos com essa finalidade. Palavras-chave: Leitura, universitrios, atitudes. VIII Congresso Nacional de Psicologia Escolar e Educacional 26 a 29 de Abril de 2007 ISSN 1981-2566 CRIATIVIDADE E GESTO DO CONHECIMENTO Eunice Maria Lima Soriano Alencar Humreconhecimentocrescentedopapeldoconhecimentoparaaproduocriativado indivduo.Tericos,comoSternberg,CsikszentmihalyieAmabile,incluemodomniodo conhecimentoadquiridopormeiodaeducaoformaleinformalcomoumdoselementos centraisemseusmodelosdecriatividade.Poroutrolado,agestodoconhecimentocomo elemento chavepara acriatividadetemsidopredominantemente discutidapelosespecialistas dareaorganizacional,quepropemestratgiasparacapturar,registraroconhecimento relevante para a organizao, disseminando-o para os indivduos apropriados. Especialmente o conhecimentotcitotemsidofocoprimriodemuitasiniciativasdagestodoconhecimento por ser o depositrio do conhecimento estrategicamente mais valioso da organizao. Durante acomunicao,seroapresentadascontribuiestericaseestudosempricosapontandoo conhecimentoesuagestocomoumrecursonecessrioaumamaiorexpressoda criatividade pessoal e nas organizaes, incluindo as instituies educacionais Palavras-chave: Criatividade pessoal, conhecimento tcito, produo criativa. VIII Congresso Nacional de Psicologia Escolar e Educacional 26 a 29 de Abril de 2007 ISSN 1981-2566 DESENVOLVENDO POTENCIALIDADES EM ALUNOS E PROFESSORAS DE CLASSES DE REFORO, RECUPERAO E INTENSIFICAO DE CICLO Roseli Fernandes Lins Caldas O presente trabalho retrata quatro projetos de interveno breve realizados porestagirios do 5anopsicologiaemescolasdasredesmunicipaleestadual,nacidadedeSoPaulo, voltados,especialmente,ssalasdeRecuperaodeCiclo,ReforoEscolareProgramade Intensificao de Ciclo PIC. Os objetivos principais dos projetos dizem respeito atuao do profissionaldepsicologiadiantedealunoseprofessoresdiretamenteafetadospelaspolticas pblicas de Recuperao Escolar, no sentido de promover ofortalecimento de potencialidades paraaprendereensinar.Afinalidadedostrabalhoseramovimentarosespaosocupadospor alunoseprofessores,partindo-sedopressupostoqueestascrianasocupamumlugarj naturalizado pela escola, lugar daqueles que no sabem e no tm condies para saber, em que, muitas vezes, apenas as dificuldades e faltas so percebidas. Tendo em vista que a falta depercepodaspotencialidadestantodealuno,comodeprofessorespodeimpedira possibilidadedemudanaedeaprendizagem,estesprojetosdeinterveno,realizados duranteumsemestreletivonoanode2006,voltaram-setantocomasprofessorascomoa alunos,tendocomoprincipaispressupostostericosasconcepesdeVygotskyeWallon. Enfocaram-setemascomorespeitosdiferenas,mitosepreconceitosrelativosscrianas quenoaprendemnassalasregulares,importnciadapercepoedesenvolvimentodas potencialidadesdeprofessoresealunos,papeldaafetividadenaaprendizagem,anlisedas histriasescolaresdestesalunoseprofessoras,emotivaoparaaprendereensinar,dentre outros.Osencontroscomosalunosvaliam-sedeatividadesldicas,comojogose brincadeiras; atividades de produo grfica, bem como momentos reflexivos visando explorar ostemaspropostoseolugarocupadoporelesnaescola.Asatividadesrealizadascomas professoras visavam ao fortalecimento e resignificao de sua atuao diante das crianas que apresentamfracassoescolar.Criaram-seespaosdedesabafo,detrocasdeidiasede experinciasprofissionaisqueforamdegrandevaliaaosprofissionais.Ocrditonas possibilidadesdeaprendizagemdestascrianassetransformouemmodeloparaas professoras que passaram a se envolver com maior freqncia e empenho durante o processo. Aguarapercepodequeosalunosdasaladereforosodedicadoseempenhadosem conhecer e produzir, mas necessitam de um espao seguro, para que possam arriscar a fim de encontraroacerto,foifundamentalparaacriaodeoutraspossibilidadesdeolharenovas expectativas sobre as potencialidades e possibilidades de aprendizagem dos alunos de classes deRecuperaoEscolar.Osresultadosobtidosindicaramefeitosperceptveisemtermosde busca de alternativassaes,tanto porprofessores como poralunos,apartirdas reflexes oportunizadas pelos estagirios de psicologia. VIII Congresso Nacional de Psicologia Escolar e Educacional 26 a 29 de Abril de 2007 ISSN 1981-2566 DIAGNSTICO DA COMPREENSO EM LEITURA: ESTUDO COM ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL Evelin Zago Oliveira Thatiana Helena Lima Accia Aparecida Angeli Santos Considerandoqueacompreensoemleituraresultantedainteraodoindivduocomo texto,entende-sequeessahabilidadenodependesomentedocontedoimpresso,masde alguns fatores internos do leitor, ou seja, se torna um processo protagonizado e dirigido por ele prprio.Aoprotagonizartalpapel,oindivduoutilizaummodelodecompreensodas informaes,modeloessequeconstrudopormeiodasuarelaocomomundo, considerandoosconhecimentosadquiridosanteriormente.Aleitura,almdeseruma importante ferramenta acadmica, tambm um fator determinante na vida social. Ao aprender a ler o indivduo passa a comandar mais o seu destino, pois a instruo obtida pode auxili-lo naconquistadesuaautonomia.Infelizmenteumdosproblemasresultantesdasbaixas exigncias do contexto escolar atual, leva os alunos a adquirirem a leitura apenas como meio deacessoainformaessimples,tornando-semerosdecodificadoresenoleitorescrticos. Essalimitaoaodesenvolvimentodacompreensodeleituratorna-seumobstculona escaladadoalunoaetapassuperioresdeescolarizao,tendoemvistaasexignciaspara que utilize a leitura como principal fonte de acesso aos conhecimentos que dever adquirir ao longo se sua formao. Nesse sentido, julga-se importante que se utilizem formas adequadas de avaliao do nvel de compreenso dos alunos para que eventuais dificuldades possam ser sanadasnoinciodaescolarizao.Portantoopresenteestudotemporobjetivoverificara compreenso em leitura por meio de textos adaptados tcnica de Cloze, explorando tambm diferenas relacionadas s variveis srie e sexo. Participaram 76 crianas da 3 (N= 36; 47%) e 4 sries (N= 40; 53%) de uma escola municipal de uma cidade do interior de So Paulo, com idades8a10anos(M=9,33;DP=0,70),sendoamaioriadosexofeminino(N=43;57%). Dois textos, com nveis de dificuldade similares, estruturados segundo a tcnica tradicional de Cloze foram aplicados de forma coletiva, em sala de aula e em uma nica sesso, nas crianas cujosresponsveisassinaramotermodeconsentimentolivreeesclarecido.Osresultados indicaramqueapontuaomdianoprimeirotextofoimaiorqueadosegundo(M=8,24; DP=2,62eM=5,97;DP=2,70,respectivamente),indicandoqueosegundotextoapresentava um nvel maior de dificuldade. No foram verificadas diferenas expressivas entre os alunos da 3 e 4 srie. Embora as meninas tenham apresentado pontuaes mdias maiores em ambos ostextos,noforamconstatadasdiferenasestatisticamentesignificativasemrazodosexo dosparticipantes.Osresultadosestocoerentescomaliteraturapesquisada,podendoservir comopontodepartidaparaquesejamdesenvolvidospesquisascomdelineamentosmais sofisticados, que tragam outras contribuies para o estudo da temtica. Palavras-chave: Litura, diagnstico, ensino fundamental. VIII Congresso Nacional de Psicologia Escolar e Educacional 26 a 29 de Abril de 2007 ISSN 1981-2566 DIFERENA POR GNERO DA COMPREENSO EM LEITURA EM ALUNOS DE CURSO PR-VESTIBULAR Katya Luciane Oliveira Michele Freitas Sheila Perez Campos Aleiturapromoveacomunicaoeficientevistoqueumahabilidadeessencialdosseres humanos. As pessoas freqentemente vivenciam situaes que requerem o uso da habilidade de leitura. Portanto, a leitura uma ferramenta que viabiliza a comunicao entre as pessoas, suaimportnciaevidente,principalmentenummundoglobalizadoqueacadanovominuto umanovainformaoacontece.Aleituracrticaecriativapromoveumaampliaodos conhecimentos, constituindo uma forma mais abrangente de enxergar a realidade.No ensino universitrioaleituramuitoimportante,poisdaraoestudantesubsdiosparao desenvolvimento crtico necessrio to essencial a essa etapa da educao formal. Portanto, o universitrioqueapresentaumaboahabilidadedecompreensoemleitura,isto,consegue decodificar,compreendereatribuirsignificadoleituraaquelequeirterummelhor desempenho acadmico ao longo do curso universitrio. Alguns estudos investigam a diferena entregnerosnoquetangeaocomportamentoleitor.Osresultadosemboranoconclusivos apontamqueasmulheresestudantesapresentamumdesempenhoumpoucomelhordoque osestudantesdogneromasculino,masconformejmencionadoessesdadosnoso conclusivos.Combasenessasconsideraes,oobjetivodesseestudofoiexplorara compreensoemleitura,considerandoadiferena entregneros dejovensdeumcursopr-vestibular.Foramsujeitosdesteestudo42jovens,sendoque66,7%(n=28)eramdognero feminino e 33,3% (n=14) do masculino. Para a coleta preparou-se um texto segundo a tcnica deCloze.Trata-seumtextode250palavrasnoqualseomitetodos5svocbulosdotexto, totaldeomissesfoi46.Aparticipaofoivoluntriacondicionadaaaquelesestudantesque assinaramotermodeconsentimentolivreeesclarecido.Paraavaliarsehaviadiferena estatisticamente significativa entre os gneros, recorreu-se ao teste t de Student. Os resultados indicaramquenohouvediferenaestatisticamentesignificativaentreosgneros, considerandot=1,888ep=0,06.Emboraadiferenanotenhasidosignificativa,ognero feminino apresentou um desempenho um pouco melhor no Cloze do que o masculino (M=18,2; M=15,4,respectivamente).Osresultadosobtidosnesteestudocarecemdemaiores investigaes, visto que na habilidade de compreenso em leitura no foi constatada nenhuma diferenaestatisticamentesignificativaentreosgnerosdosestudantesanalisados.Destaca-se que a compreenso em leitura dos dois grupos, isto homens e mulheres foi baixa nenhum dosdoisconseguiuobterametadedeacertospossveisnoClozequeera23pontos.Esse dado preocupante, considerando que se trata de futuros universitrios. Sugere-se que novos estudossejamrealizadosvisandoelucidardeformamaisprecisaeventuaisdiferenasna compreenso em leitura entre homens e mulheres. Palavras-chave: Aluno, sexo, comunicao. VIII Congresso Nacional de Psicologia Escolar e Educacional 26 a 29 de Abril de 2007 ISSN 1981-2566 DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM: RELAO ENTRE DESEMPENHO ESCOLAR E ELETRENCEFALOGRAMA QUANTITATIVO Marcelo Chiodi Introduo-Avaliarconstituintesdasdificuldadesdeaprendizagemcomodficitsdeleitura, escritae/ouclculoemsuasrelaescomaspectosbiolgicosimportanteparamelhor compreendermecanismosdasdificuldadesdeaprendizagem.Objetivos-Opresenteestudo visouavaliararelaoentreosresultadosdoTestedeDesempenhoEscolar(TDE)eas variveis fundamentais do eletrencefalograma quantitativo (EEGq) em crianas com queixas de dificuldadesdeaprendizagem.Mtodo-Foramincludosnesteestudo38escolares,nafaixa etria de 8 a 11 anos de idade, com queixa de dificuldade de aprendizagem. Os procedimentos fundamentaisforam:anamnese;TDE,EscalaWechslerdeIntelignciaeeletrencefalograma digitalequantitativo.Osresultadosobtidosnossubtestesdeleitura,escrita,aritmticaetotal foram relacionados com os do EEGq, a saber, potncias absolutas e relativas nas faixas delta, teta,alfaebeta.Foiincludonaanliseumgrupocontroledecrianassemproblemas neurolgicos ou psiquitricos e sem queixas de dificuldade de aprendizagem. Resultados - Foi constatado que as crianas com desempenho inferior no TDE total e de leitura tiveram potncia absoluta (delta e teta) e potncia relativa teta maiores, em vrios eletrodos, do que as crianas comdesempenhomdioesuperior(testet).Poroutrolado,apotnciarelativaalfafoimaior nas crianas com desempenho mdio e superior.. Comentrios - Assim, observa-se correlao entre o desempenho inferior no TDE e os achados de alguns parmetros do EEG quantitativo osquaisseriamdecorrentesdeimaturidadeepoderiamrefletiraspectosdosnmerosde sinapses ativas e do sistema de controle neuronal. Palavras-chave: Aprendizagem, desempenho, cognio, eletrencefalograma quantitativo. VIII Congresso Nacional de Psicologia Escolar e Educacional 26 a 29 de Abril de 2007 ISSN 1981-2566 DIFICULDADES EM SOLUO DE PROBLEMAS- ANALISANDO AS ESTRATGIAS UTILIZADAS POR ALUNOS DO CICLO I DO ENSINO FUNDAMENTAL EM SITUAO DE INTERVENO PSICOPEDAGGICA Luciana Cristina Dias Fernanda Taxa Amaro Amatemticanoquedizrespeitoaoprocessodeescolarizaopassoupormuitasreformas, seja no plano curricular como nas abordagens do processo ensino-aprendizagem. O sculo XX trouxeinovaestecnolgicasqueexigemacompreensodopensamentomatemticocomo base para o desenvolvimento da cidadania e da autonomia das pessoas. Contudo, os ndices divulgadospelosrgosoficiaistmdemonstradoobaixodesempenhodosalunossobreo pensamentomatemtico.Instala-seassimanecessidadedeanalisaratentamenteas dificuldades de aprendizagem dos alunos em soluo de problemas, tanto do ponto de vista do desenvolvimentocognitivoquantodosaspectosrelacionadosaprendizagem.Estapesquisa pretendeuidentificarasestratgiasemsoluodeproblemasempregadasporquatroalunos deumaescolapblicadacidadedeBauru-S.Pqueapre-sentavamdificuldadesde aprendizagemematividadesmatemticas.Foramrealizadassessesdeinterveno psicopedaggicaafimdediagnosticarasestratgiasiniciaisutilizadaspelossujeitos,bem comopotencializarousodeprocedimentosmaisformaisempregadospelosprofessoresem saladeaulacomatividadesmatemticas.Osresultadosobtidosmostraramquealunoscom baixodesempenhoemmatemticaquandosubmetidosaumprocessodeinterveno psicopedaggicaquebuscaare-significaodoprocessodeaprendizagemdestareado conhecimentopodelev-losamelhoreselaboraesdeestratgiasaseremempregadasna busca da soluo de um problema ou atividade matemtica. Outro resultado obtido refere-se a umamudanadeatitudesmaisfavorveisdestesalunosnoquedizrespeitodisposioe confianaemsolucionarosproblemasaelesapresentadosnapesquisa.Emboranoseja conclusivaumasignificativamudanaconceitualdestesalunos,pode-severificarquehouve umamudananoempregodasestratgiasutilizadasinicialmentepelosalunoscomas estratgiasmaisformaisempregadaseexigidasnasaladeaulapelosprofessores.Oestudo apontaquearecuperaodasdificuldadesdeaprendizagemdosalunospassa,entreoutros aspectos,porumadetalhadaanliseeintervenoemrelaosestratgiasdesoluode problemas,podendoculminaremavanosconceituaisedeatitudesnocampodo conhecimento matemtico. Palavras-chave: Dificuldades de aprendizagem, estratgias de soluo de problemas, interveno psicopedaggica. VIII Congresso Nacional de Psicologia Escolar e Educacional 26 a 29 de Abril de 2007 ISSN 1981-2566 DISTRBIO DE SONO PREJUDICA O RENDIMENTO ESCOLAR Luciane Bizari Coin de Carvalho Marilaine Medeiros de Almeida Izilda Malta Torres Lucila Bizari Fernandes do Prado Gilmar Fernandes do Prado INTRODUO.Ascondiesneuropsicolgicassodefundamentalimportnciaparao processodeaprendizagem,eosdistrbiosdosono(DS)afetamparticularmenteessas funes. OBJETIVO. Investigar a influncia dos DS na qualidade da aprendizagem. MTODO.Foram estudadas 3574 (50,5% meninas) entre 7 e 10 anos, cursando o ensino fundamental de escolasestaduaisdacidadedeSoPaulo.Odiagnsticofoifeitoatravsde15perguntas sobre o sono da criana, respondido pelos pais ou responsveis. O rendimento escolar de cada alunofoiobtidoatravsdeumaavaliaodosprofessores(escaladenotas1a10)para portugus e matemtica. RESULTADOS. Observamos que 1730 (48%) crianas apresentavam DS.Das1023(29%)crianascomnotas5,5,663(65%)crianasapresentavamDSem comparaoa360(35%)crianassemDS(p